Março 2025 . Gratuito

Política . Gestão . Empresa . Entrevista . Saúde . Ensino
Ciência . Cultura . Fotografia . Desporto . Direito
Restauração . Música . Segurança
Março 2025 . Gratuito
Política . Gestão . Empresa . Entrevista . Saúde . Ensino
Ciência . Cultura . Fotografia . Desporto . Direito
Restauração . Música . Segurança
DIRETOR:
Francisco Samuel Brandão
DIRETOR ADJUNTO:
Mário Costa
EDITOR:
Emídio Brandão
COORDENAÇÃO:
Diogo Barbosa
CORPO REDATORIAL:
Diogo Barbosa, Gonçalo Azevedo
DESIGN: Emibra
PROPRIEDADE:
Emibra - Publicidade e Consultadoria de Gestão, Lda
EMAIL: revista-nm@emibra.com
SEDE E REDAÇÃO/ EDIÇÃO:
Av. D. Afonso Henriques, 1122, 1o Andar, Sala A, 4450-011 Matosinhos
DIREÇÃO POSTAL:
Apartado 2153, 4451-901 Matosinhos
TLF. GERAL: 229 999 310
TLF. REDAÇÃO: 229 999 315
REGISTO: ERC 127008
DEPÓSITO LEGAL: 428306/17
NIPC: 502 505 117
PERIODICIDADE:
Anual GRÁFICA:
Fig - Indústrias Gráficas, SA. Estrada das Eiras 315, 3020-430 Eiras
TIRAGEM:
500 exemplares
NOTA:
O Estatuto Editorial encontra-se publicado na página de Internet: www.nmmatosinhos.com/estatuto-editorial
Ao longo dos anos, mensalmente, em forma de jornal, temos vindo a produzir informação vária possível sobre o concelho de Matosinhos, de modo soft, com temas carregados de interesse para os leitores que todos os meses esperam o NM nos locais de distribuição como um hábito que não dispensam.
Desta vez, tal como em anos anteriores, revisitamos o painel das gentes da terra, - ou nem tanto, pois é de crer que nem todos sejam nativos -, fizemos escolhas sobre quem deveria corporizar esta edição em formato revista chamando a atenção dos leitores para quem de uma ou outra forma contribui para o destaque nacional que Matosinhos representa.
Desde a Política, passando pelo Ensino, Desporto, Cultura, Empresarial, Restauração, entre muitas outras atividades da comunidade, até a Saúde (um bem maior) fazemos o destaque dos que julgámos serem um bom contributo para a importância desta terra.
Terra com História a perder-se nos tempos que muito cresceu em todas as vertentes desde há cinquenta anos com o advento da liberdade e da tentativa de todos serem iguais, mas constata-se que não somos iguais, em matéria de oportunidades de tudo a que se anseia.
Nesta edição destaco três personalidades que muito têm contribuído para o NM através de trabalhos mensais que, com uma disponibilidade e paciência de missionário, pouco comparável, nos fazem chegar textos prenhes de interesse pedagógico, científico e político.
São as suas opiniões fruto das suas experiências de vida e profissional.
Trata-se do Prof. Dr. Carlos Marinho, do Prof. Paulo Mengo de Abreu e do Dr. Tiago Maia a quem muito agradeço as suas prestimosas colaborações.
Gentes e História são um binómio complexo e entrelaçado duma comunidade que teve origem muito antes de 1909 num lugar chamado Matusiny, lá para os lados de Sendim, e que arrastou memórias que os atuais pouca perceção têm delas.
Não posso deixar de mencionar, por não ser referido nesta edição, que parte da História recente desta gente de Matosinhos está inelutavelmente ligada ao mar que criou uma figura épica dos seus habitantes: o Pescador.
Memórias minhas de menino que não consigo ultrapassar por morarem no meu imaginário, e que retratam um quadro dos pescadores que saíam a meio da tarde diariamente para faina, nunca sabendo bem para onde por o pescado ser errante, e, na manhã seguinte, depois de uma noite de trabalho com o coração nas mãos, ainda carregavam descalços ao bordão, quase exaustos, três, quatro ou cinco cabazes de peixe que garantiam o seu ganho e sustento da família - naquele tempo não tinham direito a salário - regra geral composta por inúmeros filhos. Este sim, o Pescador, foi e é uma referência incontornável das gentes de Matosinhos muitas vezes esquecido em detrimento de figuras proeminentes da comunidade, cujo brilho tem valor muito discutível. Sei do que falo por ser filho de um nome (Emídio) incontornável de marítimo, que na sua função era um dos melhores, senão o melhor, e neto do mais prestigiado (Samuel) construtor naval de barcos em madeira do país naquela época.
Rua Alfredo Cunha, 546
Telf.: 229 381 131 / 229 381 940
Fax: 229 384 766
4450 Matosinhos
POLÍTICA: 6-7, 21
GESTÃO: 8-9, 44-45
EMPRESAS: 10-13, 16-17, 39, 56-57
SAÚDE: 18-20
ENSINO: 22-23
CIÊNCIA: 24
CULTURA: 25
FOTOGRAFIA: 26
ENTREVISTAS: 14-15, 28-33, 46-48, 50-51
DESPORTO: 34-36
DIREITO: 43
RESTAURAÇÃO: 52-55
MÚSICA: 58-59
SEGURANÇA: 60-61
Somos Matosinhos.
O slogan reveste-se de um significado que nos une a todos, enquanto comunidade que trabalha diariamente para tornar o nosso concelho um espaço de todos e para todos. Estes anos de exercício autárquico foram marcados por diversos desafios, mas também por conquistas que refletem este esforço coletivo. Estava convicta do papel de um autarca, mas logo percebi que somos muito mais do que o representante direto dos cidadãos da sua localidade que deve gerir os recursos públicos de forma responsável e ética, garantindo que são aplicados em prol da comunidade.
Hoje sei, por experiência de trabalho, que os Matosinhenses contam com o seu eleito para estar sempre próximo e ouvir as suas necessidades e preocupações, valorizando o diálogo e a transparência antes de definir prioridades e elaborar planos de execução.
Os Matosinhenses esperam de um decisor a visão e ambição de fazer crescer a cidade economicamente e culturalmente, atraindo investimentos, organizando eventos e
fortalecendo a identidade local. Acima de tudo, querem a segurança de um autarca que demonstre resiliência e capacidade de liderança para mobilizar recursos e oferecer soluções.
É privilégio contar com o apoio e a confiança dos matosinhenses para construir uma cidade com soluções inteligentes e sustentáveis em áreas como a mobilidade, a educação, o apoio aos jovens, aos idosos, uma cidade que cuida das pessoas, do ambiente e dos animais. Uma cidade que é líder em todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pelas Nações Unidas e que está a criar as condições necessárias para ser neutras em carbono até 2030.
Num concelho que é o mais transparente do país, que convoca os seus cidadãos para uma participação ativa, podemos apresentar-nos, ao nível nacional e internacional, como um exemplo em projetos de educação, em projetos ambientais, na arquitetura, na gastronomia e no turismo, no design e na criatividade, além do destaque em áreas de inovação, como a aeroespacial ou a engenha-
ria eletrotécnica.
Matosinhos tem 512 novas casas em construção ou com concursos já lançados, um acréscimo de 120 vagas em lar, um novo centro de saúde e médico de família para todos. É Capital Europeia do Desporto e o 8º município com maior nº de empresas e de empregados e o 4º em volume de negócios, continuando a atrair investimento para o território, como alavanca para o desenvolvimento da nossa economia.
Matosinhos tem renovados transportes públicos, novas linhas de metro e opções ferroviárias, um aeroporto e um terminal de cruzeiros, onde cada cidadão se move e se desloca da cidade para qualquer parte do mundo.
É um destino atrativo, acima de tudo, pelos seus costumes e as suas gentes, as suas tradições e cultura distintivas.
Não há outra cidade no mundo onde eu queira estar, senão aqui, porque Somos Matosinhos.
Créditos: Igor Martins
Manuel Júlio da Rocha Pinto da Costa nasceu em Matosinhos, na rua Roberto Ivens, a 20 de dezembro de 1954. É doutorado em Ciências Empresariais, Mestre em Saúde Pública e Licenciado em Economia, tendo ainda um curso de especialização em Gestão de Serviços de Saúde da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.
Ao longo da sua carreira profissional foi administrador de diversas empresas e instituições, entre as quais o Hospital de S. João, a Administração Regional de Saúde do Norte, a Campos Envelopagem, SA e o Hipermercado OK Bazar. Foi também Presidente da Assembleia Geral da Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Leixões e Diretor Financeiro para a região Norte dos CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal. Participou e foi orador em diversos congressos nacionais e internacionais e foi atleta do Leixões Sport Club e do Grupo Desportivo de Basquete de Leça nas modalidades de xadrez, basquetebol e natação.
É autor de quatro livros: Memórias de Matosinhos. A imagem do Bom Jesus de Matosinhos; Honra e Glória. Bombeiros Voluntários de Leixões, 1931-2006; História da Restauração em Matosinhos, 1800-2015; Até à eternidade. É também autor de manuais de formação à distância (Contabilidade e Fiscalidade; Introdução à Informática). Publicou também o romance “Até à eternidade”. Em 2015 e 2018 foi Comissário do Outono Cultural promovido pela Junta de Freguesia de Matosinhos – Leça da Palmeira, pela qual foi homenageado em 2015 e distinguido em 2018. Casado e com um filho, é atualmente é professor universitário, Presidente do Definitório da Santa Casa da Misericórdia do Bom Jesus de Matosinhos e Administrador Judicial. Dedica-se também à História local, tendo centenas de artigos publicados em jornais.
Tiago Maia é reconhecido pela sua liderança e inovação, com uma carreira marcada pela promoção de projetos sustentáveis e parcerias estratégicas. Atualmente, é coordenador de Relações Institucionais e Parcerias no Lionesa Group, onde tem fortalecido relacionamentos que impulsionam projetos de impacto, principalmente no Porto e Norte de Portugal. Graças ao seu trabalho, o grupo foi distinguido com o Selo PME Sustentabilidade (2021), o Prémio Nacional de Sustentabilidade na categoria Saúde e Bem-Estar (2023), o Prémio Legado Cultural (2024) e o Entrepreneurship Award (2024).
Antes disso, desempenhou funções na Câmara Municipal de Matosinhos, onde foi Chefe de Gabinete do Presidente Guilherme Pinto (2010-2017) e Vereador do Desporto e Ambiente (2017), destacando-se pelo lançamento do Corredor Verde do Rio Leça e pela criação da marca “Matosinhos, Mar de Desporto”, que consolidou o município em políticas de sustentabilidade.
Como Administrador Executivo da MatosinhosHabit (2017-2021), liderou a Estratégia Local de Habitação, com investimento de 80 milhões de euros, dinamizou o Programa Nacional Bairros Saudáveis e criou o Banco de Bens Comunitário, em parceria com a Lipor.
Com MBA Executivo e dois mestrados, em Gestão e Educação Física Escolar, tem ainda um percurso político vasto e foi mentor de jovens quadros do Partido Socialista, como Carlos Mouta e Eduardo Pinheiro.
38 anos na indústria de móveis estofados
50 anos de produção de colchões
Unidades Fabris
3 em Portugal
5 distribuídas pela Europa
2.750.000
Fundado há 40 anos, o Grupo Aquinos é hoje um dos maiores e mais prestigiados players mundiais no fabrico de mobiliário de conforto.
Atualmente assume presença física com fábricas em 18 países da Europa como Portugal, França, Bélgica, Alemanha, Países Baixos, Áustria, Suíça, Roménia e Polónia. Os seus produtos são comercializados em mais de 60 países.
