O Despertar 77

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O DESPERTAR

Jornal do Centro de Aprendizagem em Comunicação Social do Agrupamento de Escolas de Vale D’Este

Direção | Raquel Mendes

Escola-Sede | Escola Básica e Secundária de Vale D’Este, Viatodos, Barcelos

Periodicidade | Semestral

Número 77 | janeiro. 2017

Entre-Vistas: Presidente do Conselho Geral, Professor Miguel Fonseca – p. 13 O Ensino Secundário em Viatodos: Resultados 2015/2016 – p. 4 Ensino Profissional: A ponte para o Ensino Superior – p. 5

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A ESCOLA E O MEIO

Editorial 2016/2017, um novo ano letivo que começa. Os alunos chegam à escola para o seu primeiro dia de aulas, um desfilar de mochilas, umas coloridas e outras não, estojos, cadernos diários por estrear e esferográficas de todas as cores e feitios. Tudo pronto para começar a trabalhar e esperar pelo toque do intervalo, desfiando as conversar com os amigos, os de sempre, os que ainda vão ser. Aqueles alunos que continuam o seu percurso na escola, os que conhecem todos os cantos à casa, entram pelo portão sem muitas delongas. Os que vieram acompanhados pela família despedem-se sem dar muito nas vistas, não vá parecer mal aos olhos dos amigos, os restantes cumprem o mesmo ritual de anos anteriores. Para os novos alunos do 5º ano é tudo novidade: uma escola grande, muitos professores, muitas salas, muitas disciplinas, das quais ainda não se sabe o nome, muitos toques da campainha que é necessário respeitar, isto para não falar de toda a dinâmica intrínseca à frequência de uma nova escola, numa etapa desconhecida da vida de estudante.

ABERTURA DO ANO LETIVO 2016/2017 No passado dia 5 de setembro, pelas 10 horas, deu-se início a mais uma abertura do ano letivo no nosso Agrupamento. Como habitualmente sucede, contou com a presença de todos os atores educativos do nosso território: pessoal docente e não docente, Direção e respetivos assessores, Presidente do Conselho Geral, Presidentes de Junta de Freguesia da nossa área de influência e Presidente da Associação de Pais.

No seu discurso, o Diretor, Professor Luís Ramos, começou por agradecer a presença de todos, fazendo votos para que tivessem um bom ano letivo. Prosseguiu, referindo-se ao ano letivo transato, agradecendo o trabalho desenvolvido por todos os bons profissionais que aqui trabalham e que têm demonstrado compreensão e capacidade de adaptação às mudanças, contribuindo, assim, para o sucesso dos resultados alcançados. Salientou que, nestes tempos menos fáceis, têm sabido gerir e enfrentar os problemas com profissionalismo. Pretende-se que a EDUCAÇÃO contribua para a melhoria da qualidade de vida dos nossos alunos, tornando-os mais felizes. Nestes tempos tão conturbados em que vive a ESCOLA PÚBLICA, é necessário que haja um cada vez maior esforço para um ensino de qualidade, no qual imperem

Terminou, salientando que a indisciplina na escola não é admissível e destacou a importância do exemplo que damos aos nossos alunos, através dos nossos comportamentos, pois eles absorvem o que fazemos e não o que dizemos.

Seguiu-se o discurso do Presidente do Conselho Geral, Professor Miguel Fonseca, que também referiu as questões comportamentais e que, relativamente a este aspeto, toda a comunidade pode dar o seu contributo. De seguida, recordou que o Projeto Educativo em vigor termina no final do ano civil de 2016. Assim, o Conselho Geral decidiu prolongar esta Direção, levando avante este Projeto Educativo, tendo havido unanimidade de todos os elementos desse órgão nessa continuidade, embora haja adaptações a efetuar e aspetos menos bons a melhorar. Terminou, agradecendo às pessoas do meio cultural que têm colaborado na consonância do Projeto Educativo. Por fim, desejou a todos um bom ano letivo. O Despertar

Ficha

Técnica Propriedade Agrupamento de Escolas de Vale D'Este - Barcelos Sede: Escola Básica e Secundária de Vale D’Este, Viatodos, Barcelos Morada Rua das Fontainhas, n.º 175 4775/263 Barcelos Telf: 252960200 Fax: 252960209

e-mail: agrupamentoviatodos@ gmail.com jornalodespertar@gmail.com

Direção Professora Raquel Mendes Equipa Edição gráfica Professor Rui Oliveira Paginação Professor Rui Oliveira Colaboração Professores Amália Teixeira, Carolina Lemos e Jorge Pimenta. Alunos 6.º C Guilherme Carvalho Rita Pereira 6.º D Diogo Costa Mariana Martins Mariana Grenha Paulo Oliveira 9.º C Ana Margarida Bouças Ana Laura Garcia 9.º D Inês Silva Ana Sofia Silva 10.º A Angélica Fernandes Liliana Santos Isabel Silva Beatriz Peixoto

Os assistentes operacionais dão continuidade às suas tarefas, sempre com um sorriso para os novos e velhos alunos, para os novos e velhos professores, sempre prontos, sempre atentos. Os professores continuam a sua árdua função de ensinar a todos, como se vai construindo a casa a habitar, como se procura e faz o caminho a trilhar. E assim se vai continuando a construir esta escola, de projetos que se mantêm, de projetos que se criam, abraçados com algum receio, mas sempre com a coragem de os concretizar. O toque da campainha e nós despertamos então para este novo ano, que se irá construir de risos, de choro, de medo, de derrotas, de vitórias e, no fim, esperamos todos, de realização. Bom ano!

Colaboração da Direção e dos Departamentos Tiragem: 700 exemplares.

Professora Raquel Mendes

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as REGRAS, a DISCIPLINA. Numa sociedade complexa, a escola, por si só, não consegue incutir normas se a sua aceitação não começar em casa, na família.

Execução Gráfica: Oficinas S. José - Rua do Raio, Braga Telefone: 253 609 100 e-mail: geral@oficinasaojose.pt

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A ESCOLA EM MOVIMENTO RECEÇÃO AOS ALUNOS

No dia 15 de setembro, entre as 14h30m e as 17h30m, tivemos a nossa receção nesta Escola. Começamos por nos dirigir à biblioteca, onde fomos recebidos pelo senhor Diretor, Professor Luís Ramos. Estivemos muito atentos a ouvir falar das novas regras a cumprir nesta escola, pois vimos habituados a escolas mais pequenas e com menos alunos. Compreendemos que, para que tudo corra bem, temos de respeitar o Regulamento Interno. Dirigimo-nos de seguida para as salas de aula, onde cada turma foi recebida pelo seu respetivo Diretor

DE 5.º ANO, NOVO ANO, NOVOS ROSTOS

de Turma. Ficamos a conhecer os novos horários de trabalho e, mais uma vez, as regras de sala de aula.

Seguiram-se várias atividades que estavam preparadas em algumas salas: na sala EVT1, fomos recebidos pelo Professor Miguel Fonseca, que nos motivou para as matérias que vamos aprender em Educação Visual e Tecnológica; no Laboratório de Ciências, estivemos a observar asas de abelha ao microscópio e conhecemos várias espécies deste animal; na sala de Educação Musical, pegamos nas pandeiretas, nos triângulos e nas maracas e o Professor Manuel Leitão rapidamente

nos pôs a tocar a Marcha Turca de Mozart. Na papelaria, aprendemos a utilizar os cartões magnéticos e vimos como se tiram as senhas de almoço. Por fim, deram-nos um lanche no bar e fomos ter com os nossos pais. Depois de uma tarde bem preenchida e animada, fomos para casa certos de que temos muito trabalho pela frente para conseguirmos bons resultados. Alunos do 5.º D

5.ºA

5.ºC

5.ºB

5.ºD

Novidade! Criação de uma Sala de Estudo na Escola

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este ano letivo, como medida para combater o insucesso escolar, foi criada nesta escola uma Sala de Estudo, a funcionar na sala 15 do bloco A, no horário das atividades letivas. A criação da Sala de Estudo foi uma medida adotada para integrar o Plano Estratégico de Promoção do Sucesso Escolar desta escola e visa combater o abandono e o insucesso escolar e promover a melhoria da qualidade do ensino.

Clube de Viola

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epois do sucesso dos últimos anos, com diversos espectáculos na Santa Casa da Misericórdia, Festas de Natal, Dia das Expressões, Centro Social de Brufe, Associação de Pais de Silveiros e Escola Secundária de Barcelos, o Clube de Viola entra num novo ciclo, depois da saída de muitos alunos que terminaram os seus estudos na nossa escola e com a entrada de

Nesta sala, os alunos podem encontrar um espaço adequado para estudar, fazer os trabalhos de casa, esclarecer dúvidas, realizar trabalhos de pesquisa, fazer trabalhos de grupo, preparar os exames nacionais, entre outras atividades, sempre com o apoio de professores de diferentes áreas disciplinares. A disponibilidade dos professores (e respetivas disciplinas) encontra-se inscrita num horário presente na sala

de estudo, para que os alunos possam organizar o seu plano de trabalho em função das áreas que precisem de desenvolver. Neste momento, a sala de estudo tem ainda uma afluência irregular, mas pretende-se que se torne numa valência cada vez mais atuante nos hábitos de estudo dos alunos. É um espaço onde podem encontrar um apoio extra para a superação das suas dificuldades e

melhoria das suas aprendizagens, para que, de forma autónoma, possam ser bem sucedidos na sua vida escolar.

novos alunos, principalmente dos 5.º e 6.º anos. Estes novos elementos iniciaram neste período a sua aprendizagem, garantindo assim o futuro do Clube de Viola. Este Clube ainda aceita novos alunos, bastando comparecer na cantina nos Quarta-feira: 10:05 - 10:50; 15:55 - 16:40; 16:55 - 17:40 - Sexta-feira: 17:40 - 18:25 seguintes horários:

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A ESCOLA EM MOVIMENTO | ENSINO SECUNDÁRIO

O Ensino Secundário em Viatodos: Utopia ou Certeza?

Todos os grandes projetos carecem de avaliação. Para as aves de mau agouro, esta ocorre fatalmente antes da sua implementação: “é uma falácia; hão de ver como estamos a criar um Ícaro que se despenhará antes de chegar ao sol…”; para os pessimistas ortodoxos, ocorre na hora do seu lançamento: “escrevam o que eu digo, o passo é maior do que a perna e daqui por uns dias vão ver como tenho razão...”. Aqueles que procuram ver um pouco mais além do horizonte imediato concebem a ideia, alimentam-na, fazem-na germinar, estudam eventuais impactos e avançam, não deixando de pôr toda a sua fé naquilo em que acreditam e para o que (con)correm. Então, e a avaliação? Incontornável, obviamente, mas a ocorrer mais tarde, quando haja um conjunto de elementos que, conjugados, permitam conclusões com uma certa base de fundamentação. O projeto do Ensino Secundário no Agrupamento de Escolas de Vale D’Este teve a sua primeira pedra no olhar atento, reflexivo e até visionário do prof. Fernando Martins que se consubstanciava em pensar a Escola, em sentido lato, e a sua escola, em particular. Já lá vão quatro anos. Nos idos de 2012/2013 ter-se-á confrontado (como invariavelmente sucede quando o sonho se sobrepõe ao status quo) com Velhos do ResNome Ana Cristina Ana Sofia Anabela Bruno Cidália Filipa Cláudia Sofia Diana Manuela Gabriel de Jesus Hugo Manuel José Carlos Liliana Patrícia Luís Manuel Márcio Marta Isabel Paulo Jorge Paulo Sérgio Pedro Duarte Sara Filipa Vítor Fernando

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telo e suas dúvidas, Adamastores e algumas tempestades, mas também, e decisivamente, com pessoas que, a seu lado, procuraram ser porta-estandarte de, mais do que um desejo isolado, um desígnio coletivo. Hoje, a caminho do quinto ano de funcionamento ininterrupto, tanto em cursos do ensino regular como do profissional, importa procurar perceber se vivemos, ao longo destes tempos, embalados pela utopia ou pela convicção de uma escolha avisada e acertada. 2014/2015, o ano letivo em que o primeiro grupo de alunos terminava o 12.º ano e se preparava para abraçar uma nova e exigente etapa da sua vida, revelou-se animador, com resultados extremamente positivos correspondendo, no essencial, às expetativas dos alunos, dos seus encarregados de educação, dos professores e da escola em geral (conforme O Despertar deu conta na sua edição 75 – cf. pp. 16 e 17). 2015/2016 trouxe-nos uma nova vaga de resultados que reiteram a tendência do ano anterior aprofundando-a e dando-lhe ainda maior consistência. Senão vejamos: 1. Dos 25 alunos inscritos no curso de Ciências e Tecnologias, 21 concluíram o ensino secundário, o que representa 84% dos inscritos, havendo apenas uma minoria (4 alunos, 16%) que se encontra a repetir o 12.º ano. Dito isto, poderemos asseverar que a taxa de conclusão do ensino secundário,

