leitura urbana_pavilhão como abrigo: ensaio projetual para uma casa da arquitetura moderna brasileira na cidade de são paulo_
Através desta linha do tempo, é possível notar a alta concentração de espaços públicos e edificações significativas. Este fator reforça a escolha do lote nesta região para a implementação da proposta de intervenção.
O Plano Diretor de 2014 prevê a implementação de polos de economia criativa nos distritos da Sé e da República, com instituições voltadas para atividades destinadas à arquitetura, web design e agências de publicidade.
O lote que acomodará a intervenção se localiza na Subprefeitura da Sé, no Distrito da República e ao lado da Escola da Cidade, na Rua General Jardim Ele encontra-se numa Zona de Centralidade (Mapa 1), portanto trata-se de uma região fora da Zona de Eixo de Transformação, e pretende abranger atividades em nível regional
É possível notar a proximidade de estações de metrô (Mapa 2) em relação ao lote, que é circundado majoritariamente por vias coletoras.
A região que possui a maior abrangência de cobertura vegetal (Mapa 3) próxima ao lote, é a da Praça da República.
Os usos predominantes da envoltória (Mapa 4) do lote são os comerciais e de serviços, juntamente com os edifícios de uso mistos. Além disso, existe uma grande concentração de edifícios tombados (Mapa 5) nesta região, que promove a valorização cultural e incentiva a permanência das pessoas.
O Plano Regional da Subprefeitura da Sé, que abrange o distrito da República, prevê algumas diretrizes para a manutenção do Centro Velho (República e Sé), sendo elas: requalificação de vias e calçadas, fiscalização de equipamentos públicos e adoção de comunicação visual
_leitura urbana_Maria Victória Dorilêo AN9AU_ _docentes_Ivanir Abreu_Giovanni Di Prete_ Praça da República Zoneamento Edifício Itália Novo Viaduto do Chá Classificação Viária / Cheios e Vazios / Mobilidade Edifício
Cobertura Vegetal e Topografia
Recorte para Intervenção Edifício Sede IAB-SP Usos Predominantes Bens Tombados *Mapas elaborados pela autora através de dados do Geosampa Edifício Copan 1889 1960 1938 1938 2017 1946 1952 passado presente futuro _município_são paulo _subprefeitura_sé _distrito_república metrô resid. vertical bens tombados edificações Fonte: Gestão Urbana SP comércio/serviços zona de centralidade cheios uso misto s/predominâncias zona especial de ineresse social cobertura vegetal corredor de ônibus curva mestra vias
Esther
Sesc 24 de Maio
1 5 2 3 4
tema de projeto_pavilhão como abrigo: ensaio projetual para uma casa da arquitetura moderna brasileira na cidade de são paulo_
_palavras_chave_
_pa.vi.lhão - construção leve, ger. feita com rapidez, para servir de abrigo; _a.bri.go - local que serve para abrigar; _ca.sa - lugar destinado a encontros, a reuniões ou à moradia de certas categorias de pessoas, cujos interesses, origens e cultura por vezes representa ou expressa; _ar.qui.te.tu.ra - conjunto das obras arquitetônicas executadas em determinado contexto histórico, social ou geográfico; mo.der.na - Que pertence ou é relativo a um dos movimentos artísticos e literários heterogéneos surgidos no final do século XIX e início do século XX, que defendiam modelos baseados na reacção contra as correntes tradicionais; _a.cer.vo - conjunto de bens que integram o patrimônio de um indivíduo, de uma instituição, de uma nação.
