Edição 133

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É velho, mas funciona

6 Pinhão cozido é para os fracos

Tricô desde menino

7 Rabugice caxiense: uma porcaria de reportagem

16 Tia Carroll: a diva americana do blues ama Caxias

A integrante mais antiga dos Alcoólicos Anônimos

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8 Nojinho educativo no Dia dos Namorados

Produtos apreendidos por menos da metade do preço de mercado

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11 Dupla CA-JU está segura no banco de reservas

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arquitetura Soluções estilosas para controlar a luz

Longe de tudo para ficar mais perto de Deus

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Fotos: 6 e 16: Paulo Pasa/O Caxiense. 13: Aires Battistel, Divulgação/O Caxiense. 11: Maurício Concatto, Arquivo/O Caxiense

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DIGA!

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

Unanimidades burras | Espaço para discordar | Reclama mais! Este ano comemoramos o centenário de dois grandes escritores, que infelizmente nos deixaram antes de chegar a este marco: Jorge Amado – meu objeto de pesquisa desde a monografia da faculdade de Jornalismo na PUCRS até a recente dissertação de mestrado em Letras na UCS – e Nelson Rodrigues. Jorge Amado me fisgou na adolescência e despertou meu interesse pela pesquisa acadêmica. Anos antes de concluir meu bacharelado já tinha um plano de pesquisa e guardava dinheiro para ir a Salvador procurar as fontes de informação que precisaria. Em 2008, na capital baiana, consegui reunir o material necessário para revelar a faceta de jornalista do escritor e concluir minha graduação. Em 2012, terminei a pesquisa sobre mestiçagem e teorias raciais sob um viés sociológico de uma de suas obras, Tenda dos Milagres. Bastante tempo pesquisando um autor que, de forma quase unânime, era (e ainda é) desmerecido pelos acadêmicos. E bastante tempo convicta concordando com outro autor. Nelson Rodrigues, que também me fisgou na adolescência mas não conseguiu transformar a paixão em amor, é a inspiração para abrir o diálogo deste espaço. Foi ele quem disse que “toda unanimidade é burra”. Minha tendência sempre foi concordar com o raciocínio (mas, se todos concordarmos, seremos burros?). Enfim, desde que ouvi com atenção a sentença, gosto de ver opiniões diferentes sobre um mesmo assunto lado a lado. A reportagem de capa da edição passada, de número 131, mostra o atraso dos médicos particulares, fenômeno que ocorre diante dos olhos de todos mas é tão aceito que habitualmente nem se questiona. O papel da revista O CAXIENSE, porém, é justamente o de questionar esses “tabus” – uma postura que não agrada e nem pretende agradar a todos. E o lado bom é exatamente este: abrir espaço para opiniões divergentes. Abaixo, o desabafo de um leitor, que não se identificou:

“E qual é a novidade nisso? Estes ‘seres superiores’ exercem a melhor profissão do mundo, ganham muito bem e não têm

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

compromisso com nada, pois se morrer faz parte do ciclo natural (pior é que é verdade, afinal todos vamos morrer…), então por que são tratados com toda esta distinção? Eles sabem que estão ‘lidando’ com o bem mais precioso de todos, a vida. No fundo é uma grande chantagem que é aceita por todos com receio de represálias. Todos sabem que médico pode fazer o que quiser que não dá nada. Por exemplo: deixar de atender, errar no palpite que eles chamam de ‘diagnóstico’, operar o pé errado e assim por diante….e a quem vamos recorrer? A ninguém, é claro, pois nunca vai dar nada! Fazem de conta quando o caso está quente na imprensa e depois já era, vai para o arquivo morto…” Para outra leitora, o texto que publicamos no site para divulgar a reportagem já causou incômodo. No Twitter, Mariana F. De Godoy reclamou, citando uma frase nossa:

“Nas clínicas, o chá de banco é o cartão de visitas dos médicos.” Um pouco apelativo, não? Espero que a reportagem de capa desta semana também gere posicionamentos distintos. Nela, nos debruçamos sobre outro tema quase onipresente, mas pouco debatido: o hábito praticamente incontrolável de reclamar sobre tudo que é relacionado com Caxias do Sul. Com razão muitas vezes, os reclamões estão em todos os lugares. Mas reclamam tanto (e de tudo) que acabam perdendo a credibilidade. Caxias não tem nada de bom? Discordo. Paula Sperb, diretora de Redação

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Felipe Boff Paula Sperb Diretor Administrativo

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Andrei Andrade Rafael Machado Robin Siteneski

Gesiele Lordes Leonardo Portella Paulo Pasa Designer

Luciana Lain COMERCIAL Executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo ASSINATURAS Atendimento

Tatyany R. de Oliveira Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120 Foto de capa Paulo Pasa/O Caxiense

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BASTIDORES Pinhão além da chapa | Homem no tricô | 35 anos sem beber | Sexo sem romance | Uma tia do blues

Brique da solidariedade

Que tal comprar uma geladeira por R$ 100 e ajudar uma instituição que mantém escolas de educação infantil para crianças carentes? Esse é o objetivo do AbraCabrike, brique mantido pela Educaritá. A ONG recebe doações e as vende a preços baixos para financiar duas escolas que atendem 200 crianças ou doa para famílias em situação de vulnerabilidade social. O AbraCabrike, que fica na avenida Julio de Castilhos, 1195, entre a R. Guia Lopes e a Andrade Neves, recebe roupas, eletrodomésticos e móveis. Dependendo do tamanho da doação, manda buscar. Qualquer um pode comprar no brique. Mensalmente, cerca de 150 móveis e 2 mil peças de roupa e utensílios domésticos são doados. As doações disponíveis no brique são revisadas antes da venda. Confira alguns produtos. São velhos, mas funcionam.

Televisão: R$ 289,90

Geladeira: a partir de R$ 100

Fogão: a partir de R$ 70 Forno de microondas: R$ 119,90

Aparelho de som: R$ 269,90

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Cama de solteiro: a partir de R$ 60

Roupas: de R$ 3 e R$ 15


TOP5

Receitas com pinhão Cozido, na chapa, na brasa, paçoca... Pensávamos que isso era tudo o que se podia fazer com pinhão. Raul e Hermínia Fonseca, organizadores da Festa do Pinhão, de Vila Seca, foram muito além do trivial para citar seus pratos preferidos com a semente mais comum nos lares gaúchos no inverno. Anote e prove.

costelinha de porco picada. Após juntar todos os ingredientes, acrescente o pinhão e o tempero, em quantidades iguais. Para quem achou que a bomba estava pronta, Raul sugere arroz branco e feijoada para acompanhar o prato. Omelete A ordem é a mesma da linguiça: faça o omelete separado e após, misture o pinhão cozido e moído. Por fim, sal a gosto.

Divulgação/O Caxiense

Pudim A receita de pudim pede uma lata de leite condensado, 4 ovos, leite e pinhão cozido e moído – tudo na medida da lata. Misture, coloque em uma forma caramelizada e cozinhe por 45 minutos em banho-maria. Leve ao refrigerador.

Paçoca Pense naquilo de mais forte e calórico que há na cozinha. A paçoca é feita a partir de bacon, carne de porco, carne moída ou

Linguiça Preparado para muita carne? São 20 quilos de carne de porco e 10 quilos de pinhão cozido e moído. Após, junte os ingredientes e tempere a gosto. Raul sugere pimenta, sal e queijo ralado. “Para finalizar, segue o mesmo procedimento do salame: colocar tudo dentro da tripa”, explica, como se fosse fácil. Entrevero A lista de ingredientes é grande: 1 quilo de carne de porco, 1 quilo de carne de gado (à escolha), 500 gramas de bacon, 1 dente de alho, 6 colheres de óleo, 4 rodelas de pimentão vermelho, verde e amarelo. Deixe cozinhar tudo na panela até a carne ficar no ponto. Por último, acrescente 200 gramas de pinhão cozido e moído. Arroz e macarrão acompanham o prato.

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Paulo Pasa/O Caxiense

BOA

GENTE

Um raro artesão

Dados do Ministério da Saúde apontam que a cada 100 casos de psoríase no Brasil, apenas 15 acontecem antes dos 18 anos. Justamente nesta idade, Sinval Minuzzo recebeu o diagnóstico da doença que lhe causou inflamações e lesões avermelhadas na pele. Como receita médica, o jovem foi orientado a fazer trabalhos manuais e encontrou no artesanato uma forma de exercitar as mãos, ganhar dinheiro e cuidar da saúde. “Minha mãe foi a melhor professora de tricô. Tudo que eu sei, aprendi com ela”, lembra. Hoje, aos 53 anos, ele ensina crochê, tricô, ponto cruz e macramê para cerca de 30 pessoas todos os meses. “Já tive alunas de 8, 9 anos. Mas a maioria são mulheres aposentadas, que encontram no ar-

Fórum integrado CAM Natureba Pela segunda vez, a UCS receMario Andrada, diretor de Co-

PUS

be um workshop sobre produtos naturais. A atividade, que deve contar com mais de 15 palestras nos dias 20, 21 e 22 de junho, deve abranger estudos sobre as aplicações, toxidade, processos de extração e transformação de produtos naturais, como as plantas aromáticas e medicinais. As inscrições podem ser feitas no site da UCS e custam R$ 15 para acadêmicos da universidade e R$ 30 para o público em geral.

Fisioterapeuta 2.0

municação para Mercados Emergentes da Nike; Valdeci Verdelho, professor de Gestão de Crises de Comunicação na Associação Brasileira de Comunicação Empresarial; e Vanessa Brandalize, coordenadora de Comunicação Interna do Grupo Boticário, serão os palestrantes do Fórum da Comunicação, que ocorre de terça (19) a quinta (21), às 20:00, no UCS Teatro. O evento é gratuito.

Compartilhar o conhecimento + VESTIBULAR sobre as novas formas de atuação Faculdade da Serra Gaúcha do fisioterapeuta é o objetivo da Inscrições até 25 de junho. R$ 40. Prova: 26 Semana Acadêmica da Fisiotera- de junho, 18:30. pia da UCS, coordenada pela pro- Faculdade Fátima fessora Cláudia Adriana Bruscat- Inscrições até dia 19 de junho. R$ 20. Proto. O evento ocorre de 18 a 21 de va: 20 de junho, 19:30. junho, no Bloco H. As inscrições Inovação devem ser feitas pelo site da insti- Faculdade Inscrições até o dia 18 de junho. R$ 20. Protuição e custam R$ 20. va: 19 de junho, às 20:00.

