7 minute read

Millennium Bim assina acordo para financiar empresas nacionais no Oil & Gas

Trata-se de uma acção de promoção de conteúdo local na cadeia de valor da rentável indústria de petróleo e gás que se desenvolve em Moçambique, no caso específico, através de uma iniciativa da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) que se designa Linkar, que é concretamente um programa lançado em 2022, com o apoio do Banco Africano de Desenvolvimento, através de fundos da AFAWA e da FAPA, com a missão de fortalecer as áreas e competências do conteúdo local por forma a tornar as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) Nacionais em reais agentes de serviço e desenvolvimento da indústria de Petróleo e Gás.

Em montante não especificado, mas com um horizonte temporal previsto de 5 anos, a ENH e o Millennium Bim, assinaram um memorando de entendimento, visando alavancar as capacidades organizacionais, técnicas e financeiras das Pequenas e Médias Empresas nacionais, para a captação de oportunidades de negócios na indústria nacional de Petróleo e Gás.

Advertisement

Estevão Pale, CEO da ENH, disse que no entender da sua instituição, a contribuição da indústria de petróleo e gás para a economia não deverá apenas advir da participação do Estado, ou por outra, da ENH (como braço comercial do Estado), nos projectos mas também é importante a participação do sector privado nacional na indústria, em particular, as PME’s, que constituem a grande maioria dos operadores do sector privado nacional.

O CEO da ENH, deu a conhecer alguns dos elementos criteriosos que asseguram a participação das PME’s, na indústria do Oil & Gas, designadamente:

• Capacidade para responder aos elevados padrões de qualidade exigidos pela indústria;

• Capacidade técnica e experiência na indústria; e

• Capacidade financeira para prestar serviços à indústria.

Estevão Pale vinculou que o LINKAR está estruturado para prover capacitação, assistência técnica, apoio institucional, certificação e padronização de processos, identificação de oportunidades de ligações empresariais e firmação de contratos para a prestação de serviços à indústria, visando melhorar as capacidades de empresas nacionais de participarem com robustez em negócios ao longo da cadeia de valor da indústria de petróleo e gás.

Particularmente sobre o acordo com o Millennium BIM, considerou como sendo um facto que complementa as acções acima descritas, mostra o compromisso entre as duas empresas em habilitar o sector privado, em particular as PME’s, a prestarem serviços

a indústria nacional de petróleo e gás.

Por seu turno, o Presidente da Comissão Executiva (PCE), do Millennium Bim João Martins começou por dizer que a parceria com a ENH é uma iniciativa muito importante para o Millennium bim. Pois abre espaço para concessão de condições especiais de acesso aos produtos e serviços financeiros às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) previamente identificadas no âmbito do Programa LinKar da ENH.

“O nosso objectivo é apoiar estas empresas, permitindo-lhes participar activamente no desenvolvimento do sector do petróleo e gás e contribuir para o crescimento económico do País. Desta forma, estamos igualmente a promover o conteúdo local, aspecto que consideramos estratégico”, disse João Martins.

O PCE do Millennium Bim assegurou que as Pequenas e Médias Empresas (PME’s), a nível nacional, terão acesso a assistência financeira relacionada com as actividades da cadeia de abastecimento, apoio na busca de certificações essenciais, taxas de juro preferenciais, prazos bancários e linhas de crédito, bem como acesso a formação específica sobre produtos e serviços financeiros com o apoio do Millennium bim, pois a intenção é capacitar as empresas para que elas se possam destacar no sector.

Relativamente a inclusão do género e o empoderamento económico das mulheres, o executivo do Millennium bim acautelou dizendo que, “ com grande orgulho que apoiamos a iniciativa de empoderamento das mulheres através do Programa LinKar, e acreditamos que fortalecer a participação das mulheres moçambicanas neste sector é essencial para um crescimento económico inclusivo”.

