Banco Africano de Desenvolvimento adopta novo Documento de Estratégia para Moçambique 2023-2028
• O principal objetivo do Documento de Estratégia Nacional para Moçambique 2023-2028 é promover a transformação estrutural, melhorando a situação fiscal do país, criando empregos decentes e alcançando um crescimento inclusivo;
• A Estratégia Nacional 2023-2028 para Moçambique prevê o estabelecimento de uma zona produtiva especial de processamento agroindustrial até 2028, através da criação de 50 novas empresas e 200 novas cooperativas ou grupos de produtores externos. Prevê também que os novos investimentos totalizem 100 milhões de dólares. Prevê-se que as exportações de electricidade de Moçambique para a África Austral atinjam mais de cinco gigawatts-hora;
• Até fevereiro de 2023, a carteira activa do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento em Moçambique compreendia 38 operações com um compromisso total de 1,21 mil milhões de dólares.
BANCA E FINANÇAS 30 de Junho 2023
O Conselho de Administração do Grupo Banco Africano de Desenvolvimento aprovou, a 13 de Junho, o Documento de Estratégia Nacional para 2023 a 2028 para Moçambique. A nova estratégia visa promover a transformação estrutural do País, melhorando a estabilidade fiscal, criando empregos decentes e gerando crescimento inclusivo.
A estratégia tem duas áreas prioritárias: (i) promover a melhoria da governação económica e do ambiente empresarial para facilitar o investimento do sector privado e, (ii) mobilizar recursos e transformar as cadeias de valor agrícolas através do reforço sustentável das infraestruturas.
A é considerada o culminar dos esforços do Governo, dos parceiros de desenvolvimento, da sociedade civil, do sector privado e dos peritos técnicos sobre as reformas económicas mais críticas para o país implementar nos próximos anos.
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) afirma, no contexto, que está a trabalhar para apoiar o Governo moçambicano na consolidação dos resultados das reformas anteriores e em curso na governação económica e no ambiente de negócios.
“O governo está também a adoptar novos regulamentos e a reforçar vários processos administrativos para melhorar a posição fiscal do País e estimular os influxos do setor privado”. Afirma o BAD.
“O Banco Africano de Desenvolvimento tem sido um parceiro fundamental no financiamento do desenvolvimento da nossa economia. Com esta nova estratégia, o Governo de Moçambique reafirma o seu compromisso de trabalhar para reforçar a nossa cooperação, tendo em conta os objetivos que definimos em conjunto para Moçambique”, disse o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela.
Cesar Augusto Mba Abogo, representante do Banco Africano de Desenvolvimento no país, afirmou que “a estratégia aprovada aborda efectivamente os desafios e oportunidades para promover o crescimento económico inclusivo e sustentável em Moçambique. As extensas consultas realizadas com as partes interessadas, incluindo o sector privado, os parceiros de desenvolvimento e a sociedade civil, foram louváveis. Para além disso, a notável coliderança demonstrada pelo Governo de Moçambique ao longo de todo o processo foi fundamental para moldar a estratégia.”
Espera-se que a implementação da estratégia conduza (i) a um maior envolvimento do setor privado para impulsionar o comércio internacional; (ii) à melhoria dos fluxos de investimento e (iii) à criação de emprego – especialmente para as mulheres e os jovens. Espera-se que isto tenha um efeito de arrastamento, aumentando o investimento directo estrangeiro de 22,7% para 30% do PIB.
Com o apoio do Banco, Moçambique estimulará a economia verde e transformará a agricultura para aumentar o número de indústrias competitivas capazes de criar empregos e reduzir a pobreza e a desigualdade. O envolvimento do Banco também ajudará a melhorar os meios de subsistência através de investimentos no setor agrícola com base numa abordagem holística e intersectorial e no desenvolvimento e modernização do sistema energético de Moçambique.
BANCA E FINANÇAS
Francisco Costa: Aumento das Reservas Obrigatórias não vai ter impacto na prime rate nem influenciar a disponibilidade do crédito pelos bancos
O Presidente da Comissão Executiva (PCE) do Banco Comercial e de Investimento (BCI), Francisco Costa, afirmou que a instituição que dirige tem um compromisso muito forte com o mercado moçambicano, o qual advém, essencialmente, do facto de o BCI ser o maior banco do mercado financeiro moçambicano, o que se traduz primeiramente em compromisso elevado, com o crédito e o apoio às famílias moçambicanas, aos empresários em nome individual, às micro empresas e, obviamente, com o apoio às Pequenas e Médias Empresas (PME’s), sem descurar as grandes empresas e projectos importantes para Moçambique, que agreguem valor ao País.
