O Matosinhense n.º 6

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ISSN: 2183-5608

Ano I | N.º 6 | 10 de setembro de 2015 | quinta-feira | Quinzenal | Preço: 1,00 € (IVA incluído) | Diretor: Luís Manuel Martins | Diretor-Adjunto: A. F. Mesquita

OS MATOSINHENSES QUE CONCORREM ÀS PRÓXIMAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

Págs. 8, 9 e 10

Projeto ´Pedalar pelo Socorro` Concurso de Vestidos de Chita Bombeiros de Matosinhos-Leça fazem balanço positivo Pág. 5

Dia 26 de setembro Pela Associação da Banda de Matosinhos-Leça Pág. 3

Orçamento Municipal aberto à discussão e participação dos matosinhenses

Pág. 3

A História dos Circos em Matosinhos Pág. 11

AGÊNCIAS FUNERÁRIAS

MATOSINHOS - LEÇA DA PALMEIRA - S.MAMEDE DE INFESTA

Linha 24h - 910 930 930


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EDITORIAL A ganância que cansa

Luís Manuel Martins Diretor Nos últimos tempos, muito se tem falado das medidas de apoio quer à Natalidade, quer à Parentalidade, sobretudo nos domínios da Fiscalidade, da Segurança Social e do Emprego, uma matéria que, sem falsas consensualidades, tem efetivamente de unir, mais do que separar, todos os cidadãos. Se os decisores políticos legislam e regulam em prol de um determinado benefício, seja o alargamento da Licença de Maternidade e de Paternidade, seja a flexibilização de horários e métodos de trabalho, não podem ser os patrões a destruir os sonhos de mulheres e homens que, fruto da eterna expetativa em dias melhores, adiaram o seu desejo de ser pais, muitas vezes até ao limite. Na semana passada soube do caso de três mulheres despedidas no seguimento da sua decisão de ter um filho – uma quando o patrão soube que estava grávida, outra que não voltou ao trabalho depois de ter cumprido a licença de maternidade e uma terceira que foi afastada durante o crucial período de amamentação, quando a estabilidade emocional se impõe. É vergonhoso assistir a este degradante espetáculo, sobretudo quando a Emigração / Imigração está na ordem do dia e, muitas vezes, é esse fluxo – o migratório – a única esperança que resta, quando os fluxos de caixa dos patrões se resumem a assegurar a ligação direta entre os cofres das empresas e os seus bolsos. Ignoram assim, mais do que os seus trabalhadores, em primeira instância, todo o futuro de um País, que não se renova em termos geracionais.

Crónica

Ao “O Futuro” de Lavra: o nosso obrigado A. F. Mesquita Diretor-Adjunto E foi mesmo propósito andarmos tão devagar no agradecimento que, por dever, fazemos ao nosso colega da Imprensa Regional, o jornal “O Futuro”. Agora ou mais logo fica-nos bem e é de bom tom não esquecer, porque no “O Futuro” temos amigos e até somos da casa, porque lá iniciámos há 35 anos este nosso percurso nos jornais. Mesmo que outros não tenham dado por nós e, pelo que sabemos, até nos desabonem, tentaremos superar a circunstância e congratularmo-nos em ser capazes de conseguir alcançar o nosso objetivo. Nasceu o jornal “O Matosinhense” – e vai no número 6 – este quinzenário que, para servir a comunidade e as instituições, na elevação do nosso concelho, tentará manter-se atento ao que de melhor e de menos bom entre nós possa acontecer. Afinal somos tão poucos!... A ponto de outros colegas nem darem por nós, num evento propalado, noticiado e de convite aberto que levou ao espaço da Biblioteca Municipal de Matosinhos

centenas de amigos e apoiantes – o número de assinantes isso testemunha – que, como nós, também acreditam ser o jornal “O Matosinhense” a preencher um espaço que, a seu tempo, nos dirá que valeu a pena. Sentimos que não estamos enganados e por isso se houve lugar para nós, fruto disso será a resposta que no dia-a-dia se torna real e credível, no tocante ao nosso posicionamento perante a preferência e compreensão que nos vem sendo manifestada. Será pois o jornal “O Matosinhense”

uma referência atenta ao primeiro sinal que nos levará a ser úteis, prestimosos e decididos para servir e engrandecer, se possível, a terra e as gentes que nos viram nascer e de que com orgulho fazemos parte. Como nota, expressamos a todos quantos nos apoiam com verdade, e não só, o nosso obrigado. Também a outros que quanto a nós se reportam com “velhacarias”, lhes estendemos a mão sem ressentimento, mas a pensar que esquecer é de “brutos” – preferimos perdoar porque é nossa sigla de cristão.

O ótimo é inimigo do bom

Jorge Gonzalez Esteves

Desde a minha juventude que estive ligado a uma ou outra coletividade mas, foi a partir dos anos 70 e princípios dos anos 80 que comecei a ocupar cargos diretivos e, consequentemente, a perceber e conseguir diferenciar as táticas utilizadas para arranjar patrocínios e, principalmente, a chamada “subsidiodependência” . Apercebi-me que, para alguns, bastava ter 4 cadeiras, uma mesa e um baralho de cartas para ter um subsidio da autarquia a que pertenciam e, outros, por muito que fizessem pelo bem público tinham de lutar ingloriamente por esse mesmo apoio. Achava eu que, se em cada Concelho se criasse uma Federação Concelhia de todas as Associações, tudo seria mais transparente, não só na gestão dos recursos como até na gestão de tempo (a não sobreposição de dia e hora de

eventos) e espaços (locais de realização dos mesmos eventos). Eu sabia que estava a ser utópico porque isso iria contra os interesses instalados de todas as formações partidárias que, com o aumento da democraticidade associativa iria perder a sua capacidade “caciquista” de gerir os dinheiros públicos da forma que melhor serviria os seus interesses eleitorais. Sendo um lugar comum dizer que o ótimo é inimigo do bom, claro que seria muito bom criar instituições que, não podendo fazer o pleno pelo menos iniciassem processos que levassem à união das coletividades com vista à satisfação dos interesses comuns. E, no Concelho de Matosinhos, houve quem de uma forma positiva respondeu a isso. Após reuniões no Orfeão de Matosinhos (1997), Inicialmente com sede pro-

visória na Senhora da Hora onde foram aprovados os Estatutos e eleitos os primeiros Órgãos Sociais, (1998) a Associação das Coletividades do Concelho de Matosinhos, viu a luz do dia em escritura lavrada em 17 de Setembro de 1999. Aproxima-se a data de mais um Aniversário da Escritura e, os seus objetivos iniciais estão mais que atingidos e, só não estão ultrapassados porque ainda há algumas Associações do Concelho que não são seus Associados. Assim, no artigo de hoje, aproveito para endereçar aos Órgãos Sociais e aos funcionários que tão bem representam a Associação das Coletividades um grande abraço de Parabéns e, sugerir àquelas Coletividades que ainda não são Associadas que, em altura de Aniversário, fortaleçam o Associativismo Concelhio aderindo à Associação das Coletividades.

FICHA TÉCNICA || DIRETOR: Luís Manuel Martins | DIRETOR-ADJUNTO: A. F. Mesquita | DIRETORA COMERCIAL: Clarisse Sousa || ENTIDADE PROPRIETÁRIA | EDITORA | REDAÇÃO: C.S. - O Matosinhense, Comunicação Social, Lda. | Rua Alfredo Cunha, 115 – Loja 15 | 4450-023 Matosinhos | NIPC: 513505300 || PERIODICIDADE: Quinzenal || COLABORADORES :: Informação: Mónica Pereira Gomes | Ângelo Monteiro (Desporto) :: Opinião: ACELRI, Albano Chaves, Arminda Forte, Belmiro Esteves Galego, Diogo Ribeiro de Campos, Domingos Silva, Isabel S. Sousa, Joaquim Jorge, Jorge Gonzalez Esteves, José Leirós, Káthia Abreu, Laurindo Barbosa, Luísa Salgueiro, Miguel Teixeira, Paulo Machado, Sérgio Aguiar | Designer: Pedro Fernandes | Publicidade: Anabela D. Silva || N.º DE REGISTO NA ERC: 126695 || IMPRESSÃO: FIG – Indústrias Gráficas | Rua Adriano Lucas | 3020-265 Coimbra || DEPÓSITO LEGAL: 394240/15 || TIRAGEM: 1000 exemplares || ISSN: 2183-5608 || CONTACTOS :: Telefone: 223296036 | Telemóveis: 912411072 / 912433521 || E-MAIL: geral@omatosinhense.com || FACEBOOK: www.facebook.com/jornalomatosinhense


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Em destaque ENTRETENIMENTO Associação da Banda de Matosinhos-Leça

Concurso de Vestidos de Chita vai ser reeditado após 70 anos

EPROMAT – Escola Profissional de Matosinhos

Abertura Oficial do Ano Letivo nas novas instalações Decorreu na passada quarta-feira, dia 9 de setembro, pelas 18h00, a Abertura Oficial do Ano Letivo da EPROMAT, uma cerimónia que teve lugar no novo edifício deste estabelecimento de ensino, no número 290 da Avenida Menéres, em Matosinhos. Recorde-se que a inauguração do novo complexo

da EPROMAT, a 17 de julho de 2015, resulta de uma obra de requalificação urbana assinada por José António Barbosa, renomado arquiteto da cidade de Matosinhos. A sessão contou com um Porto de Honra, seguido de uma breve alocução pelo Diretor-Geral da EPROMAT, Fernando Sá Pereira.