Novo ciclo de crescimento económico robusto permitirá incrementar papel da BVM no desenvolvimento inclusivo

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) elevou o seu alerta ao mercado sobre as oportunidades múltiplas e vantagens concretas de investir no mercado accionista, advertindo ainda que “o sucesso na Bolsa não está dependente de possuir uma “bola de cristal”, aconselhando aos potenciais investidores a adoptar uma postura pragmática na escolha das empresas, evitando comprar títulos de sectores ou empresas que não se conhece ou que não se entende claramente.

“É vital que o investidor analise atenta e criteriosamente a empresa que pretende aplicar as suas poupanças, conhecer o potencial e a perenidade da empresa”, diz a BVM.

“É uma “Verdade de La Palice” que não há investimento sustentável sem poupança, e que não podemos viver eternamente na dependência de poupanças alheias, e as Bolsa de Valores são plataformas primordiais para a promoção da poupança, financiamento e investimento, podendo ser uma ferramenta importante para o relançamento da economia nacional, muito deprimida nos últimos anos”, sublinha a BVM.

A BVM refere que em 2022, os segmentos de mercado accionista e obrigacionista, tiveram bom desempenho, com destaque para o facto de o mercado accionista ter passado a contar com mais uma empresa, a Tropigalia, SA, por via de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS) de 10% do seu capital social, correspondente a 3.078.507 acções preferências nominativas e escriturais da Classe ´´B“, em que foram subscritas 2.817.203 novas acções, resultando num encaixe de 334 Milhões de meticais para a empresa e 1.083 novos investidores em Bolsa.

Por sua vez, o mercado bolsista contou com um volume de transacções de 16.675,64 milhões de MT, expressando um crescimento de 38,3% comparativamente ao período homólogo de 2021, que apresentou um volume de transacções de 12.057,80 milhões de MT.

Já a Capitalização Bolsista alcançou 164.287,50 milhões de MT, representando um crescimento em 30,28%, quando comparado ao período homólogo que foi de 126.105,40 milhões de Meticais, representando 24,05% do PIB, denotando uma tendência crescente deste importante indicador do mercado de capitais. O indicador de liquidez do mercado (“turnover”), apresentou também uma tendência crescente, tendo alcançado 10,15%, isto é, um crescimento de 6,17% comparativamente ao período homólogo de 2021. A Central de Valores Mobiliários (CVM) efectuou o registo de vinte e nove (29) títulos, representando uma realização 145% de um total de vinte (20) planificados para o ano de 2022.

Temos advogado que ganhar dinheiro na Bolsa não é um “golpe de sorte” nem é feito com base numa “varinha mágica”, mas numa abordagem compreensiva, consistente e de longo prazo que articula três elementos decisivos, nomeadamente “prioridade-disciplina-paciência”, enfatizou o Presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Valá.

Acrescentou Valá que, para além de contribuir para o crescimento económico inclusivo e a democratização do capital, apostar no mercado de acções permite ao investidor ser um actor económico vital em projectos empresariais, “porque investir na Bolsa é uma forma de empreender, e o que Moçambique mais precisa é de empreendedores que acreditam no país e “colocam a mão na massa” para gerar riqueza e oportunidades que vão contribuir para relançar a nossa economia”, disse.

A BVM afirma que quer ajudar a mudar a narrativa da economia e do desenvolvimento inclusivo e sustentável de Moçambique, posicionando-se para ser parte do ciclo de sucesso inter-geracional.

Escasseiam dados actualizados sobre prejuízos financeiros da pesca ilegal

• Em perspectiva estratégia nacional de fiscalização integrada Moçambique não tem dados actualizados sobre os prejuízos financeiros da pesca ilegal no País. O Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas busca junto de parceiros soluções para este e outros problemas, uma das questoes centrais da primeira sessão da Comissão Nacional de Administração Pesqueira (CNAP).

Em Moçambique a pesca e aquacultura são actividades realizadas ao longo de toda a costa e nas águas interiores e ocupam um lugar significativo para a economia do país.

No primeiro semestre de 2003, a produção global pesqueira foi de 218 mil toneladas, sendo que a pesca artesanal contribui com cerca de 95% e a pesca industrial e semi-industrial com 4%, enquanto a aquacultura ainda representa 1%.

