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Quinze de novembro de 2018
from FUXICO, RESENHA, MEXERICO NAS ESQUEINAS E BUZUS DE SALVADOR | Caramurê Publicações | Selo João Uba
Tem um grupo de crianças de um certo beco muito conhecido das narrativas da autora aqui que vive dando nó em pingo de éter. Chamo de bando “Me libera, nega”. No lançamento dessa música, de MC Beijinho, eles cantavam dia e noite, com aquele timbre parecido com miado de gato, e no sobe e desce das escadas pulavam de três em três degraus! Hoje estavam na maior farra pintando toda a rua com giz de cera, brincando de amarelinha, futebol... jogos que só eles entendem, meninos e meninas... Bahia joga com Vitória, Real Madrid, Brasil e França. Uma partida que difere de qualquer ponteiro de futebol de 90 minutos. O jogo começa 14h e termina 20h ... isso quando não termina mais tarde. Uma vez, quando estava de férias, me chamaram para brincar e ser a juíza do jogo. Aí, para testar eles, falei: como assim, uma juíza no futebol? Um garotinho me respondeu: “Tia, mulher hoje faz tudo! Mainha trabalha em casa e na rua. Aqui no nosso time, menina é igual a menino, e a gente quer uma juíza”. Dei muita risada, pois a resposta foi incrível e eu ainda continuo a bulir com a sabedoria de pequenos gigantes.
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