Carlos Aquino, Presidente do Grupo Aquinos, iniciou a sua atividade empresarial com apenas 19 anos, com a fundação da Aquinos, um dos maiores produtores mundiais de sofás e colchões, tendo como clientes os grandes players que têm presença global. É um dos responsáveis pelo aumento das exportações lusas e contribui decisivamente para a diminuição da taxa de desemprego portuguesa, sobretudo nas regiões onde tem as suas unidades fabris.
O Grupo Aquinos tem receitas de 520 milhões de euros em cerca de 60 diferentes mercados. O grupo que mantém a sua sede em Tábua, distrito de Coimbra, atualmente tem 3900 colaboradores diretos distribuídos pelos vários países, sendo que destes cerca de 60%, 2400 colaboradores, estão ligados às seis unidades que se encontram em Portugal.
“A diferença entre o possível e o impossível está na nossa força de vontade”
Assegurar aos nossos parceiros as melhores oportunidades de negócio
Ser a referência no mercado de sofás e colchões a nível Mundial
Integridade
Ética
Espírito de Grupo e União
Inovação
Qualidade
Carlos Aquino foi condecorado pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com a Comenda da Ordem do Mérito Empresarial em 2015, com 50 anos. Recentemente o Grupo Aquinos abriu um escritório em Matosinhos que serve de centro de serviços partilhados que dá apoio em várias áreas corporativas a todas as empresas do grupo. Foram já admitidos para este escritório 60 pessoas, mas sabemos que este numero subirá para mais de 100 pessoas nos próximos 2 anos. Matosinhos foi a cidade selecionada tendo em conta a dinâmica empresarial e a sua localização.
Este investimento solidifica a presença do Grupo Aquinos em Portugal e também contribui para o desenvolvimento económico local, promovendo a criação de empregos.
Fundada em 1989, a JP Sá Couto é uma empresa de referência nacional e internacional da área das Tecnologias de Informação e Comunicação.
A jp.ik – jp inspiring knowledge - é a marca do negócio da empresa JP Sá Couto. A empresa está ativamente presente com projetos de tecnologia em vários continentes. De pequenos a grandes projetos tecnológicos ligados à educação, acreditam que a tecnologia muda a educação e que a educação muda de forma permanente o mundo.
Começou em Portugal com o projeto Magalhães. Esta foi a primeira iniciativa nacional de tecnologia para a educação, através da qual foram distribuídos mais de 500 mil computadores Magalhães a alunos do 1º ciclo. O projeto foi um êxito, demonstrando o conhecimento no contexto das tecnologias para a educação e a preparação da empresa e a sua capacidade logística na distribuição de equipamentos, a grande escala, ao entregar um computador em cada lar português.
Nesta altura, a JP Sá Couto (jp.ik) já executou projetos em mais de 70 países, liderou a implementação de mais de 20 projetos educativos de grande escala, impactando mais de 16 milhões de alunos, em todo o mundo. O trabalho desenvolvido pela JP Sá Couto, contribui diariamente para uma sociedade tecnologicamente avançada e, como consequência, para uma sociedade mais sustentável e inclusiva.
No ano em que celebram 35 anos de história, é com muito orgulho que comemoram também os 30 anos da marca própria – Tsunami – uma das marcas que fez mais fez história, e continua a fazer, no mercado nacional das TI.
Entregar soluções que vão de encontro às necessidades dos nossos clientes, construindo relações de proximidade e confiança, através do compromisso e profissionalismo dos nossos colaboradores.
Ser um grupo de referência global na entrega das melhores soluções aos nossos clientes.
Ambição
Somos arrojados! Queremos continuar a crescer e a evoluir!
Humildade
Temos uma história de sucesso! Contudo, não nos esquecemos de onde viemos e de como chegamos até aqui. Não subestimamos os outros e aprendemos de forma contínua.
Persistência
Somos empenhados e não desistimos perante os obstáculos!
Integridade
Agimos com honestidade! Fazemos questão de honrar os nossos compromissos com colaboradores, clientes, fornecedores e acionistas, criando relações de confiança.
Mudança
A nossa capacidade de adaptação e de transformação perante os desafios leva-nos mais longe!
No dia 26 de abril 1995 nasceu a Intermesum – Serviços Aduaneiro e Marítimos Lda. sediada em Leça da Palmeira, fruto da iniciativa do seu atual Sócio-gerente e pai de Rita Freitas, José Lino Freitas e, de mais dois colegas de trabalho os quais faziam parte como trabalhadores dos quadros de uma Sociedade de despachante Oficial. Viviam-se tempos difíceis na altura, com a abertura à circulação de mercadorias, pessoas e bens onde o desemprego era uma realidade neste ramo da atividade onde todos os três não iriam escapar a essa realidade, o que já vinha acontecendo a outros colegas da empresa.
Dados os momentos conturbados que, se viviam na altura e porque tinham a consciência que deveriam arriscar na criação de uma empresa, em virtude dos conhecimentos da atividade aduaneira que possuíam, 5 anos de praticante mais 20 anos de ajudante de despachante na altura, do sócio-gerente, 10 anos de ajudante de despachante de outro e 25 anos de administrativa do outro, seguiram em frente com o projeto com a convicção que poderiam sobreviver na área. Criaram então um escritório, equipado na altura com o essencial para o desempenho da atividade, na altura mais vocacionada para a área marítima onde representavam perante a Alfândega e Autoridades Portuárias diversas agências de navegação que, atendendo à forma como vinham ao longo de anos a servi-los com todo o empenho e profissionalismo enquanto empregados, da outra empresa, não tiveram dúvidas em acompanhá-los nesta iniciativa da criação da INTERMESUM, dando-lhes a primazia de poder continuar a prestar-lhes um serviço de qualidade, com as mesmas pessoas com que lidavam no dia a dia mas, agora independentes e com a sua própria firma criada, que foi muito importante para os três e do qual muito se orgulham. Foram tempos difíceis, mas graças à sua perseverança, o reconhecimento das competência e seriedade perante clientes e, Entidades Oficiais que fazem parte desta cadeia, foram paulatinamente colhendo frutos desta forma de atuar e hoje, passados 30 anos desta aventura, continuam a trabalhar com a área marítima, com importação, exportação e trânsitos. É uma firma estabilizada e atualizada aos desafios de hoje, preparados para o futuro que lhes reserva.
Que serviços a empresa oferece?
A Intermesum oferece os mesmos serviços desde a sua criação. Importação, exportação, trânsitos e demais serviços inerentes à atividade aduaneira e marítima.
Qual é a principal atividade da empresa?
Representantes Aduaneiros na atividade ligada à área aduaneira, marítima através dos meios de transporte e respetivas mercadorias.
Porque é que a empresa decidiu expandir o negócio com o departamento de despachos aduaneiros e trânsitos?
Dado o aparecimento de novos clientes necessitados destes serviços e por outro lado também, ao surgimento do mercado Ibérico no interesse dos nossos serviços a partir de Leixões.
Quais são os maiores desafios que a empresa enfrenta no setor?
Independentemente da área em que se encontra a nossa empresa, creio que os desafios são transversais a outros sectores e são os mesmos de sempre. Nomeadamente, conquistar novos clientes, possuir bons profissionais, sem esquecer que os impostos e as burocracias são igualmente um enorme desafio diário.
Qual é o segredo para se manterem quase 30 anos no ativo?
Se existe algum segredo, para nos mantermos quase 30 anos no ativo, tem que ver com a nossa cultura empresarial, os nossos valores, o comportamento e as práticas. O respeito pelo cliente, a comunicação, a transparência, a ética, o rigor, a seriedade, a honestidade e a eficiência que colocamos no trabalho que efetuamos diariamente sempre em prol da satisfação do cliente. Talvez possa ser esse o segredo.
Que medidas tomou a empresa para ter uma forte presença no mercado ibérico?
A proximidade geográfica e a eficiência do Porto de Leixões e de todas as entidades adjacentes, podemos dizer que são os principais motivos que contribuem para que a INTERMESUM, tenha uma forte presença no Mercado Ibérico. Também, contribuem naturalmente as nossas competências, reputação e serviços prestados.
O que mais distingue a Intermesum de outras empresas do mesmo setor?
Esta é uma questão à qual não posso responder, apenas sentimos um orgulho em manter os nossos clientes satisfeitos e ter uma relação institucional com todas as autoridades que compõem esta cadeia setorial com muita seriedade e cooperação como é nosso dever.
Que importância tem a Intermesum em Matosinhos?
A importância de um tecido empresarial competitivo e dinâmico em muito contribuem para o crescimento dos concelhos onde estão inseridas as empresas. Em 2022 foi atribuído à Intermesum, pelo Município de Matosinhos o “Diploma de reconhecimento Municipal´22 “, pelo mérito da empresa no contexto macroeconómico atual e da relevância vital para o tecido empresarial local.
Este reconhecimento, demonstra a importância que as PME têm no concelho.
Como é que a empresa se adaptou ao crescimento do turismo em Matosinhos?
Esta adaptação tem sido fácil no que toca à nossa parte, muito embora não tenhamos uma ação muito direta (apenas tratamos de alguns trâmites) com prestação de apoio a passageiros e tripulações de alguns navios cruzeiro que aportam a Leixões, dentro do nosso âmbito de atuação.
De olhos postos no futuro, quais os planos da Intermesum?
Tendo sempre os olhos postos no futuro e com o objetivo de prestar melhores e mais completos serviços a quem nos procura, no terceiro trimestre deste ano, procedemos a algumas alterações formais e procedimentais na nossa empresa, desde logo começando pela alteração da designação social, passando a ter a dignação de INTERMESUM – DESPACHANTES OFICIAIS SP LDA.
E o facto de sermos uma empresa dinâmica, moderna e atenta às exigências dos mercados e dos clientes, um dos nossos objetivos é claramente continuar a crescer sustentadamente e a prestar um serviço de qualidade.
Realizar com brio, ética, transparência pessoal e profissional os serviços para os quais somos solicitados e sempre na procura pela satisfação do nosso cliente.
Procurar a excelência nos diferentes serviços prestados.
Ética, transparência, rigor, seriedade, honestidade e eficiência.
“Se existe um segredo para nos mantermos quase 30 anos no ativo, tem que ver com a nossa cultura empresarial, valores, respeito pelo cliente e práticas.”
Em pleno coração de Leça do Balio, ao longo da icónica Via Norte, encontra-se o Super Bock Group, uma verdadeira instituição portuguesa que alia tradição, inovação e um compromisso inabalável com a qualidade. Desde 1964, a fábrica tem sido parte integrante da paisagem desta localidade, chamando a atenção de todos os que por lá passam. Mas mais do que um marco geográfico, a Super Bock é um símbolo cultural que transcende gerações, levando o sabor português aos quatro cantos do mundo. Entrar na Casa da Cerveja, o circuito de visitas instalado no centro de produção, é mergulhar numa viagem sensorial e histórica que muda por completo a forma como vemos a cerveja.
A visita começa com um convite à segurança e ao respeito pelo espaço. Somos prontamente avisados que, para circular na fábrica, é necessário permanecer nos passeios e passadeiras, sempre acompanhados por um guia. Este cuidado reflete o rigor que caracteriza o Super Bock Group, uma empresa onde cada detalhe importa. À medida que avançamos, deparamo-nos com um grande muro de água corrente. Não é da chuva que ouvimos o som, mas sim do sistema que simboliza o compromisso da empresa com a sustentabilidade. Ali aprendemos que são necessários 2,8 litros de água para produzir um litro de cerveja – um número que, graças a melhorias contínuas, reflete uma redução de 38% no consumo de água ao longo de duas décadas. É apenas o primeiro vislumbre de como o grupo integra a preocupação ambiental em cada etapa da sua operação. O percurso pela fábrica começa com uma introdução ao ingrediente principal: os cereais. Estes estão expostos, permitindo aos visitantes sentir e compreender a base de uma boa cerveja. Sabia que 60% dos cereais utilizados são de origem nacional? O restante é importado, devido às grandes quantidades exigidas para manter o ritmo de produção. A escolha dos melhores ingredientes é essencial para garantir a qualidade que a Super Bock entrega há décadas. Aqui, descobrimos também o papel vital da água, usada em processos como a germinação dos cereais, higienização, pasteurização, ebulição e evaporação. É impossível não ficar impressionado com a complexidade de algo que, à primeira vista, parece tão simples.
