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Três de novembro de 2018

Das rotinas sertanejas, da poeira de redemoinho e o sol escaldante. Vida nada fácil ou mansa, no que diz respeito às longas caminhadas do centro da cidade às comunidades periféricas. Da morte dos rios, das águas dos tanques que evaporam quando o sol frita a gente na sensação térmica de 45 graus. Se a vida missionária já não é fácil, a escassez se torna sagrada aos olhos de viajantes. O respeito à variedade do sagrado é muito interessante. Comunidades indígenas como a dos Kiriris convivem, dialogam com as práticas do catolicismo incorporadas às práticas dos rituais aos encantados e saudação à Mãe-Terra. Sincretismo religioso, catequização, resistência quilombola e práticas do candomblé. Bom sabedor é o que não sabe de nada mesmo e observa os saberes alheios, de contar nos dedos e fazer matemática assim. As altas risadas de Dona Josefina sobre sua história de acertar e errar na vida. Ela diz: “Sou dona da casa e da família”. O temor do cacique Lázaro com os rumos do país. O Nordeste neste momento é o melhor lugar. Força, resistência, luta e sorriso... Se somos estranhos, não acho. Sei que se vence todos os dias e não vemos.

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