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GP da República Checa

Brad Binder estreia KTM

nas vitórias e Oliveira supera-se

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Após as duas provas em Espanha, os Mundiais MotoGP deram mais um passo no desconfinamento, rumando ao já tradicional circuito de Brno para o GP da República Checa – e com uma baixa importante na categoria rainha. A vitória, essa, foi uma estreia absoluta de Brad Binder e da KTM.

A terceira ronda da temporada do Mundial de MotoGP – quarta para o Moto2 e para o Moto3 – levou o paddock até Brno, na República Checa. Depois do início em Espanha, havia um novo desafio, com temperaturas mais baixas e uma pista muito diferente, naquela que foi, de facto, uma das poucas provas nas datas originalmente programadas. No Mundial de Moto3, o líder Albert Arenas (Aspar Team/KTM) procurava o regresso aos bons resultados depois do abandono no GP da Andaluzia – e bem precisava de o conseguir para defender posição, uma vez que Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) tinha avançado para o segundo lugar do campeonato depois da vitória e estava a apenas seis pontos, ao passo que John McPhee (Petronas Sprinta Racing/Honda) seguia em terceiro a dez pontos. Também no Mundial de Moto2 o líder – Tetsuta Nagashima (Red Bull KTM Ajo/Kalex) chegava depois de um resultado menos conseguido e com urgência de voltar ao topo da classificação em corrida – estava apenas dois pontos à frente de Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/Kalex) e com mais cinco pontos do que Luca Marini (Sky Racing Team VR46/Kalex), que prometiam

Binder histórico com a primeira vitória da KTM.

é o circuito em que o homem da Monster Energy Yamaha venceu pela primeira vez nos campeonatos do mundo – no GP da República Checa de 1996 em 125cc. Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech3) queria confirmar as boas indicações deixadas com o quinto lugar na qualificação do GP da Andaluzia com um resultado positivo em corrida – que não teve a chance de somar em Jerez ao ser abalroado logo na primeira curva. Por seu turno, Marc Márquez (Repsol Honda) teve de falhar a prova – uma segunda cirurgia ao úmero fraturado obrigou-o a tomar essa decisão, jogando pelo seguro com vista a um regresso posterior (ver caixa). Na antevisão ao GP da República Checa, Oliveira deixou bem claras as suas ambições de redenção depois do sucedido em Jerez: ‘Estou obviamente muito entusiasmado por voltar a competir em tão pouco tempo. Depois do resultado que tivemos na segunda corrida sinto que chegou a hora de nos redimirmos e estou ansioso por pilotarmos em Brno, que é uma pista de que gosto. No ano passado também tive boas sensações lá e pontuámos. Sinto que é uma pista boa para nós e serão três boas rondas seguidas que vamos ter, creio que se adequam bem à nossa moto. Estou ansioso por começar com um bom resultado e por dar à equipa o que devíamos ter dado no domingo anterior’, confidenciou. Já o líder do campeonato, Quartararo, deu conta de expectativas em alta: ‘Brno é uma pista de que gosto muito. Sabemos com base no ano passado que podemos velozes lá e que temos o desempenho que é preciso mesmo que não seja em teoria o melhor local para a nossa moto. Há muitas curvas, mas a última é uma das melhores. Há que levar muita velocidade nas curvas, mas além disso preparar a linha perfeita para entrar na reta seguinte. É ótimo ir lá depois de dois triunfos e estamos de olho na luta pelo pódio. As nossas expectativas são elevadas e mal posso esperar’.