Curso Design Línguas Aplicadas Contabilidade Engenharia e Desenvolvimento de Jogos Digitais Contabilidade Enfermagem Gestão Bancária e Seguros Gestão Engenharia Eletrónica Engenharia Informática Medicina Enfermagem Engenharia e Desenvolvimento de Jogos Digitais Engenharia Informática Economia Engenharia de Sistemas Informáticos Fisioterapia Psicologia Organização e Gestão Empresariais

nos cursos Científico-Humanísticos é muito elevada sendo ainda mais expressiva nos cursos profissionais: 100% dos alunos concluíram o 12.º ano. Note-se que, segundo os últimos dados divulgados pelo MEC, que reenviam para o ano letivo de 2012/13, a taxa de conclusão do ensino secundário, nos cursos gerais, é de 74,4% no concelho de Barcelos e de 69,1% em toda a região do Cávado. Já no que respeita aos cursos profissionais, a taxa de conclusão é de 77,5% e de 84,8% respetivamente. 2. Dos 21 alunos que concluíram os estudos de nível secundário, área de Ciências e Tecnologias, 19 ingressaram no ensino superior, o que corresponde a uma percentagem de 90%. Apenas dois jovens (10%) não prosseguiram estudos no ensino superior por não se terem candidatado, o que equivale por dizer que nenhum dos nossos finalistas de 12.º ano falhou a tentativa de ingresso nas universidades. 3. As escolhas dos nossos alunos foram amplas e diversificadas, percorrendo ofertas em universidades públicas e privadas, merecendo nota de maior realce

o facto de cerca de 3/4 dos candidatos o terem feito em cursos que pretendiam em primeira opção (ver tabela). É, pois, com grande satisfação e até indisfarçável orgulho que olhamos, mais do que para números, Universidade para os nossos alunos, eles que hoje sentem que, Universidade Lusíada - Famalicão por mérito próprio, chegaram aonde pretendiam. Universidade do Minho - Braga Neste processo, contaram sempre com a EscoUniversidade Lusíada - Famalicão la que, convergindo em ilusão e segura das suas IPCA - Barcelos capacidades, contribuiu para que o amanhã destes IPCA - Barcelos jovens tenha começado a escrever-se ontem e hoje, Universidade do Minho - Braga também aqui, em Viatodos. IPCA - Barcelos No dia 26 de novembro, no Pavilhão dos BombeiUniversidade Lusíada - Famalicão ros Voluntários de Viatodos, tivemos, todos, um Universidade do Minho - Braga muito ansiado reencontro, por ocasião da celebraUniversidade do Minho - Braga ção do Dia do Diploma. Com esta cerimónia, preUniversidade do Minho - Braga miaram-se aqueles que cumpriram esta etapa do Instituto Politécnico de Bragança - Bragança seu percurso ao mesmo tempo que se revisitaram IPCA - Barcelos Instituto Politécnico Viana do Castelo – V.C. memórias e se pontuou a vida; é que, se somos toUniversidade do Porto – Porto dos os caminhos que percorremos, temos a certeza IPCA - Barcelos de que Viatodos e este Agrupamento acompanhaCESPU, IP de Saúde do Norte – Famalicão rão estes jovens não somente agora, no ensino suUniversidade do Minho - Braga perior, como ao longo das suas vidas. Parabéns!!! Instituto Politécnico Viana do Castelo – V.C.

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Professor Jorge Pimenta


NA ROTA DO ENSINO SUPERIOR

Curso Profissional - e agora? Sara Monteiro e Fátima Rodrigues concluíram, no ano letivo transato, o Curso Profissional de Técnico de Vendas. Após o estágio e a conclusão do curso, resolveram dar continuidade aos seu\s estudos e candidatar-se ao ensino superior, tendo ingressado em Educação no Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O aluno Manuel Oliveira, que atualmente frequenta o 11.º ano do Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos na nossa escola, quis perceber as circunstâncias da opção que tomaram e, por isso, foi entrevistá-las.

Quando decidiste prosseguir estudos? Em que fase da tua formação tomaste essa decisão? Sara Monteiro (SM) - Tomei essa decisão quando terminei o 12.º ano e se aproximava o estágio; percebi que não era bem o que eu queria e então decidi arriscar, pois pensei que a universidade me poderia permitir uma formação numa área que realmente fosse ao encontro dos meus interesses.

se me apresentaram, Educação foi a área que mais me cativou. Realmente, nunca tinha pensado nessa possibilidade, mas a verdade é que adoro crianças.

recompensado este meu esforço e conseguir um emprego relacionado com a licenciatura.

(F) – Aproveitem porque não duram para sempre esses três anos. Espero que façam como nós e que prossigam estudos porque o mais importante é sentirmo-nos bem com o nosso percurso. A universidade abre-nos a porta para outro mundo e melhora as perspetivas de emprego. Por isso, deem o vosso melhor, espero encontrar-vos por cá!

Durante o curso do secundário, quais foram as principais dificuldades que sentiste?

(SM) - Relativamente às aulas, não senti dificuldades; penso que o pior foi mesmo a falta de união da turma, que impossibilitou a chegada a consensos.

Da tua passagem pela nossa escola, o que destacas como mais marcante?

(SM) - Tudo, acho que foram os melhores anos da minha vida. Ter passado pela escola de Viatodos foi muito importante para mim e gostei de tudo: desde os professores aos colegas, aos amigos que fiz para a vida. (F) – Gosto mesmo muito do meu percurso na escola de Viatodos, não me arrependo de ter ficado lá a frequentar o curso profissional. O que te motivou a escolher este curso superior?

(SM) - Basicamente, escolhi este curso superior porque, de entre as opções que

Que mensagem deixas aos teus colegas do ensino profissional?

(SM) - Que façam o mesmo que eu e que prossigam estudos. O ensino profissional é tão válido como qualquer outra modalidade e também nos pode alargar os horizontes, por isso, deixo-vos um conselho: sigam para a universidade e lutem pelos vossos sonhos.

Fátima (F) – Foi, também, no final do 12.º ano. Tendo em conta as dificuldades de emprego que os jovens atualmente enfrentam, pensei que teria um melhor futuro se fosse para a faculdade.

(F) – Como a Sara referiu, também eu não senti grandes dificuldades. Todos os professores foram excelentes. Lamento é a falta de interação que havia na turma.

semanas, as frequências que são difíceis e claro que o nível de exigência é maior.

(F) – Gosto e sempre gostei de crianças e, ao contrário da Sara, este era o curso que estava na minha mente há muito tempo. Ao contactar com o mundo universitário, qual foi a tua primeira impressão?

(SM) - Foi ótima, aquilo é um mundo completamente diferente, é espetacular, um mundo novo! (F) – Assustador…nunca pensei que iria conseguir entrar; interagir com os novos colegas foi diferente, o ambiente não era tão acolhedor como na nossa escola.

De que forma consideras que a formação superior terá implicações na tua futura vida profissional? (SM) - Eu espero que futuramente tenha emprego, é para isso que estou a trabalhar; gostava de um dia ver

(F) – Espero que as implicações sejam positivas. Se com o 12.º ano há muito desemprego, penso que a formação superior me irá abrir outras portas… Qual consideras ser a principal diferença entre o ensino secundário e o ensino universitário?

(SM) – É óbvio que o ensino superior é mais complicado a nível de conteúdos, tenho de estudar muito, mais do dobro. Penso que, no que toca às relações interpessoais, estou numa turma em que as coisas funcionam melhor, há muita camaradagem entre os colegas.

(F) – Diferente, muito diferente, pois na universidade há muitas mais responsabilidades: são trabalhos para apresentar todas as

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A ESCOLA EM MOVIMENTO | DESPORTO ESCOLAR

Corta-mato escolar No âmbito do Desporto Escolar, realizou-se na nossa escola, no passado dia 3 de novembro, mais um Corta-mato, atividade que contou com o envolvimento dos Professores de Educação Física e com a considerável adesão dos alunos. Qual será a importância e implicações desta atividade em particular e do Desporto em geral a nível escolar e individual? O Despertar esteve à conversa com alguns atletas, que nos deixam algumas reações, sugestões e advertências.

Hugo Pinheiro Rodrigo Machado

Qual a importância do desporto na tua vida? O desporto é o meu lazer, sinto-me bem ao praticá-lo, 9.º C pois a prática de exercício físico faz parte do meu dia a dia e não consigo viver sem ela. O desporto é importante para nos mantermos saudáveis e 7.º D fortes a nível físico e psicológico.

Qual o momento da prova que consideraste mais difícil? João Destaco dois momentos em que senti mais dificuldades: 9.º C Rodrigues na subida e ao descer o monte, pois havia muitos buracos. Foi a primeira vez que passei a meta, pois estava ciente de Hugo 9.º C que já sentia algum desgaste físico e ainda tinha de fazer Pinheiro aquela subida novamente… Henrique Alvelos Rodrigo Machado

E qual foi o momento mais gratificante? Quando me deram apoio e quando terminei a prova, foi 10.º A muito bom!

Hugo Pinheiro

9.º C

7.º D

Henrique Alvelos

Pela positiva, gostei do trajeto, tinha uma boa sinalização e, claro, o lanche no final ajudou muito, soube muito bem! Pela negativa, penso que, durante o percurso, deveria haver um posto com abastecimento de água.

10.º A

Destaco, pela positiva, a excelente organização.

Foi quando cheguei à meta e soube que ia a Guimarães.

O que consideras mais importante? A resistência física ou a psicológica? Porquê? Para mim, é mais importante a resistência psicológica Diana porque, durante a prova, pensei muitas vezes em 7.º D Araújo desistir. Porém, consciencializei-me que conseguia e fui continuando… Considero as duas igualmente importantes: A resistência João física permite-nos controlar melhor a respiração e a 9.º C psicológica permite-nos chegar ao fim e não pensar em Rodrigues desistir. Hugo Penso que ambas são importantes, aliás, uma complementa 7.º D Lopes a outra.

Diana Ferreira Henrique Alvelos

De toda a atividade (corta-mato), que aspeto destacas pela positiva ou pela negativa?

O que sentiste ao finalizar a prova? Antes de mais, senti muito cansaço, mas também uma 9.º B sensação de alívio, de relaxamento, de orgulho, de satisfação, pois o meu objetivo fora cumprido. Senti-me feliz e orgulhoso do que consegui, já que fiz o 10.º A meu melhor.

Que importância dás ao facto de os teus colegas terem estado presentes no espaço exterior da escola durante e após a realização da prova? João Para mim, foi muito importante, pois os meus colegas 9.º C Rodrigues deram-me muito apoio, por isso, queria agradecer-lhes. Pode não parecer, mas fez toda a diferença. A sua presença Rafael e incentivo ajudaram-me muito e deram-me mais força 9.º D Araújo para não desistir. No fim, senti que estavam orgulhosos de mim e senti-me muito feliz por isso. Além de fazer bem à saúde, que outros benefícios resultam da prática de exercício físico? Hugo 7.º D É uma forma de testar os nossos limites. Lopes Outros benefícios são a distração e o convívio; faz-nos Rafael 9.º D crescer enquanto pessoas e faz-nos até ver a vida com Araújo outros olhos… João Praticar exercício físico faz aumentar a nossa resistência e 7.º D Salazar proporciona aprendizagens a vários níveis.

Henrique Alvelos Rafael Araújo

Que características fazem de alguém um bom atleta? 10.º A

É preciso muito treino, dedicação e esforço.

9.º D

Um atleta tem de ser forte psicologicamente e ter uma alimentação muito cuidada. É importante treinar de forma disciplinada e nunca desistir de alcançar e ultrapassar os seus objetivos.

Que mensagem deixas àqueles leitores que não apreciam a prática desportiva? Devem deixar um pouco de lado as tecnologias e tirar Hugo 9.º C algum tempo para praticar exercício. Vão ver que é pinheiro divertido e motivador. João Digo-lhes que eles é que ficaram em último porque não 7.º D Salazar participaram. Hugo Comecem a praticar exercício e apreciem os seus efeitos 7.º D Lopes positivos: faz bem ao corpo e à mente.

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A ESCOLA EM MOVIMENTO | DESPORTO ESCOLAR

Corta-mato escolar

Classificações Femininos e Masculinos

TURMA NÚMERO

POSIÇÃO

INFANTIS A MASCULINOS

ANO

TURMA NÚMERO

Francisco Silva

5

C

6

André Freitas

5

C

1

André Silva

5

D

9

Vítor Costa

5

C

29

Martim Azevedo

5

C

22

Tiago Rodrigues

5

C

28

POSIÇÃO

INFANTIS A FEMININOS

ANO

Ana Costa

5

D

6

Maria Silva

5

D

23

Inês Campos

5

D

18

POSIÇÃO

INFANTIS B MASCULINOS

ANO

Íris Barbosa

5

B

15

Rafael Costa

7

D

15

Daniela Machado

5

D

11

Diogo Costa

6

D

6

Ana Rita Faria Santos

5

D

8

João Pinto

6

B

13

Marco Azevedo

7

A

12

Bernardo Silva

7

A

7

Rodrigo Machado

7

D

17

TURMA NÚMERO

TURMA NÚMERO

POSIÇÃO

INFANTIS B FEMININOS

ANO

Mariana Azevedo

7

D

9

Sara Ferreira

6

D

28

Bárbara Costa

7

C

3

POSIÇÃO

INICIADOS MASCULINOS

ANO

Jéssica Macedo

7

C

14

Pedro Campelo

8

D

22

Ana Fonseca

6

A

2

Fábio Silva

8

A

7

Diana Araújo

7

D

1

Vítor Sousa

9

D

26

Luís Gonçalves

8

D

16

Miguel Gonçalves

8

D

20

Carlos Faria

8

D

5

POSIÇÃO

INICIADOS FEMININOS

ANO

Liliana Raquel

8

E

10

Diana Ferreira

9

B

9

Liliana Sá

7

A

11

POSIÇÃO

JUVENIS MASCULINOS

ANO

Andreia Fernandes

9

B

3

Rafael Araújo

9

D

22

Inês Carvalho

8

D

12

Rúben Miranda

10

A

23

Maria Francisca

8

D

17

Pedro Silva

11

A

27

Pedro Miranda

9

D

21

José Cunha

11

A

18

André Araújo

10

1

2

POSIÇÃO

JUVENIS FEMININOS

ANO

MónicaVilaça

8

TURMA NÚMERO

TURMA NÚMERO

TURMA NÚMERO A

18

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TURMA NÚMERO

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A ESCOLA EM MOVIMENTO | ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES Eleição da

Associação de Estudantes

Na escola-sede do Agrupamento de Escolas de Vale D’Este, Barcelos, os valores democráticos, como habitualmente, triunfaram e os estudantes elegeram, por larga maioria, os seus legítimos representantes. A partir da revolução do 25 de Abril de 1974, Portugal passou a viver, de forma permanente, sob o manto da democracia. Esta data marcante da nossa História trouxe profundas mudanças a todos os níveis. Uma das alterações mais marcantes foi a participação ativa e cívica dos cidadãos, através do voto, na escolha dos seus legítimos representantes. Estas alterações verificaram-se desde as mais altas hierarquias do Estado até aos mais simples organismos, as chamadas organizações de base.