Ao avançarmos no circuito, somos transportados para o calor das caldeiras. A atmosfera muda drasticamente: o barulho das máquinas torna-se mais intenso, o aroma no ar transforma-se numa mistura rica de malte e fermento, e o calor envolve-nos como se estivéssemos no coração do processo. Aqui, é possível observar de uma varanda elevada os principais passos na criação de uma cerveja. O processo completo, desde a seleção dos cereais até à fermentação, leva, em média, 28 dias – um trabalho meticuloso que reflete o compromisso com a excelência. Mais à frente, encontramos um espaço que impressiona pela sua criatividade. As paredes estão revestidas por 48.600 garrafas partidas, num tom castanho que cria um ambiente único. Esta instalação não é apenas estética; é também uma homenagem ao compromisso do grupo com a reutilização e o reaproveitamento. É neste cenário que somos apresentados à cronologia da Super Bock, desde os seus primeiros passos até se tornar uma das marcas mais reconhecidas de Portugal.
A história começa em 1890, com a criação da Companhia União Fabril Portuense das
Fábricas de Cerveja e Bebidas Refrigerantes (CUFP), resultado da fusão de sete fábricas no Porto. Em 1927, a CUFP regista o nome Super Bock, inspirado no termo alemão “Bock”, que descreve um estilo de cerveja robusto e intenso. A palavra “Super” reflete o aperfeiçoamento desta tradição pela marca portuguesa. Em 1964, sob a liderança visionária do engenheiro João Talone, a fábrica muda-se para Leça do Balio. Talone, um homem à frente do seu tempo, garantiu não só a modernização das instalações como também melhores condições de vida e trabalho para os seus funcionários, disponibilizando transporte, refeições e benefícios sociais. Ao longo das décadas, o Super Bock Group continuou a evoluir. Em 1975, com a nacionalização do setor cervejeiro, a CUFP foi integrada na União Cervejeira E.P., que mais tarde se tornaria a UNICER. Em 2017, num movimento que marcou os 90 anos da marca, o grupo adotou oficialmente o nome Super Bock Group, reforçando o vínculo entre a empresa e o seu produto mais icónico. Além da qualidade intrínseca da cerveja, a Super Bock distingue-se pela sua ligação à cultura e ao desporto. No percurso, encontramos uma exposição que inclui garrafas históricas, camisolas de futebol, chuteiras e até uma guitarra oferecida pelos Xutos e Pontapés. Este acervo reflete a presença constante da marca em festivais como o Super Bock Super Rock e na celebração dos grandes momentos do desporto nacional.
O circuito culmina com uma visita à zona de produção, onde a escala impressiona. O som ensurdecedor de milhares de garrafas em movimento anuncia a eficiência de uma operação que combina tecnologia de ponta e um legado de décadas. São engarrafados cerca de 85 mil litros de cerveja por hora, totalizando 450 mil garrafas diárias em 11 linhas de enchimento. É aqui que se dá o toque final, com a lavagem, colagem de rótulos e seleção das garrafas retornadas – um processo que assegura a qualidade que associamos à marca. A experiência termina na antiga fábrica, agora convertida num espaço de eventos e reuniões. As icónicas chaminés ainda dominam a paisagem, uma recordação do passado industrial da região. É impossível sair sem uma nova apreciação por cada detalhe que envolve a criação de uma cerveja. Para quem a vê como uma simples bebida para partilhar momentos, a visita à Casa da Cerveja transforma essa perceção. Desde o cuidado com os ingredientes, passando pela dedicação ao ambiente e a ligação à comunidade, a Super Bock revela-se como muito mais do que um rótulo ou um sabor. É uma história de paixão, inovação e compromisso que perdura há mais de um século. Na próxima vez que levantar um copo, lembre-se: por detrás de cada cerveja Super Bock está um longo e fascinante processo que merece ser celebrado.
Jorge Manuel Silva Junqueira Polónia, casado com Maria Helena, nasceu há 71 anos em Santo Ildefonso, no Porto, mas vive em Matosinhos há mais de quatro décadas.
Quis ser engenheiro químico, mas acabou por mudar de opinião quando frequentava o então Liceu D. Manuel II (atual Escola Básica e Secundária Rodrigues de Freitas), influenciado por um professor Dr. Custódio Cardoso (que mais tarde foi seu aluno na FMUP) e pelo entusiasmo à volta da descoberta do ADN. Fez o curso na FMUP, entre 1970 e 1976, terminando com 17 valores.
Entre 1976 e 1998, fez toda a carreira hospitalar no Serviço de Medicina Interna do Hospital de São João, no Porto, onde montou um sistema pioneiro de monitorização ambulatória da pressão arterial (a MAPA de 24 horas, hoje utilizado por todos os profissionais de saúde).
Atualmente dispõe desde essa data uma base de dados com 36000 registos de MAPA que tem permitido várias teses de doutoramento sob a sua orientação.
Pelo meio foi research fellow numa unidade especializada em Hipertensão Arterial e risco cardiovascular na cidade de Glasgow, no Reino Unido (1986 – 1987), concluiu o seu doutoramento pela FMUP (1989), fez a Agregação em Medicina (unanimidade, 1993). Ao longo de 20 anos, foi médico nas Termas de Monfortinho, onde fez de tudo um pouco: assistiu médicos, artistas e empresários de renome, fez partos e chegou mesmo a realizar uma autópsia. Fomentou a investigação em África, nomeadamente em Moçambique. O seu primeiro doutorando (até agora orientou doze deles) foi também o primeiro aluno de Medicina da Universidade do Porto a fazer a sua defesa a partir da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, depois do 25 de Abril.
Em 1998, assumiu o lugar de Professor Associado da FMUP e aceitou o desafio de montar, com o colega José Alberto Silva, a Unidade de Hipertensão Arterial e Risco Cardiovascular do Hospital de Pedro Hispano, em Matosinhos, considerada uma unidade de excelência pela Sociedade Europeia de Hipertensão, onde faz questão de conciliar assistência, ensino e investigação ao mais alto nível. Em 2021 assumiu o lugar de Professor Catedrático de Medicina Interna da FMUP.
Cristina Lopes, médica imunoalergologista, é coordenadora da Unidade de Imunoalergologia do Hospital Pedro Hispano, Unidade Local Saúde, Matosinhos desde 2012. Tirou a sua licenciatura na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), realizou o internato geral no Hospital Pedro Hispano em 2000-2001, internato de especialidade no Hospital São João até 2008 e após dois anos no Hospital de Braga volta à Unidade Local de Saúde Matosinhos onde exerce funções desde então. Doutorou-se em 2016 na área da Alergia Cutânea-Dermatite atópica e foi professora auxiliar na FMUP de 1999 até 2022. Coordenou o grupo de trabalho de alergia cutânea da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica de 2016 a 2021. Sendo apaixonada pela área da comunicação, desenvolveu um projeto de literacia em saúde na ULSM em formato Podcast designado “Mais conversa, melhor Saúde” com temas variados e dedicado ao público em geral, tendo por base a sua comunidade de utentes. Este é um projeto inovador realizado exclusivamente por profissionais de saúde da ULSM e recorrendo a meios digitais com divulgação no Spotify, Youtube e redes sociais. Defende que ter conhecimento é ter poder, e só com o envolvimento concreto de cada pessoa com doença, os profissionais de saúde podem cumprir a sua missão que é a arte de curar e proporcionar saúde - bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença.
Nascida e residente em Matosinhos, Cristina Gavina estudou na Escola Secundária Gomes e licenciou-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1997, tendo recebido vários prémios escolares, dos quais se destaca o prémio obtido pela melhor classificação final do curso de Medicina de 1991/97. Concluiu o seu doutoramento em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 2015, onde colabora como Professora Associada Convidada. Tem ainda a competência em Gestão dos Serviços de Saúde da Ordem dos Médicos, a pós-graduação em Gestão na Saúde pela Católica Porto Business School, e o Master in Sciences in Clinical Trials pela Universidade de Oxford. Especialista em Cardiologia desde 2005, trabalhou no Hospital de São João até 2011, onde foi responsável pela Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos, altura em que passou a integrar o Serviço de Cardiologia da ULS de Matosinhos, o qual dirige desde 2016. De 2016 a 2023 foi ainda Diretora do Departamento de Medicina e em 2023 passou a ser responsável pelo Serviço de Investigação, Epidemiologia Clínica e Saúde Pública Hospitalar. É atualmente a Presidente Eleita da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, sendo a primeira mulher a presidir esta sociedade científica fundada em 1949.
Eduardo Nuno Rodrigues e Pinheiro nasceu a 9 de julho de 1979, é licenciado em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Pós-graduado em Gestão de Entidades Públicas e Autárquicas pelo ISCTE.
Iniciou a sua carreira profissional em 2002, integrando diversas estruturas de gestão de fundos comunitários nas áreas de formação e emprego, no âmbito do QCA III e do QREN, sob a tutela dos Ministérios da Economia e da Segurança Social, exercendo funções técnicas e de direção.
Entre 2013 e 2019 foi vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, tendo assumido a presidência da autarquia entre janeiro de 2017 e o final de outubro desse mesmo ano, após o falecimento do então Presidente da Câmara, Guilherme Pinto.
Exerceu no XXII Governo Constitucional as funções de Secretário de Estado da Mobilidade e, no XXIII Governo Constitucional, as funções de Secretário de Estado do Planeamento.
Deputado eleito à Assembleia da República na XVI Legislatura pelo círculo do Porto, é Vice-Presidente da Comissão de Educação e Ciência. Integra ainda como efetivo a Comissão de Assuntos Europeus e é membro suplente na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.
Carlos Marinho é natural e residente em Matosinhos. É doutorado pela Universidade de Vigo, Espanha, tem Mestrado pela Universidade Católica Portuguesa e Licenciatura em matemática pela FCUP, da Universidade do Porto. Em 2024 foi o professor em Portugal, que realizou e promoveu mais palestras de matemática e ciência, mais de 60, por todo o país, com “Matemática Tem Magia!”, de norte a sul e ilhas da Madeira e Açores, somando convites nacionais e internacionais. No total, foram mais de 10 mil alunos e professores que beneficiaram destes encontros de matemática e ciência. Consultor e Investigador na SPDMov – Sociedade Portuguesa de Doenças de Movimento, fez parte da comissão de organização e de palestrantes do Congresso Internacional da SPDMov, em março de 2024 ajudando a promover as doenças neurodegenerativas, como Parkinson ou Huntington. Fez parte da Comissão de Organização do Movimento Luso (Internacional) com Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Goa, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Participou em diversos programas televisivos e de rádio, onde a matemática e ciência foram tema, com destaque para “Convidado Extra” na Rádio Observador com João Paulo Sacadura (abril) e o programa Sociedade Civil da RTP2, cujo tema foi “Matemáticos” com Luís Castro (novembro). É também docente de Matemática do Departamento de Ciências Exatas e Experimentais da ESAG.