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tesanato uma forma de lazer”, conta. Ao longo dos 35 anos na atividade, Sinval conta ter tido apenas dois homens como alunos. “O preconceito ainda reina entre as pessoas. Hoje em dia, nem ligo mais para isso”, diz ele, que adquiriu um apartamento e um carro com o dinheiro conquistado com as aulas. Em uma sala cedida pela loja Gelain, que fica no bairro São Pelegrino, o curso conta com 4 aulas semanais, que custam R$ 35 e ensinam desde colocar a linha na agulha e interpretar os desenhos das revistas especializadas até a finalização de uma peça de roupa. “Faz bem até para a memória. Os resultados obtidos com a prática desse trabalho manual são os melhores possíveis.”

Anglo Americano

Agendamento até 17 de agosto. R$ 35. Prova geral: 30 de junho, às 14:00. Demais datas podem ser agendadas, nas sextas-feiras, às 19:00, até o dia 17 de agosto.

La Salle Business School

Inscrições até 22 de junho. R$ 20. Prova: 23 de julho.

Faculdade Murialdo

Inscrições até 25 de junho. R$ 25. Prova: 25 de junho, às 19:00.

Faculdade de Tecnologia da Serra Gaúcha Inscrições até 18 de junho. R$ 25. Prova: 19 de junho, às 19:00.

FTEC Faculdades

Inscrições até 15 de junho. R$ 25. Prova: 16 de junho. WWW.ANHANGUERA.COM. 3223-3910 | WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 0800-6060606 | WWW.AMERICALATINA. EDU.BR. 3022-8600 | WWW.PORTALFAI. COM. 3028-7007 | WWW.FATIMAEDUCACAO.COM.BR. 3535-7300 | WWW.FSG. BR. 2101-6000 | WWW.FTEC.COM.BR. 3027.1300 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.LASALLE.EDU.BR/BUSINESS. 3220. 3535 | WWW.FACULDADEMURIALDO.COM.BR. 3039.0245 | WWW.FTSG. EDU.BR. 3022-8700 | WWW.VESTIBULARFTEC.COM.BR. 3027-1300 |


35 anos na vida de... uma frequentadora dos Alcoólicos Anônimos

Paulo Pasa/O Caxiense

“A bebida é o melhor amante que uma mulher pode ter, mas eu quero distância dele”. É com essa frase que Wilma Carvalho, de 67 anos, resume a sua repulsa pelo álcool, responsável por muitos momentos difíceis em sua vida. Na noite de segundafeira (11), ela comemorou 35 anos como frequentadora dos Alcoólicos Anônimos de Caxias do Sul. De acordo com os colegas, ela certamente é a mais antiga integrante das reuniões na cidade. Emocionada, Wilma lembra o começo dessa trajetória e alguns momentos que marcaram a sua vitória sobre o alcoolismo. E garante: nunca teve uma recaída. 04 de julho de 1977 Eu achava que estava ficando louca, pois passava o tempo inteiro bebendo. Emendava um porre no outro. Por incentivo do meu marido, comecei a frequentar as reuniões dos Alcoólicos Anônimos na Clínica Paulo Guedes, em Ana Rech. Depois que eu entrei no AA, o meu esposo me levava em todas as reuniões e eu vi que podia fazer muitas coisas em casa. Imagine, eu não sabia nem fritar um ovo. O meu médico também me ajudou a tomar essa decisão, pois ele disse que, se eu não parasse de beber, morreria em 3 meses. 19 de julho de 1977 Duas semanas depois de parar de beber, percebi que o meu filho fez a bainha da

calça dele e perguntei porque ele não tinha pedido isso para mim. Ele disse que sabia que eu não ia conseguir fazer, pois estaria bêbada. Aquilo me marcou muito. Passei a perceber que não estava aproveitando os momentos bons da minha vida. 1980 Foi quando passei a frequentar as reuniões no salão dos Capuchinhos, no Bairro Rio Branco. Às vezes, os frequentadores passavam horas reunidos também na Praça Dante Alighieri, para comentar os assuntos das reuniões e ajudar uns aos outros. 1984 O meu marido ficou doente e precisava de mim. Naquele momento, eu pude ser uma boa esposa. Eu fiquei com ele no hospital e pude cuidar dele até o dia em que ele faleceu. Eu não desejo para ninguém passar tudo o que eu passei por causa da bebida. Eu não conseguia ter uma medida do quanto eu bebia. 11 de junho de 2011 Recebi duas fichas que marcam os meus 35 anos participando das reuniões. Me orgulho em dizer que, nesse tempo todo, nunca tive uma recaída. Hoje, me sinto muito bem. Para mim, esse tempo representa a minha vida, pois antes disso eu não vivia. Hoje posso curtir a vida e meus netos, um rapaz de 17 anos e uma menina de 23.

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Tocando o terror no dia do romance

Douglas Hoffmann |

por Andrei Andrade

popular. Como o cancro mole, infecção mais conhecida por “crista de galo”. Nem só de romantismo se faz um Dia Apontando para a foto de uma vagidos Namorados. Numa minúscula sala na contaminada, o enfermeiro ainda de aula, um grupo de 20 jovens iniciou comparou: “Não parece mesmo? Tem a terça-feira dos apaixonados com uma várias verrugas”. As metáforas também anti-climática palestra sobre Doenças ilustravam melhor o efeito de algumas Sexualmente Transmissíveis (DSTs). doenças. Como o corrimento com Afinal, não há hora para colocar juízo “cheiro de peixe podre” causado pela na cabeça de pombinhos em potencial. tricomoníase. A palestra para os alunos do Projeto Acreditando que imagens falam mais Pescar, oferecida pela fundação hodo que palavras, cada slide apresentava mônima a jovens que têm entre 16 e uma ou mais fotos repugnantes de pênis 19 anos, e que, em Caxias, tem uma uni- com feridas agravadas por falta de tratadade na empresa Marelli, ficou a cargo mento, vaginas com corrimento branco, do bem-humorado enfermeiro Matheus ânus com verrugas não cauterizadas, Lopes, do setor de Medicina Prevenentre outras. Fotos muito comuns nas tiva da Unimed. Dispostos em classes páginas dos livros didáticos de Biologia, duplas, com a atenção que o sono daquelas que o aluno vira mais rápipeculiar ao estudante matinal permitia, do, mas que diante do telão só mesmo 12 meninas e 8 meninos ouviram as ex- virando a cara ou fechando os olhos se plicações sem rodeios sobre toda ordem pode deixar de encarar as anomalias. A de doenças que o sexo sem proteção campeã de expressões de nojinho foi a pode causar. do pênis vitimado pela bactéria NeisseDurante uma hora, Matheus falou ria Gonorrheae, a popular gonorreia. tudo o que manda a cartilha sobre uma Em uma rara interrupção, um aluno série de moléstias venéreas, como sífilis, da primeira fila perguntou como pregonorreia, herpes labial e genital, HPV, venir a herpes. E foi além da arguição cancro mole, linfogranuloma venéreo, inicial, pedindo maiores explicações. tricomoníase e AIDS. As mais obscuNo fundo da sala, risinhos davam a ras, o enfermeiro traduzia pelo nome entender que ele estaria condenado a

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Amanda Souza |

Fotos: Andrei Andrade/O Caxiense

receber algum novo apelido. Só não se sabe qual. O papo se encaminhou para o final com a abordagem da mais conhecida das DTSs, a AIDS, que gerou uma série de perguntas dos jovens: O exame é confiável? Pode pegar pelo beijo? Qual a diferença entre AIDS e HIV? O enfermeiro, é claro, respondeu que sim, é confiável; que não, o beijo não transmite o vírus; e que HIV é o nome do vírus, que quando se desenvolve no organismo provoca a AIDS, a doença. Sobre o preconceito com os portadores, fez questão de destacar principalmente as formas de interação que NÃO são perigosas. Como o aperto de mão. E o beijo, maior homenageado do dia 12 de junho. Após a palestra, o aluno Douglas Hoffmann, de 16 anos, correu para o computador liberado pelo palestrante. Já estava no Facebook quando respondeu o que achara da palestra. “Tão importante quanto conhecer é saber como prevenir. E ter consciência”, advertiu o jovem, que ainda não tem namorada. A colega Amanda Souza, de 17 anos, achou curioso começar seu Dia dos Namorados com a enxurrada de informações sobre DSTs. Comprometida há 8 meses, diz ter gostado da aula. “Aprender a ser responsável nunca é demais”.


Garota do blues Tia Carroll foi a única mulher dentre as

Você acha que existem diferenças para homens e mulheres alcançarem sucesso na indústria musical, especialmente no blues? Eu fiquei honrada apenas por ter sido considerada entre as atrações, mais ainda por ter sido convidada. Não posso expressar Você gostou de vir a Caxias, no ano passao quanto isso significa para mim. É engrado? çado, a segregação tem uma história bem Que cidade calorosa e acolhedora! Eu simples, era preto e branco, nada mais nada quase me senti como se conhecesse todos menos que a cor da pele. A segregação no aí. Sorrisos em todo o lugar. Eu realmente blues hoje é entre homens e mulheres. Isso teria gostado de ficar mais um dia para ver a é um pouco triste, mas ser convidada para cidade e conhecer mais gente. o festival no Sul do Brasil me faz pensar que podemos fazer isso, garotas! E os fãs de blues caxienses? Eu me diverti tanto com os fãs no Blues Quem foram suas principais influências Festival que esqueci onde estava e o que musicais? fazia. Há tanto amor e tanta fome pela múEu ouvi tantos artistas no rádio e gravasica, e quando essa música é dada, o público ção enquanto crescia que é difícil escolher a recebe com tanta energia... Isso me faz um favorito, mas eu tenho que dizer Tina sentir tão bem. Eu amo o que faço. Turner. atrações internacionais que se apresentaram em todas as 4 edições do Mississippi Delta Blues Festival. Agora, ela retorna a Caxias para cantar no Mississippi In Concert, que também terá a caxiense Fran Duarte.