Francisco Costa fez estes pronunciamentos quando intervinha na XVIII Conferencia Anual do Sector Privado (CASP), realizado entre 21 e 23 de Junho, em Maputo. O PCE do BCI, participou no painel “Opções de Financiamento para Projectos Industriais e Conexos”, onde disse que “fala-se muito no valor acrescentado dos projectos, e são esses projectos de valor acrescentado que o BCI pretende e quer apoiar”. Disse Costa que o BCI tem se esforçado em “criar condições para que os projectos que são apresentados ao BCI e que careçam de financiamento sobretudo as PME’s, possam ter condições mínimas necessárias para poderem aceder ao financiamento”.
BANCA E FINANÇAS 30 de Junho 2023
Explicando, disse ainda que, na sua instituição, tem ocorrido um debate muito construtivo com as áreas comerciais, procurando dialogar com os clientes na perspectiva de construírem em conjunto condições para que o banco possa apoiar as PME’s, pois, conforme acrescentou, o BCI tem a sensibilidade que no início ou no desenvolvimento dos negócios, por vezes, não é fácil para os empresários prosperarem”, o que levou o BCI a “construir uma plataforma cada vez mais frutífera e dialogante” entre os clientes e área comercial, “de forma a dar ímpeto as oportunidades de negócio, porque o BCI quer e precisa de negócio e de apoio em crédito às PME’s, e reiterou que esse é o propósito do BCI”.
Falando sobre os actuais desafios no acesso ao financiamento, no geral, Francisco Costa não contornou a narrativa que domina os debates quando a temática é o acesso ao financiamento, e disse que “ evidentemente que as dificuldades de acesso a crédito com as taxas de juro que temos actualmente são inquestionáveis”, porém deixou ficar que os três principais desafios de ambiente de negócios que os empresários enfrentam, nenhum dos três pretende-se ao acesso ao financiamento, e sustentou estas declarações dizendo que a banca comercial, para além “excesso da liquidez” que existe, também está muito disponível para apoiar projectos porque a sustentabilidade do negócio bancário só advém do apoio a projectos feitos pelas empresas do País.
O PCE do BCI sublinhou ainda que no modelo de negócio sustentável da banca exige financiamento às PME’s, que é o maior tecido empresarial de todos os países e, portanto, que arriscaria em dizer que a banca em geral está disponível e tem liquidez.
Aprofundando sobre os desafios do acesso ao crédito, Francisco Costa disse que, “ uma das grandes dificuldades é a falta de equity, ou seja, capital social por parte dos empresários, e, simultaneamente, a falta de colaterais para suportar o risco de crédito das operações”, contudo o observou que estes desafios vão poder ser razoavelmente mitigada através do projecto de garantia mutuário que se alberga a luz do Pacote de Aceleração Económica (PAE) 15.
Relativamente à liquidez e a questão do segundo aumento reservas obrigatórias em moeda nacional tanto como em moeda estrageira, o PCE do BCI afirmou categoricamente que estas dinâmicas sobre os coeficientes das reservas obrigatórias não terá nenhum impacto na prime rate, porque, segundo considerou, A Associação Moçambicana de Bancos já atingiu os patamar máximo do impacto que o risco de liquidez tem no cálculo da prime rate e, portanto, não terá o impacto do aumento da prime rate do aumento das reservas obrigatórias e, simultaneamente, acrescentou, “que a liquidez que se retirou do mercado não é suficiente para reduzir a capacidade que a banca tem para fazer o crédito ao mercado.
“Eu com alguma tranquilidade, diria que o sistema como um todo não vai ter dificuldades de liquidez para suportar os pedidos de crédito das PME’S e dos empresários em geral”. Disse e esclareceu:
“Não estou a dizer que pontualmente não possam existir bancos que tenham algumas dificuldades, mas o sistema como um todo terá resiliência e capacidade para continuar a fazer apoio financeiro aos pedidos de créditos dos moçambicanos ”.
