Edição 170

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8.mar.2013

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Motoristas da Visate assinalam os pontos críticos do trânsito

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CHEGA! Primeiro, sente-se. Depois, leia: em 15 anos, você pode ter gasto R$ 28 mil em um só pedágio

Mochila: coisa de guri. Moda: coisa de guria

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6 Design Thinking em 5 passos

Aventura e boas ações na África

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Secretaria da Cultura em fase de arrumação

21 Lições de Cuba para a educação de crianças com deficiências

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Fotos: 6: Paulo Pasa | 10: Bruna Andrade, Divulgação/O Caxiense

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gastronomia e cozinha Iogurte grego, jeitinho brasileiro, resultado paraguaio

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Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) | 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

Com as tarifas pagas, dava para comprar um carro novo | WikiLeaks do Pedágio Quando o pedágio foi instalado entre Caxias e Farroupilha, em 1998, eu tinha 12 anos. Minhas preocupações eram basicamente tirar boas notas na escola e no curso de inglês. Nas horas vagas, assistia MTV e ligava para votar nos meus clipes de rock preferidos, que inevitavelmente perdiam a posição no pódio para a Britney Spears, que era uma mocinha respeitável na época, e para o ‘N Sync, a banda de garotos que revelou o Justin Timberlake. Passados 15 anos, precisei recuperar a história dos pedágios para escrever a reportagem de capa desta edição. Uma história que não fazia muito sentido para uma pré-adolescente. A recordação que eu tenho é que os passeios de carro em família mudaram para sempre. A parada, logo no começo da viagem – e mais tarde também na chegada – era obrigatória. Nunca me esqueço de um dia em que a minha mãe ficou com vontade de ir ao banheiro (não seguiu a própria orientação de usar o banheiro de casa antes de pegar a estrada) enquanto viajávamos. A necessidade apareceu logo no começo do trajeto, já estávamos perto da praça de Farroupilha. “Vamos ter que parar no pedágio mesmo, pede para usar o banheiro ali”, recomendou meu pai. Eu achei a ideia brilhante. Todo o discurso que eu recebia através da mídia, de que pagando o pedágio haveria uma grande estrutura à disposição do usuário, faria sentido na prática, nunca mais precisaria fazer o humilhante “xixi no matinho na beira da estrada”. Só que não. A resposta que a minha mãe recebeu foi que a praça não oferecia banheiro aos usuários, somente aos funcionários. Indignada e apurada, minha mãe proferiu um discurso exaltado sobre estar pagando uma tarifa e querer apenas usar o banheiro. Liberaram para ela, uma exceção – ficou bem claro. Fiquei decepcionada. Isso não era coisa de primeiro mundo, como diziam na rádio AM que meu pai escutava diariamente. Claro, se precisássemos de um guincho, a Convias ofereceria, mas um banheiro, não. Na época, essa discrepância era o máximo que eu conseguia entender sobre a injustiça dos pedágios. Quinze anos depois, emperrando com a falta de transparência da Agergs, o vocabulário difícil de liminares e recursos jurídicos, tentei simplificar o que está acontecendo com os pedágios. A forma que encontrei para mostrar o quanto uma pessoa teria gasto para ir e voltar neste período foi fazendo um cálculo com a

tarifa de cada ano, excluindo feriados, férias e finais de semana. O resultado: R$ 28 mil gastos em pedágio. Com esse dinheiro, é possível comprar um bom carro zero. Calculei também o quanto gastou uma pessoa que optou por desviar a praça, no mesmo período, considerando quilometragem, gasolina e manutenção do veículo: mais de R$ 7 mil. Não compra um carro zero, mas pode ser dinheiro suficiente para trocar seu usado por um novo. A matéria não conseguiu responder tudo. Pesquisei mais de 300 páginas de documentos, impossível incluir todas informações. Por isso, O CAXIENSE lança uma espécie de WikiLeaks do Pedágio em www.ocaxiense. com.br, colocando à disposição dos leitores toda a documentação obtida para consulta. E queremos mais. Caso você tenha alguma informação relevante, envie para ocaxiense@ ocaxiense.com.br e colabore. Na edição passada, mostramos quanto custa o ensino nas melhores escolas de Caxias. O serviço gerou comentários nas redes sociais:

Obrigada O CAXIENSE por matar minha curiosidade a respeito das mensalidades das escolas privadas. Muito útil para os pais e mães de plantão. Greice Tedesco Outro assunto, que sempre comento aqui, é o caso do menino Jackson Bottim, que teve novo – e feliz – desfecho. O TJ liberou a verba que estava emperrada para a cirurgia e a compra de um aparelho que dará qualidade de vida ao garoto tetraplégico. Na edição passada, mostramos como é a sua rotina, que envolve fisioterapia, desenhos animados na TV e aulas com auxílio de computador – tudo sem sair de sua residência. A história é acompanhada por uma leitora que mora nos Estados Unidos, inclusive, e sempre é compartilhada por centenas no Facebook:

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Felipe Boff Paula Sperb Diretor Administrativo

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ASSINATURAS Atendimento

Eloisa Hoffmann Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120

capa Ilustração de Luciana Lain/O Caxiense

TIRAGEM 5.000 exemplares

Espero que essa montanha russa de expectativas enfim acabe! Helen Hertzog Também esperamos! Boa leitura! Paula Sperb, diretora de Redação 8.mar.2013

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BASTIDORES

Bolsa, o uniforme das meninas | Gestão de projetos na UCS | Wings of Kilimanjaro | Design Thinking

Onde o trânsito caxiense requer mais atenção por Andrei Andrade

Fotos: Google Street View, Div./O Caxiense

Quem circula por Caxias do Sul a bordo dos ônibus da Visate recebe a boa notícia dos murais informativos: o número de acidentes de trânsito envolvendo os veículos da empresa foi reduzido em quase 8% na comparação entre 2011 e 2012 (cerca de 60 acidentes a menos). Neste ano, na comparação com janeiro de 2012, a diminuição verificada se mantém no mesmo percentual. O que é um alento, mas ainda está longe de ser o ideal para motoristas e pedestres. Por isso, desde junho de 2010, a Visate trabalha na elaboração de uma lista de pontos críticos do trânsito de Caxias do Sul, não apenas para seus veículos, mas também para veículos de passeio ou mesmo pontos em que os prejudicados sejam os clientes, que sofrem com atrasos ou risco de atropelamentos. O supervisor de segurança da Visate, Renato Cordeiro, responsável pelo levantamento, comenta que desde o início do trabalho já houve a solução de problemas por parte da prefeitura. Cita como exemplos a instalação de um semáforo no cruzamento das ruas 13 de Maio com a Pinheiro Machado. Mas a cobrança segue com o frequente encaminhamento de

pedidos de novos semáforos, mudanças de itinerários, regularização de quebra-molas. “Alguns pontos que a gente levantou chegaram de reclamações de motoristas, mas a maioria se deve à quantidade de acidentes e também aos atrasos, o que também é um problema grave”, afirma Renato. Para não depender exclusivamente da intenção do poder público em reduzir a quantidade de acidentes, a Visate trabalha desde 2011 com um manual próprio de pontos de redução de velocidade. São trechos em que os motoristas são orientados a dirigir em uma velocidade máxima imposta pela empresa, mais baixa do que a indicada nas placas de trânsito. De acordo com o supervisor, as situações mais propensas a acidentes são aquelas em que o ônibus precisa atravessar transversalmente a pista, quando o ônibus está de um lado da via e a conversão seguinte é para o lado oposto. Esse problema ocorre em dois pontos centrais da cidade. Outra ocorrência preocupante, em rodovias, é a de paradas de ônibus em trechos sem recuo, que obrigam o ônibus a parar sobre parte da pista de rolamento. Abaixo, veja a lista com os pontos mais críticos do trânsito caxiense levantada pela Visate.

RST-453 (Rota do Sol) bairro Santa Fé

Local asfaltado e com pista dupla no sentido leste – oeste , com intenso movimento de veículos, que trafegam normalmente em alta velocidade. Uma vez que os pontos de parada para embarque e desembarque de passageiros não possuem refúgios capazes de abrigar todo o ônibus, quando este realiza a parada. O motorista é obrigado a parar o ônibus deixando parte na pista, expondo ao risco os usuários do transporte coletivo, funcionários da Visate, além do motorista e passageiros dos veículos que trafegam no local.

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RST-453 (Rota do Sol) – Trevo do posto São Luiz e trevo da aduana bairro Santa Fé Local de intenso movimento de veículos nos dois sentidos da rodovia, com tráfego de caminhões. Segundo a Visate, o motorista perde vários minutos para entrar no bairro Santa Fé, no trevo em frente ao Posto São Luiz, e no retorno em frente a Aduana, para entrar na cidade. Além de provocar atrasos de ônibus, diversos acidentes entre veículos já ocorreram no local. A sugestão da Visate é que seja construída uma passarela no local.

Rua Rosângela Rosa Torres, entre as ruas Eugênio Nicoletti e Sereno Alfredo Wagner bairro São Caetano

De acordo com o supervisor de segurança da Visate, o quebra-molas, instalado no meio da quadra, está fora das especificações, sendo muito alto e estreito, causando problemas aos veículos, que são obrigados a passar em posição transversal. “Já houve casos de passageiros que se machucaram com os solavancos do ônibus”, garante Renato. A empresa já solicitou à prefeitura a adequação do quebra-molas.


Estrada do Imigrante – ligação para a Terceira Légua

Rua Pedro Machado da Silveira bairro Panazzolo

Fotos: Google Street View, Div./O Caxiense

Rua pavimentada com paralelepípedos, muito estreita e em curva, com mão dupla. Ali é permitido o estacionamento de veículos em ambos os lados, o que diminui o espaço para os ônibus. Na metade da curva, no lado direito, existe um poste de energia elétrica muito próximo a via. Na mesma altura, no lado esquerdo existem dois contêineres da Codeca. Devido ao estacionamento em ambos os lados da via, e por não haver tachões delimitando as mãos de direção, a maioria dos veículos, especialmente os de grande porte, obrigam-se a trafegar na contramão, ocorrendo o risco de acidentes, especialmente envolvendo ônibus e veículos menores.

Local asfaltado, com grande movimento de veículos e com risco de ocorrências de acidentes graves. Já houve acidente com vítimas fatais no local. Na maior parte das paradas localizadas nessa estrada, não há refúgio para o ônibus estacionar. Segundo Renato Cordeiro, é uma rodovia utilizada por muitos turistas que não conhecem o local e por isso não sabem os devidos cuidados que devem tomar.

Rua Luiz Segalla, esquina com a Ernesto Casara bairro Esplanada Ruas de intenso movimento em todos os sentidos, principalmente em horários de pico. Isso causa atrasos e ocasiona acidentes, por falta de semáforo na esquina.

Acesso lateral do viaduto Campo dos Bugres bairro Floresta

Local asfaltado, com intenso movimento de veículos e risco de acidentes graves. Indo em direção ao Centro, o ônibus passa pelo acesso lateral do viaduto, onde há um ponto de embarque e desembarque. Ao parar nesse ponto, o ônibus se posiciona em uma pista com sinalização pintada no chão, que indica a conversão obrigatória para a direita, para pegar a Perimetral Bruno Segalla. No entanto, o trajeto do coletivo é contrário. Isso obriga o motorista a desobedecer a sinalização, surpreendendo os motoristas de outros veículos que trafegam nas faixas da esquerda. Já aconteceram vários acidentes com danos materiais no local.

Rua Cristiano Ramos de Oliveira, cruzamento com a Avenida Alexandre Rizzo bairro Desvio Rizzo

Local de intenso movimento e com trânsito desordenado no local em todos os horários, com risco de acidentes. Segundo a Visate, é necessária a instalação de semáforo ou de rotatória no local.

Rua Bento Gonçalves, esquina com a Marquês do Herval bairro Centro

Como as paradas de ônibus se situam no lado direito da via, para poder fazer a conversão à esquerda, os ônibus precisam cortar transversalmente a Bento Gonçalves para acessar a rua Marquês do Herval. Durante a conversão, o motorista depara com os veículos estacionados em sentido oblíquo, o que deixa a pista mais estreita e dificulta a conversão. Segundo Renato, problema semelhante se verifica nos cruzamentos das Ruas Sinimbu e 13 de maio. Diversos acidentes já ocorreram nestes locais.