Paulo Mengo de Abreu, nascido em 1960, é licenciado em Ciências Históricas pela Universidade Livre, no Porto, e possui profissionalização em serviço pela Universidade Aberta. Com uma carreira dedicada ao ensino, é, atualmente, docente de História, História e Património Local e Ciência Política no Agrupamento de Escolas Dr. Mário Sacramento, em Aveiro. Foi, durante 16 anos, Presidente do Conselho Diretivo/Diretor do Agrupamento de Escolas de Aradas (Aveiro) onde também exerceu os cargos de Presidente do Conselho Pedagógico e da Secção de Avaliação do Desempenho Docente. Foi ainda membro do Conselho Municipal de Educação de Aveiro. Paulo Abreu foi ainda atleta federado do Grupo Desportivo de Basquete de Leça e do extinto Clube Paroquial de Matosinhos. Com vasta experiência, Paulo Abreu organizou várias visitas de estudo a Auschwitz-Birkenau-Cracóvia. É corresponsável pela candidatura, vencedora, do agrupamento ao Projeto “Escolas Unesco” tendo participado no fórum com a mesma denominação. Autor do artigo científico “Portugal abraça e é abraçado, uma realidade do século XVI”, apresentado em simpósio internacional, no âmbito do programa Erasmus, é também colunista no Notícias de Matosinhos e palestrante em eventos históricos e culturais.
Tiago Fleming Outeiro, natural de Matosinhos, é Professor Catedrático e Director do Departmento de Neurodegeneração Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de Goettingen, na Alemanha. Tiago Outeiro é doutorado em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto, pelo seu trabalho realizado no Whitehead Institute for Biomedical Research, MIT, nos EUA. É um investigador reconhecido internacionalmente pelo seu trabalho em doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. Em 2024, Tiago Outeiro teve um papel importante na proposta de um novo sistema de classificação da doença de Parkinson com base nos conhecimentos biológicos, e organizou uma conferência internacional da sociedade internacional de doenças do movimento em Itália, em Pádua.
António Cunha e Silva nasceu em 1941, em Leça da Palmeira. Diplomado pelo Conservatório de Música do Porto, foi membro da Orquestra Sinfónica do Porto e do Quarteto de Cordas do Porto. Foi professor de violino e Presidente do Conselho Directivo do Conservatório de Música do Porto, Director da Academia de Música de Matosinhos, Conservatório da Maia e do Conservatório da Covilhã. No âmbito musical, recebeu dois prémios escolares — Fundação Calouste Gulbenkian e o 2º prémio da Juventude Musical Portuguesa. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Francês — Bruxelas e Nice. Como convidado, integrou a Orquestra Gulbenkian, nas tournés à União Soviética, China e Índia.
No percurso literário de A. Cunha e Silva destaca-se a publicação de 14 livros; em 2015, foi distinguido nas “Correntes d’Escritas” com duas (2015 e 2019) Menções Honrosas, no prémio Dr. Luís Rainha. Em 2020 foi distinguido com o Prémio Literário Albano Martins de Sousa instituído pelo Município de Satão.
É sócio da Casa da Beira Alta, sócio honorário da Casa dos Açores do Norte, membro correspondente do Instituto D. João VI e membro da Ordem Militar de São Sebastião — Dita da Frecha.
Foi colaborador dos Jornais: “O Comércio de Leixões”, “Matosinhos Hoje”, “Maré”, “O Badalo de Leixões”, “O Matosinhense” e revista “Notícias Matosinhos”.
João Botelho nasceu em Matosinhos, a 2 de Dezembro de 1957, numa família onde a cultura, a liberdade e os valores humanistas eram profundamente valorizados. Desde cedo, foi introduzido às artes através do contacto com livros, música e cinema, numa casa cheia de discos e publicações, muitas vezes censuradas na época. O avô, com a sua paixão pelo cinema mudo, e o pai, com a máquina fotográfica Agfa, despertaram-lhe o interesse pela fotografia, paixão que se transformaria num pilar essencial da sua vida.
Nos anos 60 e 70, o impacto da fotografia documental em revistas como Paris Match e da Agência Magnum consolidou o seu fascínio pela imagem. Com a Dra. Tereza Siza, aprendeu a dominar a técnica fotográfica e a magia do laboratório, onde viu pela primeira vez imagens ganharem vida no papel.
Ao longo da sua carreira como fotógrafo amador, realizou exposições individuais e colectivas, participou em concursos de renome e publicou o livro Cinema Paraíso (2023). As suas obras fazem parte de colecções institucionais e particulares, destacando-se pela sensibilidade e pelo olhar singular que transmite na captação da realidade.
A Leixauto - Centro de Mobilidade Auto é uma referência em Matosinhos, sendo um parceiro de confiança para todas as necessidades de mobilidade automóvel.
Situado na Rua Mouzinho de Albuquerque, a Leixauto disponibiliza uma panóplia de serviços que garantem as melhores condições à manutenção e reparação de veículos.
Uma equipa experiente, dedicada e profissional efetua montagem de pneus novos, equilibragem de rodas, alinhamento de direções em 3D, entre outros serviços de mecânica geral.
A Leixauto tem como missão proporcionar um serviço de alta qualidade e segurança, onde a satisfação e conforto do cliente estão sempre em primeiro lugar.
Nuno Matos é o atual vereador do Desporto, desempenhando um papel fundamental na promoção e desenvolvimento das políticas desportivas no concelho. Com uma sólida formação académica e vasta experiência na gestão pública, destaca-se pelo empenho na modernização das infraestruturas desportivas, no apoio aos clubes e associações locais e na implementação de programas que incentivam a prática desportiva junto de toda a população. A sua atuação reflete um compromisso com a inclusão, a saúde e o bem-estar da comunidade, posicionando o desporto como um pilar estratégico para o desenvolvimento social e económico do concelho.
Que importância tem o desporto para Matosinhos?
O desporto tem uma importância central, temos uma massa de pessoas a praticar desporto muito grande. O investimento para que as equipas tenham condições foi sempre central na atuação dos vários executivos municipais. Isso originou que neste momento tenhamos 7500 jovens a praticar desporto todos os dias, mais 2500 atletas nos desportos seniores, que dá cerca de 10 mil atletas a frequentar e a praticar deporto em Matosinhos. O nosso Centro de Desportos e Congressos, a chamada “casa das seleções” é uma referência, por isso mesmo, temos um cuidado e afinco em manter as condições para que a pratica se vá adensando.
Como administrador, que papel tem a Matosinhos Sport?
Tem um papel fundamental no desporto em Matosinhos, porque são no fundo aquele conjunto de profissionais que fazem a gestão operacional das políticas desportivas da Câmara. Tratam essencialmente do associativismo desportivo, relação com os clubes, distribuição de apoios e subsídios, fazer atividades, articulação com as federações, um conjunto de ajudas. Os profissionais que lá estão, de referência na área desportiva nacional, fazem com que toda a máquina desportiva destes milhares de pessoas a treinar em Matosinhos possam ter condições de excelência para o fazer.
Que importância tem a Matosinhos Sport?
O principal desafio que tenho como vereador e administrador de uma empresa municipal de desporto é dar resposta à procura dos clubes. Nós temos 20 pavilhões, mas não há horas suficientes nas piscinas, na pista de atletismo e nos campos de relva sintética para todos, esse é o nosso principal desafio. Se as instalações estivessem vazias era um problema, mas isto é um desafio positivo, olhar para o território, pensar nele e fazer.
Que desafios são esses?
Por exemplo na conceção de um hino e de uma mascote, tentar identificar a marca Matosinhos com a marca do desporto, tudo isto são desafios que custam recursos, dinheiro, envolvem equipas a trabalhar sobre este tema, e que depois implementar é complexo. Queremos que para Matosinhos, e pós 2025, fiquem as sementes para depois mais à frente ter mais atletas, evolução do desporto no feminino, ter mais desporto adaptado e com qualidade, e também uma vertente importante, que é o desporto escolar.
Matosinhos vai ser Cidade Europeia do Desporto em 2025, como foi o processo?
O processo parte com ideia do meu antecessor, Dr. Vasco Pinho, que sugeriu a todo o Executivo que aceitou e decidiu que Matosinhos tinha todas as condições, mas isso coloca-nos muitos desafios. Organizar um ano que nos propomos a ter mil eventos desportivos, capacitando as nossas associações e clubes, que são cerca de 116, em 46 modalidades diferentes, é um trabalho árduo, que cria muitos desafios, quer na comunicação, organização de grandes eventos, de uma rede de voluntários para os vários eventos.
Que eventos podem acontecer em Matosinhos?
Em 2025 as Taças de Portugal de pavilhão em Matosinhos. Já fechámos a Taça de “Final 8” de futsal e a Taça de Portugal de futsal. A “Final 4” da Taça de Portugal feminina de futsal. A Liga dos Campeões de hóquei em patins, o Europeu de vela, a Taça Ibérica de andebol, a Taça de Portugal de andebol. Em basquetebol teremos o 12º torneio internacional sub20 divisão A feminino de um Europeu de basquetebol. Teremos uma prova internacional de ciclismo que vai unir a Matosinhos, Maia e Santiago de Compostela. Temos uma feira do associativismo feita como nunca aconteceu, a nossa Gala do Desporto vai ser uma inovação, os clubes vão ter oportunidade de desenvolver eventos que vão catapultar a sua própria marca e as modalidades no concelho, por isso vamos ter uma programação cheia.
Há planos para instalações desportivas no futuro?
Queremos continuar a crescer em termos de instalações desportivas e melhorar as que temos. Gostaríamos de trazer para Matosinhos o CAR de voleibol e estamos em conversações com a Federação. Queremos ter em São Mamede de Infesta um novo estádio para o Infesta e um novo grande pavilhão municipal na freguesia. Em Leça da Palmeira, construir uma nova piscina dada a procura no território. Vamos lançar concurso o polo 2 no Complexo Óscar Matos, o U.D. Lavrense também terá, vamos começar o projeto do Complexo Desportivo do Padrão da Légua, a necessidade vai aumentado. Em termos de instalações desportivas temos isto muito bem definindo para conseguirmos alcançar os nossos objetivos
Matosinhos como Cidade
Europeia do Desporto 2025 terá mil eventos desportivos
E em relação à prática desportiva?
Havendo mais instalações a prática vai subir. Temos muita atenção às modalidades que são mais praticadas, mas também queremos desenvolver outras como a ginástica, que é grande em Matosinhos e queremos ter uma espécie de centro de apoio ao ténis. Estamos a dar passos para concretizar maior parte dos projetos que a curto e médio prazo. Isto move sempre muitos parceiros e negociações, quer internas ou externas, mas estamos com planos que Matosinhos cresça muito mais como desporto na sua ação central.
Acha que algo que pode melhorar em Matosinhos?
Tudo e passível de melhoria. Estamos numa busca contínua para melhorar, quer na Câmara quer na Matosinhos Sport, estamos sempre numa perspetiva de melhoria continua. Agora face à realidade que nós temos, quer de apoio aos clubes e instalações desportivas, estamos na vanguarda daquilo que é a disposição de condições para os clubes poderem crescer.
Albertino Pereira foi um dos maiores nomes do Leixões SC na década de 70. O avançado realizou mais de cem jogos pelos matosinhenses e marcou dezenas de golos pelo nosso país, também ao serviço do FC Porto e do Boavista FC. Após terminar a carreira trocou os relvados pelos pincéis e seguiu a sua grande paixão, a arte. Já teve as suas pinturas espalhadas por todo mundo e aos 74 anos não pensa em parar.
Como começou a pintar?
Desde miúdo, o meu pai pintor, era artista plástico e músico de fado. Mas era pintor e de miúdo comecei a pegar na tela, nas tintas. Até aos 17 anos estudei, fui para a Escola Soares dos Reis, de artes plásticas, queria ter uma formação superior. Mas quando cheguei à escola eu sabia mais do que eles. Desde criança a ver o meu pai a pintar, já sabia tudo, até ajudava a malta a pintar, depois eles ajudavam-me noutras disciplinas. Física e na química. Faltou-me um ano, o futebol tirou-me um ano do curso.
Desde criança já tinha jeito para pintar?
Muito, sempre tive desde que comecei a andar, sempre quis pintar e desenhar. Eu até nos clubes onde joguei desenhava no quadro preto das táticas, pegava no giz e todos os dias fazia um desenho.