Recorde-se que no último Comité de Politica Monetária do Banco de Moçambique, de, 31/06, 2023, o órgão tomou a decisão de subir o coeficiente das reservas obrigatórias de passivos em moeda nacional de 28% para 39%, e em moeda estrangeira de 28,5% para 39%, como medida visando absorver liquidez excessiva no sistema bancário, situação que foi considerada como tendo potencial para gerar uma pressão inflacionária.
A medida fez soar alarmes e despoletou um coro de críticas, ao se considerar que as mesmas constituem mais uma tributação a economia e coartam os esforços de recuperação da empresas e da economia no geral.
BANCA E FINANÇAS
CTA: Compacto II vai trazer oportunidades de negócios e de investimentos para o sector privado de todo o país
Reagindo a aprovação pelo Conselho de Administração do Millennium Challenge Corporation (MCC) do pacote de financiamento de US$ 500 milhões para Moçambique no âmbito do Compacto II, que terá como enfoque a província da Zambézia, cobrindo três áreas, nomeadamente Conectividade e Transporte Rural; Mudanças Climáticas e Desenvolvimento Costeiro; e Promoção de Investimento na Agricultura Comercial, a CTA considera que embora tenha como foco geográfico a Província da Zambézia, a implementação do Compacto II vai trazer oportunidades de negócios e de investimentos para o sector privado de todo o país e as reformas institucionais, legais e de políticas públicas que serão implementadas no âmbito deste programa vão beneficiar a todo o empresariado.
A CTA enfatiza que entre as principais janelas do Compacto II, estão a promoção de investimento na agricultura comercial que considera como uma decisão acertada, estando em linha com a sua advocacia por uma agricultura comercial que traz consigo muitos benefícios como o desenvolvimento económico e geração de empregos.
Destaque 30 de Junho 2023
MCC aprova US$500 para o Compacto de Moçambique
O Conselho de Administração da Millennium Challenge Corporation (MCC) aprovou ontem, 28/06, um programa de 500 milhões de dólares para o Compacto de Conectividade e Resiliência Costeira de Moçambique.
“A aprovação pelo Conselho de Administração do programa de Moçambique reafirma o compromisso da MCC em enfrentar directamente as restrições ao crescimento económico através de soluções inovadoras”, refere o MCC em Comunicado a que O.Económico teve acesso.
“Em Moçambique, estamos a implementar o pacto mais climático da MCC – uma combinação de infra-estruturas de transporte resilientes, oportunidades de economia verde e azul e reformas políticas e institucionais para permitir um crescimento mais eficaz e a longo prazo.” Lê-se no comunicado.
Este é o segundo compacto pacto da Millennium Challenge Corporation (MCC) com o Governo de Moçambique. Através deste programa, a MCC procura melhorar a conectividade de transporte em áreas rurais, incentivar a agricultura comercial através de reformas políticas e fiscais e melhorar os meios de subsistência costeiros através de iniciativas de resiliência climática. O anterior Compacto de Moçambique de 506,9 milhões de dólares, concluído em 2013, investiu em água e saneamento, posse da terra, transporte e agricultura.
A Millennium Challenge Corporation (MCC) é uma agência independente de desenvolvimento do Governo dos EUA que trabalha para reduzir a pobreza global através do crescimento económico. Criada em 2004, a MCC fornece subsídios por tempo limitado que combinam investimentos em infra-estrutura com reformas políticas e institucionais para países que atendem a padrões rigorosos de boa governança, combate à corrupção e respeito aos direitos democráticos.
ECONOMIA SOCIAL
Iniciativa Power Africa da USAID e o Banco Africano de Desenvolvimento alargam a cooperação na luta contra as alterações climáticas e a pobreza energética em África
ECONOMIA SOCIAL 30 de Junho 2023
• Desde 2013, a Power Africa forneceu electricidade pela primeira vez a mais de 172 milhões de pessoas em toda a África Subsariana e ligou mais de 35 milhões de casas e empresas a soluções de energia dentro e fora da rede, adicionando 14 gigawatts de capacidade. A Power Africa conta oficialmente com mais de 200 parceiros dos setores público e privado, incluindo uma dúzia de agências governamentais dos EUA.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), através da sua Iniciativa Presidencial Power Africa, e o Banco Africano de Desenvolvimento assinaram, à margem do Fórum Africano da Energia (AEF), em Nairobi, uma extensão e alargamento do seu atual Acordo sobre os Objetivos de Desenvolvimento Regional (RDOAG).
