Edição 154

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9.nov.2012

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Bolivianos e haitianos na redação do Enem

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O mau atendimento que o Procon não conhece mas corre no boca a boca

12 O jardim de onde brota consciência ambiental

Matemática, o bicho de 7 cabeças

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3 tipos de flores e muitos tipos de trova

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9 Por que ver o monstro de perto

21 gastronomia e cozinha

A dívida de quem patrocina os filhos e os netos

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Duas receitas de polenta nada tradicionais

Fotos: 6, 12 e 17: Paulo Pasa/O Caxiense | 8: Acervo da escola Dr. Renato Del Mese, Div./O Caxiense | 21: Mariano Vivanco, Div./O Caxiense

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

A memória que poderia ser preservada | Boicote ao mau humor

ocaxiense@ocaxiense.com.br Paulo Pasa/O Caxiense

www.ocaxiense.com.br

Diretor Executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula Sperb Diretor Administrativo

Luiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

Editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei Andrade

Duas coisas estão me incomodando em Caxias do Sul e com certeza mais gente se sente afetada por ambas. A primeira é o descaso com a nossa memória, refletida na arquitetura e na sua destruição (intencional ou desastrosa, como no caso do pórtico da Cantina Antunes). A segunda, o péssimo atendimento em alguns estabelecimentos comerciais e serviços. Os dois tópicos renderam reportagens em O CAXIENSE, na edição 153 e na edição 154, que você tem em mãos. O pórtico derrubado ainda não havia sido tombado como patrimônio histórico, mas estava incluso na área de interesse do Município. Isso me leva a uma reflexão que tem sido constante: nem toda construção com memória é necessariamente tombada! Quantas casas antigas você conhece e gosta de passear pela calçada e ficar observando os detalhes do jardim, entalhes na porta, capricho da construção? Provavelmente esta casa não se enquadre em nenhum critério para ser tombada. Isso significa que inevitavelmente ela será derrubada para dar lugar a um novo prédio. Pode ser logo ou mais adiante, mas será destruída. Essas casas onde não moramos, mas gostamos de imaginar como foi – ou é – a vida ali estão desaparecendo por não terem nenhuma lei (mesmo com o avanço) que as proteja e simplesmente porque se deseja mais derrubá-las pensando no retorno financeiro (permitido porque não são tombadas) do que preservá-las e junto delas

a memória de toda uma comunidade. Em frente e praticamente ao lado da Redação de O CAXIENSE, no bairro Lourdes, duas casas desse tipo desapareceram no último mês. Mas o fenômeno se repete em toda a cidade. Outro fenômeno que me desagrada, certamente não sou exceção, é o mau atendimento nas lojas. Sou do tipo de caxiense que sempre opta pelo comércio e serviços nascidos e desenvolvidos na própria cidade. E justamente por isso fico decepcionada quando sou mal atendida. Já aconteceu com você? Uma vez, pisei na loja e todas vendedoras sumiram, fugindo do serviço. Em outro local, já no caixa, decidi levar mais um artigo (ou seja: mais uma venda, mais lucro...) e em troca recebi a pior cara do mundo e um sonoro “BUFFFF!” da atendente. Até por telefone as pessoas estão sendo grossas e mal educadas. Como entender o comportamento? Mesmo com um bom cenário econômico (que justificaria segurança no posto de trabalho), a educação, como meus pais me ensinaram, “vem de casa”. Nesses e em outros casos de mau atendimento, minha reação é sempre a mesma: nunca mais volto. E, claro, nunca recomendo o local. Como você responde? Proponho um boicote ao mau atendimento.

Daniela Bittencourt Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa Designer

Luciana Lain COMERCIAL Executiva de contas

Pita Loss

ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120 foto de capa Paulo Pasa/O Caxiense TIRAGEM 5.000 exemplares

Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação 9.nov.2012

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BASTIDORES Flores de um trovador | Matemática sem medo | Seis meses para florir o concreto

por Andrei Andrade Estudantes de Caxias do Sul que realizaram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no último final de semana depararam com um tema que surpreendeu a maioria na hora de fazer a Redação. Enquanto esperavam dissertar sobre o mensalão ou o aquecimento global, a prova teve como tema proposto o movimento imigratório para o Brasil no século XXI, com foco na vinda de haitianos e bolivianos. Na tarde de domingo (4), O CAXIENSE foi até o pátio da Escola Estadual Cristóvão de Mendoza para saber que ideias alguns de nossos estudantes colocaram no papel. Antecipamos algumas preciosidades. E pérolas também. “Achei que fosse cair algo sobre a Rio + 20 ou outro tema ambiental. Mas não foi difícil. Abordei a época do , quando muitos italianos vieram para o Brasil para trabalhar nas e comparei com o fluxo do século XXI, falando dos imigrantes que vêm trabalhar, principalmente, na indústria automotiva. Fiquei satisfeita com o resultado.”

“Foi difícil, achei que fosse cair algo sobre mensalão ou até sobre o nos Estados Unidos. Sobre a imigração, escrevi que sou a favor, porque daqui uns anos pode ser que os brasileiros precisem ir para lá. Se temos condição de dar oportunidade e precisamos de mão de obra, por que não dar? O problema da imigração é que, como a maioria não tem qualificação, vem para cá como , às vezes fica na ilegalidade. Escrevi que esse é o um problema não só de imigrantes, mas da nossa população, que não tem informação e , que só querem voto.”

furacão

Vanderlei Morandi 40 anos, soldador. Quer prestar vestibular para Administração de Empresas.

mão de

obra escrava

fica na mão dos políticos

“Achei o tema muito difícil, não tinha estudado nada sobre isso. Só sabia que eles (os haitianos)

estavam em guerra. Achei que

Segundo Reinado plantações de café

Stephanie Tedesco 17 anos, estudante do 3° ano do Ensino Médio. Quer fazer vestibular para Medicina Veterinária.

Tais Hoffmann 15 anos, estudante do 2° ano do ensino médio. Treineira

fosse cair algum tema como “vida moderna” ou “paz e guerra”. Mas como eu fiz o Enem só pela experiência mesmo, não fiz a redação.”

sou vizi-

“Para mim o tema foi fácil, porque que vieram para trabalhar. Falei que eles não são tão pobres quanto a maioria do povo pensa. São pessoas que fizeram faculdade, que falam até 5 línguas, mas que tiveram que vir para o Brasil para ter uma qualidade de vida melhor. Só falei o que eles me contam da vida deles.”

nha de 8 haitianos

Suelen Aguiar 23 anos. Quer fazer vestibular para Pedagogia. ERRAMOS: Na matéria Aluno modelo (com 8 meses de atraso), da edição 153, a legenda da foto saiu errada. O estudante é Vinícius Lopes Fruet e não Gustavo Ferronato. Gustavo faz curso pré-vestibular, nunca reprovou na escola e não foi citado no texto.

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Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Enem: o Haiti é aqui. E a Bolívia também


“Eu tinha estudado mais sobre aquecimento global. Escrevi que aqui os haitianos estão no paraíso. Aqui eles , o Brasil recebe qualquer tipo de cultura,

livres

não tem tanto problema de racismo. Lá

Victor Cardoso 17 anos. Quer fazer vestibular para Engenharia de Produção.

a vida é muito difícil. Defendo que eles venham, pois não têm culpa da situação no país deles.”

“Fiz uma comparação entre a forma como nós recebemos os imigrantes e como nós somos recebidos lá fora, especialmente nos . Acho que nós recebemos melhor do que somos recebidos. Também falei sobre o mercado, da ideia errada que se tem de que o imigrante vem para o país para de alguém.”

Estados Unidos

roubar a vaga

bolivianos só atrapalham tirar emprego

Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Suélen Costa Oliveira 20 anos. Quer fazer vestibular para Arquitetura.

são

“Falei mais sobre o que tinha no texto da prova. Escrevi que para o Brasil é bom ter os haitianos, porque eles são qualificados. Tem até engenheiro. Mas os . Eles não têm qualificação, só vêm mesmo para de quem é daqui.”

Suélen Mignoni 18 anos, estudante de Publicidade e Propaganda da UCS. Quer conseguir uma bolsa de estudos via Prouni.

“Destaquei principalmente os pontos positivos da imigração. Acho que quem vem de fora, como os haitianos, traz mais cultura para o país, e mais também. Mas também falei da necessidade de controlar a entrada para que não venham

de obra

Thiago Barreto 18 anos. Quer fazer vestibular para Jogos Digitais.

mão

traficantes ou criminosos”.

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Diego Moroni |

A arte de trovar por Andrei Andrade São 16:00 da primeira quinta-feira de outubro e o calor do sol castiga quem transita pelo populoso Centro de Caxias do Sul. Próximo à esquina da Avenida Júlio de Castilhos com a Rua Moreira César, um rapaz de não mais de 1,70m se move com passos calculados, para não sair da sombra de uma árvore, no canteiro central. Ele tem a pele bronzeada, a barba por fazer e o cabelo arrepiado à base de gel e spray. Veste calça jeans e uma camiseta do Juventude. Entre os dedos da mão direita, segura um cigarro que mal tem tempo de levar à boca. Na mão esquerda, está com dois buquês de crisântemos rosas. Outros 5 buquês, de rosas vermelhas e amarelas, mantém presos sob o braço esquerdo. Com o olhar atento de quem está sempre na rua, não perde de vista um balde que está parado ao lado da porta de uma ótica, recheado com pelo menos mais 5 buquês de flores diversas. Nesta

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tarde, como em qualquer outra, a missão de Diego Moroni é repassar o maior número possível deles para as mãos dos românticos transeuntes ou motoristas da cidade. O vendedor de flores que até pouco tempo atrás podia ser visto toda tarde na esquina da Rua Coronel Flores com a Sinimbu, mas que há alguns dias deixou de ter ponto fixo, é o tipo de pessoa que já deve ter ouvido mais de uma vez que possui o perfil para ser vereador, pela popularidade de que desfruta. Entre seus incontáveis amigos do Centro, estão senhores em carros luxuosos, que baixam os vidros elétricos para trocar algumas palavras sobre qualquer banalidade que caiba em 10 ou 15 segundos, e senhoras – mais freguesas do que os homens – preocupadas em ter algum enfeite para receber as visitas na sala de estar. Vendendo flores desde os 10 anos, Diego já descobriu que regar as amizades, e principalmente a clientela, é fundamental para não perdê-las. Diego nasceu em São Marcos, há 35

