revista popular | edição 1

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cadeiras brasileiras Para compreender o panorama histórico sobre o mobiliário nacional entre os séculos XX e XXI, foi preciso transitar por duas escalas distintas, porém indissociáveis. A primeira delas abordando a escala arquitetônica, portanto mais abrangente, e posteriormente a escala do mobiliário, objeto de estudo deste texto. Partindo de questionamentos apontados por grupos intelectuais com ideais modernistas na década de 1920 referentes ao ecletismo (linguagem de herança européia estabelecida no Brasil até o final do século XIX), constatou-se a falta de diálogo entre os elementos concebidos naquela época diante dos aspectos nacionais, surgindo uma urgente aspiração por novas formas de apreensão e de expressão para uma produção cultural e intelectual mais adequada à condição brasileira, como uma manifestação de modernidade, desenvolvendo-se através de elementos locais a fim de estabelecer uma conformidade nacional. Isso marcou a estréia da participação brasileira em projetos modernistas, desde saraus à exposições artísticas, envolvendo personalidades como Mário de Andrade, Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, que posteriormente resultaram-se no movimento moderno brasileiro, que teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna de 1922. “A força motriz da modernização da cultura brasileira e a abertura definitiva do país para o século XX, no âmbito das artes, foi, sem dúvida, a realização da Semana de Arte Moderna , em São Paulo.” (LOSCHIAVO, 2017, p.33).

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