A medida aprofunda a parceria estratégica e alarga a base de cooperação para o desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis para combater a pobreza energética e as alterações climáticas e reforçar os sistemas energéticos na África Subsariana.
Especificamente, o acordo visa acabar com a pobreza energética até 2030; acelerar a transição energética justa em África; e reforçar o ambiente propício à energia limpa.
A prorrogação de cinco anos, que termina em Setembro de 2028, abre caminho a um máximo de 500 milhões de dólares em futuras contribuições adicionais estimadas dos Estados Unidos para apoiar os objectivos do RDOAG.
Até à data, cerca de 388 milhões de dólares foram canalizados através do RDOAG, incluindo o apoio directo ao Fundo para a Energia Sustentável em África (SEFA), gerido pelo Banco Africano de Desenvolvimento, e à iniciativa do Banco Desert to Power.
O acordo permitirá igualmente aos parceiros prestar apoio financeiro, técnico e operacional aos setores público e privado, à sociedade civil e a outras partes interessadas, incluindo subvenções, investimentos de capital e de dívida e medidas de atenuação dos riscos.
No acto da assinatura do acordo no Fórum Africano da Energia, o Coordenador Interino da Power Africa, David Thompson, destacou o papel das parcerias na aceleração e sustentação da transição energética justa. “A importância da nossa parceria com o AfDB, evidenciada através deste acordo, para a concretização da nossa ambição comum de acesso universal à energia não pode ser subestimada. Aproveitamos efectivamente os pontos fortes uns dos outros para realizar muito mais em conjunto do que qualquer instituição poderia fazer por si só.”
O Dr. Daniel Schroth, Director de Energias Renováveis e Eficiência Energética do Banco Africano de Desenvolvimento, que assinou o prolongamento do acordo em nome do Vice-Presidente do Banco para a Energia, Clima e Crescimento Verde, reiterou a importância das parcerias. “A Power Africa é um parceiro crucial de longa data do Banco Africano de Desenvolvimento, e um pilar central da nossa colaboração centra-se na mobilização de maiores investimentos do setor privado, que são essenciais para alcançar os nossos objetivos conjuntos de acesso universal à energia e uma transição energética justa em África”, disse Schroth.
• As actividades executadas ao abrigo do acordo alargado estarão alinhadas com o Quadro Estratégico da Power Africa, o New Deal sobre Energia para África, do Grupo Banco, e o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 7, todos com o propósito de garantir o acesso a energia acessível, fiável, sustentável e moderna para todos.
ECONOMIA SOCIAL
Acções da Apple batem recorde, com valor de mercado de US$ 3 biliões
As acções da Apple subiram para um fecho recorde na quarta-feira, 28/06 e estavam à beira de uma capitalização de mercado de 3 biliões de dólares.
As acções da fabricante do iPhone subiram 0,6% para encerrar o dia em US$ 189,25, dólares, colocando o valor de mercado da Apple em US$ 2,98 biliões de dólares, de acordo com dados da Refinitiv. Foi o segundo recorde consecutivo de fechamento das acções da Apple.
A Apple ainda não encerrou com um valor de leilão de mercado acima de 3 biliões. Ele atingiu brevemente um pico acima de 3 biliões de dólares nas negociações intradiárias em 3 de Janeiro de 2022, antes de fechar a sessão logo abaixo dessa marca.
Os ganhos mais recentes nas acções da empresa mais valiosa do mundo seguem-se a fortes recuperações este ano de vários pesos-pesados relacionados com a tecnologia de Wall Street, alimentados por apostas de que a Federal Reverve está a aproximar-se do fim da sua campanha de subidas das taxas de juro nos EUA e pelo optimismo sobre o potencial da inteligência artificial.
“Não houve nenhuma informação nova fundamentalmente que apoiasse o movimento das acções”, disse Thomas Martin, gerente sénior de portfólio da Globalt Investments. “O que lhe resta é, você sabe, o próprio
mercado.”
A Apple saltou 46% em 2023, enquanto a Nvidia subiu 185%, tornando-se a primeira fabricante de chips com um valor de mercado superior a 1 bilião de dólar. Tesla e Meta Plataformas mais do que duplicaram este ano, e a Microsoft acrescentou 40%.
A abordagem da Apple em direcção ao seu marco de 3 biliões de dólares segue o lançamento, em 5 de Junho, de um caro fone de ouvido de realidade aumentada, sua aposta mais arriscada desde a introdução do iPhone há mais de uma década.
