Edição 127

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Incêndio: um acidente evitável

9 Quando ser fascista era status, não vergonha

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Os donos da rua da Estação Férrea

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O ônibus onde cobrador não entra

Um consenso entre rivais

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As caras do Brasil, por Nivaldo Pereira e Antonio Giacomin

O sonho grená

13 O futebol é imprevisível. Compareça ao Centenário!

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21 MODA E BELEZA O CAXIENSE lança uma peça-chave

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Fotos: 16: Acervo do Arq. Hist. Municipal. 6 e 13: Maurício Concatto/O Caxiense. 7: Andrei Andrade/O Caxiense. 21: Antonio Giacomin, Reprodução/O Caxiense

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DIGA!

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

História calada do fascismo em Caxias | Até logo, HQCX! | Diversificação do conteúdo A sensação de não saber absolutamente nada sobre um assunto ou saber o insuficiente serve de combustível para nossa Redação. Quando ficamos sem respostas para nossas perguntas é que enxergamos as melhores pautas para nossas reportagens. E se o assunto é tabu, melhor. Serve como incentivo para buscarmos ângulos inesperados. Não é raro vários jornalistas da equipe já terem pensado que gostariam de escrever exatamente sobre o mesmo tema. Se isso ocorre, não tem escapatória. Foi justamente o caso da edição 127, que você tem em mãos. O eleito para desempenhar a tarefa de pesquisar e contar a história do fascismo em Caxias do Sul foi o repórter Andrei Andrade, novo integrante da nossa equipe. Através de seu texto, uma história que quer ser esquecida por muitos é contada novamente. A historiadora Loraine Slomp Giron, “repórter Esso do passado”, cumpriu este papel por primeiro com o livro As Sombras do Littorio: o fascismo no Rio Grande do Sul. A história não pode ser esquecida. Esperamos que esta reportagem colabore para enxergar a atualidade de uma nova maneira. Quem gostar da matéria, leia também o livro.

Parabéns pela matéria de capa, está ótima! Vou sugerir a leitura para os meus colegas e professores! Clarissa Silveira

Ao mesmo tempo em que damos boasvindas ao repórter Andrei Andrade – que também assina nesta edição uma crônica jornalística falando do dia de passe-livre nos ônibus, na seção Bastidores –, nos despedimos da seção HQCX. Com muita filosofia, surrealismo e reflexões sobre a sociedade pós-moderna, a HQCX está presente há quase um ano em O CAXIENNa edição 126, a repórter Gesiele LorSE, desde a edição 86. Foram 40 histórias des contou as tristes vivências de mulheres em quadrinhos publicadas por Adan que sofreram agressões de seus parceiros. Marini, FTF, Luciana Lain, Rafa Rodrigues e Thiago Danieli. Acreditamos que a reOs leitores entenderam a importância e vista, desenhistas e roteiristas cumpriram seriedade do tema: o papel de abrir espaço para o gênero HQ na cidade. Mas a despedida é apenas na edição impressa. O próximo passo, claro, será dominar o mundo através da internet. Fique atento ao nosso site, www.ocaxiense. com.br, para conferir, em breve, o novo formato da HQCX. No espaço ocupado pelos quadrinhos, as duas últimas páginas de cada edição, O CAXIENSE passa a publicar colunas temáticas, com tendências e dicas de consumo nas áreas de moda, gastronomia, arquitetura e automóveis. A intenção é ampliar os assuntos tratados na revista. O projeto é conduzido pela subeditora Carol De Barba, que estreia com uma versão maior de sua coluna de moda, 1ª Fila. Boa leitura.

Parabéns pela última edição. Jornalismo de qualidade fornece leitura que edifica conhecimento e transforma pessoas. Vanessa Kukul

Paula Sperb, diretora de Redação

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Maurício Concatto Designer

Luciana Lain COMERCIAL Executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo ASSINATURAS Atendimento

Tatyany R. de Oliveira Assinatura trimestral: R$ 30 Assinatura semestral: R$ 60 Assinatura anual: R$ 120 Foto de capa Studio Geremia, Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

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BASTIDORES Um ônibus onde cobrador não entra |Crônicas da cidade invisível | Evite incêndios

Se essa rua, se essa rua fosse minha...

No Largo da Estação, estacionar custa R$ 5 na cobrança dos flanelinhas | Fotos: Maurício Concatto/O Caxiense

“R$ 5 é crime!” A reclamação clássica de quem chega no Largo da Estação Férrea e depara com os donos da rua pode virar slogan de uma campanha contra a atuação dos flanelinhas, iniciativa de um grupo de donos de bares e de frequentadores do local. Ainda sem saber detalhes de como a ação vai funcionar, o proprietário do Mississippi Delta Blues Bar, João Antônio Pezzi Bagoso, o Toyo, conta que a campanha é uma resposta às diversas reclamações de clientes. No último domingo (29), o frio e o chuvisqueiro da madrugada afastavam os clientes. Ainda que tímida, a atuação dos flanelinhas se mantinha. Um garoto de aparentemente 16 anos e um homem de 30 formavam a primeira dupla de flanelinhas, às 22:00, no início do movimento na Estação. Enquanto o mais velho ficava próximo à Secretaria Municipal da Cultura, o guri ficava quase na outra extremidade da rua. Com gestos e meias frases gritadas, eles indicavam onde havia vagas – um serviço dispen-

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sável por ali, pelo qual cobram R$ 5, incluindo a “segurança” do veículo. “Fica sossegado!”, garantia um deles. Mesmo quando os motoristas dispensavam a ajuda e iam em direções diferentes das sugeridas, tinham de prometer que o pagamento seria dado na volta. Uma vez ou outra, um cigarro pedido com jeito era oferecido como adiantamento, até porque o próprio flanelinha sabia seria bem provável não estar mais ali quando aquele cliente voltasse. Às 23:25 a dupla vai embora. Se tivesse demorado mais meia hora, seria vista pela única ronda policial nas primeiras 3 horas da madrugada. Uma hora depois, um rapaz aparentando ter não mais de 25 anos para nos trilhos. Olha ao redor e percebe que o território está livre. Aos poucos, tira as mãos dos bolsos do moletom e, com gestos tímidos, repete a função desnecessária dos outros flanelinhas. Pouco depois, um colega disputa atenção dos motoristas. O último, mais sorridente, consegue dinheiro

logo. O suficiente para ir embora. Frequentadora da balada da Estação, a farmacêutica Fabiane Botter, de 29 anos, calcula um gasto de cerca de R$ 20 por semana com flanelinhas. Ela está entre as preferidas dos infratores, que gostam de ameaçar mulheres sozinhas em lugares isolados. “Eu sei que é errado, mas tenho medo. Pago quando desço do carro mesmo”, diz. A cobrança já virou hábito e a comodidade de deixar o veículo ao alcance dos olhos é o motivo da pouca procura por estacionamentos privativos. Os dois mais próximos cobram R$ 10 e R$ 15 pela noite inteira. Toyo acredita que o pagamento indevido de estacionamento financia o crack. E diz não adianta resolver o problema ali, pois os flanelinhas migram. “Tem que ter inclusão social.” Conforme o empresário, se as autoridades não vigiarem – com mais de uma ronda por noite –, o ponto se torna propício para furtos e assaltos. “Precisa de fiscalização ou uma base da polícia.”


Sufoco e diversão têm passe livre

Terminal de ônibus na esquina das ruas Visconde de Pelotas e Bento Gonçalves |

Andrei Andrade/O Caxiense

por Andrei Andrade É em meio a um cenário de caos da aglomeração humana que chego ao ponto de ônibus da esquina das ruas Visconde de Pelotas e Bento Gonçalves, no feriado do Dia do Trabalhador, querendo conferir as aventuras dos caxienses num dia de passe livre. Dentro de um ônibus lotado, a pequena multidão que aguardava eufórica pelo transporte para os shows gratuitos nos pavilhões da Festa da Uva começava a dar sinais de impaciência diante daquela cena um tanto incomum mesmo para quem é escolado na viação pública: o motorista não sabia o caminho. Isso porque é o primeiro mês de Ivanir, recém chegado de Veranópolis, no volante dos ônibus da Viação Santa Tereza (Visate). Começo a entender o que está aconte-

cendo quando Ivanir desce do ônibus, para desespero geral, e pergunta se sou eu o “líder”. Respondo que não, sou só um repórter, e ele me explica que está procurando pelo colega encarregado de guiá-lo nesse dia, o primeiro naquela linha. Travamos uma conversa rápida sobre o infortúnio da situação, até sua decisão de sair para procurar ajuda no ponto da rua transversal, o que gerou nova onda de protestos da turma, que reunia desde infalíveis DJs de Ônibus até jovens emos vestidos a caráter; de casais de namorados adolescentes a senhoras perfumadas, que agora espremiam-se de pé contra os bancos do ônibus, algumas carregando crianças no colo. Aproveito o momento para entrar no ônibus e tentar uma interação com a massa, talvez uma foto. Mal consigo subir os 3 degraus da escada, pois agora o 810 da Visate está realmente superlotado, já que não

tem ninguém para barrar a entrada. Desisto. Antes de voltar, consigo avistar nos primeiros assentos a turma que me deu a primeira entrevista do dia, 5 jovens – Mirela, Uesley, Andriele, Andriely e Mateus. Eles aproveitaram o passe livre para pegar os dois ônibus que os levariam do bairro Fátima até os ecléticos shows do dia, algo com Reação em Cadeia, Tchê Barbaridade, Musical Barbarella e MC Jean Paul. O ônibus, agora lotado, chegou vazio ao ponto da Visconde às 12:45. Já são 13:10 e nada do Ivanir voltar. Mas nem é por isso que resolvo dobrar a esquina e acompanhar a movimentação no ponto da Bento Gonçalves. Quero descobrir onde vai Joana Darc. Natural de Bom Jesus, mas moradora do bairro Planalto Rio Branco desde os 11 anos – portanto caxiense há 21 – ela aproveitou a gratuidade do dia para levar os filhos, de 11 anos, 4 anos e 3 meses, para

