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Fly Modern Ark implementa medidas de reestruturação radical na LAM

A Fly Modern Ark, (FMA) empresa que gere actualmente as operações da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), no âmbito do processo de reestruturação da empresa, disse num encontro de divulgação de resultados, que a LAM tem potencial para ser uma companhia aérea bem sucedida, rentável e sustentável, com potencial para acrescentar muito valor aos seus accionistas, se forem implementadas acções de reestruturação radical dos modelos de gestão do negócio e das operações comercial e operacional – que actualmente, enfrenta ventos contrários e que coloca a empresa à beira do colapso.

Em resposta “estratégica e tática”, a FMA fala de “reanimação imediata e urgente que teve que empreender logo nos primeiros dias de intervenção na empresa.

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Entre as acções a FMA indica a criação de um Gabinete de Reestruturação que prontamente começou a rever e começar a trabalhar imediatamente a abordagem de captação de receitas, e o estabelecimento do “Gabinete de Preservação de Caixa para gerir os fluxos de Caixa”.

No domínio da estabilização a FMA diz que reviu e realinhou a frota, a gestão dos preços, melhorando simultaneamente os rendimentos e os factores de carga, considerando que “a acessibilidade dos preços dos bilhetes de avião é fundamental para estimular a procura”.“A FMA, criou uma equipa sólida de Yield Management e Revenue Management”, disse Sérgio Matos, Coordenador do Projecto de Reestruturação da LAM. Acrescentou ainda, que nesse período a FMA, reviu os grandes contratos de fornecimento de combustível, leasing e de manutenção.

Segundo a FMA, reestruturar e reorganizar a LAM para crescimento acelerado é o foco, nesta altura. Nesse sentido, acções visando aumentar a transparência na gestão financeira e definição do preço para posicionar a companhia aérea para um crescimento acelerado; (real) alinhamento da estrutura empresarial com as normas globais e regionais de referência, no plano da optimização da organização, destacam-se entre as medidas tomadas.

Na perspectiva de acelerar o crescimento, a FMA está a trabalhar numa “expansão rápida da marca LAM no mercado doméstico, regional e melhorar a oferta de produtos para competir eficazmente”.

“Operar novas rotas para tirar partido dos 20 aeroportos domésticos”, explicou a FMA, tendo acrescentado a implementação de “um Plano de Frota a longo prazo com ênfase nos turboélices”, através de jactos regionais e aviões de fuselagem simples/larga para as rotas adequada”.

O Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, afirmou na Cimeira sobre Energia e indústria, que decorre na cidade de Pemba que as infra-estruturas industriais e comerciais constituem factor catalisador para acelerar o desenvolvimento indústrias de redes, de atrair financiamentos do sector privado e tem um papel chave na aceleração produtiva com custos baixos, recuperação, aceleração e reconstrução da economia com destaque, para a Província de Cabo Delgado.

Silvino Moreno considera que o contexto actual da indústria transformadora nacional, oferece bastantes desafios, oportunidades, mas também constrangimentos, que caracterizam o contexto global e específico da indústria nacional, num momento em que Moçambique continua procurando caminhos para diversificar a economia através da substituição das importações e do fomento das exportações.

Nessa perspectiva, o Ministro da Industria e Comércio, revelou que, no âmbito do investimento privado, de 2019 a 2022, foram aprovados e implementados mais de

200 novos empreendimentos com impacto no domínio da indústria transformadora, distribuídos pelas diferentes províncias nos mais variados subsectores de actividade, contribuindo com mais postos de trabalho.

Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio, nos últimos cinco anos foram aprovados 63 projectos de investimentos, para a província de Cabo Delgado, num valor total de mais de 402 milhões de dólares americanos, com um potencial para criar 4,943 postos de trabalho, com destaque para investimentos nos sectores de Serviços, Energia e Indústria. Alguns exemplos dessas investimentos são, os projectos, Real Moz-afungi (US$ 44,958,277.00), Central Solar Metoro (US$ 51,921,000); e Montepuez Graphite Processing (US$ 35.000.000,00).

O Ministro salientou que, a Política e Estratégia Industrial (PEI) e o PRONAI, preveem uma industrialização a partir do distrito, apoiando projectos que criam emprego, infra-estruturas e inovação em todos os distritos do país o que requer eficiência, trabalhar em parceria, supervisionar o foco relacionada com a energia, logística industrial e comercial e desenvolvimento de cadeias de valor através de conteúdo local.

O “Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI:2021-2035) ” PRONAI, aprovado em 2021, está alinhado aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, Estratégia de Industrialização da SADC 2015 – 2063, Estratégia Nacional de Desenvolvimento (END), Política e Estratégia nacional de Investimento e assenta nos seguintes componentes fundamentais para a dinamização da industrialização: desenvolvimento de infra-estruturas-estruturas, Melhoria do ambiente de negócios, aprimoramento do conteúdo local e capacitação do sector Público e Privado.