Além disso, o relatório trimestral mais recente da Apple, em Maio, mostrou uma queda na receita e nos lucros, mas ainda superou as expectativas dos analistas. Juntamente com um histórico constante de recompras de acções, esses resultados financeiros reforçaram sua reputação entre os investidores como um investimento seguro em um momento de incerteza económica global.
Os ganhos recentes nas acções da Apple superaram as estimativas dos analistas para os lucros futuros da empresa. A acção agora está sendo negociada a cerca de 29 vezes os ganhos esperados, seu múltiplo mais alto desde Fevereiro de 2022, de acordo com dados da Refinitiv.
ECONOMIA GLOBAL 30 de Junho 2023
BACIA DO ROVUMA
Segunda plataforma vai à consulta pública
A implantação de uma segunda plataforma flutuante para a exploração as reservas de gás natural descobertas pela petrolífera italiana Eni na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, será hoje objecto de consulta pública no quadro do Estudo de Pré-viabilidade Ambiental e Definição do Âmbito (EPDA).
Segundo a Consultec, empresa contratada para a realização dos trabalhos, citada pelo “Noticias”, o encontro agendado para hoje, 30/06, na capital tem como principal objectivo recolher as principais preocupações e sugestões da comunidade, sociedade civil, instituições governamentais e outras partes interessadas e afectadas sobre o projecto e o EPDA.
O projecto Coral Norte será desenvolvido na Área 4, um bloco de prospecção e produção de hidro-
carbonetos localizado nas águas profundas da bacia do Rovuma operado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV).
A Eni Rovuma Basin (ERB) é o operador dele gado do projecto.
Na área 4 foram descobertos recursos significativos de gás natural recuperáveis, incluindo o reservatório Coral Sul, onde já se encontra em operação uma fábrica flutuante de produção de gás natural liquefeito (FLNG), designada por Coral Sul.
“Tendo em conta o tamanho do reservatório Coral, está prevista uma estratégia de desenvolvimento multifaseada, propondo agora a ERB o desenvolvimento de um segundo projecto FLNG para desenvolver os recursos localizados na porção norte do reservatório Coral – o Projecto Coral Norte”,
refere a Consultec.
Dados tornados públicos recentemente indicam que, para o projecto Coral Norte, os concessionários estimam que o investimento previsto possa ascender aos sete mil milhões de dólares e vai ainda ser sujeito à aprovação do Governo.
Se o cronograma correr como o previsto, a plataforma começará a produzir no segundo se mestre de 2027 ou seja, antes dos projectos em terra, que dependem de implicações de segurança devido ao terrorismo em Cabo Delgado.
O Coral Norte ficará estacionado 10 quilómetros a norte do Coral Sul, cuja produção arrancou em Novembro, tornando-se no primeiro projecto a tirar proveito das grandes reservas da bacia do Rovuma.
ENERGIA E MINERAÇÃO
ASSOCIAÇÃO GEOLÓGICO – MINEIRA DE MOÇAMBIQUE: Novo elenco
directivo, liderado por José Mendes, nova direcção aposta no fortalecimento da organização
A nova direcção da Associação geológico – Mineira de Moçambique (AGMM), recentemente empossada, liderada por José Mendes, pretende reforçar o intervencionismo da agremiação, subsidiando a mergencia de soluções sustentáveis para os desafios e oportunidades do sector geológico-mineiro do País.
No plano sectrorial, a aposta da nova direcção da AGMM, é buscar a reorganização dos geocientistas, com vista ao fortalecimento do papel da classe em todas instituições, empresas e projectos por onde se discorre e discute a vida dos geocientistas e da indústria extractiva e outras áreas de actuação e afins.
Destaque ainda nas preposições da liderança de José Mendes na AGMM, é o projecto da da criação da ordem dos geocientístas de Moçambique.
“É do entendimento da classe dos geocientistas e das instituições público – privadas e, os órgãos de soberania que, a AGMM deve evoluir para uma agremiação da dimensão de uma ordem, entretanto, à semelhança das outras organizações profissionais, entendemos que, há necessidade de revitalizar a AGMM e garantir a sua continuidade, enquanto, igualmente a classe caminha para estar vinculada a uma ordem dos geocientistas. Portanto, reafirmamos que, o projecto de criação da Ordem dos Geocientístas de Moçambique-OGeoM pode/ deve avançar, pois constatamos que a sua existência não compromete a Missão, Visão e Objectivos pelos quais, a AGMM fora criada e, ambas instrituições profissionais podem coexistir e actuarem na prossecução dos interesses e objectivos da classe”. Disse José Mendes no seu discurso de tomada de posse.