CULTURA | Leça da Palmeira

Gilberto Russa lança novo livro As cinco finalistas do Concurso de Vestidos de Chita de 1945 Integrado nas Comemorações do seu 129.º Aniversário, a Direção da Associação da Banda de Matosinhos-Leça (ABML), vai levar a efeito, no próximo dia 26 de setembro de 2015, um sábado, pelas 15h00, um Concurso de Vestidos de Chita. Segundo a organização do evento, liderada por Clarisse Sousa, Vice-Presidente da Direção da ABML, esta iniciativa pretende recriar “uma efeméride que deliciou os nossos concidadãos

no passado”, garantindo que “neste momento estão a ser ultimados os detalhes para a realização do Concurso”. A título de curiosidade, refira-se que a chita é um tecido de algodão estampado a cores, sendo a designação proveniente do termo “chhit”, oriundo da língua falada pelos Árias – considerados os mais antigos antepassados da família indo-europeia.

As inscrições encontram-se abertas para o público feminino, de todas as idades, através do seguinte endereço de e-mail: vestidosdechitamatosinhos@gmail.com.

LAZER | APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo

II Corrida “Porto de Leixões” e Dia do Porto de Leixões A APDL propõe, neste mês de setembro de 2015, duas atividades lúdicas, a primeira das quais de âmbito desportivo, com o objetivo de envolver a comunidade com o Porto de Leixões. Deste modo, a II Corrida “Porto de Leixões” realiza-se já no próximo domingo, dia 13 de setembro, às 10h00, sendo proposta aos participantes a inscrição (paga) - no site oficial da APDL ou nas instalações - na Corrida (10 km | 10 euros) ou na Caminhada (4 km | 6 euros). O Dia do Porto de Leixões realizar-se-á a 19 de setembro. Com entrada li-

vre, no acesso ao Molhe Sul do Porto de Leixões (junto à Praia de Matosinhos), decorrerá, das 10h00 às 18h00, um programa de visitas ao terminal de Cruzeiros, ao Porto de Leixões e a embarcações insufláveis e animação de Cais, a exposição de fotografia “Focando o Porto de Leixões” e a 1.ª Regata do Porto de Leixões. Também serão realizados os seguintes concertos, a saber - Banda Sinfónica da Casa da Música (15h00), Sons do Douro (16h00), Filme Concerto - “Os Torto” (17h00) e Souls of Fire (19h00).

O escritor e pintor leceiro, Gilberto Russa, irá lançar no próximo dia 12 de setembro, pelas 17h00, no Salão Nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, em Leça da Palmeira, o novo livro “Mi-

serável Vida Droga | Assassina & Oculta”, sob o pseudónimo de Henry Clarke Shakespeare. Com a chancela da Chiado Editora, a obra promete surpreender pelo lado mais introspetivo da alma do autor.

HISTÓRIA | Rotary Club de Leça da Palmeira

Joel Cleto dá a conhecer factos da História local “O Cerco do Porto e a importância de Leça da Palmeira e Matosinhos” é o tema da palestra que será proferida pelo historiador Joel Cleto, na reunião semanal de 14 de setembro de 2015 do Rotary Club de Leça da Palmeira. Con-

duzida pelo Presidente da Direção, Rui Costa, a reunião dos rotários leceiros, no habitual contexto de jantar, terá início às 20h30 no Restaurante “O Chanquinhas”, em Leça da Palmeira, estando a palestra agendada para as 21h30.

CIDADANIA | Câmara Municipal de Matosinhos

Orçamento Municipal aberto à discussão e participação dos cidadãos A Câmara Municipal de Matosinhos reedita este ano a iniciativa “Orçamento Transparente e Participado” que envolve quer o envio de um questionário aos munícipes, para procurar auscultar a sua sensibilidade quanto à prioridade das diferentes intervenções, quer a realização de um ciclo de discussão pública dirigido às freguesias. O primeiro debate, destinado a ouvir os munícipes de Custóias, Leça do Balio e Guifões teve lugar no Centro Cívico de Custóias, na passada segunda-feira, dia 7, pelas 18 horas.

Os restantes debates são em Perafita (9 de Setembro - Sede da ALADI - Avenida D. Pedro IV), São Mamede Infesta (14 de setembro - Grupo Dramático e Musical Flor de Infesta), Senhora da Hora (23 setembro - Oporto Business School), Matosinhos (28 de Setembro - Orfeão de Matosinhos - Rua de Brito Capelo, 234 1.º) e Leça da Palmeira (30 de setembro - Auditório da APDL). Todas os debates decorrem, sem exceção, às 18h00 dos dias agendados.


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Opiniões E o porto de Matosinhos

António Coelho Barbosa Presidente do Conselho Fiscal da ACELRI Associação do Curso de Estudos Europeus, Estudos Lusófonos e Relações Internacionais O Topónimo Matosinhos aparece mencionado no século XI numa referência á vila de Matesinus, nessa altura a população dedicava-se à extracção do sal. O topónimo volta a aparecer por volta do sec.XIII, Somente em 1853 Matosinhos foi elevada à categoria de vila e muito mais tarde já no seculo XX em 1984 adquiriu a categoria de cidade.

Se Mário Soares “cá estivesse”…

Paulo Machado

O processo de migração de um povo visto ao longe não nos afeta até ao momento que entra pelo nosso mundo adentro. Foi isso que aconteceu nos últimos dias, em particular pelas imagens do pequeno corpo do Aylan Kurdi a ser fustigado por pequenas ondas numa praia perto de Bodrum (Turquia). Ninguém ficou indiferente ao caso! O choque dos espetadores perante uma morte de uma criança acordou o Mun-

Matosinhos é uma cidade jovem. Uma das grandes janelas que abriu a cidade ao desenvolvimento foi com a construção do porto de Leixões. Situado na freguesia de Leça da Palmeira, concelho de Matosinhos, distrito do Porto. No reinado de D. João V nasceu a ideia de aproveitar os leixões existentes em frente à foz do rio Leça para criar um pequeno porto artificial, ideia esse que não mereceu a aprovação régia. Mais tarde a mesma ideia foi rejeitada pelo Marquês do Pombal. Somente em 1884 no reinado de D.Luis “o rei que não queria ser rei guiado para o trono por circunstâncias trágicas”, foi a construção imposta pela necessidade de dar abrigo à navegação que aguardava a entrada no rio Douro. A centralização já nesta época se fazia sentir, sendo as obras de desenvolvimento conseguidas a “ferros” após longos reinados de discussão. Em 1892 dá-se a conclusão das obras, verificando-se que novas necessidades obrigavam a novas obras, no sentido de transformar a estrutura num porto comercial. Já na época o planeamento e desenvolvimento de projectos eram feitos á escala do país e não se desenhavam estratégias a pensar no futuro. A segun-

da fase do alargamento das infra-estruturas ocorreu entre 1911 e 1923 com a construção do molhe sul, com 386 metros de cais acostável e sua dotação de uma máquina Titan a vapor e quatro guindastes eléctricos. No início de 1930 foi construído o molhe exterior, com vista a controlar a agitação marítima. Em 1931 iniciou-se uma terceira fase com a construção da doca 1, o que obrigou ao desvio do curso do rio Leça para fora da doca. Esta fase foi concluída em 1940. Já da década de 60 foi construído o terminal para petroleiros e em 1970 foi construída a Doca 4 com o cais de contentores. O porto de Leixões foi crescendo e com ele a cidade que o abraça. O porto de Leixões veio trazer um enorme incremento à economia do Norte de Portugal e alicerçou em Matosinhos uma âncora comercial e industria ligada ao porto. Todos os serviços ligados ao porto, como serviços portuários, as Alfândegas, companhias de navegação, transitários, despachantes oficiais, operadores logísticos,etc. trouxeram à cidade centenas de empresas e milhares de empregos, que gerou uma cadeia de

negócios envolventes que ajudaram Matosinhos a mudar. A fixação de residências por inerência dos postos de trabalho criados obrigou Matosinhos a modernizar-se urbanisticamente. A Câmara de Matosinhos aproveitou de uma forma inteligente todas estas sinergias e valências e colocou a cidade no Roteiro obrigatório de visita e fidelização populacional. Finalmente este ano 2015 nasceu um grande projecto também ligado ao mar, o terminal de cruzeiros, que trará num futuro próximo ainda mais valor acrescentado à cidade. Mas o porto de Leixões iniciado em 1892 continuou e continua a crescer, as novas obras projectadas e algumas já concluídas este ano do alargamento do porto de Leixões com a sua componente logística, trará brevemente ainda mais valor acrescentado á cidade. Alguém muito conhecido no mundo empresarial dizia e com sábio conhecimento, “Se o porto estiver cheio de navios, a região e o país estão a prosperar”. Matosinhos é uma cidade de interiores, mais essencialmente Matosinhos é uma cidade do MAR.

do e os Portugueses para a realidade de migrações que se arrastam há anos e que se intensificaram na violência, no estupro, nas vítimas e no desespero. Neste momento contam-se já 4 milhões de Sírios que abandonaram o seu país, em fuga ou pela procura de mais condições de vida - o que corresponde a cerca de 20 por cento da população do país - procurando refúgio no Egito, Líbano, Cisjordânia, Iraque ou Turquia, e também para a Europa, fenómeno que tem tomado maior dimensão nos últimos 2 anos. Em boa verdade se diga que a Europa ao longo dos últimos anos esteve sempre arredada deste problema apesar das fotos impressionantes e das notícias que diariamente eram divulgadas nas agências de informação e na imprensa internacional. A situação atual, a modos que lembra o processo de descolonização das nossas províncias ultramarinas – do qual fui umas da vítimas – a limpeza étnica (dos “brancos”) que ocorreu durante e depois disso, e a afirmação que Mário Soares terá proferido sobre os “brancos” que viviam em África: -“É atirá-los aos tubarões!”. Essa expressão, claramente proferida por interesses acima daquilo que se desejaria para o Portugueses, foi e continua desprezível e muito aquém dos conceitos do social e do humano.