Quando é que percebeu que realmente tinha algum talento e podia seguir esta carreira?
Quando acabei a carreira de jogador. Mesmo como jogador, eu sempre pintei. Em vez de ir para o café falar com os amigos, tinha cavaletes e pincéis em casa. Preocupou-me com o clube, mas as minhas pinturas estavam lá sempre. Há muitos jogadores amigos que têm pinturas dessa época, quando casavam, por exemplo, eu oferecia um quadro.
Mas quando era jogador já pensava em seguir a pintura?
Queria ser treinador, fui durante quatro anos, mas começaram-me a insultar, como jogador aguentava, mas como treinador não. Ao fim desses anos peguei no cartão de treinador entreguei ao Sindicato e disse “Acabou, vou ser artista plástico!”
Foi fácil tomar essa decisão?
Sim, ser insultado ninguém gosta. Eu sou educado, só fui expulso uma vez na minha carreira e era médio/avançado, antigamente era mais duro e os relvados não prestavam, assim foi até aos 36 anos. Sim, era uma área que queria. Quando era criança os meus amigos queriam ser bombeiros ou polícias, e eu dizia-lhes que queria ser jogador de futebol e pintor e Deus ajudou-me, consegui o que disse quando tinha 8 anos.
Nessa altura os seus amigos e colegas aceitavam bem que queria ser pintor e não queria ser treinador?
Os jogadores gostavam que lhes oferecesse um quadro, independentemente de lhes passar bem a bola, eles gostavam. Ainda há dias encontrei um ex-colega e mostrou-me fotos de quadros meus em sua casa que nem me lembrava. O Fernando Gomes tinha a sala cheia de quadros meus, o Sousa também e muitos outros.
Em relação às suas pinturas, como define o seu estilo?
Não é um abstrato puro e duro, mas anda por ali. Podemos dar outros nomes, mas abstrato toda a gente percebe. Em Portugal ninguém vai a museus, é preciso bater nas pessoas para irem a uma exposição, não há essa cultura. Nunca fui daqueles que pintam para decoração, não sou esse artista, procuro que as pessoas saibam o que esta lá, sem eu dizer o que é.
Como foi quando acaba a carreira de jogador e decide começar a pintar?
Antes de fazer a primeira exposição comecei a mostrar às pessoas e percebi que tinha que vender. Fiz a primeira exposição em Braga, num belíssimo hotel e a partir dali vendi quase tudo, a pessoas que não conhecia, a turistas, a telefonarem para lá ir, queriam-me conhecer e essa exposição galvanizou-me. Mesmo que não vendesse nada continuava a pintar, a arte é isso mesmo. Se o Van Gogh não vendeu quadro nenhum, como é que eu não hei de pintar e ter alegria para trabalhar? Todos os dias pinto e faço desenhos.
Também já esteve as suas obras expostas noutro sítios?
Sim, em mais de 30 países. Em Espanha fiz muitos e em Paris também porque vivi lá três anos. Tinha um “marchand de arte” que contactava as galerias e expus na Bélgica, México, EUA, Alemanha, Inglaterra, Suíça, num palácio no Luxemburgo. Convivi com muitos artistas do mundo e aprendi outras técnicas, foi muito bom para mim. Nas inaugurações levava jogadores e amigos comigo. O Fernando Mendes, da RTP, foi comigo ao Luxemburgo, mas também já levei o Octávio Machado ou o Jaime Magalhães. Os emigrantes iam ver os jogadores e também viam a exposição.
Como ganha inspiração?
A inspiração é natural, as ideias vão surgindo. Há um tema que quero abordar e posso fazer 15 obras. Eu estive na Bósnia-Herzegovina nos anos 90, quando estavam em guerra. O embaixador António Tânger Corrêa convidou-me, somos muito amigos, e estive lá duas semanas e pintei a guerra. Fui à Índia e pintei uns 30 quadros sobre isso. Fui ao Brasil uma vez como jogador do Porto e quis ver as favelas para fazer uns desenhos, mas não me deixaram. Quando viajo levo material na mala para pintar. Como jogador e não podia levar nada, agora como turista e homem da arte posso. Entre desenhos, aguarelas, acrílicos e óleos, devo ter 5000 quadros pintados.
Nunca pintou nada relativo ao Futebol?
Uma vez pintei os 11 jogadores do FC Porto a entrar em campo, com as bandeiras, e ofereci ao Pinto da Costa, que guardou no museu dele. E dei-lhe também uma camisola quando ganhamos na Liga dos Campeões em Itália, para 100 mil pessoas, ele pediu-me e não recusei. Ofereci também um quadro ao Major Valentim Loureiro, que está no Museu do Boavista FC.
Hoje em dia tem algum sítio onde tem as suas coisas expostas?
Tinha uma galeria no Porto, mas a pandemia derrubou-nos a todos. As galerias fecharam, estivemos ali dois anos sem sítios para expor. Já expus em Matosinhos várias vezes também, mas hoje em dia vou muito a Serralves e ao Museu Nacional Soares dos Reis. O artista é artista, anda atrás das pessoas. Como futebolista fiz alguns jogos menos bons, mas não é isso que faz a minha carreira. Comprarem é bom, mas se não vender nenhum quadro numa exposição vou para outro lado, não vou desistir.
“Nos clubes onde joguei todos os dias pegava no giz e fazia um desenho no quadro das táticas”
Após se retirar dos relvados, Manuel Penteado ampliou os seus horizontes, dedicando-se também à cultura. Encontrou novas formas de se envolver com a sociedade, destacando-se pelo seu trabalho em instituições culturais, especialmente no Museu de Serralves, no Porto. Reconhecido como uma das mais importantes casas de arte contemporânea em Portugal, Serralves foi o palco onde Penteado se dedicou à assistência de arte, colaborando no desenvolvimento de exposições e iniciativas artísticas.
Sempre sonhou ser futebolista?
Sim, e quando as nossas qualidades são diferentes...sempre tive este sonho e dizia sempre que queria jogar num dos três grandes e consegui, apesar de ter jogado muitos anos no Leixões que também é um clube grande. Deixei o futebol aos 37 anos, no Esposende, mas ainda tinha condições de continuar.
Enquanto jogador, já projetava o final de carreira e no que faria a seguir?
Eu não tenho formação superior, e queria continuar a trabalhar. No meu primeiro ano de sénior, no Monção, já trabalhava num bar. Quando terminei a carreira fui treinar o Padroense, o Souselo, o Valadares, foram três anos como treinador. Fui ainda treinador adjunto do António Frasco no Ermesinde SC em 1999. Surgiu depois a oportunidade de trabalhar em Serralves.
Como surgiu essa mudança do futebol para as artes?
Foi por intermédio de um amigo meu, o Rui Silvestre, que era diretor em Serralves. Ele disse-me que estavam a precisar de pessoal para ajudar nas exposições e na organização, e como não estava a treinar ninguém, aceitei com muito gosto, não hesitei e agarrei a oportunidade.
Sempre gostou da parte mais artística?
Não conhecia, mas trabalhar em Serralves foi um passo importante porque aprendi muito, todos os dias aprendo, nas exposições, nas visitas guiadas e a falar com as pessoas, a debater ideias sobre uma determinada obra. Foi melhor coisa que me aconteceu. Agora sou muito mais apaixonado pela arte.
O que mais gosta na arte?
A arte é uma forma de comunicação. Uma escultura fala e comunica, a arte é boa nesse sentido. As vezes nem é a beleza, é o que a obra diz, seja uma escultura ou pintura. A arte tem isso, os artistas criam problemas no espetador, a obrigar a pensar. É isso que me faz gostar da arte contemporânea e de Serralves, para mim é o melhor museu do mundo.
Como é o seu dia a dia em Serralves?
Entro às 10h, e tenho uma ou duas salas disponíveis para trabalhar. Recebo o público que vai visitar se tiver alguma dúvida ou informação que queira estou disponível. Tenho que estar disponível para o público e ao mesmo tempo, quando não está ninguém, nos momentos mais parados, estou ali a estudar. Esse é o prazer que eu tenho, estudar as obras, às vezes visito as exposições todas e isso também ajuda-me depois a estimular o público.
O que mais gosta de fazer no seu trabalho?
Converso com muita gente, de muitos países. Falo inglês, um pouco de francês e converso com pessoas de todo o mundo. Chegam lá e perguntam onde é que é o jardim, onde é que o parque, alguma pergunta sobre um quadro, e isso é bom. Essa forma, esse convívio com as pessoas é extraordinário.
Porque diz que foi o melhor que já lhe aconteceu?
Pela aprendizagem. Serralves é partilha e aprendizagem, e eu estou ali a aprender e a partilhar, isso é a melhor coisa que pode acontecer comigo e com qualquer pessoa. A partilha e o conhecimento é bom, não há nada melhor que isso.
Não foi um choque grande passar do futebol para o mundo artístico?
Não me choquei porque se calhar tem um bocadinho de futebol em Serralves, porque falava com todos os adeptos. No meu dia a dia falo com as pessoas sobre futebol também. Acho que é tudo cultura.
Os visitantes não o reconhecem dos tempos do futebol?
Alguns ficam espantados. Há a ideia que os jogadores de futebol ganham muito dinheiro, mas as pessoas na cultura acham interessante eu estar ali. Foi a necessidade que me levou ali, mas as pessoas reconhecem. É um orgulho estar ligado à arte, um mundo completamente diferente do futebol. Eu sempre tive. O que mais gostava era jogar de futebol, mas hoje estou ali e não vou dizer que era uma paixão, foi mais uma obrigação, mas comecei a gostar e agora não quero outra coisa. Aliás, não quero ir para a reforma, quero estar ali a trabalhar com o público, os colegas, a direção, está ali uma família.
Nunca se arrependeu de se ter afastado completamente do futebol?
Pelo contrário, o futebol desgastava-me. Quando estávamos a ganhar, em qualquer divisão, as pessoas queriam sempre mais, era um desgaste muito grande. Surgiu-me aquela oportunidade e agarrei logo, não pensei duas vezes, e estou felicíssimo de estar ali.
O que o fez ficar durante 20 anos em Serralves?
Quando fui para Serralves tinha convites para treinar alguns clubes de Matosinhos, mas nunca me interessou. Gosto de futebol e vejo os jogos e se puder vou ao Estádio do Mar, mas hoje em dia sou mais obcecado pela arte. Na arte estou todos os dias a aprender, nunca aprendi tanto na vida como ali. Não troco Serralves por nada.
Que memórias guarda do seu tempo de jogador?
O Leixões marcou-me muito. Foram seis anos no Leixões, marcou-me profundamente. As melhores memórias que tenho é aquele momento do golo e o festejo com o adepto e a alegria dos sócios. Quando estava no Leixões não queria ir para o FC Porto, porque tinha amizades e laços tão grandes, éramos uma família muito forte. O presidente é que me convenceu, o clube precisava de dinheiro e fui para ajudar o Leixões.
“Hoje em dia sou mais obcecado pela arte, es- tou todos os dias a aprender. Não troco Serralves por nada.”