O repertório do show será focado no álbum Soul Survivor? Bem, Igor Prado (da Igor Prado Band, que costuma acompanhar a cantora no Brasil) me deixa tão a vontade no palco que eu tenho a liberdade de fazer o que os fãs quiserem (isso é muito importante) e o que eu quero. Essa é a beleza do show, que nós possamos fazer as músicas do CD, algumas das minhas outas canções e um pouco de blues, soul, R&B e jazz. Tia Carroll |

Divulgação/O Caxiense

Você foi a única mulher entre as atrações internacionais do festival de Caxias.

Você acha que a performance no palco deve ser diferente da gravação? Improvisar para dar a cada show um tempero diferente é uma qualidade de um verdadeiro artista? Eu não consigo evitar improvisos. O show é diferente quase toda a vez, porque eu tendo a me alimentar da energia da plateia e ir levando conforme a resposta. Deixo fluir! Que qualidades você acha que um verdadeiro artista precisa ter? Paixão pela música e paixão pela música. Se você não ama a música, porque fazê-la?

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Maurício Concatto/O Caxiense

ple

na rio

Longe das cancelas

No último dia 12, a Assembleia Legislativa aprovou com os votos dos prefeituráveis Alceu Barbosa Velho (PDT) e Marisa Formolo (PT) a criação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). Sabe-se, no entanto, que esta não era a solução considerada ideal por ambos. A pressão do governo Tarso Genro (PT) é que assegurou o apoio dos deputados caxienses. Alceu, que fundou a Associação dos Usuários de Rodovias Pedagiadas (Assurcon), e Marisa, relatora da CPI dos Pedágios no governo Yeda Crusius (PSDB), não devem trocar farpas por causa do assunto durante a corrida pela prefeitura.

Para eleger deputado

O PR escolhe até o dia 23 quem vai apoiar nas eleições para prefeito, de olho nas eleições de 2014, quando quer eleger deputado estadual. O apoio a candidatura de José Fortunati (PDT) na Capital não deve influenciar em Caxias, afirma o presidente local, Edson Mano. O partido descarta coligação com PSol e DEM. A aproximação com o PCdoB foi pequena. Apesar da possibilidade de indicar vice na chapa de Marisa (PT), a tendência é estar no time de Alceu (PDT). “Hoje não podemos descartar a participação do PR no governo municipal. Não dá para rasgar todo um trabalho por uma eleição”, defende Mano.

Falta pouco

Neste mês, todos os partidos precisam definir quem apoiam nas eleições. Em Caxias, PR, PPS, PSD e PSC precisam escolher seus rumos. A executiva nacional do PSC, cobiçado pelo tempo de TV, veio à cidade para coordenar a definição, que deveria ter saído quarta (13), em Brasília. Até quinta (14), o presidente local não sabia de nada.

Desde o último dia 4, a Anac obriga as companhias aéreas a disponibilizar os percentuais de atraso e cancelamentos dos voos aos passageiros, informações também divulgadas mensalmente nos site da agência. De acordo com o primeiro levantamento, entre os voos oferecidos em Caxias, os da Azul são os que apresentam os piores índices: 9% de cancelamento; 12% de atraso superior a 30

minutos no trecho Campinas (SP)/Caxias; 10% no trecho contrário; e até 6% de atraso superior a uma hora em ambos os trechos. Em maio, a Gol cancelou até 4% dos trechos que passam por Caxias. A empresa não teve nenhum atraso superior a uma hora e nenhuma decolagem daqui atrasou mais do que 30 minutos. As chegadas tiveram até 6% de atraso.

Pechinchas importadas

Que tal comprar um perfume importado a partir de R$ 50 sem ter que ir a Rivera? A Casa Anjos Voluntários realiza neste sábado (16), das 14:00 às 17:00, na sede da entidade (Benjamin

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Maicon Damasceno, Arquivo/O Caxiense

Chegadas e partidas

Custódio de Oliveira, 152, Planalto/Rio Branco) um bazar com produtos doados pela Receita Federal. Além dos perfumes, serão vendidos eletrônicos, computadores, maquiagem e roupas.

R$ 450 milhoes é quanto a Marcopolo pretende investir até 2016 para acompanhar a demanda por ônibus no Brasil e no exterior. As duas fábricas em Caxias devem receber pelo menos R$ 100 milhões.


Tereza de Jesus, a madre superiora |

Bernardete não sai do convento há 4 meses | Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

Só Deus basta

Inspiradas por Santa Teresa, as freiras carmelitas abdicam do luxo e da família para viver em isoladas na clausura. Por mais tédio que o termo inspire, elas garantem que têm uma rotina lotada. Principalmente de orações

por Robin Siteneski Os muros altos do Convento Carmelo do Menino Jesus fazem parte da paisagem do bairro Panazzolo. O que acontece atrás deles ninguém além das internas pode ver. A vida das 15 moradoras, entre 25 anos e 90 anos, não chega a ser segredo, mas a reclusão que elas adotam como estilo de vida envolve os hábitos do convento em absoluto mistério. A escolha das jovens, renegar o mundo para viver em silêncio, isolamento e oração, também é difícil de explicar. Mas só para quem vive aqui fora. Tanto segredo faz com que as pessoas pensem que a rotina das freiras é tediosa, conta a madre superiora, Tereza de Jesus. “Tem uns dias, nos feriados, que acordamos um pouco mais tarde, às

5:30,” diz ela. Quando não desfrutam da extravagância desses dias santos, as freiras acordam às 5:00 para a primeira de 7 rodadas de orações. Somente uma delas é feita individualmente, e também é a única em que elas podem escolher onde rezar – dentro do convento, é claro. O resto do dia é dedicado a estudos bíblicos, da doutrina da Igreja e dos ensinamentos carmelitas. As irmãs também dividem o trabalho de manutenção do convento, desde a limpeza e preparo das refeições e das rezas até a confecção dos hábitos que usam e de hóstias que comercializam. Quem não gosta da tarefa para a qual foi designada faz penitência involuntária até a troca de funções. O revezamento ocorre uma vez por ano.

O silêncio impera. A regra é não falar nada que não seja essencial. “O sentido do silêncio é de prolongar a vida de oração,” explica Tereza. Duas horas por dia – uma depois do almoço e outra no fim da tarde – são destinadas para assuntos triviais de tema livre. São os encontros comunitários. Elas também chamam de recreio. A rígida rotina, que termina às 21:00, permite uma hora de “folga” por volta das 13:00. “Não tem como levantar às 5:00 e tocar direto. Não tem como ignorar a natureza, ela cobra,” pondera a madre, justificando-se pela providencial hora da sesta. A irmã Maria Bernardete de Jesus Crucificado, 28 anos, não sai do convento há 4 meses. A última vez que ultrapas 15.JUN.2012

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sou os portões foi para acompanhar uma freira ao médico. As carmelitas mantêm uma família de zeladores para os afazeres diários fora da clausura, como o pagamento de contas e compras de supermercado. Essas últimas são raras. Elas vivem basicamente de doações. Poucas atividades externas exigem a saída das irmãs. Uma delas é a compra dos tecidos para a confecção dos hábitos e escapulários que fabricam. “Claro que precisamos ver,” declara a madre, revelando um resquício de vaidade das carmelitas. O tecido varia de acordo com a estação, mas as cores são sempre as mesmas desde o século XVI, quando Santa Teresa de Jesus, a mais famosa representante da ordem religiosa do Carmelo, lançou a cartela: marrom para o hábito; branco para a parte que esconde o colo, o pescoço e os cabelos; preto para o véu e bege para o manto usado em ocasiões especiais. Existem algumas exceções para quebrar a clausura: visita aos pais – somente quando eles não têm condições físicas de visitá-las – e os encontros bienais das carmelitas em Porto Alegre. Duas ou 3 freiras participam em cada edição que reúne os 11 conventos da região Sul. Se as escolhidas para o passeio – que tam-

bém é contemplativo, não de diversão – não se repetirem nunca, cada freira tem uma chance de participar a cada 10 anos. Bernardete não se importa. Pelo contrário, diz que, quando sai, fica ansiosa pela volta. O contraste das barulhentas ruas de Caxias com o silencioso mundo de orações parece incomodar. “Estamos vivendo um sentido diferente da vida e acabamos voltando com a cabeça cheia”, afirma Bernardete. As freiras participam todos os dias de missas na igreja anexa ao convento. Novamente, as grades separam as internas dos fiéis. Nem para receber a comunhão as irmãs deixam a clausura. O padre vai até elas para entregar as hóstias. Quem pede orações faz doações para o convento, mas não chega a ver os rostos das carmelitas. No guichê, uma roda de madeira é usada para passar objetos. Quando a reportagem visitou o local, um padre fazia por ali um pedido de hóstias – elas fabricam 8 mil por dia –, observado pelas câmeras de segurança. Nem ele pode dividir o mesmo cômodo com as irmãs. Familiares podem ir um pouco mais longe. O convento tem dois locutórios, salas separadas por grades. No locutório me-

“Estamos vivendo um sentido diferente da vida e acabamos voltando com a cabeça cheia”, conta a irmã Bernardete, que, nas poucas vezes em que sai do convento, sente falta do clima da clausura

O espaçoso pátio do convento onde os visitantes não são convidados a entrar |

Aires Battistel, Divulgação/O Caxiense

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Convento tem 15 moradoras |

nor, onde o repórter conversou com as carmelitas, a abertura na grade possibilitava apenas a troca de objetos. A madre superiora garante que a janela do outro, onde se recebe os familiares, é maior. Suficiente para um abraço e para segurar os sobrinhos bebês quando eles vão ao convento. Para a reportagem conhecer o restante do local, precisaria de autorização do bispo. Bernardete tem a sorte de contar com a família próxima. Natural de Farroupilha, seus pais a visitam com frequência. Ela é a 6ª de uma família de 11 irmãos. Desde criança ajudava no Santuário de Caravaggio. Um padre visitava a casa da família perguntando “quem quer ser carmelita?” antes de dar balas para as crianças. Bem, a tática funcionou funcionou com uma das 9 meninas, brinca Bernardete. O desejo de seguir a vida religiosa aflorou cedo mas foi mantido em segredo durante o colegial. “Entre os jovens, a ideia de ser freira é muito debochada”, justifica. Ao terminar o Ensino Médio, Bernardete chegou a considerar ser freira de vida ativa, aquelas que trabalham em hospitais ou escolas e até casar. Quando conheceu as carmelitas, ouviu o chamado. “A vontade de Deus era o Carmelo.” A família dizia que ela tinha jeito de freira e não ofereceu resistência, exceto por uma exigência do pai. “Ele disse para eu vir em abril, depois da colheita da uva”, lembra. Bernardete Zucco – nome de batismo – começou então o longo caminho para se tornar carmelita e adotar um nome de irmã. O processo leva 6 anos.

