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dispostos a expandir negócios com parceiros moçambicanos
Em contexto em que as trocas comerciais entre Moçambique e o Quénia se mostram bastante insignificantes, porém com imenso potencial a vista, os empresários quenianos, presentes no recém realizado Fórum de Negócios Moçambique-Quénia, manifestam o desejo de estabelecer parcerias com os seus homólogos moçambicanos e, por essa via, mudar o quadro das relações comerciais entre os dois países que se situam neste momento em níveis bastante irrisórios não ultrapassando, nos últimos cinco anos, os US$ 77 milhões.
Jaswinder Bedi Presidente da Agência de Promoção de Exportação e Branding do Quénia (KEPSA), afirmou que os dados actuais das trocas comerciais entre Moçambique e o Quénia, mostram que “os dois Países não estão a trabalhar o suficiente”, dai a pertinência, de alterar o quadro, considerando-se que “há ainda um enorme espaço para intensificar as trocas comerciais”.
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O Presidente do KEPSA, realçou a necessidade de aproveitamento do acervo de oportunidades e apontou, como exemplo, a interligação que se pode estabelecer entre três portos moçambicanos, nomeadamente, Pemba, Beira e Maputo, com dois portos do Quénia, designadamente, Mombaça e Lamu.
“As nossas exportações para Moçambique são maioritariamente bens manufacturados, bens de valor acrescentado, e para mim é nesse ponto onde residem as sinergias. A sinergia é que podemos usar os seus recursos naturais, agregar valor e aumentar o comércio entre nossos dois países”, disse Jaswinder Bedi, que igualmente apontou para algumas das outras potencialidades que o comércio bilateral entre os dois País pode explorar, tal é o caso da África Oriental que dispõe de 290 milhões de consumidores em 7 Países da União Aduaneira da África Oriental, ou seja, Quénia, Uganda, Ruanda, Burundi, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, que tem um mercado avaliado em US$ 300 mil milhões. Destacou também o mercado composto 26 Países do bloco de integração económica a COMESA com um potencial de cerca 600 milhões de consumidores. São estes mercados que, adicionados à SADC, oferecem, na perspectiva do Presidente do KEPSA, uma oportunidade económica que não pode ser deixada para trás.
Por seu turno, Erik Rutto Presidente da Câmara Nacional de Comércio e Indústria do Quénia (KNCCI), recordou que Moçambique e o Quénia tem vindo a sinalizar vontade de manter relações comerciais mais dinâmicas e mutuamente benéficas, referindo que, prova disso, é o acordo de supressão de visto assinado em Novembro 2018, evento que classificou como sendo, uma decisão importante para facilitar o fluxo de empresários dos dois países e o consequente e florescimento dos negócios e trocas comercias bilaterais.

“Também assinamos um memo- rando de entendimento sobre agricultura, turismo, pecuária e transportes em 2021, e o Quénia estabeleceu o seu Alto Comissariado aqui em Maputo, mostrando o interesse da comunidade empresarial em vir se estabelecer com o objectivo comum de ampliar e aprofundar as nossas relações bilaterais comercias, onde estamos empenhados em expandir vários sectores designadamente: agricultura, agro-processamento, turismo, sector financeiro, soluções fintech, sector de energia, imobiliário, logística, saúde e manufactura”. Vincou Erik Rutto. O líder empresarial disse que a delegação queniana foi constituída por 22 empresários de diversos ramos, desde s indústria têxtil, agricultura, indústria farmacêutica, serviços financeiros, até infra-estrutura, e outros sectores.
“Estamos ansiosos em aumentar, especialmente o fluxo portuário e marítimo, portanto, queremos colaborar daqui com nossos parceiros logísticos para que possamos reduzir o custo do frete entre as duas nações na área da saúde, e estamos interessados em estabelecer serviços financeiros móveis, e Fintech Aid Manufacturing” disse.