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Ana com os filhos e os amigos do Senegal | Fotos: Andrei Andrade/O Caxiense

Uesley, Andriele, Andriely, Mateus e Mirela visitar a tia Crélia, que mora no bairro Santa Fé, do outro lado da cidade. “Faz uns 3 anos que a gente não vai lá. Meu guri tinha um aninho na última vez”, fala, apontando para o pequeno, que espantava uma pomba com ameaças de chute. Para Joana Darc, que não trabalha e tomaria 4 ônibus para visitar a tia, contando ida e volta, o passe livre representava uma notável economia de R$ 10,80 (o caçula vai no colo e o do meio passa por baixo da catraca). Ainda estou ouvindo as histórias de Joana Darc quando o motorista Ivanir passa por mim a passos rápidos, quase correndo. Quer retornar logo ao posto de trabalho, pois conseguiu ajuda, segundo me avisa sem diminuir a passada. Ainda lembra de virar para trás e gritar: “põe meu nome lá na revista”. Como não botar, Ivanir? Passa um, passam dois, passam pelo menos 10 ônibus sem que nenhum fizesse a linha que promoveria o encontro de Joana e tia Crélia. “Como demora!”, ela reclama, agora já fumando um cigarro, nocivo principalmente para o recém-nascido da família, que recebe a fumaça diretamente no rosto repousado no seio direito da mãe. Retorno para a Visconde de Pelotas, onde finalmente o ônibus mais lotado que já vi se prepara para arrancar. O socorro a

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Joana Darc leva os filhos para visitar a tia Crélia |

Ivanir será dado pelo motorista de outro veículo, dos muitos que agora passarão a fazer o percurso até os Pavilhões. “Vai tranquilo”, diz o colega, tratando de animar o novato veranopolitano. Aliviado com o desfecho aparentemente feliz desta história, me desloco para um local bastante concorrido em dias de busão grátis: a praça Dante Alighieri, no Centro. É lá que encontro, dividindo-se em partes iguais entre dois bancos, um grupo bastante curioso, para quem o passe livre representaria em economia o máximo que eles conseguissem visitar de bairros caxienses. Trata-se da camareira Ana, que levou para passear seus dois filhos e 5 amigos senegaleses. Ana veio de Goiânia há 12 anos, e mora atualmente em um albergue no bairro Fátima Alto. Foi lá que conheceu e ficou amiga dos africanos – são 16 ao todo – que desembarcaram há cerca de um mês em Caxias, atraídos por notícias de bons empregos na área da construção civil (mas que ainda não se confirmaram). A comunicação deles com a brasileira se dá em espanhol, língua que eles arriscam e ela domina, assim como os filhos, que aos 6 e 7 anos já frequentam curso do idioma e se divertem mostrando a cidade para os

novos amigos. “Eles precisam encontrar emprego rápido. Cada um tem 4 esposas pra sustentar”, conta Ana, acrescentando que, apesar de alguns maus bocados que têm passado no albergue, principalmente desentendimentos com a dona do lugar, os sorridentes senegaleses estão adorando a vida em Caxias. No Dia do Trabalhador, a turma toda saiu para unir o agradável do passeio ao útil de ajudar a amiga a encontrar uma casa para morar. E que dia seria melhor para bater perna atrás de placas de “Aluga-se” do que um feriado calmo e de ônibus sem cobradores? “Quero mostrar para eles alguns bairros bonitos da cidade, como o Serrano e o São Caetano”, comenta a goiana, sem revelar seus critérios estéticos. Sentados no banco, acompanhando a conversa, eles só riem, praticamente desde a minha chegada até a despedida com apertos de mão e meus desejos de “buena suerte” a todos. No fim do passeio, já estou a caminho da Redação quando começo a me perguntar: com quem tia Crélia teria achado parecido o novo sobrinho-neto? E a turma das Andriely(e)s, teria arrumado um bom lugar para assistir aos shows do feriado? Ou ainda: teria Ivanir conseguido chegar aos Pavilhões da Festa da Uva?


Maurício Concatto/O Caxiense

BOA

TOP5

GENTE

Causas de incêndio

Maurício Concatto/O Caxiense

Nem todo incêndio é uma fatalidade. Com a ajuda do 5° Comando Regional de Bombeiros, que registra fogo em residências e terrenos baldios como a principal ocorrência, O CAXIENSE mostra as principais causas do acidente e mostra como evitá-lo.

Estreia legítima

Botijão de gás O item básico para a cozinha domiciliar é o maior causador de incêndios em Caxias. O erro é deixar o botijão em locais inadequados e com fácil acesso às crianças. Deixe o botijão fora da cozinha, em um local seco, ao abrigo do sol. Vale também revisar a validade da mangueira que conduz o gás, que tem prazo de 5 anos a partir da data de fabricação. Curto-circuito Fiação elétrica antiga e o excesso de aparelhos ligados em uma mesma tomada são os principais causadores de curtos-circuitos. O tempo e o acesso de roedores aos fios desgastam a fiação e causam um problema invisível aos olhos dos moradores. O Corpo de Bombeiros sugere uma revisão a cada 10 anos. E cuidado com os Ts: use apenas um em cada tomada.

Vela Faltou luz em casa? Corre-se para acender uma vela. O perigo do hábito é não cuidar do local onde se deixa a vela e, o pior, dormir sem apagar a chama. Quando imprevistos com a rede elétrica acontecerem, é preferível a utilização de lanternas. Cigarro Além de sujar a cidade, as bitucas jogadas no chão podem ser o primeiro passo para causar um incêndio, uma causa comum das queimadas em terrenos baldios. Apague o cigarro e jogue-o no lixo. No carro, opte por não fumar. Ou conviva com o cheiro do cinzeiro. Crianças Por melhor instruídos que sejam sobre o perigo, os pequenos ainda veem no fogo um grande atrativo para brincar. Mantenha fósforos, isqueiros e acendedores longe da criatividade deles.

Por acaso. Assim foi o encontro dos escritores Maikel de Abreu, de 30 anos, e Cesar Mateus, de 28. “Assim que a gente se conheceu, passamos a nos emprestar livros e discos que colecionávamos. Foi aí que surgiu a ideia de escrevermos”, explica Maikel. A dupla começou a desenvolver os contos no blog Invernos Cegos. Cesar, que gosta de ler romance, escrevia em Caxias. Maikel, fã de quadrinhos e contos, atualizava o blog em Porto Alegre. Na escrita, encontraram semelhanças que formaram um bom par. “Nesse momento, tudo era mais difícil pra nós. Enquanto eu estava nessa fase de adaptação em outra cidade, o Cesar estava de saída da casa dos pais. Essa foi a nossa inspiração na hora de escrever os primeiros contos”, define Maikel, que hoje também mora em Caxias. O passo seguinte foi reunir os textos no livro Couro Ilegítimo & Outros Contos, contemplado pelo Financiarte e lançado em abril deste ano pela editora Modelo de Nuvem. A obra tem 11 contos de cada escritor e um em conjunto. Falam de experiências dos dois, e de personagens e lugares submersos ou esquecidos no caos urbano. Para Cesar, em tempos de prateleiras virtuais, os livros de papel ainda encontram espaço. “Poucos conseguem se adaptar ao costume de ler pelo computador. Talvez um complemente o outro. No nosso caso, a internet ajudou muito na divulgação do livro.” Maikel e Cesar já pensam em um segundo livro, tratado ainda em segredo, como preferem os artistas. 4.MAI.2012

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do sucesso CAM Receita O curso de Administração da FSG re-

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aliza na próxima quarta (9), às 13:30, o 3° Seminário de Educação Financeira. Com o tema Grandes Empresários – Do Início ao Sucesso, o seminário terá palestras e oficinas com executivos, diretores e presidentes de empresas de Caxias e região. As inscrições devem ser feitas pelo site www.moddo.com.br ou pelo Portal do Aluno. O ingresso é um quilo de alimento não perecível. A programação completa pode ser conferida no site www.fsg.br.

Desafios da enfermagem O enfermeiro Alexandre Quadros, membro da Comissão de Urgência e Emergência em Desastres do RS, será o palestrante da Semana Acadêmica de Enfermagem da FSG, no dia 9 de maio. No dia 10, as enfermeiras Elisandra de Albuquerque, do Centro de Reprodução Humana Conception, e Juliana Costa, Gerente Assistencial do INCORSG, comandam mesa-redonda. No dia 11, ocorrerá apresentação de trabalhos acadêmicos. As atividades ocorrem sempre às 19:30 no auditório da instituição.