Estão neste último grupo as Associações de Estudantes. Estes princípios de organização democrática que percorrem, ou devem percorrer, toda a sociedade estão vertidos na Lei e no nosso Regimento Interno. De facto, no seu artigo 104.º, está expressa a forma como se deve desencadear o processo com vista à eleição da Associação de Estudantes. No cumprimento estrito da lei e do Regulamento Interno, foi desencadeado o processo eleitoral com a publicação de um aviso, que percorreu todas as turmas, no qual se enunciavam as condições para a apresentação de listas, o período da campanha eleitoral e o dia da votação. A proposta de lista implicava a apresentação de um Plano de Ação.

Entrevista ao

Os alunos organizaram-se como bem entenderam e, dessa movimentação, resultou a apresentação de três listas, a saber: Lista A, liderada pelo aluno n.º 16, do 11.º 1, Ricardo José Oliveira Fonseca; Lista B, liderada pelo aluno n.º 30, do 11.º A, Tiago Jorge da Costa Araújo, e Lista C, liderada pelo aluno n.º 19, do 9.º C, Marco Filipe Silva Cunha.

A campanha eleitoral decorreu entre os dias 7 e 9 de novembro e desenrolou-se de forma pacífica e respeitadora dos valores democráticos. Na mesma apenas se envolveu, de forma muito ativa, a lista B.

Para o ato eleitoral foi necessário constituir a mesa eleitoral. Esta foi composta por seis elementos: presidente, vice-presidente, secretário e escrutinadores. A distribuição dos cargos fez-se por sorteio a partir da apresentação de dois alunos por parte de cada lista. O ato eleitoral decorreu no dia 10 de novembro, no polivalente, com uma participação muito ativa e responsável por parte de todos os intervenientes. Terminado

o

ato

eleitoral,

procedeu-se,

de

imediato, à contagem dos votos com a presença dos representantes das três listas e da Direção. Dos 637 alunos, apresentaram-se na urna 365, ou seja, 57,3 % dos alunos. Dos votos expressos, verificaram-se os seguintes resultados: Lista A – 63 votos (17,3 %); Lista B – 271 votos (74,2 %); Lista C – 5 votos (1,4 %); votos nulos – 24 (6,7 %) e votos brancos – 2 (0,5%). Terminada a contagem, sem que ocorresse qualquer problema, os vencidos reconheceram e felicitaram, de forma democrática, os vencedores. Parabéns para os vencedores e Bom Trabalho.

Professor João Oliveira

Presidente da Associação de Estudantes Alguns dias após a vitória eleitoral que atribuiu a Tiago Araújo, do 11.º A, a liderança da Associação de Estudantes, as alunas Ana Sofia Silva e Inês Silva (do 9.º C) decidiram entrevistá-lo. estas eleições?

Acho que ganhamos as eleições porque, durante a campanha, fomos a lista mais dinâmica e também a mais pró-ativa; conseguimos cativar a atenção dos alunos com as nossas músicas e penso que o nosso plano eleitoral foi, sem dúvida, o melhor.

Bom dia, Tiago! Antes de mais, muitos parabéns pela vitória nas eleições.

Visto que agora és o líder da associação que nos representa, gostaríamos de te fazer algumas perguntas para ficarmos a conhecer melhor o presidente e o programa eleitoral que te levou à vitória. Antes de mais, gostaríamos de saber o que é que te levou a candidatar a este cargo.

Candidatei-me a este cargo porque acho que nesta escola algumas coisas devem mudar. Apesar de a associação de estudantes anterior, da qual eu fazia parte, ter feito muito a nível da representação dos alunos, achamos (eu e a minha equipa) que ainda há mais a fazer. Por que motivo(s) achas que ganharam

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Falemos, agora, um pouco da tua equipa. Quais são os elementos e que cargos desempenham?

Na lista principal, somos 11 alunos e contamos com cerca de 30 colaboradores, alunos dos 9.º, 10.º, 11.º, 12.º anos. Apesar de termos os nomes definidos para cada posição, achamos que o mais importante é a colaboração entre todos, por isso, chegamos à conclusão de que não vale a pena individualizar os cargos e trabalhamos todos em equipa. Saliento a preciosa ajuda da Sara Fernandes, do 10.º ano, e do Carlos Vilaça, do 12.º.

Em relação ao programa eleitoral, o que pretendem fazer por esta escola? Neste momento, estamos a tentar implementar a rádio escolar, um projeto que já vinha da Associação de Estudantes anterior, só que, por falta de

verbas, não foi avante. O nosso principal objetivo, por agora, é tentar concluir esse projeto o mais rápido possível.

Deve ser uma pessoa inteligente, persistente, estar bem ciente daquilo que pode ou não fazer dentro da escola.

Que contributos esperam dos alunos da nossa escola?

Acima de tudo, penso que um presidente tem de saber ouvir, pois só assim conseguirá chegar a um consenso com o resto da equipa. Considero, também, que é muito importante que consiga transmitir claramente as suas ideias e articular as propostas de todos os elementos. Só assim poderá representar os interesses de todos os alunos junto da Direção da escola e apresentar propostas viáveis.

Outra medida será a organização de um torneio de futebol, que é algo que nos dá muito prazer. Nesse sentido, para angariarmos fundos, realizaremos várias festas; a primeira acontecerá no último dia de aulas e haverá mais ao longo dos segundo e terceiro períodos.

Essencialmente, gostaríamos que aderissem às iniciativas da escola para que se consiga angariar dinheiro para que os projetos se concretizem. Sem a vossa participação, nada será possível… E por parte da Direção da escola, o que esperam?

Na sequência do que tem vindo a acontecer nos anos anteriores, esperamos uma articulação com a Direção da escola; se isso não se verificar, o nosso plano de ação não será exequível, pois a Direção é que aprova todas as nossas ideias. Até ao momento, estamos em total sintonia. Que qualidades consideras que um presidente da Associação de Estudantes deve ter?

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Não se deve comprometer com aquilo que não pode fazer e deve “ter os pés bem assentes na terra”.

Para finalizar, para quem não te conhece tão bem, fala-nos um pouco de ti. O que poderás dizer sobre o Tiago, jovem que frequenta o 11.º ano na escola de Viatodos?

Sou um jovem empenhado, sou alegre, também um pouco teimoso… Nos meus tempos livres, uma das atividades de que mais gosto é jogar futebol, mas, acima de tudo, o que me dá mais prazer é ouvir música. Obrigadíssima, entrevista.

Tiago,

por

esta

Ana Sofia Silva e Inês Silva, 9.º D


A ARTE NA ESCOLA Mostra de trabalhos no âmbito da disciplina de

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Educação Visual

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Tiago Torres, 7.º C

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A ESCOLA E O MEIO

Nós e os livros Ler

implica a incursão em mundos, de outro modo, inatingíveis. Porque há pessoas que gostam de viajar através dos livros, é sempre benéfica a partilha das suas experiências de leitura. Por isso, estivemos à conversa com Deolinda Rodrigues, mãe do Luís Carlos, do 8.º A. Por recomendação da professora de Português, Margarida Figueiredo, esta encarregada de educação começou a ler Terra Bendita, de Pear S.Buck. Fomos à descoberta das suas reações e emoções ao ler o livro.

Desde quando é que tem hábitos de leitura?

Fui contactando com livros desde criança, mas os hábitos de leitura acentuaramse, efetivamente, na adolescência.

Por sugestão da Professora Margarida, está a ler / leu o livro Terra Bendita, de Pearl S.Buck. Qual foi a sua primeira reação a essa leitura?

Já li o livro. Foi fascinante, não só pela história em si, que me manteve aprisionada à leitura, mas também pela lição de vida que transmite. Existe alguma personagem da história com quem se identifique? Porquê?

Aprecio os livros em geral, mas a minha preferência vai para os romances de José Rodrigues Dos Santos.

Na verdade, identifico-me com a personagem principal porque, muitas vezes, com o nosso dia a dia tão preenchido e tão atribulado, não damos a atenção necessária ao que é mais importante: a nossa família. O livro faz-nos parar um pouco e refletir sobre isso…

Seria difícil a escolha, mas a minha opção seria A lua de Joana porque foi um livro que li na adolescência e que me marcou imenso pela forte mensagem que transmite.

No livro, há um homem do campo, que se quer tornar um senhor rico da cidade. Há sempre pessoas que consideram que o dinheiro é o caminho para a

Que géneros merecem a sua preferência?

autores

e

Se tivesse de ir embora e pudesse levar apenas um livro, qual seria e porquê?

Encontrou algum momento da narrativa que a levasse ao seu passado ou que pudesse transpor para a realidade?

felicidade… Numa frase, caracterize a história deste livro. Trata-se de uma história interessante, que nos mostra que a terra tem mais valor do que o dinheiro. Conseguiu tirar deste livro alguma lição que leva para o resto da sua vida? Sim: nunca nos podemos esquecer de quem somos e dos nossos valores. Recomenda este livro aos nossos jovens leitores? Porquê? Sim, desafio-os a ler este livro, principalmente, porque nos transmite a mensagem de que devemos dar o devido valor à família e à nossa terra. Quando somos jovens, nem sempre as valorizamos justamente, mas não tenham dúvidas: são o nosso porto-seguro e merecem a nossa maior consideração. Angélica Fernandes, Beatriz Peixoto e Isabel Silva - 10.º A

Os sons e a letra

PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA - 2016 O compositor e cantor norte-americano Bob Dylan, agora com 75 anos de idade, é o vencedor do Prémio Nobel da Literatura de 2016. Embora possa parecer surpreendente, este prémio foi atribuído pela Real Academia Sueca de Ciências, por ter “criado uma nova expressão poética na canção americana.”

Nasceu no estado de Minnesota, Estados Unidos, em 1941, onde começou a escrever poemas aos dez anos de idade e aprendeu a tocar piano e guitarra sozinho. Na adolescência, tocou em várias bandas de música tradicional americana especialmente o Folk e o Blues. Em 1959, partiu para Nova York, mostrando-se cada vez mais interessado na música Rock and Roll.

Ao longo dos seus 54 anos de carreira, a sua música, sob forma de protesto, abordou temas sociais e políticos, na luta contra o racismo e injustiças sociais. Segundo os responsáveis pela atribuição deste prémio, Bob Dylan “escreveu textos poéticos que foram feitos para serem ouvidos, declamados, muitas vezes com instrumentos musicais”.

Campanha de Solidariedade “Cabaz de Natal” EMRC em ação Foi com grande satisfação, empenho e espírito de ajuda que os alunos de EMRC se envolveram na atividade solidária “Cabaz de Natal”.

os outros e incentivar à vivência de valores humanistas de partilha, de solidariedade com os mais desfavorecidos.

A realização desta atividade vem na linha do Projeto Educativo do nosso Agrupamento, visando a aquisição de saberes/capacidades fundamentais, a formação pessoal e social dos alunos e a habilitação para o exercício de uma cidadania responsável. Pretendeu-se, com esta atividade, incutir nos alunos o gosto e a responsabilidade de ajudar

As professoras de Educação Moral e Religiosa Católica agradecem o empenho dos alunos e, sobretudo, a generosa contribuição dos Pais e Encarregados de Educação.

No presente ano letivo, foram preparados vinte e cinco cabazes para serem entregues às famílias dos alunos mais carenciadas do nosso território Educativo.

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Os resultados foram extremamente positivos, pois os alunos entusiasmaram-se, empenharam-se e esforçaramse na recolha de alimentos e na elaboração dos cabazes, conforme foram sendo solicitados pelos professores.

Professora Fátima Guimarães

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Professor Manuel Leitão


A ESCOLA EM MOVIMENTO

Peça Felizmente Há Luar! No passado dia 6 de dezembro, as turmas do 12.º ano assistiram à representação teatral da peça “Felizmente Há Luar!”, no Instituto Português da Juventude, em Braga. “Felizmente Há Luar!” é uma obra de Luís de Sttau Monteiro, adaptada ao teatro pelo próprio autor. Tendo em conta que esta obra irá ser alvo

de estudo nas aulas de Português, é importante destacar a relevância desta atividade, que teve como principal objetivo proporcionar aos alunos uma ideia bastante clara da obra, facilitando assim o estudo da mesma. Para além disto, o simples facto de assistir a uma peça de teatro é tão raro no nosso quotidiano como enriquecedor.

Este drama, baseado na tentativa frustrada de revolta liberal de 1817, foi bem recebido pela crítica do seu tempo, aspeto que não se alterou com o passar das décadas. Parece que a atual juventude também recebeu a peça com grande interesse e atenção. Claro está que a fabulosa interpretação dos atores contribuiu imenso para este fator.