Longe desses tempos - felizmente – cabe-nos refletir sobre as soluções, os riscos e o modo de ajudar aquele Povo. Se, na tradição cristã, o nosso espírito nos impele a cumprir com a ajuda aos necessitados, acudindo-lhes com as condições de sobrevivência e segurança, é também evidente que se exigem cautelas acrescidas, em particular pela tradição de uma parte daquele povo recorrer a comportamentos extremos de terrorismo fundamentado nas suas crenças religiosas - É por isso, antes de mais, matéria de inteligência do que de coração, merecendo diversas reflexões: Primeiro, é tempo de relembrar que o processo que hoje conhecemos como o 25 de abril de 1974 foi orquestrado e planeado durante anos pelo KGB e pela Esquerda Internacional visando a ocupação de Africa pela União Soviética. Por isso, à semelhança, quem nos garante que este êxodo, com tendência acrescida no último ano, não fará parte de um plano maior do ISIS com o objetivo de instalar o caos na Europa? Segundo, onde estão os países que habitualmente intervêm nestes processos? O que têm feito? Ou porque não agem diretamente localmente em defesa das populações? Dirão que é um país bem lá no meio de outros com problemas semelhantes? (Sarcasticamente pergunto) Não haverá petróleo na Síria? Ter-

ceiro, e talvez o mais complexo, porque os refugiados não seguem para a Arábia Saudita? Em quarto, do ponto de vista operacional, o processo deverá ser conduzido de que forma? Com campos de refugiados? Deportações? Com, ou sem, avaliações sobre o fanatismo religioso? Pretende-se a integração imediata ou deixa-se ao critério dos refugiados? Existe uma consciência coletiva ou suficiente para o acolhimento? Faz sentido acolher 50 sírios debaixo do mesmo teto? Que oportunidades de futuro lhes podemos dar? E os apoios financeiros.. existem? Que nível de segurança os Governos Europeus podem assegurar aos seus atuais cidadãos? Estas e outras perguntas merecem sérias reflexões para se chegar à melhor solução para esta catástrofe: Uma coisa é certa, não passará com certeza por algumas opiniões introduzidas em processos de mediatização e aproveitamento pessoal que alguns personagens europeias e nacionais apregoam aos 7 ventos. Isto é um caso sério. Pessoalmente, gostaria de ouvir o que Mário Soares teria para dizer sobre este assunto. Em particular sobre uma eventual premeditação estratégica da ISIS, ou quais as soluções práticas para resolver o problema daquelas pessoas… paulo.j.machado@outlook.com


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Comunidade Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça patrulham em bicicleta as praias entre Leça da Palmeira e Angeiras

“O projeto ‘Pedalar pelo Socorro’ tem sido muito bem recebido por todos”

Quanto vale o ferro-velho para a nossa sociedade!?

Alexandre Cardoso

Jorge Magalhães (Vogal da Direção), Joaquim Oliveira e Silva (Presidente da Direção), Rita Oliveira, Adriano Barbosa, Jorge Lemos e António Amaral (Comandante) Iniciou-se no dia 3 de agosto de 2015 o projeto “Pedalar pelo Socorro”, uma iniciativa da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça que visa patrulhar, em duas bicicletas totalmente equipadas, as praias da sua área de intervenção, entre Leça da Palmeira e Angeiras, no limite norte do concelho de Matosinhos, todos os dias, das 9h00 às 18h00, até ao fim da Época Balnear. Estão mobilizados 22 operacionais, divididos em 11 equipas de dois elementos. Quando os detalhes do projeto foram ultimados, em meados deste ano, já a missão dos operacionais estava bem definida: “O trabalho destes bombeiros será a prestação dos primeiros cuidados a quem deles necessitar, auxiliando outros agentes de Proteção Civil que estiverem a prestar socorro (ISN – Instituto de Socorros a Náufragos, INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, Forças da Autoridade) e ainda dar apoio às equipas deste Corpo de Bombeiros que se dirijam para uma ocorrência no raio de intervenção desta equipa”, afirma António Amaral, Comandante dos

Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, na presença das linhas orientadoras do plano. No sentido de implementar o projeto no terreno, ainda em pleno verão, o apoio de algumas pessoas e entidades foi fundamental. Jorge Magalhães, Vogal da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, patrocinou as bicicletas, bem como os suportes e as mochilas para as mesmas. A Lavra Team BTT, no âmbito de um evento em que este Corpo de Bombeiros deu apoio, ofereceu capacetes e equipamento de manutenção das bicicletas. A nível individual, cada bombeiro adquiriu o seu próprio calçado para usar no projeto. Sob o desígnio da proximidade com os cidadãos, cada equipa de patrulha é composta por dois elementos - dos 22 voluntários mobilizados para o projeto - e tem à sua disposição duas bicicletas totalmente apetrechadas com os equipamentos de Primeiros Socorros e Suporte Básico de Vida. A equipa tem contacto permanente com a central através da rede SIRESP - Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança

de Portugal e contacto via telemóvel. O Comandante dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, António Amaral, considera que “o projeto ‘Pedalar pelo Socorro’ tem sido muito bem recebido por todos” – uma opinião corroborada pela Direção, nas pessoas quer do seu Presidente, Joaquim Oliveira e Silva, quer do vogal – Jorge Magalhães –, acrescentando, a título de curiosidade que “muitos estrangeiros têm fotografado as nossas equipas e as forças da autoridade vangloriaram a iniciativa, afirmando que estávamos muito bem organizados e dotados de bom equipamento”. “Até ao momento, em dois dias de serviço, a nossa equipa de patrulha prestou apoio ao INEM numa ocorrência, chegou em primeiro lugar a duas ocorrências do CODU - Centro de Orientação de Doentes Urgentes, em que foi a nossa ambulância para o local, e teve uma intervenção na via pública que não foi preciso transportar ao hospital”, refere, a finalizar, o Comandante dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça. LMM

Não poucas vezes nos damos conta da falta de tampas e grelhas de saneamento. Quem se desloca a pé, vai contornando e ignorando, contudo quem se desloca de carro tem de ter a atenção redobrada se não quiser aumentar a sua conta no mecânico, ou na pior das hipóteses num hospital. Se pensarmos bem até, se calhar, já demos conta de marginais em alegres em, alegres, correrias com carrinhos de compra, pela rua fora, a levarem tudo a que possam deitar a mão para ganharem alguns trocos num qualquer sucateiro… embora naturalmente, sem pensarem, uns e outros, nos danos que podem vir a ser causados a terceiros, à sociedade. No fim, uns ficam felizes e outros acomodados, o sucateiro feliz, lá adquire mais sucata em troca de uns trocos, o marginal fica feliz e ganha uns trocos à custa do cidadão, do estado português, enquanto o cidadão comum se continuar acomodar com esta inevitabilidade e o estado, o município pagar (ou seja, todos pagamos…) para repor as grelhas depois de estas situações causarem dissabores a muita gente! Obviamente que já é altura da sociedade civil deixar de se acomodar e passar a incomodar-se com esta situação de conivência entre quem rouba e quem recepta. Mais o poder politico autárquico deve entender como prioritário e dar competência à polícia municipal, para em parceria com outras entidades policiais, seja a PSP ou a ASAE, intervir, na área do município, e multar, de forma pesada, qualquer sucateiro que tenha em seu poder este tipo de material porque, esse sucateiro, sabe bem a proveniência de tal material, de que forma foi obtido e para que servirá o mesmo.


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Política e Cidadania Breve Entrevista a Joaquim Jorge po para começar e terminar: começa às 21h30 e termina às 23h. Temos constatado, por desabafos seus, que há quem o queira silenciar. O exercício da cidadania incómoda? Parece que sim. Até costumo dizer que tenho uma relação difícil com a verdade (risos). Quem tem um cargo público pensa que está do alto do seu pedestal e que lhe passa tudo por baixo. Todavia a história recente mostra-nos que qualquer um cai e quanto mais alto julga estar maior é o estrondo. Um cargo público existe para servir as pessoas não para se servir e fazer “joguinhos” e engendrar “sucessões”. Acho que as pessoas se começam a cansar deste tipo de gente e com esta mentalidade. Perspetiva alguns projetos futuros que queira partilhar? Gostava de festejar com realce o 100.º debate que será brevemente. Espero que seja ainda este ano. Dia 14 de Setembro é o 97.º debate. Muitos de-

bates fi-los em Matosinhos, na Junta de Leça da Palmeira a convite do então presidente de Junta Pedro Tabuada, pessoa de grande sentido cívico e humano que na altura me deu um louvor pelo que faço no Clube dos Pensadores que eu muito agradeço. Gostava de o ter presente nessa data. Tenho memória e não me esqueço de quem me faz bem. Que mensagem é que gostaria de deixar aos nossos leitores? Procurem estar informados e atentos. Quando acham que têm razão não deixem de o manifestar com argumentos de uma forma educada mas pertinente e assertiva. Sigam o vosso voto e o que ele faz, não chega votar e depois não ligar nenhuma. Gostava que a Rádio Clube de Matosinhos voltasse a esta terra e consta-se que a D. Jacinta contínua nessa cruzada. Por fim gostava que houvesse menos intriga e menos golpes de bastidores, e mais política e mais humanidade. Quem fica a perder é Matosinhos que merece outro tipo de pessoas.

PARTIDO SOCIALISTA

Fundador do Clube dos Pensadores, Joaquim Jorge, biólogo de formação, é um apaixonado pelo rigor, caraterística que coloca em tudo o que faz, e que, por ventura, será o segredo do sucesso desta iniciativa de referência no domínio da Cidadania. Conheça um pouco do homem livre que não gosta de ser silenciado, quando sabe estar perante a verdade. O Clube dos Pensadores caminha, a passos largos, quer para o 10.º aniversário, em 2016, quer para o seu 100.º debate. Como é que tudo começou na sua visão de mentor? Eu não gosto muito que me mandem calar e que me menosprezem. Um dia numa reunião num partido mandaram-me calar, alegaram que eu era novo ali e que o que estava a dizer não tinha cabimento. Num partido, penso que ainda agora é assim, funciona por “manadas” em que há um chefe que não pode nem deve ser questionado para se chegar a algum sítio. Esse foi o click para me libertar, voar sozinho e sonhar. Define-se, despretensiosamente, como “irreverente, insubmisso, amigo, exigente, crítico, perfeccionista e diferente”. Se fosse de outra forma, acha que o Clube dos Pensadores teria o dinamismo que tem apresentado ao longo dos anos?