Rua Guido D’Andrea, cruzamento com a Avenida Rubem Bento Alves bairro Marechal Floriano

O ônibus sai da Guido D’Andréa para atravessar a Avenida Rubem Bento Alves. É um local de alto risco de acidentes de trânsito, devido a saída da rua ser próxima ao inicio de um declive, impedindo a visão de quem trafega pela Perimetral e tornando o trecho perigoso. Já houve acidente com vítima fatal no local.

Rua Gerson Andreis, cruzamento com a RST-453 bairro Distrito Industrial

Outro caso de necessidade do ônibus atravessar transversalmente a via. O grande movimento de veículos na RSC dificulta a manobra e aumenta os riscos de acidente. Já houve acidente com vítima fatal também nesse local. 8.mar.2013

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Livros nos braços, maquiagem na bolsa por Paulo Pasa

Caroline Ataide

Na volta às aulas deste ano a tendência das bolsas ganhou ainda mais espaço entre as garotas. Elas trocaram a praticidade das espaçosas mochilas de ombro para as estilosas bolsas de mulher adulta. Apesar de ainda usarem tênis e o obrigatório abrigo como uniforme, elas garantem que o acessório faz milagres no visual: se diferenciam mais dos meninos, ficam menos infantis, amenizam a aparência colegial. O pouco espaço na bolsa, onde livros e cadernos se misturam à maquiagem, celular e necesssaires, incomoda especialmente as mais jovens. Mesmo assim elas copiam o estilo das mais velhas, ainda que com modelos mais alegres. A partir dos 15 anos, o desconforto de carregar parte do material nos braços – porque não cabe na bolsa – já não gera reclamações. E a opção pelo acessório ganha explicações bem argumentadas: além de estiloso, carregar peso a tiracolo é melhor para a coluna.

13 anos Bolsa Chenson Skelanimals | R$ 149

Paulo Pasa/O Caxiense

“Minha amigas começaram a usar e eu acabei usando também. Estou seguindo a moda que elas também seguiram. Optei por este modelo por ser bem feminino e não muito chamativo, mas cabe pouco material... É mais pelo estilo mesmo.”

Alessandra Franzosi Motter Juliana Piamoline

16 anos Bolsa Tommy Hilfiger R$ 189

“Estou no 3° ano e, após a aula de manhã, já almoço pelo Centro para ficar no cursinho à tarde. Como passo muito tempo fora de casa preciso trazer umas coisas a mais além do material. Escolhi este modelo por ser discreto e bem feminino”, diz Juliana que carrega junto com o material, maquiagem, escova de cabelo e uma necessaire.

Mariana Pollesso Mazochini|16 anos

Bolsa Guess Network|R$ 380

“A mochila estava machucando minha lombar, estava ficando com dor na coluna. Por indicação médica passei a levar o material nos braços. O ponto negativo é que com a mochila eu conseguia levar tudo junto em um só lugar e ficava com os braços livres”.

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12 anos | Bolsa Fico | R$ 149

“Aderi à bolsa porque a minha mochila rasgou, mas acho que ainda prefiro levar as coisas na mochila. Não consigo levar quase nada aqui e acabo tendo que carregar muita coisa nos braços. Fica mais bonito de usar, mas não sei se continuarei muito tempo com ela.”

Taiury Otaqui|14 anos Bolsa Betty Boop|R$ 90

“Não escolhi a bolsa por ser prática, é por ser mais bonita mesmo. As outras meninas começaram a usar e também adotei”, conta a estudante que poderia levar tudo o que carrega na bolsa em uma mochila, mas sem compartimentos especiais para itens não-escolares.

Juliana Cardoso dos Reis|15 anos Bolsa Femme Vintage R$ 180,00

“Eu adotei a bolsa por ser mais feminina. É menos grosseira, mas é menos prática também. Às vezes, não cabe todo material e acabo levando algo nos braços”, diz Juliana, admitindo que a mochila era mais prática, mas seguia a tendência na escola.


CAM

PUS

Gerência de projetos

A Universidade de Caxias do Sul, em parceria com o PMI-RS, abre a primeira turma do MBA em Gerência de Projetos - A Teoria Alinhada e Aplicada às Organizações. As aulas ocorrem de abril de 2013 a dezembro de 2014, nas sextas à noite e sábados pela manhã. As inscrições, que podem ser feitas no site da UCS, encerram dia 24. A aula inaugural, na terça (12), às 20:00, no auditório do Bloco H, terá a palestra Gerenciamento de Projetos: como alinhar seu projeto com desafios práticos?, ministrada por Peter Pfeifer, consultor de desenvolvimento organizacional em diversos organismos da cooperação internacional, entre eles o Banco Mundial e a Comissão Europeia.

Primavera Árabe

O professor Bruno Mendelski de Souza vai ministrar o curso de extensão sobre Primavera Árabe na Faculdade América Latina, no dia 16 de março, das 8:00 às 12:00 e das 13:30 às 17:30. O curso vai abordar a problemática do conjunto de revoltas e as principais questões e eventos que envolvem os países da região. Mais informações no site da instituição.

+ MBA

da Serra Gaúcha Universidade de Caxias do Sul Faculdade Gestão Estratégica de Pessoas,

Matemática Aplicada e Computacional. Inscrições até 11 de março. Início: 20 de março. Avaliação Psicológica. Inscrições até 13 de março. Início: 22 de março. Psicologia Clínica: Abordagem Psicanalítica do Sujeito Contemporâneo. Inscrições até 14 de março. Início: 22 de março. Alfabetização e Multiletramentos. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Educação Infantil. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Gestão Escolar. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Educação Especial em Deficiência Intelectual e Múltipla. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Pedagogia Empresarial. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Direito Tributário. Inscrições até 25 de março. Início: 5 de abril. Leitura e Produção Textual. Inscrições até 26 de março. Início: 6 de abril. Literatura Infantil e Juvenil. Inscrições até 27 de março. Início: 5 de abril. Gestão da Produção. Inscrições até 28 de março. Início: 8 de abril Fisioterapia Dermatofuncional. Inscrições até 28 de março. Início: 5 de abril. Estratégias de Marketing. Inscrições até 31 de março. Início: 5 de abril. Nutrição Clínica. Inscrições até 31 de março. Início: 12 de abril.

Competências e Coaching. Inscrições até 22 de fevereiro. Início: 25 de fevereiro. Controladoria, Finanças e Auditoria. Inscrições até 8 de março. Início: 13 de março. Gestão da Inovação nas Empresas (com Ênfase em Fomento e Processo de Inovação). Inscrições até 11 de março. Início: 15 de março. Gestão Empresarial. Inscrições até 4 de março. Início: 22 de março. Mestrado Profissional em Administração e MBA Executivo Internacional. Inscrições até 15 de março (processo seletivo) Gestão da Qualidade, Competitividade e Certificações. Inscrições até 30 de março. Início: 3 de abril.

Universidade de Caxias do Sul

Gestão Estratégica de Pessoas. Inscrições até 18 de março. Início: 25 de março.

WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW. FSG.BR. 2101-6000 | WWW.AMERICALATINA.EDU.BR. 3022-8600 | WWW.EUSOUMAISANGLO.COM. BR. 3536-4404 | WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR. 3039-0245 | WWW.FTSG.EDU.BR. 3022-8700

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Paulo Pasa/O Caxiense

Mulheres na segurança

Conforme o delegado Paulo Roberto da Silva, comandante da Delegacia Regional de Polícia Civil, dos 13 delegados de Caxias do Sul, 4 são mulheres. Do total de 147 policiais, 49 são mulheres. A presença feminina é significativa. Infelizmente, o número de servidores é insuficiente para atender a demanda, que precisaria de 300 policiais civis.

A insegurança das mulheres

Um grupo que se uniu através do Facebook organiza para este sábado (9) um protesto na Praça Dante, às 14:00, contra a “cultura do estupro”, como elas definem as agressões contra mulheres. A motivação partiu após a informação de um estupro ocorrido na cidade. “A intenção do protesto é nos juntarmos e gritarmos o que a gente pensa, contra essa cultura machista de que o sexo à força, com violência, é positivo para alguém”, explicou Sílvia Lazzaretti, uma das organizadoras.

Jornada feminista na UCS

Quando o senso comum propaga que as lutas feministas já não teriam razões para continuar, estudantes da UCS, através do DCE, organizaram na última semana uma série de ações para refletir sobre o tema. As estudantes recolheram artigos de higiene para as detentas da Penitenciária Industrial.

milhoes

Os senadores dos estados que não produzem petróleo conseguiram derrubar os vetos da presidente Dilma Rousseff (PT) que mudava a distribuição dos royalties. Pela vontade de Dilma, Caxias obteria R$ 620 mil com a divisão. Com o veto dos senadores, o valor passa a ser R$ 3,1 milhões. Os estados produtores, Rio de Janeiro e Espírito Santo, podem recorrer.

Através de sua assessoria de imprensa, o governador Tarso Genro (PT) optou por não se manifestar sobre o pedido inédito de impeachment protocolado na Assembleia Ligislativa pela líder da Arena, Cibele Baginski. “Ninguém fez isso aqui no Rio Grande do Sul, é a primeira vez”, diz a estudante. A partir do protocolo, a Assembleia tem 120 dias para discutir, votar e decidir qual será seu parecer.“Acredito que o pedido vá ser analisado e vá ser dado encaminhamento, porque tem ali vários fatos e irregularidades que não podem ser negados”, defende Cibele.

Dispositivos de segurança da Soprano em feira

Por meio da sua Divisão de Material Elétrico, a Soprano participará da 27ª FIEE – Feira Internacional da Indústria Elétrica, Eletrônica, Energia e Automação, em São Paulo, de 1º a 5 de abril. Serão apresentados lançamentos como a Linha de Sensores de Presença, a Linha de Disjuntores DL, os Quadros de Distribuição e Quadro VDI. A Soprano divulgará o conceito de proteção de pessoas e patrimônio com a mostra de todos os produtos da empresa em um estande aberto ao público. Divulgação/O Caxiense

R$ 3,1

Pedido de impeachment

4 dias de descontos no San Pelegrino De 7 a 10 de março, lojas e restaurantes do Estação San Pelegrino oferecem produtos com descontos de até 60%. O San Pelegrino projeta um crescimento de 13% nas vendas com relação à edição anterior, que ocorreu em setembro do ano passado. Há produtos como roupas infantis, casacos de lã e acessórios para computador.

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Pão caseiro, tomate e cebola

Não é uma receita de sanduíche. Os itens do título são os principais responsáveis pelo o aumento de R$ 9,10 em fevereiro da cesta básica de Caxias do Sul. A cesta está custando R$ 592,61. O tomate subiu 19,88%, a cebola, 24,30% e o pão caseiro, 11,21%.


Fotos: Acervo Pessoal/O Caxiense

Um juventudista na África

O oftalmologista caxiense e juventudista fanático Mauro Antônio Chies, de 44 anos, retornou há cerca de duas semanas de uma aventura na África, mais especificamente no ponto mais alto do continente, o monte Kilimanjaro, na Tanzânia (5.891m de altura). O caxiense participou da expedição Wings of Kilimanjaro, que busca arrecadar fundos para entidades de proteção a crianças carentes naquele país. Mauro foi o único brasileiro entre os 93 participantes do projeto. O lado aventureiro de Chies despertou após concluir a faculdade de Medicina e o período de residência em Oftalmologia em Campinas (SP), em 1998. Esgotado física e mentalmente, buscou no contato com a natureza uma forma de aliviar a tensão. Começou com mergulho autônomo, depois expedições off-road, voo livre e trekking. O montanhismo foi a descoberta mais recente e a primeira que deu ao médico a oportunidade de

conciliar esporte e atividade humanitária. “Jamais esquecerei os sorrisos que me deram.” Além da escalada, o projeto contou com uma visita a um orfanato da Tanzânia. Como Chies já havia retornado ao Brasil, deixou aos organizadores do projeto recursos para compra de 200 livros e materiais educacionais, além de um um uniforme completo do E.C. Juventude, que foi vestido com orgulho pelo capitão do time do orfanato, o pequeno Baracka. Para o futuro, o oftalmologista pretende seguir ajudando os mais necessitados. “Pretendo levar isso adiante, talvez até utilizando minha experiência como cirurgião ocular. Há projetos já em andamento no Nepal e um semelhante na selva amazônica que também me interessam. Tenho uma filha de 6 anos saudável e alegre e me sinto abençoado por isso. Se puder ajudar mais crianças carentes como as que vi na África, certamente será minha prioridade.”