O forno de hóstias garante parte da renda das carmelitas |

Fotos: Aires Battistel, Divulgação/O Caxiense

São 3 meses de experiência, um ano de postulantado, dois anos de noviciado e 3 de primeiros votos simples. Em cada fase de adaptação as responsabilidades aumentam – até o noviciado, por exemplo, não participam das primeiras orações às 5:00. As freiras só assumem o compromisso de passar o resto da vida em um convento depois dos primeiros votos. A escolha de Bernardete a privou de acompanhar o casamento de 3 irmãs e o nascimento de 10 sobrinhos. Para ela, no entanto, a vocação é mais forte e a faz feliz. “Se não fosse freira, eu seria beata porque ia viver na igreja. Seria como um peixe fora d’água”, especula com bom humor – outra característica das carmelitas que surpreende o imaginário popular. Ivânia Paludo, nome de batismo da madre superiora Tereza, conta que as regras já foram mais rígidas. Se aqui a reportagem não pode passar do locutório, o convento de Santa Teresa, na Espanha, era ainda mais fechado. “Você acha que há 20 anos alguém estaria aqui conversando contigo?”, argumenta. Na avaliação dela, no entanto, as normas pouco mudaram desde a abertura do primeiro convento em 1562. Até pouco tempo atrás as carmelitas não aceitavam no grupo ninguém com mais de 30 anos. Recentemente, a madre negou o ingresso no convento a uma mãe de um filho de 3 anos. “É fuga”, afirma ela, adicionando que não se pode recomeçar uma vida no Carmelo. E mulheres separadas não são aceitas sob nenhuma hipótese.

vem aqui”, brinca a madre Tereza, ao contar que a clausura não impede de saber o que acontece no mundo. As novidades chegam pelos fiéis na igreja e pelos dois jornais que assinam, um deles católico. O convento tem uma televisão, usada apenas para assistir filmes religiosos. Nada de novela ou noticiário. “A gente vai perdendo o interesse naquilo que não condiz com esse estilo de vida”, afirma Tereza. Segundo as irmãs, livros que não são relacionados à doutrina, como romances, também não despertam curiosidade. As visitas dos familiares e o desejo de contato com o lado de fora do convento perdem a intensidade com o passar do tempo. No começo, os encontros são bimensais. Conforme a madre, o desligamento da vida familiar é importante para dedicação real à vocação. “É um sinal de separação. A clausura favorece a vida mais intensa de oração”, afirma. Nem por isso, assegura a irmã, elas amam menos os entes queridos. Com o isolamento e a adoção de um novo nome, as freiras acabam formando uma nova família. Para Bernardete, o lado humano da vocação é a convivência com as colegas. A madre superiora diz que a dedicação é, acima de tudo, um chamado de Deus. “Nossa missão, nossa maneira de ajudar a Igreja e o mundo é através da oração.” Na entrada do convento, a última frase de um poema de Santa Teresa resume com a simplicidade da freira que também era escritora o estilo de vida que ela ajudou a fundar: “Só “O dia que quiser saber das notícias, Deus basta”. 15.JUN.2012

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CAXIAS... PFF! O lado ruim de morar aqui. Tem outro?

por Andrei Andrade

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MaurĂ­cio Concatto/O Caxiense

HUMPF!

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Paulo Pasa/O Caxiense

Na padaria de um supermercado caxiense, um homem deixa seu lugar na fila. Ele dá alguns passos à frente, tentando visualizar melhor o que ainda resta disponível no balcão naquele início de noite. Queria pedaços de polenta frita e viu que restavam alguns poucos, porém suficientes. Quando voltou para o lugar que ocupava, não demorou a reparar que atrás de si, uma jovem mãe, aparentando menos de 30 anos, conversava com a filha, que parecia não ter mais do que 5 primaveras. O assunto era o futuro da pequena. “Quando tu crescer, minha filha, vai morar em Porto Alegre.” O homem se interessou pela profecia da mãe, até a frase seguinte, quando ela revelou seu verdadeiro propósito. “Porque lá, filha, os homens são educados, respeitam a fila. Não são que nem esses de Caxias.” Se tivesse ficado incomodado, o homem poderia ter dito que não era de Caxias, apesar das polentas, mas sim de uma cidade pequena, distante pouco mais de 100 km. Mas preferiu fazer de conta que não ouviu a crítica – talvez injusta, já que apenas retornara ao lugar que estava antes, mas talvez justa, já que aprende-se em algum momento da vida que quem saiu do ar perdeu o lugar. Indiferente, concentrouse em cantarolar para si mesmo o refrão da música que tocava nos alto-falantes do supermercado: Don’t worry, be happy. Quem nunca reclamou de sua cidade a ponto de achar que só pode estar pagando pecados de vidas anteriores para estar vivendo em lugar tão inglório? Os inconformados de plantão são parte do patrimônio de qualquer município. Deveriam ser tombados. Eles estão nos bancos das praças, nas padarias, nas lojas, nas filas de supermercado. Cada pedra na calçada já foi devidamente avaliada, e, como se constatou que estavam soltas, foram prontamente reprovadas. E a conta pode ir para a prefeitura, que não cuida, para o pedreiro, que calçou mal a rua, ou para os moradores, que caminham demais. Para os insatisfeitos, tão importante quanto ter um motivo para reclamar é apresentar soluções para os problemas da cidade. Que são sempre os maiores da região. Sem precisar parar dois segundos para pensar, a gari Marelena da Silva Hensing interrompe o trabalho para comentar um problema raro no acidentado relevo

caxiense – outra reclamação histórica da cidade que “só tem morros”. O que mais incomoda Marelena são os alagamentos nos bairros. Com a propriedade de quem passa os dias recolhendo o lixo das ruas do centro, afirma que faltam lixeiras maiores na periferia, onde mora. “No Centro, os contêineres da Codeca dão conta, mas nos bairros o lixo transborda e entope as saídas de esgoto”, justifica. Mas Marelena não ergue só a vassoura. Há menos de dois anos, foi campeã mundial de levantamento de peso, em campeonato disputado em Las Vegas, nos Estados Unidos – coisa que Caxias, que não valoriza o que é seu, nem ficou sabendo. Foi o auge de uma carreira que estacionou. Aos 35 anos, está sem competir por falta de patrocínio. Como o assunto é reclamar, ela aproveita para pedir mais apoio dos empresários caxienses aos esportistas locais. Caxias é o último destino turístico do mundo. Na opinião dos caxienses, é claro, que torcem para que amigos e parentes nunca queiram visitá-los. Suas belezas naturais são mal divulgadas, os monumentos são sem graça e o comércio é despreparado para atender os visitantes. “Onde já se viu os restaurantes fecharem aos domingos? É um absurdo o turista ter que almoçar em Flores da Cunha ou Farroupilha só porque em Caxias não tem onde comer no domingo. E os poucos lugares que abrem, fecham cedo”, dispara a professora aposentada Marlene Pereira, de 67 anos, desconsiderando o fato de que os vizinhos também prezam pela sagrada e provinciana hora do almoço. Em uma tarde de segunda-feira, ela caminha ao lado de outra Marlene, essa de sobrenome Barp, 63 anos, também professora aposentada. São amigas de longa data e declaram que amam Caxias do Sul. E por amarem a terra que viram crescer, denunciam o que acham errado. Como o estado de alguns calçamentos. “Na minha idade, o principal problema são as calçadas 15.JUN.2012

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Marlene Barp e Marlene Pereira amam a cidade. Por isso reclamam |

esburacadas. Tem que andar olhando para baixo, cuidando onde pisa. Antigamente era melhor. A prefeitura notificava os moradores que não cuidavam de suas calçadas. Hoje, com esse monte de prédio, ninguém é dono de nada, ninguém se responsabiliza”, critica a mais velha. Marlene Barp, concordando com a amiga, salienta que em Garibaldi e Gramado as ruas são mais bem cuidadas. Mas logo se arrepende do comentário, pois, afinal, só conhece a área central destas cidades. Itens indispensáveis da lista de reclamações, trânsito e violência são os refrões que embalam a maioria das queixas de quem responde o que Caxias do Sul fez de tão mal para seus moradores nos últimos tempos. Antes fala-se em trânsito e violência, depois pensa-se no resto. Morador que sofre com os dois problemas, como o metalúrgico Roberto Felício, de 43 anos, tem prioridade na fila dos descontentes. Em novembro do ano passado, Roberto teve seu carro roubado em um domingo que era pra ser de namoro e descanso com a esposa no Jardim Botânico. Quando o veículo foi encontrado pela polícia, dias depois, nem isso o deixou tão feliz. Afinal, trafegar em Caxias, especialmente no início da manhã e no final da tarde, é uma experiência infernal, segundo Roberto e boa parte dos motoristas da cidade. Não há idade para desenvolver a crí-

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tica. Com tantos barbeiros no volante e gente que usa demais a buzina e de menos o pisca, sequer é preciso apresentar habilitação de motorista para discursar sobre o caótico trânsito caxiense. O estudante Dolph Gonsalves, de 15 anos, que não reclama de ter o nome inspirado no ator hollywoodiano Dolph Lundgren – famoso (?) por filmes como Black Jack e Confronto Final –, odeia as engarrafadas ruas de Caxias, que observa da janela da loja de parafusos do pai, onde trabalha. Mas como para tudo há uma solução, ele acredita que se a prefeitura retirasse os estacionamentos das ruas, aumentando o número de pistas para o tráfego de veículos – como já é feito na Sinimbu, das 8:00 às 20:00 –, ficaria muito mais fácil. Como bom adolescente, Dolph queria ter mais opções de lazer e cultura. Para ele, deveria haver mais festivais de música, que poderiam ser organizados pela prefeitura. “Seria ótimo se houvesse pelo menos um festival por mês. Movimentaria as bandas, que têm poucos lugares para tocar, e poderia até dar algum lucro à prefeitura, se cobrassem entrada.” Bem mais insatisfeito que Dolph, Vinicius Terres, de 18 anos, poderia ser o porta-voz oficial dos reclamões da cidade que ele não vê a hora de deixar. Em pouco mais de meia hora, o estudante de Engenharia de Produção da UCS tritura Caxias até transformá-la em pe-