Paulo Pasa/O Caxiense

anos, mas mora em Caxias desde os 20, no bairro Reolon. Divide a casa com o pai, a mãe, 8 irmãos e um cunhado, mas planeja se mudar em breve para um apartamento no Centro. Quer morar com a namorada. Já foi entregador de jornal e chapeiro do McDonald’s, mas sempre trabalhando meio turno, pois nunca deixou de vender suas rosas, crisântemos, orquídeas e gérberas. Nos finais de semana, Diego faz bicos como vendedor de bebidas em shows e em estádios de futebol, o que explica se seu rosto parecer familiar para públicos bem distintos. Com o salário e a comissão que recebe por buquê vendido, sua renda mensal gira em torno de R$ 1.000, sem contar os bicos. Bem articulado, Diego concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Cristóvão de Mendoza. Preocupado em atender bem a clientela estrangeira, chegou a frequentar por dois anos um curso de inglês. “Quando o cliente diz ‘no’, eu respondo ‘obrigado’.” Mas por que obrigado? “Porque é assim também na


língua dele”, confunde-se. Mas o que vale é a intenção. Nas suas mãos, os buquês custam R$ 10 cada, mas, “dependendo da cara do freguês”, como não tem vergonha de admitir, pode oferecer 2 ramalhetes por R$ 15. A clientela feminina é mesmo maioria. “Algumas compram para oferecer para uma amiga, mas a maioria é para enfeitar a casa”, analisa. Na tarde em que acompanhamos o seu trabalho, enquanto ele está em sua estratégica posição sob a árvore do canteiro, uma senhora se aproxima do balde com os buquês. Ele interrompe uma conversa com uma amiga que estava passando por ali ao acaso, deixa-a aguardando e atravessa a rua para atender a também já conhecida Neusa Nery, de 42 anos, freguesa há alguns anos. Nessa ocasião, Neusa compra dois ramalhetes de rosas para a mãe e um ramalhete de crisântemo para a cunhada, ambas falecidas. É véspera de Finados, o que, segundo Diego, não chega a incrementar o movimento. Talvez os mortos prefiram arranjos comprados prontos nas floriculturas. Antes de ir embora, Neusa deixa um elogio. “Sempre que eu penso em comprar flor, minha referência aqui em Caxias é ele”, brinca, sob o olhar orgulhoso do vendedor. Quando não há nenhum

freguês em potencial passando por perto, ocasião em que Diego aproveita para acender mais um cigarro, aproveitamos para perguntar qual o segredo para ser um bom vendedor de flores. “É saber trovar”, ensina. O que é trovar? “É ver uma senhora passando e sugerir: ‘vai uma flor para enfeitar a casa?’. Ou se passa um casal, perguntar para o homem: ‘não quer dar uma rosa para a namorada?’”. Mas não há argumento que supere a simpatia, um dom que ele sabe dizer até quando desenvolveu. “Sou simpático assim desde os 8 anos. Acho que desde essa idade que eu aprendi a gostar de alegrar as pessoas, de fazer todo mundo rir”, conta, com um sorriso bem característico, que é quase disfarçado. Talvez como o de quem acabou de contar uma piada que talvez só ele tenha entendido e você ficou no vácuo. Diego é mesmo um gozador. Ou será que alguém que leve a vida muito a sério vestiria, por baixo da camiseta do Juventude, uma do Caxias, só para agradar a alviverdes e grenás? Das 8:30 às 20:30, o florista Diego, que os colegas conhecem por Alemãozinho, ganha seus dias se aproveitando da melhor forma dos afetos humanos. Pois enquanto houver romantismo, haverá um florista sorrindo pela rua.

“Sou simpático assim desde os 8 anos. Acho que desde essa idade que eu aprendi a gostar de alegrar as pessoas, de fazer todo mundo rir”, trova Diego

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GENTE

Paulo Pasa/O Caxiense

BOA

Didática dos orgânicos Certificar o conhecimento adquirido pela prática e transferido de geração para geração. Este é o objetivo de um dos projetos de pesquisa do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Agricultura Sustentável da UCS. Sob coordenação da professora doutora em Ciências Biológicas Rute Ribeiro, o núcleo tem desenvolvido cartilhas voltadas principalmente para os pequenos agricultores, sobre formas corretas de manejo na agricultura orgânica. “Eles utilizam muitas tecnologias que são do avô, do bisavô, que são aceitas mas não foram testadas cientificamente para saber como funcionam. Então, muitas vezes, eles erram sobre isso”, conta Rute. As duas cartilhas já lançadas – uma em 2011 e outra em junho deste ano – foram distribuídas para sindicatos rurais, secreta-

rias de agricultura e cooperativas, abordando temas como adubação verde e compostagem. O próximo tema será mudanças climáticas, em linguagem fácil para agricultores e outros leigos no assunto (pelo menos na teoria, já que na prática eles são mestres). “Hoje em dia se fala muito sobre mudanças climáticas, crédito de carbono. O objetivo é que eles consigam entender o que acontece e a responsabilidade de cada um”, afirma. Segundo Rute, a agricultura orgânica traz benefícios para todos. “Dá para viver da agricultura orgânica e todos podem ganhar com isso, inclusive o planeta”, defende. Para os agricultores, o mercado em expansão dos orgânicos é a garantia de sucesso da atividade. Para os consumidores, é a certeza de adquirir produtos mais saudáveis.

Primeiro vestibular da IDEAU

Universidade de Com 12 opções de ingresso, a Anglo-Americano realiza Caxias do Sul seu primeiro vestibular de verão após ser incorporada pela Universidade de Orçamento Empresarial. Faculdade IDEAU, grupo de ensino superior originado no Caxias do Sul 7/12 . Inscrições até 1/12. Doutorado em Administra- R$ 117 (estudantes) e R$ Alto Uruguai que agora desembarca também em Caxias. ção PUCRS/UCS. Inscrições 117 (geral). A prova será no dia 22 de novembro, às 19:00, com ques- até 26/11. R$ 75 Pós-vendas. 3 a 12/12 (setões objetivas e redação. Um diferencial interessante é que os Mestrado em Administração. gundas e quartas-feiras). Inscrições até 30/11. R$ 70 candidatos com mais de 25 anos podem fazer apenas a reda- Mestrado em Educação. Ins- Inscrições até 26/11. R$ 292 (estudantes) e R$ 324 ção. As inscrições podem ser feitas até a véspera. Os cursos de crições até 16/11. R$ 70 (geral) Mestrado em Turismo. InscriTocar, dançar e cantar: graduação oferecidos são Administração (noturno e diurno), ções até 3/12. R$ 70 introdução ao orffAgronegócios, Ciências da Computação, Ciências da Con- Mestrado em Engenharia uma schulwerk. 14 e 15/12. tábeis, Comércio Exterior, Gestão de Recursos Humanos, Mecânica. Inscrições até 1/12. Inscrições até 26/11. R$ 250 Gestão Hospitalar, Marketing, Pedagogia, Relações Interna- R$ 70 cionais, Secretariado e Turismo (todos noturnos). + VESTIBULAR Anglo-Americano/ Universidade de Caxias do Sul. Prova: 9/12. Inscrições até IDEAU

La Salle com graduação e MBAs

A Faculdade La Salle Caxias do Sul está com inscrições abertas para o vestibular de verão, com vagas nos cursos de Administração e Ciências Contábeis, ambos bacharelado; e de tecnologia em Gestão de Recursos Humanos, Gestão Financeira e Processos Gerenciais. As inscrições podem ser feitas até 30 de novembro, na secretaria da faculdade (Rua Os 18 do Forte, 1754), ou até o dia 28, pela internet (www.unilasalle. edu.br/vestibular). O valor da inscrição é de R$ 20 e a primeira etapa do processo seletivo é composta por uma prova de redação, que ocorre no dia 1º de dezembro. Alunos da rede pública de ensino não pagam taxa de inscrição. Para os profissionais que já possuem curso superior, a instituição oferece MBAs na La Salle Business School.

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23/11. R$ 50 Faculdade da Serra Gaúcha. Prova: 11/12. Inscrições até 10/12. R$ 40 Faculdade Anglo-Americano/IDEAU. Prova: 22/11. Inscrições até 21/12. R$ 30 La Salle. Prova: 1/12. Inscrições até 30/11. R$ 20 Faculdade América Latina. Prova: 12/12. Inscrições até 11/12. R$ 25 Faculdade de Tecnologia da Serra Gaúcha. Prova: 6/12. Inscrições até 5/12. R$ 25 Faculdade Inovação. Prova: 4/12. Inscrições até 3/12. R$ 20 Faculdade de Tecnologia. Prova: 8/12. Inscrições até 7/12. R$ 35

Técnicas Básicas de Áudio e Gravação. 10, 24/11 e 01/12. R$ 25 Técnicas de Visão Fotográfica - Módulo II. 21, 22 e 24/11. R$ 25 Comunicação e Liderança. 24/11 e 01/12. R$ 25

WWW.UCS.BR. 32182800 | WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 3536-4404 | WWW.FSG. BR. 2101-6000 | WWW. AMERICALATINA.EDU. BR. 3022-8600 | WWW. FTSG.EDU.BR. 30228700 | WWW.PORTALFAI.COM. 3028-8700

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TOP5

Matemática sem medo

Arte: Luciana Lain/O Caxiense

Ela está presente em várias situações cotidianas, mas, na sala de aula, nem sempre faz sentido. Aplicar a matemática a problemas reais pode contribuir para o entendimento e despertar o interesse do aluno pelo tema, acredita a professora, mestre em Educação e diretora do Centro Tecnológico Universidade de Caxias do Sul (CETEC), Ana Cristina Possapp Cesa. “Ela vai continuar sendo abstrata, mas, se a gente pudesse acrescentar um pouco de sentido a essas aulas, talvez tirasse um pouco da dificuldade e do temor que os alunos têm.” Para diminuir o medo, os pais também podem contribuir. “O pai não precisa necessariamente saber resolver o problema matemático, mas pode ajudar a dar sentido ao problema para que o aluno entenda o que está fazendo”, explica Ana. Veja algumas dicas para introduzir a matemática na rotina.

Classificação e seriação Para alunos da educação infantil e primeiras séries, que estão iniciando o contato com a matemática, Ana sugere atividades lúdicas programadas, que estimulam o entendimento dos números. Brincadeiras de classificação e seriação, como colocar potes em ordem de tamanho, separar brinquedos por cor e organizar gavetas somente com meias ou com toalhas, por exemplo, ajudam a diferenciar ordinais e cardinais.

Geometria espacial Calcular áreas e volumes é um bom exercício e pode ser aplicado na rotina do estudante. Descobrir a área da casa, da piscina ou da quadra de futebol ajuda o aluno a ter noção de geometria espacial.

Relações Ainda para os pequenos (até a 5ª série), trazer a matemática para o dia a dia ajuda a estabelecer relações. As crianças podem ajudar os pais a listar itens do supermercado relacionando o valor com o item, por exemplo.

Problematizar e questionar Estudantes do Ensino Médio conseguem fazer cálculos mais complexos. “Os pais podem incentivá-los a ser mais participativos nas situações de casa, como no planejamento das férias”, exemplifica Ana. O filho pode calcular qual é a distância do destino, se vale mais a pena ir de carro, ônibus ou avião; se é mais vantajoso levar mantimentos ou comprar na cidade de destino, se é melhor alugar uma casa ou ficar em um hotel...

