6º Prêmio {CURA} | 167928

Page 1

NA SELVA DAS CIDADES OU OFICINA DE FLORESTAS

SÃO PAULO, SP

Nº 167928

BIXIGA

TEATRO OFICINA

QUEM FOMOS? A história do Teatro Oficina 1958

1961

1966

1967

1980

1982

1983

1994

2008

2010

2019

2020

Antiga Companhia os Novos Comediantes

Teatro-Sanduíche: o 1º Oficina

Incêndio

Reconstrução do 2º Oficina

O início da luta pela terra

Oficina tombado pelo Condephaat

Mutação permanente espacial: 3º Oficina

Obras do 3º Oficina concluídas

Grupo SS propõe 3 torres residenciais de 100m de altura

Teatro Oficina é tombado pelo IPHAN

Apresentação pública do projeto Parque do Rio Bixiga

A luta do Teatro Oficina x Grupo SS completa 40 anos

QUEM SOMOS? O vazio. Que de vazio não tem nada. O vazio à espera, como carga latente de alteridades possíveis, os próximos voodoos para sua próxima transmutação. A ausência presente que se manifesta como testemunha da história. A comprovação de um lugar e um elemento de luta pela terra. QUEM SEREMOS? Essa é a pergunta fundamental. Para começar a respondê-la é preciso materializar, manifestar, formalizar, tornar visível o confronto de mais de 40 anos pelo futuro das terras vizinhas do Oficina. Explicitar o implícito através das seguintes operações:

03. TEATRO OFICINA

01. Revelar o rio latente, constrangido nas entranhas da terra. 02. Convocar a floresta sem chão, como promessa de uma heterotopia. 03. Invocar a fantasmagoria da especulação imobiliária, manifestação apocalíptica da cidade-mercadoria. 04. Construir o teatro de Estádio idealizado por Lina, “uma arquitetura virando teatro, que vira urbanismo que chega na construção de uma ágora, de uma praça pública.” Trata-se de um campo de batalha no qual a floresta sem chão, símbolo do parque do Bixiga como resistência à cidademercadoria, confronta frente a frente as torres da especulação imobiliária, que se manifestam como assombrações que pairam sobre o terreiro vazio. Um momento agônico, em que dois projetos de cidade se enfrentam em uma luta pela terra, como Garga e Shilink no ringue de boxe.

0

20

01.

02. 04.

O “desejo do fora”, para utilizar as palavras de Zé Celso, é conquistado através do prolongamento da “tabuinha”, da rua Lina Bo Bardi, da passarela do Oficina, que extravasa o beco, desce as escadas ao fundo e encosta na terra, fecundando o solo do Bixiga. A rua, então, vira à esquerda em direção ao rio, sobre o qual termina em um largo, conformando a passarela e o palco do nô japonês. “Simplicidade e clareza”, como pretendeu Lina.

MÓDULO ESTRUTURAL - estrutura metálica desmontável: 2.50 x 2.50 x 2.50 m - lastros com barris de aço inox - tirantes penduram a árvore

SAMBAQUI Sambaquis são depósitos construídos pelos povos indígenas e compostos por várias camadas de areia, terra, entre outros elementos e artefatos, fundamentais para seus ritos e costumes. O Sambaqui no terreiro do Oficina é representado por uma montanha de entulho, constituído por resíduos da especulação imobiliária. Com ele, transforma-se o tabu em totem.

“Oficina passado a zero. Marco zero. MERDA”

Teatro de Arena Floresta sem chão

Córrego do Bixiga

Elevado Costa e Silva (Minhocão)

0

50


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.