Conceição Borges reclama dos reclamões |

Fotos: Andrei Andrade/O Caxiense

“Onde já se viu os restaurantes fecharem aos domingos? É um absurdo o turista ter que almoçar em Flores da Cunha ou Farroupilha só porque em Caxias não tem onde comer no domingo. E os poucos lugares que abrem, fecham cedo”, reclama Marlene Pereira, repetindo um mantra caxiense


Vinicius Terres reclama de tudo | Paulo Pasa/O Caxiense

dacinhos, para melhor caber num saco de lixo. Tímido, ele gagueja um pouco quando fala sobre alguma banalidade. Mas como os cantores que esquecem da gagueira quando cantam, a fala de Vinicius flui facilmente quando começa a elencar tudo o que detesta na cidade. Talvez a melhor forma de resumir o pensamento do jovem seja compilar 10 coisas que ele odeia em Caxias, também porque temos 32 páginas apenas: “O trânsito caótico, que não dá vontade de ter carro; os ônibus que não param no ponto, que dá vontade de ter carro; a falta de opções de lazer, a não ser que a pessoa só goste de cinema e balada; não ter um único parque de diversões; a falta de divulgação dos pontos turísticos, como o Cânion dos Palanquinhos, em Criúva, que ninguém sabe que está lá, e o Memorial da Família Bertussi; a falta de pontos turísticos; o descaso com o interior, em geral; a qualidade do atendimento no comércio, que varia de acordo com o que o cliente veste; o preço dos impostos que não é convertido em bons serviços; a UCS”. A universidade é um capítulo à parte na lista negra de Vinicius. A longa lista de reclamações inclui o horário que o Restaurante Universitário fecha, às 20:00, o preço nas lanchonetes – “qual-

quer coisinha custa R$ 3” – e até o reitor. Nada anormal para uma cidade que ele considera “uma merda”. Difamar Caxias sob todos os aspectos parece ser um dos hobbies do futuro engenheiro (se ele não cansar do curso). Orgulhoso, conta que uma vez, num ônibus da Visate, fez tantas críticas ao serviço da empresa que o passageiro que estava ao lado chegou a trocar de lugar. Protestando, Vinicius se diverte. Para comprovar sua teoria de que os motoristas não respeitam a faixa de pedestres, é capaz de ficar 5 minutos parado antes de atravessar a rua. Para brincar com a mania do caxiense de odiar sua cidade, mais ou menos como o Vinicius, o estudante de Jornalismo da PUCRS Rafael Iotti, que é natural de Porto Alegre, mas viveu por muito tempo nas bandas de cá, criou em março do ano passado o perfil no Twitter @caxiasdepressao. Com menos de 300 postagens, já conquistou quase 2 mil seguidores, que se identificam com as sacadas de Rafael sobre o clima, o futebol e a cultura caxiense. Poucos sabem ser ele o responsável pela brincadeira. “Fiz o perfil para brincar com o provérbio ‘Caxias é uma merda’. Acho que os seguidores curtiram as ironias, principalmente com as doces desgraças

da cidade, como os nossos ‘eventos culturais’. O pessoal metido a cult e alternativo, que despreza a cultura italiana/ colona, se aconchega.” Obviamente, muitos caxienses se ofendem com as piadas e xingam muito o tuiteiro. Mas ele também agrada. Em uma das suas postagens mais compartilhadas até hoje, provocou: “Esporte preferido dos caxienses: sair na coluna social”. Em outra, ironizou o clima: “Caxias só tem 3 estações: a férrea, a rodoviária e O INVERNO”. Um prato cheio para quem prefere ver de forma bem humorada a rabugice do cidadão caxiense comum. Quem não encontra razões para se queixar, reclama dos reclamões. Até o ponto de ficar com raiva. Para a aposentada Conceição Borges, de 73 anos, que acha tudo ótimo desde que foi instituída a fila preferencial para idosos, nada é mais chato do que gente que se queixa de tudo. Sempre otimista, Conceição já foi criticada por não criticar. “Uma vez apareci na TV falando bem do Sartori. Todo mundo se indignou comigo lá no bairro”, conta. Para Conceição, os rabugentos só atrasam a cidade. “São que nem porco, que come o milho e vira o coxo.” Uma opinião que, naturalmente, deve gerar muitas reclamações. 15.JUN.2012

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PLATEIA

Cinema sem estreias | Divas do blues | Reflexões à beira da morte |A arte de observar a natureza

Raízes que brotam como música

Roberta Viegas, Divulgação/O Caxiense

por Carol de Barba Miscigenado, livre, mutante e mágico. A música que os irmãos Viegas criaram para o projeto Passagem é como o caminho que quiseram retratar (usando exatamente as palavras que abrem esta resenha), o ciclo de vida de um indivíduo: única. Com direção artística de Gustavo, o trabalho começou a partir de uma pesquisa de música e cultura indígena e afrodescendente no Rio Grande do Sul, financiada pelo edital Bolsa Estímulo à Criação da Funarte, em 2009. Os Viegas visitaram reservas Kaingang e Guarani e Casas de Batuque em Caxias do Sul, Porto Alegre, Cacique Doble, Viamão, Mato Preto, Canela e Osório. Buscaram compreender o papel da música na ritualística de cada cultura e, a partir daí, extrair o material para a composição de um espetáculo, custeado pelo Financiarte. O resultado da imersão, mais do que um verdadeiro rito de celebração não só à vida como também ao nascimento da cultura gaúcha, é música que lava a alma em 46 minutos. A perfeição sonora é mais impressionante ainda quando sabe-se que todo o áudio foi captado ao mesmo tempo em que o vídeo, no auditório do Campus 8 (local escolhido

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justamente pela boa acústica). O que se ouve, desde o primeiro acorde, é uma mistura na instrumentação – do berimbau ao violino – que soa aos ouvidos como velha conhecida – apazigua os ânimos e estimula a reflexão. A imagem cumpre seu papel de coadjuvar para fazer a música saltar aos olhos: a meia luz geral, pontuada por focos amarelados e desfoques, casa bem com a sonoridade. Os movimentos de câmara acompanham o ritmo de cada canção, sem cansar nem tontear o espectador. A única quebra desnecessária são os textos (lidos sem emoção nenhuma) entre cada música. Fruição não precisa de explicação. A melodia, acompanhada das imagens, já falaria por si, pois embora fundamentalmente instrumentais (só me dei conta dos cantos Guarani e Kaingang ao ver os músicos gravando vozes nos extras do DVD), nenhuma das músicas faz o tipo consultório de dentista. É música que merece ser apreciada, daquela que torna impossível ficar alheio à riqueza de detalhes. E essas preciosidades são mérito principalmente da engenhosidade dos irmãos Viegas em transformar o que para meros mortais parece apenas barulho em melodia. Nunca esqueço da primeira vez que vi o trio no palco. Jogar água

em uma chapa quente era apenas um dos recursos que eles utilizavam para fazer trilha ao espetáculo Bipolar, da Cia. Matheus Brusa. Agora, em Passagem, tiram música de passos rápidos ou arrastados em uma caixa de pedrinhas. De facões sendo friccionados como se fossem afiados. Da harpa de vidro, feita com copos selecionados a dedo para que a densidade tivesse a afinação correta e milimetricamente preenchidos com água para obter determinados tons. O instrumento atípico deu trabalho e significado à última canção, a síntese e auge do trabalho. O vidro representa uma matéria bruta – a areia – que passa por uma prova de fogo e renasce dessa experiência completamente mudada, mais transparente e cristalina. Uma metáfora que cabe muito bem ao trabalho não só dos Viegas como de todos os músicos que se envolveram com a causa e imprimiram suas próprias crenças e emoções em Passagem. André, Gustavo e João Viegas, Cássio Vianna, Juliano Brito, Lucas Ceconi e Rodrigo Maciel fizeram brotar do som bruto das raízes culturais brasileiras músicas refinadas, contemporâneas e universais. Lançamento do DVD Passagem TER. (19) e QUA. (20). 20:30. R$ 20 (com DVD), R$ 15 e R$ 7. Teatro Municipal


CINE

Thomas

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

Doret. Cécile de France. De Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne

O Garoto da Bicicleta Vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes de 2011, o filme dos irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne aborda as relações familiares, mais especificamente a delinquência juvenil e situações de desprezo e abandono na infância. O personagem principal é o menino Cyril (Thomas Doret), de 12 anos, que é deixado em um internato quando o pai decide morar com a nova namorada. 13

ORDOVÁS SEX. (15). 19:30 SÁB. (16) e DOM. (17). 20:00

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Branca de Neve e o Caçador

Prometheus

O conto de fadas publicado há 200 anos pelos irmãos Grimm ganha uma versão sombria em que os anões só entram na história na metade da trama. Com referência a série Harry Potter e foco no triângulo amoroso entre a Branca de Neve (Kristen Stewart), o Príncipe e o Caçador, o filme tem ainda como destaque a atuação de Charlize Theron no papel da rainha Ravena. Espelho, espelho meu... Não preciso nem te perguntar. De Rupert Sanders. 3ª semana.

Uma ambiciosa busca pela origem dos seres humanos a partir do titã Prometheus, que criou o homem a partir da terra e da água. Na década de 80 dos anos 2000, duas cientistas partem para outro planeta à procura de uma possível raça extinta de super-homens. Com Noomi Rapace, Michael Fassbender e Charlize Theron. De Ridley Scott. 2ª semana.