Não sei. Mas a minha maneira de ser tem-me ajudado a impor. Até prova em contrário todas as pessoas são importantes. Ao introduzir a metodologia no Clube dos Pensadores de tratar os convidados pelo seu nome, há 10 anos parecia uma heresia. Mas isso aproxima o convidado das pessoas e vice – versa. Somos um povo de doutores, muito formal e pedante. É um homem das ciências, biólogo e docente da área. Considera que a objetividade e a sistematização de processos daí adveniente seja a base da organização que coloca no que faz, a título pessoal e profissional? Com certeza. Sou uma pessoa muito prática e que preparo os debates minuciosamente, fazendo os convites com bastante antecedência. Por vezes o meu ‘feeling’ acerta em cheio no momento de trazer um convidado. Sou muito pontual e o debate tem regras e tem-

Visita a Angeiras com pesca artesanal na agenda

Uma comitiva do Partido Socialista (PS), composta quer por elementos da Comissão Política Concelhia, liderada por Ernesto Páscoa e Luísa Salgueiro, quer de várias secções do concelho, visitou a Praia de Angeiras, no passado dia 2 de setembro, pelas 17h00, onde se reuniu com a Associação Mútua de Armadores de Pesca de Angeiras. A questão das pescas foi, de facto, o principal tema da agenda, no seguimento da decisão do Governo de proibir a pesca artesanal por armadi-

lha, até um quarto de milha da costa, o que traria prejuízos aos pescadores de Angeiras, nomeadamente na pesca ao polvo. No seguimento de um Pedido de Esclarecimento remetido pela deputada socialista Luísa Salgueiro à Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, após visita realizada conjuntamente com o PS de Lavra à instituição, o Governo admitiu criar regimes de exceção que satisfaçam as reivindicações dos pescadores, bem como os anseios transmitidos ao PS na ocasião.


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DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO, MOBILIDADE E TERCEIRA IDADE NO TOPO DAS PRIORIDADES

CDU / Matosinhos apresenta propostas para o Plano e Orçamento Municipal de 2016

O jornal “O Matosinhense” esteve presente, no passado dia 1 de setembro, na sede do PCP, em Matosinhos, numa sessão onde foram elencadas as principais propostas para o Plano de Atividades e Orçamento de 2016 da Câmara Municipal de Matosinhos. A apresentação esteve a cargo de José Pedro Rodrigues, vereador da CDU no Executivo Municipal, João Avelino Pereira, líder da bancada da CDU na Assembleia Municipal, e Paulo Tavares, coordenador da Comissão Política Concelhia de Matosinhos da CDU.

Nesta reunião, José Pedro Rodrigues explicou que o Plano de Atividades que a CDU pretende pôr em marcha incide, sobretudo, em três áreas distintas: desenvolvimento económico, mobilidade e questões sociais, centradas nos problemas referentes à Terceira Idade. No que respeita ao primeiro ponto abordado, o do desenvolvimento económico, a CDU tem como objetivo enfrentar a desindustrialização e o desemprego. Deste modo, pretendem reduzir, ou até mesmo eliminar, as taxas e licenças municipais de construção

e licenciamento das novas micro, pequenas e médias empresas, principalmente aquelas que apostam numa política amiga do ambiente. Por outro lado, tencionam repetir a proposta da isenção da derrama para todas as empresas do concelho com volume anual de negócios inferior a 150 mil euros. Estas medidas, segundo José Pedro Rodrigues, “serão fundamentais para a fixação de novas empresas no concelho de Matosinhos”. Em relação aos problemas de mobilidade da população, a CDU insiste no alargamento do IC1 entre a Ponte de Leça e a Circunvalação. José Pedro Rodrigues mostrou-se concludente ao considerar este lugar como um “ponto negro da circulação rodoviária” e que, além disso, não consegue responder devidamente às necessidades de acesso à Senhora da Hora. A solução, visando a criação de uma terceira via, passaria por corrigir, em todo este troço, o atual separador central por um todo em cimento, à semelhança do que já existe na Ponte de Leça. A CDU planeia requalificar a Circunvalação, sobretudo nos que são considerados os pontos mais críticos – os cruzamentos do Monte dos Burgos e do Amial – para que, por um lado, a sinistralidade diminua e, por outro, facilite as ligações entre São Mamede de Infesta e o Porto. Foi apontada como viável a criação de uma variante a nascente da

ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ENFERMEIROS

Pedro Melo candidata-se à liderança da Secção Regional do Norte Decorreu no passado dia 3 de setembro, pelas 16h00, no auditório da Fundação Manuel António da Mota, no Porto, a apresentação da candidatura de Pedro Melo – enfermeiro que exerceu durante 9 anos atividade profissional em Matosinhos e mantém fortes ligações ao concelho – a Presidente do Conselho Diretivo Regional Norte da Ordem dos Enfermeiros, pela lista “Enfermagem Acredita”. Conhecedor profundo da Enfermagem na Região Norte de Portugal, pela proximidade que tem mantido com os

colegas e com os contextos de prática clínica, Pedro Melo é assertivo quanto ao avanço da sua candidatura: “Sinto neste momento a obrigação de contribuir, com uma equipa coesa, íntegra e empenhada, para concretizar o que os enfermeiros acreditam. Comprometo-me desde o presente, com o futuro da Enfermagem, com a dedicação, a evidência e a inovação que a Enfermagem em que acredito merece”. Pedro Melo integra a lista “Enfermagem Acredita”, que apresenta Alexandre Tomás, também presente neste evento, como candidato a Bastonário

da Ordem dos Enfermeiros. As linhas de força desta lista são o “Reforço do Sistema Nacional de Saúde”, assente em bases sólidas de gestão e planeamento estratégico, no setor público, privado e social, a “Valorização da Enfermagem”, onde ressalta a perspetiva da proximidade com as comunidades, a “Convergência na Ação” entre agentes de todos os setores de atividades ligados à Enfermagem e à Saúde (Ensino, Unidades de Saúde, Ordens Profissionais, Associativismo, entre outros) e o “Compromisso com futuro”, numa lógica de melhoria contínua e afirmação de boas práticas.

atual Reserva Agrícola, que confina nas imediações do Hospital de São João. Ainda que em 2014 a sinistralidade rodoviária tenha diminuído no concelho, a CDU apresenta como soluções para este problema a elevação de passadeiras em zonas de risco, bem como a eliminação de semáforos, que seriam substituídos por outros elementos de abrandamento. A questão da mobilidade, que teve um grande ênfase nesta reunião, levou à abordagem de projetos como a construção de uma eco-ciclovia na extensão do rio Leça e a reconversão da Estação da Senhora da Hora com casas de banho e com capacidade para abrigar os passageiros do Metro. Para fazer face à realidade do país envelhecido no qual vivemos, a CDU defende não só a criação de equipamentos para a Terceira Idade – centros de dia e lares adequados às necessidades populacionais, públicos e gratuitos (ou muito económicos) –, mas também de uma rede concelhia de apoio domiciliário, sobretudo nas freguesias com núcleos habitacionais mais dispersos. No sentido de eliminar as barreiras que o estigma do analfabetismo implica – e que abrange cerca de cinco mil cidadãos em Matosinhos, segundo os Censos de 2011 –, a CDU prosseguirá com a proposta de um programa de aulas, através da ADEIMA, durante o ano letivo de 2015/2016.


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Especial A um passo das Eleições Legislativas 2015 Quando falta menos de um mês para as Eleições Legislativas, que se realizarão a 4 de outubro, o jornal “O Matosinhense” foi ao encontro dos candidatos a deputados com ligações ao concelho de Matosinhos, integrantes das listas de todas as 15 candidaturas que se apresentam a votação no Círculo do Porto Coligação Democrática Unitária, Partido Nacional Renovador, Partido Socialista, Bloco de Esquerda, ‘Nós, Cidadãos!’, LIVRE/Tempo de Avançar, Partido Unido dos Reformados e Pensionistas, Partido Popular Monárquico, Coligação ‘Portugal à Frente’, Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, Partido Democrático Republicano, Juntos pelo Povo, Partido da Terra, Agir e Pessoas-Animais-Natureza.

Carlos Sousa Fernandes (PPD/PSD)

Sob uma perspetiva equitativa, apresentámos este breve questionário a todas as candidaturas: 1 – Como é que encaram, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? 2 – Quais é que são, na Vossa opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que considerariam prioritários expor na Assembleia da República? 3 – Gostariam de deixar alguma mensagem aos nossos leitores?