A Ministra do Mar, Águas Interiores e Pescas, Lídia Cardoso, aponta igualmente, como desafios do sector, o ordenamento da actividade da pesca e aquacultura, o combate à pesca ilegal e poluição marinha, em particular o lixo plástico, o controlo das descargas do pescado, a protecção de habitantes frágeis e ao ecossistema do mangal.

Concretamente sobre a pesca ilegal, o Governo e parceiros buscam soluções para o flagelo que, de acordo com o Director Nacional da Administração da Pesca, Cassamo Júnior continua um obstáculo para o sector, sobretudo porque alguns dados estão desactualizados.

Há cerca de três ou quatro anos, os dados apontavam para perdas com a pesca ilegal na ordem de US$ 60 milhões de dólares, mas a informação precisa de ser actualizada.

“Para nós actualizarmos os dados do prejuízo da pesca ilegal é necessário fazer o seu estudo e precisamos de ter informações”, disse Cassamo Júnior.

“Neste evento [primeira sessão da Comissão Nacional de Administração Pesqueira], nós vamos discutir a estratégia de fiscalização integrada ao nível nacional. Queremos discutir este tema porque estamos cientes de que sozinhos não iremos alcançar os resultados que todos nós logramos”. Afirmou

Exportação de carvão rendeu valor de 1,2 mil milhões de dólares ao País

O comércio bilateral anual total foi superior a cinco mil milhões de dólares para o ano financeiro de 202223.

Moçambique exportou para o mercado indiano 1,2 mil milhões de dólares norte-americanos de carvão no último ano fiscal, o que consolida a posição que o país ocupa como fonte crucial de recursos minerais críticos para a Índia

A informação foi avançada, em Maputo, pelo Alto Comissário ela Índia em Moçambique, Ankan Banerjee, durante a realização do Fórum de Negócios Moçambique -Índia, tendo acrescentado que o comércio bilateral anual total foi superior a cinco mil milhões de dólares para o ano financeiro de 2022-23.

Segundo o diplomata, citado pelo diário “Notícias”, o comércio bilateral entre os dois países foi bem equilibrado, com as exportações moçambicanas também a rondarem os 2,6 mil milhões de dólares no último ano fiscal. “Moçambique é uma importante fonte de recursos minerais críticos para a Índia e além dos produtos agrícolas, fornece-nos carvão de coque que é fundamental para as fábricas de aço. Também constitui uma fonte crucial de ervilhas, castanhas de caiu e outros produtos agrícolas”, explicou.

Ankan Banerjee mostra-se também satisfeito pelo facto de várias empresas indianas estarem a manter relações comerciais boas com Moçambique, como é o caso da Mahindra Automobile, Tala Motors, Vulcan, JSPL, entre outras.

O diplomata explicou que no caso concreto da primeira unidade, tem sido a maior empresa de vencia de automóveis em Moçambique nos últimos cinco anos, para além de ter uma presença comercial no país há mais de 30 anos.

“A Tata Motors está também a desenvolver bons negócios neste país. A M/s Vulcan, ICVL e JSPL estão profundamente empenhadas no Sector da extracção de carvão. Vários outros fabricantes de produtos de consumo da Índia têm uma boa presença comercial em Moçambique”, acrescentou,

Banerjee disse que Moçambique constitui também um destino importante para os produtos farmacêuticos e cosméticos da Índia, tendo ainda a existência de um enorme interesse em aprofundar a parceria para benefício mútuo.

Por seu turno, o Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, disse que o volume de investimentos da Índia, em Moçambique, nos últimos dez anos, para além de contar com 119 projectos aprovados, posiciona-lhe em sexto lugar da lista dos 10 maiores investidores.

Esta posição demonstra uma capilaridade alinhada com a matriz das prioridades da acima do Governo moçambicano de diversificação produtiva, designadamente na agricultura, agro-processamento, hidrocarbonetos, comercialização agrícola, energia, logística, indústria farmacêutica e serviços médicos.

This article is from: