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Doze de março de 2019

Bem linda, batendo às 6h30min da manhã na quitanda da laranja da feira, ele abriu um sorrisão para me vender naquele frete seco baiano. E eu correspondendo, porque mainha não se dá.

Ele disse: — Minha preta, tava por onde esses dias?

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Num tom de satisfação, dando risada, eu disse: — Meu preto, foi Carnaval...

Ele disse: — É mesmo, mãe. Amei esse seu batom cor de uva... tô vendendo uvas da cor dele.

Eu rindo novamente... Nisso, surge um vozeirão familiar: — Dona Daiana Oliveira!...

Lá vem painho entrando na feira e me filmando há muito tempo.

Ele disse: — Olhe, estou de olho na senhora!

E eu no sorriso amarelo discarado...

Ele disse: — Essa menina dá nó até em laranja... querendo enganar puta velha!

Eu pensando... Poxa, nem peguei a minha quebra grátis. Laranjada mesmo!

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