Coligação ‘Portugal à Frente’ (PPD/PSD - Partido Social Democrata e CDS-PP - Partido Popular) Candidatos:

Maria Teresa Candeias (PPD/PSD)

Michele Azeredo Pinto (CDS-PP) Como é que encaram, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? Os candidatos a deputados residentes e eleitores em Matosinhos que integram a lista da Coligação “Portugal à Frente”, pelo círculo do Porto, encaram esta candidatura com um grande sentido de responsabilidade e sentido de missão, tendo sempre presente que daremos o nosso melhor pela defesa dos interesses e das causas de Matosinhos e do País. O exercício da política, para nós, só faz sentido se for direcionado para a resolução dos problemas das populações. Quais é que são, na Vossa opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que considerariam prioritários expor na Assembleia da República? Apesar dos deputados eleitos por determinado círculo eleitoral representarem o País, de acordo com a Lei, na nossa

opinião, existem vários assuntos importantes no concelho de Matosinhos que considerámos prioritários expor na Assembleia da República, tais como: criação de condições indispensáveis ao reforço da competitividade das nossas empresas, em particular das de pequena e média dimensão. Porque empresas mais competitivas significam aumento da capacidade exportadora, geração de riqueza e criação de postos de trabalho. Neste sentido, as políticas públicas podem e devem dar um contributo muito relevante para o concelho de Matosinhos, apostando-se em domínios que apresentam importantes vantagens competitivas, como é o caso do mar, do turismo, do agroalimentar e da economia verde. Na área social, é primordial garantir, um renovado, justo e forte investimento. É importante desenvolver no futuro um Programa de Desenvolvimento Social em parceria com as Autarquias, completamente focado na redução da pobreza, abarcando várias áreas de intervenção e reforçando, ainda mais, a política de contratualização, no terreno com as IPSS e as Misericórdias. Não nos podemos resignar com os indicadores de pobreza e desigualdade do nosso concelho e do País. Outra área fundamental e de particular interesse é a das pescas pelo que, a remodelação e requalificação da Docapesca de Matosinhos, incluindo o novo porto de pesca deverá avançar assim que criadas as condições para que tal aconteça. Esta é uma obra essencial para Matosinhos e para toda a zona envolvente. Também, assume uma particular relevância a melhoria da acessibilidade ao Hospital Pedro Hispano de Matosinhos. Gostariam de deixar alguma mensagem aos nossos leitores? A mensagem que os candidatos a deputados pela Coligação “Portugal à Frente” gostariam de deixar aos leitores do Jornal, prende-se sobretudo com uma mensagem simultaneamente de confiança e de esperança. Os últimos quatro anos reclamaram e exigiram a todos os portugueses um esforço notável para que, todos juntos, pudéssemos

ultrapassar este tempo de enormes dificuldades e angústias que não queremos repetir. O esforço coletivo valeu a pena! Portugal, hoje, já não é o país sem rumo e sem esperança que nos deixaram em 2011! Portugal, hoje, voltou a ser um país com CREDIBILIDADE externa, entrou na rota do CRESCIMENTO, inspira SEGURANÇA e pode aspirar, com realismo e ambição, a um FUTURO sólido e sustentável. Por isso, votar na Coligação PORTUGAL À FRENTE é ganhar o Futuro porque Portugal, agora, Pode Mais!

Partido Socialista (PS) O PS de Matosinhos, em Comunicado da Comissão Política da Concelhia, datado de 23 de julho de 2015 e publicado no nosso jornal a 13 de agosto de 2015, intitulado “Lista de Candidatos a Deputados”, faz os seguintes considerandos: “Verificamos que, pela primeira vez, desde sempre, não foi incluído nessa lista, um único candidato residente e eleitor de Matosinhos. Lamentamos profundamente que não tenham respeitado o peso político, económico e social de Matosinhos na conjuntura do distrito do Porto. [...] Assim repudiamos e protestamos que Matosinhos não tenha, pela primeira vez, um único candidato do Concelho”.

CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP – Partido Comunista Português e PEV – Partido Ecologista “Os Verdes”) Candidatos:

Renata Freitas

Manuel Faria de Almeida

Os candidatos da CDU pelo distrito do Porto consideram, no seu Compromisso conjunto, que “temos uma região mais


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Valdemar Madureira

Palmira Peixoto

preservação”. O Compromisso termina com uma mensagem aos eleitores: “Com a confiança de quem tem um percurso único de conhecimento, intervenção, denuncia eproposta sobre os problemas do distrito, partimos para esta batalha com a convicção de que é possível continuar a avançar e fazer da CDU a grande força capaz de contribuir e protagonizar a viragem da situação nacional a que cada vez mais portugueses aspiram [...]”.

Partido Democrático Republicano (PDR)

Tiago Oliveira

Ana Maria Moreira

empobrecida e assimétrica, num país mais endividado e dependente. Contrariamente ao que dirigentes e eleitos dos partidos da política de direita procuram fazer crer, os problemas do distrito ou do Norte não se resolvem de forma autónoma da resolução dos problemas do país. Não se resolvem tão pouco com a regionalização, ainda que ela seja indispensável ao desenvolvimento harmonioso do país. Os problemas do Porto e do Norte – ainda que mais graves e intensos por via de um mais longo processo de desindustrialização e destruição de conquistas – resolvem-se com a superação dos problemas do país, com a ruptura com a política de direita e com a assunção de uma política patriótica e de esquerda, que projecte os valores de Abril no futuro da região e do país”. No campo das pescas, que muito diz respeito ao concelho de Matosinhos, é referido, no mesmo documento programático, a “criação e implementação de um programa de apoio específico à pequena pesca”, no sentido de “assegurar o acesso a custo reduzido nos vários tipos de combustíveis a todos os segmentos da frota. Promover a valorização do pescado na primeira venda. Apoiar a indústria conserveira e o consumo de conservas portuguesas. Valorizar a mão-de-obra, melhorando as condições remuneratórias dos pescadores, as condições de segurança da sua actividade. Recuperar e construir portos de acostagem (designadamente na Póvoa de Varzim e em Angeiras, Matosinhos), bem como infraestruturas de apoio à venda e armanezamento de pescado. Garantir possibilidades de pesca e quotas que tenham em conta as caracteristicas da nossa pesca, os recursos e sua

Candidatos: Francisco Ferreira Monteiro (Cabeça de Lista), António Archer e António Casal

domiciliários que lhe permitam manter a sua autonomia por mais tempo, como no acesso universal a residências sénior onde possam manter-se activos e com uma vida social plena e gratificante. Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores? Inscrevam-se em organizações, associações, partidos. Voluntariem-se. Participem ativamente na sociedade. Trabalhando em equipa podemos fazer a diferença.

Partido (PNR)

Nacional

Renovador

Candidato:

O Partido Democrático Republicano não respondeu ao nosso questionario.

LIVRE / Tempo de Avançar Candidata:

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trabalhadores que vestem a camisola da empresa. Não podemos deixar de referir o sector das pescas, os pescadores, os armadores e os comerciantes, tão abandonados e mesmo perseguidos por quem prefere obedecer a Bruxelas e não defender os seus. Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores? Começo por deixar uma mensagem ao Jornal “O Matosinhense” por ter contrariado a censura por omissão que os jornais nacionais fazem ao PNR. Só os jornais regionais têm a coragem de publicar e de nos contactar. Também saberemos ter uma palavra em defesa da imprensa regional na AR. Para os leitores do vosso jornal deixo uma mensagem de esperança. O nacionalismo é a solução que os portugueses sonham e gritam bem alto o que todos pensamos baixinho. Em Portugal e com o apoio de todos também vai começar a amanhecer e o sol vai brilhar para todos e não só para alguns.

Partido da Terra (MPT) Candidato: Vítor Ramalho (Cabeça de Lista pelo Círculo do Porto)

Mariana Topa Como é que encara, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? A candidatura às legislativas vem na sequência da minha participação no LIVRE, onde estou desde a sua fundação. Acredito que para sermos cidadãos plenos devemos participar na vida política e está é uma das formas de o fazer. Quais é que são, na sua opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que consideraria prioritários expor na Assembleia da República? Pelo que pudemos apurar na nossa pesquisa das necessidades do distrito do Porto, uma das maiores urgências é no acesso ao emprego, e em Matosinhos, apesar de não ser o concelho mais afetado continua a haver muito desemprego. Uma das minhas prioridades é garantir os direitos dos cidadãos séniores, tanto ao nível dos cuidados

Como é que encara, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? Encaro a candidatura a estas eleições, como encaro todos os desafios que tenho tido na vida. Com uma atitude ganhadora. Estou certo do crescimento do nacionalismo renovador no Distrito e em particular no Concelho de Matosinhos. Estamos em tempos de mudança, de um lado da barricada os partidos do sistema com os seus manuais velhos e bafientos, do outro lado os ventos da esperança que representa o nacionalismo renovado e a apontar para o futuro, trazendo uma mensagem de esperança e inovação. Quais é que são, na sua opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que consideraria prioritários expor na Assembleia da República? A nossa preocupação principal é o crescimento do emprego, defendemos uma política de desemprego perto do zero, só possível por um forte apoio a quem quer investir, eliminando burocracias e premiando os empresários que sabem dar valor aos seus trabalhadores e os

Eurico Figueiredo (Cabeça de Lista pelo Círculo do Porto) Como é que encara, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? É com grande entusiasmo que encaro candidatar-me como cabeça de lista do Partido da Terra pelo distrito do Porto à Assembleia da República. Em primeiro lugar como reconhecimento para com o “Mestre” dos problemas ambientais e ecológicos em Portugal, Arquitecto Ribeiro Teles. O paradigma ecológico é o único que impõe, por si, regras ao imperialismo dos mercados, que em roda livre tem conduzido a Europa ao mal-estar e injustiça que todos vivemos. Depois porque estou preocupado com a crise de democracia em Portugal, que se traduz por uma progressiva opção eleitoral por não votar, o que se traduz


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em abstenção e votos nulos. A alternativa será aumentar o compromisso dos cidadãos, que actualmente são usurpados pelas direcções partidárias, o que os portugueses deixaram de suportar. O que se traduz por uma crise da democracia por delegação. Acontece que o MPT é o único partido português que obriga estatutariamente a defendermos a democracia participativa. Um outro compromisso profundo, da minha parte, é o da luta contra a corrupção. Pela via que tem sido menosprezada pelos outros partidos demasiado justicialista. Há uma outra via, mais geral e eficiente, que passa pela luta para que o Estado seja um Estado de Bem. O que todos os portugueses sentem, e terão uma infinidade de estórias para contar, é que este estado não nos defende, mas continuamente ataca e persegue os cidadãos. Ainda recentemente, em relação a uma dívida de há cerca de um ano, que a Segurança Social tem para comigo, o nosso advogado recebeu a informação que ainda não pagaram porque foram para férias e têm pouca gente! Já viram o que vos aconteceria se fossem contar esta estória ao Fisco ou à própria Segurança Social? A maneira mais eficaz de lutarmos contra a corrupção e fuga ao fisco é a de sentirmos que o Estado e bom para nós e merece respeito, o que não acontece em Portugal Quais é que são, na sua opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que consideraria prioritários expor na Assembleia da República? As eleições para deputados são eleições nacionais. Quando, em devido tempo, nos preocuparmos com as eleições municipais, diremos ao que vimos, em relação a Matosinhos. Seria mero oportunismo da nossa parte pronunciarmo-nos sobre os problemas particulares do concelho, que sabemos que existem e não são poucos. Deverão os munícipes de Matosinhos a precaverem-se em relação aqueles que vos prometem mundos e fundos a nível concelhio: são os demagogos que na Assembleia da República são conhecidos como “deputados de campanário”. Mas certamente que tomaremos em consideração os problemas do nosso círculo eleitoral, o distrito do Porto. Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores? Cuidado com os demagogos e os falsos profetas.