Arte?

Doutor em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, jornalista, curador e professor, Eduardo Veras vai palestrar na aula inaugural dos cursos de Artes Visuais da UCS. Com o título Arte Conceitual: o que é? O que não é? Por quê?, o encontro será nesta segunda-feira (7), às 19:40, no Auditório Marelli do Campus 8 da UCS.

+ VESTIBULAR Universidade de Caxias do Sul

Seguem até o dia 10 de junho as inscrições para o Vestibular de Inverno UCS. A taxa de inscrição é de R$ 40 até 25 de maio e R$ 50 depois dessa data. As inscrições devem ser feitas pelo site www.ucs. br. Prova no dia 24 de junho, a partir das 13:30.

Faculdade da Serra Gaúcha

Na segunda (7) a Faculdade da Serra Gaúcha abre inscrições para o Vestibular de Inverno. Elas podem ser feitas até o dia 21 de junho no site www. fsg.br. Quem se inscrever até o dia 8, paga R$ 40. Depois, o valor é R$ 50.

UCS: FRANCISO GETÚLIO VARGAS, 1.130. 3218-2800 | FACULDADE AMÉRICA LATINA: MARECHAL FLORIANO, 889. 3022-8600 | FACULDADE DA SERRA GAÚCHA: OS DEZOITO DO FORTE, 2366. 2101-6000

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Douglas Trancoso, Div./O Caxiense

Concorrência faz bem

A inauguração oficial da DG Sul, na semana passada, reafirma a importância do mercado caxiense para o setor automotivo. Com a nova loja, a GM segue o caminho de outras grandes montadoras, como Volkswagen e Fiat, e encerra a exclusividade que o antigo revendedor da marca tinha na cidade. Entre os fabricantes tradicionais, só a Ford mantém apenas uma revenda em Caxias. Para os consumidores, quanto mais concorrência, melhor.

Debate intenso

Uma das mais fortes categorias dá a partida neste sábado (5) à campanha salarial de 2012. O Sindicato dos Metalúrgicos faz uma assembleia para discutir o dissídio. As negociações prometem ser intensas com o Simecs. O reajuste de 14,75% do salário mínimo gaúcho embasará solicitações ambiciosas dos empregados. Já os patrões lembrarão o desaquecimento da economia: as empresas caxienses reclamam de uma perda de desempenho de 8,45% neste ano.

Consenso auspicioso Um assunto fora da alçada municipal tem a chance de se tornar um dos temas principais de debate entre os prefeituráveis na largada da corrida à sucessão do prefeito José Ivo Sartori (PMDB). Os pré-candidatos Marisa Formolo (PT), Alceu Barbosa Velho (PDT) e Assis Melo (PC do B) mostram preocupação com o futuro dos pedágios no entorno de Caxias do Sul. O bom para a cidade é saber que, rivais nas urnas, eles comungam a mesma posição: são contrários à prorrogação das atuais concessões. Em suas atividades parlamentares, eles se concentraram atenção ao tema nas últimas semanas. Veja as ações de cada um:

mentar contra a Prorrogação dos Contratos de Pedágios, aguarda a regulamentação de um projeto de sua autoria já aprovado, que implanta um sistema que controla a receita das praças. Alceu Barbosa Velho (PDT) – Mobiliza-se contra a contratação pelo Estado de uma consultoria, ao valor de R$ 8 milhões, que apresentará o “melhor modelo de pedágio”. Para ele, o serviço é dispensável, porque a sociedade entende as praças comunitárias como melhor opção.

Assis Melo (PC do B) – Deputado federal, reuniu-se com integrantes do CoredeSerra, que defenderam a importância de um movimento regional pelo pedágio comuMarisa Formolo (PT) – nitário e a devolução das esPresidente da Frente Parla- tradas federais à União.

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Arrancada forte

Pertencente ao grupo DR Sul, que acumula revendas de outras 4 montadoras, a DG Sul revigora a marca Chevrolet em Caxias. A moderna loja é a única da região com a nova identidade visual da GM, antecipando por aqui o novo padrão mundial. E sua largada não poderia ser mais promissora. Este ano, a GM pretende colocar 7 lançamentos no mercado – um recorde na indústria nacional.

Sabedoria política

Ao desempatar a votação dentro da comissão processante, a experiente presidente da Câmara, Geni Peteffi (PMDB), tomou uma decisão sábia e optou por levar para o Plenário da Câmara a discussão da cassação dos direitos políticos do ex-vereador Moisés Paese. Primeiro, porque a questão merece um fórum maior e um debate público. Depois, porque preservou sua imagem diante do eleitorado – levaria a culpa, sozinha, pelo arquivamento do processo.

O azar de Paese

Será difícil acreditar que Paese escapará da suspensão dos direitos políticos por apresentar atestados falsos. Vereadores demonstraram, ao surpreender e recusar um aumento de 25% nos próprios salários, que não estão dispostos a assumir o ônus de decisões impopulares em pleno ano eleitoral.

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Umberto e Wangler, entre os troféus que contabilizam as glórias do Caxias | Maurício Concatto/O Caxiense

Na antessala da História

Equipe e torcedores grenás preparam-se para a batalha final do Gauchão contra o time que, se tivesse prefeito, seria o quinto maior município gaúcho

por Gabriel Izidoro Lá em janeiro, quando tudo parecia tão improvável e distante, o alemão teimoso de Roca Sales que veio se tornar, mais do que cidadão, personagem de Caxias do Sul – entre aliados e desafetos –, apareceu com um cálculo que passava despercebido para ilustrar o abismo de desigualdade no futebol gaúcho. Osval-

do Voges, o presidente do Caxias, observara que um dos favoritos ao título, o Inter, deteria o quinto orçamento do Rio Grande do Sul se fosse um município. “É Porto Alegre, Canoas, Caxias, Triunfo, o Inter e só depois Pelotas.” O Inter apresentou credenciais tão mastodônticas na mesa do Gauchão

2012 que até em número de sócios seria um município sujeito à disputa de segundo turno, caso tivesse prefeito, em vez de presidente. “Pela verba e pela população, o presidente do Inter tem mais poder que o prefeito de Pelotas”, insistia Voges. Eis que aquele cálculo lá de janeiro, 4.MAI.2012

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quando só um devaneio poderia sugerir um desfecho arrebatador para a sonolência do campeonato, agora retrata perfeitamente o problema que o Caxias tem diante de si nas finais do Estadual, nos dias 6 e 13 de maio. O problema de solução mais fácil do mundo, é claro. Nada mais resta ao Caxias para fazer no Centenário e no Beira-Rio, nos dois próximos e mais importantes domingos deste ano – até a Série C. Nada mais há no que pensar ou com que se preocupar. Não há outra alternativa. Não há meios de se reduzir o oceano de diferença em relação ao Inter. Não há expediente secreto ou mágico ao qual recorrer para melhorar as perspectivas. Não há conjectura alguma com que se perder tempo. Não há falsas esperanças às quais se prender. E isso é que torna tão fácil solucionar o problema. A única coisa que o Caxias pode fazer diante do Inter é lutar. Lutar é a única resposta grená. Lutar com a serenidade enfurecida de quem sabe que chegou ao limite e está longe demais para voltar. Lutar como quem sabe que a luta é a recompensa de si mesma. O pior que pode acontecer é tudo ficar do jeito que está, como preconiza o vitorioso slogan de campanha do deputado federal mais votado do Brasil. Já o melhor, é mais ou menos o seguinte (e preste atenção agora, capitão

Lacerda, você que ficou impressionado com o mesmo artefato, quando o viu no jogo de despedida de Washington, no Centenário, em 13 de dezembro passado). Um meia chamado Danilo Gomes, de quem os grenás não teriam razão alguma para lembrar mais ou menos do que qualquer outro Danilo, certo dia entre 2009 e 2010, enfrentou o Caxias no Centenário, atuando pelo Zequinha. Imediatamente depois do jogo telefonou para um amigo que há tempos não via. Do outro lado da linha, Gil Baiano, de quem os grenás não esquecerão jamais nem quando o Apocalipse destruir São Francisco de Paula e o resto do planeta, foi surpreendido com o testemunho de Danilo: “Meu irmão, você virou bandeira no Caxias! Os caras te botaram numa faixa na arquibancada!”. É a isso que está sujeito quem lutar contra o monstro grande que pisa forte chamado Inter. “É gratificante pra caramba! Claro que eu esperava receber algum carinho da torcida, mas nem tanto, depois de se passar tanto tempo. Tenho muito orgulho de virar bandeira depois de tanto tempo. Tenho muito orgulho de bater no peito e dizer que a história da minha vida se confunde com a do Caxias. Tenho orgulho de dizer que é o clube com o qual mais me identifiquei”, escancara Gil Baiano.

Na verdade, qualquer jogador grená que agora desfruta do privilégio de tentar repetir a conquista tem uma ideia do que significa entrar para a eternidade particular de um razoável grupo de seres humanos apaixonados por um clube do Interior. Toda vez que aguardam na antessala da secretaria para resolver alguma pendência administrativa, cercados de fotos de títulos, mesmo que nem todos tão reluzentes quanto aquele que agora está em disputa, eles têm essa ideia bem clara. “Eu olho aquelas fotos desde que cheguei aqui. Sempre gostei de uma com o estádio lotado, na Série C de 2009, e sonhava em jogar com um público daqueles. Agora quero ser o campeão mais jovem da história do Caxias, com 17 anos”, revela o atacante Marcos Paulo. O anseio dos garotos reflete mais um dos riscos a que estará exposto quem lutar contra o Inter: mudar de vida. “Todo mundo conseguiu dar rumo na sua vida, de um jeito ou de outro. Título é título”, sintetiza o atual técnico do Cianorte-PR, então zagueiro, Paulo Turra. Aliás, o ex-xerifão da zaga serve de referência pessoal para um integrante do grupo. Porque o mundo é muito pequeno, você sabe... “O Paulo Turra é o cara mais famoso de Tuparendi. Quando eu estava em escolinha ele vinha dar palestra para a gente. Sempre conver-

serviço

DOM. (6). 16:00. Estádio Francisco Stédile Ingressos: Arquibancada: R$ 60. Idoso/Estudante: R$ 30. Arquibancada visitante: R$ 60. Cadeiras: R$ 90. Acompanhante de sócio: R$ 70.

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“O povo de Caxias tem que esquecer a gente, esquecer de 2000 e fazer por outros. Já está mais do que na hora de ter novos ídolos. O clube e a cidade precisam disso”, diz o eterno craque grená Gil Baiano

samos sobre futebol, ele sempre foi um cara que me serviu de exemplo. Agora também quero botar minha fotinho na parede”, revela o volante Mateus, conterrâneo do ídolo grená. E que muito além do frasista folclórico que uma certa superficialidade da atual cobertura esportiva do país procurou explorar, foi um dos esteios do bom funcionamento do time ao longo do semestre. Papel semelhante ao de Umberto. O camisa 5, para felicidade e graça, primeiro de Paulo Porto, e agora de Mauro Ovelha, raramente vira desfalque por lesões ou suspensões. Sem falar na liderança positiva no vestiário, constantemente mencionada pelos “sobrinhos”– considerando o apelido de “titio” dado por eles ao volante. “Quem passa na frente do Centenário vê escrito lá que o clube é campeão gaúcho. Isso fica para a história. A gente tem agora uma grande chance de marcar época aqui”, diz Mateus. A chance, evidentemente, depende muito dos primeiros 90 minutos e dos totais 180 minutos de decisão. “Este jogo do dia 6 não define, mas encaminha muita coisa. O Centenário vai ser um diferencial importante a nosso favor”, projeta Umberto. Para o capitão Lacerda, que se emocionara com a recepção da torcida aos campeões de 2000 na despedida de Washington, este grupo já tem do que se orgulhar. E o fato da imagem

da conquista da Taça Piratini até agora não ter aparecido nas paredes da antessala da secretaria só pode ser, ele supõe, brincando – mas não muito –, porque o destino está preparando uma versão mais atualizada. “Nós estamos na frente de pelo menos um, podendo ser dos dois, da Dupla Gre-Nal. Eu penso muito nisso. Eu quero poder dizer que estava no grupo que veio depois de 2000. Quero fazer história no Caxias, voltar aqui no futuro e encontrar minha foto lá na parede.” A alguns dias e milhares de quilômetros de distância da declaração do zagueiro, Gil Baiano pareceu tê-la ouvido, ao responder: “O povo de Caxias tem que esquecer a gente, esquecer de 2000 e fazer por outros. Já está mais do que na hora de ter novos ídolos. O clube e a cidade precisam disso”. Sem sequer imaginar o que o amigo dissera no interior paraibano, Paulo Turra endossou o discurso, lá no norte paranense: “A cidade precisa ter consciência de que um título desses é importante para ela, não só para o clube”. E em uma fagulha de espírito que veio brevemente à tona, o ex-capitão permitiu ver as marcas mais profundas que uma façanha pode deixar, bem mais do que fotos nas paredes. “Meu time é o Caxias, torço para o Caxias, sou sócio do Caxias e não me interessa onde este time estará amanhã ou depois. O Caxias é minha vida e não vou largar nunca”.

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Dr. Romolo Carbone (em pé) palestra em reunião festiva do núcleo fascista de Caxias | Reprodução do livro As sombras do Littorio - O fascismo no Rio Grande do Sul/O Caxiense

OS ESCOLHIDOS DE MUSSOLINI No final dos anos 20, entre muitos colonos pobres, o fascismo italiano elegeu os poucos ricos para construir aqui uma cópia fiel à pátria europeia. Recompensava-se bem. Quando o Brasil impôs o amor à bandeira, eles foram perseguidos. E tentaram apagar uma história que os descendentes preferem não lembrar

por Andrei Andrade 16


Nos fundos da loja Mazer, esquina das ruas Sinimbu e Garibaldi, a fumaça de uma grande fogueira acinzenta o céu caxiense. Na calada da noite, dois homens vestindo camisas negras atiram ao fogo tudo o que foi possível reunir de documentos que comprovassem a existência de um grupo de militantes fascistas na região. Em poucos minutos, transformaram em cinzas um curto e quase esquecido capítulo da história de Caxias. É agosto de 1942, o fim da época em que a burguesia buscou fazer por aqui uma versão miniaturizada da Itália de Benito Mussolini. Essa história começa na primeira metade da década de 20, com a tentativa do poderoso chefão italiano de expandir para além de qualquer fronteira o império que buscara erguer desde seu país com a ascensão do fascismo, um regime de extrema-direita marcado pela onipresença do Estado na sociedade. Tudo no Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado era a frase que melhor definia a ideologia política. Para unir as colônias espalhadas pelo mundo, era preciso atrair os filhos da pátria onde quer que eles estivessem. E hoje se sabe que não foi nada difícil conseguir vender o peixe por aqui. Mussolini fez de tudo para agradar e atrair os imigrantes de Caxias para a “italianização” do mundo. Chegou a financiar, em 1925, o álbum comemorativo do cinquentenário da imigração na região, que estampava em página inteira um imponente retrato seu. No prólogo do livro, afirmava em linguagem rebuscada o orgulho de ver no Rio Grande do Sul “o signo da nobilíssima estirpe que imprimiu um traço imorredouro na História dos Povos”. Na turma que atuou como representante do governo italiano e fundou o primeiro fasci – nome dado aos grupos organizados de militantes – de Caxias do Sul, estavam as principais figuras do ainda incipiente processo de urbanização dos anos 20, quando a imensa maioria da população ainda era formada por colonos. Figuras como o prefeito da época, Celeste Gobatto, o construtor Sílvio Toigo, os empresários Abramo Eberle e Aristides Germani, o médico Romo-

lo Carbone, entre outros que hoje dão nome a ruas, praças ou escolas. Todos italianos de nascimento, pertencentes às primeiras gerações de colonizadores da região, eles viam no fascismo alguns dos valores cultivados na velha Itália, como a conquista da dignidade pelo trabalho, o respeito à autoridade e a importância do militarismo como marca de uma nação vencedora. E depois ainda descobriram que era uma forma de obter boas vantagens econômicas. Era chique ser fascista. Para os mais destacados, representava o poder de ostentar títulos pomposos concedidos pelos italianos e talvez receber uma medalha das mãos do próprio Mussolini, oferecendo a seus filhos e netos uma boa história para contar. Para a famíliaburguesa-fascista-caxiense, era comum participar de jantares bem frequentados, normalmente realizados no salão do Clube Juvenil, onde se cantava a Giovinezza, o hino do fascismo, com seu grudento refrão: Giovinezza, giovinezza/ primavera di bellezza / nel Fascismo è la salvezza/ della nostra libertà (Juventude, juventude / primavera da beleza / no Fascismo está a salvação / da nossa liberdade). O militante da causa, levando no bolso a carteira de membro do fascio, era acolhido de braços abertos na Itália. Lá ele poderia ganhar bolsas de estudo, estagiar em grandes empresas e aprender ofícios que virariam bons negócios no Brasil. Ainda podia importar mão de obra especializada – desde que escolhesse trabalhadores ideologicamente alinhados – e obter empréstimos de bancos italianos. Do lado de cá, a família matriculava os filhos em escolas que ensinavam tudo sobre o país de seus antepassados e quase nada sobre a terra onde viveriam suas próprias vidas. No

verão, se divertiam em colônias de férias nas praias de Rio Grande. Tudo isso patrocinado pelo fascismo. Para o humilde colono, deixado de fora das ações políticas, mas convencido principalmente pelos padres e pela propaganda feita pelos jornais da época, era reconfortante saber que não só Deus, mas também um governo olhava por eles. Esse poder, que estava em um país distante, do qual só tinham ouvido falar, podia estar mais próximo que Deus. Com o tempo, vários fasci começaram a surgir dentro de sociedades destinadas a prestar auxílio médico aos colonos. Sabe-se que também existiram grupos organizados em Bento Gonçalves e Garibaldi. Para a matriz, com sede no Palácio do Litório, em Roma, eram representações importantes não só pela propagação dos ideais, mas principalmente pelas contribuições financeiras que enviavam ao Partido Nacional Fascista, especialmente em períodos de guerra, quando a Itália se via em maus lençóis com o bloqueio econômico que sofria de seus inimigos. Talvez ninguém tenha se debruçado sobre os reflexos deste período na vida caxiense como a historiadora Loraine Slomp Giron. Na introdução do livro que dedicou ao tema, As Sombras do Littorio: o fascismo no Rio Grande do Sul (1994, Parlenda), refere-se a si mesma como a “Repórter Esso do passado, a primeira a mergulhar em temas que a sociedade finge que não aconteceram”. Exagerando ou não na autorreferência, de fato é ela quem traz à tona a maior parte do que hoje se conhece de dados e relatos do período. Pela ousadia, diz ter sofrido “um gelo” por parte da academia, de algumas famílias e instituições que preferiam fingir que nada tinha acontecido. “Fui tachada de comunista, 4.MAI.2012

