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do Sul vê uma mudança tectónica na ordem mundial na Cimeira de Joanesburgo
• A Índia e Brasil opõem-se ao alargamento do bloco;
• A presença do líder indiano no encontro ainda não está confirmada.
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O anúncio da expansão dos BRICS, previsto para a próxima cimeira na África do Sul, marcará uma mudança significativa na ordem mundial, afirmou o embaixador do País no bloco de cinco nações. Os chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul pronunciar-se-iam sobre o alargamento do grupo quando se reunissem no final do mês de Agosto, disse Anil Sooklal num briefing em Joanesburgo, na quarta-feira, 02 de Agosto. Vinte e duas nações pediram formalmente para se tornarem membros de pleno direito do grupo e mais de 20 outras apresentaram pedidos informais.
O BRICS tornou-se “uma força global poderosa que está a trazer mudanças ao mundo”, disse Anil Sooklal.
“Esta mudança não está a acontecer de forma voluntária. O BRICS tem sido um catalisador de uma mudança tectónica que se verá na arquitectura geopolítica global a partir da cimeira”.
Até agora, representantes de 71 nações foram convidados a participar na cimeira, disse Sooklal. A reunião terá lugar em Joanesburgo de 22 a 24 de agosto
“Esta será a maior reunião dos últimos tempos de países do Sul Global reunidos para discutir os actuais desafios globais”, afirmou.
Grupo AfDB vai apoiar a Zâmbia a aceder a US$168 milhões por ano da janela não concessional do Banco
AfDB reitera apoio Zâmbia e planeia até US$ 150 milhões em apoio orçamentário à medida que o país obtém sucesso na reestruturação da dívida; “A Zâmbia está de volta. É bancável e pode contar com o apoio do Banco o tempo todo”, Adesina. O Presidente do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento, (AfDB, sigla em inglês) Akinwumi Adesina, prometeu mais ajuda à Zâmbia à medida que o País emerge de uma bem-sucedida reestruturação da dívida de US$ 6,3 bilhões para devedores bilaterais, sob o Quadro Comum do G20 sobre o tratamento da dívida.
No final de uma visita de dois dias que efectuou ao País, onde se encontrou com o Presidente Hakainde Hichilema para discutir mais apoio ao País, Adesina parabenizou o governo da Zâmbia por chegar a um acordo com seus credores bilaterais sob a Estrutura Comum do G20 sobre o tratamento da dívida. O acordo coloca a Zâmbia de volta no caminho da recuperação económica e da gestão sustentável da dívida.
“Você criou um sentimento de esperança no país e confiança na economia, abrindo caminho para o retorno dos investimentos e acelerando o impulso para alcançar a prosperidade do país”, disse Adesina ao Presidente Hichilema durante a reunião a 21/07, terça-feira na State House, na capital Lusaka. Por sua vez, o Presidente Hichilema observou que, embora seu Governo tenha feito uma conquista significativa na dívida do credor oficial, mais trabalho precisa ser feito para lidar com a dívida com os credores comerciais locais e externos, incluindo detentores de Eurobonds. “Perdemos muito tempo sob a’píton da dívida’. Queremos agora desencravar o crescimento e a prosperidade para nosso povo”, disse o Presidente Hichilema.

Por seu turno, Akinwumi Adesina delineou várias medidas, incluindo um apoio orçamentário inicial de até US$ 150 milhões para consideração e aprovação de seu conselho de administração; e vários outros projetos de investimento em sectores-chave da economia, incluindo agricultura, energia e transporte. Disse que o Banco colocará imediatamente à disposição da Zâmbia os serviços completos do Mecanismo de Apoio Jurídico da África (ALSF) para apoiar os esforços da Zâmbia para renegociar os termos e condições da dívida com credores externos privados.
O ALSF, estabelecido em 2008, tem auxiliado vários países no engajamento de credores e negociações relacionadas à reestruturação e alívio da dívida.
“O ponto de partida é agora garantir que o tratamento da dívida funcione e que a Zâmbia não volte a uma crise de dívida.” Disse Adesina, ao mesmo tempo que oferecia à Zâmbia uma série de apoio técnico e consultivo do Banco, incluindo apoio à gestão das finanças públicas; gestão da dívida pública; gestão do investimento público; regras e sistemas de aquisição fortalecidos, parcerias público-privadas e mobilização de recursos internos.
Além dos planeados US$ 150 milhões em apoio orçamentário, Adesina disse que o Banco ajudará a Zâmbia a acessar outros $ 168 milhões por ano da janela não concessional do Banco. O Banco também apoiará a Zâmbia a aceder a janela de financiamento regional do FAD para financiar grandes infraestruturas transformadoras, incluindo energia, conexões de transporte rodoviário e ferroviário com Moçambique, Angola e a República Democrática do Congo. Do pacote de apoios assegurados pelo AfDB consta a reforma do programa de apoio a insumos agrícolas da Zâmbia para ser mais eficiente, transparente e fornecido pelo sector privado, usando registo biométrico de agricultores e uso de vales electrónicos para fornecer apoio directamente aos agricultores.

O Banco também apoiará o estabelecimento de Zonas Especiais de Processamento Agroindustrial e um Banco de Investimento em Empreendedorismo Juvenil para construir novos ecossistemas financeiros em torno dos negócios dos jovens e criar empregos. A Adesina instou o Governo a optimizar sua dívida usada para infraestrutura, considerando a ‘reciclagem de activos’, que envolveria a venda de seus activos ao sector privado para libertar liquidez para investimentos em novos projectos de infraestrutura.