★★★★★ CINÉPOLIS 13:00-15:45-18:30-21:30. 14:00-16:40-19:30-22:10 GNC 14:15-19:10. 16:40-21:40

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CINÉPOLIS 3D 16:00-21:45 3D 13:30-19:00 GNC 13:40-16:10-18:40-21:15 3D 14:00 3D 16:30-19:20-22:00

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Homens de Preto 3 Quinze anos após a primeira encarnação, Will Smith revive o agente J, dessa vez com direito a viagem no tempo. Tudo para salvar o agente K (Tommy Lee Jones) de um alienígena vingativo que consegue bolar um plano para voltar aos anos 60 com a intenção de acabar com o mais velho dos homens de preto. Cabe ao agente J impedir a concretização do plano maligno. Com Will Smith, Tommy Lee Jones, Josh Brolin. De Barry Sonnenfeld. 4ª semana. CINÉPOLIS 14:30-20:00 GNC 13:50-18:50

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Os Vingadores Terceira maior bilheteria de todos os tempos, o filme que reúne alguns dos heróis preferidos dos nerds – Viúva Negra, Incrível Hulk, Homem de Ferro, Capitão América e Thor – de todas as idaPeter Dinklage. Patricia Clarkson. Bobby Cannavale. De Thomas McCarthy des impressiona pelos efeitos especiais e pelo roteiro bem elaborado, distribuindo o protagonismo entre os diversos personagens. A O Agente da Estação aventura comemora a 8ª semana em cartaz em Caxias. De Robert O longa conta a singela história de um anão que só quer Downey Jr.. Chris Hemsworth. Scarlett Johansson. Chris Evans. De uma vida tranquila e reservada, e que vai buscar isso em uma Joss Whedon.

antiga estação de trem. Mas quando se envolve com um artista que se recupera de um drama pessoal e com um sim- GNC pático vendedor de cachorro-quente, sua vida se transforma completamente. ORDOVÁS QUI. (21) 15:00

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Raul Seixas: o início, o fim e o meio

A vida do maluco beleza do rock brasileiro, que não por acaso foi quem deu voz ao termo, chegou às telonas 13 anos após sua morte. O documentário conta com depoimentos de pessoas importantes Madagascar 3 na história do roqueiro, como Paulo Coelho, Zé Ramalho e Caetano As figuraças do reino animal Alex, Marty, Melman e Gloria estão Veloso. A biografia consegue a façanha de manter um documentáde volta nesta sequência de um dos filmes de animação preferidos rio 3 semanas em cartaz. De Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel. da garotada e também dos adultos. Para regressar à Nova York, o 12 CINÉPOLIS 17:00-22:20 que eles tentam desde a primeira continuação, desta vez eles pegam 2:10 carona num circo de animais. Com Ben Stiller, Chris Rock, David Schwimmer. De Eric Darnell e Conrad Vernon. 1:30

Mostra de filmes silenciosos

CINÉPOLIS

3D 12:50- 13:10-15:00-15:30-17:30-18:00-20:20 Entre sábado (16) e domingo (17), o UCS Cinema segue com uma | 3D 22:30 mostra para pensar o Brasil. A exposição Resgate do Cinema SilenGNC 3D 13:10-15:20-17:40-19:50 | 3D 21:50 | cioso Brasileiro exibe 27 filmes, produzidos entre 1910 e 1932, divi13:30-15:30-17:30-19:30-21:30 didos em 5 temáticas. Confira a programação completa em www. L 1:33 ocaxiense.com.br.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível

4ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (VINTE) dias. Natureza: Ação Monitoria Processo: 010/1.10.0019673-9 (CNJ:.0196731- 31.2010.8.21.0010). Autor: Decorwood Ltda. Réu: Valdir Hoffmann. Objeto: CITAÇÃO de Valdir Hoffmann, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), querendo, no mesmo prazo oferecer embargos, sem prévia segurança do Juízo. Será computado o prazo a partir do término do presente edital. Sendo que, efetuando o cumprimento do objeto da ação ficará isento de custas e honorários advocatícios. Oferecidos embargos suspender-se-ão a eficácia do presente edital. Caso não opostos embargos constituir-se-ão em titulo executivo judicial, convertendo-se o mandado em executivo, com prosseguimento na forma do processo de execução (entrega de coisa ou quantia certa contra devedor solvente), e, presumir-seão aceitos como verdadeiros os fatos articulados na inicial. Caxias do Sul, 19 de janeiro de 2012. SERVIDOR: Osmar Cezar da Silva. JUIZ: Sergio Augustin.

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Execução 6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul Prazo de: vinte (20) dias. Natureza: Execução de Título Extrajudicial Processo: 010/1.08.0000625-1 (CNJ:.0006251-67.2008.8.21.0010). Exequente: Distribuidora Atacadista Netto. Executado: Padaria e Confeitaria Celso Finato e outros. Objeto: CITAÇÃO de Celso Finatto, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que pague, no prazo de TRÊS (3) DIAS, o débito principal e demais cominações legais, ficando ciente de que havendo o pagamento integral no prazo legal, a verba honorária arbitrada será reduzida pela metade. Na mesma oportunidade, intime o executado, para, querendo, oferecer EMBARGOS no prazo legal de QUINZE (15) DIAS, contados da juntada do presente edital aos autos. No prazo de embargos, reconhecendo o executado o crédito do exeqüente e comprovando o depósito de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor exeqüendo, inclusive custas processuais e honorários advocatícios, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até SEIS (6) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês. Valor do débito: R$ 9.316,19, em data de mar/2012. Caxias do Sul, 09 de abril de 2012. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Luciana Fedrizzi Rizzon.


Rodrigo S. Meurer, Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA God Save The Queen. Rebel Dance e DJs & Dragons 23:00. R$ 10. Level Cult.

Vera Loca

23:00. R$ 20 e R$ 25. Vagão Classic

Henrique e Annyeli, DJs Rafael Balandi e Willyan Schunann 23:30. R$ 20 e R$ 40. Arena

Nando Rocha

23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Showdi

23:00. R$ 20 e R$ 25. Havana

Disco

22:00. R$ 10. Bier Haus

Cristiano Gomes e Pátria e Querência 21:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

SÁBADO

Rock de luxo

A magia das década de 50 e 60, os clássicos do início do rock and roll, serão a trilha da festa que celebra os anos dourados do gênero. No palco, a banda Rock Deluxe, formada pelos feras da cena rock gaúcha Rafael Cony, Alvaro Balaca, Marcelo Abreu, Julio Sasquatt e Chris Iwers. Para as meninas, a surpresa da noite é uma equipe de make up para caprichar no visual de época.

Blind Dog - Mais e Melhores

SÁB. (16) 23:00. R$ 12 e R$ 15. Vagão Classic

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Arraiá Nox

Tonho Crocco e Banda

23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Infrene

22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling.

Murdera. Festa do DA de Administração UCS

23:00. R$ 10 (antecipado) e R$ 20 (na hora). The Cavern

Ópera Liz

22:00. R$ 10. Bier Haus

Inferninho

Entre o céu e o inferno: a revanche é o nome da festa que promete tentar homens e mulheres separadamente. Durante uma hora, eles serão trancados em uma pista com dançarinas e doses de whisky para os 100 primeiros. Elas, em outra, desfrutam de dançarinos e doses de tequila para as 100 primeiras. Depois, as portas da esperança se abrem e a festa continua com Rafael Texas e grupo Tira Onda. SÁB. (16) 23:00. R$ 25 e R$ 40. Place des Sens

Maurício Concatto, Arquivo/O Caxiense

23:00. R$ 25. Nox Versus

Encontro de divas

A diva do blues norte-americano Tia Carroll, única mulher dentre as atrações internacionais do Mississippi Delta Blues Festival em 2011, volta a Caxias para cantar ao lado da diva caxiense do blues, atração em todos os festivais, Fran Duarte. Para Tia, este é primeiro show da turnê brasileira de lançamento do CD/DVD Blues and Soul Sessions. Na página 11, leia entrevista com a cantora. QUI. (21). 20:30. R$ 16 e R$ 8 (estudantes e sênior). Teatro Municipal

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Divulgação/O Caxiense

+ SHOWS Colours. Dubshape e DJs Fran Bortolossi, Juan Rodrigues e Doriva Rozek

23:00. De R$ 25 a R$ 50. Havana

TERÇA-FEIRA Flávio Ozelame Trio

22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUARTA-FEIRA The Juke Joint Band - 10 anos de Banda

22:00. R$ 10 e 15. Mississippi

Sertanejo na fita

21:00. Gratuito. Paiol

A festa Confraria dos Universitários será literalmente registrada para a posteridade. Na noite, rola a gravação do videoclipe da dupla Vitor Hugo e Samuel. Também tem promoção para os aniversariantes do mês de junho: os 15 primeiros que reservarem a comemoração da data querida no evento não pagam ingresso e ainda ganham pulseira para a Área VIP.

Maurício e Daniel Érick Rios

22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

QUINTA-FEIRA A4

SÁB. (16). 23:00. R$ 15 e R$ 20 (antecipado), R$ 20 e R$ 30 (na hora). Arena

23:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13

HardRockers

Maicon Damasceno, Divulgação/O Caxiense

22:00. R$ 12. Bier Haus

Grupo Macuco

21:00. R$ 5 e R$ 15. Paiol

Declarasamba

22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

Solistas caxienses

A Orquestra Municipal de Sopros apresenta o concerto Em Solo Caxiense, com première das obras Serração na Primavera, de Rodrigo J. S. Siervo, e Cruzeiro do Sul, de Roberto Scopel, com solo de bumbo leguero de Edemur Pereira e Fernando Zorzi. O concerto tem a regência e direção artística de Gilberto Salvagni e a participação de muitos solistas: Juliano Brito (violão), Thiago Bottega (flauta), Juliana Torres Correia e Jean Souza Barboza (clarinetes), Mauro M. Verza (regente) e Fábio Gomes (bombardino). Outro destaque é a participação do jovem saxofonista Felipe Beux, de apenas 8 anos, com a obra Carinhoso, de Pixinguinha. DOM. (17). 20:00. R$ 5. Teatro Municipal

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+ espetaculo

Fabiano Vuelma, Divulgação/O Caxiense

Divulgação/O Caxiense

PALCO CERVEJARIA COMUNISTA

SÁB. (16), DOM. (17) e SEG. (18). R$ 20 e R$ 10. 20:00. Teatro Municipal

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1:15

BONECOS

A Cia. Molhados na Chuva encena com bonecos a clássica história do folclore gaúcho Negrinho do Pastoreio. O espetáculo agrada crianças e adultos, um trunfo da forma poética com que a companhia apresenta seus personagens. A peça integra a programação da Mostra Teatro Daqui. SÁB. (16). Gratuito. 17:00. Teatro Municipal. L 0:35

Tá de deboche?