Assim, é do interesse de todos os alunos que este tipo de atividades se continue a realizar, para que destas possam tirar o maior proveito quer ao nível do estudo, quer ao nível de enriquecimento pessoal. Resta-nos, então, agradecer ao Grupo Disciplinar de Português por nos ter proporcionado, mais uma vez, esta boa experiência. 12.º A

Visita de estudo/passeio pedestre ao Monte da Saia e Museu Etnográfico de Chavão

N

o passado dia 21 de maio, a Escola Básica e Secundária de Vale d’Este, Viatodos, Barcelos, viveu um dia diferente. Professores, alunos e familiares calçaram as botas/sapatilhas e partiram à aventura para um dia de cultura, convívio e lazer. O objetivo desta aventura era o contacto com o nosso património.

Esta atividade, organizada pelo Grupo Disciplinar de História, teve a participação de 90 pessoas e realizou-se na manhã do dia 21 de maio (sábado), das 8.30 às 13 horas. A jornada iniciou-se com uma visita ao Museu Etnográfico de Chavão, orientada pela sua conservadora, Dra. Marta Sá. Na sala de exposições temporárias, os visitantes puderam apreciar todo o ciclo do linho, desde a preparação da terra para a sementeira até ao produto final, o vestuário feito em linho. Foi interessante verificar, in loco, o longo percurso desta cultura ancestral e, através deste percurso, compreender a velha expressão “as voltas que o linho dá”.

O resto da visita fez-se calcorreando caminhos em direção ao cimo do Monte da Saia. A visita aos vestígios arqueológicos foi orientada pelo Dr. Cláudio Brochado, arqueólogo da Câmara Municipal de Barcelos.

O primeiro local visitado foi a Mamoa de Chavão. Este importante vestígio arqueológico é um monumento megalítico com cerca de cinco mil anos, constituído por uma pequena elevação artificial de terra e cascalho e que, no seu interior, tem uma Anta ou Dólmen, construída com grandes pedras e composta por uma câmara funerária e um corredor de acesso. Depois de alguns quilómetros, e algumas gotas de suor, visitamos a Laje dos Sinais. Este monumento é um penedo raso com várias inscrições ou gravuras rupestres, onde predominam símbolos circulares concêntricos que poderão representar a lua e o sol e, simultaneamente, teria associada uma função religiosa. Algumas centenas de metros depois, visitamos o Monumento com Forno do Monte da Saia. Este monumento, datado do 3.º milénio a. C., está situado na vertente oriental do habitat da Idade do Ferro (Castro do Monte da Saia) e seria um balneário dos habitantes desse povoado. Depois retemperadas

de as

forças com a água da “Fonte da Pegadinha”, situada mesmo ao lado deste monumento, arrancamos para a etapa mais dura. Depois de umas boas centenas de metros pela encosta íngreme, chegamos ao cimo do Monte da Saia (303m), onde se localizam os vestígios do Castro do Monte da Saia.

Os Castros eram povoações construídas no cimo dos montes e que datam do I milénio a. C.. Os moradores dos castros escolheram relevos de pequena e média dimensão e, na medida do possível, providos de naturais condições de defesa e instalação. Já com o meio-dia a bater à porta, descemos a encosta do monte a caminho de Monte Fralães. Aqui visitamos a Campa dos Mouros. Este monumento é constituído por um penedo de coroa aplanada no qual está cavado um recipiente, de forma retangular, que ocupa a parte central da fraga. O comprimento ronda os 2,20m, a largura oscila entre os 60 e os 63cm e a profundidade máxima atinge os 65cm.

conhecer e divulgar o património da nossa terra. Só conhecendo, podemos valorizar e preservar aquilo que é nosso. Que todos tomem consciência da importância do nosso património.

Esta experiência será para se repetir no presente ano letivo, no dia 20 de maio. Desde já estão todos convidados. Professor João Oliveira

A jornada terminou na Escola Básica e Secundária de Vale d’Este, Viatodos, Barcelos, já com a hora bem avançada, onde os pais aguardavam os alegres e bem cansados “turistas”. Foi uma ótima atividade para melhor

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MÉRITO E EXCELÊNCIA ESCOLARES

Dia do Diploma 2015/2016 Realizou-se no dia 26 de novembro, no salão dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, a Cerimónia para a entrega dos prémios de Reconhecimento do Mérito Escolar relativamente ao ano letivo de 2015/16. No mesmo dia, também se celebrou o Dia do Diploma para premiar os alunos que concluíram o Ensino Secundário. Estes prémios visam estimular e promover o maior sucesso escolar e educativo dos nossos alunos e, para o efeito, estão instituídos na nossa Unidade Organizacional os seguintes prémios: Quadros de Excelência, Quadros de Mérito e Certificados de Participação pelo envolvimento em atividades com relevância na vida da Escola. No presente ano, não foram atribuídos certificados de participação em atividades.

Esta cerimónia foi abrilhantada com a presença do Dr. Nuno Oliveira, em representação da Sra. Vereadora da Educação da Câmara Municipal de Barcelos, Dra. Armandina Saleiro, dos Srs. Presidentes da Junta de Freguesia da área pedagógica do Agrupamento, os Srs. Eng. David Sousa, Dr. Rui Faria, Manuel João Garcia, Dr. Nuno Evandro Oliveira, Agostinho Silva e Profª. Guilhermina Guimarães, do Diretor do CFAE de Barcelos e Esposende, Dr. António Fortunato Boaventura, da Presidente da Academia de Música de Viatodos, Dra. Manuela Costa, do Vicepresidente dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, Sr. Sebastião Ferreira, do Diretor e Presidente do Conselho Geral do nosso Agrupamento, os Srs. Profs. Luís Ramos e Miguel Fonseca, do Presidente

da Associação de Pais da Escola-sede, Sr. António Joaquim Torres e do ex-docente da nossa Escola, Prof. José Manuel Freitas. Todas estas entidades presentes, bem como os professores titulares de turma (1º ciclo) ou Diretores de Turma 2º, 3º ciclo e secundário) dos alunos premiados participaram ativamente na entrega dos prémios. Na sua totalidade, foram entregues 43 quadros de Excelência, 247 Quadros de Mérito como forma de reconhecimento do desempenho escolar e educativo dos nossos alunos e 38 Diplomas de conclusão do Ensino Secundário. Professor João Oliveira

Margarida Bouças e Laura Garcia, as nossas, também premiadas, “repórteres de serviço”, auscultaram alguns colegas sobre a importância destes prémios e o caminho a trilhar rumo ao sucesso.

Aluno(a)

Qual é a importância para ti de estar no quadro de mérito/ excelência?

Alguma vez achaste que não valia a pena tanto esforço?

Tiago É a prova que eu concluí o ano Não, porque gosto de tirar boas notas e Rodrigues, passado com boas notas. estou a preparar o meu futuro. 5.º C Vale sempre a pena, pois se estou a receber este prémio é porque não desisti. Guilherme A importância é muita, pois mostra Às vezes, é difícil, mas o importante Carvalho, que eu me esforcei no ano passado. é nunca deixarmos de acreditar em 9.º C nós e trabalhar para atingir os nossos objetivos. Acho que é uma mais-valia para todos nós; é um reconhecimento público pelo nosso trabalho individual, mas também é um pouco Não, pois este simbólico diploma é sinal, Maria João de amor próprio, uma questão de espero eu, de uma vida profissional de Gonçalves, autoestima. sucesso, uma vida de trabalho, de um 11.º A Se pensarmos no nosso futuro, futuro que depende de nós. é sinal de que estamos no bom caminho.

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Qual é a sensação de estar perante um público que te está aplaudir pelo teu esforço?

Muitos dos teus colegas não receberam este reconhecimento/prémio. Que conselho lhes deixas para que, no próximo ano, também estejam aqui?

É boa porque é uma forma de Que tirem boas notas e que se reconhecerem meu esforço. esforcem. Estudem mais e estejam mais A sensação é boa, pois mostra que atentos nas aulas. Vale a pena mereci e que aquelas pessoas me estão o esforço, pois o que está em a aplaudir pelo meu esforço. causa é o nosso futuro.

É boa porque sentimos que todo o esforço que fizemos é reconhecido. Não é que façamos isto com esse objetivo, mas sabe bem vermos e sentirmos que as outras pessoas também valorizam as nossas conquistas.

Que pensem neles. Que estudem e que se esforcem. Devem fazer isso por eles, pois mais importante do que o reconhecimento dos outros é a nossa consciência de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Temos de o fazer agora, pois amanhã pode já ser tarde….


ENTRE-VISTAS

ENTREVISTA AO PRESIDENTE DO CONSELHO GERAL MIGUEL FONSECA Em vias de concluir mais um mandato como Presidente do Conselho Geral da nossa escola, o Despertar esteve à conversa com o Professor Miguel Fonseca para o conhecer melhor nas suas diversas facetas.

O Homem

O professor Miguel Fonseca é uma figura incontornável da Escola Básica e Secundária de Vale D’Este, exercendo funções no Agrupamento há mais de uma década. Quem é o prof. Miguel Fonseca?

É alguém que nunca pensou em ser professor até, há 30 anos, as circunstâncias proporcionarem uma oportunidade, uma experiência, que se revelaria muito forte, ao ponto de relegar a profissão de arquiteto para segundo plano, como um complemento. A arquitetura, como criadora e organizadora do espaço vivido, influencia diretamente a vida das pessoas. Como professor, esta influência manifesta-se ao nível da formação do indivíduo como um todo. Talvez o ser professor do 2.º ciclo, desta faixa etária em específico, em que a relação professor-aluno se estabelece de forma muito própria e próxima, ajudando o aluno na sua formação integral, tenha sido o fio condutor da motivação que ainda hoje está presente. O Professor

No decurso do século XXI, as mudanças sociais e o desenvolvimento das tecnologias têm alterado a face da vida em comunidade, genericamente, e das escolas em particular. Acha que a Escola que hoje temos tem sido capaz de acompanhar estas transformações?

Quando falamos em transformações da sociedade, teremos de ter em conta, por um lado, que estas são continuadas e influenciadas fortemente por fatores como os referidos e, por outro, a escola como instituição dessa mesma sociedade com um papel mais reativo, no sentido de ter mudanças mais lentas. No entanto, a Escola como instituição tem vindo a dar uma resposta muito positiva às grandes mudanças dos últimos 40 anos. Na sequência da questão anterior, perguntamos-lhe que Escola temos nós hoje? Quais os principais desafios que se lhe colocam?

Naturalmente, o desafio é sempre o de no presente preparar o futuro. A complexidade crescente das exigências sociais transformou uma escola fechada em si numa unidade orgânica aberta que pretende desenvolver um projeto educativo apoiado por uma comunidade educativa. A preparação do futuro dos nossos alunos passa hoje em dia por mais do que ensinar, fornecer conhecimentos. Tem um sentido de formação integral do indivíduo. Assim sendo, o professor assume hoje uma multiplicidade de funções e trabalho em equipas multidisciplinares, para o que não estava preparado. Por outro lado, a comunidade educativa, ou seja, os pais e encarregados de educação, a autarquia, os professores, os auxiliares da ação educativa, a comunidade local cultural e económica e os alunos têm uma palavra fundamental na definição da formação que queremos para os nossos alunos. Continua a acreditar na instituição Escola exatamente como quando iniciou a sua carreira profissional?

A escola evoluiu como um todo, mas posso dizer que continuo a acreditar, enquanto for local que possa contribuir para a formação integral e inclusiva dos nossos alunos, no sentido do conhecimento, dos valores e da cidadania responsável. Em sua opinião, e comparando a instituição Escola de hoje com aquela que tínhamos quando começou a lecionar: De que sente mais saudades na Escola desse então?

Talvez da menor complexidade da escola e da sociedade. Qual a mais significativa mudança/ evolução na Escola dos últimos anos em termos educativos?

Sem dúvida, a abertura da escola a todos, a escola de massas. Um desafio que considero ganho e uma das maiores vitórias da democracia, a igualdade de oportunidades.

salvo o representante dos alunos, e considerando a unanimidade registada nas votações para a minha continuidade no cargo, é motivo de satisfação. Faço, pois, um balanço positivo e isso deve-se em grande parte à forma colaborativa e empenhada demonstrada quer por todos os seus membros, quer por todas as estruturas do Agrupamento. Nessa qualidade, como encara as funções a desempenhar pelo seu presidente? As competências do presidente do Conselho Geral vão essencialmente no sentido de garantir o bom funcionamento deste órgão de direção estratégica, responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade da escola, assegurando a participação e representação da comunidade educativa. De acordo com os normativos, cabe ao Conselho Geral validar e acompanhar a ação do Diretor. De que forma é que esse trabalho é assegurado?

Desde sempre existiu, nesta unidade organizacional, um trabalho colaborativo muito próximo entre mim, como presidente do Conselho Geral, e os Diretores com quem tive o prazer de trabalhar. O acompanhamento acaba por se fazer no dia a dia, sentindo os problemas e tentando ser parte da solução. Em termos mais formais, o Diretor tem assento nas reuniões do Conselho, sem direito a voto, onde são apreciados relatórios periódicos e aprovados vários documentos estruturantes na execução do projeto educativo. Neste sentido, o Conselho Geral acompanha a ação e dirige recomendações, sempre que julgado necessário, diretamente ao Diretor, mas também aos restantes órgãos de administração e gestão. No Conselho Geral têm assento, para além dos docentes, dos representantes dos alunos, do pessoal não docente

e dos encarregados de educação, elementos da comunidade educativa, como da Câmara Municipal e das autarquias, por exemplo. Considera enriquecedora esta constituição do Conselho a que preside?