TOP5

Princípios do Design Thinking O design thinking é um processo de gestão aplicado por empresas que buscam gerar inovação em seus produtos e serviços, de forma que suas soluções tenham valor percebido pelos clientes. O termo design é aplicado a esse método pela sua associação a uma forma de pensar além do óbvio, utilizando a criatividade. A proposta é partir de uma reunião multidisciplinar, onde estejam envolvidas todas as partes impactadas por uma ação ou ideia, para que se perceba onde há espaço e oportunidade para inovação. O principal é conhecer o comportamento, necessidades e desejos e o que gera valor para o cliente. Superada essa etapa, passa-se então para o desenvolvimento e a aplicação da ideia, que irá resultar em um novo produto ou serviço e a consequente pesquisa de satisfação. Recentemente, o engenheiro mecânico Edgard Stuber, mestre em Design pela Unisinos, ministrou uma palestra para membros do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), sobre o tema. Para entender melhor o método, pedimos para que Edgar explicasse os 5 princípios do design thinking.

Colaboração radical dos colaboradores É preciso grande colaboração para que os resultados sejam atingidos em conjunto. É natural do ser humano evoluir de forma cooperada. Mas um alto nível cooperativo só se consegue em um ambiente de confiança. Profundo entendimento da necessidade do cliente Esse princípio é a capacidade de observar, entrevistar e se colocar no lugar das pessoas. É preciso compreender o que o cliente quer e, muitas vezes, não consegue expressar. Capacidade de síntese Todo o processo anterior de identificação das necessidades do cliente resulta em uma série de opiniões divergentes em ambas as partes. Pois isso, é necessário

saber encontrar padrões de convergências, para então dar seguimento ao processo. Testar as ideias (prototipagem) É preciso que o designer thinker tenha a capacidade de se fazer entender através de rascunhos. Saber pegar um grampo, um clipe, um pedaço de papel e explicar ao cliente o que ele precisa. Nesta etapa do processo as ideias são aprovadas, reprovadas ou rediscutidas. Capacidade de entrega Não adianta ser criativo ao apresentar soluções, mas não saber executar e atingir os resultados. Ter ideias não é inovar. A inovação se dá quando a ideia é trazida para o mundo real, executada e seus resultados geram valor e satisfação para o cliente. 8.mar.2013

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sem impossível para aprender Escolas Especiais de Cuba atendem crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem. Os estudantes têm bons professores, transporte e refeições gratuitas, mas não possuem canetas

por Alexandre Haubrich, de Havana Um terreno particular que virou um convento católico que virou um orfanato que virou uma escola que, em 1980, virou a Escola Especial Hermanos Montalvo. É nesse local, perto da cidade de Caimito, distante 40 quilômetros de Havana, capital de Cuba, onde estudam e – mais do que isso – aprendem a viver, 138 alunos. Com idades entre 7 e 21 anos, todos eles possuem dificuldades especiais de aprendizagem. Desde que o ditador Fulgencio Batista foi derrotado, a educação se tornou prioridade. Nas áreas tomadas pelos guerrilheiros, a população historicamente alijada das letras passava a receber aulas informais. Com a conquista de todo o território pelos revolucionários, em 1959, uma das primeiras medidas do novo governo foi criar mutirões que levaram a alfabetização a todos os cantos da ilha. Quartéis foram transformados em escolas, e a educação tornou-se 100% pública e gratuita. A quantidade de graduados explodiu e hoje é difícil encontrar um cubano com mais de 30 anos que não traga pelo menos uma faculdade nas costas. Em relatório da Unesco divulgado em 2011, Cuba está na 14ª colocação no ranking da educação mundial, den-

tre 127 países. É o primeiro colocado no continente americano. Os Estados Unidos ficaram em 33º lugar, e o Brasil em 88º. Em Cuba o direito à educação é garantido a todos, independente de cor, sexo, preferência política ou condição financeira. Além da grande quantidade de escolas gerais, em cada município cubano há ao menos uma escola especial, que atende estudantes com as mais diversas dificuldades para desenvolver plenamente o aprendizado médio – das motoras às intelectuais. Essas escolas são divididas pelos tipos de limitação que apresentam seus alunos. Na Hermanos Montalvo, são recebidos fundamentalmente alunos com dificuldades intelectuais. Da mesma forma como não há educação privada na ilha caribenha, também as escolas especiais são públicas e totalmente gratuitas – das aulas ao material escolar, passando pelo transporte e pela alimentação. Apesar das marcantes dificuldades econômicas cubanas causadas pelo histórico subdesenvolvimento, pelo passado colonial e pelo bloqueio norteamericano, nenhum aluno paga para estudar ou para ser transportado à escola,

e, ao começar o ano letivo, cada um recebe seu material escolar. As 3 refeições necessárias aos alunos de turno integral também estão garantidas. Às vezes faltam canetas, produto difícil de se encontrar em Cuba, mas – ao menos nas escolas especiais – sobram professores. Por conta dos baixos salários, os cubanos relatam que começam a surgir dificuldades para formar o número de professores necessários à grande atenção que o país dedica ao setor. O salário de um professor, como a maioria dos salários dos trabalhadores estatais, fica entre 400 e 600 pesos cubanos, pouco mais que um salário mínimo. Uma caneta, produto raro por conta do bloqueio que dificulta as importações, custa por volta de 5 pesos. Com educação, saúde, moradia e alimentação básica sem custo ou subsidiados, o salário rende muito mais do que parece. Quem trabalha com turismo costuma ganhar bem mais do que isso, graças ao câmbio desfavorável ao peso cubano. É para o turismo que caminham muitos possíveis futuros professores, da mesma forma como acontece com as demais profissões. Mas, no caso da escolas especiais, a proporção de professores por alunos se-

Sala de aula da Escola Especial Hermanos Montalvo, a 40 quilômetros de Havana | Bruna Andrade. Divulgação/O Caxiense

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gue alta. Na Hermanos Montalvo, por exemplo, são 79 trabalhadores, sendo 14 professores fixos na escola e mais 3 que vão às casas dos 11 alunos que, por problemas motores, não podem se deslocar até a escola. Ou seja: para cada um dos 17 professores, apenas 8 alunos. Há ainda um psicopedagogo que atende de forma individual as crianças com mais dificuldade, e, semanalmente, por 45 minutos, atende a todos de forma coletiva. Os maestros, que ganham mais do que em uma escola geral, lidam com 3 diferentes tipos de estudantes. Há os que estão na escola em turno integral, de segunda a sexta; há um grupo que vai e volta todos os dias – dois ônibus fazem o transporte, gratuitamente –; e estão incluídas no programa também as 11 crianças que são atendidas em casa. Com mais de 30 anos trabalhando na educação especial, Pedro Pablo Placeres Abreu é diretor da Hermanos Montalvo há 7 anos. E é um diretor orgulhoso do trabalho que desenvolve. Conta que a escola teve problemas causados por um furacão em 2004, mas todos – funcionários, professores, pais, mães... – ajudaram a recuperar a estrutura. Há um pequeno prédio, porém, que jamais foi recuperado, e hoje pouco mais é do que um monte de entulhos resguardados por 4 avariadas paredes órfãs do teto que antes do furacão fazia delas um teatro.

Depois do furacão o refeitório foi reconstruído, e as salas onde são ministradas oficinas conseguiram permanecer em pé. Essas oficinas fazem parte da aplicação prática das teorias educacionais de José Martí, líder da independência cubana e herói nacional. Martí pensava a educação como uma ligação interdependente e inalienável entre ensino científico e aproximação com a realidade. A educação cubana pós-1959 não separa o ensino em sala de aula do trabalho manual como forma de produção de objetos palpáveis, facilmente visualizáveis como realizações humanas. Nessa relação contínua se constrói a educação nas escolas gerais e também nas escolas especiais.

As demais oficinas são caminhos para que os alunos saiam dali prontos para o mundo do trabalho. A partir dos 14 anos, os adolescentes que seguem nas escolas especiais – há sempre a possibilidade de volta ao ensino geral – começam a seguir para as escolas de ofício, também presentes em todos os municípios de Cuba, conforme Pedro. Ele explica que dessas instituições os jovens já saem com alguma profissão e algum emprego. Os que têm mais dificuldades de aprendizado podem seguir nas escolas especiais até os 21 anos, sendo preparados ali mesmo para exercerem uma profissão. As empreNa Hermanos Montalvo, além das sas cubanas possuem cotas de vagas e de disciplinas básicas são oferecidas aulas orçamento para pessoas com deficiência. de Educação Física e Computação, e serviços de fonoaudiologia (médica e pedaA professora aposentada Claribel segógica) e biblioteca. Também são minis- gue pegando sua bicicleta para vencer os tradas 6 oficinas, entre elas carpintaria, poucos metros até a Hermanos Montalmetais e economia doméstica. Conforme vo, onde deu aula até dois anos atrás. Um explica o diretor Pedro Pablo, a oficina de aluno que para ela é ainda mais especial economia doméstica é de grande impor- deve ingressar na escola em 2014. É sua tância para a vida cotidiana dos egressos neta, com síndrome de Down, que agora da escola. “Nesta oficina se ensina a como cursa o pré em uma escola geral, mas, por administrar uma casa. Estes estudantes opção da família, irá para a Hermanos dependem muito dos pais, e um dia es- Montalvo “porque lá pode ter mais atentes morrem, e fica o estudante sozinho. ção e evoluir mais”, como conta Claribel. Então os preparamos para que eles, soziO sistema de escolas especiais está insenhos, possam manter-se em um trabalho, rido em um grande projeto educacional constituir uma família...”, diz ele. Não há que inclui também uma participação in-

Escola atende 138 crianças com dificuldades de aprendizado | Bruna Andrade, Divulgação/ O Caxiense

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qualquer distinção entre meninos e meninas.

O diretor Pedro Pablo Placeres Abreu |

Alexandre Haubrich, Div./ O Caxiense


tensa das famílias. São os Centro de Diagnóstico e Orientação que enviam os alunos para essas escolas, mas os pais podem negar-se a transferi-los. Se isso ocorre, há um processo de diálogo e convencimento. “Geralmente os pais não querem que os filhos vão para a escola especial, mas na (escola) geral os professores não conseguem fazer com que acompanhem as aulas. Se os pais se negam mesmo, os filhos continuam na escola normal, aí o professor vem aqui e pega o programa de estudo para aplicar lá”, explica Pedro. O diretor também conta que há um acompanhamento constante entre escola e o núcleo familiar. “A escola está sempre aberta aos pais, constituímos uma grande família”, diz esclarecendo que o contrário também acontece. “Sempre, de setembro a dezembro, visitamos as casas dos estudantes para vermos as condições em que vivem. Mas geralmente se há problemas em casa os alunos contam na escola, e nós chamamos os pais para conversar”. Há em Cuba um regulamento nos moldes do brasileiro Estatuto da Criança e do Adolescente. Fazem parte desse regulamento o Código da Família e o Código da Criança e do Adolescente. Segundo Pedro, as próprias crianças conhecem esse regulamento. Castigos físicos podem ser punidos com até 5 anos de prisão. Os irmãos Montalvo que dão nome à escola foram personagens da década de 1950 em Cuba. Dois irmãos que uniam o lúdico com o trabalho, e não deixavam a Revolução fugir do seu cotidiano. Carpinteiros de dia, músicos à noite, viraram guerrilheiros contra a ditadura de Fulgência Batista até serem presos, torturados e assassinados em 1958, pouco antes da vitória dos rebeldes. É nessa união, entre trabalho e intelectualidade, que são educados formalmente os estudantes cubanos, seja nas escolas gerais ou nas instituições especiais. Educando com o exemplo dos irmãos Montalvo, a escola quer acrescentar a essa dupla função do ensino a ideia de que todas as dificuldades podem ser superadas. “Não imaginamos o que podem fazer, tendemos a dizer que não façam nada, mas se os deixamos fazer ficamos impressionados com as coisas de que são capazes”. É a avaliação de quem, há 34 anos, vê realizar-se na prática a mensagem gravada à giz de cera e letra infantil em um cartaz pendurado na porta da oficina de carpintaria, em um dos prédios que, sob o furacão, manteve-se em pé: “Nesta aula não há nada impossível”.