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de mentirosa. Até o bispo da época ligou para falar comigo”, lembra. O telefonema do bispo era uma tentativa de dissuadi-la sobre uma das suas posições mais polêmicas, que envolve a influência do fascismo na criação da diocese de Caxias do Sul, em 1934, e a atuação de padres como divulgadores da ideologia. “O surgimento da diocese só foi possível porque o prefeito Celeste Gobatto tinha parentes entre os membros da Cúria (órgão que administra as dioceses) do Vaticano. Durante minha pesquisa, cheguei a mostrar uma foto de um encontro do fascio a um padre. Ele me jurou que não conhecia nenhuma das pessoas da foto, mas eu sabia que ele mesmo estava nela”, conta Loraine. O fascismo era uma festa que ia bem até a adoção de políticas nacionalistas cada vez mais radicais pelo governo brasileiro, após Getúlio Vargas decretar o Estado Novo. A onda patriótica inibia quaisquer manifestações étnicas estrangeiras, até as mais inofensivas, como a música e a dança. A entrada do Brasil na 2ª Guerra, em 1942, contra Itália, Ale-

manha e Japão, fecha ainda mais o cerco contra os “subversivos”, que são forçados a decidir entre naturalizar-se brasileiros ou deixar o país, condenados a apagar sua própria história de uma forma ou de outra. A queima dos arquivos, que abre esta reportagem, foi narrada por um dos protagonistas, Moacir Chiarello, em depoimento a Loraine. Chiarello era amigo e colega de fasci de Ângelo Mazer, dono da loja que levava seu sobrenome (onde hoje funciona uma agência do banco HSBC) e segundo personagem da cena da fogueira. Era a forma mais rápida de se livrar da perseguição sofrida pelos simpatizantes do fascismo por parte da política nacionalista de Vargas, que se tornou mais intensa após a declaração de estado de guerra. Diante de um cenário que demonizava comunistas, nazistas e fascistas, era preciso esconder qualquer sentimento de amor por uma pátria que não fosse o Brasil. Ou isso, ou a prisão. Nas ruas de Caxias, o período é mar-

“O surgimento da diocese só foi possível porque o prefeito Celeste Gobatto tinha parentes entre os membros da cúria do Vaticano”, conta Loraine Giron

Manifestação anti-fascismo da Liga de Defesa Nacional, em 1942, quando a Praça Dante Alighieri virou Ruy Barbosa | Julio Calegari, Acervo Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

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O livro comemorativo aos 50 anos da colonização italiana no “Rio Grande del Sud” estampa a foto de Mussolini | Reprodução/O Caxiense

cado por diversas manifestações nacionalistas. Os revoltados chegaram a exigir que fossem trocados os nome de ruas e avenidas da cidade. E conseguiram. Por um tempo, a praça Dante Alighieri virou Ruy Barbosa. E a Avenida Itália, é claro, virou Brasil. Com o fim da guerra, quando as relações voltam a ficar amenas, a “brasilidade” promovida por Getúlio já tinha feito com que assumir-se italiano desgarrado da pátria não parecesse tão atraente quanto ser um cidadão brasileiro de fato. “Quando Vargas se posiciona a favor dos aliados, muitos (militantes fascistas) tremem nas bases e tratam de apagar suas pegadas, por temerem re-

pressões violentas. E quando o assunto volta a ser discutido já estão todos mortos e os documentos já desapareceram”, observa o historiador Juventino Dal Bó. Pelo legado facilmente associável à xenofobia, o tempo fez com que reconhecer ligação com os ideais defendidos pelo fascismo se tornasse um assunto embaraçoso, desses que é mais conveniente deixar esquecidos. Como explicar que nunca antes na história de Caxias houve tantos bebês batizados com o nome Benito?

ainda restam marcas. Com o termo fascismo e suas derivações quase excluídas das palavras-chave para buscas, o Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami mantém em seu acervo digital algumas fotos da época. Sem identificar nomes, uma delas mostra um grupo de 21 Camisas Negras – como eram conhecidos os militantes fascistas – e uma criança posando para o fotógrafo do tradicional Studio Geremia em frente ao prédio da Sociedade Príncipe de Napoles, na Avenida Júlio de Castilhos (ao lado do hospital Pompéia), um dos Passados 70 anos do declínio das in- pontos de encontro do fascio. Na sala aconchegante da sua casa no tenções fascistas em terras caxienses,

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível

6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: vinte(20) dias. Natureza: Cobrança Processo: 010/1.11.0020213-7 (CNJ:.0038062-40.2011.8.21.0010). Autor: Polímeros Sul Comercial Ltda. Réu: Reprolubi Comercial e Empreiteira Ltda. Objeto: CITAÇÃO de Reprolubi Comercial e Empreiteira Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAZO de QUINZE (15) dias, a contar do término do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial. Caxias do Sul, 17 de abril de 2012. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Sílvia Muradás Fiori.

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Luiza Tronquini, filha de Sílvio Toigo |

Acervo do Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

Abramo Eberle recebe o título de Cavalheiro del Lavore, entregue pelo vice-cônsul da Itália em Caxias, Celeste Gobbato | Acervo do Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

bairro Cinquentenário, Luiza Tronquini, 92 anos, lembra com carinho e saudade do pai, Sílvio Toigo, que foi um dos mais importantes arquitetos e construtores de Caxias do Sul, onde fundou o primeiro fascio da região. Em pouco mais de uma hora, ela conta boas histórias sobre a vida do “nono”, como sempre se refere, quase sem precisar do auxílio do sobrinho, homônimo do avô, que acompanha a entrevista enquanto folheia o álbum de memórias da família. Luiza não se incomoda em comentar as ligações que o pai mantinha com o fascismo. “Era algo normal para nós. O nono ajudava todo mundo, fazia muito pela cidade... só gostava do partido dele e amava o país onde tinha nascido”. Entre as principais obras assinadas por Toigo em Caxias do Sul estão o prédio do Monumento ao Imigrante, o Clube Juvenil e o Cine-teatro Ópera, que hoje dá lugar a um estacionamento. Neste último, deu-se ao capricho de fazer uma pegadinha com os historiadores,

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bem antes do Código Da Vinci. Colocou no topo do prédio um feixe (fascio, em italiano) de vimes entrelaçados, um dos símbolos do fascismo. Os anos do Estado Novo foram complicados para a família Toigo. “Quando começaram a perseguir os italianos, não podíamos nem cantar nossas músicas, coisa que a gente adorava”, conta Luiza, num exemplo que demonstra bem o fim daquele período. Para Loraine, não há motivos para que as famílias descendentes se envergonhem ou queiram esconder este lado da história de seus antepassados. “Eles levaram uma série de vantagens pessoais, mas não houve corrupção, delitos ou violência. E, com pouco mais de meio século de imigração, é normal que aquelas pessoas se sentissem mais italianas do que brasileiras, independentemente de onde tenham nascido. Se fosse hoje, e o Berlusconi (ex-primeiro-ministro italiano) oferecesse as vantagens que Mussolini ofereceu na época, tu achas que a burguesia não iria correndo atrás?”

“O nono ajudava todo mundo, fazia muito pela cidade... só gostava do partido dele e amava o país onde tinha nascido”, lembra Luiza


PLATEIA

Cinema bom, menino mau | Som Fantasy Revival | Gravuras surrealistas

Todos os países com jeitinho brasileiro por Paula Sperb Há uma livre associação entre Jeitos de Ser Brasil (Editora Belas Letras) e os livros dos Lugares e Fazeres do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A semelhança, descartados os rigores técnicos e considerando a liberdade da escrita, está no registro da cultura brasileira e de seus espaços vividos – lugares antropológicos como fala Marc Augé. A relação do processo de pesquisa de campo da obra com o ofício de repórter é inevitável. Nivaldo Pereira desempenha um duplo papel de antropólogo e jornalista registrando de forma não-oficial os saberes da gente brasileira. Só assim para termos acessos aos detalhes do cotidiano de cada canto da nossa imensa nação. Como no Acre, onde o látex retirado do seringal vai direto para uma fábrica de preservativos. Na mesma região, vive uma árvore famosa, que apareceu na minissérie Amazônia, da Rede Globo. Em Maracaju, no Mato Grosso do Sul, tem o Festival da Linguiça. Em Belém, no Pará, alguns barcos são chamados “pô-pô-pôs” por causa do barulho que fazem. Em Brumadinho, Minas Gerais, é possível escutar o barulho da Terra, ampliado com microfones especiais. Em uma viagem tão extensa, não chega a ser uma surpresa ser atacado por pássaros serranos que protegem seus ninhos, em Campo Grande. Eles só atacam pelas costas, nunca atacam pela frente. Nivaldo Pereira fez até um guia com os preços dos artigos da Feira do Gaurá (DF), Mercado Central de BH (MG) e de uma loja de trajes típicos em Bagé (RS). Para ler com calma e viajar pelo Brasil sem sair do lugar.