Pessoas-Animais-Natureza (PAN) Candidatos:

Bebiana Cunha (Cabeça de Lista pelo Círculo do Porto)

Lígia Andrade

Maria Aragão

Sandra Pereira São ainda candidatos: Marto Fontes, Catarina Paixão, Elsa Pinto, Paulo Pereira, Helena Cordeiro, Ana Matos Alves, Teresa Furtado de Antas, Ana Francisca Almeida e Albano Lemos Pires

Como é que encaram, a título pessoal, a candidatura às próximas Eleições Legislativas? Encaramos a candidatura às eleições para a Assembleia da República como um desafio, uma responsabilidade e um compromisso ético. O PAN é o primeiro e único partido político não antropocêntrico, a considerar a compaixão e a empatia como eixos fulcrais do seu pensamento e ação política. Sentimos a necessidade premente de acrescentar uma dimensão ética à atividade legislativa. Para cada proposta que elaboramos, avaliamos sempre o seu impacto sistémico, junto de todos os que partilham este planeta, que é a nossa casa, a Mãe Terra. Esta preocupação pela felicidade, pela paz, pela harmonia, pela proteção e pela sustentabilidade rege as nossas posições e julgamos poder contribuir para a construção de um Mundo mais bonito, em que o respeito pelo outro, seja qual for a sua espécie ou natureza, seja um constante. Em que humanos e não humanos possam fruir de tudo o que a existência tem para nos proporcionar, numa postura de co-responsabilidade e respeito integral pelos ecossistemas. Quais é que são, na Vossa opinião, os temas na ordem do dia do concelho de Matosinhos e quais é que considerariam prioritários expor na Assembleia da República? Matosinhos é uma terra com excelentes exemplos que devem ser seguidos por outros municípios, nomeadamente o seu esforço ao nível das políticas de intervenção social e cultural. É uma terra muito rica e diversificada que sofreu um crescimento desordenado. Transporta uma pesada herança industrial, presente na baixa da Cidade de Matosinhos bem como no Porto de Leixões e na Refinaria de Leça. Matosinhos é um claro exemplo da ausência de um ordenamento do território que é a marca constante em todo o país. Sofre um movimento pendular, característico das zonas metropolitanas, que dificulta a concretização de qualquer projeto de reordenamento sustentável e harmonioso, pese embora o esforço da sua gestão autárquica. O melhor que se pode fazer por Matosinhos na Assembleia da República será pugnar pela adoção de políticas de ordenamento do território, com a integração de um maior número de zonas verdes e naturais, que visem uma convivência digna entre as pessoas e a natureza. Ao mesmo tempo é necessário valorizar a sua riqueza agrícola, criando incentivos para a produção local e biológica. Seria uma ótima forma de criar emprego e formações nesta área, bem

como atribuir um maior valor à natureza. É muito importante que em qualquer área de intervenção Matosinhos seja um exemplo nacional para os outros municípios, que no âmbito da proteção animal tem desenvolvido um meritório trabalho com a cooperação ativa e constante da Associação Midas, mas é altura de pôr um fim ao abate de animais de companhia no canil municipal e instaurar políticas de controlo da população animal. Gostaríamos que Matosinhos implementasse um índice de desenvolvimento humano, em que a felicidade e a ética fossem dos principais indicadores. Gostariam de deixar alguma mensagem aos nossos leitores? Sim! Frequentemente nos sentimos desalentados com a sensação que nada do que possamos fazer possa efetivamente mudar o sistema em que estamos inseridos. A nossa proposta é que comecemos por pensar “ecossistema” pois os nossos atos têm real efeito no nosso meio envolvente. Temos a responsabilidade de dar voz a quem não tem poder, de ser felizes e de assegurar que todos os que partilham esta Casa connosco também o sejam. Depois, pelo exemplo, pela persistência e com um genuíno desejo de contribuir para a concretização deste sonho que nos move, façamos a nossa parte nesta mudança que urge. É possível mudar o mundo, mas temos de o querer e de o ousar. Querendo, mudamos o nosso mundo, pela positiva.

BE - Bloco de Esquerda NC - Nós, Cidadãos! PURP - Partido Unido dos Reformados e Pensionistas PPM - Partido Popular Monárquico PCTP-MMPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses PDR - Partido Democrático Republicano JPP - Juntos Pelo Povo PTP-MAS (AGIR) Estes partidos não responderam ao nosso questionario.

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Circos em Matosinhos

Belmiro Esteves Galego Várias Companhias de Circo, deram grandes espectáculos em Matosinhos. Nos anos 50, pela ocasião das Festas da Vila, era normal fazer parte do programa das mesmas. As Companhias de Circo ficavam instaladas, na altura, na Alameda de Matosinhos, junto à Doca de Leixões e num terreno na Rua do Godinho, pertencente ao Dr. Julião Valente dos Anjos (Dentista). Alameda A antiga Alameda era um vasto quadrilátero na margem esquerda do Rio Leça, ensombrado por vigorosos plátanos e guarnecido de bancos de pedra e de um coreto onde, no último quartel do século XIX, tocava todas as quintas-feiras uma banda regimental. Em Outubro de 1888, este coreto foi aluído, tendo sido mais tarde substituído por outro. Em Agosto de 1901, já todos os que transpuseram a casa dos cinquenta, puderam ouvir no novo coreto da Alameda a Banda Recreio Artístico da vila de Matosinhos. No centro deste extinto recinto público, erguia-se a estátua de Manuel da Silva Passos, inaugurada em 24 de

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Cultura Agosto de 1864 e, mais tarde, transferida para a praceta onde confluem a Rua de Roberto Ivens e as Avenidas da República e Serpa Pinto. Este monumento estatual, ainda hoje se conserva nesse largo que tomou a designação de Praça Passos Manuel. Alguns espectáculos realizados pelas Companhias de Circo: 27 de Setembro de 1951 Grande Circo Alegria 7 de Julho de 1952 Monumental Circo Luftman 13 de Março de 1953 Pequeno Circo Basílio 14 de Setembro de 1955 Circo Maravilhas 26 de Janeiro de 1956 Novo Circo Cardinali 2 de Março de 1957 Grande Circo Mariano 26 a 29 de Abril de 1957 Circo Paris 26 de Junho de 1957 Grande Circo Royal


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MÚSICA | “SIMPLE STONE”

Cruz no baixo, António Anastácio na bateria e Francisco Torres na voz. Em entrevista ao jornal “O Matosinhense”, António Cruz conta-nos como tudo começou.

“Eu e o António Anastácio tínhamos uma banda em Matosinhos, chamada “BBC”, que fez vários concertos ao vivo, de entre os quais destacaria os da Queima das Fitas do Porto e abertura do concerto dos “Spin Doctors”, uma banda australiana notabilizada na Europa nos Anos 90”, recorda António Cruz, lamentando o fim precipitado dessa formação, por via do falecimento de um dos seus elementos, o teclista Rui Vasconcelos. A partir desse momento cada um seguiu um pouco o seu caminho, mas António Cruz e António Anastácio quiseram enveredar por um novo projeto musical. Nesse sentido, procuraram um guitarrista e, na Internet, conheceram David Marinho. Mais tarde, viriam a encontrar o único elemento que faltava, o vocalista, numa noite de ‘karaoke’ de um bar em Matosinhos. Finalmente, estava formada a nova banda. Versáteis e talentosos, os elementos da “Simple Stone” têm apostado nas composições originais, ao mesmo tempo que inter-

pretam, com verdadeira entrega, ‘covers’ de referência de quase uma vintena de bandas estrangeiras, das quais António Cruz destaca “Radiohead”, “U2”, “Pink Floyd”, “Kings of Leon”, “The Cult” e “Billy Idol”. A banda “Simple Stone” vai lançar, brevemente, um CD exclusivo de originais, cujo nome e alinhamento ainda estão no “segredo dos deuses”. Este álbum integrará algum do reportório próprio, onde surge “Sul Eufúrico”, “Silêncio de Medo”, “Voar”, “Deixar de Lado o Medo” e “Dependências”, de entre outras canções que estão a ser ultimadas no seu estúdio da Rua Álvaro Castelões, em Matosinhos. Enquanto o novo trabalho não sai para as lojas, fica o convite para assistir aos concertos da banda, ao vivo, no dia 19 de setembro, pelas 23h30 no Mary Spot Vintage Bar (Matosinhos), no dia 10 de outubro, às 22h00, no Vintage Bar, em Santo Tirso, e no dia 24 de outubro, às 22h00, no Orfeão de Matosinhos.