José Manuel Fafiães, matosinhense, cedo viajou para Luanda - Angola, onde estudou até ao retorno a Portugal em finais de 1975. Iniciou a sua vida empresarial na metalomecânica, entre as variadas obras feitas pela empresa Somefita/Fabiaço, destaca: -Torre de saltos (40 mts altura) para o extinto Raf Park em Stª Cruz do Bispo - As construções, tipo Origami no Parque do Matadouro em Stº Tirso, algumas com 30 mts comprimento e 6 mts de altura. - Grande parte dos armazéns da fábrica de garrafas Barbosa & Almeida, em Avintes, alguns com 50 mts de vão entre pilares. Desde pequeno que é aficionado pela competição automóvel, bichinho herdado do seu pai que no início da década de 60 fez algumas corridas de moto. Iniciou as competições no circuito da Boavista em 2007 com um Datsun de troféu mantendo desde então ligação a esta marca. Desde 2007 é assíduo nos campeonatos nacionais, tendo bastantes vitórias. Foi campeão Nacional nos anos 2011, 2014 e 2022. Venceu também as 6 Horas de Clássicos de Braga, com uma lista de inscritos bastante recheada, pela 1ª vez venceu um carro de pequena cilindrada. Desde 2019 faz parte da ANPAC, sendo responsável pela organização/promoção de 4 campeonatos Nacionais de velocidade. Considera-se introvertido e com o lema “pouco espero da vida pois tudo que ela me dê nunca compensará o que me tirou”. Os seus tempos livres são dedicados ao seu neto, que confessa que dá mais trabalho que a organização das corridas, mas é mais gratificante.
Nascido a 27 de julho de 1955, viveu toda a vida em Matosinhos e não se imagina longe da cidade do seu coração. Passou a infância entre o Jardim Basílio Teles e o Campo de Santana, onde começou a sua bonita ligação com o Leixões Sport Clube. Primeiro como adepto e depois como atleta, Humberto Silva iniciou no basquetebol, mas acabou por se tornar um nome incontornável na história do voleibol do Leixões SC, tendo representado o clube de Matosinhos durante 21 épocas.
Foi no ano de 1970, nos Juvenis, que começou esta bela história, passando pelos Juniores na época seguinte, sendo que foi em 1972 que se fixou na equipa sénior até 1992. Pelo meio conta com 7 Campeonatos Nacionais conquistados (71/72, 73/74, 75/76, 78/79, 79/80, 81/82 e 88/89). Venceu também 4 Taças de Portugal (72/73, 76/77, 82/83 e 88/89). Até 1988 fez parte da Seleção Nacional, somando um total de 124 internacionalizações de quinas ao peito.
Angélica André é uma nadadora portuguesa determinada e resiliente, com uma trajetória impressionante no mundo da natação. Licenciada em Treino Desportivo pelo IPMAIA e com um mestrado em Condição Física no Desporto e Exercício, começou a praticar natação aos 3 anos, com uma atividade no infantário. A sua formação iniciou-se na equipa do Leixões e, em 2013, ingressou no Fluvial Portuense. Desde 2021, representa o FC Porto.
Após duas tentativas de qualificação olímpica (em 2012 e 2016), Angélica concretizou o sonho de competir nos Jogos Olímpicos em 2021, em Tóquio, alcançando o 17º lugar, a melhor marca portuguesa de sempre na modalidade. Em 2022, conquistou a medalha de bronze nos Europeus de Roma, uma importante aprendizagem que a impulsionou ainda mais para o futuro.
A trajetória de Angélica André continuou a ser marcada por grandes conquistas. Em 2023, alcançou o quarto lugar nos 5 km dos Mundiais de Fukuoka, Japão, obtendo o melhor resultado de sempre para Portugal em uma competição mundial de natação. Em fevereiro de 2024, conquistou a medalha de bronze nos 10 km do Mundial de Desportos Aquáticos em Doha, garantindo a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, além de ser a primeira medalha de Portugal na modalidade em Mundiais. No mesmo ano, também obteve a medalha de prata nos 10 km na Taça da Europa de Barcelona.
Com foco, consistência e resiliência, Angélica André continua a consolidar-se como uma das principais referências da natação portuguesa. Em maio de 2024, sagrou-se campeã nacional nos 10 km em águas abertas, um marco significativo na sua carreira, tendo ainda obtido o 12º lugar nos 10km de águas abertas dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com 2023 e 2024 sendo anos de grandes realizações, Angélica segue confiante e determinada, com o objetivo de continuar a alcançar o seu melhor.
Localizada em Perafita desde 1978, o Kartódromo Cabo do Mundo foi o primeiro a ser construído permanentemente em Portugal. Neste momento vocacionado para o Karting de lazer, o Kartódromo oferece um leque variado de serviços: regime de aluguer individual, onde o adversário é o relógio, ou aluguer em grupo, onde pode juntar amigos ou familiares e experimentar as sensações de uma corrida; Escola de Competição, onde pode aprender a pilotar para ingressar nas competições nacionais, ou simplesmente para tirar o maior partido possível da experiência de pilotar um kart; oficina, onde dispõe de uma equipa de mecânicos experientes para a manutenção dos karts; e Serviço de Bar, onde enquanto espera pela sua vez pode relaxar com vista para o mar. No Kartódromo dispõe ainda de quatro tipos de karts diferentes, estando sempre garantida a diversão, a velocidade e a adrenalina.
A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura é uma das mais importantes instituições culturais dedicadas à promoção e divulgação da arquitetura em Portugal. Localizada em Matosinhos, num edifício industrial reabilitado que reflete a perfeita fusão entre património e contemporaneidade, a Casa da Arquitectura afirma-se como um espaço de referência internacional para a reflexão, exposição e preservação da arquitetura. Com uma programação diversificada que inclui exposições, conferências, publicações e atividades educativas, a instituição desempenha um papel fundamental na valorização da arquitetura enquanto expressão cultural e motor de desenvolvimento social. A Casa da Arquitectura acolhe acervos de arquitetos de renome e promove o diálogo entre profissionais, estudantes e o público em geral, contribuindo para afirmar Matosinhos como um polo cultural de excelência.
A LASO é uma empresa que resulta da união de duas entidades com uma experiência combinada de mais de 35 anos no setor dos transportes Especiais e Convencionais, Heavy Lift e Engenharia de Projetos. Com uma presença internacional consolidada e uma equipa com mais de 1300 colaboradores altamente qualificados, a LASO dispõe de um know-how abrangente, capaz de responder
aos mais diversos desafios logísticos. Operando em setores como construção, energia, indústria e infraestruturas, a empresa destaca-se pela sua capacidade de oferecer soluções inovadoras e eficientes, sempre comprometida com a excelência. Movendo o presente e transportando o futuro, a LASO ultrapassa obstáculos para garantir o sucesso dos seus clientes em cada projeto.
A LASO é uma empresa de renome no setor dos transportes com mais de 30 anos de experiência e 22 delegações.
Dispomos na nossa frota de Semirreboques extensíveis, Basculantes, Pisos móveis, Camiões fechados e Compos.
Temos Camiões Grua de 3 eixos, Semirreboques com grua, Plataformas elevatórias e Carros curtos com rampas
Dispomos de Porta-máquinas, Porta-máquinas rebaixados, Camiões Megas com Rampas e Camiões de 3 eixos com rampas
Maria da Conceição Figueiredo Lopes, advogada, 52 anos de idade, residente na cidade de Matosinhos, é licenciada em Direito, pela Universidade Lusíada do Porto. Ingressou na Ordem dos Advogados do Porto há mais de vinte anos. É vogal da Delegação de Matosinhos da Ordem dos Advogados no triénio 2023-2025. Tem mantido uma atividade estreita e ativa com a advocacia de proximidade, com o propósito de melhorar o nosso Estado de Direito e de acautelar os direitos liberdades e as garantias dos cidadãos.
Pelo seu dinamismo, esforça-se por defender causas nobres e solidárias, em prol dos outros e da comunidade em geral. É uma mais-valia para quem se cruza consigo e não há quem fique indiferente à sua simpatia, ao seu otimismo e profissionalismo.
Tem escritório em Matosinhos, onde exerce as várias áreas do Direito, promovendo com celeridade todo o tipo de documentos particulares autenticados.
Foi convidada para lecionar no CENOR - Centro de Estudos Notariais e Registais e no Centro de Direito da Família, da Universidade de Coimbra.
É uma advogada de sucesso, de proximidade, em busca ininterrupta da justiça e igualdade para todos, onde a sua vontade de ajudar e de fazer acontecer é um objetivo de vida.
Ângela Miranda, nascida a 30 de julho de 1971, construiu uma carreira sólida e diversificada, com forte vínculo à cidade de Matosinhos. É licenciada em Administração e Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa. Iniciou a sua trajetória profissional em 1996, na área de Auditoria Interna na EDP, e em 1997 integrou a Efacec, onde permaneceu até 1999. Nesse ano, ingressou na ERI – Engenharia, S.A., assumindo o cargo de Diretora Administrativa e Financeira, função que exerceu até junho de 2022. Paralelamente, em 2005, passou a integrar o Conselho de Administração da ERI como Vogal Executiva, permanecendo na posição até 2022. Entre 2017 e 2021, Ângela desempenhou funções como Vereadora na Câmara Municipal de Matosinhos, onde liderou diversas áreas, como Recursos Humanos, Saúde, Modernização Administrativa, Auditoria e Certificação, Contraordenações, Ação Social, Juventude e Voluntariado. Desde julho de 2022, atua como Vogal Executiva do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE. Mantém, ainda, um forte envolvimento com a comunidade local, sendo Deputada da Assembleia Municipal de Matosinhos e membro da Comissão Alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Matosinhos.
Além das suas realizações profissionais e comunitárias, Ângela Miranda é mãe de uma filha, destaca-se por conciliar a sua vida pessoal com uma carreira dedicada à gestão e ao serviço público.
Manuel António Rodrigues,natural de Matosinhos, é empresário e gestor de empresas. Desde jovem, demonstrou dedicação ao trabalho, começando, aos 16 anos, a conciliar os estudos com o apoio ao negócio da família, ajudando no café do pai. O seu percurso académico foi marcado por desafios, tendo interrompido o curso de Economia no segundo ano para se dedicar à gestão das empresas familiares. Vinte anos depois, decidiu retomar os estudos e concluiu o curso, consolidando o seu caminho como empreendedor. Atualmente, gere os seus próprios negócios, que estão bem estabelecidos no mercado. Fora do âmbito profissional, Manuel é um apaixonado pelo desporto e sócio do Leixões há mais de 30 anos. Mantém um círculo de amizades composto por amigos de longa data e, apesar das conquistas alcançadas, descreve-se como uma pessoa simples que não atribui grande valor à ideia de sucesso.
O Presidente Rui Sousa Dias, com o apoio de Márcio Costa, lidera a Associação de Restaurantes de Matosinhos. Localizada na emblemática Rua dos Heróis de França, a entidade conta com mais de 30 restaurantes associados e tem como objetivo defender os direitos e interesses legítimos do setor. A Associação coopera em ações que visem o desenvolvimento social, económico e turístico do concelho de Matosinhos, promovendo a melhoria da qualidade do setor da restauração.
Associação de Restaurantes de Matosinhos: Promover a Excelência no Setor da Restauração
A Associação de Restaurantes de Matosinhos é liderada pelo Presidente Rui Sousa Dias, com o apoio de Márcio Costa que com presença permanente assegura todo o funcionamento bem como a ligação com os Associados. Localizada na emblemática Rua Heróis de França, a Associação conta com mais de 30 restaurantes as-
sociados e tem como principal missão defender os direitos e interesses legítimos do setor da restauração. A entidade atua de forma integrada no desenvolvimento social, económico e turístico do concelho de Matosinhos, com um foco contínuo na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelos restaurantes.
Serviços Prestados pela Associação
Rui Sousa Dias: A Associação de Restaurantes de Matosinhos oferece uma vasta gama de serviços destinados ao aperfeiçoamento do setor. Em parceria com o IEFP e a ForMar, disponibilizamos formações especializadas nas áreas do serviço de mesas e bar, higiene e segurança alimentar, idiomas (inglês e francês), primeiros socorros, entre outras. Para além disso, prestamos con-
sultoria técnica, assistência no processo de licenciamento e suporte jurídico, facilitando o cumprimento das exigências legais.Recentemente, lançámos um pacote de apoio à organização de ficheiros e à implementação das unidades de formação obrigatórias para os colaboradores, garantindo a atualização em conformidade com as normas do setor.
A Criação da Associação: Uma Necessidade para o Setor
Rui Sousa Dias: A Associação foi criada com o objetivo de reunir os restaurantes de Matosinhos, tendo em conta o aumento do número de estabelecimentos e a necessidade de uma entidade que representasse e orientasse o setor. A união dos empresários confere maior força na procura por melhorias e na criação de um
ambiente propício ao desenvolvimento do negócio. Para além disso, é essencial responder às necessidades dos empresários, oferecendo apoio contínuo para a evolução dos seus serviços, incluindo consultoria técnica, apoio administrativo e informações relevantes.
Desafios Enfrentados pela Associação
Rui Sousa Dias: A principal dificuldade reside no equilíbrio entre as necessidades individuais de cada restaurante e as diretrizes da Associação. Nem sempre é fácil alinhar as expectativas de todos, mas procuramos sempre orientar e apoiar os empresários para que possam superar esses desafios. Outro ponto crítico é a gestão de resíduos na Rua Heróis de França, a questão
ambiental continua a ser uma prioridade para a Associação e em parceria com a Câmara Municipal, têm vindo a ser discutidas várias soluções.
O Papel do Presidente da Associação
Rui Sousa Dias: Enquanto Presidente, o meu objetivo é utilizar a minha experiência e conhecimento para apoiar os empresários da restauração e garantir o bom funcionamento da Associação. Procuro transmitir confiança aos associados e trabalhar em conjunto para implementar melhorias contínuas no setor. Como em toda a atividade associativa, aqui também nos deparámos com um problema, quando está tudo bem a Associação não faz falta nenhuma, quando surgem os problemas há sempre uma procura de apoio. Claro que é importante que se perceba que para a nossa Associação estar preparada para ajudar nas dificuldades é fundamental que tenha quadros competentes e isso significa que a Associação tem de ter
A ARM tem como missão promover a defesa dos direitos e legítimos interesses dos seus associados. Prestar serviços aos seus associados, podendo, para esse efeito, criar ou participar, em acções que promovam o sector da restauração.
Promover e cooperar em acções que visem o desenvolvimento social, económico, turístico e cultural do concelho de Matosinhos e a melhoria da qualidade do sector da restauração.
Representar o sector da restauração local na política sócio - económica, desenvolvimento regional, junto de organismos públicos.
Consolidar a posição de referência do sector da restauração de Matosinhos através de um forte empenho na promoção, gestão e formação dos seus associados; Diversificar a Associação nas suas formas de actuação de forma a assegurar um crescimento sustentado.
Reconhecimento através das nossas actividades, satisfação dos nossos Associados e constante capacidade de resposta no apoio prestado.
Os Associados como epicentro da nossa acção
Ambição
Responsabilidade Social Cooperação
meios para pagar essas renumerações. Assim, é muito importante que os restaurantes Associados entendam a necessidade de manter o pagamento das suas quotas em dia. Por outro lado, vejo com bons olhos o aparecimento de alguns elementos mais jovens que integram a direção e que irão ser o garante da continuidade deste projeto, como é o exemplo do Rui Rodrigues, que demonstra muita dinâmica e interesse no desenvolvimento do nosso setor
Rui Sousa Dias: A Associação está a desenvolver projetos inovadores, como a criação de uma creche e um ATL para os filhos dos funcionários dos restaurantes. A ideia da creche, há muito perseguida por mim, já discutida com o Dr. Luís Branco, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Matosinhos, visa preencher uma lacuna muito importante que se prende com o acompanhamento dos filhos dos funcionários da Restauração, enquanto estes estão em horário laboral, proporcionando um apoio social essencial a estas famílias. O ATL, por sua vez, irá estar preparado para receber as crianças do ensino primário após o fim das aulas, oferecendo acompanhamento nos trabalhos de casa, atividades
recreativas e as refeições até ao horário em que os pais os possam ir buscar.Também se discutiu a criação de um restaurante-escola na Leonesa Business Hub, uma proposta orientada para a formação de profissionais qualificados para o mercado, como não houve um consenso entre os vários parceiros, Câmara Municipal, Escola de Hotelaria do Porto, Leonesa e a nossa Associação, o projeto acabou por não se concretizar. Estas iniciativas representam não apenas uma contribuição para a qualidade de vida das famílias, mas também um esforço significativo para atrair novos talentos para o setor, um passo importante para resolver a atual escassez de recursos humanos na restauração.
Rui Sousa Dias: A dificuldade de mão-de-obra é uma realidade também neste setor, o aparecimento de trabalhadores estrangeiros tem ajudado a minimizar esse problema. Se não fosse assim, muitos restaurantes teriam mais dificuldade em operar. A integração
destes funcionários enfrenta alguns obstáculos, por questões culturais ou linguísticas, mas a Associação continua a apoiar aqueles que buscam uma vida melhor e estão dispostos a contribuir com dedicação para o desenvolvimento do setor.
Expectativas para o Futuro da Associação
Rui Sousa Dias: Tenho plena confiança no futuro da Associação, especialmente com a contribuição do Márcio Costa. A sua juventude, experiência e competência, particularmente na área de formação, são fundamentais para tornar a Associação mais dinâmica e eficiente. O seu papel será crucial no aprimoramento das operações e na maximização do impacto da Associação.
Como se Associar à Associação de Restaurantes de Matosinhos
Rui Sousa Dias: Restaurantes interessados em fazer parte da Associação podem entrar em contacto connosco e preencher a ficha de inscrição. Após o pagamento de uma joia de adesão, os associados terão acesso a todos os serviços e benefícios oferecidos pela entidade, além de apoio contínuo no desenvolvimento dos seus estabelecimentos.
Júlio Pereira Mendes, natural de Marco de Canaveses, mudou-se para Matosinhos aos 15 anos, onde começou a trabalhar com um empreiteiro. Aos 18 anos ingressou numa fundição e, mais tarde, foi para a tropa, sendo destacado para Angola, onde permaneceu durante 27 meses.
Quando regressou a Portugal, começou a trabalhar como motorista numa empresa e, pouco tempo depois, foi promovido a encarregado. Mais tarde, adquiriu um camião e, em 1992, juntamente com o seu filho, iniciou um negócio de transporte de contentores e mercadorias a nível nacional.
O negócio cresceu de forma sustentada: a frota e a equipa foram-se expandindo, e em 2011 mudaram-se para novas instalações em Gatões, que concentram o parque de viaturas, a oficina e os escritórios.
Atualmente, a Autotransportadora Pereira e Mendes dispõe de uma frota de 75 camiões, com o objetivo de atingir os 80 veículos. Esta capacidade permite à empresa responder de forma rápida e eficiente às necessidades dos clientes, consolidando-se como uma referência nacional pela qualidade do serviço que presta.
Na azáfama dos restaurantes da Rua Heróis de França, encontramos a Casa Serrão. Há 45 anos era um pequeno tasquinho nas mãos de Fernanda e do marido João. Há 13 anos Justiniano tomou conta do negócio dos pais, onde também trabalha com o seu filho Tiago. De um pequeno negócio de família a um nome emblemático na restauração de Matosinhos, a Casa Serrão é paragem obrigatória, que graças ao trabalho árduo das dezenas de colaboradores, delicia quem por lá passa e traz à mesa os melhores peixes que as águas portuguesas têm para oferecer.
Como é que entrou no mundo da restauração?
Quando deixei de jogar futebol os meus pais já tinham o restaurante. Já há 45 anos, houve a transição da casa onde eles habitam agora, que era um tasquinho, e até hoje esta casa deve ter 23 ou 24 anos. Mas não tinha intenções nenhumas de dar continuidade. Depois, com o tempo, vinha aqui aos fins de semana ajudar os meus pais, e partir daí acabei por ficar até hoje.
O que é que o motivou a continuar o trabalho dos seus pais durante tantos anos?
Foi mais para os meus pais terem o modo de vida deles, que isto da hotelaria é uma profissão bastante dura. Eu achei por bem dar continuidade ao trabalho e ao esforço dos meus pais durante tantos anos, esse foi um dos motivos que não abandonasse a hotelaria.
O que foi mudando aqui ao longo dos anos?
Em Matosinhos, há 20 anos, poucos restaurantes haviam. Abriram muitos restaurantes, a concorrência é grande, mas nós somos uma casa de referência. A mim ajuda muito o turismo. O Porto e Matosinhos, está cheio de turistas e acho que isso é mais uma qualidade que nos temos que aproveitar. Se não fosse o turismo, 80% dos restaurantes se calhar não existiam neste momento.
Como se mantêm competitivos com tantos restaurantes à volta?
É a qualidade do peixe. Depois a simpatia, atender bem os clientes, todos eles, não só o turista, acho que isso é que é essencial. A qualidade e o atendimento.
Qual é a especialidade da casa?
Tudo o que seja peixe. Sardinha é o principal prato. Depois temos os chocos, lulas, a caldeirada de peixe. Na nossa casa temos pessoas que vêm de Chaves comer a caldeirada de peixe. Temos uma massada de peixe também, própria da caldeira, é muito bom.
Trabalham muito as redes sociais, isso também é importante?
Sim, há 4 anos comecei a trabalhar as redes sociais. Hoje em dia nós temos que nos atualizar e acho que neste momento estamos bem encaminhados nesse sentido porque tenho uma pessoa, o Rui Barreira, que trata dessa situação toda, e acho que é uma mais-valia também.
Quais são as maiores dificuldades que enfrenta?
Todos os ramos estão a passar pelo mesmo problema, que é falta de mão de obra e eu não fujo à regra.
Acha que a restauração tem muita importância em Matosinhos?
Sim, eu acho que sim. Deveria haver mais estacionamento, porque há muitos restaurantes e pouco estacionamento, é a única coisa menos boa que tem.
Tem alguns planos para o futuro?
Não tenho assim um plano já a pensar a longo prazo. É servir bem o cliente e manter a casa com o conhecimento que habituou sempre os clientes a ter. É esse o segredo, é bom peixe e servir bem.
“Eu achei por bem dar continuidade ao trabalho e esforço dos meus pais durante tantos anos”
O restaurante S. Valentim, um clássico da Rua Heróis de França, em Matosinhos, mudou-se para um espaço renovado e moderno, mas sem abandonar o coração da sua essência – a grelha, que continua a ser a alma da sua ementa. O novo endereço, a poucos metros da localização anterior, apresenta-se com uma estética contemporânea dominada por tons neutros e pelo betão, trazendo um ambiente sofisticado e acolhedor.
Com mais de 18 anos de história, o S. Valentim é liderado por Valentim Santos, figura bem conhecida na área e responsável por diversos projetos gastronómicos na rua que é uma referência nacional para peixe e marisco. Após dois anos de obras, o restaurante reabriu em dezembro no nú-
mero 347, oferecendo um espaço moderno, com grandes janelas, um balcão corrido e um amplo terraço que promete ser o destaque nos dias mais quentes. Este novo terraço, com capacidade para 70 pessoas, inclui duas velas de barco para proteger os clientes do sol, criando um ambiente agradável tanto para almoços como para jantares.
Apesar das mudanças no espaço físico, a ementa mantém-se fiel à tradição. O foco continua a ser o peixe e o marisco, preparados com simplicidade e uma atenção especial à qualidade dos ingredientes. Os pratos variam consoante a época, com a sardinha a liderar nos meses em que está mais abundante. Outras opções incluem peixe-galo, garoupa, cherne, pargo e ro-
dovalho, vendidos ao quilo, e pratos como lulas grelhadas, polvo e bacalhau à lagareiro. Do tacho, destacam-se a açorda de camarão e o arroz de camarão ou tamboril. Para quem prefere começar com algo leve, há pataniscas, amêijoas à Bulhão Pato, mexilhões ao vapor ou sapateira. Entre as sobremesas, o leite-creme é uma escolha obrigatória, mas o doce da casa, a pêra bêbeda e o pudim caseiro também são opções populares.
