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País concede espaço para Malawi erguer porto seco
Moçambique vai conceder um espaço ao Malawi para erguer um porto seco no Porto de Nacala, na província de Nampula, com vista a acelerar o desembaraço alfandegário de mercadorias e flexibilizar a logística de transporte, sobre tudo para combustível e fertilizantes.
A concessão de espaço é fruto do aprofundamento das relações diplomáticas e bilaterais, o que vai ajudar o Malawi a aliviar os custos de transporte e reduzir os preços das mercadorias.
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O espaço está projectado para ter ramais ferroviários, armazéns, equipamentos de manuseio de carga, depósitos de combustível, oleodutos, entre outros.
O Governo do Malawi terá de decidir sobre o modelo operacional das instalações, se embarcará por uma parceria público-privada ou criará uma empresa estatal de pleno direito para optimizar a ligação directa entre perto-ferrovia que Nacala dispõe para Blantyre e depois para Lilongwe, através de Liwonde.
Segundo a Rádio Moçambique, o director de Operações da Companhia Nacional de Petróleo do Malawi, Micklas Reuben, afirmou que a empresa a ser instalada no Porto de Nacala vai assumir a liderança no transporte de mercadorias, incluindo o combustível de Nacala, por via ferroviária.
Neste momento o Governo do Malawi já identificou a Augusto Energy, sediada em Genebra, para manusear, a partir do Porto de Nacala, 196 milhões de litros de combustível.
A posição do Governo de Moçambique chega depois de notícias de que fornecedores de combustível ao Malawi estavam a relegar para o segundo plano o Porto da Beira, no Centro do país, e de Nacala, no Norte, opiando pelo do de Dar-es-Salaam por motivos de congestionamento e algumas ineficiências no manuseamento de carga.
Em Nacala, por exemplo, os fornecedores apontavam o facto de não existirem naquele porto reservatórios eficazes, sendo a Petromoc – Empresa Nacional Petróleos de Moçambique, a única com capacidade para o efeito.
A imprensa local destaca a liderança e diplomacia dos presidentes Lazarus Chakwera, do Malawi, e Filipe Nyusi, de Moçambique, que reactivou as relações entre os dois países, facto que está a merecer uma apreciação positiva pelos malawianos.
A BP Moçambique pretende vender à petrolífera estatal moçambicana Petromoc a quota de 50% que detém na empresa Maputo International Airport Fuelling Services (MIAFS) criada por ambas para operações de armazenamento de combustível no aeroporto internacional de Maputo.
De acordo com um aviso publicado hoje pela Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), a notificação da operação de “concentração de empresas” foi apresentada em 24 de Julho e está sujeita à avaliação pública nos próximos 15 dias.
Trata-se da confirmação da saída da BP do mercado moçambicano de combustíveis, depois de em 2021 ter vendido o negócio de retalho à TotalEnergies.
Já este ano a ARC tinha anunciado que a BP Moçambique tinha acertado a venda à Puma Energy Moçambique dos activos do negócio de combustível para aviação, incluindo operações em sete aeroportos.
De acordo com a informação divulgada no início de Março último pela ARC, este negócio envolveria ainda a participação de 50% na Maputo International Airport Fuelling Services (MIAFS), uma ‘joint-venture’ com a
Petróleos de Moçambique (Petromoc), para a concepção e construção de um depósito de combustível para aviação, gestão de um depósito de armazenamento de combustível e de equipamento de abastecimento a aviões, incluindo uma rede de hidratantes/bocas de combustível no Aeroporto Internacional de Maputo.
Agora, a ARC refere que o negócio da venda da quota de 50% da BP Moçambique na MIAFS será feito à Petromoc, que passará “a deter a totalidade das quotas da empresa-alvo”.
“A BP Moçambique tem enveredado, nos últimos anos, pela venda dos seus activos em Moçambique. Este facto está associado à decisão estratégica de sair progressivamente do mercado de fornecimento de combustível do país. Para a materialização da estratégia, durante os anos de 2021 e 2022, a BP Moçambique endereçou convites a várias entidades para apresentação de propostas de compra dos activos do negócio de combustível para aviação em Moçambique e da sua participação na Maputo International Airport Fuelling Services (MIAFS), tendo sido então escolhida a Puma como a melhor posicionada para adquirir o negócio-alvo”, referia a ARC, numa nota de Abril passado, de não oposição ao primeiro negócio.
