DESENVOLVIMENTO REGIONAL
NACIONAL
As verbas do PRR ou são utilizadas pelas empresas ou serão perdidas É altura de as empresas portuguesas se “concentrarem no Plano de Recuperação e Resiliência, de o estudarem, de prepararem as candidaturas, porque vamos ter pouquíssimo tempo para o executar”, disse o Primeiro-Ministro António Costa na inauguração da feira de mobiliário e decoração Capital do Móvel, em Lisboa. Aa verbas do PRR para capitalização, inovação, qualificação profissional, centros tecnológicos, no valor de 3900 milhões de euros, “ou são utilizadas pelas empresas ou serão perdidas”, afirmou, acrescentando que “é tempo de nos concentrarmos na realidade do Plano, para modernizar as empresas, melhorar as qualificações dos seus recursos humanos, a capacidade de inovação industrial e de internacionalização e exportação”. O Primeiro-Ministro disse também que “temos a obrigação de ir mais além do que teríamos ido sem pandemia, aproveitando esta oportunidade, este trampolim, para darmos um salto em frente, chegando a 2026 melhor do que chegaríamos sem este plano”. António Costa referiu que a indústria do mobiliário “é fundamental para a base económica do País” e o seu crescimento, como o de todos os setores, foi interrompido pela pandemia. Porém, como “estamos a chegar a uma fase avançada do processo de vacinação e podemos olhar com outra confiança para a capacidade de controlarmos a pandemia, é altura de nos focarmos na recuperação económica e social do País”. IR MAIS ALÉM “A recuperação não é voltar ao ponto em que estávamos em 2019. Isto significa que temos de recuperar o que perdemos, e ir mais além. Temos a obrigação de ir mais além porque a União Europeia, desta vez, compreendeu que a resposta a esta crise não podia ser idêntica
26
RIBATEJO
Primeiro-Ministro António Costa conversa com empresários na da feira de mobiliário e decoração Capital do Móvel, Lisboa, 26 maio 2021 (foto: António Cotrim/Lusa) à de há 10 anos atrás, e criou o Plano de Recuperação e Resiliência, que é uma resposta extraordinária e que acresce ao conjunto dos recursos que, de sete em sete anos, são disponibilizados, agora no Portugal 2020 e a seguir no Portugal 2030”, disse. No Portugal 2020, o programa Compete disponibilizou às empresas 4700 milhões de euros, e o Portugal 2030 vai disponibilizar às empresas cerca de 5 mil milhões de euros, disse. O PRR, com “uma verba que quase duplica” o “que temos para investir nos próximos 10 anos», concentra-se «num curtíssimo período. Todos os compromissos têm de ser assumidos até final de 2023 e todos os cêntimos têm de ser gastos até final de 2026”, disse. O Primeiro-Ministro afirmou que “o PRR mobiliza, para as empresas, apoios
JUNHO 2021
em áreas fundamentais para o seu futuro”, para investirem em “aumentar o seu potencial de crescimento”. CAPITALIZAÇÃO E INOVAÇÃO Em primeiro lugar, apoios para a capitalização, com 1550 milhões de euros. “Sabemos que o grosso das nossas empresas são pequenas e médias” “como em Paços de Ferreira” -, e se as “queremos cada vez mais inovadoras e internacionalizadas, temos de aumentar a sua robustez financeira”. “Muitas destas empresas têm e terão uma base familiar e as famílias querem manter o seu controlo sobre elas”, sendo o Banco de Fomento um “instrumento fundamental para as empresas aumentarem o seu capital mantendo os seus sócios o controlo dessas empresas”, disse. Em segundo lugar - “a indústria do
www.nersant.pt