O S. Valentim está aberto todos os dias, das 12h às 15h e das 19h às 22h, continuando a ser um ponto de referência em Matosinhos para quem aprecia boa comida e um ambiente renovado, mas com a mesma alma que fez desta casa uma das preferidas da região.
Fundado em 1984, o Restaurante O Gaveto enquadra-se na tradição gastronómica da cidade de Matosinhos, conhecida pela sua ligação ao peixe fresco e marisco. Alia a frescura dos produtos ao saber da confeção tradicional e a um serviço sempre próximo e cuidado.
Há sítios que nascem de um plano bem traçado, com contas feitas e intenções organizadas. E depois há outros que nascem como nascem as marés de forma imprevisível, com força tranquila, mas capaz de mudar paisagens. Foi assim que nasceu O Gaveto. Manuel Pinheiro não procurava um restaurante. Procurava peixe. Era cliente habitual do mercado de Matosinhos, onde ia escolher, com olho treinado e passo certo, o que de melhor o mar deixava chegar às bancas. Tinha já um restaurante no Porto, o Ribeiro, e a rotina estava bem montada. Até ao dia em que alguém, entre uma conversa e outra, lhe falou de um espaço ali perto, prestes a fechar portas. “Veja aquilo”, disseram-lhe. E ele foi ver.
O que encontrou? Um lugar com dívidas, sim. Mas também com uma localização invejável, com potencial por explorar e, acima de tudo, com um cheiro a promessa. Não tardou muito: assumiu o espaço, limpou o passado e recomeçou do zero. Era julho de 1984. O nome veio logo - O Gaveto e a aposta foi clara: peixe fresco, marisco da costa e pratos com sabor a casa.
Nessa altura, Matosinhos era outra. Havia menos luzes, mais barcos, mais cheiro a sal. As conservas ainda faziam parte da rotina da cidade, e os restaurantes eram poucos, quase todos voltados para quem vivia do mar.
Mas o tempo foi passando, e O Gaveto foi crescendo com ele.
Vieram mais clientes, mais pratos, mais histórias. Vieram noites longas, em que o restaurante só fechava depois das duas da manhã, porque o cinema acabava tarde e os petiscos esperavam. Vieram fins de semana cheios, filas à porta, e aquela sensação de que ali se comia diferente — porque se cozinhava com tempo.
Vieram também os filhos. João Carlos e José Manuel, que cresceram entre tachos e conversas de mesa, e que hoje levam a casa nas mãos com o mesmo cuidado do pai. O mundo mudou, os hábitos mudaram, mas há coisas que aqui continuam iguais: o arroz de marisco a sair no ponto, o peixe grelhado como manda a tradição, o lavagante tratado com respeito.
Matosinhos transformou-se. Já não é só cidade de pescadores — é terra de chefs, de menus elaborados e de restaurantes alinhados em cada rua. Mas no meio de tanta oferta, O Gaveto continua a ser o que sempre foi: um sítio onde se come bem, sem truques, sem pressas, sem invenções desnecessárias. É por isso que tantos lá voltam. Gente conhecida e gente anónima. Desde arquitetos premiados a jogadores de futebol, passando por famílias inteiras que ali celebram tudo, desde aniversários a domingos normais.
E há também quem vá só pelo vinho, porque a carta cresceu e a amizade com produtores como a família Niepoort ajudou a dar-lhe outra dimensão.
Recentemente, o espaço renovou-se. Reformularam-se salas, criaram-se zonas para grupos, deu-se nova vida às paredes. Mas quem lá entra continua a sentir o mesmo calor, a mesma simplicidade, o mesmo cuidado em cada gesto.
Não é um restaurante com estrelas ao peito, mas é daqueles que deixa marca. Porque aqui não se trata apenas de comer. Trata-se de lembrar o que é comer bem: com tempo, com sabor, com memória. Num prato fumegante que cheira a mar e sabe a infância, a domingo, a gente feliz à volta de uma mesa. O Gaveto não é uma moda. É uma casa. Daquelas que se constroem devagar, com trabalho, dedicação e muito amor ao que se faz.
E é por isso que, tantos anos depois, continua ali - firme, discreto e verdadeiro, como o mar que o inspira.
No coração de Leça da Palmeira, onde o mar encontra a tradição, nasceu um projeto que é muito mais do que uma garrafeira: é um convite para viajar através dos sentidos. A Passaporte do Vinho é o sonho de duas irmãs, Deolinda e Cristina, que transformaram as suas experiências de vida num espaço acolhedor onde cada garrafa conta uma história.
A paixão pelo vinho corre-lhes nas veias. Desde pequenas, ouviram os avós contar histórias da vinha, do comércio e das tradições que, geração após geração, moldaram o seu olhar para o mundo. Mas antes de chegarem aqui, trilharam caminhos distintos: Deolinda ligada à construção, Cristina às viagens. Até que um dia, os destinos cruzaram-se e decidiram abrir juntas um espaço especial, onde cada garrafa é mais do que uma bebida—é uma passagem para uma nova experiência. No início, não foi fácil. Em outubro, a decisão foi tomada. Em novembro, o sonho começou a ganhar forma. O espaço foi criado com dedicação, pensado ao detalhe, com tempo contado e mãos à obra. No meio da azáfama, a inauguração chegou num piscar de olhos. E desde então, o objetivo é o mesmo: receber
cada cliente como se fosse um amigo, guiá-lo por uma viagem de sabores, descobrir juntos o vinho perfeito para cada ocasião. Aqui, há vinhos para todos os gostos. Das colinas do Douro aos planaltos do Dão, das vinhas douradas do Alentejo às frescas encostas do Minho. Há rótulos escolhidos a dedo, vinhos que não se encontram nas prateleiras dos supermercados, vinhos que falam da terra onde nasceram. Há também sabores para acompanhar—queijos, enchidos, azeites, chocolates—pequenos tesouros gastronómicos que elevam cada prova a um momento único.
Mas a Passaporte do Vinho não é apenas um espaço de compra. É um local de descoberta. Quem entra, não leva apenas uma garrafa, leva histórias, recomendações, experiências.
E há sempre algo novo: provas temáticas, encontros especiais, momentos que ligam pessoas através do prazer de degustar. E assim, com cada cliente que passa pela porta, com cada taça servida, com cada vinho partilhado, o sonho das duas irmãs continua a crescer. Porque na Passaporte do Vinho, cada garrafa é um convite para uma viagem. Basta carimbar o passaporte e partir à descoberta.
“Este é o passaporte para viagemumade sabores.”
PASSAPORTE DO VINHO DEOLINDA E CRISTINA ALVES
Paulo Gomes é um renomado pianista, compositor e formador, com uma carreira consolidada no panorama do jazz em Portugal e internacionalmente. Detém o Mestrado em Interpretação Artística – Piano Jazz e o Mestrado em Ensino do Jazz, ambos pela Escola Superior de Música do Porto, em colaboração com a Escola Superior de Educação do Porto. Como pianista e compositor, Paulo Gomes teve o privilégio de atuar em palcos e estúdios de gravação com artistas de renome como Sheilla Jordan, David Murray, Chris Cheek, Eric Vloeimans, Jullian Arguelles, Henry Lowther, Peter King, Montez Coleman, Herb Geller, Rolf Delfos, David Chamberlain e Zé Eduardo. Também colaborou com importantes formações como a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra Clássica do Algarve. Compôs música original para diversas destas formações, destacando-se o trabalho inspirado na obra de grandes poetas portugueses, registado em dois CDs em parceria com a cantora Fátima Serro, e a criação de repertório para a European Movement Jazz Orchestra (EMJO) e a Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM).
Desde o início dos anos 90, participou em diversos festivais de jazz em Portugal, Espanha, Alemanha, Bélgica, Holanda, França e Suíça, consolidando a sua presença no circuito internacional. Como formador, tem sido uma referência no ensino do piano, harmonia, improvisação e combo, tendo contribuído para a formação de várias gerações de músicos de jazz em Portugal. Realizou cursos e seminários em várias escolas oficiais e privadas, tanto no continente como nas ilhas, bem como em Espanha e França. Desde 2012, é professor de Piano Jazz e Improvisação no Conservatório de Música do Porto.
Álvaro Azevedo nasceu em Matosinhos a 2 de julho de 1950 e tem uma vida dedicada à música. Em 1967 foi um dos fundadores e baterista da banda Pop Five Music Incorporated. Anos mais tarde, em 1974, pertenceu à banda Arte & Ofício. Em 1980 fez parte do grupo musical Trabalhadores do Comércio, autor de êxitos como “Page One”, editado em vários países, e “Chamem a polícia”, à época considerada a música mais conhecida do país.
Atualmente continua a sua atividade profissional paralelamente com a musicoterapia que exerce na ALADI – Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual, na Junta de Freguesia de Matosinhos-Leça, no GAM - Grupos de Ajuda Mútua de sobreviventes de AVC, entre outras instituições espalhadas pelo país. É convidado para inúmero congressos como orador, onde aborda esta neurociência.
António Quadrado, nasceu a 26 de maio de 1961, em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda e é Comissário no Estabelecimento Prisional Vale do Sousa. Com 26 anos, ao serviço do exército em Santa Margarida, surgiu a oportunidade de concorrer para Guarda Prisional. Apesar de não sonhar com esta profissão, a necessidade e a vontade de se tornar independente falaram mais alto e iniciou a sua carreira no Estabelecimento Prisional de Sintra, onde esteve apenas alguns meses, tendo sido transferido para Lisboa, durante um mês. Passados dois anos em Paços de Ferreira, esteve vinte anos no Estabelecimento Prisional do Porto. Depois de ter subido na carreira, o Comissário Quadrado voltou a ser transferido para Paços de Ferreira e mais tarde para o Estabelecimento Prisional Vale do Sousa onde permanece até aos dias de hoje. Passou por variados estabelecimentos prisionais durante a sua carreira, mas foi no Porto que António Quadrado se sentiu em casa destacando a evolução a nível profissional, a equipa dinâmica e disponível trabalhando sempre em prol do serviço público. A formação é a base do seu serviço que considera ser bastante necessária na prática das suas funções. Rigoroso, exigente e justo são as palavras que melhor descrevem o Comissário António Quadrado.
Comissário Joaquim Canário, nasceu a 12 de julho de 1962, na freguesia de Gondar, Guimarães e aos seis anos de idade mudou-se para Braga.Foi aos 23 anos, em 1985, que Joaquim ruma a Lisboa depois de se candidatar à Polícia numa brincadeira com o seu grupo de amigos. Em 1990 concorreu a Sub-Chefe e foi colocado no Divisão de Matosinhos, na Esquadra de Águas Santas, onde ficou dez anos como 2º Sub-Chefe. Em 1999, Joaquim Canário concorre a Chefe de Esquadra onde foi aprovado e colocado na Esquadra de Matosinhos tendo permanecido até julho de 2008. Nesse mesmo ano, as freguesias de Guifões, Custóias e Leça do Balio passam para o comando da PSP e é Joaquim Canário quem vai abrir a Esquadra de Custóias, construindo de raiz uma equipa coesa e firme. Em 2010 regressou a Águas Santas e em 2014 foi colocado na Esquadra de Ermesinde.Corria o ano de 2018 que Joaquim Canário, com 56 anos, é promovido a Comissário e volta à Esquadra de Matosinhos, integrando o Comando da Divisão e sendo Chefe da Área de Operações até abril de 2022, ano em que recebe o convite para ser Adjunto do Comandante da Divisão de Matosinhos, função que desempenha até aos dias de hoje. O percurso do Comissário Canário é longo, com diversas funções desempenhadas na sua carreira mas, de todas, o Comissário destaca a função de Comandante de Esquadra que lhe permitiu estar próximo da comunidade e da equipa, tornando a sua função mais gratificante.