Não obstante de a democracia ser, sob pena de contradição nos próprios termos, um regime político aberto ao tempo, ao tempo e ao seu livre decurso, ao tempo e ao seu livre devir, mas convenhamos, assente nas regras e nas opções de cada um dos intervenientes. Vai daí, nesta assinalável estultice ergueram o pingalim e arrearam em cheio no Executivo da Câmara Municipal de Matosinhos, negando a efetiva fruição do lugar que ocupam. E o Politburo clamou por mais económico e mais social. E reclamou ao Presidium pela Mobilidade. Confuso, caro leitor? Também eu! Chegados aqui, convém clarificar. A CDU, “oposição”, é uma coisa. A CDU, no Executivo da Câmara Municipal, é outra. A CDU, coligada com a maioria do Falso Partido Socialista Independente, do Dr. Guilherme Pinto, é a parra. A CDU do Vereador do Pelouro da Mobilidade é a uva. É claro que a conferência de imprensa dos comunistas de Bouças está destituída de qualquer sofisticação, não produzindo qualquer originalidade particular, sendo basicamente composta por propostas absolutamente óbvias, traduzidas no programa eleitoral da coligação de esquerda às autárquicas de 2013, refletidas na total incapacidade de as executar, estando o PCP no Executivo. Roçando até, em minha opinião, o ridículo. A CDU é poder e o estatuto de oposição apenas está conferido ”aos partidos políticos representados nas assembleias deliberativas e que não estejam representados no respectivo órgão

executivo ou que embora representados nas câmaras municipais, verifiquem que os seus eleitos não assumem pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade directa e imediata pelo exercício de funções executivas.” Como sabemos todos, não é o caso do PCP em Matosinhos. “Só pra dizer que te Amo Não sei porquê este embaraço Que mais parece que só te estimo.” A originalidade está então na teatralização. Não pode a CDU querer ser poder e dar a mão a uma maioria inequívoca do Falso Partido Independente no Executivo da autarquia e ao mesmo tempo assumir-se como oposição ao Executivo do qual faz parte, por vontade própria. A CDU tem de nos dizer se é o porteiro da discoteca ou co-gerente do espaço de diversão. Mas mais! A exemplo e em abono da tão propalada “coerência” dos autarcas comunistas, o PCP de Matosinhos deve explicitar melhor o que realmente pensa sobre os assuntos. Tendo, já há dois anos, a CDU o Pelouro da Mobilidade e tendo a CDU dito e redito nos mais variados órgãos o que pensava da postura de trânsito da Av. Serpa Pinto, classificando o assunto, cito, de “solução experimental que na prática se estavam a tornar definitivas”, e acusando a decisão de “ ainda não ter sido objecto de qualquer deliberação final na câmara”, classificando-a de “ilegal” e propondo “um amplo debate antes de se tornarem definitivas”, (jornal Publico de 10/04/2009), vêm os comunistas agora, num atrevimento inaudito

e detentores do pelouro da área, tentar relativizar o tema, solicitando a “regeneração” da avenida. O que é isso da regeneração? Se a postura de trânsito na Serpa Pinto se mantém ilegal e inalterada desde 2009. É a chamada evolução na continuidade. Então em dois anos de coligação com o Falso Partido Socialista Independente, o que fez a CDU e o seu Vereador com o pelouro da Mobilidade, sobre este e tantos outros assuntos nesta área? Nada, caro leitor, não fez nada. Aliás, arrisco mesmo a dizer, que a CDU assumiu neste período muito mais o Pelouro das Indulgências e muito menos ou nada, o Pelouro da Mobilidade. A CDU presente na governança da autarquia de Matosinhos, não é mais que o bibelot do “hall” de entrada lá de casa. Amarrada quotidianamente à falta de vontade e de empenho. Desvirtuada. Tentando fazer passar a ideia que os Planos de Actividades e Orçamentos destes dois últimos anos, não são, também, responsabilidade da CDU. Assumindo claramente que esta coligação do Falso Partido Socialista Independente/PCP, não é mais que um concubinato de conveniência, assente num problema de expressão e inação. “E até no momento em que digo que não quero E o que sinto por ti são coisas confusas E até parece que estou a mentir, As palavras custam a sair, Não digo o que estou a sentir, Digo o contrário do que estou a sentir.”

Rock e alma matosinhense

Fundada em julho de 2012, em Matosinhos, por quatro músicos apaixonados pelo Rock e pela sua cidade, a banda “Simple Stone” é composta por David Marinho nas guitarras, António

Problema de Expressão

Joaquim Pinto Lobão

Tal qual a letra de Carlos Tê, na música dos Clã, o PCP ofereceu-nos, esta semana, uma conferência de imprensa simulando a apresentação de “propostas”, a serem incluídas no Plano de Actividades e Orçamento de 2016 da Câmara Municipal de Matosinhos. “Só pra dizer que te Amo, Nem sempre encontro o melhor termo, Nem sempre escolho o melhor modo.” Ora, caros leitores, nada disto seria objeto de análise nesta coluna, não fora, sim! não fora, o facto de o PCP, vulgo CDU, ao fazer este número, escusar-se num estatuto que prescindiu, o estatuto de direito da oposição nas autarquias locais.


10 de setembro de 2015

Desporto

Por Ângelo Monteiro e A.M.C.

NATAÇÃO | NA PRIMEIRA DAS TRÊS PROVAS QUE COMPÕEM A TRIPLE ILLAS ATLANTICAS CORONA

Hugo Ribeiro vence categoricamente a travessia a nado Ons - Sanxenxo

Hélder (Chico 46’) Toninho, Rui Carvalho (André 46’), Jonas (Miranda 67’) e Kaká. Treinador: Augusto Mata PERAFITA: Mata, Morgado, Nuno Sérgio, André Rocha, Tiga, Marco Fafiães, Coutinho, Couto, Mesquita (Vieira 43’), Vinagre (Murdok 54’) e Ricardinho. Treinador: Paulo Gentil.

Esta prova realizou-se no passado sábado, dia 5 de Setembro, em Espanha e consistia em atravessar a nado desde as Ilhas Ons até Sanxenxo numa distância total de 13 quilómetros. Participaram 123 nadadores tendo concluído a prova 107 e desistido 18. Numa prova extremamente dura e difícil, com temperaturas da água entre os 14 e os 15 graus, ondas e principalmente correntes contra em praticamente todo o percurso, o atleta matosinhense teve uma prestação extraordinária e venceu categoricamente, deixando a mais de 12 minutos o segundo classificado.

FUTSAL

Matosinhos Futsal Clube defrontou em jogo-treino o Rio Ave

PATINAGEM

Patinadores da Rolar Matosinhos tornam-se Campeões da Europa

Com vista à preparação da presente época desportiva, a equipa sénior de Futsal do Matosinhos Futsal Clube, realizou o seu primeiro jogo-treino da época 2015/2016. Num jogo em que serviu de adaptação e integração do plantel, o adversário foi o Rio Ave F. C. que recebeu no seu pavilhão a equipa matosinhense.

FUTEBOL

Taça Brali / AF Porto Grupo II 3.ª Jornada No passado dia 30 de agosto, disputou-se, no Padrão da Légua, a terceira e última jornada do grupo II da Taça Brali / AF Porto. Um confronto de vizinhos, com o mesmo número de pontos, conquistados, curiosamente, ao CD Candal. O confronto entre as duas equipas de Matosinhos saldou-se num empate a duas bolas e, no final, o Perafita classificou-se no 2.º lugar, com 4 pontos, já que obteve o melhor ‘goal average’ (3 golos marcados e 5 sofridos) face aos 5 marcados e 8 sofridos pelo Padroense, que averbou o 3.º Lugar. Estádio do Padroense no Padrão da Légua (Senhora da Hora) Árbitro: Diogo Oliveira. Cartão Vermelho a China do Padroense aos 59 minutos PADROENSE 2 - PERAFITA 2 Ao intervalo, 0-1 | Marcadores: Couto (5’) Kaká (49’ GP e 77’), Nuno Sérgio (89’) PADROENSE: Humberto, Taipa (Cristiano 73’), Paulinho, Pedro, Renato, China,

conquistou alguns títulos mundiais, individuais e coletivos, na sexta edição do Campeonato do Mundo de Health Qigong realizado no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos.

Em quatro jogos disputados Leixões vence apenas uma partida O arranque de época do Leixões não está a ser o melhor. A verdade é que a sorte não tem estado com a equipa matosinhense durante os jogos da Liga de Honra. Em quatro jogos disputados, o Leixões apenas conseguiu ganhar um, ao Futebol Clube do Porto - B.

Santa Cruz FC apresenta-Se aos sócios em Freixieiro

Os patinadores do Rolar Matosinhos, Ana Walgode e Pedro Walgode sagraram-se, no passado dia 28 de agosto, campeões da Europa de Pares de Dança Seniores. Na competição que decorreu em Ponte di Legno, em Itália, o par matosinhense dominou por completo a competição e na dança final confirmou todo o favoritismo. Esta é a primeira medalha de ouro conquistada por Ana e Pedro Walgode enquanto par.

HEALTH QIGONG

Seleção Nacional vence titulo em Matosinhos A Seleção Nacional de Health QI Jong

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As equipas de futsal do Santa Cruz FC irão apresentar-se aos seus associados e adeptos no próximo domingo dia 13 de setembro, a partir das 14 horas, no Pavilhão de Freixieiro. Além da apresentação dos planteis e dos respetivos corpos técnicos, haverá durante a tarde várias iniciativas realizadas pelo clube de Santa Cruz do Bispo.

Campeonatos Distritais Femininos e Juniores iniciam no próximo fim-de-semana Os Campeonatos distritais de futsal femininos e juniores, da Associação de Futebol do Porto terão inicio já este fim de semana. Nas provas estarão representadas várias equipas do concelho de Matosinhos e delas se esperam os

maiores êxitos desportivos na época 2015/2016.

Junior Cup de Surf adiada para 12 e 13 de setembro A Federação Portuguesa de Surf anunciou hoje o adiamento da Junior Cup – Campeonato Nacional de Surf Esperanças 2015, que devia disputar-se na praia de Matosinhos durante o passado fim-de-semana. O adiamento da prova para os dias 12 e 13 de setembro é justificado pela falta de condições para a prática da modalidade, relacionada com o vento fraco e, consequentemente, com a diminuição da ondulação. Enquadrado no evento, manteve-se a realização, nos passados dias 5 e 6 de setembro, da mostra de cinema de surf. A marginal de Matosinhos transformou-se numa sala de cinema ao ar livre, na qual foram projetadas as mais recentes propostas cinematográficas internacionais em torno da cultura do surf, nomeadamente algumas das curtas e longas-metragens premiadas na última edição do “SAL- Surf at Lisbon Film Festival”.