O teatro que foi destruído por um furacão em 2004 |

Sede da Hermanos Montalvo já foi um orfanato e um convento católico |

Cartaz em prédio que resistiu ao furacão de 2004 | Alexandre Haubrich, Div./ O Caxiense

8.mar.2013

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Arte: Luciana Lain/O Caxiense

O abuso concedido

O debut da praça de pedágio entre Caxias e Farroupilha não é motivo para festa, embora dinheiro para isso a Convias tenha de sobra: nos 15 anos de concessão, um motorista que passa diariamente pelas cancelas para trabalhar terá deixado nos guichês o equivalente a um carro zero quilômetro. E a Convias ainda briga na Justiça para prorrogar a cobrança, que terminaria em 16 de abril. O Estado tenta se defender, mas não tem dados à disposição e corre o risco de não convencer o Judiciário por Paula Sperb 14


Um carro zero quilômetro, completo. É o que cada motorista obrigado a passar diariamente pelo pedágio terá deixado, em dinheiro vivo, nos cofres da Convias desde que ela pôs suas cancelas na RS-122 entre Caxias do Sul e Farroupilha. R$ 28 mil! Daria para comprar um Clio modelo 2014, 4 portas, com ar-condicionado e direção hidráulica. Um Logan ou um Sandero 2013, também 4 portas, com ar e direção. Um Uno ou um Palio 2013, 4 portas. O cálculo do valor que o pedágio terá tomado do motorista de um veículo de passeio que, nesses 15 anos de concessão que terminam (ou deveriam terminar) no próximo dia 16 de abril, tenha se deslocado pela estrada para trabalhar na cidade vizinha é o mais realista possível. Desconsidera finais de semana, férias e feriados, somando apenas os dias úteis de 1998 a 2013. Exclui os períodos em que a praça ficou fechada por ordem judicial. Baseia-se nos reajustes aplicados à tarifa. Caberia ainda aplicar correção monetária, mas a conta já é amarga o bastante. Apenas para dar mais um exemplo: é dinheiro suficiente para alugar uma vaga na Garagem Peretti, no Centro de Caxias, por 18 anos. A conta é assombrosa, mas quem usou – e ainda usa – o desvio livrouse do prejuízo, certo? Nem tanto. Isso porque o motorista que tenha feito o mesmo número de viagens nesse período, mas sempre utilizando o desvio de Linha Julieta, terá percorrido 7.071 km a mais para poupar o dinheiro do pedágio. A distância, em linha reta, atravessaria o Oceano Atlântico, de Caxias do Sul até a África do Sul. Essa quilometragem extra, obviamente, não sai de graça. Tomando por referência o valor que

uma empresa farroupilhense paga por quilômetro rodado – auxílio de custo aos funcionários que usam seus veículos em serviço –, esse motorista terá gasto R$ 7,2 mil para desviar do pedágio nos últimos 15 anos. Poupa-se o carro zero, mas deixa-se um usado... Essa sangria de dinheiro está próxima do fim. Anote na agenda: 16 de abril. Agora vá alguns meses à frente e assinale outra data na agenda: 28 de dezembro. A primeira é o que está previsto na lei, nos contratos assinados pela Convias, e é a data anunciada pelo governo do Estado. A segunda é a data que a Convias quer, alegando desequilíbrios financeiros nas concessões – acredite: a concessionária diz que é ela quem está saindo no prejuízo... A Convias entrou na Justiça para que a cobrança do pedágio de Farroupilha e nas outras 3 praças do polo de Caxias não se encerre em 16 de abril. E a juíza Ana Inés Algorta Latorre, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, de Porto Alegre, entendeu que a empresa ficaria prejudicada levantando as cancelas conforme o contrato e concedeu liminar para que o pedágio continue até dezembro. “Ela está contrariando a lei aprovada no Rio Grande do Sul (os contratos deixam de existir por encerrar a vigência da lei) e também a lei federal (que só permite a prorrogação após o final do contrato com nova licitação). Por que a

opção da juíza em proteger a empresa e não a sociedade? Quais os dados que a juíza utilizou para alegar que a empresa seria prejudicada se não há dados públicos que comprovem?”, questiona a deputada estadual Marisa Formolo (PT), coordenadora da Frente Parlamentar contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágios. Na liminar, a juíza afirma que “a medida tem em vista, além de salvaguardar a parte autora dos prejuízos, garantir à população a continuidade do serviço atualmente prestado, já que, com a retomada das praças pelo poder público, nada há que assegure, ao menos por enquanto, a qualidade e eficácia do serviço, assim como inexiste garantia de que o valor da tarifa será efetivamente reduzido em benefício dos usuários sem prejuízo da conservação e realização de melhorias nas estradas”. Entre Caxias do Sul e Farroupilha, diferentemente de outros polos administrados pelo consórcio Univias, a praça de pedágio deixará de existir e não será substituída por outra sob a tutela do Estado. “Os juízes estão sendo ludibriados, enganados”, diz Agenor Basso, secretário da Associação dos Usuários de Rodovias Concedidas (Assurcon), posição que ocupa há 15 anos sem se cansar de explicar o imbróglio para leigos. “Conseguiram convencer o desequilíbrio 8.mar.2013

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GOVERNADORES A sucessão de erros, o empurra-empurra, as tentativas de prorrogação e, enfim, a solução cada vez mais próxima

R$ 37,9 milhoes

R$ 49,6 milhoes

R$ 43,7 milhoes

R$ 40,3 milhoes

2013

2012

2011

2010

2009 Divulgação/O Caxiense

2008

2007

2006

2005

NA CONTA DOS

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R$ 38,7 milhoes

R$ 27,8 milhoes

???? 2004

2003

R$ 9,8 milhoes

R$ 10,6 milhoes 2002

R$ 13 milhoes 2001

2000

1999

1998

?

R$ 10,4 milhoes

A concessionária do polo de Caxias, que alega desequilíbrios financeiros, não informa sua receita. Abaixo, dados fornecidos pela Agergs sobre o faturamento das 4 praças do polo até 2009. Após esta data, a agência, que deveria regular e fiscalizar a Convias, não disponibiliza os números

R$ 34,2 milhoes

Nos cofres da Convias

Antônio Britto (PMDB) 1995-1998

Britto iniciou os pedágios através do Programa Estadual de Concessões de Rodovias (PEC/RS), alegando o sucateamento das estradas e a falta de recursos do Estado, em um governo marcado por privatizações. Na sua gestão foram criadas as leis que criaram os polos de pedágio e foram assinados os respectivos contratos. A licitação teve uma série de problemas. A ganhadora formou um consórcio com todas as concorrentes, entremeadas pelos mesmos sócios, para administrar as praças, ocorrendo a chamada “combinação dos concorrentes”. Como a prorrogação da CPI (leia na página 20) foi vetada, pouco se sabe sobre o caso.


com conotação de prejuízo. As concessionárias nunca, em nenhum momento, tiveram prejuízo, mas usam a expressão para, junto dos poderes constituídos e sociedade, dizer que sim. Mas não é isso. Querem é ganhar mais. Já ganham horrores de dinheiro, mas querem ganhar mais”, afirma Basso. “Nenhum deles coloca número, nada para justificar. Não há tabelas que comprovem. Fazem deduções genéricas”, diz a deputada Marisa.

1999-2002

“Britto é o pedágio, Olívio é o caminho”. Com o slogan, o petista se elegeu prometendo acabar com os pedágios. Conseguiu por um tempo, na Justiça. Mas quando a suspensão da cobrança acabou, Olívio assinou o Termo Aditivo nº 1 (leia na página 19), alegando ser a única saída do governo para equilibrar os contratos. Foi nessa época que Alceu Barbosa Velho sugeriu o encampamento das praças. Com o TA1, os motoristas passaram a ter taxas mais caras, a trafegar por estradas piores e a pagar na ida e na volta, a chamada bidirecionalidade. A herança maldita duraria até 31 de dezembro de 2004, quando se encerraria a validade do termo.

“Sabe quando o bebê está mamando no peito da mãe? Se tu tirar, o que ele faz? Chora. É isto que estão fazendo, estão chorando e esperneando para manter o biquinho na boca”, diz o prefeito de Caxias, Alceu Barbosa Velho (PDT), fundador da Assurcon, sobre as tentativas de prorrogação das concessões

Germano Rigotto (PMDB)

Agência do Estado, Divulgação/O Caxiense

Olívio Dutra (PT)

Divulgação/O Caxiense

qualquer das partes se for postergado o exame do mérito, pois até a referida data as partes já terão se manifestado e, com o recurso completamente instruído e com as informações de todas as partes deduzidas, será possível adequadamente apreciar o mérito”. O juiz conclui: “em respeito à população, espero ter esclarecido adequadamente a questão, sendo certo que todas as decisões foram e serão tomadas em atenção ao direito aplicável ao caso concreto, sem qualquer preocupação em A juíza Ana Inés Algorta Latorre, proteger o Estado ou o particular, mas que concedeu a liminar para pror- apenas aplicar a Constituição e as leis”. rogar a cobrança, foi procurada pela revista O CAXIENSE para comentar O prefeito de Caxias do Sul, Alceu sobre a questão, mas não respondeu. Barbosa Velho (PDT), tem autoridade Ela julgará o mérito em 1ª instância na também para falar sobre os pedágios. Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Alceu é um dos fundadores da AsEntretanto, o juiz federal João Pedro surcon e, no passado, defendeu que o Gebran Neto, que deve julgar o mérito Estado encampasse a praça de Farroudo agravo – ou seja, os recursos – e que pilha, sugestão que não foi aceita. O intimou as partes do processo para se argumento dele é que a indenização à manifestarem com mais informações, Convias pela encampação sairia mais explica que a decisão da juíza foi “téc- barata do que o prejuízo causado ao nica e jurídica, proferida de acordo cidadão e ao Estado e teria evitado os com os documentos que foram junta- problemas que estão sendo enfrentados no processo e segundo a convicção dos agora. da magistrada no tocante ao direito “Sabe quando o bebê está mamando aplicável à espécie” e “não buscou – e no peito da mãe? Se tu tirar, o que ele nem poderia – privilegiar ou proteger faz? Chora. É isto que estão fazendo, nenhuma das partes”. estão chorando e esperneando para Conforme o juiz, que no momento manter o biquinho na boca”, diz Alceu, desempenha o papel de desembarga- referindo-se às tentativas das concesdor, nos recursos sob sua responsa- sionárias de prorrogar suas concesbilidade “não há, portanto, prejuízo a sões.

2003-2006

O caxiense Rigotto tinha nas mãos o poder de acabar com a bidirecionalidade e reduzir as tarifas com o fim do TA1 em 31 de dezembro de 2004. Mas não o fez. O que Rigotto conseguiu em favor dos usuários foi impedir a instalação de um pedágio na Rota do Sol. “Rigotto empurrou com a barriga. Insistimos para sermos ouvidos, mas não fomos ouvidos”, relembra Agenor Basso, da Assurcon, que em 2004 recolheu 10 mil assinaturas contra os pedágios para pedir seu fim no vencimento do TA1. O abaixo-assinado, que chegou a desaparecer nas gavetas da Assembleia, não foi considerado. 8.mar.2013

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Yeda Crusius (PSDB) 2007-2010

Assim como Rigotto, a tucana Yeda Crusius também tinha o poder de reduzir tarifas e acabar com a bidirecionalidade. Ao contrário, “ela buscou de todas as formas prorrogar por mais 15 anos”, relembra o secretário da Assurcon. Yeda enviou à Assembleia o projeto Duplica RS. “O Duplica RS tinha o apoio da maioria dos deputados. Éramos uma minoria contra, mas conseguimos reverter os votos debatendo que o projeto era uma forma para as concessionárias alegarem mais déficit através de obras e pedirem a prorrogação. Mostramos que as obras tentavam vincular com a prorrogação”, relembra a deputada Marisa Formolo (PT).