Tabelas e funções Para estudantes de 5ª a 8ª série, fazer tabelas simples é uma forma de fixar as operações matemáticas e começar a construir o conceito de funções. Eles podem anotar os gastos das contas de água, luz e telefone de diferentes meses e comparar quando o gasto foi maior. “Ele relaciona: a conta maior de luz está em função do inverno, quando se usa mais aparelhos. Isso também contribui para que o aluno busque padrões”, ensina Ana.

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6 meses na vida de... um grupo de alunos que mudou a consciência de uma comunidade

Acervo da escola Dr. Renato Del Mese, Divulgação/O Caxiense

por Daniela Bittencourt

(Meio Ambiente, Cultura e Educação Para a Paz), optamos por Meio AmbienNa escola estadual Dr. Renato Del te. Aqui na comunidade, a gente percebe Mese, em Vila Cristina, as professoras que alguns moradores separam o lixo, e os alunos descobriram uma forma mas queríamos reforçar essa ideia, de fazer brotar flores em um muro de mostrar que realmente é importante e pedra. Ao mesmo tempo em que mudou mostrar uma opção do que fazer com o a aparência da escola, o projeto jardim lixo seletivo, de como reutilizá-lo. Até vertical, construído com garrafas pet e porque aqui não tem contêineres de parte da ação Tribos nas Trilhas da Cicoleta seletiva e o lixo é todo colocado dadania, da Parceiros Voluntários, abriu no mesmo caminhão. Na escola, o lixo os olhos da comunidade para a separaestava sendo recolhido todo junto. Seção do lixo em uma localidade onde não gundo a Codeca, eles separam esse lixo existe coleta seletiva, como contam a na central deles. Então tivemos a ideia seguir as professoras Josie e Daiana. de usar as garrafas pet como jardim.

Junho Josie Tisott, professora de Matemática: Depois de ficarmos sabendo da ação Tribos na Trilhas da Cidadania, eu e a professora Daiana gostamos da iniciativa e nos inscrevemos para participar da capacitação para educadores, da Parceiros Voluntários. Logo depois, apresentamos para os alunos o que significava ser um tribeiro e 15 deles se prontificaram a participar do projeto. Escolhemos os líderes: 3 alunos no total, que também participaram de capacitação.

Agosto Daiana Pellenz: Na volta da férias, os alunos começaram a trazer as garrafas pet que haviam guardado em casa. Foi uma mobilização geral da escola. Aos pouquinhos, os demais alunos foram aderindo. Hoje temos cerca de 25 participando do projeto. Isso para nós é bastante, porque nossa escola é pequena, tem 98 alunos. Eles adoraram essa possibilidade de colocar mais vida no colégio, já que nossa escola não tem pátio, é bem pequena e não tem local para jardim. É só cimento.

Julho Daiana Pellenz, professora de Ciências e Inglês: Começamos a montar o projeto. Das 3 trilhas que poderiam ser escolhidas

Setembro Daiana Pellenz: Foi o mês em que os alunos se dedicaram à montagem do jardim: corte das garrafas, armação com arame, plantação

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das flores. “Foram utilizadas 76 garrafas em todo nosso jardim”, lembra Josie. As mudas foram doadas pela Codeca. Montamos um cronograma: cada dia da semana uma das turmas é responsável por cuidar das plantinhas. Outubro Daiana Pellenz: As flores já estavam maiores e os alunos ficaram muito felizes com o resultado, porque participaram de todo o processo. No princípio, quando plantamos as mudinhas, tínhamos a expectativa de que ficasse legal, mas as flores se desenvolveram tanto e ficaram tão lindas... Floriram e acabaram cobrindo as garrafas. As pessoas passam na rua, veem, comentam. Novembro Josie Tisott: Com o Fórum Tribal Municipal, realizado neste dia 9, do qual todas as escolas tribeiras participam, os alunos levam o tema da reciclagem também para a comunidade. Enquanto alguns estudantes participam de uma oficina para construir seu próprio vasinho de garrafa pet, que vai levar para sua família, outro pessoal sai pela vizinhança distribuindo um folder e uma mensagem com a foto do jardim da nossa escola, explicando da importância da comunidade neste processo de conscientização, por meio de ações como a separação do lixo.


na rio

Assédio moral

A lei é boa, mas...

Coração partido

O juiz eleitoral Sérgio Augustin condenou Sartori, Alceu, Feldmann e a coligação Caxias para Todos. A multa como pena da representação da Frente Popular, que usou o áudio de um jantar na casa de Alceu Barbosa Velho em que foram negociados cargos de confiança na prefeitura para os partidos aliados, é de R$ 10,6 mil para cada um. Procurado por O CAXIENSE para falar sobre a sentença do juiz Augustin, Alceu questionou a repórter: “do que tu estás falando, minha filha?”. Ele alegou não saber do que se tratava e prometeu ler a notícia publicada em www.ocaxiense.com.br na noite de terça-feira (6). A notificação deve ser na segunda-feira (12), conforme Marcelo Reginatto, chefe da 16ª Zona Eleitoral.

Assim como a lei que proíbe a venda de sprays de tinta para menores de 18 anos e obriga o cadastro e entrega dos dados dos compradores à prefeitura, a lei que garante marcação de consultas médicas nas UBSs por telefone também não é cumprida. Na última quinta-feira (8), o descaso foi tema de reunião da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, presidida pelo vereador Renato Oliveira (PCdoB).

Celebração

“Só fica no ramo quem realmente gosta”, garante João Antônio Leidens, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS) sobre os hoteleiros e restauranteiros, festejados nesta sexta-feira (9), na data alusiva aos profissionais do setor. O SHRBS convida seus associados para a comemoração, às 17:00, na sede (Rua São José, 1814, Madureira). Um horário propício para a categoria que trabalha em turnos de difícil conciliação com as demais profissões. Em Caxias do Sul, pelo menos 600 establecimentos sócios do Sindicato – dos mais de 2 mil sócios da região – são hotéis e restaurantes. “É uma forma justa de homenagear as pessoas que proporcionam lazer, gastronomia e momentos felizes ao cliente”, diz Leidens. A data é celebrada em todo o Estado desde 2006.

7,67%

Em plena Semana do Servidor Municipal, um protesto silencioso de um funcionário da Secretaria de Trânsito alegando perseguição no trabalho chamou atenção. Ele estava amordaçado e com os braços amarrados, bem em frente à prefeitura. O diretor da pasta, Jorge Catusso, disse que a área de pessoal do seu departamento “vai muito bem, obrigado”. Segundo Catusso, o servidor está de licença há mais de 90 dias por motivos de saúde. Paulo Pasa/O Caxiense

ple

CC8

Os 8.005 votos depositados no vereador mais votado de Caxias do Sul, o estreante na política Washington Stecanela Cerqueira (PDT), não conduzirão o craque à Câmara, como obviamente esperavam seus eleitores. Antes mesmo de ser empossado, Washington já confirmou que será Secretário de Esporte e Lazer, a convite do prefeito eleito. Assim, seus votos serviram apenas para ampliar a bancada pedetista na Câmara. Sua saída – antes da entrada – significa vaga para o suplente. O primeiro da fila é Pedro Incerti (PDT).

20 de novembro

é o prazo para jovens de 16 a 19 anos em vulnerabilidade social se inscreverem no Projeto Pescar da Ibral. O curso gratuito de 9 meses será realizado a partir de 2013, no turno da tarde, com foco na formação profissional, mas também na cidadania. Informações pelo telefone 3229-3766 ou pescar@jarflex.com.br.

Inovação comercial

É fato. Inovação se transforma em vantagem competitiva em todos os setores econômicos. Inclusive na gestão de vendas. É sobre isso que o consultor da área, engenheiro e especialista em marketing Edgard Stuber falará na palestra aberta à comunidade no próximo dia 14, às 19:00, no auditório da La Salle Business School (Os Dezoito do Forte, 1754). As vagas são limitadas e preenchidas por ordem de interesse. Para inscrições, escreva para business.caxias@lasalle.edu.br ou ligue 3220-3535.

é a redução de acidentes de trânsito envolvendo a Visate de 2011 para 2012. Também diminuiu o índice de culpabilidade das 722 ocorrências deste ano, ficando com menos da metade do total. 9.nov.2012

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UMA OLHADINHA NO COMÉRCIO Na cidade que usa “roupa de sair” para ir ao mercado, é melhor não sair para comprar vestindo “roupa de ficar em casa”

por Daniela Bittencourt 9.nov.2012

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Os enfeites vermelhos e dourados começam a tomar o comércio e anunciam que falta pouco para a clássica maratona de compras do final de ano. Mesmo assim, são raros os consumidores que se antecipam à segunda quinzena de dezembro para realizar as compras de Natal. A grande maioria deixa para comprar os presentes no último final de semana. Tarefa que é mais fácil com a boa vontade dos vendedores, um item nem sempre abundante nas lojas daqui. A insatisfação dos caxienses, esta distribuída a granel, recai também sobre o nosso jeitinho de atender. Consome-se muito, mas não sem reclamar. Os próprios vendedores e gerentes dão razão aos clientes, não só por cordialidade. Quando assumem a posição de consumidores, eles também se mostram insatisfeitos, mas o mau atendimento está sempre na loja ao lado. O Procon garante não ter registrado nenhuma queixa de consumidores sobre atendimento no comércio, mas a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) reconhece o desempenho do vendedor como fator determinante. Nas pesquisas da instituição, a qualidade de atendimento é sempre apontada pelos consumidores como o item mais importante na hora da compra, antes do preço e da qualidade do produto. E a CDL tem dedicado ações durante todo o ano de 2012 para conscientizar seus associados. É mesmo necessário. Nas ruas, os consumidores dizem que, para realizar boas compras, é preciso ter

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dinheiro, paciência, boa aparência e um tanto de sorte. Trazendo em uma mão o terno recémadquirido, protegido por uma sacola de plástico, e, na outra, a filha Giovana, de 6 anos, Gelson Maurício Meile, de 39 anos, acabara de ter uma boa experiência no comércio. Caso digno de nota em Caxias, especialmente para um sábado pós-feriado (3), no qual os vendedores precisam lidar com a dor de pegar no batente enquanto os outros trabalhadores descansam. Para Gelson, o mau atendimento é o principal problema do comércio local. “O mercado perde muito por falta de vendedores qualificados. Às vezes, tem um vendedor atendendo 4 ou 5 clientes ao mesmo tempo. Como ele ganha comissão, não quer perder a venda. Mas, dessa forma, não atende ninguém direito. A gente até fica com vergonha de perguntar alguma coisa, tirar alguma dúvida”, desabafa. A mulher de Gelson, Mara Novello Meile, de 29 anos, conta que o casal evita se surpreender com o mau atendimento. No Centro, onde costumam fazer suas compras, já elegeram os estabelecimentos que, segundo eles, merecem ser visitados. “Muitas vezes a gente entra, dá a volta na loja inteira e não vem nenhum vendedor

atender. Parece que a gente está atrapalhando. Quando somos mal atendidos, não voltamos na loja”, explica a funcionária pública. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias, Paulo Magnani, confirma que o poder da compra está com o cliente, que também influencia no sucesso do estabelecimento. “Eu, enquanto consumidor, ao ser mal atendido comento para várias pessoas, assim como quando me atendem bem. O boca a boca sempre vai existir. O bom atendimento marca muito. Mas o mau atendimento marca mais ainda. O que vai vender mais não é o melhor preço, é o melhor custo-benefício”, afirma Magnani. Durante todo o ano de 2012, a CDL tem investido em ações voltadas para a qualificação do atendimento em Caxias, como a Jornada do Varejo, que trabalha as deficiências do setor e teve justamente no atendimento ao cliente seu tema central. “Nas pesquisas que efetuamos este ano, percebemos que o consumidor marca os estabelecimentos que dão bom atendimento. Hoje, como o mercado tem concorrência bastante acirrada, atender bem é uma questão de mercado. Sem bom atendimento, jamais se vai ter sucesso no negócio”, defende.


“As lojas em Caxias não costumam ter bom atendimento. Não vejo o vendedor se entregar, sabe? Para trabalhar bem no comércio, tem que gostar do que faz”, diz vendedora Maele Corrêa |

Paulo Pasa/O Caxiense

Em Caxias, ao contrário do que se pode pensar, os gringos preferem pagar mais e ser bem atendidos do que não receber atenção na hora da compra, mesmo em estabelecimentos mais populares. Valmor Concatto, gerente de uma rede de 14 lojas em Caxias, passou mais da metade dos seus 66 anos trabalhando no comércio. Ele acredita que o consumidor busca mais do que um simples produto: “Eles querem algo além, um serviço”, define Concatto. Há 7 anos atuando como vendedora, os últimos dois em uma loja popular da Júlio de Castilhos, Maele Corrêa Vargas procura oferecer aos clientes uma experiência diferente da que geralmente tem

como consumidora. “As lojas em Caxias não costumam ter bom atendimento. Não vejo o vendedor se entregar, sabe? Para trabalhar bem no comércio, tem que gostar do que faz”, ensina. “Eu tento deixar o cliente sempre à vontade, mesmo os que estão só dando uma olhadinha. Com estes, deixo meu cartão e fico por perto para auxiliar se for preciso”, conta a vendedora, que diferencia os “espiadores” dos compradores no jeito de falar. Para ela, quem entra para comprar geralmente é claro ao explicar o que está buscando, o que facilita a ação do vendedor. “O pior são aqueles clientes resistentes à ajuda do vendedor, mas 95% são gente fina”, define Maele. Na mesma loja, que a cada minuto fica-

va mais cheia de clientes querendo gastar o salário ainda gordo do início do mês, a gerente Sílvia Susin conversava com a reportagem quando recebeu o currículo impresso de uma jovem. Deu uma olhada rápida e disse: “Olha, a gente avalia o currículo, chama para conversar e daí vêm as restrições: não pode trabalhar em tal horário, tem compromissos em tais dias... Hoje é a empresa que tem que se adequar ao perfil do funcionário, e não o contrário, por incrível que pareça. Está muito, muito complicado encontrar vendedores capacitados e responsáveis”, lamenta. A loja gerenciada por Sílvia conta com 60 funcionários e receberia tranquilamente mais 15, caso tivesse candidatos qualificados para preencher as vagas. “O mais

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Sílvia Susin |

Paulo Pasa/O Caxiense

complicado é achar funcionários que saibam que estão trabalhando com pessoas, que têm que sorrir, que os clientes não têm nada a ver com os problemas deles”, exemplifica, lembrando que, para cumprir a demanda de funcionários, as lojas têm admitido pessoas que são transformadas em vendedores, mas não são vendedores de fato. Para a contadora Janine Torresini, de 31 anos, esse detalhe faz toda a diferença. Havia acabado de sair de uma loja de sapatos onde comprou um par de tênis para a filha Luiza, de 10 anos. “Fomos super mal atendidas. Entramos, minha filha pegou o tênis que queria, olhou, experimentou, tudo sozinha. Nenhuma vendedora ofereceu ajuda. As 3 ou 4 que estavam na loja conversavam sobre o horário de almoço. Só na hora de passar no caixa alguém veio nos atender”, conta.

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Ela acredita que falte qualificação para os atendentes. Mas o fator sorte também influencia: “Acho que vai muito de sorte, se a loja oferece treinamento ou não, se o vendedor é bem remunerado, se está bem vestida ou não...”, reflete. E o último fator parece ter mais peso. “Sempre sou melhor atendida quando estou de salto alto, batom vermelho, bem arrumada”, relata Janine. Quando questionados sobre a aparência dos consumidores, os vendedores defendem que não se deixam levar. “Aprendi, com meu tempo de loja, que a roupa não importa. Nossa loja tem público variado, desde o mais humilde até o mais rico”, esclarece Maele, lembrando que já viu muito cliente com aparência simples gastar alguns bons reais na loja. No dia em que visitou algumas lojas à paisana, esta repórter vestia calça jeans,

sapatilha e regata. Procurava por um vestido. Em algumas lojas, encontrou vendedores dispostos; em outras, má vontade. Somente em uma loja foi convidada a experimentar a peça. No shopping mais badalado da cidade, entrou em uma destas lojas cheirosas com roupas separadas por cores, que vendem peças para mulheres phynas. Uma vendedora atendia um casal jovem. Enquanto a moça desfilava um vestido colorido perante o olhar de aprovação da vendedora, outra atendente conversava e distraía a filha do casal. Com as duas vendedoras ocupadas – uma com a cliente e outra com a criança –, a repórter não teve chance. Examinou as roupas penduradas na arara, pescou uma saia, trocou olhares com a vendedora babá e, 5 minutos depois, saiu sem ser atendida. Provavelmente, não era um dia de sorte.


Paulo Pasa/O Caxiense

DÍVIDAS EMBAIXO DO COLCHÃO Alvo preferencial das financeiras, número de idosos endividados em Caxias do Sul assusta o Procon e o Conselho Municipal do Idoso. A família, que precisaria protegê-los das promessas milagrosas, muitas vezes atrapalha

por Andrei Andrade 9.nov.2012

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ser bom em matemática para saber que a conta não fecharia sem que ela recorresse a outras formas de obter mais dinheiro. M.L.M. não sabe dizer quantos empréstimos já precisou pedir, nem quantos anos ainda faltam para quitálos. Porém, tão difícil quanto saber em quanto tempo irá se livrar das parcelas, é saber como sobreviver sem contrair novas dívidas. “Eu fiz empréstimos de R$ 1 mil, de R$ 2 mil, R$ 3 mil, até que a bola de neve foi crescendo e hoje eu estou completamente endividada. Mas no aperto que estava, o que que eu tinha para fazer?”, lamenta. Quando atingiu o limite do valor que poderia obter (30% da aposentadoria), M.L.M. se viu entre um certo alívio de não poder se endividar ainda mais e a agonia de precisar sobreviver somente com o dinheiro que o governo lhe paga. “Hoje, eu consigo me manter mais ou menos. Almoçar, só no restaurante comunitário (que oferece refeição por R$ 1). De noite só tomo café e como alguma coisinha. Minha conta no mercado chegou a ir a R$ 500, não tenho como pagar”, reclama. Além das facilidades do crédito fácil, a aposentada foi vítima da falta de informação que também atinge o público idoso na relação com as empresas de serviços financeiros. No caso de M.L.M., não saber o que era o cheque especial (forma de crédito oferecido por bancos a seus consumidores em que o valor consta como se estivesse disponível no extrato). “Eu não me considero burra, mas acho que eu confundi as coisas. Eu achava que era um dinheiro a mais que eu tinha na conta, mas não

“Eu fiz empréstimos de R$ 1 mil, de R$ 2 mil, R$ 3 mil, até que a bola de neve foi crescendo e hoje eu estou completamente endividada”,conta M.L.M., de 67 anos

Paulo Pasa/O Caxiense

Em uma sala da Associação Caxiense de Auxílio aos Necessitados, 4 senhoras de mais de 60 anos, com uma triste história em comum, se reúnem em volta de uma mesa para falar sobre um problema que a terceira idade lhes trouxe. Mas o que as aflige nesse momento não é o gasto cada vez maior com remédios ou a perda da agilidade que pode provocar quedas inesperadas e perigosas. É algo que elas talvez nem esperassem depois de criarem seus filhos e entregá-los ao mercado de trabalho e às suas próprias famílias: o endividamento. Um benefício que facilmente se transforma em presente de grego oferecido pelas empresas de serviços financeiros, que impede que elas tenham alguma paz no que deveria ser a fase mais serena da vida. Preocupadas com a reação de filhos e netos, que muitas vezes desconhecem o tamanho das dívidas que adquiriram com o acúmulo de créditos consignados (modalidade de empréstimo oferecida a aposentados, pensionistas e servidores públicos, em que as parcelas são descontadas direto do ganho mensal, tornando o juro mais baixo), elas pedem para ter seus nomes e imagens não divulgados. A aposentada M.L.M., de 67 anos, parece viver a situação mais preocupante entre as entrevistadas. Sustentando-se com pouco mais de R$ 800 de aposentadoria, até poucos meses atrás ela precisava abrigar e sustentar uma filha, que é mãe solteira de duas crianças. Sabendo que a aposentada custeava suas próprias despesas, como o aluguel de R$ 300, água, luz, telefone e remédios, não é preciso

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é nada disso. É mais um dinheiro emprestado, não dado. Só que eu não sabia. Agora é mais um pouco do meu dinheiro que eu também não vejo, porque vai direto para o banco.” Ouvindo a história da amiga com um aparente ar de conformidade, por viver situação menos grave – se considerarmos condições de vida um pouco melhores as de quem pelo menos tem moradia própria e uma pensão mensal deixada pelo marido falecido –, a aposentada G.C., de 64 anos, também não faz ideia de quanto tempo ainda irá levar para quitar os 3 empréstimos que acumulou nos últimos anos. Com o primeiro, para cercar o terreno onde ficava sua casa, já aprendeu que dinheiro fácil de conseguir também e fácil de gastar. “Fui gastando um pouco aqui, um pouco ali, dei uma parte para o filho comprar uma moto... Acabou que não fiz cerca nenhuma”, conta. Agora que mora em um apartamento, já fez outros dois empréstimos para tentar pagar a moradia. No meio da bola de neve, vê o orçamento de cada mês ficar cada vez mais apertado quanto mais os juros consomem sua aposentadoria. A relação desigual entre as empresas que oferecem o crédito consignado prometendo juros baixos – e, indiretamente, uma segurança para os tempos difíceis –, e os idosos, que se afundam em dívidas, tem preocupado o Conselho Municipal do Idoso e o Procon de Caxias do Sul. O aumento nas ocorrências de pedidos de renegociação de dívidas por aposentados e pensionistas – na maioria dos casos, para poder fazer novos empréstimos – motivou a campanha Consignado Responsável, que tem como slogan Aproveite sua aposentadoria e não deixe que se aproveitem dela!. Para a presidente do Conselho Municipal do Idoso, Viviane Tramontin, os idosos muitas vezes