_arquitetura (moderna) brasileira_
_“A arquitetura brasileira é uma linha horizontal levantada do chão, afirmação simples e delicada de esperança no futuro, força irresistível de dissolução do passado pobre e oprimido, fundação da pátria, abstrata, metafísica.”_ (COSTA, 2018)
_“A “trama narrativa” da chamada “arquitetura moderna brasileira”, inaugurada com a publicação do livro Brazil Builds (1943), Philip Goodwin, transformouse em discurso dominante na historiografia da arquitetura brasileira... ”_ (FREIRE, 2015)
_linha do tempo_
_pavilhões brasileiros_
_“As arquiteturas dos pavilhões brasileiros e suas respectivas análises formais, funcionais e construtivas efetivadas dentro do espectro arquitetônico singular de cada proposta demonstratarm infinitas modalidades no campo das arquiteturas efêmeras.”_ (DANTAS, 2010)
_“Para isso, olha para o passado, buscando reconhecer em pavilhões brasileiros de exposições anteriores possíveis relações arquitetônicas no que concerne à criação de uma certa identidade brasileira na arte e na arquitetura...”_ (ROCHA, 2018)
1922
_acervos de arquitetura_
_ “Acervos de arquitetura são testemunhos de ideias e de práticas de trabalho que constituem importantes documentos para os estudos da arquitetura, da cidade, das artes, das técnicas, das profissões e de suas relações com a sociedade.”_ (IABsp, 2020)
_” Aumentam, no período recente, as iniciativas relativas à recuperação de acervos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil. Num âmbito mais geral, essa preocupação culmina com a criação, em 2006, da Câmara Setorial de Arquivos de Arquitetura, Engenharia e Urbanismo, no âmbito do CONARQ- Conselho Nacional de Arquivos”_ (DOCOMOMO, 2015)
1939 2021
1970
Exposição no Rio de Janeiro (centenário da independência)
Exposição em Nova Iorque (Oscar Niemeyer e Lúcio Costa)
Exposição em Osaka (Paulo Mendes da Rocha) Exposição em Dubai _pavilhões brasileiros em exposições internacionais
“É necessária a construção imediata de uma política de incentivo e valorização de acervos de arquitetura e urbanismo no país Tais acervos são essenciais à investigação em fontes primárias, procedimento metodológico imprescindível para o desenvolvimento de leituras sobre a história da arquitetura brasileira.”
_município_são paulo _subprefeitura_pinheiros _bairro_higienópolis
(IABsp, 2020)
_” [...] Atualmente o acervo é composto de mais de 400.000 desenhos de arquitetura, planejamento urbano, paisagismo e design distribuídos em mais de 40 coleções
(FAU-USP, 2019)
_”Grandes joias da arquitetura moderna paulista estão construídas no bairro Higienópolis em São Paulo”_
(Archdaily, 2019)
1. _FAU-Maranhão (Vila Penteado)_
2. _Edifício Laussanne_
3. _Centro Universitário Maria Antônia_
4. _Edifício Prudência_
5. _Edifício Abaeté_
6. _Escola Estadual Professora Marina Cintra_
7. _ Casa Modernista da Rua Itápolis_
8. _Edifício Louveira_
9. _Edifício Bretagne_
10. _Edifício São Vicente de Paula_
em: 2021-09-12. FREIRE, Adriana Leal de Almeida. Recepção e difusão da arquitetura moderna brasileira: uma abordagem historiográfica. 2015. Tese (Doutorado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) - Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2015. doi:10.11606/T.102.2016.tde-08032016-095843. Acesso em: 2021-09-13. JUNQUEIRA, Luiz Eduardo Vasconcellos. Os anexos da FAU-USP: do ateliê da Vila Penteado ao concurso de 1989. 2016. Dissertação (Mestrado em Projeto de Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. doi:10.11606/D.16.2017.tde-16022017-113309.
_01 casa da arquitetura
_local_ Matosinhos, Portugal _autoria_ Guilherme Machado Vaz _ano_ 2017 _justificativa_ a casa da arquitetura é uma das únicas instituições que concebeu um acervo expositivo exclusivamente destinado à arquitetura em Portugal, servindo assim em toda a sua conjuntura como um exemplo possível a ser implementado na cidade de São Paulo.
_02 antigo ateliê da fau-maranhão
_local_ São Paulo, Brasil _autoria_ Ernst R. Carvalho _ano_ 1956 _justificativa_o antigo ateliê da fau-maranhão se aplica como referência devido ao local em que estava implantado, ao meu ver, estratégico e coerente com a temática deste trabalho.
_03 ims paulista
_local_ São Paulo, Brasil _autoria_ Andrade Morettin _ano_ 2017 _justificativa_o instituto moreira salles é uma espécie de pavilhão vertical, que abriga e recebe notáveis exposições e acervos fotográficos, e portanto, se aplica como referência se tratando de tipologia arquitetônica.