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proposta. Em que lugar do mundo um negócio que dá prejuízo quer continuar? Consideram-nos uns verdadeiros patetas. É isso que fizeram conosco o tempo todo”, desabafa Agenor Basso, da Assurcon. O mesmo raciocínio lógico faz a deputada Marisa Formolo. “Quem tem prejuízo não luta tanto para ficar com um negócio. Ofereceram, em troca da prorrogação, realização de obras e redução de tarifas. Se é possível fazer tudo isso, quem acredita que há déficit com preço alto e sem obras?”, questiona Marisa. Afinal, por que a Convias quer continuar com um negócio que dá prejuízo? O CAXIENSE fez essa e outras perguntas à concesisonária, que não respondeu. Agora, ligue o rádio e a TV, veja sites e jornais gaúchos. Lá está o consórcio Univias, em nome da Convias, dizendo candidamente que “nenhum lugar é melhor do que perto” em uma grande campanha publicitária. O investimento em mídia comprada ocorre justamente no período que antecede o encerramento dos contratos. “A mentira virou verdade. Por que estão pagando tantos meios de comunicação? É para tornar verdade a mentira que criaram”, opina a deputada Marisa, sobre o discurso do prejuízo.

Agência do Estado, Divulgação/O Caxiense

No contrato assinado pelo governador Antônio Britto (na época, do PMDB), pelo Daer e pela Convias (uma empresa do consórcio Univias) em 14 de abril de 1998, a expressão “equilíbrio econômico-financeiro” aparece 12 vezes em 30 páginas. Na maioria delas, para reforçar a importância de preservar o tal equilíbrio, claro. O termo é associado até a “variação de receita”, o que não significa prejuízo, mas pode ser, simplesmente, menos lucro do que a Convias gostaria. O valor do contrato, na época, era estimado em R$ 432,8 milhões. Em 2000, quando o governador Olívio Dutra (PT) assinou o Termo Aditivo n°1 (leia na página ao lado), a Convias conseguiu na Justiça ainda mais benefícios, alegando justamente o desequilíbrio financeiro. Agora, em 2013, prestes a encerrar seu contrato de concessão, a Convias vai novamente à Justiça alegando o mesmo motivo para prorrogá-la até 28 de dezembro. “É o absurdo dos absurdos. Se uma empresa está tendo prejuízos, por que ela quer continuar? A Univias propôs, para continuar, diminuir as tarifas e fazer obras. É de uma contradição que chega a ser um deboche. Consideramnos uns ignorantes ao fazer esse tipo de

“É o absurdo dos absurdos. Se uma empresa está tendo prejuízos, por que ela quer continuar? A Univias propôs, para continuar, diminuir as tarifas e fazer obras. É de uma contradição que chega a ser um deboche”, diz Agenor Basso, da Assurcon

Tarso Genro (PT) 2011-2014

O fim da praça de pedágio entre Caxias do Sul e Farroupilha, assim que terminasse o contrato e a vigência da lei, em 16 de abril de 2013, foi uma promessa de campanha de Tarso Genro aos moradores da Serra. Tarso chegou a assinar um documento reafirmando seu compromisso de fechar a praça, sem substituí-la por um pedágio comunitário. Para se tornar realidade, sua promessa agora depende do Judiciário, que já deu liminar favorável à Convias prorrogar a cobrança até 28 de dezembro. O Estado recorre, mas sofre com a falta de dados sobre os balanços financeiros da Convias, que não são disponibilizados pela Agergs e pelo Daer.

Agência do Estado, Divulgação/O Caxiense

Novamente o “desequilíbrio” econômico-financeiro


As consequências desastrosas do Termo Aditivo número 1 Alegando prejuízo por ter ficado com as cancelas fechadas no início do governo Olívio, a Convias conseguiu reverter essa decisão judicial e fazer com que o Estado tomasse medidas para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro. Em 2000, Olívio Dutra (PT) assinou o fatídico Termo Aditivo número 1 (TA1). “Foi uma solução pior do que a implantação do pedágio”, relembra Basso. “Não sei mais se ele (Olívio) está convencido de que foi a coisa certa”, acrescenta o secretário da Assurcon, que na época aproveitou o impasse para sugerir que a praça fosse encampada “A Assurcon apontou como solução o Estado assumir o pedágio. Se fosse um Pedágio Comunitário, como já existiam outros, de cada R$ 100 arrecadados, R$ 80 ficariam para obras”, calcula Basso. Com o TA1, o governo autorizou a Convias a deixar as estradas piorarem. O Quociente de Irregularidades – físicas, não financeiras... – por quilômetro das rodovias concedidas passou de 45 a 59 irregularidades (a partir de 60, a estrada passa a ser classificada como ruim). Conforme a Assurcon, essa falta de cuidados significaria uma economia anual de R$ 170 milhões a todas as concessionárias. “Onde está sendo computado esse item do desequilíbrio econômico-financeiro?”, questiona Basso em um artigo sobre o assunto. A partir do o TA1, Olívio Dutra legitimou a chamada bidirecionalidade, e

desde então o motorista paga pedágio tanto na ida quanto na volta. Dizer que a taxa ficou mais barata é um engano. Se logo que foi instalado o pedágio, em 1998, a taxa única era de R$ 3 (valor para todas praças, sem considerar as diferentes extensões dos trechos concedidos), com a bidirecionalidade passou a ser R$ 2 (e, como todos sabem, 2 + 2 = 4). Em 2013, o custo de ida e volta chegou a inacreditáveis R$ 14. “Hoje, passados 8 anos (da data em que o TA1 poderia ter sido encerrado), nós, usuários, estamos pagando um superfaturamento de 40% nas tarifas que faz com que não admitamos que as concessionárias digam que estão com déficit financeiro. Nós é que nos aproximamos de um prejuízo”, diz Basso, lembrando que o TA1 também autorizou reajuste das tarifas acima da inflação. “Isso não existe no mundo. A Assurcon pesquisou valores tarifários do Brasil inteiro. Os valores de pedágios do Rio Grande do Sul não possuem paralelo no Brasil. Não tem tarifa mais cara que a nossa”, garante Basso. A deputada petista Marisa Formolo contemporiza sobre o TA1 e a responsabilidade de Olívio. “O termo veio por exigência jurídica. A Justiça determinou que deveria aumentar as tarifas e estabeleceu uma proposta para restabelecer o equilíbrio. Até 2004 não teria nada para acertar porque o TA1 compensaria”, justifica.

“Isso não existe no mundo. A Assurcon pesquisou valores tarifários do Brasil inteiro. Os valores de pedágios do Rio Grande do Sul não possuem paralelo no Brasil, não tem tarifa mais cara que a nossa”, diz Agenor Basso, secretário da Assurcon

A ineficiência da Agergs

O silêncio da Convias

A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Agergs) não informou à revista O CAXIENSE a receita dos últimos anos do polo de Caxias do Sul. Esta é a razão do gráfico da página 16 estar incompleto. A assessoria da Agergs não soube explicar bem por qual motivo não poderia fornecer as informações financeiras da Convias a partir de 2009 – mencionou problemas com a CPI e falta de recursos internos para o trabalho. Uma das funções da Agergs é “zelar pelo equilíbrio econômico-financeiro dos serviços públicos delegados”, mas como cumprirá com a missão se não possui os dados? Também cabe à Agergs “requisitar aos prestadores de serviços públicos delegados as informações convenientes e necessárias ao exercício de sua função regulatória” e “permitir o amplo acesso às informações sobre a prestação dos serviços públicos”, funções que explicitamente não estão sendo cumpridas.

A Univias, consórcio criado em 1998 e formado por Convias, Sulvias e Metrovias, não respondeu aos questionamentos feitos por O CAXIENSE nos últimos 15 dias. A revista é um espaço democrático e segue aberta para publicar o contraponto caso a Univias mude de ideia e queira informar qual é o seu déficit e a sua receita e explicar por que insiste em um negócio que alega dar prejuízo. No contrato de concessão da praça de Caxias, a Convias assegurava ao usuário o direito de “receber da concessionária informações para a defesa de seus interesses individuais ou coletivos”. 8.mar.2013

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Wikileaks do Pedágio Deputada estadual Marisa Formolo (PT) | Marcelo Bertani, Divulgação/O Caxiense

5 meses sombrios de CPI dos Pedágios na Assembleia Após ser instaurada, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os Pedágios incomodou. Tanto, que foi proibida a votação de sua continuidade após a conclusão. “A CPI foi possivelmente a que mais sofreu pressão interna dos deputados, pelo seu grau de vínculo com as concessionárias, para que não continuasse. Porque nem sequer o direito de votar a continuidade da CPI conseguimos. A liminar (para votar a continuidade da CPI) foi dada por um desembargador e não poderia ter sido derrubada em instância estadual, como foi feito”, relembra a deputada Marisa Formolo (PT). Instaurada em 30 de maio de 2007, a CPI teve como relator o deputado Berfran Rosado (PPS). Tanto Berfran como Frederico Antunes (PP), presidente da Assembleia Legislativa na época, receberam doações de campanha no ano anterior da Bourscheid Engenharia. A empresa foi a responsável pelos estudos relativos aos supostos desequilíbrios econômicos-financeiros dos contratos de concessão rodoviária, conforme Alcides José Saldanha, presidente do Conselho Superior da Agergs (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados) no período. A afirmação sobre a autoria do estudo dos desequilíbrios foi feita durante a própria CPI. A diretora de Qualidade da Agergs na época, Denise Zaions, confirmou que o Departamento Autônomo de Estradas de

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Rodagem (Daer) dificultava o trabalho da agência reguladora ao não disponibilizar todas informações contratuais das concessionárias. Após o seu depoimento, foi destituída do cargo. Conforme Agenor Basso, da Assurcon, que também depôs na CPI, os depoimentos pró-pedágio estavam sempre marcados para o “horário nobre”, com ampla cobertura da imprensa. Já as manifestações em favor dos usuários ocorreram de madrugada, até as 4:00 da manhã. O relatório final da CPI, de outubro de 2007, tem 181 páginas e conteúdo pouco esclarecedor sobre as 19 reuniões realizadas e 13 depoimentos, que totalizaram mais de 120 horas de oitivas. Sobre a CPI ter sido impedida de prosseguir, a deputada Marisa Formolo disse que não recebeu “explicações formais”. “Conseguimos uma liminar para votar a continuação da CPI. No dia seguinte seria a votação. Na madrugada saiu outra decisão (para impedir a votação). O que aconteceu? Se conseguissem a liminar na esfera federal (foi na estadual), teríamos mais dois dias e valeria o regimento da Assembleia Legislativa”, relembra a deputada. “Mas provamos que havia corrupção e que havia superfaturamento. Sugerimos ao Tribunal de Contas que fizesse uma auditoria operacional. A recomendação do TC ao Estado é de que não há desequilíbrio financeiro”, conclui Marisa.

Inspirada na organização sem fins lucrativos WikiLeaks, que disponibiliza documentos e informações sobre governos e empresas que digam respeito ao interesse público, a revista O CAXIENSE disponibilizará em seu site todos os documentos que obteve para a apuração desta reportagem. São mais de 300 páginas, com o contrato de concessão, o Termo Aditivo número 1, o relatório final da CPI dos Pedágios, a versão da Assurcon para a CPI e outros documentos. Caso você tenha algum documento relevante para o tema, envie para ocaxiense@ ocaxiense.com.br. Para ter acesso aos documentos, entre no site www. ocaxiense.com.br ou leia o código QR com seu smartphone ou tablet.