são usados pela família para obter empréstimos que sequer visam resolver as suas necessidades. Como o empréstimo consignado é uma forma mais rápida e menos burocrática de obter o crédito, ocorre do familiar convencer o idoso a procurar o serviço, ou até obter uma procuração para ter acesso à sua conta bancária. “O que a gente mais insiste com esse trabalho de conscientização é que eles usem o dinheiro da aposentadoria para suas próprias necessidades, não para a de filhos e netos. Pois quando precisam, acabam ficando em situação vulnerável. E a velhice, que deveria ser uma fase da vida mais tranquila e estável, acaba gerando preocupações e até depressão”, analisa. Uma das idosas ouvidas para esta reportagem, E.V., de 76 anos, tem parte do valor que recebe de aposentadoria comprometido até 2015 por conta de um empréstimo feito para ajudar uma neta, filha do seu único filho, falecido há pouco mais de um ano. Pela idade avançada, ela confunde as grandezas quando fala de valores. Diz que faltava para a neta R$ 7 milhões para dar de entrada em um apartamento, e foi este o valor que pediu a uma empesa de serviços financeiros (provavelmente R$ 7 mil). Em um pedaço de papel, trazia anotado por um funcionário da empresa o valor das parcelas e a data prevista para o término da dívida. Hoje, resta lamentar a perda de um valor significativo na sua renda mensal por um tempo maior do que ela imaginava. “É muito juro, não achei que fosse dar tanto tempo. Eu sei fazer pouca conta, mas sei que tem muito juro. Imagina quanto vai dar isso. Foi a primeira e última vez que fiz isso. Hoje, se preciso, peço para algum irmão ou sobrinho”, comenta E.V., que recebe um salário mínimo de benefício e mais um de pensão do marido falecido.

“É muito juro, não achei que fosse dar tanto tempo. Eu sei fazer pouca conta, mas sei que tem muito juro”, comenta E.V., de 76 anos, que tem que pagar prestações mensais até 2015

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“Fui em uma loja de departamentos comprar um colchão e um aspirador, e a vendedora começou a me oferecer o empréstimo”, diz L.R., 67 anos De acordo com o Censo de 2010, Caxias do Sul tem uma população de pouco mais de 53 mil idosos. Destes, cerca de 48% são responsáveis pelo sustento da família, um índice preocupante que ajuda a explicar o endividamento de cerca de 10 mil idosos. Na Scan - Associação Caxiense Auxilio aos Necessitados, onde fizemos as entrevistas, cerca da metade dos 70 idosos atendidos pagam empréstimos. Em comum, além das dívidas, as queixas com as frequentes ligações e correspondências recebidas oferecendo novos créditos. Nessa época do ano, o 13° dos aposentados talvez seja o principal objeto de desejo das companhias financeiras. Para o diretor executivo do Procon de Caxias do Sul, Dagoberto Machado dos Santos, o assédio das empresas, embora não seja ilegal, é abusivo. “São gastos milhões em publicidade, mas nem um real em educação para o uso consciente do crédito. Não são todas, mas certamente há uma parte que busca se aproveitar dos idosos. Nós somos todos vulneráveis, mas eles são muito mais. Porque são mais ingênuos, acreditam mais nas pessoas”, justifica. Exemplo de vítima da própria ingenuidade, a aposentada L.R., de 67 anos, já aceitou um empréstimo que nem precisava. Mas mesmo dizendo que não queria, acabou com o dinheiro na conta. “Fui em uma loja de departamentos

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comprar um colchão e um aspirador, e a vendedora começou a me oferecer o empréstimo. Me apertou, me apertou, me apertou... até eu fazer. Mesmo eu dizendo ‘eu não preciso’, ‘não preciso’, ela insistia, dizia que o juro era baixinho, que seria importante ter o dinheiro para alguma necessidade. Acabei aceitando. Aí, como dinheiro em casa é vendaval, gastei tudo, não lembro nem no quê”, relata. Para L.R., o empréstimo não chega a representar um rombo tão grande no orçamento. Ela vive sozinha, com renda de dois salários mínimos – um de aposentadoria, outro de pensão do marido falecido –, e acredita que não terá problemas para pagar o empréstimo. Ainda assim, aprendeu da pior forma o quanto podem ser perversas as intenções das empresas que prometem segurança financeira sem esclarecer o quanto isso custa, de fato. Com a campanha do Procon e do Conselho Municipal do Idoso, que terá ações como a distribuição de fôlderes em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e palestras em grupos de convivência, a situação em Caxias do Sul pode começar a mudar. Mas a melhor ajuda para despertar a consciência de quem já não reage com a mesma desconfiança da juventude diante de ofertas e promessas milagrosas, precisa vir de casa. Quando a família deixar de ser um dos problemas, é claro.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Intimação Para Cumprimento de Sentença Cível (Lei 11.232/2005) 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Ação Monitória - Fase de cumprimento de sentença Processo: 010/1.08.0035969-3 (CNJ:.0359691-02.2008.8.21.0010). Autor: Banco Brasdesco S.A.. Réu: TTF Inport Eletrônicos Ltda e outros. Objeto: INTIMAÇÃO de TTF Inport Eletrônicos Ltda (CNPJ n.º 08.998.721/000144) e Giancarlo Scomazzon (CPF n.º 802.202.310-87), atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital, pagarem, por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no período, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. Valor do Débito: R$10.192,69 + 261,26 (custas fase de cumprimento de sentença). Caxias do Sul, 15 de fevereiro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUÍZA: Cláudia Rosa Brugger.


PLATEIA

Tango de Piazzolla no domingo | A última parte de Crepúsculo (sim!) |O MDBF está chegando

Por que vale a pena ver Lady Gaga

Divulgação/O Caxiense

por Carol De Barba Lady Gaga continua sendo musa, apesar das piadas com as promoções pague um, leve dois da venda de ingressos para o show da cantora – que, admitam piadistas, são muito mais um reflexo da enxurrada de shows internacionais no Brasil com valores que não cabem na maioria dos bolsos do que da popularidade da estrela – e da apresentação em Porto Alegre ser no Estacionamento da Fiergs – quem viu Eric Clapton lá sabe o caos, para ver e ouvir, a que me refiro. Portanto, ainda vale a pena, sim, comprar seu ingresso (que não vem no pacote de salgadinho) e rumar à capital nesta terça (6). Eu te conto os motivos.

O primeiro, por incrível que pareça, é o

torra-torra de ingressos. Você pode

ir de Pista Premium – único lugar digno, considerando-se o local do show – pagando metade do ingresso, ou metade da meia-entrada (que é 30% menos, na real), se for o seu caso. É só achar outro monstrinho para lhe fazer companhia.

Lady Gaga não é chamada de Mo- te. Depois, apareceu de biquíni e de top ther Monster à toa. Engajada na luta less. Atirou flores e biscoitos de polvicontra o preconceito, desde o racial e a homofobia até o bullying – que atrai a idolatria dos adolescentes –, ela tem uma ligação especial com os fãs. É carinhosa, protetora, sensível. Na chegada ao Rio, ao contrário da suposta rival Madonna, que raramente se deixava ver pela janela do hotel, Gaga quase não saiu da sacada do quarto. De lá, abanava efusivamen-

lho para a multidão barulhenta (como chamou-os, feliz da vida, pelo Twitter). Como não fosse suficiente, mandou entregar hambúrgueres, batatas fritas e refrigerante para alimentá-los e matar sua sede. E ela fará mais. Escolherá uma meia dúzia da plateia – os mais apaixonados, que jura identificar de longe – para subir ao palco e visitar o camarim. 9.nov.2012

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Além da DJ Lady Starlight, a responsável pela abertura do show é a The Darkness, uma banda de glam rock (há críticos que preferem a definição hardrock farofa) surgida em plenos anos 2000. Mais conhecidos por aqui pelo hit I Believe in a Thing Called Love – em que o vocalista Justin Hawkins mostra todo o poder do seu falsete, também trilha da novela Da Cor do Pecado, de 2004 –, eles prometem animar o público antes da chegada de Mother Monster.

ESTADO DE SANTA CATARINA / PODER JUDICIÁRIO Comarca de Gaspar / 2ª Vara

Avenida Deputado Francisco Mastella, s/nº, Sete de Setembro – CEP 89.110-000, Gaspar-SC – E-mail: gaspar.vara2@tjsc.jus.br Juiz de Direito: João Baptista Vieira Sell Chefe de Cartório: Ivete Trapp Dirksen EDITAL DE CITAÇÃO - EXECUÇÃO PARA ENTREGA DE COISA INCERTA - ESCOLHA DO CREDOR - COM PRAZO DE 20 DIAS Execução para A Entrega de Coisa Incerta nº 025.06.000520-8 Exequente: Bunge Alimentos S/A Executado: Burtet Importadora e Exportadora Ltda e outros Citando(a)(s): Burtet Importadora e Exportadora Ltda, Rua Cavalieri Ambrósio Ciplla, 562, Mariland - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS; Jovelino Bonatto, brasileiro(a), casado com a Justina Sartor Bonatto, Comerciante, CPF: 181.297.650-04, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS; Justina Sartor Bonatto, brasileiro(a), Casada com Jovelino Bonatto, Comerciante, CPF: 344.080.020-20, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000- Caxias do SulRS e Mauro Otávio Bonatto, Brasileiro(a), Solteiro, Comerciante, CPF: 559.607.400-44, Rua Conselheiro Dantas, 1459, Sagrada Família - CEP: 95.054-000, Caxias do Sul-RS. Descrição da Coisa Litigiosa: 520.720 (quinhetos e vinte mil e setecentos e vinte) quilos líquidos de feijão de soja. Por intermédio do presente, a(s) pessoa(s) acima identificada(s), atualmente em local incerto ou não sabido, fica(m) ciente(s) de que, neste Juízo de Direito, tramitam os autos do processo epigrafado, bem como CITADA(S) para, em 10 dias, contados do transcurso do prazo deste edital, satisfazer(em) a obrigação de entregar a coisa, consoante escolha apontada pelo credor na petição inicial ou ainda, apresentar embargos, querendo em 15 (quinze) dias independentemente de penhora, depósito ou caução, nos moldes do art. 736, do CPC: E, para que chegue ao conhecimento de todos, partes e terceiros, foi expedido o presente edital, o qual será afixado no local de costume e publicado 1 vez(es), com intervalo de 0 dias na forma da lei. Gaspar (SC), 11 de setembro de 2012.

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PODER JUDICIÁRIO

The Darkness: quem mais pensou ‘isso é o Steel Dragon, do filme Rockstar’? | Divulgação/O Caxiense

Até agora, os shows da turnê Born This Way Ball têm sido um misto de musical da Broadway com grandes produções pop e rock (mais um toque de brega, sem desglamourizar, conta quem já viu). Pelas redes sociais da vida, andaram espalhando uma versão com estrutura mais pobrinha para a capital gaúcha. Tudo bem. É para esse tipo de comentário que se responde usando o argumento do lendário cantor Tony Bennet, que pretende lançar em breve um álbum em parceria com Gaga, em entrevista à revista Rolling Stone: “Ela é uma das melhores cantoras de jazz que qualquer um já ouviu”.