O PRONAI perspectiva até 2030: melhorar a balança comercial, através da substituição das importações de 0 a 15%; aumento das exportações de produtos industriais em cerca de 15%, garantir o crescimento sustentado do peso da indústria transformadora e aumentar a contribuição no PIB de 8.5% para 14%; e a geração de mais

Infra-Estruturas

postos de emprego na indústria transformadora em mais de 100%.

O Ministro referiu que a industrialização de Moçambique constitui das grandes prioridades do Governo, daí que, particularmente sobre o debate

“Parques industriais e conteúdo local”, a que presidiu abertura na conferência, é visto como , “uma oportunidade para criar bases sólidas para continuar a promover o sector industrial no nosso país, a fim de o tornar um vector de crescimento e de desenvolvimento sustentável, gerador de riqueza e de emprego”.

Air New Zealand é a melhor companhia aérea do mundo em 2023

Seu conceito de assentos económicos está fazendo ondas, e agora a Air New Zealand é oficialmente a companhia aérea do ano, pelo menos de acordo com a agência de classificação de produtos e segurança da aviação AirlineRatings.com, com sede na Austrália.

AirlineRatings.com cita as intrigantes camas económicas SkyNest da AirNZ – com lançamento previsto para 2024 – como um dos principais factores que determinam seu primeiro lugar.

“A companhia aérea está sempre inovando e não se contenta em tirar produtos e assentos de prateleira, mas ir melhor”, disse Geoffrey Thomas, editor-chefe da AirlineRatings.com à CNN Travel, creditando o estúdio de design dedicado da Air New Zealand, e sua produção. “É esse foco no bem-estar e no conforto dos viajantes económicos que impressionou os jurados.”

AirlineRatings.com também elogiou a segurança operacional, a liderança ambiental e a motivação da equipe da Air New Zealand.

Ranking das companhias aéreas

A Qatar Airways liderou a lista de 2022 da AirlineRatings.com. Este ano, a companhia aérea ficou em segundo lugar.

Depois de alguns anos de viagens aéreas reduzidas na sequência da pandemia, os viajantes voltaram ao ar em 2022 para um caos significativo nas companhias aéreas – voos cancelados, bagagem perdida e pessoal sobrecarregado.

O resultado, disse Thomas, foi um ano “interessante” no geral, já que “a maioria das companhias aéreas sofreu quedas nas aprovações de passageiros à medida que a indústria lutava para entrar no ar”.

O júri ainda não decidiu se este ano verá um cenário de viagens aéreas mais estável. E curiosamente, enquanto a Air New Zealand saiu na frente em 2023, Thomas disse que os resultados estavam próximos entre os cinco primeiros.

A Qatar Airways, que liderou o ranking da AirlineRatings.com do ano passado, ficou em segundo lugar este ano, ganhando também os prémios de Melhor Classe Executiva, Melhor Restauração e Excelência em Viagens de Longo Curso – Médio Oriente.

A Singapore Airlines ficou em quinto lugar na lista de 2023 da AirlineRatings.com e também ganhou o prémio de Melhor Primeira Classe.

A Etihad Airways, de Abu Dhabi, é a número 3 na lista de 2023 da AirlineRatings.com. A Korean Air, que também ganhou o prémio de Excelência em Viagens de Longo Curso – Norte da Ásia, ficou em quarto lugar. A Singapore Airlines, nomeada top no prémio de Melhor Primeira Classe e no prémio de Excelência em Viagens de Longo Curso – Sudeste Asiático, ficou em quinto lugar geral.

Para produzir seus rankings, AirlineRatings.com examina as principais auditorias de segurança e governamentais, bem como analisa a idade da frota das companhias aéreas, avaliações de passageiros, rentabilidade, classificação de investimento, ofertas de produtos e relações com a equipe. Desde o lançamento da premiação em 2014, Thomas disse que a pontuação e as categorias se transformaram “para reflectir a dinâmica em constante mudança da indústria e as expectativas dos clientes”.

A Air New Zealand também está nas manchetes esta semana por outros motivos. De agora até 2 de Julho de 2023, a Autoridade de Aviação Civil da Nova Zelândia está pedindo à sua companhia aérea nacional que pese os passageiros que partem em voos internacionais do Aeroporto Internacional de Auckland.

AirlineRatings.com as 25 melhores companhias aéreas para 2022

1. Air New Zealand

2. Qatar Airways

3. Etihad Airways

4. Korean Air

5. Singapore Airlines

6. 6. Qantas

7. Virgin Australia/Virgin

Atlantic

8. EVA Air

9. Cathay Pacific Airways

10. Emirates

11. Lufthansa / Swiss

12. SAS

13. TAP Portugal

14. All Nippon Airways

15. Delta Air Lines

16. Air Canada

17. British Airways

18. Jet Blue

19. JAL

20. Vietnam Airlines

21. Turkish Airlines

22. Hawaiian

23. KLM

24. Alaska Airlines

25. United Airlines.

Afinal a dívida da LAM era inferior ao que inicialmente se assumiu menos que isso”, porque uma parte “do que se imputou como dívida não era dívida”, acrescentou.

O ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique avançou que a reavaliação dos encargos da companhia de bandeira permitiu a recuperação de 47,3 milhões de dólares de dívida (44,1 milhões de euros), a favor da tesouraria da empresa, em um mês.

O Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, veio a terreiro esclarecer que a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tinha, afinal, uma dívida real inferior à declarada. Essa declaração errada, segundo Mateus Magala, deveu-se ao que designou de “lapso técnico”, situação que obrigou aos actuais gestores da companhia, a Fly Modrrn Ark, a proceder uma correção que veio melhorar o passivo da empresa.

“Estávamos com uma dívida insustentável, porque nós nos penalizamos com um lapso técnico ou conhecimento limitado”, mas “uma pequena correção” apurou que a LAM “não estava tão mal em termos de dívida”, afirmou Mateus Magala.

A dívida conhecida de mais de 300 milhões de que a transportadora vinha declarando, “na verdade, era

Tal feito, segundo o Ministro que tutela a companhia, foi possível graças “ao conhecimento técnico profundo” da Fly Modern Ark, a empresa sul-africana contratada pelo Governo moçambicano em abril para ajudar a normalizar a situação financeira e operacional da LAM.

“É preciso admitir a limitação de conhecimento da parte dos gestores que antecederam a comissão liderada pela Fly Modern Ark”. Disse Mateus Magala.

Mateus Magala assinalou que a intervenção da Fly Modern Ark visa “arrumar a casa”, devendo mais tarde o Governo decidir sobre o futuro da transportadora, em função das opções indicadas nos estudos sobre a viabilidade da transportadora, que inclui a privatização ou a identificação de uma companhia parceira.

Na segunda-feira, a nova comissão de gestão da LAM anunciou que a empresa deixou de estar insolvente ao cobrar, desde abril, 47,3 milhões de dólares em dívidas do Estado e privados, mas mantém risco de colapso.

• Recuperação de 47,3 milhões de USD não tornam positivo o da Dívida/Capitais pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, segundo os quais a recuperação dos US$ 47,3 milhões deveu-se a reavaliação dos encargos, o CIP respondeu que essas informações não são suficientes para que a empresa tenha saído da situação de insolvência sendo que, “algumas apenas criam alterações no balanço e os rácios continuam ainda preocupantes”. seja, “transformar esse capital em positivo. O que só pode acontecer eliminando-se os resultados negativos que a empresa foi acumulando ao longo dos anos. o Centroi de Integridade Pública (CIP) Na sequência do anuncio pela Fly Modern Ark (FMA), companhia sul-africana contratada em Abril de 2023 pelo Governo para a recuperação e revalorização da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), segundo o qual, a havia logrado uma recuperação de US$ 47,3 milhões, triando, por conseguinte a empresa da insolvência e da falência técnica , o CIP vem a terreiro, contrapor, afirmando, basicamente, que o montante “recuperado” pela FMA, por um lado, não são suficientes para tornar o capital próprio positivo e tornar a empresa solvente e, por outro, correspondem apenas a apenas 38% do valor da dívida bancaria interna, ou seja, não incluindo a dívida com os fornecedores, valor este que não compensa os prejuízos acumulados durante os anos anteriores”.

“A explicação do Ministro procede no sentido de que existem credores que ao mesmo tempo são devedores da empresa. Nesse caso pode-se reconciliar as contas dessas empresas e ficar somente com as diferenças. No entanto, esse facto não altera a (in)solvabilidade de uma empresa”, disse o CIP em resposta a perguntas do O.Económico.

Confrontado com a pergunta se eliminar esses resultados negativos passa, por exemplo, por uma eventual privatização directa, ou se o caminho que o MTC está a seguir de primeiro estabilizar a empresa, mostra-se mais prudente e, eventualmente mais eficiente/seguro, o CIP, afirma que a privatização é uma alternativa de financiamento e também de melhoria de processos de gestão”.

Conforme contas feitas pelo CIP a que O.Económico teve acesso, os dados mostram que mesmo com a recuperação anunciada pela FMA, a LAM continua com uma divida elevada, tendo ainda capitais próprios negativos e a situação de insolvência permanece.

Questionado pelo O.Económico sobre os esclarecimentos prestados

Na perspectiva do CIP, a solvabilidade pode melhorar por via de, nomeadamente, (i) aumento da lucratividade, (ii) injecção de capital e, (iii) saneamento da divida.

O CIP considera pertinente neste contexto ter presente o facto “que a LAM vir de capitais próprios negativos”, apresentando-se, este aspecto, como primeiro desafio, ou

“O caminho seguido pelo MTC, uma espécie de privatização da parte de gestão é teoricamente melhor”. Afirma o CIP lamentando, entretanto, que “o caminho seguido pelo MTC apresentar muita falta de transparência o que descredibiliza o processo”.

“Falta de transparência da selecção da Fly Modern Ark e o secretismo em relação ao contrato”. Frisa o CIP, questionando se “a solução não sairá mais cara e obrigar o Estado a privatizar em condições ainda piores no futuro”.

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