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Vinte e quatro de outubro de 2019
from FUXICO, RESENHA, MEXERICO NAS ESQUEINAS E BUZUS DE SALVADOR | Caramurê Publicações | Selo João Uba
Regra número um: as discussões matinais podem ser evitadas... fique aí! Não esqueça que você está em Salvador; novela mexicana nada! Aqui é atuação cinematográfica digna de Oscar. Você vai passando na rua e um carro parado começa a jogar água para todos os lados! Aí vc respira, achando que respira os ares da paz do Tibet... Nada! — Eiiiiiiii! — dando duas tapas no carro.
O dono do veículo, bem sarcástico: — Sim, dona da rua! A Lima e Silva é dela agora...
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Respirei fundo: — Olhe, se feche que você não tem razão, existem pedestres na rua.
No arrudiar do confuseiro, os fuxiqueiros que tomavam parte: a mulher do mingau, o gari e o homem da banana. Nem piscavam! Nisso, o sinal estava verde, ele pegou e disse: — Deus lhe acompanhe, viu, moça!
Eu respondi: — E o diabo que lhe carregue, miséria!
Continuei meu trajeto caminhando, o gaiato passou bem devagar com o carro, abriu o vidro, buzinou e falou: — Vamos ficar de boa! Te achei bonita, nega, me dá seu contato.
Olhando direito para a cara do boy... não é que ele era
gato? Como diz o ditado do lero-lero: mudou-se o rumo da prosa e o conto já ficou de outra natureza. Me deixe, viu!