PLATEIA

Mágico de Oz para adultos também | Tenente Cascavel no Vagão, Luiz Marenco no Paiol | Zica abre agenda do São Carlos

Dois projetos de literatura estão parados aguardando verbas e reorganização | Maicon Damasceno, Divulgação/O Caxiense

Fortalecer para expandir Os novos planos para a cultura caxiense por Dinarte Albuquerque Filho Mesmo com um orçamento de R$ 19 milhões para a pasta, pelo menos duas ações da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), voltadas à leitura, estão suspensas e devem ser retomadas somente no final de abril, começo de maio. Tal-

vez só no segundo semestre. Trata-se da Maratona de Contação de Histórias e do reconhecido Tapete Mágico, com quase 90 mil espectadores. Segundo o secretário da Cultura, João Tonus, as atividades ficam suspensas momentaneamente em função de “dificuldades administrativas”, ou seja, embora a ad-

ministração tenha continuidade ideológica, a lógica de administrar os recursos mudaram. “O Tapete Mágico custa mais de 8 mil”, diz Tonus, ao justificar o ajuste – já que é necessária a montagem do espetáculo, com criação e cenário próprios. Além disso, de acordo com a diretora geral da Secretaria, Rubia Ana 8.mar.2013

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Mossi Frizzo, a postergação se dá também pelo tempo necessário à preparação do grupo que realiza as atividades. É preciso, de acordo com Tonus, que todos os eventos – teatro, dança, música, artes plásticas e outras manifestações – sejam incluídos em uma só licitação. O secretário lembra que as festas distritais, como a Festa do Divino, em Criúva, continuarão recebendo aporte do Município, a princípio no auxílio à contratação da parte artística. “Conseguimos, para este ano, em torno de R$ 7 mil, falta apenas a licitação”, diz. Ele lembra ainda que a restauração do complexo da Estação Férrea deverá ser feita pelo sistema de cotas da iniciativa privada, o que desoneraria o município – e cada contribuinte terá seu nome inscrito em uma placa. “É um lugar de grande visibilidade”, argumenta. Sobre a restauração, Rubia diz que até o fim do ano haverá melhorias. Paisagismo, instalação de guaritas, de câmaras de vigilância e tudo mais o que for preciso para adequar o espaço para os planos da Secretaria. “O prefeito já autorizou ‘tirar’ do papel”, garante a diretora. Entre os planos da Cultura está a transferência da Orquestra Municipal (que hoje ensaia no Ordovás) para o prédio à esquerda da gare (onde hoje fica a administração da Secretaria). A mudança deve ocorrer em abril e, além de abrigar os ensaios, o espaço se transformaria, em um futuro próximo, em escola de música. As atividades literárias, inclusive as que estão suspensas, serão realizadas nos prédios da Casa das Máquinas, em vias de conclusão, deixando a Casa da Cultura com espaço para novas atividades. Enquanto isso, outras das 27 ações da SMC continuam. O programa Livro Livre encerrou no domingo, na Estação San Pelegrino, com cerca de 1.200 trocas, o dobro da edição anterior – a próxima está prevista para 14 a 28 de

abril, no mesmo espaço, conforme a coordenadora do Departamento do Livro e da Leitura, Daniela Tomazzoni Zanandréa. Antes disso, de 7 a 10 de março, durante o Rodeio Campo dos Bugres, nos Pavilhões da Festa da Uva, a Biblioteca Pública Municipal e o Programa Permanente de Estímulo à Leitura (PPEL) estarão presentes com a Estância da Leitura (textos de autores gaúchos) e com os Peçuelos da Leitura (as bolsas de garupa). Há, também, uma nova atividade: Ô, de casa, inspirada na música dos Irmãos Bertussi e em parceria com a 25ª Região Tradicionalista – trata-se um grupo que visita os acampamentos, com viola, gaita e declamação de poesia gauchesca, como forma de incentivar os participantes a irem ao encontro da Estância e dos Peçuelos. No dia 8 de março está prevista a Charla de Campo, um mini-seminário com temas gauchescos. Para abril estão previstas atividades para os dias Nacional e Internacional do Livro. “Se parar para pensar, tem muita atividade”, considera Daniela.

Qualificação O Plano Municipal de Cultura (Lei nº 7.376, de 7 de dezembro de 2011), aprovado em 2012, estabeleceu, entre outras diretrizes, um novo organograma para a Secretaria Municipal de Cultura. A partir de então, na área cultural e artística, existem departamentos que concentram os diferentes espaços e manifestações. Do Departamento do Livro e da Leitura, dirigido por Daniela Tomazzoni Zanandréa Ribeiro, fazem parte o Programa Permanente de Estímulo à Leitura (PPEL) e o Sistema de Bibliotecas (a Pública Municipal, a Biblioteca da Estação, a do Servidor, que funciona junto ao Centro Administrativo) e as 19 bibliotecas dos Centros Comunitários .

Para fortalecer os programas, é realizado constantemente um curso de formação de agentes da leitura, oficinas em que se discutem formas de atrair a atenção da comunidade para o exercício de ler. Principalmente nas comunitárias, onde estes agentes são voluntários, encarregados de dinamizar a leitura, de acordo com Daniela. Outro exemplo, diz Daniela, pode ser visto na UBS do bairro Mariani, onde a agente de leitura pretendia chamar os adolescentes para a biblioteca, pois o público infantil já se fazia presente. Ela promoveu um Dia da Beleza, às sextas-feiras, quando disponibilizava escovas de cabelo, esmaltes, maquiagem e outros produtos para atrair frequentadoras. Só participava quem era associada e retirava livros com regularidade. Há, ainda, tratativas de parceria com a Associação Gaúcha de Escritores (AGE) e com a Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste do Estado (Amesne). A ideia, que deve ser posta em prática durante a próxima edição da Feira do Livro – que, como é uma atividade regular, assim como o Caxias em Cena, receberá os R$ 350 mil costumeiros, além de recursos adicionais – é proporcionar mais amplitude às obras dos escritores locais. Esta ação, segundo Daniela – no PPEL há 3 anos – se dará em função da criação do Departamento. “A ideia é unir esforços”, diz. “Qualificar e expandir, mas tem que fortalecer antes de expandir.” “Trabalhávamos separados, física e intelectualmente”, confirma a diretora geral Rúbia Ana Mossi Frizzo. Se esta sinergia funcionar, os 3% do orçamento municipal destinado à cultura caxiense (enquanto o Ministério da Cultura, por meio do Sistema Nacional de Cultura, determina que os municípios desloquem apenas 1%) poderão oferecer novos horizontes e possibilidades para artistas locais.

Organograma da SMC – Área cultural e artística ● Departamento do Livro e da Leitura – Daniela Tomazzoni Zanandréa Ribeiro ● Departamento de Fomento à Cultura – Magali Quadros ● Departamento de Formação e Promoção Cultural – Neste, existe uma pessoa responsável pelo Financiarte, Cláudia Rossi, e outra pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC), Ana Feverharmel; o terceiro “braço” cultural do departamento, o Fundo Especial da Cultura (FEC) – trata-se da retirada dos 10% das bilheterias dos espaços públicos – não tem um coordenador específico. ● Departamento de Memória e Patrimônio Cultural – Paulo Renato Pinto Carvalho

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CINE

Mila Kunis. Rachel Weisz. De Sam Raimi

Oz – Mágico e Poderoso A origem do personagem clássico de L. Frank Baum. É a história de um ilusionista de circo que, por conta de suas farsas, precisa fugir do Kansas em um balão e vai parar na encantada Terra de Oz. Lá, ele irá precisar convencer 3 feiticeiras (que são “apenas” Mila Kunis, Rachel Weisz e Michelle Williams, se o leitor adulto ainda não tinha levado esta sinopse a sério) de que ele é o grande mágico que todos esperavam e, de quebra, aprender a ser um homem melhor. Produzido por Joe Roth, de Alice no País das Maravilhas, e dirigido por Sam Raimi, da trilogia HomemAranha. Estreia CINÉPOLIS 3D 15:40-21:30 | 3D 12:50-18:30 | 13:30-16:30-19:30-22:20 GNC 3D 21:30 | 3D 13:30-16:10-18:50 | 13:45-16:20-19:00-21:40

L

2:09

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

Wiranu Tembé. Nuno Leal Maia. De Rosane Svartman

Jessica Chastain. Jason Clarke. De Kathryn Bigelow

Tainá – A Origem

A Hora Mais Escura

A índia Tainá fica órfã ainda bebê. Criada pelo pai, sonha em ser a primeira guerreira menina da aldeia. Junto com dois amigos, ela vai em busca de suas origens e luta contra um contrabandista de madeira que está por trás do desmatamento da floresta amazônica e da morte da sua mãe. Fecha a trilogia da história de Tainá, que começou com Uma Aventura na Amazônia (2000) e A Aventura Continua (2005). Estreia

O filme que originalmente se chamaria Kill Bin Laden, se o terrorista não tivesse sido morto de fato durante a produção, provocando mudanças no roteiro e até intervenções do Pentágono, foi um dos indicados ao Oscar de Melhor Filme. Uma agente da CIA que descobriu os interlocutores do líder da Al Qaeda participa da operação que levou militares americanos a invadir o Paquistão, com o objetivo de capturar e matar Bin Laden. Estreia

GNC 14:00-15:50-17:50 CINÉPOLIS 12:00 (SEX. SÁB. e DOM.) | 14:00-16:40

GNC 18:10-21:15 CINÉPOLIS 11:50 (SEX. SÁB. e DOM.) 16 | 15:00-18:20-21:50

L

1:27

8.mar.2013

2:37

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O Mestre Na nova produção do diretor de Magnólia e Sangue Negro, Paul Thomas Anderson. Um marinheiro tenta reconstruir a vida após o término da 2ª Guerra Mundial, mas enfrenta problemas para controlar seus impulsos. Tudo muda quando ele passa a seguir as orientações de um carismático líder religioso. Com Joaquin Phoenix e Philip Seymour Hoffman. De Paul Thomas Anderson. Estreia ORDOVÁS SEX. (8). 19:30 - SÁB. (9) e DOM. (10) 20:00 14 QUI. (14). 19:30

1:24

Dezesseis Luas

O lado bom da vida

Argo

Crepúsculo. Só que com uma moça bruxa indecisa no lugar do vampiro e um rapaz apaixonado no lugar da mocinha. Com Alice Englert e Jeremy Irons. De Richard La Gravenese. 2ª semana.

Enquanto Lincoln, Os Miseráveis, O voo e outros filmes badalados já saíram de cartaz, a comédia romântica permanece firme em sua 6ª semana em cartaz. O romance entre o bipolar Pat Solitano Jr e uma vizinha igualmente problemática, está entre os melhores filmes já produzidos neste gênero tão castigado por produções pouco elogiáveis. Com Bradley Cooper, Jennifer Lawrence e Robert De Niro. De David O. Russell.

Mais uma chance para quem quiser conferir o vencedor do Oscar de Melhor Filme. Baseado em uma história real, mostra um resgate da CIA que contou com a ajuda de Hollywood para criar uma farsa capaz de salvar um grupo de diplomatas presos no Irã. Com Ben Affleck e John Goodman. De Ben Affleck. Reapresentação, 2ª semana.

GNC 19:20-21:50 | 14:15-16:40 CINÉPOLIS 17:00-19:40 | 14:10

10

2:04

Duro de matar: Um bom dia para morrer Para quem estava com saudade das peripécias improváveis do policial John McClane, a espera acabou. E em grande estilo, numa aventura em que – só para dar uma ideia – 132 veículos viraram sucata durante as gravações (sem efeitos especiais). A brincadeira consumiu U$ 11 milhões e boas cenas de perseguições. Fora isso, muitos tiros, saltos incríveis e qualquer recurso para deixar o espectador sem fôlego também não faltam nesta aventura que se passa na Rússia, onde McClane vai para resgatar o filho. Com Bruce Willis e Jai Courtney. De John Moore. 3ª semana GNC 17:30-22:00 | 13:30-15:30-19:30 CINÉPOLIS 13:00-15:20-20:50

12

1:36

★★★★★

GNC 19:40-22:10 CINÉPOLIS 19:20-22:00

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação de Interessados, Ausentes, Incertos e Desconhecidos - Usucapião 3ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (vinte) dias. Natureza: Usucapião. Processo: 010/1.11.0008298-0 (CNJ:.0016353-46.2011.8.21.0010). Autor: Gilse Teresinha de Carvalho, CPF n° 252.121.170-20, Felipe Grivot de Carvalho, CPF n° 937.869.480-20 e Lauro Fernando Grivot de Carvalho, CPF n° 005.159.310-63. Réi: Condomínio do Edifício Rian e Outros. Objeto: DECLARAÇÃO de domínio sobre o imóvel a seguir descrito. IMÓVEL: “uma área de 109,35 m², denominada de lavanderia/terraço, situada no terraço da cobertura, logo acima e englobando o apartamento n° 6, do 10° pavimento ou oitavo andar do prédio de alvenaria do Edifício Rian, n° 689, com frente para a rua Marquês do Herval, distando aproximadamente 18,00 metros da esquina com a rua Pinheiro Machado, compondo-se das seguintes dependências: um dormitório, sala de estar e lavanderia, dito prédio edificado sobre o lote urbano n° 17, da quadra n° 31, medindo a área de 114,28 m², desta cidade de Caxias do Sul, formado pelo quarteirão das vias Marquês do Herval, Dr. Montaury, Avenida Julio de Castilhos e Pinheiro Machado, de propriedade de Gilse Teresinha Carvalho e Outros. Imóvel matriculado sob o n° 27.641 as folhas 01 do livro 02 do Registro Geral do Registro de Imóveis da 2ª Zona de Caxias do Sul - RS.” Prazo de 15 (quinze) dias para contestar, querendo, a contar do término do presente Edital (Art. 232, IV, CPC), sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo(s) autor(es). Caxias do Sul, 18 de dezembro de 2012. SERVIDOR: Kátia Maria Riboli Dal Ponte - Escrivã Judicial. JUIZ: Clóvis Moacyr Mattana Ramos.