VELA

Em regatas na Galiza

Gonçalves Totalista Uma semana depois de ter ganho a 31.ª edição do Troféu Cidade de Ovar, organizado pela NADO (Seção Náutica da Ovarense), o “laserista” Serafim Gonçalves, velejador que representa o Clube Naval Povoense/Bicasco, averbou mais uma vitória, desta feita em águas luso-galegas, ao conquistar, no Rio Minho, em frente à vila de Caminha, o VI Troféu Campossancos, organizado pelo Club Alagua, com sede na vila do Góyan. O velejador do clube poveiro venceu as duas regatas (das três inicialmente agendadas), cujas condições de vento tornaram possíveis, supremacia que lhe conferiu a obtenção, destacada, do primeiro patamar do pódio, à frente de Manuel Machado, velejador do Clube de Vela da Costa Nova, com cinco pontos de penalização, e do anfitrião Victor Alvarez, que foi terceiro, com pontuação idêntica. Em face deste triunfo, importa sublinhar que ao longo das seis edições realizadas até ao momento, o Troféu Campossancos teve sempre o mesmo vencedor, Serafim Gonçalves, que, assim, vê o seu nome intimamente ligado ao evento do Club Alagua, pelas melhores razões. A.M.C.


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Ofertas de Emprego Centro de Emprego de Matosinhos | Rua António Carneiro, 97 | 4450-047 Matosinhos | Tel.: 229398350 | Fax: 229374187 As seguintes ofertas encontram-se pela seguinte ordem (Nome da Profissão | N.º da Oferta | Indicação do Regime de Trabalho - a tempo parcial ou completo - e Informações Complementares | Localidade): ELECTRICISTA DE CONSTRUÇÃO 58855266 | Pessoa habilitada para trabalhar em instalações elétricas ou componentes eletro-eletrónicos. Nas condições da medida Estímulo Emprego e com carta de condução de ligeiros. | Custóias TÉCNICO DE SECRETARIADO 588585456 | A função será essencialmente a de telefonista, sendo necessário ter domínio na língua francesa. Nas condições da medida estímulo emprego. | Leça da Palmeira AJUDANTE DE COZINHA 588586902 | Colaborador, que na secção de cozinha auxilia os cozinheiros na confeção de toda a alimentação e seus inerentes com 6 meses de experiência profissional minimo e nas condições da medida Estímulo Emprego. | Leça da Palmeira PINTOR DE CONSTRUÇÕES 588556823 | Pintores-estucadores | Perafita PASTELEIRO 588569441 | Conhecimento na área da pastelaria, padeiro, pasteleiro nas condições da medida Estímulo Emprego | Matosinhos CABELEIREIRO E BARBEIRO 588577058 | Com experiência em lavagem, pré-secagem, aplicação de tintas. | Matosinhos MOTORISTA DE PESADOS 588577576 | Motorista de pesados com experiência na área durante 12 meses para realizar transporte de mercadorias a nível nacional. nas condições da medida Estímulo Emprego | Matosinhos REPRESENTANTE COMERCIAL 588589045 | Pretende-se profissional para integrar equipa de comerciais - visita a clientes e potenciais clientes empresariais para apresentação e venda de produtos e serviços de telecomunicações. | Matosinhos OUTROS TRABALHADORES RELACIONADOS COM VENDAS

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10 de setembro de 2015

Agenda CONCERTOS

TEATRO

R5 11 de setembro | 19h00 | Coliseu do Porto

Ana Bola Sem Filtro 17 a 19 de setembro | 21h30 | Teatro Sá da Bandeira

do concelho em noites de lua cheia. 12 de setembro | 22h00- 24h00 | Santo António do Telheiro ao Mosteiro de Leça do Balio

NOS em D´Bandada 12 e 13 de setembro| Das 14h00 às 04h00 | Porto (Baixa) Mais de 10h de música com 78 bandas espalhadas por 21 espaços | Entrada Gratuita Programa completo em www. nos.pt

É Impossível Viver | Ana Luena | Teatro Municipal Rivoli 17 a 19 de setembro | 21h30 20 de setembro | 17h00

XII Passeio de bicicleta Porto Antigo 13 de setembro | 09h00 | Quinta da Bonjóia (Campanhã)

Cena Contemporânea de Matosinhos em português 17 a 30 de setembro | Cineteatro Constantino Nery - Teatro Municipal

Baixa em Boa Forma 13 e 26 de setembro | 10h00 | Praça D. João I Entrada Livre

Stoned - Tributo Rolling Stones 12 de setembro | 23h30 | Mary Spot Vintage Bar (Matosinhos)

DESPORTO

Concerto Idílico | Orquestra Sinfónica do Porto 18 de setembro | 21h00 | Casa da Música

Zumba Fitness | Beto Perez 12 de setembro | 20h00 | Exponor

Simple Stone 19 de setembro | 22h30 | Mary Spot Vintage Bar (Matosinhos)

Moontosinhos | Pelos Caminhos de Santiago | Visitas aos mistérios, lendas e histórias

OUTRAS SUGESTÕES

A segunda edição do festival Cena Contemporânea de Matosinhos em Português, que terá lugar no Cine-Teatro Constantino Nery e outros espaços da cidade de Matosinhos, regressa de 17 a 30 de setembro. O festival de teatro e artes performativas que é promovido pela Câmara Municipal de Matosinhos e pelo Cine-Teatro Constantino Nery, acolherá espetáculos de teatro, dança, música e documentários. Além disso, nesta iniciativa, haverá ainda oficinas, o lançamento de um livro e debates sobre novas dramaturgias, a escrita de palco e as políticas de intercâmbio cultural entre os países de Língua Portuguesa. No sentido de destacar e promover o teatro e as artes performativas de todos os espaços do universo da chamada Lusofonia, o festival Cena Contemporânea de Matosinhos em Português vai, na sua segunda edição, falar em português com vários sotaques, ao incluir

Números Úteis

Polícia Judiciária - Porto - 225 088 644 Municipal de Matosinhos - 229 398 560 P. S. P. - Custóias - 229577940 P. S. P. - Matosinhos - 229 383 427 P. S. P. - Comando, Porto - 222 006 821 P. S. P. - S. M. de Infesta - 229 026 538 Bombeiros Leça da Balio - 229 511 330

Leixões - 229 380 018 Matosinhos, Leça - 229 984 190 Moreira da Maia - 229 421 002 São Mamede de Infesta - 229 010 017 Sapadores do Porto - 225 073 700 Hospitais Maria Pia - Pediátrico - 226 089 900 Pedro Hispano - 229 391 000 Santo António - 222 077 500

Festa do Continente 19 de setembro | Parque da Cidade Entrada Livre

Farmácias de Serviço Dia 10 Farmácia Sousa Oliveira Largo do Souto, 76 Custóias Tel.: 229515084 Dia 11 Farmácia Moderna Rua Brito Capelo, 808 Matosinhos Tel.: 229398220 Dia 12

Farmácia Confiança Rua Godinho Faria, 6175 São Mamede de Infesta Tel.: 229010009

Dia 13

Farmácia da Barranha Av. Calouste Gulbenkian, 1535 Senhora da Hora Tel.: 229563185

Dia 14 Farmácia Nova Rua Cândido dos Reis, 818 Custóias Tel.: 229558643

Meia Maratona Internacional do Porto 20 de setembro| 10h00 | Ponte do Freixo

Dia 15 Farmácia Cunha Rua São Roque, 133 Matosinhos Tel.: 229389254 Dia 16

Farmácia Central Avenida Fabril do Norte, 716 Senhora da Hora Tel.: 229553399

participações de Angola, Cabo Verde e Brasil. O festival conta com quatro estreias absolutas - uma delas, “Mar” consiste num espetáculo que vários dramaturgos dedicaram ao oceano e às gentes que nele se aventuram - apresentando um programa eclético e de grande qualidade, assente nas palavras de alguns dos melhores autores portugueses: Mário de Sá Carneiro, Herberto Hélder, Luís Miguel Nava e Alexandre O’Neill. Do programa do Cena Contemporânea de Matosinhos em Português destacam-se ainda o espetáculo de rua “Água”, a peça “As Bondosas”, do Elinga Teatro, de Angola, “Portugal Meu Remorso”, uma criação de Ana Nave e João Reis a partir de textos de Alexandre O’Neill, e “Duas Pessoas”, produção do Teatro da Terra a partir do conto homónimo de Herberto Hélder, protagonizada por Maria João Luís.

Dia 17

Farmácia Cortes Avenida do Conde, 6175 São Mamede de Infesta Tel.: 229010029

Dia 18

Farmácia Azevedo Rua Joaquim Pinto, 62 Senhora da Hora Tel.: 229510040

São João - 225 512 100 Cruz Vermelha Portuguesa 229 351 515 EDP - Linha de Apoio 800 506 506 INDAQUA - Matosinhos | PIQUETE 229 399 950

Dia 19 Farmácia Gramacho Avenida Dr. Fernando Aroso, 423 Leça da Palmeira Tel.:229951783 Dia 20

Farmácia Ferreira de Sousa Rua Nova do Seixo, 41 Senhora da Hora Tel.: 229536096

Dia 21 Farmácia do Parque Av. D. Afonso Henriques, 598 Matosinhos Tel.: 229380830 Dia 22

Farmácia Saúde Rua Hintze Ribeiro, 292-296 Leça da Palmeira Tel.: 229951701

Dia 23 Farmácia José Morais Praceta António Sérgio, 319 Matosinhos Tel.: 229375367

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