por Marcelo Aramis A deserta Bagé (RS) se parece muito com a movimentada Juazeiro do Norte (CE). A organização de Curitiba lembra o caos paulistano. Isso se falarmos de paisagens, porque, se compararmos os rostos e os costumes de cada lugar, veremos que o Brasil continental é uma vila de gente muito parecida. Essa é a segunda leitura das obras de Antonio Giacomin, em Jeitos de Ser Brasil (Editora Belas Letras). A primeira talvez mostre o oposto: apenas 160 quilômetros separam Caxias do Sul de um outro país, São José dos Ausentes. O Brasil inteiro é assim, feito de pequenos países. É na sutil mudança de traço e de cores que as aquarelas de Giacomim mostram as semelhanças e os contrastes dos caminhos que percorreu. A qualidade fotográfica dos esboços prende o traço na fidelidade à paisagem. E as cores deixam o artista voar. Giacomin desviou os cartões postais para mostrar o que é corriqueiro e invisível nos cadernos de turismo: pintou elementos banais que guardam a verdadeira identidade de cada lugar. Em quase 400 aquarelas entre as 296 páginas do livro, Giacomim teria cometido apenas um pecado. Na ânsia de turista, de levar para casa as curiosidades escritas em cada lugar – placas, fachadas, cartazes – o pintor inseriu os textos na aquarela – uma linguagem estética que prefere sugerir, não denotar. E aquarelou poucos deles. Mas Chico Buarque disse que “não existe pecado do lado de baixo do Equador”, a área de abrangência da rota do artista. E a obra de Giacomin também é imune. 4.MAI.2012

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CINE

winton, John C. Reilly, Ezra Miller. De Lynne Ramsay Robinson

Tilda S

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN A melhor estreia da semana conta uma história depressiva do ponto de vista da mãe de um psicopata, e engloba toda a relação conturbada entre Eva Khatchadourian e seu filho Kevin. Baseado no best seller homônimo de Lionel Shriver, o longa conta com a atuação impecável de Tilda Swinton, indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz, na pele da mãe. Estreia.

★★★★★ ORDOVÁS SEX (4). 19:30. SÁB (5). 20:00. DOM (6). 20:00. QUI (10). 19:30.

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1:52

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de responsabilidade dos cinemas.

Channing

Tatum. Jonah Hill. De Phil Lord e Chris Miller

Efron. Taylor Schilling. Blythe Danner. De Scott Hicks

ANJOS DA LEI

AMERICAN PIE: O REENCONTRO

Dois policiais idiotas atuam disfarçados de alunos em uma escola de ensino médio para tentar descobrir quem é o novo traficante de drogas da cidade. Há algumas cenas engraçadas de comédia física. O longa é baseado na série de TV que alavancou a carreira de Johnny Depp. Estreia.

Eles já são adultos, mas o roteiro continua quase a mesma coisa: grandes festas, muita bebida, sexo, os discursos motivacionais do pai de Jim e as piadas sobre a lendária mãe do Stifler. E o público quis mais do mesmo. A comédia está em 2° lugar nas bilheterias do final de semana, com R$ 2,3 milhões arrecadadoss.

CINÉPOLIS 13:30-16:30-19:50 GNC 13:45-16:30-18:40-21:00

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Zac

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1:49

CINÉPOLIS 14:30-17:30-20:00

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1:36


Zac

Efron. Taylor Schilling. Blythe Danner. De Scott Hicks

Nathalia

Dill. Luca Bianchi. Lívia de Bueno. De Marcos Prado

UM HOMEM DE SORTE

PARAÍSOS ARTIFICIAIS

Baseado no livro de Nicholas Sparks, o longa conta a história de um sargento da marinha americana, Logan Thibault, que acredita ter sido salvo no Iraque pela foto de uma linda mulher desconhecida. Quando retorna aos EUA, ele busca a tal mulher para conquistar seu coração. Estreia.

Música eletrônica, droguinhas de festa, tintas fluorescentes (a foto não é de um Avatar moderninho) e algumas mulheres se beijando são a premissa do longa. E nem é um besteirol americano. O filme, dos mesmos produtores de Tropa de Elite, narra o romance entre dois jovens, Erika e Nando, tendo as raves do nordeste, Rio de Janeiro e Amsterdã como cenário. Estreia.

CINÉPOLIS 14:00-17:00-19:30-21:50 GNC 14:00-16:20-19:20-21:30

Chris

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1:41

Hemsworth. Scarlett Johansson. Robert Downey Jr. De Joss Whedon

CINÉPOLIS 14:30-17:30-20:00

Julia

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1:36

Roberts, Lily Collins, Armie Hammer. De Tarsem Singh.

Os Vingadores

ESPELHO, ESPELHO MEU

Para salvar o mundo do terrível deus Loki, o diretor da S.H.I.E.L.D, Nick Fury, recruta Os Vingadores, grupo formado por Homem de Ferro, Hulk, Thor, Capitão América, Viúva Negra e Gavião Arqueiro. O filme é a realização de uma projeto de longo prazo da Marvel, em que cada super-herói ganhou um longa próprio. Separados eles não foram grande coisa, juntos também decepcionaram, apesar do desempenho nas bilheterias. Os Vingadores está no 6° no ranking brasileiro em 2012 e 1° lugar do último fim de semana. 2ª semana.

Releitura do clássico conto de fadas, com referências da cultura pop, em que a madrasta (Julia Roberts) deseja casar com o príncipe para resolver os problemas financeiros do reino. Então, Branca de Neve (Lily Collins) aparece, linda e morena, para roubar o coração do pretendente. Neste longa, os anões não trabalham em uma mina, são saqueadores. E a doce Branca de Neve é cúmplice. O figurino, destaque do longa, foi o último trabalho da japonesa Eiko Ishioka, que morreu em janeiro deste ano, antes da estreia do filme. 5ª semana.

CINÉPOLIS 13:00-16:00-19:00 | 3D 15:00-18:30-21:30 GNC 13:30-16:10-18:50-21:40 | 13:10-15:50-18:30-21:20 3D 19:00-22:00 | DUB 13:00-16:00

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2:16

CINÉPOLIS 13:10-15:40 GNC 14:20

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Divulgação/O Caxiense

MUSICA + SHOWS SEXTA-FEIRA (4) All Jazzeira

20:00. Entrada Franca. Zarabatana

Jaimar e Alexandre

21:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Franciele Duarte & Banda

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Tattoo Rock Club

23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão Classic

Saravá

23:00. R$ 12 e R$ 15. Level

Constelação

23:00. R$ 20 e R$ 25. Havana

21:00. R$ 6 e R$ 8. Paiol

Regra 30

22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Little Boogie

22:00. R$ 12 e R$ 18. Mississippi

Descartes

22:00. R$ 8 e R$ 12. Aristos

Electrofreaks 3.0

23:00. R$ 10 e R$ 12. Vagão Classic

Looklike

23:00. R$ 25 e R$ 40. Havana

Dinamite Joe

Um dos grandes nomes da MPB brasileira nos anos 2000, o cantor Jorge Vercillo se apresenta em Caxias com repertório focado em seu último CD, Como Diria Blavatsky, de 2011, cujo título homenageia a escritora, filósofa e teóloga russa. Mas não vão faltar, é claro, oportunidades de paralisar o olhar do público com os hits de sua carreira, como Monalisa – da infame rima “teu olhar me paralisaaaa”. A festa também terá a presença do músico Alexandre Trindade, que divide o palco com Vercillo em alguns momentos. SEX. (4). 22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

SÁBADO (5) Pátria e Querência

De Monalisa a Blavatsky

Sinfonia para o teatro

A terceira edição de 2012 do Programa Quinta Sinfônica, da Orquestra da UCS, marca a reabertura do UCS Teatro, fechado para reformas há 3 meses. O concerto será regido pelo maestro Manfredo Schmiedt e terá a participação especial do solista Emiliano Barri, saxofonista da Argentina. O repertório terá as obras Claire de Lune (C.Debussy/Arr. André Caplet), Légende (A.Caplet), Pavane pour une infante défunte (M.Ravel), Concertino da camera (J.Ibert) e Divertissement (J.Ibert). Os ingressos devem ser retirados nas livrarias Maneco. Sugere-se a doação de um quilo de alimento. QUI. (10). 20:30. UCS Teatro. Gratuito

André T. Susin, Arquivo/O Caxiense

23:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

DOMINGO (6) Sai Dessa

22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

O bom e velho toca-discos

Essa é para quem foi jovem no fim dos anos 80 (e início dos 90): o DJ Jaime Rocha traz de volta à vida, por uma noite, a Som Fantasy. Na época, eram os legítimos toca-discos da sonorização que levavam o melhor do rock para a pista. Além de Rocha, também assume as agulhas o DJ Cláudio Sachet. No repertório, hits dos anos 70, 80 e 90, como Rolling Stones, AC/DC e The Cure. SÁB. (5). 23:00. R$ 15. Quinta Estação