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12

2:02

Faça tu a sinopse, Sílvio. “O filme é muito bom. Eu não vi, mas minha mulher viu, minhas filhas viram... O que Roque? A atriz é da Globo? Vai pra lá, vai pra lá....” Com Ingrid Guimarães e Maria Paula. De Roberto Santucci. 11ª semana.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

14

CINÉPOLIS 18:00

1:57

As Aventuras de Pi

De pernas pro ar 2

GNC 13:20-15:20

★★★★★

12

1:35

Assim como Argo, está de volta às salas de cinema para quem só ficou a fim de assistir depois da premiação do Oscar. O filme que deu a estatueta de Melhor Diretor a Ang Lee se destaca pelos efeitos visuais espetaculares – e também premiados. Com Gerard Depardieu e Irrfan Khan. De Ang Lee. Reapresentação, 2ª semana. CINÉPOLIS 3D 22:30

★★★★★ 12

2:10


MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (8)

Sertanejo de Nova Petrópolis

Mateus & Fabiano, dupla de Nova Petrópolis, lançam o CD Deus tá vendo, que é sertanejo universitário, claro, não gospel. Além da música que dá título ao álbum, eles cantam clássicos como Boate Azul e Agenda Rabiscada. Além do show, a noite tem as performances dos DJs Luciano Lancini e Lilo Lorandi. SEX. (8). 23:30. R$ 25 e R$ 35. Bulls

Junk Box

23:00. R$ 12. Bier Haus

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Festa latina – Vários DJs

23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Brazuca

23:30. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Cuscobayo

22:00. R$ 6 e R$ 10. Deck

Sem Razão

23:00. R$ 15 a R$ 25. Havana

Dj Daniel Tessler

23:00. R$ 15 e R$ 12. Level

Ale Ravanello Blues Combo

22:30. R$ 15 e R$ 20. Mississippi

Paula Bencini + Lety Sartoretto e Leandro Baldi 23:00. R$ 20. Nox Versus

Grupo A+

22:30. R$ 20. Portal Bowling

Ana Paula Chedid

21:00. Gratuito. Zarabatana

SÁBADO (9) Julio Cesar & Eduardo

23:00. R$ 20 e R$ 40. Arena Gold

Five Kicks – Tributo a Kings of Leon 23:00. R$ 12. Bier Haus

Seleção do Samba

23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13

Seresteiros do Luar

23:00. R$ 5. Cachaçaria Sarau

Rutera

22:00. R$ 15 e R$ 10. Deck

Local House (vários DJs)

23:30. R$ 15 a R$ 40. Havana

Orelhão Indie Week – Especial Lollapalooza 23:00. R$ 15 e R$ 12. Level

Ale Ravanello Blues Combo

22:30. R$ 15 e R$ 20. Mississippi

Leandro Baldi + Rodrigo Dias e Giiu Emer 23:00. R$ 20. Nox Versus

Festa Girls of Summer (vários DJs) 23:00. R$ 25 e R$ 50. Pepsi Club

Eletrônica top

O duo Felguk, formado pelos dj’s cariocas Felipe Lozinsky e Gustavo Rozhental, anima a 3ª edição da festa House P.R.I.M.E. A dupla que abriu os shows da última turnê da Madonna no Brasil possui mais de 18 milhões de acessos no Myspace. Em 2012, o Felguk foi nomeado no 90° lugar da lista TOP 100 da revista inglesa DJ Mag. SÁB. (9). 23:00. R$ 40 e R$ 50. All Need Master Hall

TNT + Cascavelletes

Quase um dream team do rock gaúcho. Se isso é exagero, certamente não estaremos forçando se falar que a Tenente Cascavel reúne alguns integrantes de duas das mais antigas e importantes bandas do rock daqui. O show é recheado por sucessos das duas bandas que dão origem à Tenente, além de composições próprias. A formação tem Tchê Gomes (vocal e guitarra), Márcio Petracco (guitarra, pedal steel e vocal); Luciano Albo - baixo, violão, guitarra e vocal; e Paulo Arcari – bateria. SÁB. (9). R$ 20 e R$25. 00:30. Vagão

Clássicos rock gaúcho Com a devida licença dos deuses do blues que habitam o Mississippi Delta Blues Bar, o vocalista do TNT e compositor por trás de alguns dos principais hinos do rock feito no Rio Grande do Sul nos anos 80 e 90 – Não Sei, Ana Banana, A Irmã do Dr. Robert, Cachorro Louco, só para citar algumas –, Charles Master sobe ao palco para cantar os clássicos. Seu trabalho mais recente é o DVD Ao Vivo no Opinião, de 2011. QUA. (13). 22:00. R$ 25 e R$ 20. Mississippi 8.mar.2013

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Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS DOMINGO (10) Corrente Sanguínea + Pornobilly 16:00. Gratuito. Cachaçaria Sarau

Ana Carolina e convidados 18:00. R$ 6. Deck

Roda de Samba

17:00. R$ 8 e R$ 5. Place des Sens

Pagode Junior + Sertanejo.com 21:00. R$ 20. Portal Bowling

TERÇA-FEIRA (12) Nino Henz e Marcelinho Silva 21:30. Gratuito. Boteco 13

Franciele Duarte e Banda

22:30. R$ 15 e R$ 10. Mississippi

QUARTA-FEIRA (13) Rafael Texas e Banda

21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

Jhonatan e Carlos

21:00. Gratuito. Paiol

QUINTA-FEIRA (14)

A voz do tradicionalismo

Um dos principais nomes da música tradicionalista gaúcha, o cantor portoalegrense Luiz Marenco mostra no palco mais gaúcho de Caxias o repertório que faz sua música ser requisitada em todo o Brasil. Marenco tem mais 20 anos de carreira e 18 álbuns lançados, sendo o último Identidade, de 2008. Ele toca ao lado dos músicos Egbert Parada, Aluisio Rockembach, Fabricio Moura, Luis Clóvis Girardi e Gustavo Teixeira. QUI. (14). 22:00 R$ 20 e R$ 30. Paiol

Fabrício Beck Trio

23:00. R$ 12. Bier Haus

A4

23:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

Resgate

21:00. R$ 15 e R$ 10. Deck

Thiago e Danny + DJ Gilson 23:00. R$ 20. Portal Bowling

Rafa Gubert e Tita Sachet

19:00. Gratuito. Estação San Pelegrino (praça de alimentação)

Rock em família

O que AC/DC, Oasis, Os Mutantes e The Allman Brothers têm em comum? São bandas que contam com dois irmãos na sua formação. Mas a The Chaise Brothers vai além. Aqui, os 3 filhos do seu Antônio Dinarte Chaise se juntam para tocar um repertório de pérolas de rock. E o trio não é fraco, não. Rodrigo Chaise é vocalista e guitarrista da banda Dinartes (homenagem ao coroa), Gustavo Chaise é frontman da Severo em Marcha e Maurício Chaise está à frente da Locomotores.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação de Interessados, Ausentes, Incertos e Desconhecidos - Usucapião 4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Usucapião. Processo: 010/1.12.0013340-4 (CNJ:.0033153-18.2012.8.21.0010). Autor: Flavio Batista Buffon e outros. Objeto: DECLARAÇÃO de domínio sobre o imóvel a seguir descrito. IMÓVEL: “Um terreno urbano, constituído pelo lote administrativo n° 02, da quadra 2809, no bairro Santa Catarina, nesta Cidade de Caxias do Sul, com frente para um acesso particular, distando 45,90m da Rua Carmelindo Piccoli, e 45,50m da esquina formada com a Rua Pierina Matte Bordin, contendo uma casa de alvenaria, com dois pavimentos e com área total construída de 212,00m2, tendo dito terreno a área superficial de 183,20m2, com as seguintes medidas e confrontações: ao Norte, por 14,15m com parte do lote nº 06, da quadra nº 3601, de propriedade da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arnaldo Ballvê; ao Sul, por 14,04m, com um acesso particular; ao Leste, por 13,00m com parte do Lote n° 13, da quadra n° 2808, de propriedade de Odir Jorge Manfro; ao Oeste, por 13,00m com o lote nº 05 de propriedade de Neida Maria Corso”. Prazo de 15 (quinze) dias para contestar, querendo, a contar do término do presente Edital (Art. 232, IV, CPC), sob pena de serem presumidos como verdadeiros os fatos alegados pelo(s) autor(es). Caxias do Sul, 22 de novembro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUÍZA: Cláudia Rosa Brugger.

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QUI. (14). 22:30. R$ 20 e R$ 15. Mississippi ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Execução de Título Extrajudicial 6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (vinte) dias. Natureza: Execução deTítulo Extrajudicial Processo: 010/1.11.0036503-6 (CNJ:.0066340-51.2011.8.21.0010). Exequente: Banco do Brasil S.A.. Executado: Rez Metal Tratamentos de Superfícies Ltda. e outros. Objeto: CITAÇÃO Rez Metal Tratamentos de Superfícies Ltda., Florisbela Liposki e Androssa dos Santos Drum atualmente em lugar incerto e não sabido, para que pague(m), no prazo do TRÊS (3) DIAS, o valor do R$ 42.578,64 (quarenta e dois mil, quinhentos e setenta e oito reais e sossenta e quatro centavos) - valor atualizado até dozembro de 2011, fioando ciente(s) de que havendo o pagamento integral no prazo legal, a verba honorária, arbitrada em 10% da execução, será reduzida pela metade. Poderão, ainda, querendo, oferecer EMBARGOS no prazo legal de QUINZE (15) DIAS, contados do término do prazo deste edital. No prazo de embargos, reconhecendo o executado o crédito do exequente e comprovando o depósito de, no mínimo 30% (trinta por cento) do valor exequendo, inclusive custas processuais e honorários advocatícios, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até SEIS (6) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. Não efetuado o pagamento, nem opostos embargos no prazo legal, será procedida a PENHORA, AVALIAÇÃO E DEPÓSITO de tantos bens quantos forem necessários para garantir a execução. Caxias do Sul, 09 de janeiro do 2013. SERVIDOR: Maria Gorote Grisa. JUIZ: Maria Olivier.


Fotos: Divulgação/O Caxiense

PALCO

Quarentona solteira, independente... e virgem

Zica Stockmans – talento local de alta qualidade – abre a programação 2013 do Teatro São Carlos. Na comédia Memórias de Uma Solteirona, a história de uma personagem “empacada” sexualmente por pendências espirituais. Com a ajuda de amigas, como sua manicure e uma guia espiritual, ela vai tentar recuperar a autoestima e, finalmente, perder a virgindade. As histórias são contadas em cenários que vão desde a aula de pilates até baile funk e festa de rodeio. Diversão garantida. SEX. (8). R$ 30 e R$ 15 (meia entrada). Teatro São Carlos

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0:55

Turma de um homem só O ator Cris Pereira, do espetáculo Primeiro as Damas, encarna o mestre dos flanelinhas Claudiovaldo Nogueira, o gaudério contador de causos Gaudêncio, o bêbado gente boa Kirilove, a ingênua entrevistadora Virgínia Istar Uars e o radialista feio, mas de elegância única, Rodsom dos Anjos, para duas noites de gargalhadas. E o Jorge da Borracharia? Sim, ele vem. SÁB. (9) e DOM. (10). 20:30. R$ 50 e R$ 20 (meia). 14 Teatro São Carlos 1:40

Tango para um pintor revoltado

Um espetáculo que fez sucesso no final do ano passado está de volta. Apresentado pelo grupo Compacto Escola de Danças, Tic Tac TanGoNóia II conta a história de um pintor revoltado, cujo os motivos da revolta são revelados ao longo da trama. Apesar do nome, não só de tango se faz o roteiro, que conta com diversos ritmos. O espetáculo tem direção geral de Mara Quadros e direção artística de Cristiano Vieira. DOM. (10). 20:30. R$ 20 e R$ 15. Teatro Municipal