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Dicas importantes: quem acampar em frente à Fiergs ou chegar antes das 8:00 para entrar na fila não poderá concorrer ao disputado passe para o Monster Pit, o Fosso dos Monstrinhos, setor especialíssimo e mais próximo do palco. Outra: caprichar no figurino, até mesmo imitando Gaga, é super importante, mas acessórios ou detalhes em ponta nas roupas que possam causar ferimentos não serão permitidos. O mesmo vale para qualquer recipiente contendo líquidos, instrumentos pontiagudos (de canivete a pincel de maquiagem) e câmeras fotográficas e filmadoras profissionais.

EDITAL DE CITAÇÃO - EXECUÇÃO 5ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo de: 30 (trinta) dias. Natureza: Execução de Título Extrajudicial Processo: 010/1.09.0025898-8 (CNJ:.0258981-37.2009.8.21.0010). Exeqüente: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Executados: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, Juraci de Oliveira Correa e Bárbara Correa Ramos. Objeto: Citação dos executados acima referidos para que no prazo legal de três dias, efetuem o pagamento do débito no valor de R$ 2.177,80 (dois mil, cento e setenta e sete reais e oitenta centavos) em data de 10/07/2009, que deverá ser devidamente atualizado, e demais cominações legais. Poderão oferecer embargos à execução, querendo, no prazo legal de quinze dias, independentemente de seguro o juízo pela penhora. Ficam, ainda, cientes de que no prazo de embargos, reconhecendo os citandos o crédito do exequente e comprovando o depósito de, no mínimo, 30% do valor exequendo, inclusive as custas judiciais e a verba honorária estipulada, poderão os executado sr e quererem seja admitido a pagar o saldo restante em até seis parcelas mensais, acrescidas de juros de mora de 1% ao mês, sob pena, em não o fazendo, serem-lhes penhorados tantos bens quantos bastem para garantir a execução. Caxias do Sul, 13 de maio de 2011. Servidor: Rosane Zattera Freitas. Juiz: Zenaide Pozenato Menegat.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

EDITAL DE CITAÇÃO - CÍVEL

1ª Vara Cível. Comarca de Caxias do Sul.

Prazo: 30 (trinta) dias. Natureza: Ação Monitória. Processo: 010/1.09.0025900-3 (CNJ:.0259001-28.2009.8.21.0010). Autor: Nichelplast Indústria e Comércio Ltda. Réu: Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda. Objeto: citação de Cassia Santa Rita Materiais para Construção Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, acerca da presente ação, para pagamento da soma em dinheiro, entrega da coisa móvel fungível ou do bem(ns) determinado(s), além das cominações legais, no prazo de quinze (15) dias, ou, querendo, no mesmo prazo oferecer embargos, sem prévia segurança do juízo. será computado o prazo a partir do término do prazo do edital. a parte destinatária efetuando o cumprimento do objeto da ação ficará isento de custas e honorários advocatícios. Oferecidos embargos suspender-se-ão a eficácia da presente carta. Caso não opostos embargos constituir-se-ão em título executivo judicial, convertendo-se o mandado em executivo, com prosseguimento na forma do processo de execução (entrega de coisa ou quantia certa contra devedor solvente), e, presumir-seão aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Caxias do Sul, 07 de junho de 2011. Servidor: Miriam Buchebuan Lima, Ajudante Substituta. Juiz: Darlan Élis de Borba e Rocha


CINE

Kristen Stewart. Robert Pattinson. Taylor Lautner. De Bill Condon

Amanhecer Parte 2 – O Final A madrugada de quarta para quinta-feira marca o fim da Saga Crepúsculo no cinema. Bella dá a luz a Renesmee e agora é vampira e precisa aprender a lidar com seus poderes. Jake tem um imprinting (uma conexão especial, inexplicável em uma sinopse ) com a menina. Os poderes da filha dos Cullen ameaça a máfia dos Volturi e ela vira alvo de Aro. Agora lobos e vampiros lutam juntos pelo final feliz. Pré-estreia. CINÉPOLIS QUI. (15). 00:01. QUI. (15). 00:01 GNC QUI. (15). 00:01. QUI. (15). 00:01

Argo * Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

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007 – Operação Skyfall

Em 1979, seis diplomatas americanos, vítimas de protestos contra os Estados Unidos, estão escondidos na casa do embaixador canadense no Irã. Tony Mendez tem uma solução para tirá-los de lá em segurança. Aproveitando o sucesso de Guerra nas Estrelas e A Batalha do Planeta dos Macacos, ele arma uma falsa superprodução de Hollywood, Argo uma ficção científica filmada no Irã. Com Ben Affleck, Bryan Cranston, John Goodman. De Ben Affleck. Estreia. CINÉPOLIS 14:00-16:30-19:10-22:00 GNC 14:00-16:30-19:00-21:30

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Depois da abertura genial com canção de Adele, o longa começa um pouco clichê, com perseguições usando todos tipos de transporte e diálogos espertinhos. Mas melhora – e muito. 007 sofre bullying quase fatal de sua chefe M., toma umas biritas estranhas e decide voltar e provar que ainda é útil ao serviço secreto. E daí tem que enfrentar um vilão (daqueles que a gente não consegue escolher se ama ou se odeia) interpretado por Javier Bardem. Com Daniel Craig 1:57 e Judi Dench. De Sam Mendes. 3ª semana.

★★★★★

CINÉPOLIS 12:15-15:5018:50-20:30 13:30-17:00 14 O premiado drama sueco, pouco conhecido por aqui, GNC 21:40 16:00-18:50 2:25 conta a história da jovem Katarina que, aos 20 anos, descobre na música a salvação para uma vidinha sem graça do subúrbio. Após ouvir uma apresentação do Réquiem PROIBIDO FALAR ITALIANO de Mozart, se apaixona pela arte e pelo sedutor Adam, um No Brasil dos anos 30 e 40, o Estado Novo maesto com quem se envolve. As novas vivências, porém, tenta unificar o país. Em Caxias, Agnolino Calhe trarão uma série de dificuldades. O filme, assinado por pobanda, descendente de italianos, é perseguido Lisa Langseth, é baseado em uma peça escrita pela mesma por falar o único idioma que sabe – e não é o autora e protagonizada por Noomi Rapace. Com Alicia Vi- Português. A história é contada no documentákander e Samuel Fröler. rio dirigido por Robinson Cabral e produzido por Luciano Balen, financiado pelo Financiarte. ORDOVÁS SEX. (9). 19:30 16 SÁB. (10) e DOM. (11). 20:00 1:41 ORDOVÁS SAB (10) e DOM (11) 18:30 0:24

Puro

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Coldplay Live 2012

O Diário de Tati

Intocáveis

O filme mostra a turnê mundial de Mylo Xyloto, que iniciou em junha de 2011 e foi aplaudida por 3 milhões de pessoas. Imagens dos shows no Stade de France de Paris, Montreal, Bell Centre e em Glastonbury. De Paul Dugdale

A personagem adolescente de Heloísa Pérrisé ganhou fama no teatro, rendeu um bom quadro para TV, fracassou como livro e, 6 anos depois, não agrada muito no cinema. Pelo menos fora daqui. Mas deve ficar ótimo na Sessão da Tarde. Filmado quando “tipo assim”, “fala sério”, “caraca” e “ninguém merece” eram gírias “da hora”, o longa conta a história do ano em que Tati ficou de recuperação. Com Heloísa Périssé, Márcia Cabrita e Marcelo Adnet. De Mauro Farias. 5ª semana.

Um tetraplégico mudou de vida a partir de sua experiência com um novo cuidador. A amizade real de um aristocrata com um ex-presidiário se tornou o filme francês mais visto no mundo, mas não fez Philippe andar, como propuseram alguns dos candidatos a patrocinar o longa. Com François Cluzet. Omar Sy. De Oliver Nakatache e Eric Toledano. 4ª semana.

CINÉPOLIS 13:00-15:10-17:20-19:30

GNC 15:40-21:50

CINÉPOLIS TER. (13). 19:00-21:30

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1:30

Magic Mike Channing Tatum iniciou a carreira como streaper, aos 19 anos. Foi um curto período, ele diz. A experiência rendeu o filme onde ele protagoniza sua própria história na pele de Mike, que ensina a arte do ofício a um amigo e se apaixona pela irmã do cara. Com Channing Tatum e Matthew McConaughey. De Steven Soderbergh. 2ª semana. CINÉPOLIS 21:50

16

1:50

Até Que a Sorte nos Separe Tino ganha na loteria. Mas não tem muito tino para os negócios. Se você não achou essa piada ruim, então deverá gostar da adaptação de Casais inteligentes enriquecem juntos. Com Leandro Hassum e Daniele Winits. De Roberto Santucci. 6ª semana. CINÉPOLIS 13:40-16:00-18:30-21:00 GNC 14:30-16:50-19:15-21:20

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1:44

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1:30

Um peixinho, treinado em lutas ancestrais, vai ensinar seus vizinhos para defender o coral do ataque de um grupo de tubarões. Seria melhor ver Procurando Nemo. Preferia ver o filme do Pelé. De Mark A. Z. Dippé

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Frankenweenie

O mar não está para peixe 2: tubarões à vista

GNC 13:10

★★★★★

1:28

Filmado em stop motion, em preto e branco, o filme é assustador de um jeito que os pequenos gostam e tem referências que só os adultos vão entender. Um garoto ressuscita um cachorro. E o bicho volta irreconhecível. De Tim Burton. 2ª semana. CINÉPOLIS 3D DUB 13:10-15:30. | 10 17:40-20:00 (Exceto TER.) 1:27

Atividade Paranormal 4

Possessão

O reality dos espíritos ganhou mais 15 minutos de fama. Mas perdeu a sala 3D e deve ser eliminado na próxima semana, quando Amanhecer se tornará líder. Sai como um guerreiro e leva o prêmio de 29 milhões de dólares nas bilheterias. Que venha o anonimato. Com Katie Featherston. Matt Shively. De Henry Joost e Ariel Schulman. 4ª semana.

Uma criança abre uma caixa antiga, uma a Pandora de espíritos do mal. Enquanto tenta convencer a esposa do que está acontecendo com a garota, o homem da casa busca ajuda em uma comunidade judaica para exorcismo. Com Jeffrey Dean Morgan e Kyra Sedgwick. De Ole Bornedal. 2ª semana.