”_
_referências_ DANTAS, André Dias. Os pavilhões brasileiros nas exposições internacionais. 2010. Dissertação (Mestrado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. doi:10.11606/D.16.2010.tde-15062010-102841. Acesso
Acesso em: 2021-09-14. ROCHA, Carmela Medero. Arquitetura de pavilhões expositivos nacionais: um estudo sobre a EXPO 2015. 2018. Dissertação (Mestrado em Projeto de Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018. doi:10.11606/D.16.2018.tde-23102018-152337. Acesso em: 2021-09-13. VALENTIM, Fábio (org.). Um guia de arquitetura de São Paulo: doze percursos e cento e vinte e quatro projetos. São Pauo: Escola da Cidade, 2019. 450 p. WISNIK, Guilherme. et al. Infinito Vão. Portugal: Casa da Arquitectura, 2019.
pelo autor _mapa mental_Maria Victória Dorilêo AN9AU_ _docentes_Ivanir Abreu_Giovanni Di Prete_
Fonte: Elaborado
_arquitetura (moderna) brasileira_
_“A arquitetura brasileira é uma linha horizontal levantada do chão, afirmação simples e delicada de esperança no futuro, força irresistível de dissolução do passado pobre e oprimido, fundação da pátria, abstrata, metafísica.”_ (COSTA, 2018)
_brasilidade_
“A nação, dessa maneira, e, no caso brasileiro, a brasilidade como dispositivo do pertencimento nacional está erguida sobre dois pilares fundamentais: (a) a nação como objeto diário do uso comum - vida cotidiana, rotinas, trabalhos, festividades, etc. - e (b) o pertencimento nacional como a narrativa que reforça, enquanto imaginário, os ordenamentos e classificações que produzem o dia-a-dia - símbolos, imaterialidade da experiência da brasilidade.” (SANTOS, 2012, p. 04)
_acervos de arquitetura_
Acervos de arquitetura são testemunhos de ideias e de práticas de trabalho que constituem importantes documentos para os estudos da arquitetura, da cidade, das artes, das técnicas, das profissões e de suas relações com a sociedade.”_ (IABsp, 2020, n.p.)
Núcleo Rígido com escada de emergência, elevadores e banheiros.
Lajes e pilares em concreto e vigas de aço.
Elemento de fachada (não definido) para proteger a fachada norte.
FruiçãoPúblicanotérreo.
A escolha deste local se justifica por se situar em uma regíão próxima a importantes ícones tombados e escritórios/escolas de arquitetura, a exemplo do IABsp, Escola da Cidade, entre outros. Além disso, a legislação incidente nesta região prevê equipamentos de uso cultural e possui uma boa condição de acesso, estando no centro de São Paulo e próxima do metrô República. Este projeto possui a intenção de preservar e expor arcervos de arquitetura, principalmente da cidade de São Paulo, a fim de difundir conhecimentos a população geral e a valorização destes acervos, tão importantes.
corte transversal
Instituto Moreira Salles
Casa da Arquitectura
Abertura de vista para o grafite da empena e possibilidade de fruição pública
planta pav. térreo
diagrama conceitual da distribuição do programa
01
02
03
de
Paulo midiateca/auditório administração acervo área expositiva área expositiva plantas corte transversal orquestra jazz área expositiva multiuso lojas acervo
Museu de Arte
São
Distrito República, Subprefeitura da Sé. Bens Tombados bens tombados edificações Classificação Viária / Cheios e Vazios / Mobilidade metrô cheios corredor de ônibus vias Zoneamento zona de centralidade zona especial de ineresse social Usos Predominantes resid. vertical comércio/serviços uso misto s/predominâncias Fonte: Gestão Urbana SP Rua Bento Freitas Corte BB’ Corte AA’ Planta Pavimento-Tipo 0 37 0 0 12 12 Implantação + Térreo 6º Pav: abrigo de acervo não exposto 1º Pav: recepção, loja, administração Térreo: praça, café, fruição pública 2º Pav: exposição + apoio 3º Pav: exposição + apoio 4º Pav: praça elevada/espaço multiuso 5º Pav: oficina de manutenção de acervo + salas 0 12