L

1:00

8.mar.2013

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Divulgação/O Caxiense

ARTE

Arte para o coletivo

Com o intuito de oportunizar a todas as classes sociais o acesso às artes visuais de uma forma inovadora, a 2ª edição do projeto Circulação da Arte: arte ao alcance de todos, terá a reprodução de obras em busdoors – adesivos especiais nas janelas traseiras de 50 ônibus da Visate. As mesmas obras estarão em exposição itinerante. Após o lançamento, na Galeria de Artes do Ordovás, irão circular por pelo Campus 8, Cristiane Marcante Decoração e Casa de Teatro. O projeto conta com a participação de Alex Milesi, Guilherme Borges (Nerd), Madia Bertolucci, Matias Lucena, Mirian Gazola, Nana Corte, Natalia Bianchi, Rafael Dambros e Victor Hugo Porto, além das realizadoras do projeto, a artista Cristiane Marcante em parceria com a Curadoria Independente de Mona Carvalho. Todos os artistas criaram uma obra especialmente para este projeto, com o tema coletividade. Circulação da Arte: arte ao alcance de todos

Coletiva. A partir de QUI (14). 20:00 (Lançamento). SEG-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Coleções: Lembranças e Sonhos

TER. SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Feito com a alma

Fernanda Horta Barbosa da Silva SEG-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Farmácia do Ipam

Janelas Decoradas

Coletiva. SEG-SÁB. 10:00-22:00. DOM. 14:00-20:00. Estação San Pelegrino

Texturas do Silêncio

Vinícius Guerra. Até SÁB. (9). SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

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CA

MA RIM

Marcelo Aramis

Meia-entrada

Depois de um breve desconforto com a publicação de uma nota na versão online desta coluna, na segunda (4), a Morphine Produções disponibilizou 300 ingressos para estudantes (R$ 25) para o show de Nando Reis, no dia 23, e 300 para Péricles (R$ 20), no dia 29, ambos na All Need Master Hall. Vale lembrar que, como explicava a nota, mesmo que não oferecesse meia-entrada no pacote promocional, a produtora estaria de acordo com a lei. Graças ao veto da Câmara de Vereadores a dois benefícios propostos pela vereadora Denise Pessôa (PT), não é obrigatório conceder o desconto em lotes promocionais e é possível limitar a quantidade de meias-entradas – como queiram os produtores. Outras atrações que passarão por aqui, com outras produtoras – Jorge & Mateus e Roberto Carlos, por exemplo – também não terão desconto. Com uma lei deficiente, o benefício só depende do bom senso e boa vontade de quem produz os eventos. No entanto, a postura do consumidor tem mais força do que a lei.

Música na escola

A compositora e educadora musical Thelma Chan volta a Caxias para ministrar uma nova oficina, que ocorre no dia 13 de abril, das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 16:30, no Ordovás. Direcionada especialmente a professores da educação e musicalização infantil e musicistas, a oficina Música Para Ser aborda o ensino para alunos do 1° ao 9° ano. São oferecidas 50 vagas a R$ 125. Interessados devem entrar em contato pelo e-mail para andrecxs@uol.com. br.

Olhar de fotógrafo

A fotógrafa Miriam Cardoso de Souza ministra na Faculdade AngloIdeau, o Curso de Técnicas de Visão Fotográfica. A paixão pela fotografia é o único requisito aos alunos. Serão duas aulas teóricas (25 e 26 de março, das 19:00 às 22:00) e uma aula em campo (dia 30, das 13:30 às 18:00). O investimento é de R$ 70. Informações no fone 3536-4404 ou pelo e-mail comercial.cx@ideau. com.br.


A

os

Odacir Scalco, Divulgação/O Caxiense

Endere

cinemas: CINÉPOLIS. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. | GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer. R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 8 (inteira). R$ 4 (meia) |

MÚSICA: Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | BOTECO 13. Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | bukus anexo. Rua Osmar Meletti, 275. Cinquentenário. 3215-3987 | BULLS. Dr. Augusto Pestana, 55. Estação Férrea. 3419.5201 | CACHAÇARIA SARAU. Coronel Flores, 749. Estação Férrea. 3419-4348 | cond. Angelo Muratore, 54. Dellazzer. 3229-5377 | Deck: Rua João Mocelin, 1498. Panazzolo. 3021.0455 | HAVANA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004 | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS. Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | OLIMPO MUSIC. PERIMETRAL BRUNO SEGALLA, 11655, São Leopoldo. 3213-4601 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PEPSI club. Rua Guerino Sanvitto, 1412. Villaggio Iguatemi.3019-0809 | PORTAL BOWLING. RS 453, KM 2, 4140. SHOPPING MARTCENTER. 3220-5758 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

Carol De Barba

TEATROS: teatro municipal. Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | CASA DE TEATRO. Rua Olavo Bilac, 300. São Pelegrino. 3221-3130 | galerias: campus 8. Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | ESTAÇÃO SAN PELEGRINO. Av. Rio Branco, 425. São Pelegrino. 3022-6700 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3215-4301 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 | SESC. MOREIRA CÉSAR, 2462. pio x. 3221-5233 |

Legenda Duração

Nova loja

Avaliação ★ 5★

Classificação

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Ação. Animação. Artes.Circenses. Aventura Bonecos. Comédia. Documentário. Drama Ficção.Científica. Faroeste Infantil. Fantasia. Musical. Policial. Romance. Suspense. Terror.

Música Blues. Funk. MPB. Samba.

Coral. Eletrônica. Erudita. Folclórica Hip.hop Indie. Jazz. Metal. Pagode. Pop. Reggae. Rock. Sertanejo. Tango. Tradicionalista

Dança Clássico. Contemporânea. Dança.do.Ventre Flamenco. Jazz. Hip.hop Salão.

Dança de Rua Folclore.

Forró.

Artes Acervo. Fotografia. Pintura.

Desenho. Grafite.

Diversas Gravura.

Escultura. Instalação

A Monacri, caxiense especializada na fabricação de casacos de lã, chega a seus 27 anos com uma bela novidade: uma loja própria, que será inaugurada quinta (14), às 19:00. O espaço, no Villaggio Iguatemi, venderá peças das novas coleções e também terá um outlet da marca.

Artesanato chique

O designer da Assintecal, Marnei Carminatti, que apresentou o preview de Inverno 2014 Inspiramais durante o 12° Integramoda RS, sintetizou muito bem o que as marcas locais devem e podem buscar no artesanato, arte que não falta à Serra. “O artesanal é onipresente, se fala nisso há 10 anos. Mas como um elemento que não seja folclórico nem caricato”, disse, sobre o formato que agrega valor ao design de moda (e foi assunto da edição 169). Fica a dica. 8.mar.2013

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GASTRONOMIA E COZINHA Presente de grego: os ingredientes perigosos do melhor iogurte do mundo O iogurte grego chegou no Brasil com o “modesto” slogan “o melhor iogurte do mundo”. De fato, a textura e a consistência do produto, seja ele de qualquer marca, é incomparável. Porém, quem associa o alimento em sua versão tradicional a uma dieta saudável, deve tomar cuidado os gregos do mercado. Em comum com o estrangeiro, o abrasileirado só tem mesmo a aparência. O iogurte grego original passa por um processo a mais de fabricação, que remove o excesso de soro do leite, dando ao resultado final uma consistência que se aproxima do queijo petit-suisse (o popular danoninho). Os nacionais (e, claro, várias marcas importadas, porque o Hemisfério Norte também não é modelo de alimentação

impecável), no entanto, levam uma série de outros agentes espessantes e até creme de leite para ganhar a intensa cremosidade que caracteriza o produto. Ou seja, em vez de menos carboidratos e sódio e mais proteína e cálcio, os potinhos são ricos em calorias – alguns chegam a ter o dobro do iogurte natural tradicional – e gordura do pior tipo, a saturada. Nestas terras, por enquanto, o iogurte grego é vendido apenas em versão adoçada (com açúcar) e/ou saborizada, com adição de frutas. Na Europa e nos Estados Unidos já existem opções 0% de gordura e sem adição de açúcar. Enquanto essas novidades não chegam, a dica para quem já se apaixonou pelo cremoso iogurte grego é consumir com moderação.

Grego caseiro

Divulgação/O Caxiense

Sim, sim, sim, a gente acabou de dizer que esse tal iogurte grego é, na verdade, um troiano disfarçado. Mas sim, também acabamos de falar sobre o quanto ele é delicioso. Por isso, para que você se sinta menos culpado degustando a iguaria, procuramos uma receita que, ok, tem um pouco de gordura, mas pelo menosfoi você que fez. O achado veio do blog Cozinha Pequena (cozinhapequena.com)

Dica da Nona 30

Leve 2 litros de leite integral ao fogo, mexendo sempre, por aproximadamente 30 minutos (não deixe ferver. Se isso acontecer, continue mexendo até parar a fevura). Deixe esfriar por uns minutos e teste a temperatura, com o dedo, mesmo. Coloque o mindinho dentro do leite. Se você aguentar cerca de 8 a 10 segundos, está ideal. Acrescente 1 pote de nata ou creme de leite fresco (400 g ou 500 g), mexendo até tudo se juntar bem. Por fim, adicione 1 pote de iogurte natural (cerca de 170 g) e misture também. Coloque tudo em um pote de vidro ou de cerâmica, cubra com filme plástico e enrole um cobertor, para conservar o calor. Deixe descansar por cerca de 6 horas (pode ser mais, se a consistência ainda não estiver boa) e, mágica: você tem seu próprio iogurte grego.

Na receita de iogurte grego, troque os ingredientes por 1 litro de leite desnatado e 1 pote de iogurte natural light e faça seu próprio iogurte saudável em casa. E você ainda poderá usá-lo para fazer mais iogurte.


SECOS E MOLHADOS

Nestlé (100g)

Calorias: 113 kcal Gorduras: 4 g Carboidratos: 15 g Proteínas: 4,6 g

Iogurte Grego Morango

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Iogurte Grego Tradicional

Nestlé (100g)

Calorias: 118 kcal Gorduras: 4 g Carboidratos: 19 g Proteínas: 3,8 g

Iogurte Grego Tradicional Vigor (100g)

Calorias: 151 kcal Gorduras: 7,5 g Carboidratos: 16 g Proteínas: 5,1 g

Iogurte Grego Polpa de Damasco Vigor (100g)

Calorias: 204 kcal Gorduras: 10g Carboidratos: 22 g Proteínas: 5g

Sanduíches

Ovos de Páscoa funcionais

Pensa que diabéticos, intolerantes à lactose, celíacos e intolerantes à glúten, e pessoas que estão em dieta de redução de calorias sofrem muito na Páscoa? Que nada. A Chocolife tem ovos funcionais, que podem ser presenteados a pessoas com diversas restrições alimentares. São 3 opções: 50% cacau (106 calorias), 70% cacau (104 calorias) e ao leite (97 calorias). Todos pesam 160 gramas e custam, em média, R$ 18.

Piquenique Solidário

No lançamento da programação de 15 anos do evento, o Divina Cozinha elaborou uma experiência enogastronômica beneficente. O Piquenique Solidário será no gramado em frente à igreja e ao coreto da Réplica de Caxias, nos Pavilhões da Festa da Uva, no dia 7 de abril. O ingresso custa R$ 25, dá direito a um kit individual recheado com delícias para o convescote, preparadas pelos chefs Alex Szigethy, Alexandre Reolon, Charlie Tecchio Colonetti, Fernando Bertini, Gabriel Lourenço Franciscão, Junior Paz e Viviane Chies. A renda dos ingressos e de toalhas de piquenique confeccionadas por Clubes de Mães da cidade, que estarão sendo vendidas no local, será revertida ao Projeto Mão Amiga. Os postos de venda antecipada são a Paróquia dos Capuchinhos, Dolaimes Comunicação e Eventos e Brisa Esportes.

“De pão integral preto com pasta de ricota e fatias de frango defumado. O frango defumado por já estar sem líquidos tem uma conservação mais longa e pode ser mantido fora do refrigerador. O mesmo acontece com a ricota. É rápido de preparar e alimenta.”

a vontade de comer

Torta Integral de Banana “Levarei no Piquenique Solidário. Ela não tem farinha, nem glúten. É feita com castanhas, banana, açúcar mascavo e mel, prensados e levados ao forno com temperatura moderada para que o açúcar apenas caramelize e tome consistência. O açúcar enrijecido age como um conservante natural. O bolo fica com o aspecto de uma barra de cereal.” por Alex Szigethy, Empório São Lourenzo

8.mar.2013

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