ENERGIA E MINERAÇÃO 30 de Junho 2023
Mulheres na economia: Forjando caminhos e alternativas para autonomia e resiliência económica das mulheres
São vários os estudos, credíveis, que nos últimos tempos tem vindo a destacar a importância da participação da mulher na economia.
As mulheres representam, hoje, globalmente, 49,6% da população total, 66% das mulheres desempenham todo o trabalho existente mundo, produzem 50% de toda a comida, mas apenas são 40,8% da mão-de-obra do sector formal, recebem apenas 10% do rendimento, e são donas de 1-2% da propriedade.
Há ainda o facto de as mulheres emprestarem o seu rosto para a representação da pobreza. Mulheres e meninas sofrem desproporcionalmente do fardo da pobreza extrema – constituem 70% das 1.5 mil milhões de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia.
Há mais: fora do sector agrícola,
tanto em países desenvolvidos como em países em desenvolvimento, as mulheres continuam a ganhar menos de 78% do salário pago a um homem pelo mesmo trabalho.
Está oficialmente contabilizado que, aproximadamente 187 milhões de mulheres empreendedoras a nível mundial, detêm pelo menos 32-39% de todas as empresas privadas na economia formal.
No contexto moçambicano, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), 32,6% dos agregados familiares rurais onde se concentra a maior parte das famílias moçambicanas (80%) são chefiadas por mulheres, que geralmente estão em desvantagens em termo de acesso de recursos para produção e são vulneráveis a efeitos económicos adversos. Cerca de 3,8% das mu-
lheres estão nas actividades informais, 2,2% frequentam o ensino superior, e 3,6% das melhores estão empregues no sector doméstico.
São argumentos bastantes para que se esteja a assistir, também localmente, (Moçambique), uma espécie de corrente pela inclusão económica da Mulher. A mais recente realização, nessa perspectiva, foi a conferência “Mulheres na Economia”, organizado pela Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), que levou como lema, “forjando caminhos e alternativas para autonomia e resiliência económica das mulheres”. A ideia da FDC é criar um movimento com acções de seguimento, propostas de soluções concretas e mudança de narrativa, saindo do discurso de vitimização e luta pelos direitos latos para uma abordagem de participação e inclusão da mulher na economia.
Destaque 30 de Junho 2023
Líder da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Graça Machel
Geraldina Juma, Directora Nacional de Género, mencionou o Programa Nacional de Empoderamento Económico da Mulher, levado acabo pelo Governo, como sendo um instrumento que promove o acesso das mulheres à formação, ao emprego e aos recursos produtivos, por forma a combater as desigualdades históricas entre mulheres e homens.
A conferencia que teve lugar esta terça-feira, 27/06, em Maputo, Graça Machel, líder desta organização da sociedade civil, observou ser inequívoco que Moçambique é uma referência em África em matérias de inclusão das mulheres, mas admitiu ser necessário, ainda, impulsionar a força da mulher na economia. Graça Machel desafiou as mulheres moçambicanas a exercerem um papel activo nas indústrias de manufactura, agro-indústria, e a construírem empresas que agreguem valor.
Geraldina Juma destacou que em 2022, 43% dos 4243 títulos de Direito Uso Aproveitamento de Terra (DUAT) foram atribuídos a mulheres da produção agrícola, e também foram assistidas cerca de 551.238 mulheres para produção agrícola. Juma falou também do programa “Emprega” sobre o qual revelou que 50 empresas de jovens beneficiaram de financiamento através da componente do plano de negócio dos quais 25 foram mulheres, o que representa uma participação feminina na ordem de 50 %. No entanto, a despeitos dos avanços destacados, admitiu a persistência de desafios no acesso aos recursos produtivos aos serviços financeiros, devido a níveis baixos de inclusão financeira da mulher como corolário de, entre outros factores, os baixos níveis de literacia financeira.
Alta – Comissária do Canadá Sara Nicholss, uma das intervenientes na Conferência, destacou a capacitação das mulheres e a promoção da igualdade de género nas esferas social e económica, considerando estes dois aspectos como sendo a garantia para a paz e a honra das mulheres.