Numa perspetiva de abertura da escola à sociedade, a mesma terá de ser feita, em primeiro lugar, com a região, a área de influência em que se insere e serve. Esta, em conjunto com a escola (agrupamento), é a Comunidade Educativa, como é referido. Embora não sendo um órgão de caráter executivo, quando os seus elementos têm interiorizado as suas responsabilidades de representação, que assumiram de forma ativa e construtiva, temos, naturalmente, uma escola mais forte. Imagine que era convidado para assumir o cargo de Ministro da Educação. Quais seriam as medidas que tomaria de forma incontornável?

O conceito de estabilidade na educação é fundamental. Estamos a formar continuamente novas gerações e não podemos estruturar um sistema de ensino baseado em convicções pessoais ou de determinados grupos. Mais do que medidas avulsas, precisamos de construir os objetivos de um modelo para a educação que assente num compromisso de longo prazo, em consonância com todos os agentes educativos.

Neste sentido, é determinante o estabelecimento de uma avaliação rigorosa dos caminhos já percorridos, cá e noutros países, e percebermos de forma clara para onde devemos caminhar. Não será fácil, mas terá de haver uma forte vontade política de aposta na formação global do indivíduo para enfrentar todos os desafios de uma sociedade global que é cada vez mais complexa. O Despertar

O presidente do Conselho Geral

O prof. Miguel Fonseca exerce as funções de Presidente do Conselho Geral do Agrupamento há já dois mandatos consecutivos. No ano em que termina o seu segundo mandato, que balanço faz?

Se atender a que o Presidente é eleito diretamente por todos os elementos que constituem o Conselho Geral em que qualquer elemento é elegível,

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ENTRE NÓS E AS PALAVRAS Rasto de chuva para intenção e orvalho

Prazer da leitura

Escondo a chuva que me existe velozmente, tapo o rosto num véu de rosas e deixo que o vento me indague, olho nu e ausência de mãos.

Palavra soltas, Num pequeno verso encantado, Que me fazem pensar No que estará do outro lado…

Palavras para quê? Palavras para quê? Se uma simples atitude Pode valer mais do que isso…

Nada sei já senão a vaga certeza da ciência dos naufrágios, leve sombra a decidir florescências de quem leva Para quê esforçar-me a fúria das vagas Para dizer tudo o que sinto, ao coração. Se um gesto pode ser mais distinto?! Ainda assim, E continua a dúvida: Palavras tanto há que ainda me respira... para quê?! Professor Jorge Pimenta

Estar só… Neste mundo maravilhoso, Perante os nossos olhos, há muito que ver… Detrás de uma parede obscura, Há pessoas a sofrer e a morrer… Fica aqui escrito: A cor não muda a gente, Por dentro, somos todos iguais, Sangue vermelho de cor ardente.

O que será? O que será que me faz ficar assim? Será o drama, o mistério Ou a intriga que parece não ter fim?!

Se posso dizer no silêncio Que és a minha vida Que sem ti não há saída E que uma palavra não é nada? Jorge Gomes, 11.º 1

Passo uma, passo duas, Passo cem sem notar, Que tipo de prazer é este Que me faz arrepiar?

AMOR No teu olhar, Por vezes, sinto-me perdida, Sinto-me a viajar num círculo sem saída.

Maria Laura Garcia, 9.º C

Porém, cada dia que passa, Me sinto mais feliz, Não se se é por ter Aquilo que sempre quis. Dei comigo a pensar Se tudo isto vale a pena Sei que é preciso lutar Quando a causa não é pequena. Ana Margarida Bouças, 9.º C

inverno: do outro lado da rua um desconhecido aperta a gola do casaco passa a mão pela barba e arranja os auriculares eu, que nunca tive fome sei o que é ser quase livre no regresso ao lar na minha quase casa esboço um sorriso à espera de resposta já só vejo as costas de um pesado sobretudo olho o céu tentando adivinhar quando irá chover e sigo praguejando as minhas quase maleitas

A solidão deve ser combatida, Um abraço pode mudar uma vida!

Laura Alberto

David Amaral, 9.º C

Solidão

Anjinho meu

Está escuro, escuro e escuro Os meus olhos não veem, Mas percebem o quão escuro é este lugar…

Por mais que me julgue só, Jamais o estarei… Para além da minha alma, lá em cima, Terei sempre o meu eterno anjinho!

Tu vês? Eu vejo. Escuro. Num quarto cheio de luz. Será possível?

Ah, ela veio para ficar, A minha tão querida SOLIDÃO.

Partiste demasiado cedo, Disso tens noção, Porém, as tuas palavras permanecerão comigo: “A vida não é fácil para aqueles que lutam, Muito menos para aqueles que se sentam e cruzam os braços… Enquanto uns passam o tempo, Outros veem o tempo passar… Enquanto uns não fazem história, Outros vão ter história para um dia contar”…

Sai, sai daqui, Mas não sai… Ela só quer ficar ao pé de mim.

Meu Anjinho da Guarda, Fazes-me falta, não minto! Sei que não é uma adeus, é um até já, isso sinto!

Uma amiga que ninguém quer receber, Uma amiga que ninguém quer sequer perceber…

Para sempre, no meu peito, te irei guardar, A qualquer lado que vá, sei que vais lá estar!

No meu quarto, só eu e a minha mente… Custa respirar, custa falar… É ela, Uma velha amiga que me veio visitar.

Ana Sofia Silva, 9.º D

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Daniela Silva, 9.º D

Fotografias Professor Jorge Pimenta

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ENTRE NÓS E AS PALAVRAS

ROALD DAHL (1916-1990)

CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO Comemorou-se, no passado dia 13 de setembro, o centenário do nascimento do escritor Roald Dahl, autor de obras tão conhecidas como Charlie e a Fábrica de Chocolate e Matilde, por exemplo, que podes encontrar na nossa Biblioteca Escolar. Biografia

Roald nasceu na cidade de Cardiff, no País de Gales, e era filho de pais noruegueses. Quando tinha 3 anos, faleceu a sua irmã, vítima de apendicite e, umas semanas mais tarde, o pai, vítima de pneumonia. Em vez de retornar à Noruega, para viver com os seus parentes, a mãe preferiu manter a família na Grã-Bretanha para realizar o desejo do marido: que os filhos estudassem em escolas inglesas.

Aos 9 anos, Roald foi enviado para Saint Peter’s School, um colégio particular, onde permaneceu de 1923 até 1929. A

partir dos 13 anos, entrou para a escola de Repton, onde desenvolveu o gosto pela fotografia. Nessa cidade, havia uma fábrica de chocolates, a Cadbury, que costumava enviar caixas dos novos produtos à escola, para que fossem provados pelos alunos. Roald sonhava em inventar novas barras de chocolate, o que surgiu como inspiração para escrever o seu segundo livro para crianças: Charlie e a Fábrica de Chocolate.

Ao longo da sua infância e adolescência, passou as férias de verão na Noruega, tema que encontramos no seu livro autobiográfico, Boy: Tales of Childhood.

Morte e legado

Roald morreu em novembro de 1990, aos 74 anos, em Buckinghamshire. Em 2002, uma praça de Cardiff foi rebatizada de Roald Dahl Plass. Plass, em norueguês, significa praça, uma referência às raízes do escritor. As ações de caridade de Dahl nos campos da neurologia, hematologia e alfabetização foram continuadas pela viúva após a morte do autor, por meio da Roald Dahl Foundation.

Em 2008, uma organização de caridade do Reino Unido inaugurou o The Roald

Charlie e a Fábrica de Chocolate

Dahl Funny Prize, um prémio anual para autores de ficção humorística infantil.

Matilda (título original, traduzido para Matilde)

O livro conta a história de Charlie Pipa, que adora chocolate. O inventor mais espantoso do mundo, o senhor Willy Wonka, vai abrir as portas da sua fantástica fábrica de chocolate a cinco crianças sortudas. É o sonho de uma vida! Rebuçados recheados, gomas e um rio de chocolate derretido esperam por elas. O Charlie só precisa de encontrar um bilhete dourado para que estes prazeres deliciosos sejam todos seus.

O pai de Matilda Wormwood é um vigarista malvado e velhaco e a mãe não passa de uma idiota. Os dois pensam que a filha é maçadora e que devia ver mais televisão e ler menos livros. Mas a senhora Honey, a adorável professora de Matilda, considera-a um génio. Matilda tem alguns truques escondidos na manga, por isso, é melhor que estes pais horrorosos e a diretora da escola, ainda mais horrorosa, tenham cuidado! Este é um dos livros mais emblemáticos do autor, tendo vendido mais de 100 milhões de exemplares, escritos em 45 línguas. Em 1996, o ator norteamericano Danny de Vito realizou um filme com o mesmo nome baseado no livro. Não deixes de ler os livros de Roald Dahl!

Diogo Costa e Mariana Martins, 6.º D

VALTER HUGO MÃE - 20 anos de escrita “OS LIVROS SÃO O CAMINHO PARA DENTRO DA ESCURIDÃO” Biografia Valter Hugo Mãe é um escritor português que nasceu numa cidade angolana dantes chamada Henrique de Carvalho. Passou a infância em Paços de Ferreira e em 1980 mudou-se para Vila do Conde. Licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 2007, atingiu o reconhecimento público quando recebeu o Prémio Literário José Saramago. Para além da escrita, tem-se dedicado ao desenho, com uma primeira exposição individual inaugurada em maio de 2007, no Porto, e à música, tendo-se estreado como voz do grupo Governo em janeiro de 2008, no Teatro do Campo Alegre, também no Porto. Desde o fim de 2012, apresenta um programa de entrevistas no Porto Canal.

Escrita

Homens imprudentemente poéticos, o mais recente romance do escritor Valter Hugo Mãe, foi lançado no passado dia 2 de outubro na Casa da Música, no Porto. O pré-lançamento foi feito no mesmo local, entre amigos e centenas de leitores que se deslocaram até lá para conhecerem um pouco mais acerca da obra.

O evento que, ao longo do dia, contemplou atividades relacionadas com a obra do escritor, serviu sobretudo para assinalar os 20 anos da sua carreira literária. Valter Hugo Mãe, com 45 anos completados nessa semana, é mesmo assim: imprudentemente poético! Por vezes a fazer o público soltar gargalhadas e noutras com momentos de profunda introspeção. Embora diga não ser muito dado a efemérides, encontra algo de “obsceno” na passagem dos anos: “O tempo não tem respeito. É um malcriado. Deve haver algum bicho que come dias, mas, ao mesmo tempo sinto que fui roubado, sinto que estou

no momento mais harmonioso e apaziguado”

Nessa obra, o autor conduz-nos até uma floresta labiríntica no Japão e pode ser entendida como uma parábola sobre a vida e a forma como nos relacionamos com o próximo, mas também do amor incondicional.

Ainda durante a infância, imaginou e convenceuse de que iria morrer aos 18 anos. “Mas não deu.” Agora que já está “cota”, confessa-se nostálgico, mas garante que não fica em casa “a ouvir música para cortar os pulsos” e diz que o tempo o fez “desimportar” de muita estupidez. “Perdi a paciência para dar confiança às agruras da vida, que vão acontecendo a ver se nos tramam. Há coisas que acontecem para que eu sofra e eu não sofro. Não tenho paciência”. Valter Hugo Mãe tem “muito lucidamente a ideia de que não vamos conseguir ser aquilo que sonhamos ser”, mas “eventualmente a vida dá-nos outras coisas que superam o que poderíamos ter esperado”. Procura meditar sobre a morte e tenta convencê-la a ser menos cruel. “Mas ela continua a ser uma besta.”

espertar

Do divino tem uma conceção muito própria e considera que a “espiritualidade não tem de ser uma miséria”. Se se cruzasse com Deus na rua, acredita que só o cumprimentaria, apesar de ter “a sensação de que ele já foi comer arroz de caril lá a casa muitas vezes”. Prémios

Prémio Almeida Garrett- 1999

Prémio literário José Saramago- 2007

Prémio Portugal Telecom (melhor livro do ano) - 2012 Prémio Portugal Telecom (melhor romance do ano) - 2012 Guilherme Carvalho e Rita Pereira, 6.º C

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LABORATÓRIO | À VOLTA DOS NÚMEROS | CIÊNCIA

A queda da sonda Rosetta definitivamente neste cometa e apagou-se para sempre. No entanto, o seu legado vai permanecer, pois espera-se num futuro próximo mais resultados científicos sobre o cometa 67P.

No passado dia 30 de setembro, a sonda Rosetta, que estuda o cometa 67P/Churymov-Gerasimenko, aterrou

A sonda Rosetta caiu a milhões de quilómetros, no meio do espaço, no cometa 67P/ChurymovGerasimenko. Durante a sua lenta

queda, foi possível recolher informações consideradas fundamentais para a origem da vida na Terra.

Os cientistas que acompanharam esta missão espacial irão, certamente, continuar a investigar para que seja possível uma melhor compreensão do Universo, nomeadamente, como se formou e o

que lhe poderá vir a acontecer. Tudo isto graças, em boa parte, à sonda Rosetta. 6.º A – Alunos do Apoio Educativo de Português

Júlio Verne, o escritor-cientista

Jules

Gabriel Verne, conhecido como Júlio Verne, foi um escritor francês. Nasceu a 8 de fevereiro de 1828, em Nantes, e faleceu no dia 24 de março de 1905, em Amiens, com a idade de 77 anos.