Depois de ficar 5 anos em cartaz com Os Suburbanos, espetáculo em que lançou a personagem Valéria Jaques, a estrela do Zorra Total – no palco era Edinéia e dizia “ai como eu tô piranha” –, Rodrigo Sant’anna apresenta seu primeiro monólogo. Em Comício Gargalhada, além de Valéria, a bonita, outros personagens ocupam a tribuna para fazer campanha eleitoral: Adelaide, a favelada (a mais recente passageira do Metrô Zorra Brasil); Vanderley das Almas; Sara-menininha; Frango de Padaria; Homossexual Obeso e São Jorge. No palco, livres dos redatores do Zorra, os personagens são bem mais engraçados.

Dúvida existencial

Em um labirinto de tramas de vida, uma criatura metade homem, metade cabra espera seu destino: o inferno, o limbo ou o paraíso. Em O Fauno, espetáculo dirigido por Ana Fuchs e interpretado por Márcio Ramos, a plateia também é convidada a julgar e ser julgada. O personagem expõe sua vida e instiga o público, os convidados do jantar, a refletir sobre as suas próprias escolhas.

A velha guarda e a nova geração do teatro. Roberto Ribeiro e Márcio Ramos no palco. Poderiam estar separados por um abismo, mas o talento os coloca lado a lado, encurta a ponte. O espetáculo In Heaven, vencedor do Prêmio Anual de Incentivo à Montagem 2010, é o extrato da experiência de Roberto e da plena juventude profissional de Márcio. Com direção de Jezebel De Carli, a peça tem fragmentos de 4 textos do jornalista e dramaturgo paulista Sérgio Róveri: O Encontro das Águas (texto-base), A Coleira de Bóris, Ensaio Para um Adeus Inesperado e A Noite do Aquário. Falam sobre solidão e fugas, perdas e reencontros, dor e redenção. Apolônio e Marcelo, um filosófico artesão e um jovem à beira do suicídio, se encontram sobre uma ponte: 17 metros de incertezas. É incômoda a linha entre a vida e a morte, o talvez, o “e se”. E a plateia, que no primeiro momento se julga segura à margem do rio, é empurrada ao parapeito, convidada a balançar entre o sim e o não. Estratégicos espelhos móveis, que são céu e rio, refletem também o público: personagem/cenário. Nos espelhos, as águas da metáfora sobre a qual se debruçam, Marcelo e Apolônio criam um jogo no qual estão dispostos a perder. E a cena também é jogo: troca de personagens, diálogos em ecos, movimentos em reflexos. Roberto e Márcio dançam. Cada movimento é coreografado. E a apropriada estética da dança, espetáculo à parte, poderia se sobrepor aos diálogos. Não o faz. O texto é a estrela do espetáculo. Volta-se para casa com um hipnótico verso da trilha sonora: In heaven everything is fine. Leva-se o desconforto de quem ouve – e quer acreditar – que no fim tudo ficará bem, mas tem sérias dúvidas. Seria a ponte uma prisão solitária e, então, o salto um voo para a liberdade? Jamais se saberá. E é esse desassossego que movimenta passos desequilibrados em terra firme.

★★★★★

★★★★★

DOM. (17). 19:30 e 21:30. R$ 70, R$ 55 (antecipado) e R$ 35. São Carlos 14 1:00 Douglas Trancoso, Div./O Caxiense

Um porre homérico e hilário é o que acontece quando um mestre cervejeiro russo tenta embebedar seu funcionário, Vanek, para extrair informações sobre o regime comunista. A peça Goela abaixo ou por que tu não bebes?, inspirada na vida e obra do dramaturgo tcheco Vaclav Havel e ambientada em uma cervejaria decadente do leste europeu nos anos 70, está há 7 anos em cartaz.

O último banquete

SÁB. (16). 20:00. Gratuito. Ordovás. 16 0:50

SEX. (15). 20:00. Gratuito. Ordovás 12 1:00 15.JUN.2012

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Rui Mendes, Div./O Caxiense

CA

ARTE

MA RIM

Marcelo Aramis Não morreu

Novo ângulo

Afastado do trabalho na construção civil por um problema de saúde, Mauro Bettiol ganhou tempo para observar com calma o mundo ao seu redor. Descobriu belezas que antes passavam despercebidas. Revelou-se fotógrafo. Em 65 imagens, ele mostra macros e paisagens da natureza, que agora faz parte do seu olhar. Iniciante na arte, conta com orgulho os prêmios e menções honrosas que ganhou no concurso da Secretaria do Meio Ambiente, o Clic Ambiental, e já vislumbra o hobby como possibilidade de mudar os rumos profissionais. Visão de Mundo

Mauro Bettiol. SEG.-SEX. 7:30-11:55. 13:20-17:30. 18:30-21:30. Murialdo

A Consciência por trás do Homem

Cristiana Livotto. SEG-SEX. 09:0019:00 SÁB. 09:00-12:00. Ipam

Capelinhas – Memória e Fé

A partir de TER (15). TER-SEX. 08:30-17:30. Museu dos Capuchinhos

Dia do Vinho

Coletiva. SEG-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Experimentalis

Márcia Regina Valentini. SEG.SÁB. 10:00-19:00. Catna Café

Faces

Marina Venâncio. SEG-SEX. 08:00-22:30. Galeria Universitária

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Giro na Arte

Coletiva. SEG-SEX. 08:3022:30. Campus 8 UCS

Jeitos de Ser Brasil

Antonio Giacomin. SEG-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Monumentos de uma Trajetória

Bruno Segalla. SEG-SEX. 09:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

Polifonia – Vozes Múltiplas

Coletiva. SEG-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Há 12 anos, Paulo Ricardo, que há tempos estava esquecido, ressurgiu para emplacar o hit Vida Real, trilha oficial do BBB. E os fãs chegaram a cogitar que esta era a declaração de aposentadoria do roqueiro. Eis que ele renasce novamente, agora desenterrando também o RPM – 23 anos depois do último álbum em estúdio – para divulgar o CD Elektra, de 2011. O site da banda lança um desafio. Ouça os primeiros segundos de Olhos Verdes e prove que o velho RPM continuou de onde havia parado. Na sexta (22), eles mostram esta e as outras 11 faixas inéditas na All Need Master Hall. Ingressos de R$ 30 a R$ 60 no Posto da Júlio e na Lojas Bulla.

Música na escola

Telma Chan, regente do Coral Infantil do Centro Social Bom Parto de São Paulo, que atende a mais de 10 mil crianças, e fundadora da Associação de Regentes de Corais Infantis (ARCI) vai ministrar, no dia 30, uma oficina de musicalização infantil no Ordovás. A aula, direcionada a professores e profissionais da música, ocorre das 9:00 às 16:00 e custa R$ 75 – valor que inclui almoço. Os interessados devem enviar e-mail para andrecxs@uol.com.br. A oficina tem 50 vagas.

Aula grátis Marcelo Adams e Margarida Peixoto, do elenco de Goela abaixo ou por que tu não bebes? (veja programação de Palco, ao lado) ministram na Casa de Teatro a oficina O Ator e o Timing. A aula é gratuita – aproveite, são raras – e ocorre no sábado (16), das 14:00 às 17:00. Informações 3221-3130.


cinemas: CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer.R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) | MÚSICA: arena: bruno segalla, 11366, são leopoldo. 3021-3145. | Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | Bier HauS. Tronca, 3.068. Rio Branco. 3221-6769 | BOTECO 13: Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | CATHEDRAL BISTRÔ: Feijó Junior, 1023. Espaço 03. São Pelegrino. 3419-0015 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | NOX VERSUS: Darcy Zaparoli, 111. vilaggio Iguatemi. 8401-5673 | pavilhões da festa da uva: ludovico cavinatto, 1431. 3021-2137 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | Place des sens: 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | Portal Bowling. RST 453, Km 02, 4.140. Desvio Rizzo. 3220-5758 | Taha’a bar. matheo gianella, 1444. santa catarina. 3536-7999. | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | TEATROS: casa de teatro: Rua Olavo Bilac, 300. São Pelegrino. 3221-3130 | teatro municipal: Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | ORDOVÁS: Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316 | teatro do sesc: moreira césar, 2462. centro. 3221-5233 | galerias: campus 8: Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | galeria universitária: francisco getúlio vargas, 1130. Petrópolis. 3218-2100 | IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | MURIALDO. MARQUÊS DO HERVAl, 701. 3221.2890 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 |

Legenda Duração

Classificação

Carol De Barba

11º Integramoda

As inscrições para o 11° Integramoda já estão abertas. O evento, que apresenta as tendências do Outono/Inverno 2013 para as empresas da região, está marcado para o dia 11 de julho, no Samuara Hotel. Na programação, workshops, palestra, fóruns e desfile. O valor da inscrição tem desconto até o dia 6 julho. Interessados podem garantir sua vaga pelo 3027-4422.

Acomodação

Faço coro aos reclamantes da reportagem de capa desta edição. É muito triste perceber que a nova geração de criadores caxienses também está preferindo receber as tendências internacionais bem mastigadinhas em vez de tentar inovar – ou, pelo menos, buscar uma identidade própria. O curso que a renomada e competentíssima estilista Karlla Girotto daria na UCS, para soltar as amarras criativas dos participantes, e que, pela segunda vez, havia sofrido reajuste de datas e preços, novamente não saiu por falta de quórum. Ben Hur Ribeiro, Divulgação/O Caxiense

A

Enderecos

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

Música Blues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica Punk

Dança Clássico Forró Hip hop

Contemporânea Folclore Jazz Salão

Flamenco Dança do Ventre

Artes Diversas Pintura

Escultura Artesanato Fotografia Grafite Desenho Acervo Vídeo

Prêmio

Sem alarde – nem divulgação da maior interessada, a UCS –, o 1° Prêmio Documenta Costumes, com o tema Un Ombrellino Per La Signora, divulgou as vencedoras em uma pequena cerimônia realizada pelo próprio acervo. Ana Claudia Piasentini Dotto levou o 1° lugar e a viagem para Nova York. As menções honrosas foram para Daiana Ramos Rodrigues, Carolina Neuman Potrich e Camila Duso Kayser. 15.JUN.2012

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ARQUIBANCADA Lazer sobre duas rodas | Municipal em campo | Voges x Randon na quadra | Disputa interna no tênis

Neci Gasperin, Div./O Caxiense

+ ESPORTE TÊNIS 2ª Etapa do Ranking Interno de Tênis do Recreio da Juventude SEX. (15), SÁB. (16). 10:00, DOM. (17). 10:00. Recreio da Juventude

SÁB. (16). 9:00. Sesi

FUTEBOL Jogos do Sesi Campeonato de Futebol de Campo SÁB. (16). 14:30. Sesi

Pedala!