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+ SHOWS TERÇA-FEIRA (8) Cris Caberlon

22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

QUARTA-FEIRA (9) Fúlvio Motta Trio

22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

QUINTA-FEIRA (10) Macuco

21:00. R$ 5 e R$ 15. Paiol

Barbarella

22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

Disco

22:00. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Blues nacional

Depois do sucesso de Gambling and Living, lançado em 2007 pelo Fundoprocultura, a The Blues Beers lança de forma independente seu segundo trabalho, Ao Som de Blues. Mais maduro, o grupo formado por Camila Dengo (vocal), Josué Baciquet (baixo), Léo Reis (bateria), Rafael Reis (harmônica) e Cristian Rigon (guitarra) procura se manter fiel à sonoridade do tradicional gênero do Delta do Mississippi, mas imprime sua identidade nas letras, compostas agora em português. Dentre as faixas mais bacanas, destaque para Adictus e Um Anjo e o Diabo, com participação do excepcional guitarrista argentino Matias Cipiliano. DOM. (6) 20:00. R$ 15. Teatro Municipal

A queda do rei

Como o nome da festa entrega, a proposta da balada Black Box é fazer o público perder a caixa preta na última noite antes do fechamento do The King, ao som dos DJs Caio Britto e Gisele Rebelo. O local deve sediar o primeiro restaurante do superchef premiado por Ana Maria Braga, Charlie Colonetti. SÁB. (5). 23:00. R$ 15. The King

Strip-RPG

O tema da festa Moulin Grooves é a arte burlesca, associada à tradição ancestral do striptease e popularizada na última década por Dita Von Teese. Música de cabaré, indie pop e indie rock com a dupla DJs & Dragons (referência ao RPG Dungeons & Dragons, para quem suspeitou desde o princípio). No cenário, projeções temáticas da VJ Verônica Junker. SÁB. (5). 23:00. R$ 12 e R$ 15. Level

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ARTE

O homem animal

Em O Melhor dos Mundos Possíveis, as curadoras Mara Galvani e Maria Helena Wagner Rossi selecionaram 20 obras, entre desenhos e pinturas, que compõem o trabalho de doutorado em poéticas visuais de Nara Amelia Melo. As imagens têm um grande teor surrealista e mesclam desenhos com literatura, quase sempre com o objetivo de ilustrar fábulas. Outro ponto forte da obra de Nara Amelia é o uso da natureza e dos animais como metáfora para mostrar a bestialidade do homem e a indeterminação do estranho. Freud explica. O Melhor dos Mundos Possíveis Nara Amelia Melo. Abertura SEG. (7). 19:30. SEG.-SEX. 08:00-22:30. Campus 8

Monumentos de uma Trajetória

Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla.

Corpo em Fuga

Lucas Auller. A partir de QUI (10). SEG.-SEX. 09:00-19:00 SÁB. 09:00-12:00. Farmácia do Ipam

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Elementos da Cultura Polonesa

Coletiva. SEX. (4) e SÁB. (5). 09:00-21:00. Prataviera

Experimentalis

Márcia Regina Valentini. Abertura TER. (8). 19:30. SEG.-SÁB. 10:00-19:00. Catna Café

4★

Os Desenhos do Arco da Velha

Urbanos

Lipe Albuquerque. A partir de SÁB. (5). SEG.-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Beatriz Balen Susin. SEG.-SEX. 08:30-18:00 SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Recorte Étnico

Videoarte BR

Coletiva. SEG.-SEX. 08:3018:00 SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Diana Domingues. SEG.-SEX. 09:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás


cinemas: CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CARTEIRINHA. GNC. rsc 453 - km 3,5 - Shopping Iguatemi. 3289-9292. Seg. qua. qui.: R$ 14 (inteira), R$ 11 (Movie Club) R$ 7 (meia). Ter: R$ 6,50. Sex. Sab. Dom. Fer.R$ 16 (inteira). R$ 13 (Movie Club) R$ 8 (meia). Sala 3D: R$ 22 (inteira). R$ 11 (meia) R$ 19 (Movie Club) | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3901-1316. R$ 5 (inteira). R$ 2 (meia) | MÚSICA: Aristos. Av. Júlio de Castilhos, 1677, Centro 3221-2679 | BOTECO 13: Dr. Augusto Pestana, s/n°, Largo da Estação Férrea, São PelegrinO. 3221-4513 | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. mOINHO DA ESTAÇÃO. 32156619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | Mississippi. Coronel Flores, 810, São Pelegrino. Moinho da Estação. 3028-6149 | PAIOL. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | teatro municipal: Doutor Montaury, 1333. Centro. 3221-3697 | THE KING PUB: Rua Tronca, 2802. Rio Branco. 3021-7973. | UCS TEATRO: Francisco getúlio vargas, 1130. 3218-2309 | VAGÃO CLASSIC. JÚLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | ZARABATANA: Luiz Antunes, 312. Panazzolo. 3228-9046 | galerias: campus 8: Rod. RS 122, Km 69 s/nº. 3289-9000 | CATNA CAFÉ: Júlio de Castilhos, 2546. SÃO PELEGRINO. 3221-5059. | FARMÁCIA DO IPAM. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009-3150 | GALERIA MUNICIPAL. DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | galeria universitária: francisco getúlio vargas, 1130. Petrópolis. 3218-2100 | instituto bruno segalla: Rua Andrade Neves, 603. centro. 3027-6243. | museu municipal. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | PRATAVIERA SHOPPING: Av. Júlio de Castilhos, 2030. 3028-2029 | ORDOVÁS. Luiz Antunes, 312. Panaz­zolo. 3901-1316 |

CA

Fotos: Div./O Caxiense

Enderecos

MA RIM

Marcelo Aramis

Ideia caxiense

Uma luminária do designer caxiense Rodrigo Pereira da Silva para a Intral ficou em 2° lugar no concurso internacional Prêmio Abilux de Design de Luminárias, realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação, em São Paulo. A peça de iluminação pública Maestra, desenvolvida com a equipe de engenharia e produto da Intral, conquistou também o prêmio especial de Conservação de Energia.

A feira e a xepa

Legenda Duração

Classificação

Avaliação ★ 5★

Cinema e Teatro Dublado/Original em português Legendado Animação Ação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror Fantasia

Música Blues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

Dança Clássico Forró Hip hop

Contemporânea Folclore Jazz Salão

Flamenco Dança do Ventre

Artes Diversas Pintura

Escultura Artesanato Fotografia Grafite Desenho Acervo Vídeo

O Centro de Eventos dos Pavilhões da Festa da Uva sedia, de 4 a 13 de maio, a Mãos da Terra – Feira Internacional de Cultura e Artesanato. A mostra terá 250 expositores de 15 países e 12 estados brasileiros. Não se deixe deslumbrar pela variedade de nacionalidades. Há peças genuínas, mas precisam ser garimpadas. No conjunto, a feira é um grande camelódromo com produtos que nem sempre representam o melhor o ou mais fiel à cultura de cada lugar. A prefeitura repete a parceria realizada no ano passado e leva 155 artesãos caxienses para a feira. Os ingressos custam R$ 6.

Precisamos falar

Torcemos pela chegada de Precisamos falar sobre o Kevin nos cinemas caxienses. A estreia no Ordovás seria motivo de comemoração. Seria... Mas chegou tarde – melhor do que nunca. Perdeu para a locadora. 4.MAI.2012

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ARQUIBANCADA Esporte e lazer adaptado | Corrida para recuperar o feriado | Xadrez para conquistar bolsa de estudos

Neci Maria Gasperin, Divulgação/O Caxiense

+ ESPORTE Futebol Campeonato Municipal de Futebol (Séries Ouro e Prata)

SÁB (05) e DOM. (06). 13:15. Gratuito. Estádio Municipal, Enxutão, Campo do Madrid, Campo do Fátima. Campo do Sagrada Família e Campo do Estrela

Xadrez Copa QI de Xadrez

DOM (06). 9:00 às 16:00. Gratuito. Escola QI

VÔLEI Campeonato Aberto de Duplas DOM (06). 8:30.Gratuito. Ginásio Colégio Imigrante

SESI: CIRO DE LAVRA PINTO, S/N°. FÁTIMA. 3229-6500 | ESCOLA QI: MARECHAL FLORIANO, 970 | ENXUTÃO: LUIZ COVOLAN, 1.560, MARECHAL FLORIANO | ESTÁDIO MUNICIPAL: JÚLIO DE CASTILHOS, S/M. CINQUENTENÁRIO | CAMPO DO MADRID: ELOY FARDO, S/N°. PLANALTO RIO BRANCO | CAMPO DO FÁTIMA: AVELINO ANTÔNIO DE SOUZA, S/N°. FÁTIMA | CAMPO DO SAGRADA FAMÍLIA: CÂNDIDO JOÃO CALCAGNOTTO, S/N° SAGRADA FAMÍLIA | CAMPO DO ESTRELA: LUDOVICO CAVINATTO, 680. NOSSA SENHORA DA SAÚDE | GINÁSIO COLÉGIO IMIGRANTE: ANTÔNIO GASPERI, 1124. BELA VISTA

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Inclusão no esporte

A Secretaria Municipal de Esporte e Lazer realiza a 7ª edição da Jornada Saúde e Movimento. Com palestras, debates e oficinas, o evento trata da teoria e da prática de atividades esportivas e de lazer adaptadas à deficiências. As inscrições podem ser feitas no local. SEX. (04) e SÁB (05). 8:30 às 12:00 e 13:30 às 17:30. Gratuito. Centro Esportivo do Sesi

Corrida na hora do descanso

Com atraso de uma semana, a Corrida do Trabalhador terá largada no domingo (6), na rua Bento Gonçalves, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos. Os competidores da categoria geral masculina e feminina percorrerão 7 quilômetros. Para a minirrústica e pessoas portadoras de deficiências serão 3,5 quilômetros – cadeirantes percorrerão 2,4 quilômetros. Os primeiros colocados receberão troféu, medalha e prêmios em dinheiro de R$ 50 a R$ 450. DOM. (06). 9:30. Gratuito. Rua Bento Gonçalves


Maurício Concattio/O Caxiense

a

re

na Gabriel Izidoro Luiz Carlos Martins. O novo técnico do Juventude impressionou positivamente logo na chegada. Justamente por preferir a sobriedade à pirotecnia no discurso.