É considerado, por alguns críticos literários, o inventor do género de ficção científica. Em alguns dos seus livros, previu avanços científicos, impossíveis para a altura, que mais tarde viriam a existir, como foi o caso de submarinos, no livro “As vinte mil léguas submarinas” e de máquinas voadoras, no livro “Viagem à Lua”. Ainda levantou a possibilidade de o

homem conhecer um pouco mais sobre o interior da Terra, no livro “Viagem ao centro da Terra”.

Júlio Verne passou a sua infância com a família na cidade de Nantes. Por ser uma cidade portuária, algumas biografias do escritor referem que Júlio Verne adorava observar os navios chegarem e partirem, o que pode ter despertado o seu gosto por aventuras e viagens.

Com 20 anos, foi para Paris com o objetivo de estudar Direito, seguindo assim a mesma carreira do seu pai. Porém, na capital francesa, passou a desenvolver grande interesse por teatro

e literatura.

No início da década de 1860, Júlio Verne entrou em contacto com os grandes escritores Victor Hugo e Alexandre Dumas. Em 1863, foi lançada a sua primeira obra, “Cinco Semanas num Balão”, na qual Júlio Verne fala de uma viagem num balão de hidrogénio sobre o território africano. Nesta obra, mostrou importantes aspetos geográficos e culturais de África, bem como descrições sobre a

vida animal. As informações contidas no livro, que muitos julgavam ser fictícias, vieram das pesquisas feitas por Júlio Verne e também através da sua rica imaginação. Com esta obra, Júlio Verne passou a ser famoso.

Júlio Verne, o pai da ficção científica, foi também um cientista, pois para que a ciência se faça é preciso alguém que a imagine, alguém que sonhe.

Desafios matemáticos:

Consegues desenhar estas figuras sem levantar o lápis?

Desafio 3

Divide a piza com três linhas retas de forma a que em cada fatia haja apenas um pimento.

Soluções:

http://matematica.no.sapo.pt/gimmental/gimmental.htm

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espertar

Desafio 1:

Professor Rui Oliveira

Não é permitido passar duas vezes sobre a mesma linha exceto quando elas se cruzam.

Desafio 5:

Observa a figura ao lado. Verifica se podes formar uma terceira seta que tenha o mesmo tamanho das outras duas, juntando apenas mais dois segmentos de reta.

Desafio 5

Desafio 2:

Desafio 2

Tenta dividir a figura ao lado em três partes que contenham o mesmo número de “bolas”, utilizando apenas duas retas.

Desafio 3:

Na figura ao lado, podes observar o mostrador de um relógio. Com duas linhas retas, divide o mostrador em três partes de modo que, em cada uma das partes, a soma dos números seja igual.

Desafio 4

Desafio 4:

Desafio 1


O CANTINHO DAS LÍNGUAS

My complaints... Dear Sir,

I am writing to you to complain about a smartphone which I bought from your online store on July 22nd. I enclose copies of the guarantee and the receipt. The mobile phone I ordered was the latest model on the market. You advertised it on your website as having the best sound system in the market. However, this function does not work properly.

the sound so, as you may imagine, it is impossible to hear something.

Furthermore, the volume is very low. Even the highest volume is really low so it is disappointing when I want to hear some music. I would like you to refund my money or send me a replacement handset. I look forward to hearing from you. Yours faithfully,

Firstly, the sound is disturbed and there is a lot of background noise on

Eduardo Luís

Dear Sir,

support. However, the screen was scratched.

I am writing to you to complain about the phone which I bought from your online store in September. I enclose copies of the guarantee and the receipt. The mobile phone I ordered was the latest model of all. You advertised it on your website as having the security and the complete social network

Francisca Silva, Maria Gonçalves, 11.º A

I would like you to send me a replacement handset. I look forward to hearing from you. Yours faithfully, Maria Maria Inês Silva e Telma Gonçalves - 11.º A

Dear Sir, I am writing to you to complain about a faulty mobile phone which I bought from your online store. I enclose copies of the guarantee and the receipt. The mobile phone I ordered was the latest model on the market. I saw so many good reviews on the phone that I have decided to give it a try. You advertised it on your website as having the fastest unblocking by fingerprint, a camera with good resolution by night, fast charging software and complete social network support. However, neither of these functions works properly. First of all, the unblocking feature is slow, very slow. I have to press the button at least 10 seconds to read my fingerprint correctly. Secondly, the camera is awful, either by day or by night. I can count all the pixels on the photo because they are absurdly big. Thirdly, I must say that of all the social network apps I use, only 50% of them is compatible with the phone. At last but not the least, I need to mention the charging system of the device. There is no doubt that it charges faster than all the other models. But there was no warning of explosion. A week ago the phone exploded right next to my face, making me uglier than ever. Seeing me disfigured, my wife left me and now I am all alone. Thanks to your faulty device. So, in order to solve this issue, I demand the following: one replacement handset and seven hundred thousand in cash as compensation for all the damaged caused. I look forward to hearing from you. Yours sincerely, Dimitri José Alberto Pinto e Pedro Guimarães – 11.º A

My opinion on... Consumerism

Consumerism is the act of spending without conscience. In the 21st century’s globalized economy, consumerism has become a noticeable part of our culture. Nowadays, our societies are increasingly linked with brands and with the luxury they offer. This type of attitude makes the society become consumerist and materialistic, in which the power of a label overlaps the human relations.

I am a part of this society but, honestly, I do not feel myself included in this portray. I am not a consumer being “If you set a goal for yourself and you are able to achieve it, you have won your race. Your goal can be to come in first, to improve your performance, or just finish the race, it’s up to you.” Dave Scott (American tri-athlete and six-time Ironman World Champion)

at all. I ponder a lot before buying something. I don’t buy my clothes without considering if they will be useful on a daily basis, like everyone else does! I am a student and I know that sometimes some children and teenagers are bullied because they aren’t wearing brand clothing. Thus, I realize that consumerism is closely linked to unhealthy situations like bullying and lack of money to support this addiction. Sofia Miranda – 11.º A

I think that Dave Scott’s statement is correct, because life is all about setting goals and achieving them “finishing the race”. Although you might not want to just “finish the race”, you might not want to be one among many, maybe you want to be the very best at whatever your “race” is. However, before you start your journey, you’d better know what your journey is and how long and hard it truly is. If it is just like what I’ve described, you have a really harsh race to win, but you can do it as long as you put your mind on the objective and work hard to get it.

After what I’ve just said, go out there, establish a goal and win your “race”. Bruno Machado - 10.º A

It is a fact that we live in a consumer society. Consumism has a major role in people’s life and many of us are spending more than what we can afford. We are living in a society that thinks that our image is more important than anything else.

I confess I love buying new things specially clothes and accessories but I can control myself when I go shopping. I think it is very important to know our limits and know when we have to stop doing something although it is healthy to do a foolish thing once in a while and, for example, buy those boots we

are dreaming of for a long time.

There are things that I don’t like to spend money on as gadgets, I prefer having something not so good and spend that amount of money on other things as books or clothes. But, for me, the best thing to spend money on is travelling. Travelling means knowing the world so the money spent is worth it.

To sum up, I don’t consider myself a shopaholic, I have my moments of craziness as everyone else but, in general, I know my limits and I’m responsible.

SPORTS are extremely important, they aren´t just fun, they also help you improve your life.

going to have a good overall strength.

From sports you’ll learn valuable things like teamwork which will help you a lot in the future. You will be able to concentrate better, your motor skills will improve and you’ll stay in shape. By staying in shape you’ll be healthier and you’re

Paulo Silva – 10.º A

When you practise sports you will surely have a great time, you’ll meet new people and you’ll make new friends.

espertar

Francisca Silva - 11.º A

Sports helps people selfesteem and makes them more confident, and that’s why I think everybody should practise sports, not only kids and young adults but adults, too.

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A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

São Martinho EB de Rio Covo Sta. Eulália No sentido de preservarmos as tradições locais, este ano letivo, a EB de Rio Covo Sta. Eulália voltou a festejar o S. Martinho com o tradicional magusto realizado no recreio da escola. Previamente os

alunos recolheram a caruma nas bouças envolventes, com a colaboração dos seus familiares, trouxeram castanhas para a escola e elaboraram, durante a componente letiva e da CAF, os cartuchos para colocar as castanhas, utilizando embalagens de leite vazias. No dia 11 de novembro, comemorámos o S. Martinho, realizando jogos tradicionais, saltando à fogueira, enfarruscando as caras uns dos outros e cantando canções alusivas a esta época festiva. Também não foi esquecida a lenda de S. Martinho, que este ano foi dramatizada por alguns alunos da escola.

Foi um dia de diversão, em que predominou o convívio, a partilha de experiências e a vivência de tradições da comunidade local.

Visita de estudo - Quinta agrícola local EB de Rio Covo Sta. Eulália

Sendo as visitas de estudo uma mais-valia na concretização dos conteúdos abordados em sala de

aula, este ano letivo, a EB de Rio Covo Sta. Eulália concretizou uma visita de estudo a uma vacaria local com o objetivo de proporcionar aos alunos a observação do processo de produção de leite. Foi uma surpresa para todos quando observaram as diferentes etapas, desde a ordenha maquinizada, passando pelos cuidados de higiene até à colocação do leite em recipientes para serem transportados para a fábrica que tratará e embalará esse leite para ser colocado no mercado, para consumo. Nesta visita de estudo os alunos ainda fizeram uma prova de leite puro e saborearam leite-creme.

Foi uma visita cheia de experiências sensoriais através do contacto com todos os componentes da quinta, da observação das espécies animais e vegetais ali existentes, dos cheiros e sons caraterísticos de um espaço como o de uma quinta agrícola. Toda esta

Dia Mundial da Alimentação EB de Chavão

No dia 17 de outubro, comemorámos o dia da alimentação na nossa escola. Para isso, realizámos uma atividade diferente. Dirigimo-nos para a cantina e

confecionámos gelatina de vários sabores: morango, ananás, pêssego, tutti-fruti e mirtilo.

Precisámos de água a ferver, água fria e o pó da gelatina. As nossas professoras ensinaram-nos a ver as instruções e a realizar as medições para fazermos esta deliciosa sobremesa. De seguida, colocou-se no frigorífico para solidificar. Quando solidificada, as professoras cortaram a gelatina em cubos e colocaram cubinhos de diferentes sabores em tacinhas, de maneira a que todos nós pudéssemos comer um bocadinho de cada. Por fim, saboreámo-la. Que delícia! Estava mesmo apetitosa! Comemo-la toda. Foi um fantástico dia da alimentação.

Na matemática, registámos as preferências dos alunos em relação às gelatinas.

Trabalhos dos alunos da Escola de Chavão

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espertar

experiência culminou com uma pequena desfolhada seguida de um lanche, como complemento à prova do leite e do delicioso leite-creme.


A VOZ DOS MAIS PEQUENOS

Onda rosa Cambeses na Onda Rosa… A Biblioteca Escolar de Cambeses esteve em sintonia com esta iniciativa. Esta onda, que se propagou por autarquias, universidades, escolas, empresas, associações, também passou por este espaço educativo, o qual, como tantas outras bibliotecas que se assumem como espaços de informação e de cultura, fez passar esta mensagem junto dos jovens que diariamente a frequentam, bem como de toda a comunidade.

No dia 26 de outubro, pelas dez horas, em que o sol também fez questão de se juntar a esta causa, realizou-se o Laço Humano seguido de uma Largada de Balões para assinalar o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama. Assim, todos os alunos, professores, auxiliares da ação educativa, pais / Encarregados de Educação e, como representante da comunidade local, o senhor Presidente da Junta de Freguesia, juntaram-se no recreio da escola, unidos por uma causa comum – a sensibilização junto de todas as camadas da população para a prevenção do cancro.

A Escola Básica de Cambeses aderiu a esta iniciativa, dinamizando várias atividades como a decoração de todo o espaço escolar; “Cambeses continua na onda... Laço a todas as mãos.”; Cambeses na Onda Rosa... Palestra “Cancro em contexto escolar: sê prevenido, sê mais crescido”, com a Sra. Enfermeira Carla Azevedo; e “Cambeses na Onda Rosa... Laço Humano e Largada de balões.”

O desafio para participar na iniciativa do Outubro Rosa foi também lançado a todas as escolas do 1º ciclo e do pré-escolar do agrupamento e aqui estão alguns testemunhos de algumas escolas que aderiram a esta Onda…

Rio Covo na Onda Rosa…

Negreiros na Onda Rosa…

A escola de Rio Covo também se quis juntar ao projeto Onda Rosa, levado a cabo pela Câmara Municipal de Barcelos, com o intuito de alertar toda a comunidade para a prevenção do cancro da mama. Neste âmbito, os alunos juntaramse e elaboraram um cartaz com o símbolo desta campanha, um laço rosa, acompanhado da mensagem: “Se te amas, cuida-te!” Foi ainda elaborado um pequeno alfinete, em forma do laço rosa, para que fosse entregue pelos alunos aos seus familiares, como símbolo de alerta para a realização de um rastreio precoce.

O JI de Negreiros (sala 2) aderiu a esta atividade, que decorreu entre os dias 15 e 30 de outubro. Inicialmente, foi contada uma história sobre uma mãe que foi surpreendida por esta doença. Os alunos estiveram sempre interessados, sendo capazes de a recontar em contexto escolar e junto das suas famílias. As janelas e placares do Jardim de Infância foram enfeitados de rosas e fitas cor-de-rosa, simulando uma onda grande que não podia ficar restrita ao Jardim de Infância, m a s estenderse até às famílias e amigos. For am também realizadas pinturas e elaboradas rosas para levar para a mãe, em sinal de sensibilização. Esta atividade teve como meta a prevenção do cancro da mama e levar esta intenção até às famílias e amigos.

