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Indústria Transformadora recua 10,6% no I trimestre de 2023

• Electricidade e gás cresce 3,5%;

• HCB registou um crescimento da produção em cerca de 3.1%;

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• Centrais hídricas da Electricidade de Moçambique (EDM), registaram um crescimento de 28,9%.

No I trimestre de 2023, a produção industrial atingiu o valor de MT 31,821 milhões (o equivalente a cerca de US$ 497.2 milhões), contra os MT 35,589 milhões de MT (o equivalente a US$ 556.1 milhões) do 1 trimestre de 2022, correspondente a um decrescimento de 10.6%, e a uma execução de 22.8% do planificado, numa amostra composta por 337 empresas, revelam os dados do “Balanco do Plano Económico e Social e Orçamento de Estado (PESOE) referente ao I Trimestre de 2023 2023, recentemente divulgados pelo Governo.

O balanço do PESOE I Trimestre 2023, indica que, das 21 divisões de actividade, o desempenho do sector neste período, foi impulsionado, principalmente, pelas 5 divisões de maior peso, tais como, metalurgia de base com 36.4%, alimentar com 23.0%, bebidas com 18.1%, minerais não metálicos em 9.7%, e químico com 3.5%, cabendo as restantes 16 divisões no conjunto a 9.4%. Segundo o documento, as divisões com evolução positiva registaram no I trimestre de 2023, uma produção no valor de 8,483 milhões de MT, contra os 8,119 milhões de MT no I trimestre de 2022, correspondente a um crescimento de 4.5% e a um peso na produção global de 26.1%. As divisões com evolução negativa registaram no I trimestre de 2023, uma produção no valor de 23,337 milhões de MT, contra os MT 27,470 milhões do I trim/2022, o correspondente a um decréscimo de (15.0%) e a um peso na produção global de 73.3%.

Electricidade e gás

No I trimestre 2023, a produção de energia eléctrica, registou um crescimento de 3.5% comparativamente a igual período de 2022, influenciada pela produção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que tem um peso de 82% na estrutura de produção global. O balanço do PESOE referente a execução do primeiro trimestre de 2023, indica que para o período em análise, a HCB registou um crescimento da produção em cerca de 3.1% em comparação a igual período e 2022. Contudo, nos próximos meses, alerta, espera redução na geração, decorrente da necessidade de intervenção projectada no canal de restituição, que é partilhado pelos grupos geradores 1, 2 e 3, actividade fundamental para garantir a exploração destes grupos geradores em segurança, para além de estar inserida no âmbito do projecto Read Sul II que visa a reabilitação e modernização dos equipamentos para maximização da capacidade instalada.

As centrais hídricas da EDM, registaram um crescimento de 28,9% comparativamente ao igual período de 2022, influenciado pelo aumento substancial na produção da central hídrica de Corumana em decorrência da reabilitação da barragem de Moamba-Major, que incrementou a disponibilidade de água à barragem de Corumana, aumentando a geração de energia eléctrica.

• A temperatura média diária da superfície do mar subiu para 20,98 graus Celsius (69,76 Fahrenheit) no dia 4 de Agosto, de acordo com os dados do monitor climático da União Europeia – muito acima da média para esta época do ano;

• O facto prolonga uma série alarmante de temperaturas cada vez mais elevadas nos oceanos do planeta no início de Agosto, com o calor recorde a parecer não dar sinais de abrandar tão cedo;

• Os oceanos são um sistema crítico de suporte de vida e um amortecedor vital contra os impactos da crise climática.

A temperatura dos oceanos atingiu o nível mais elevado de que há registo, de acordo com os dados do monitor climático da União Europeia, o que levou os cientistas a alertar para as consequências imediatas e de grande alcance para o planeta. A temperatura média diária da superfície do mar subiu para 20,98 graus Celsius (69,76 Fahrenheit) em 4 de Agosto, de acordo com os últimos dados do Serviço de Monitorização das Alterações

Climáticas Copernicus da UE, muito acima da média para esta época do ano. O facto prolonga uma série alarmante de temperaturas cada vez mais quentes nos oceanos do planeta no início de Agosto, com o calor recorde a parecer não dar sinais de abrandar tão cedo. A temperatura média da superfície dos oceanos atingiu 20,96 graus Celsius no final de Julho, ultrapassando o anterior recorde registado em 2016, antes de subir gradualmente para perto dos 21 graus em cada um dos primeiros quatro dias de agosto. Os dados do Copernicus remontam a 1979.

Normalmente, seria de esperar que a temperatura da superfície dos oceanos atingisse o seu valor mais elevado em Março e não em Agosto, o que provocou alarme entre os cientistas do clima. “O recente aquecimento dos oceanos é verdadeiramente preocupante”, afirmou Rowan Sutton, professor de ciências climáticas na Universidade de Reading.