GNC 14:10-19:30-22:00

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CINÉPOLIS 21:40 GNC 13:40-18:00-19:50

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Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (9) Gustavo Ortácio + Djs residentes

23:30. R$ 15 e R$ 30. Arena

Tears öf Rage + Here Lies + Vendettas 22:00. R$ 15. Aristos

DJ Marcos Maestro + DJ Lopes + DJ Marcelo Heck

22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Pietro Ferretti e Bico Fino 22:00. R$ 10. Bier Haus

Edu & Rapha + DJ Lilo Lorandi + Luciano Lancini 22:00. R$ 25 e R$ 45. Bulls

Beatles Cover

22:30. R$ 10. Campeão Social Club

Vegas Trio + Festa da Cuba

22:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Acústico com Ricardo Biga e Bruno Pinheiro Machado 20:30. R$ 10. Coaffee

Garota do rap

A menina que queria ser como Lauryn Hill, com voz grave e potente, é a nova promessa do rap brasileiro. E foi na internet que a curitibana de 26 anos começou a lançar suas composições – ou pacotinho de rimas, na linguagem do rap. Com a canção Boa Noite, recebeu uma indicação na categoria Aposta do VMB 2011. Apadrinhada pelo mesmo produtor de Marcelo D2 e Emicida, Karol Conká desembarca pela primeira vez em Caxias. SEX. (9). 23:00. R$ 25. Havana

Banda Colt 45 + Lonely Hearts Club Band + DJ. Paulinho S. 23:30. R$ 10. Level

The Jack

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Analista de Bagé + Alexandre e Daniel 22:00. R$ 10. Paiol

DJ Caco + Regra Três + DJ Gilson

Born This Way x Like a Virgin

De um lado: Stefani Joanne Angelina Germanotta, 26 anos, 21 milhões de discos comercializados. Do outro: Madonna Louise Veronica Ciccone, 54 anos, 300 milhões de cópias vendidas. Divas, polêmicas e idolatradas, as duas cantoras serão motivo de disputa entre fãs e admiradores no estrondo que a Nox promete, em função da vinda das duas a Porto Alegre em novembro e dezembro. QUA. (14). R$ 12 a R$ 25. Nox

22:00. R$ 20. Portal Bowling

Tributo a Green Day

22:00. R$ 15. Taha’a Bar

Vera Loca

00:30. R$ 20 e R$ 25. Vagão Classic

SÁBADO (10) Banda Junk Box

22:00. R$ 10. Bier Haus

Dan Ferretti e Marcelinho

22:30. R$ 10. Campeão Social Club

Imagina Samba + DJ Anderson + DJ Adriano 23:30. R$ 25 e R$ 30. Cond D Bar

100 vezes Back Doors

Desde 1995, os porto-alegrenses Ricardo Farfisa, Ellias Pedra, Geovante Benedet e Pia de Lucce seguem os passos da banda The Doors. Fiéis ao estilo dos roqueiros, a banda procura reformular o repertório, sempre ouvindo sugestões de fãs e amigos. Pela centésima vez se apresentam em Caxias, com clássicos dos anos 60 e 70, responsáveis por influenciar uma geração de roqueiros. SÁB. (10). 00:30. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

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Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS DJ Finnebassen + DJ Digitaria + DJ Léo Janeiro + DJ Wehbba + DJ Fran Bortolossi e convidados 23:00. R$ 20 e R$ 30. Havana

The Cotton Pickers

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Grupo Pátria e Querência 22:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

DJ Samu P. + DJ Saulo Campagnolo + DJ Manu Reis

23:30. R$ 12 (lista) R$ 15 (porta). Level

DJ Rodrigo Dias + DJ Giiuemer 23:30. R$ 12 (até 0:00). Após R$ 15. Nox Versus

Quatro em um

Uma feliz mistura de MPB, música erudita, blues e tango, que há 12 anos encanta o público. O Ária Trio, formado pelos músicos Esmeralda Frizzo, Ricardo Biga e Tomás Savaris, apresenta composições próprias e destaca-se pelas interpretações especiais e preocupação com a sonoridade das diferenças de estilo musical e instrumental. No repertório, composições inéditas que estarão do próximo álbum. QUA. (14). 20:00. Gratuito. Ordovás.

Dinamite Joe + DJ Eddy

22:00. R$ 20. Portal Bowling

DOMINGO (11) Pagode Junior + Banda Sextaneja

21:00. R$ 20. Portal Bowling

Domingueira – Set com DJ’s 16:00. Gratuito. Zarabatana

Solidão do blues

Carlos Eduardo Machado Sehnem, o Duda Velasquez, descobriu a música após aulas de flauta na adolescência, em Porto Alegre. E precocemente passou a fazer parte de bandas de garagem e a se apresentar em restaurantes da Capital. Velasquez, que deve subir sozinho no palco do Mississippi, já lançou dois discos, Between the Land and Sky e Wonderful Life, e se prepara para lançar o terceiro, ainda sem nome, previsto para sair em 2013. QUI. (15). 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUARTA-FEIRA (14) Jhonatan e Carlos

22:00. R$ 6 e R$ 10. Paiol

Jakson & Luh Anne

22:00. R$ 20. Portal Bowling

Grandfúria

20:00. R$ 20. Teatro do SESC

QUINTA-FEIRA (15) Banda Disco

22:00. R$ 10. Bier Haus

Grupo Macuco

22:00. R$ 5 e R$ 15. Paiol

Jakson & Luh Anne

22:00. R$ 20. Portal Bowling

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MDBF 2012: estrelas, ingressos e figurinhas

Das lendas às revelações, tanto no cenário internacional quanto nacional, a escalação do Mississippi Delta Blues Festival 2012 (22, 23 e 24 de novembro, no Largo da Estação Férrea) agrada aos entusiastas de todas as vertentes do gênero. Os norte-americanos James Wheeler – que tem a credencial de parceiro preferencial de Otis Rush – e Marquise Knox – de 21 anos, mas com currículo de dar inveja a muito coroa – e o angolano radicado no Brasil Nuno Mindelis – forte candidato a maior guitarrista de blues destas duas pátrias – são algumas das estrelas que se juntam a Nei Lisboa, Flávio Guimarães e mais de 20 outras atrações. Além dos shows, alguns artistas ainda irão oferecer workshops de gaita, guitarra e improvisação. As entradas para o festival custam R$ 40 por dia. O pacote para os 3 dias custa R$ 90. Os ingressos podem ser comprados pelo site www.blueticket.com.br ou no Mississippi Delta Blues Bar. Pessoas acima de 60 anos têm direito a meia entrada no ingresso avulso e menores de 12 anos não pagam, desde que acompanhados por um responsável. Neste ano, a tradicional revista do festival ganha uma nova versão: virou álbum de figurinhas! Mas elas não vêm com a embalagem do chiclete, não. As figurinhas estão à venda no Mississippi, na Banca da Ana, na Hamburgueria Jaime Rocha e na livraria Do Arco da Velha. Quem comprar ainda concorre a 3 guitarras Epiphone, além de passaportes e camisetas.


Douglas Trancoso, Divulgação/O Caxiense

PALCO Viagem típica

A academia Santa Lúcia vai apresentar seus talentos no espetáculo Uma Noite no Oriente. No repertório, dança cigana e dança do ventre, que, de um jeitinho brasileiro, andam sempre juntas por aqui. A noite terá gravação de DVD.

Boa companhia Um boneco de pano é a única companhia de Zica Stockmans no palco de Memórias de uma Solteirona. Isso porque ela interpreta uma vendedora bem sucedida profissionalmente e fracassada na vida afetiva. Amaldiçoada pela Tia Gérdebra, que, do além, empata as investidas amorosas da sobrinha, ela divide com a plateia as desventuras de uma vida solitária. Mas sem ressentimentos. A eterna busca por um parceiro pode encher de comédia a vida de alguém. SÁB. (10) e DOM. (11). 20:00. R$ 20 e R$ 10. SEG. (12). 20:00. R$ 5 (grupos de escolas agendados). Casa de Teatro 12 1:00

SEX. (9). 20:30. R$ 18 e R$ 9. Teatro Municipal.

TERRA DO NUNCA

TER. (13). 19:30. Gratuito. Teatro Municipal.

Divulgação/O Caxiense

Alice no Brasil

A versão caxiense da obra de Lewis Carrol sobe ao palco mais uma vez. Em uma trama sem protagonista, o público é convidado a entrar em um País das Maravilhas que é a cara do Brasil. ALI-SE...aqui ou acolá... é uma viagem. Duvida? Texto de Tefa Polidoro, que assina também a direção com Márcio Ramos. Embarque. SÁB. (10). 16:00. R$ 10 e R$ 5. L Teatro Municipal 0:50

Claudio Etges, Divulgação/O Caxiense

No Mundo do Faz de Conta resgata histórias infantis a partir de textos de crianças do Programa Integração AABB Comunidade. O espetáculo tem teatro, dança e capoeira para dar vida a personagens como Sininho e Capitão Gancho.

12 tangos de Piazzolla por um quilo de alimento

O maestro Antônio Borges-Cunha rege a Orquestra de Câmara Fundarte no espetáculo Piazzolla Coreografado, promovido pelo Sesi. Com direção cênica de Carlota Albuquerque, bailarinos da Troupê Xipô interpretam clássicos de Astor Piazzolla, como Tristango, Buenos Aires Ora Cero e Adios Nonino. O programa do concerto tem 12 músicas, com arranjos de Vagner Cunha. DOM. (11). 20:00. 1 kg de alimento. Teatro São Carlos.

L

1:10

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CA

ARTE

MA RIM

Marcelo Aramis

Procura-se talentos

O Ballet Margô Brusa realiza no sábado (17) uma audição que selecionará alunos de escolas públicas de Caxias do Sul para o projeto Estímulo, contemplado pelo Financiarte. Serão 20 vagas para bolsas de estudo de dança nos estilos clássico, contemporâneo e hip hop. Os interessados devem se inscrever pelo fone 3222-5338. No ano passado, o projeto Bonecos – Sonhos e Memórias, aprovado pelo Financiarte/2010 como montagem de espetáculo, selecionou 29 alunos entre 53 inscritos. Seis continuam dançando e tirando boas notas. O desempenho escolar é acompanhado durante o desenvolvimento do projeto.

Reprodução/O Caxiense

O inferno é aqui

Miserere – Visões do Inferno de Dante

Bea Balen Susin. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

6° Salão Campus 8

O Brilho das Flores

Capelinhas: Memória e Fé

Trabalhos da Disciplina Arte e Pesquisa UCS

Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás Coletiva. TER.-SÁB. 9:0017:00. Museu Municipal

Geografia do Acaso

Graça Marques. A partir de SEG. (5). SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Monumentos de uma trajetória

Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

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Iva Spinelli. SEG.-SEX. 9:0019:00. SÁB. 9:00-12:00. Ipam

Coletiva. SEG.-SEX. 8:0022:30. Campus 8

I Feira de Arte Coletiva

Coletiva. SEG.-SÁB. 13:3018:00. Casa da Cultura

Grandes obras literárias, como Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, já inspiraram criações de Bea Balen Susin. “O que faço não é uma ilustração, mas uma interpretação do que a obra significa para mim. E busco a técnica que transmite com certa fidelidade a minha vivência em cada momento”, conta a artista. Em 2004, Bea se propôs a criar gravuras sobre o inferno, o purgatório e o paraíso na obra de Dante Alighieri. Apaixonou-se pela estética do nível mais baixo, passou 6 anos desenhando o inferno, desistiu dos outros andares. Transformou em gravuras em metal, impressas pela gravurista Eliane Santos Rocha, as suas visões sobre um inferno social, não religioso. “É o inferno das misérias humanas: a fome, a guerra, a violência. A sombra da vida humana”, diz Bea. O resultado é Miserere – Visões do Inferno de Dante, uma série de 26 gravuras sem as cores vibrantes da artista plástica, mas com a densidade da figura humana que também é marca das suas obras.