Silveiros na Onda Rosa…

No nosso JI, foram várias as atividades realizadas para comemorar esta “Onda Rosa”, mas decidimos partilhar convosco uma delas: “A visita à casa de uma antiga auxiliar, a D. Miquelina, que foi visitada por um cancro de mama”. A D. Miquelina ficou muito feliz com a nossa visita e agradeceu as nossas singelas ofertas: um livro de recordações e um ramo de flores.

Explorou-se ainda a história, “A minha mãe é a melhor”, e no final elaboramos flores para distribuir pelos nossos amigos que sofrem com esta doença. A nossa sala, a escola e o placar exterior também foram decorados de forma a alertar a população para esta temática.

Carreira na Onda Rosa…

Os JI de Carreira desenvolveram algumas atividades no sentido de alertarem para a necessidade e importância do rastreio desta doença. Assim, para além de decorarem a sala de rosa, cada criança fez uma pulseira para si e outra para a mãe. Ainda a usam!

espertar

Consultar:

http://jisilveiros. blogspot.pt

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BIBLIOTECA

Palavras Mágicas Em outubro, nos dias 25 e 27, os alunos do sexto ano foram à Biblioteca apresentar aos seus colegas do quinto ano textos selecionados por eles e pelas suas professoras. Assim, as palavras mágicas das histórias ganharam vida e os mais novos deliciaram-se com os divertidos contos O macaco do

rabo cortado e Pedro das Malasartes, ambos de António Torrado, contados pelos alunos das turmas do A e B, respetivamente. As turmas C e D apresentaram, pela mesma ordem, excertos das obras Ulisses, de Maria Alberta Menéres e Os Putos, de Altino do Tojal. Estas leituras

partilhadas encantaram todos os presentes e estimularam o gosto pelas histórias e pela leitura em voz alta. Estão de parabéns os alunos e respetivas professoras pelo carinho e empenho com que presentearam os jovens ouvintes!

Os alunos do 6.º A tinham preparada uma mensagem final para os seus colegas do 5.º C que, muito atentos e entusiasmados, não perderam pitada da história do divertido macaco que cortou o rabo... Professora Dionísia Costa-Rodrigues

Onda Rosa

O movimento conhecido como Outubro Rosa nasceu nos Estados Unidos com a pretensão de sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama.

Cidades do mundo inteiro assinalam a data com as mais variadas manifestações. O Município de Barcelos também se associou a este movimento, propondo às escolas, através das bibliotecas escolares, a dinamização de atividades diversas. Na nossa Escola, a Biblioteca e o projeto Educação para a Saúde associaram-se e, com o apoio de vários professores, promoveu-se a divulgação de

informação sobre esta doença, tendo sido explicado aos alunos quais os principais sinais de alerta a ter em conta.

Em Portugal, anualmente são detetados cerca de 4500 novos casos de cancro da mama e 1500 mulheres morrem com esta doença. Mas não se pense que esta é uma doença exclusivamente feminina pois, embora numa percentagem muito menor, também os homens sofrem de cancro da mama, pelo que devem prestar atenção a qualquer sinal de alerta. No dia 27 de outubro concluímos este alerta com o Dia Rosa: solicitamos a

todos os elementos da nossa comunidade escolar um apontamento rosa no seu vestuário e engalanámos o nosso Monumento à Pedra e a Biblioteca com balões e laços no mesmo tom. Obrigada a todos pelo envolvimento e participação!

E não esqueçam: quando descoberto precocemente, as hipóteses de cura do cancro da mama são altíssimas. Estejam alerta! Professoras Dionísia Costa-Rodrigues e Maria do Carmo Andrade

Semana Concelhia da Ciência A Semana da Ciência decorreu na nossa Escola entre 21 e 25 de novembro, envolvendo a Biblioteca em colaboração com os docentes de Física e Química e de Ciências Naturais do 3.º ciclo. Vamos partilhar experiências!

E tudo começou logo na segunda-feira, dia 21. Os alunos do curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos, do 11.º ano, devidamente preparados e acompanhados pela professora Raquel Mendes, foram professores, apresentando uma variedade de experiências

aos seus jovens colegas que frequentam o 6.º ano de escolaridade. E era ver os mais novos, atentos e exigentes, procurando intuir o porquê das ilusões de ótica, o fenómeno da lâmpada fluorescente que se acende por magia, os meandros das ligações elétricas, sempre com explicações destes novos professores.

Cine Ciência: O Cume de Dante Nos dias 22 e 25, os alunos do sétimo ano de escolaridade, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, foram à Biblioteca ver o filme O Cume de Dante (1997), do realizador Roger Donaldson, com Pierce Brosnan e Linda Hamilton nos principais papéis. A história começa com a chegada de

vulcanólogo a Dante’s Peak, cidade considerada como o segundo melhor local da América para viver, e descobre que o vulcão adormecido pode entrar em erupção a qualquer momento. Ele procura então alertar a população para a terrível catástrofe que se avizinha, mas quase ninguém acredita nele. Só que o pesadelo

Professoras Dionísia Costa-Rodrigues e Raquel Mendes

acontece: o vulcão entra em erupção e a população, em pânico, procura fugir do local… E assim, a magia do cinema permitiu-lhes visualizar a matéria que entretanto estudaram nas aulas. Professora Dionísia Costa-Rodrigues

Hora do conto: O dia em que a mata ardeu, de José Fanha Nos dias 23 e 24, a professora Dionísia apresentou aos alunos de todas as turmas do 5.º ano de escolaridade a obra O dia em que a mata ardeu, de José Fanha. Através da história, o autor, de forma expressiva e pedagógica, sensibiliza os leitores para a importância da floresta enquanto espaço privilegiado de vida e de diversidade. E alerta para questões ambientais, como o fogo e os seus efeitos devastadores,

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tantas vezes resultando de comportamentos negligentes de “pássaros Bisnaus”, pássaros estes que os leitores de José Fanha já conhecem…

Na história, estes maraus «Em vez de virem a pé, entraram com o carro pela mata dentro, a deitar fumo para o ar e com o rádio a fazer punca-puncapunca-punca […] tão alto que até as nuvens tiveram de tapar os ouvidos para não ficarem

malucas.» Depois, mal se instalaram, puseram-se logo a fazer porcaria. Muita comida, muito lixo para o chão e, no fim, de barriga a rebentar, o pai sentou-se encostado a um tronco e pôs-se a fumar. Claro, está-se mesmo a ver onde isto foi parar. «De repente, […] começaram a surgir mais de mil chamas no chão. As chamas cresceram, pegaram-se às ervas e subiram pelas árvores acima numa dança assustadora.»

espertar

E assim acontece nesta história que, apesar de tudo, termina com um final feliz. Uma mensagem forte, profundamente ecológica, que os alunos comentaram, recordando também os terríveis incêndios que devastaram o país este verão e as atitudes de alguns pássaros bisnaus que já encontraram no dia-a-dia. No final, foram convidados a enriquecer a exposição Há

vida nas nossas florestas com desenhos feitos por eles. Muito obrigada a todos que aderiram e trouxeram os seus desenhos que depois foram expostos. Professora Dionísia Costa-Rodrigues


ROSA DOS VENTOS

Serra do Mar (novembro de 2014) cortando a vegetação, em pequenos lugarejos, onde se vive na companhia de uma enorme mangueira, algumas bananeiras e, quiçá, um pé de jabuticaba ou acerolas, algum milho e alguns animais: cavalos ovelhas ou vacas. Cães, sempre! O melhor amigo de quem vive distante e desterrado.

Barreira natural - Serra do Mar -, uma Muralha da China que a Natureza oferece a este tão rico e diverso Brasil. Montanhas que se serpenteiam entre si, ondulando a par das ondulações do vasto e próximo Atlântico. Vegetação luxuriante de verdes intensos, onde a Natureza mesclou, aleatoriamente, novas cores de quaresmeiras, mariassem-vergonha e outras plantas mais. A par da estrada, aqui e ali, desdobramse ainda as copas coloridas das acácias vermelhas e laranjais. Vermelhas são outras copas de outras árvores “sem nome” para quem não domina a flora deste tão rico país! Aqui e ali surgem casas do mais intenso colorido, vermelhas, lilases, verdes, roxas…

As autovias, encostadas aos vales, rasgam estas montanhas. Nelas, viaja-se com firmeza e com vontade de se chegar. É que o país é grande e o importante é chegar-se. É a correria absurda dos “caminhões” enormes que, correndo, dão vida ao povo e ao país. A par da intensa circulação, estão as ultrapassagens vales acima, vales abaixo. Informações de cuidados a ter-se são inúmeras, mas não suficientes para evitar-se acidentes de grande calibre que atrasam as tão desejadas chegadas. Vivo ou morto, chega-se! Aqui e ali intercalam-se gasolineiras e lanchonetes. É que para se andar é preciso combater-se a fome. Enchem-se depósitos e barrigas. A variedade é grande: pãezinhos ou pastéis de queijo, palmito, frango.

Contempla-se as oportunidades regionais desses lugarejos: o mel, os queijos, a doçaria variada, as cachaças, os sucos, o artesanato. Junto a essas coisas do paladar surgem as coisas de pouco gosto e as coisas com piada, mais brejeiras, à maneira popular, gravadas a ferro quente em tábuas, levadas para casa e a serem colocadas no espaço próprio a elas reservado. É que o povo brasileiro é sempre humorístico e bemdisposto. Nas andanças para o sul surgem, com personalidade, as cuias e a tão apreciada erva-mate. É que o gaúcho não dispensa tal iguaria que se reduz a um simples chá quente dessa erva que nem chega a conhecer o sabor adocicado do açúcar.

A Serra do Mar oferece-nos tudo. Andar nela ou por ela é sentir um sem número de sensações diferentes deste Brasil. Há cumes que raramente se veem. A altura e o encontro das nuvens formam um ambiente aliciante à imaginação dos olhos. Nas abertas, os olhos estendem-se pelas planuras longínquas, cerradas por cortinas de montanhas de azuis tão diversos, não existentes na nossa imaginação, quando longe deles estamos. Estão lá e de lá são. Competem, ganhando aos azuis do Oceano, que lhe deu o nome, logo ali,

ou lá tão longe.

A Serra do Mar é aquela extensão que do norte vem e ao sul chega, como que um enorme muro que protege do mar o interior. A Serra do Mar é o lugar do misticismo, das cachoeiras, da luxuriante e atropelada flora, da rica fauna que nos espreita, que sabemos existir mas nunca se vê. Lugar de correntes de água pura que servem de inspiração às magias. Nelas estão as oferendas e os pedidos de vinganças aos Orixás em troca de algumas moedas e alimentos, dentre eles as frutas e o sangue derramado da galinha que teve o azar de nascer negra. Aqui e ali, em lugares mais íntimos e sombrios, descansam imagens estranhas a quem foram pedidos favores. É que a Serra do Mar de tudo é capaz. Nela envolvem-se todos os espíritos e todos os poderes. A Serra do Mar é um lugar místico, sereno, calado. A Serra do Mar está atenta a tudo. A Serra do Mar é poderosa no seu verde, no seu silêncio, no seu encontro com as nuvens, no seu encontro com o homem. A Serra do Mar transpira orvalhos ao sol e mesmo quando chove. A Serra estende-se à beira-mar com os pés relaxando, ora em tapetes de longa extensão verde, ora mergulhados na fresca água do mar. Professor Zé Manel Freitas

Irão - O fabuloso país dos Persas Quando ouvimos falar do Irão, o que nos vem logo à memória são homens com barba, terroristas, guerras ou bombas, sendo frequente associarmos o Irão a países com graves problemas de segurança, como o Afeganistão, o Iraque ou o Paquistão. Não poderíamos estar mais enganados. O Irão é um país pacífico, habitado por um povo extremamente hospitaleiro, que deseja viver o seu dia a dia de forma simples e pacífica. Os Iranianos são um povo orgulhoso da sua cultura milenar, da cultura persa, e que deseja mostrar ao mundo que não representa de todo aquilo que a comunicação social ocidental nos transmite. Os Iranianos foram governados até 1978 por uma espécie de rei, mas que é denominado de Xá, o Xá da Pérsia. Em 1979, houve uma revolução no Irão, na qual o povo expulsou o Xá, o seu líder, por este ter permitido que a corrupção e as diferenças sociais atingissem patamares muito elevados, mas também foi acusado pelos líderes religiosos islâmicos de ter permitido que as mulheres tivessem as mesmas igualdades de direitos que os homens, assim como ter permitido que existisse uma grande liberdade de expressão, contrária aos fundamentos desses líderes religiosos islâmicos. Desta forma, os líderes religiosos islâmicos aproveitaram o descontentamento do povo relativamente à crise económica e incitaram a revolução contra o então líder, o Xá Reza Pahlevi, expulsando-o do país e instalando a primeira república Islâmica teocrática do mundo, sobre a liderança

do Ayathola Khomeini, que perdura até à atualidade. Para além do Vaticano, o Irão é o único país do mundo onde o chefe supremo do país é um líder religioso, denominado precisamente de Ayathola. Desde 1979, ano da revolução Iraniana, os religiosos nunca mais largaram o poder, restringindo a liberdade de expressão e os direitos das mulheres, proibindo muitos dos costumes ocidentais como o jogo, minissaias, maquilhagem, o consumo de álcool e introduziram também os castigos corporais em casos de adultério, relações extraconjugais, consumo de álcool, etc.

Quase quarenta anos depois, a maioria dos iranianos já não se revê nos seus líderes religiosos e políticos, desejando uma mudança profunda, mas como em qualquer ditadura, é muito difícil alterar a situação de forma pacífica.