Domingo é dia de mais uma edição do projeto Pedalando no Parque, promovido pela Secretaria de Esporte e Lazer. A ideia é estimular a comunidade caxiense a usar a bicicleta como forma de lazer, buscando a sociabilização e o bem-estar, além de reforçar os laços familiares e incentivar a utilização dos parques da cidade. O encontro também vai orientar os ciclistas sobre o uso correto das ciclovias do parque. Na atividade, que ocorre todos os terceiros domingos de cada mês, são disponibilizadas bicicletas, triciclos e patinetes para empréstimos.

Campeonato Municipal de Futebol SÁB. (16) e DOM (17). 13:15. Estádio Municipal, Enxutão e Campo do Estrela

SESI: CYRO DE LAVRA PINTO,S/N°, FÁTIMA | RECREIO DA JUVENTUDE: ATÍLIO ANDREAZZA, 3555. BAIRRO SAINT ETIENNE | PARQUE GETÚLIO VARGAS: DOM JOSÉ BAREA, S/N°. CENTRO | ESTÁDIO MUNICIPAL: JÚLIO DE CASTILHOS, S/ N°. CINQUENTENÁRIO | ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560. MARECHAL FLORIANO | CAMPO DO ESTRELA: LUDOVICO CAVINATTO, 680. NOSSA SENHORA DA SAÚDE

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DOM. (17). 10:00. Gratuito. Parque dos Macaquinhos

Basquete no Sesi

Depois de uma parada no feriadão de Corpus Christi, o Campeonato de Basquete dos Jogos do Sesi volta a ter partidas neste final de semana. Voges e Randon se enfrentam pela segunda rodada da primeira fase do torneio, que segue no dia 23. SÁB. (16) 11:00. Gratuito. Sesi

Rafaela Conte, Divulgação/O Caxiense

BOCHA Jogos do Sesi Campeonato de Bocha


na Rafael Machado

Equipes sub 20 da dupla Ca-Ju estão detonando no estadual, dando continuidade à tradição de formar bons jogadores na base dos clubes caxienses

na partida diante do Cuiabá pela Copa Pantanal, causou preocupação ao Departamento Médico mas abriu espaço para uma agradável surpresa: Diniz. O jogador substituiu o colega à altura e desponta como provável peça da equipe de Mauro Ovelha até a recuperação de Wangler. Tem também o Juba, que marcou um gol na final do torneio e mostra que lá na frente a briga por posições vai ser boa. No Juventude, a partida contra o Cerâmica foi emblemática para mostrar as qualidades dos reser-

A desorganização e o descaso da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a questão das séries C e D, marcada por reuniões improdutivas e ações judiciais.

A Federação Russa foi punida pela União das Federações Europeias de Futebol em 120 mil euros pela confusão entre as torcidas da Rússia e da Polônia, antes da partida entre as duas seleções pela Eurocopa. Torcidas brasileiras estão fazendo escola...

vas. E deixou a certeza de que, quando precisar, Luiz Carlos Martins terá à sua disposição boas peças para compor o grupo. O empate conquistado depois de estar em desvantagem de 2 a 0 se deve a João Henrique e Léo Maringá, que começaram o jogo na reserva. Sem falar em outros destaques como Francisco Alex e Marcel, de boas atuações naquela partida. A expectativa agora é saber se as escalações consideradas titulares até então serão mantidas. Opções não faltam.

Valeu a viagem

O título da Copa Pantanal valeu para o Caxias mais do que o acréscimo de um troféu à prateleira. Foi uma oportunidade de conhecer os pontos fortes e fracos da equipe, mostrar o surgimento de novas lideranças em campo – como o zagueiro Micael – e gerar uma expectativa positiva para a Série C. O ataque mostrou que é o setor mais promissor da equipe. A defesa demonstrou fragilidades que, se consertadas, podem garantir boas atuações na competição nacional.

Portugueses de olho

A informação do jornalista português Pascoal Sousa de que o Braga, um dos principais times de Portugal, está interessado no atacante Vanderlei coloca ainda mais dúvidas quanto à situação do atleta no Centenário. Seria esse o motivo para o jogador não estar sendo sequer relacionado para viajar com o grupo grená? De qualquer forma, o interesse é totalmente justificável. É um jogador talentoso e que merece boas oportunidades.

Edgar Vaz, Div./O Caxiense

re

Não é aquele que se diz “o banco de todos os gaúchos” mas privilegia descaradamente os dois clubes da capital que povoa o imaginário de nós, meros interioranos. Não, não é aquele banco, não. O banco do Caxias e do Juventude é o de reservas. Esse mesmo. E que atire a primeira pedra quem discorda que é importante ter jogadores de qualidade para substituir os titulares. Exemplos recentes da nossa dupla deixam bem claro que ambos têm bons jogadores no estoque. No Caxias, a lesão de Wangler,

Geremias Orlandi, Div./O Caxiense

a

Yes, nós temos banco!

Pegando embalo

O Juventude, que já estava montado na cabeça do técnico Luiz Carlos Martins, aos poucos vai ganhando poder de fogo, tomando consistência e reforçando o conceito de equipe buscado pelo treinador. As mudanças que conferiram mais movimentação ao meio e mais aproveitamento das chances na frente, além da boa atuação do goleiro Fernando contra o Cerâmica, mostram que o grupo tem alternativas para atingir o padrão de jogo que todos esperam no Alfredo Jaconi. 15.JUN.2012

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Fotos: Eduardo Liotti, Divulgação/O Caxiense

ARQUITETURA E DECORA O

Caxias na Casa Cor Rio Grande do Sul 2012 Em vez de um arquiteto apresentando seu projeto, nesta edição a coluna destaca uma empresa caxiense que conseguiu inserir seus produtos nos trabalhos de diversos arquitetos. As persianas da Persol estão compondo 9 ambientes da Casa Cor Rio Grande do Sul 2012, mostra reconhecida como o maior evento de arquitetura e decoração das Américas. A Casa Cor segue até o dia 24 de julho, na Av. Carlos Gomes, 1.130, em Por-

to Alegre. As cortinas da Persol foram usadas no Living Vip, Lazer e Náutica, Dormitório Teen, Estar Masculino, Taverna do Colecionador, Dormitório Casal com Varanda, Cozinha Gourmet, Dormitório do Bebê e no Banho e Closet Casal. No Dormitório do Bebê (foto) foi utilizada a cortina Open Roman Shade, que alia um estilo clássico e elegante ao conforto do ambiente. O

Nova lei da publicidade Os arquitetos precisam estar por dentro da nova lei que regulamenta a publicidade em Caxias do Sul, promulgada na última semana. Os estabelecimentos comerciais terão 18 meses para se adaptar à chamada Lei da Poluição Visual, o que não é muito considerando-se que diversos prédios necessitarão de reformas nas fachadas, confecção de novos painéis e até pintura. Para o lojista que já está fazendo mudanças, é imprescindível se certificar de que o arquiteto responsável está desenvolvendo um projeto de acordo com as novas regras.

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modelo tem um design delicado, que proporciona privacidade sem perda de visibilidade externa, além de funcionar como filtro para a luminosidade solar não atingir diretamente os delicados olhos do bebê. O espaço foi criado pelas arquitetas Lisiane Wendel Corrêa e Simone Bertuzzo. No Dormitório Teen (foto), dos arquitetos Marcelo John e Karen Doutrelepon Santos, o modelo utilizado foi o Rolo Double Vision.

Prêmio à inovação

As inscrições para a etapa nacional do Prêmio Gia, que seleciona a loja de artigos para casa mais inovadora do mundo, já estão abertas. Em 2011, a vencedora nacional e internacional do troféu foi a caxiense Marli Trentin. Criado para estimular a inovação e o empreendedorismo das lojas de artigos para casa, o Gia é a principal premiação mundial do setor. Os participantes

serão julgados em quesitos como mix de produtos, design de vitrine, comunicação e técnicas de marketing. A inscrição pode ser feita no site www.grafitefeiras.com.br até o dia 15 de julho. O resultado da etapa nacional será divulgado no dia 24 de agosto, durante a 45ª House & Gift Fair South America, em São Paulo, maior evento da cadeia produtiva do setor na América Latina.


Estante Tecnologia

Confeccionada em não tecidos, com células na largura de 25 ou 38 mm, a cortina reduz o calor e a absorção acústica do ambiente.

O TIL

Sustentabilidade

“Hoje em dia está na moda ser sustentável. E nada melhor que usar na arquitetura os chamados prédios verdes, em que a preocupação com os sistemas, tanto de energia como de água, é grande. Fora do Brasil, existe um cuidado com a madeira utilizada, se ela tem origem correta, e isso deveria ser aplicado aqui também.”

Cortina Celular | Ponto Decor | R$ 180 a R$ 220/m²

André T. Susin, Arquivo/O Caxiense

conforto Feita tanto em tecidos translúcidos quanto em black-out, se adaptam a qualquer estilo de decoração e necessidade, permitindo a entrada de luz conforme a utilidade do espaço.

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Cortina Plissada | Ponto Decor | R$ 180 a R$ 220/m²

estética Moderna e arrojada, a cortina oferece versatilidade e elegância dando um toque diferenciado na decoração dos ambientes. Além das opções variadas de cores, o volume das dobras dá um efeito bacana até quando ela está recolhida.

O AGR DaVEL Conforto

Cortina Romana | Ponto Decor | R$ 180 a R$ 220/m²

simplicidade É a melhor escolha para controlar luminosidade, proteção do sol e conforto térmico. Simples, também costuma ser muito utilizada em ambientes corporativos.

“Conforto tem que ser prioridade. Uma das coisas que as pessoas não pensam é no lado acústico e térmico dos ambientes, que causa muito desconforto, mas que pode ser refeito depois do ambiente pronto.”

por Aldo Zat, arquiteto e diretor do Campus 8 da UCS

Cortina Rolô | Ponto Decor | R$ 180 a R$ 220/m²

15.JUN.2012

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