Sutton disse que os últimos dados sobre a temperatura da superfície do mar mostram que “podemos estar a viver não apenas um evento extremo recorde, mas um evento recorde”. “Embora existam certamente factores a curto prazo, a principal causa a longo prazo é, sem dúvida, a acumulação de gases com efeito de estufa na atmosfera provocada pelas actividades humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis”, afirmou Sutton. “Este é mais um sinal de alarme que exige as acções mais urgentes para limitar o aquecimento futuro e para nos adaptarmos às graves alterações que se desenrolam diante dos nossos olhos”, acrescentou. O recorde de calor nos oceanos faz parte de uma tendência recente de calor extremo que se estende por todo o globo, com o mês de Julho prestes a ser reconhecido como o mês mais quente da história.

Calor excepcional e fora de época

Os oceanos são um sistema crítico de suporte de vida e um amortecedor vital contra os impactos da crise climática. Os oceanos geram

50% do oxigénio do planeta, absorvem 25% de todas as emissões de dióxido de carbono e captam 90% do excesso de calor produzido por essas emissões, de acordo com a ONU. O aumento constante das emissões de gases com efeito de estufa tem afectado a saúde dos oceanos e os cientistas têm alertado repetidamente para as potenciais alterações da vida debaixo de água e em terra.

“Os oceanos mais profundos estão a aquecer há décadas devido às alterações climáticas e a alteração dos padrões de circulação trouxe provavelmente algum desse calor para a superfície”, afirmou Piers Forster, professor de alterações climáticas físicas na Universidade de Leeds. “A onda de calor oceânica é uma ameaça imediata para alguma vida marinha, já estamos a assistir ao branqueamento de corais na Florida como resultado directo, e espero que surjam mais impactos”, disse Forster.

Kaitlin Naughten, uma modeladora oceânica do British Antarctic Survey, afirmou que os dados do Copernicus mostram claramente que as actuais temperaturas da superfície do mar são “excepcionalmente e inoportunamente quentes”. Acrescentou ainda que a combinação da emergência climática com o El Niño significa que a humanidade pode esperar que recordes de temperatura como este ocorram “cada vez com mais frequência” no futuro. “Uma superfície do mar quente tem implicações de grande alcance, especialmente para ecossistemas complexos como os recifes de coral”, afirmou Naughten.

Daniela Schmidt, professora da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol, afirmou que o rápido aquecimento dos oceanos ainda não pode ser atribuído ao fenómeno El Niño – um padrão climático natural que contribui para o aumento das temperaturas em todo o mundo. A agência meteorológica das Nações Unidas declarou o início do El Niño a 4 de Julho, avisando que o seu regresso poderia abrir caminho a condições meteorológicas extremas.

“As pessoas tendem a esquecer que, quando a água aquece, a maioria dos organismos no mar precisa de muito mais alimento para as suas funções básicas. E o que acontece se crescerem menos ou calcificarem menos? Isso terá impacto no seu futuro, com menos descendentes ou uma protecção mais fraca das suas conchas e esqueletos”, afirmou Schmidt. “Não nos resta tempo para lidar com este problema no futuro. Qualquer atraso adicional só irá agravar ainda mais o problema”. Ajustou.

• Especialistas selecionados poderão colaborar em pesquisa e desenvolvimento de ferramentas que acelerem o desenvolvimento sustentável

• Candidatos devem participar em novo conselho e fazer apreciações, sugestões e exposições para promover a governança internacional sobre a IA.

As Nações Unidas fazem até 31 de Agosto uma chamada pública para a escolha de especialistas que devem integrar o Conselho Consultivo de Alto Nível sobre Inteligência Artificial. Até o final de 2023, os membros da iniciativa devem realizar análises e recomendações para a governança internacional da inteligência artificial, além de expor opções existentes nessa área ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

Para o enviado da ONU para tecnologia, Amandeep Singh Gill, é preciso reunir conhecimentos interdisciplinares globais sobre IA para garantir o alinhamento com a Carta das Nações Unidas, os direitos humanos, o Estado de direito e o bem comum.

Os requisitos para os especialistas indicados incluem ter experiência relevante no uso de vários campos da IA para a governança ou domínio da sua aplicação. Guterres anunciou para Setembro a apresentação do Conselho Consultivo sobre Inteligência Artificial. A meta é preparar iniciativas que a ONU possa realizar nesse ramo.

Sobre a expectativa de actuação do conselho, Guterres diz haver uma lacuna de habilidades em torno do tema em governos e outras estruturas administrativas e de segurança. A proposta é que em nível nacional a medida também seja tomada para aproveitar a potencial contribuição da inteligência artificial com um valor entre US$ 10 e US$

15 biliões para a economia global até 2030. A ONU quer que os especialistas em IA a serem escolhidos estejam à disposição da comunidade internacional para impulsionar a colaboração na pesquisa e no desenvolvimento de ferramentas que acelerem o desenvolvimento sustentável.

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