Apesar desses problemas, o Irão é um país muito seguro para qualquer visitante, com uma considerável quantidade de locais turísticos, um povo acolhedor e uma cultura única no mundo. Quando um turista viaja pelo Irão, todas as pessoas tentam ajudá-lo naquilo que for preciso, inclusive convidando-o para ficar alojado nas suas casas, explicando que o povo iraniano não tem nada em comum com qualquer tipo de extremistas ou terroristas, distanciando-se até da maioria dos seus líderes religiosos. Um dos aspetos que mais se destaca no Irão, para além da segurança, simpatia e hospitalidade do seu povo, é a extrema honestidade de todos quanto lidam com os turistas,

espertar

desde os taxistas aos serviços de restauração, em que é muito raro alguém se tentar aproveitar para cobrar alguma quantia superior ao que seria normal.

Na capital, a cidade de Teerão, notam-se alguns sinais de abertura, como a música, roupas modernas, o cinema e algumas marcas internacionais.

Para além de Teerão, uma cidade com cerca de 8 milhões de habitantes, as cidades de Yazd, Shiraz e Esfahan apresentam-se como as principais atrações turísticas do Irão, cada uma delas com as suas singularidades e características muito próprias, não esquecendo as ruínas da maravilhosa Persópolis, antiga capital do império Persa, conquistada aos Persas por Alexandre o Grande em 330 a.C.. Apesar de não fazer parte dos principais itinerários turísticos internacionais, o Irão, por todas as razões já apontadas, às quais podemos ainda acrescentar o facto de ser um país bastante barato em comparação com o nível de vida da Europa, revela-se um destino a descobrir por todos aqueles que têm como objetivo conhecer lugares e culturas diferentes, sem correr riscos, beneficiando de um país e de todo um povo que ainda se encontra recetivo aos estrangeiros e fazendo de tudo para que estes se sintam como em sua casa.

Para todos aqueles que gostam de viajar, o Irão pode tornar-se assim uma agradável descoberta no ano de 2017! Professor João Luís

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BAILE DE FINALISTAS | CIDADANIA

Baile de Finalistas 2015/2016 No dia 24 de junho de 2016, na Quinta do Outeirinho (no Louro), realizou-se o baile de finalistas para os alunos que terminaram o ensino básico e o ensino secundário no ano letivo 2015/2016. Como a ocasião era especial, todos estavam vestidos a rigor e o ambiente era de festa, animação e convívio com colegas e professores.

Antes da majestosa entrada no salão de jantar, todos tiveram oportunidade de “arrasar” e desfilar na passadeira vermelha.

Com a barriga cheia, alunos e professores dançaram ao som da música proporcionada pelo DJ convidado. Durante a eleição da Miss e do Mister do baile, a animação e a boa disposição continuaram presentes.

Na verdade, este baile foi a despedida para alguns e um até já para outros, o que fez com que o evento se caracterizasse por um misto de emoções para todos. Há momentos deste dia que guardaremos para sempre no nosso baú de memórias. Por isso, agradecemos, em nome de todos os alunos, aos professores que organizaram e tornaram este momento possível. Angélica Fernandes, Beatriz Peixoto e Isabel Silva - 10.º A

9.º A

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12.º A

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Direitos dos Animais, Deveres do Homem

Ao

contrário do que muita gente pensa, os animais t a m b é m possuem os seus direitos. Porém, os mesmos não são respeitados pelo Homem, pois este valoriza mais o lucro fácil e desenfreado.

Para fazer face à necessidade de consumo, muitos animais são criados em viveiros e aviários, com a principal preocupação de se reproduzirem e crescerem o mais rapidamente possível. Em França, para se fabricar o foie gras (paté de fígado gordo), dão-se grandes quantidades de álcool e gordura aos patos para que o seu fígado aumente de tamanho. Em alguns casos, este órgão chega a ocupar quase metade do corpo do animal! Obviamente, assim o pato dá muito mais lucro, mas isto é uma

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dos homens à ilha Maurício, ocorreu a Infelizmente, este não é o único exemplo extinção dos dodós. Estes pássaros não de desrespeito dos direitos dos animais que possuíam nenhuma proteção contra predadores, pois naquela ilha eram eu pretendo aqui eles quem estava no topo da cadeia denunciar. O alimentar. Os seres humanos, ao panga é um peixe ver uma presa tão desprotegida necrófago que e abundante, começaram a caçátem vindo a ser los e alimentarem-se deles e dos comercializado. seus ovos, o que fez com que Além de ser não houvesse dodós suficientes alimentado com restos de peixes Isto é o fígado do pato após para assegurar a sobrevivência da mortos e ossos, ser alimentado com gordura e espécie, daí a sua extinção. é injetado com álcool Ao longo dos tempos, o Homem, PEE, substância na sua interação com os animais, tem que faz com que o animal ponha muitos vindo a cometer diversos atentados contra mais ovos do que é suposto. Em cativeiro, os pangas crescem quatro vezes mais os seus direitos. Será que o egoísmo e a ambição humana não conhecem limites? rápido do que na natureza! Será correto interferir na harmonia da Como é do conhecimento geral, a violação natureza? E tu, continuas a achar que não dos direitos dos animais não é algo tens nada a ver com isso? recente. No século XVII, com a chegada grande violação dos direitos dos animais.

João Paulo Campelo Gomes, n.º11, 8.º A

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Panga normal

Panga a ser injetado com PEE

Panga após o “tratamento”


CRONICAGEM

A promessa

Confesso que até ao dia de ontem tinha quase prometido a mim mesma que não iria comemorar o Natal, mandar as costumeiras mensagens via telemóvel ou postais. Ponderei até sentar-me na sala com o meu filho e dizer-lhe que o Pai Natal não existia.

Este ano, tudo começou precocemente: as decorações nas grandes superfícies, a publicidade consumista, a black friday fora das sextas, o apelo ao consumo desenfreado com o intuito, erróneo, de poupar uns cêntimos. Enfim, toda a gente rodeada de luzes e de mensagens, mas com o nariz constantemente virado para os écrans dos aparelhómetros hiper-mega-fixe-eletrónicos

Ao longo dos muitos dias que ainda faltavam para o Natal, lá continuaram as imagens de árvores enfeitadas e famílias luminosas. Algumas destas escreviam sobre paz e amor, mas esqueciam-se de palavras como: bom dia, obrigada, por favor e desculpe.

Então, comecei a amaldiçoar este Natal e as pessoas que desenvolviam tendinites no indicador e pequenas luxações no pescoço causadas pela contemplação dos seus umbigos.

Ah! Comecei a odiar tudo isto de tal forma que ponderei escrever um manifesto de título “Odeio este Natal”! Um grande amigo, daqueles que aparecem uma vez na vida e felizmente nunca partem, disse-me para não o fazer. Eu desisti de escrever simplesmente. Ontem, depois de andar a correr de um lado para o outro, numa tentativa de duplicar as 24 horas do dia, segui por uma rua por onde nunca passo e, já bem perto das 22:00 horas, encontrei um antigo aluno meu. Parei o carro sem pensar e atravessei a rua. Agarrou-se a mim, aquele miúdo-grande com quase dois metros. Quando recuperei a voz, disse-lhe que pensava muitas vezes nele, se teria

Os filmes da minha vida

Star Wars é uma saga criada pelo realizador George Lucas, nascido no dia 14 de maio de 1944, na Califórnia.

A saga teve o seu início em maio 1977, com o filme Uma Nova Esperança, que alcançou admirável e crescente sucesso. Seguiram-se os filmes: O Império Contra-Ataca, em

Força de vontade

Ao longo do tempo, temos a impressão de que o cansaço de acordar cedo, de ultrapassar mais um novo dia com as pastas às costas nos deixa de rastos, com vontade de desistir. Mas do que seria o nosso futuro, a nossa vida se nós desistíssemos? Na realidade, eu

conseguido resistir a tudo o que a vida lhe colocava à frente. Aquele miúdogrande garantiume que cumpria aquilo que me tinha prometido e que voltava a prometer.

No seu jeito de moleque da rua, pois nunca conseguiu disfarçar o sotaque do país de onde tinha vindo, lá me foi dizendo: “Ainda tenho lá em casa a sua capa e o seu estojo. Estão lá direitinhos.” Eu sorri e depois calquei lhe as sapatilhas novas, porque ele pediu recordando um episódio que se passou numa das minhas aulas. Eu sabia, naquela hora, que iriam passar anos até o voltar a encontrar. Ele respondeu-me apenas que os nossos

1980; O Retorno do Jedi, em 1983; A Ameaça fantasma, em 1999; Ataque dos Clones, em 2002, A vingança dos Sith, em 2005 e, por último, já em dezembro de 2016, foi lançado o filme Rogue One. Nestes filmes, são relatadas as aventuras dos jedi, um grupo que usa o lado bom da força, uma energia mística

O homem não é apenas chamado a conhecer o sentido da vida, mas a realizá-

Há sempre um motivo pelo qual eu, tu e todos os estudantes nos levantamos de manhã com toda a força para ultrapassar mais um dia. Não é só por sermos jovens ou por não termos certas responsabilidades, mas sim porque queremos um futuro melhor para nós, independentemente do quão difícil seja, porque é! Não é fácil chegar lá, é preciso ter paciência, persistência, estudar e ser determinado o suficiente para vencer os obstáculos.

Curiosidades

e, por último, o 7º filme da saga, pois esta foi a ordem pela qual os filmes foram realizados. Sim, George Lucas realizou primeiro o Star Wars IV. Existe, ainda, um jogo para playstation que tem o nome de Star Wars Battlefront. Manuel Faria, 8.º A

Na minha opinião, o mais importante é olhar para o futuro, é definir objetivos, pois não há nada melhor do que o sentimento de autorrealização quando atingimos as metas traçadas.

Em conclusão, por mais difícil que seja e por mais longe que a meta pareça estar, não te agarres só às contrariedades, como a desculpa da desmotivação ou do desemprego. Não tenhas dúvidas: se fores bom, se quiseres, tu consegues! Por isso, agarra-te àquela força de vontade que ainda te resta e ultrapassa o dia, dá o máximo em cada etapa da “corrida”. Tu és capaz, és mais forte do que julgas!

compreende-se e autoexperimentase como ser – colocado perante a Alteridade. Tal Alteridade não pode ser um mero possível, mas deve ser um real. Assim, alcançamos a “Lógica do Infinito” em que possibilidade e realidade se identificam. Deus só é possível como realidade!

A minha expressão “SINGELA” sobre o SENTIDO da Morte é expressa nas seguintes palavras:

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Laura Alberto

A saga tem uma ordem peculiar para ser vista; há alguns fans que dizem que a ordem correta é primeiro o 4º filme, seguido dos 5º e 6º, de seguida, o 1º, 2º, 3º,

sinto que isso acontece mais vezes do que qualquer um de nós esperava… parece que nunca há vontade para te levantares de manhã, não há um futuro risonho, nem mesmo quando o dia é de sol, mas, na verdade, há sempre um motivo!

lo, a realizar-se. Concordo plenamente com a ideia do Dr. Costa Pinto, porque o sentido da vida processa-se neste caminhar mas, quando o sujeito o realiza está a realizar-se, isto é a busca do sentido para a vida. O homem, como refere o autor do artigo, busca a realização do sentido último e escuta-se a si próprio vivencialmente como apelo ao Tu Eterno e abertura à Esperança Última. Deste modo, o homem

Maia, 23 de dezembro de 2016

e os famosos sabres de luz, para combater os seus eternos inimigos, os sith e os jedi negros.

Significado Antropológico da Morte

A pergunta sobre o sentido não é apenas uma pergunta teórica implícita no campo do compreender, mas uma pergunta interpelativa da liberdade. No parecer do Doutor José Rui da Costa Pinto, no seu artigo alusivo a Amor e Morte-Meditação Antropológica- é inseparavelmente pergunta-tarefa de verdade- liberdade que exige decisão.

caminhos se iriam voltar a cruzar. No fim, fez-me prometer que eu nunca iria desistir de um aluno, por mais reles que fosse. Eu prometi-lhe que o iria fazer. Sem querer prometi também nunca mais me esquecer do Natal.

Maria Laura Garcia, 9.º C

MORTE Aceito-te a ti (morte)... Porque sei que um dia virás Sobre mim, mas acalento-me A cada dia que passa... porque tudo é passagem e miragem como o Vento que passa para a outra margem...Viver e Morrer é ter esta tomada de consciência...

Professor Tiago Cerqueira

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FESTA DE NATAL

Festa de Natal Para mim, o momento mais alto foi a entrega dos postais. Gostei muito de receber esta lembrança para nunca mais me esquecer deste dia tão emocionante.

Sem sombra de dúvidas, a atuação dos alunos do 10.º A foi um momento épico. A coragem e a determinação dos meus colegas surpreenderam-me imenso. Nessa altura, a alegria e a diversão reinaram de forma mais intensa.

Margarida Gomes, n.º 18, 5.º C

Eu senti que o ambiente na sala era alegre e divertido. A plateia aplaudia calorosamente todas as apresentações e toda a gente estava muito animada.

Ana Luísa Ferreira, n.º 4, 11.º A

Sendo a primeira vez que estou a assistir a uma festa de Natal desta escola, estou bastante surpreendida. O ambiente é fantástico, estou a divertir-me muito e a adorar assistir ao espetáculo.

Marta Silva, n.º 21, 5.º C

Subir ao palco foi uma sensação única e fantástica. Com a nossa atuação, pusemos a plateia ao rubro e divertimo-nos imenso. Foi simplesmente brilhante.

Margarida Gomes, n.º 18, 5.º C

Luís Machado, n.º 16, 10.º A

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