Sara Nicholss, afirmou que quando as mulheres desenvolvem todo o seu potencial económico, quer seja na agricultura, liderança, inovação, gestão, e outras esferas, as economias prosperam em benefícios e crescimento. a Alta – Comissária do Canadá disse que o seu País, ao nível mundial, esta promover a capacitação económica das mulheres, apostando em áreas de formação em empreendedorismo no investimento avaliado em perto de 7 mil milhões de dólares canadianos o que corresponde a cerca de US$ 5,4 mil milhões.
A diplomata disse ainda que o Canadá defende que os acordos comerciais da qual Moçambique é signatário devem ser inclusivos para assim salvaguardar o interesse das mulheres no comércio internacional.
Directora Nacional de Género, Geraldina Juma
Alta – Comissária do Canadá, Sara Nicholss
Destaque
Moçambique tem que acelerar a convergência digital
Não seria correcto, Moçambique se afastar da digitalização, “não iriamos sobreviver o erro”.
É este o entendimento prevalecente no Executivo, relativamente a transformação digital necessária.
É que, não obstante o hiato que separa o nosso País das nações que estão mais avançadas neste domínio, e que já desfrutam da quarta revolução industrial, Moçambique precisa não só acelerar como dar os passos consistentes para aderir a “a era da indústria dos dados e da economia digital”.
“Não temos como virar as costas e nem fazer escolhas, senão assegurar que a inclusão digital de todos os cidadãos seja efectiva! No mínimo, todos os indivíduos devem ter acesso ao telefone e à internet”. Frisou, Mateus Magala, falando na conferência-feira de tecnologias, Moztech, do Grupo SOICO.
Na sua alocução, Mateus Magala, referiu-se aos desafios da cibersegurança em Moçambique, e mencionou os crimes cibernéticos, como uma ameaça e perigo reais e urgentes. É como quando “o titanic” se afunda, não importa em que classe alguém viaja, o destino será provavelmente o mesmo”. Disse
Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala
TECNOLOGIA 30 de Junho 2023
O governante, disse ainda que não obstante as múltiplas vantagens da digitalização, existem riscos a serem considerados. “Se ontem o desafio era com o vírus que corrompia os nossos computadores, o acesso as nossas contas de e-mail, hoje o foco está nos nossos dados, nos serviços financeiros e na tentativa de comprometer a soberania dos Estados”.
Apelou, nesse sentido, a que se olhe para as tecnologias de informação e comunicação duma forma mais crítica, no seu processo de construção e adopção. “Temos que assegurar que estejam desenvolvidos mecanismos eficazes para proporcionam a segurança necessária para que possamos aceder à qualquer plataforma tecnológica sem riscos elevados”.
Do desafios de Moçambique, nesse domínio, o Ministro mencionou, a coordenação entre organizações governamentais, a falta de envol-
vimento do sector privado, a falta de profissionais qualificados em matéria de segurança cibernética, normas limitadas de segurança cibernética específicas da indústria, entre outros, que precisam “ser urgentemente abordados”.
“ Ao mesmo tempo, temos que desenvolver uma estratégia mais clara e muito mais sistemática, que não só satisfaça à padrões internacionais actuais, mas também coloque Moçambique no mapa internacional no que diz respeito à gestão do espaço cibernético e da segurança cibernética. Disse Mateus Magala, indicando que os intervenientes centrais nesse processo, são, nomeadamente, o Governo, o Sector Privado e o Público.
Das análises feitas até agora, disse o Ministro, fica claro que todos os intervenientes, especialmente no governo, bem como no sector privado, teriam de se organizar e trabalhar de forma diferente para
enfrentar os desafios iminentes da segurança cibernética.
“Esta nova abordagem não teria nada a ver com a reorganização ou a criação de novas unidades, instituições ou departamentos governamentais. A tónica deve ser colocada na criação de arranjos flexíveis e informais que coordenem melhor e deem prioridade às aspirações e ao trabalho de todos os intervenientes, incluindo instituições e departamentos governamentais.
Mais ainda, Mateus Magala, sugeriu que Moçambique poderia desenvolver e estabelecer parcerias com outros países para promover a partilha de informação e a colaboração em questões de segurança cibernética. “Tais questões incluem a partilha de informações sobre ameaças, melhores práticas e trabalho conjunto para responder a ameaças cibernéticas que possam afectar as partes relevantes”. Explicou.
TECNOLOGIA