Água, aquarela e poesia No próximo dia 24, às 15:00, na livraria Saraiva, a escritora caxiense Elaine Pasquali Cavion lança, pela editora Cortez, o livro infantil O Colecionador de Águas. A história do garoto que guarda águas acompanhadas de lembranças e sensações é encharcada de poesia. “As poças são olhos que a chuva deixa, para que a terra fique olhando o céu”, diz um trecho do livro. Se fosse só texto em páginas brancas, já seria um grande livro. Mas a obra de Elaine ainda é ilustrada pelas reconhecidas aquarelas de Lúcia Hiratsuka, vencedora do Jabuti de Ilustração em 2012, com o livro A Visita.


A

os

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) | MÚSICA: ABSOLUT BAR. Rua Engenheiro Euclides da Cunha, 355. Rio Branco. 91438579 | arena. bruno segalla, 11366, são leopoldo. 3021-3145. | Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | BATERAS BEAT. JÚLIO DE CASTILHOS, 1452, Centro. 3533-6079 | Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 32216769 | BOTECO 13. Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | BULLS. Dr. Augusto Pestana, 55. Estação Férrea. 3419.5201 | bukus anexo. Rua Osmar Meletti, 275. Cinquentenário. 3215-3987 | CAMPEÃO SOCIAL CLUB. RUA MÁRIO DE BONI, 2128 - SALA 02. 3419-6957 | COAFFEE. RUA DR. AUGUSTO PESTANA S/Nº - MOINHO DA ESTAÇÃO 3419-0063 | COLVALE. Rua Coronel Flores, 172, Centro. 3021-1687 | COND. Rua Angelo Muratore, 54, Bairro De Lazzer. 3021-1056 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, São Leopoldo. 3213-4601 | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | Place des sens. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 30252620 | Portal Bowling. RST 453, Km 02, 4.140. Desvio Rizzo. 3220-5758 | SARAU. Coronel Flores, 749. Estação Férrea. 3419-4348 | TAHA’A. Rua Matheo Gianella, 1444, Santa Catarina. 3536-7999 | teatro do sesc. rua moreira césar, 2462. 3221-5233 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

Carol De Barba

Maratona no calendário Este mês tem evento importante no calendário da moda caxiense: a 11ª Maratona de Moda do Campus 8. Os desfiles dos trabalhos de conclusão de curso dos formandos e 26° Prêmio/UCS Sultextil serão nos dias 26 e 27 de novembro. No dia 28, sobem à passarela os looks da disciplina de Laboratório de Criatividadade (que costumava ser chamado de material alternativo). Sempre às 20:00, no Espaço Alternativo do Campus 8.

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Endere

TEATROS: teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | Teatro são carlos. r. feijó junior, 778. são pelegrino. 3221.6387 | teatro do sesc. rua moreira césar, 2462. 3221-5233 | galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | Espaço Cultural da Cristiane Marcante Decoração. Feijó Junio, 1006. Via Decoratta | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | instituto bruno segalla. r. andrade neves, 603. centro. 3027-6243 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 |

Legenda Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura. Bonecos. Comédia. Documentário. Drama. Fantasia. Ficção.Científica. Infantil. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica. Funk. Hip.hop Indie. Jazz. Metal. MPB. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Samba. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Bike chique

O fato de o uso da bicicleta – não só para o esporte mas também como meio de transporte – estar na moda e na mídia, pelo menos – tem lá suas vantagens para os adeptos mais fieis à prática. Os estilosos produtos da marca dinamarquesa desejo Velorbis já podem ser comprados pelos gaúchos. Estão à venda desde os modelos mais conceito e Cycle Chic até acessórios como cestas de vime, campainhas “dingdong” e bolsas de couro. O preço é salgado. Mas, para compensar, o frete do site Velosophy é grátis.

Dança Clássico. Contemporânea. Flamenco. Folclore. Forró. Jazz. Dança.do.Ventre. Hip.hop Salão.

Artes Acervo. Fotografia.

Desenho. Diversas Grafite. Gravura. Instalação

Escultura. Pintura. 9.nov.2012

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Fotos: Divulgação/O Caxiense

GASTRONOMIA E COZINHA

Polenta revisitada

Em matéria de polenta, conforme os hábitos tradicionais que herdamos dos imigrantes italianos, a polenta mole ou em quadradinhos fritos são os modos mais comuns de ingerir esse milagre gastronômico feito basicamente de farinha de milho, água (leite, para alguns) e sal. Mas, como fãs nada conservadores da iguaria, fomos buscar outras formas inusitadas de preparo. Confira e experimente:

Torta de polenta

Prepare a polenta – do jeito como você costuma fazer, usando água e/ou leite, sal e outros temperos a gosto – no dia anterior, para que ela endureça. Corte em retângulos (para ser mais prático, ao retirar do fogo, escolha um refratário de vidro com uma boa altura e, no dia seguinte, você precisará apenas cortar em tiras) e vá dispondo os pedaços de modo a forrar o fundo de uma assadeira (untada). Agora, acrescente o recheio, que pode ser desde frango desfiado com requeijão, calabresa em rodelas, ou até uma opção mais light, como fatias de peito de peru ou uma mistura de abobrinha italiana (suquete, mama!), palmito e tomate, temperados com sal, pimenta e azeite de oliva. Cubra com fatias de muçarela, queijo parmesão ralado (principalmente para dar uma corzinha) e folhas de manjericão ou orégano. Leve ao forno préaquecido (180ºC) por 15 minutos ou até derreter e corar o queijo.

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Polenta doce

Essa receita é bem conhecida na Itália e, por aqui, é daquelas que tem sempre um amigo de um amigo de um amigo seu que adora, não é? Se você acha esquisita, pare para pensar um pouco: milho sem sal é algo completamente neutro – vide canjica e até bolo feito do grão. Então, qual é o problema? Para fazer, prepare a polenta com um dia de antecedência, da mesma forma que a anterior, só que sem os temperos e com pouco sal. Corte em quadradinhos ou palitinhos, leve à geladeira até que fiquem bem gelados e frite em óleo quente. Escorra o excesso de óleo com a escumadeira e, ainda bem quentes, passe-os em uma mistura de açúcar e canela (a gosto). Sirva.

Design fofo

O que se espera de uma empresa chamada Wac Wac senão produtos que tornem a cozinha bem mais divertida? Pois a marca está com novidades bem bacanas. Os descascadores em formato de passarinho (R$ 33,90) ou coloridos (R$ 24, 61), além de esbanjar charme, oferecerem um corte preciso e seguro nas verduras, frutas e legumes. E o que dizer do pegador de ração (R$ 23,90)? Só não é mais fofo que um filhote. E ainda pode funcionar como clips para fechar o saco da comida.

Clássica e eficiente

Para levar mais praticidade ao dia a dia das pessoas, a Soprano lança a Garrafa Térmica Diamante, em duas versões, com capacidade de 1 litro e 1,8 litros. O diferencial do produto é a tampa de bomba com tubo de sucção. Sua fabricação utiliza materiais de alta resistência e qualidade, dando maior segurança ao ser manuseada e conservando a temperatura dos líquidos frios ou quentes por mais tempo. A Garrafa Térmica Diamante possui design 100% nacional e está disponível nas cores preta, branca, e nas versões decorada e cromada.

Dica da Nona A receita de polenta doce aqui ao lado pedia para levar os pedacinhos à geladeira antes de fritar. Esse é justamente o segredo para ela ficar crocante por fora e macia por dentro. Lembre-se: só retire quando estiverem bem geladinhos e coloque direto na panela com óleo quente.


Especial de frutas

O verão nem começou e o calor já está tirando o sono dos caxienses. Para dar uma refrescada na temperatura – do corpo, pelo menos –, sugerimos um arsenal de sucos.

Ingredientes:

Limão e manjericão

- 2 fatias de pêssego - 2 morangos - 1 fatia grossa de abacaxi - 2 uvas - 1 laranja - Soda de limão

- 2 limões sem casca, sem sementes e sem a película branca dos gomos - 2 xícaras (chá) de água - 7 cubos de gelo - 6 folhas de manjericão italiano - Açúcar a gosto

Em um copo (uma taça de vinho tinto é mais bacana), coloque as frutas picadas e três pedras de gelo quebrado. Complete com soda limonada, misture bem e sirva.

Ingredientes:

Preparo:

Bata no liquidificador com os demais ingredientes, coe e sirva.

Preparo:

Tangerina e colágeno Ingredientes:

- 250 ml de suco de tangerina - 1 pêra sem casca e sem sementes - 1 sachê (ou 1 colher de sopa) de colágeno hidrolisado sabor tangerina - Gelo Preparo:

Bata tudo no liquidificador. Sirva a seguir.

Limonada suíça

Preparo:

Lave os limões e corte-os em quatro partes, mantendo as cascas. Bata junto com os outros ingredientes no liquidificador. Coe e sirva, de preferência, na hora (quanto mais tempo demorar para tomar, mais amargo fica).

Melancia Ingredientes:

- 2 xícaras (chá) de melancia - ½ xícara (chá) de água - Adoçante a gosto Preparo:

Bata tudo no liquidificador e sirva. Sugestão: decore com hortelã.

Cenoura com beterraba Ingredientes:

Clorofila com maçã Ingredientes:

- 1 maçã verde - 100 g de polpa de clorofila congelada - 100 ml de água Bata tudo no liquidificador e adoce a gosto. Sirva gelado.

Amora, morango e água de coco Ingredientes:

- 1 xícara (chá) de amora - 1 xícara (chá) de morango - ½ mamão papaia (sem casca e sem sementes) - ½ copo de suco de laranja - ½ copo de suco de uva - 1 copo de água de coco Preparo:

Bata tudo no liquidificador, coe e sirva.

Prensado

Ingredientes:

- 3 limões - gelo - 3 copos de água

Preparo:

Fotos: Divulgação/O Caxiense

SECOS E MOLHADOS

- 1 cenoura picada - ½ beterraba fatiada - 500 ml de água - Açúcar a gosto Preparo:

Coloque a cenoura, a beterraba e a água no liquidificador e bata até ficar homogêneo. Sirva gelado.

“É um dos mandamentos do xis. Faz toda a diferença no sabor, é um cuidado mais artesanal.”

a vontade de comer Carne temperada com Grill

“Eu costumava frequentar um trailer bem simples perto da minha casa, em Cachoeira do Sul. Não entendia como o xis do tio era tão gostoso. Segundo ele, o segredo era temperar a carne com Grill antes de colocar na chapa” Cristiano Pontes Dias, leitor assíduo de O CAXIENSE e um dos maiores críticos da edição 145 sobre a soberania do xis de Caxias do Sul 9.nov.2012

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