Grêmio. Se havia alguma dúvida, o clássico da Capital na última semana deixou bem explícito quem seria o melhor adversário para o Caxias na decisão.

O governo da Ucrânia não curtiu um comercial holandês que liga a imagem do país, realizador da Eurocopa 2012 ao lado da Polônia, à fartura de mulheres lindas. Pediu providências. Enquanto isso, terrorismo e crise política comendo soltos...

Futebol não oferece garantias. Ainda bem Pode estar chovendo no domingo (6), por volta das 15:30, pouquinho antes de o Caxias entrar em campo para encarar o Inter e todo o circo pronto para a final mais previsível e rentável aos promotores de um campeonato que só é gaúcho no nome? Sim, pode. Pode ventar demais no Centenário e você pegar uma friagem? Pode. Pode alguém riscar o seu carro estacionado em alguma rua das cercanias? Pode. Pode acabar as pilhas do seu radinho no meio do jogo? Pode. Pode – deusolivre – terminar a cerveja no posto, em pleno aquecimento?

#ficaadica

Olha que pode. Pode passar um colorado do outro lado da rua, rindo da sua cara? Pode. Pode você voltar triste, talvez arrasado, para casa? Pode. Mas pode, também, o raio cair mais uma vez, só mais uma vez, no mesmo lugar, e o Caxias dar uma sacode histórico nos planos da Capital que eles não vão esquecer nunca mais, como não esqueceram até hoje o de 2000? Ah, pode sim. Qualquer uma das hipóteses acima pode se tornar realidade na primeira partida da final do Gauchão 2012. Ou todas, ou nenhuma. Porque o futebol não oferece

Você tem um impulso incontrolável pela corneta, né? Tudo bem. Quem nunca? Agora, se realmente for imprescindível assoprar a vuvuzela do seu descontentamento com a vida durante todos os 90 minutos, mais intervalo e acréscimos da partida, prefira a casamata visitante. E se realmente você não conseguir de jeito nenhum exercitar um pouquinho de paciência com os eventuais e absolutamente normais vacilos grenás, tente exercitar a capacidade de sua mandíbula, enchendo-a com amendoins, para ver até onde ela aguenta mastigar.

garantias. Nem dentro, nem fora de campo. Nem antes, nem depois do jogo E que bom, que graça divina que seja assim. Pois do contrário, não haveria motivo nenhum para você mobilizar todos os seus parentes, amigos, colegas de firma, vizinhos, conhecidos, adicionados do fêice e galera da buaty para entupir o Centenário e participar da realização do impossível. Se houvesse alguma garantia, o Inter já seria campeão. E só porque não há, o futebol é o esporte mais apaixonante do mundo. Abrace a dúvida: vá ao Centenário.

Tudo a seu tempo O Caxias está devendo parte dos direitos de imagens a seus jogadores. O tal direito de imagem nada mais é do que um artifício que a astúcia administrativa do futebol brasileiro inventou para depositar a maior parte dos salários da boleirada – que compactua com isso – fora dos encargos da CTPS. Se por uma obra do trabalho e do destino o Caxias sagrar-se campeão gaúcho, é bem provável que, a exemplo de 2000,

quase todo o time seja desmontando antes do amanhecer seguinte. O que deixaria uma contagem regressiva de 15 dias para remontar tudo até a estreia na Série C, em casa, no dia de Caravaggio, frente ao Macaé-RJ. Tudo isso, porém, tem que ficar para ser tratado depois das finais. Porque dependerá exatamente de como elas serão, para se definir o futuro imediato do clube. Uma coisa de cada vez. 4.MAI.2012

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MODA E BELEZA

por Carol De Barba

A clutch pode até estar meio vazia, mas ninguém deixa de comprar pelo menos uma lembrancinha para a mãe no segundo domingo de maio. E a intenção do presente, geralmente, beneficia os negócios de moda e beleza: deixar as mulheres que nos trouxeram ao mundo ainda mais lindas. Neste Dia das Mães, a Fecomércio prevê um aumento de 8% a 9% nas vendas, lidera-

das – batata! – por artigos de vestuário (35,9%), seguidos por perfumes e cosméticos (13,3%) e calçados (12,5%). A pesquisa da entidade também aponta um gasto médio por pessoa de R$ 122 – custo de, por exemplo, uma bela peça em tricô, o que anima o setor mais forte da Serra, ansioso pelo inverno. Na página ao lado, você confere algumas sugestões da coluna.

Festa do

pijama A Puc, franquia infantil da Hering, criou uma coleção de pijamas que – para desespero dos pais – vai agitar a noite da criançada. As peças têm estampas do Cartoon Network que brilham no escuro. Os pequenos ainda podem curtir um jogo virtual protagonizado pelo pijama. O objetivo é procurar itens por um quarto escuro iluminando o caminho com as estampas.

Upman contra o câncer A UpMan criou uma linha de cuecas exclusiva para alertar sobre a importância da prevenção do câncer de próstata. A marca de underwear masculina caxiense é a primeira do segmento a licenciar cuecas com o logotipo da campanha O Alerta da Moda para o Câncer de Próstata. A linha tem 4 produtos e parte da venda será destinada a entidades envolvidas com a causa.

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Presenteie e concorra

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Mães na moda

O Iguatemi premia a mãe e um acompanhante com 10 tratamentos relaxantes no Spa Armonia, no Luxury Resort Hotel, na Bahia. O pacote também inclui translado, hospedagem, café da manhã, almoço e jantar. Para participar, basta trocar notas fiscais no valor de R$ 200,00 por cupons, responder à pergunta Qual shopping vai dar pra sua mãe um dia das mães relaxante? e depositar nas urnas até as 17:00 do dia 13 de maio. O San Pelegrino contemplará as mães de 3 ganhadores com uma semana dos sonhos no Kurotel, em Gramado. Para participar, é só retirar o cupom no quiosque da promoção (térreo) ou em qualquer loja e preencher respondendo Por que sua mãe merece uma semana no Kurotel?. Não há limite de cupons por pessoa, e a promoção vai até o dia 13 de maio. O Martcenter pode dar um toque especial ao seu presente de Dia das Mães. Os autores das 15 frases mais criativas sobre a campanha Declare o seu amor infinito por sua mãe ganharão uma joia de ouro, com o símbolo do infinito, para presentear as mães. Para participar, é só preencher os cupons que estão disponíveis nas lojas do shopping, até 13 de maio.


VITRINE

Fotos: Divulgação/O Caxiense

Weslwey Torresan, Divulgação/O Caxiense

Com o frio chegando, a aposta da coluna para o presente deste Dia das Mães é na malha. Veja a seguir algumas sugestões que vão deixar qualquer mãe aquecida e em sintonia com as tendências.

Bordados e aplicações, como as deste casaco, diferenciam a peça porque parecem feitas à mão. Para mães românticas, a dica é combinar com renda. Boutique Delas | Dez Tricot | R$ 189

brilho

O brilho é uma tendência forte deste inverno, inclusive no dia a dia. Na malha, o lurex dá um efeito mais discreto e o foil (foto) um metálico mais denso. Boutique Delas | Friolã | R$ 290

UM BASICO conhecimento

“Bagagem cultural é essencial”, justifica. Beth não conseguiu citar só uma peça de roupa. Para ela vestuário é apenas um código da nossa identidade.

étnico

A vibe boho chic e anos 70 ganha força na estamparia étnica. Na saia longa, é perfeita para enfrentar o frio e para as mães mais modernas e ousadas Marasquino Store | Anselmi | R$ 169

André T. Susin, Arquivo/O Caxiense

artesanal

animal print

Apesar do bombardeio nos últimos tempos, a estampa de bicho é clássica. Mais discreta, em modelagens tradicionais como a do cárdigã, é eterna. Magnabosco | Biamar | R$ 179

UM LUXO equilíbrio

“Para respeitar as vontades e filtrar as informações valorizando o seu eu. Luxo é o seu bem-estar”, diz Beth.

por Beth Venzon, professora e consultora de moda 4.MAI.2012

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