MOTO3, TREINOS LIVRES: RAÚL FERNÁNDEZ MELHOR NO FIM

O Mundial de Moto3 marcou o início do programa do GP da República Checa em pista, no dia 7 de agosto pela manhã. Ao fim das primeiras voltas lançadas o líder era Raúl Fernández (Red Bull KTM Ajo). Posteriormente, Kaito Toba (Red Bull KTM Ajo) chegou ao topo com cerca de um quarto de hora cumprido e por lá se manteve quase até ao fim. No último minuto foi superado por Albert Arenas (Aspar Team/KTM) e Gabriel Rodrigo. O argentino da Kömmerling Gresini levou mesmo a sua Honda ao melhor tempo – 2m08,612s. Toba voltou a segundo, ficando a 0,106s, enquanto Arenas caiu para sétimo. Horas depois teve lugar o FP2, em que John McPhee (Petronas Sprinta Racing/Honda) liderou depois das primeiras voltas cronometradas. Cerca de dez minutos volvidos, Raúl Fernández assumiu o comando para nunca mais o largar – melhorando a sua marca nos instantes finais para bater Jaume Masiá (Leopard Racing/Honda) por 0,267s. Fenati foi terceiro. Terminada sexta-feira, Rodrigo liderava a tabela combinada acima de Toba por 0,108s e Raúl Fernández era terceiro

ser ossos duros de roer. Jesko Raffin, ainda a braços com os problemas de saúde que o afetaram na segunda prova de Jerez, teve de falhar esta ronda. Para o seu lugar, a NTS RW Racing GP promoveu o regresso esporádico de Dominique Aegerter ao pelotão. Quanto ao Mundial de MotoGP, chegou a Brno com Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT) a liderar destacado depois de dois triunfos em duas provas. Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha) seguia em segundo a dez pontos e Andrea Dovizioso (Ducati) em terceiro a 24 pontos. Valentino Rossi procurava o seu pódio número 200 na classe rainha naquele que

MARC MÁRQUEZ DE NOVO AUSENTE, AGORA SUBSTITUÍDO POR BRADL

Em Jerez, Marc Márquez tentou estar à partida, experimentando rodar nos terceiro e quarto treino livres, só para no início da Q1 concluir que não estava capaz – dias antes fraturara o úmero direito no GP de Espanha e fora operado. A esperança era voltar na República Checa, mas uma segunda cirurgia imprevista foi necessária, para substituir a placa de titânio colocada que se danificou devido a stress. Um golpe duro nas ambições de título de Márquez, que depois de três rondas ficaria a zeros. Além disso, rumores na imprensa internacional apontaram que também perderia a ronda dupla na Áustria nas duas semanas seguintes. De todos os modos, a Repsol Honda teve de continuar em frente e elegeu o piloto de testes Stefan Bradl para o lugar de Márquez em Brno.

a 0,227s. Grande parte dos pilotos não melhorou do FP1 para o FP2. A terceira sessão, no sábado de manhã, determinaria os 14 apurados diretamente para a Q2. O primeiro líder foi Fenati, logo batido por Deniz Öncü (Red Bull KTM Tech3). Os tempos rapidamente desceram para baixo daqueles registados no dia anterior. Os japoneses Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) e Ai Ogura (Honda Team Asia) foram os primeiros a estabelecerem-se de forma mais duradoura no comando. Nos últimos esforços, Fenati chegou ao topo, só para depois ser superado por Raúl Fernández. O espanhol foi o único dos treinos a entrar no 2m07s, acabando no topo com 0,559s de avanço face a Fenati. Ogura foi terceiro. Um dos poucos Binder, Masiá e Andrea Migno (Sky Racing Team VR46/KTM). A Q2 seguiu-se, não contando com McPhee. A luta pela pole position ficou resolvida ainda na primeira metade da sessão de 15 minutos, quando na sua segunda volta Raúl Fernández estabeleceu um tempo imbatível – 2m08,372s. Gabriel Rodrigo (Kömmerling Gresini/Honda) ainda se aproximou, mas ficou a 0,211s. Suzuki, que havia liderado antes, acabou em terceiro. Arenas, o líder do campeonato, Arenas, ficou em sétimo lugar.

que não melhorou no FP3 foi Denis Foggia (Leopard Racing/Honda), mas o tempo feito no FP1 foi suficiente para ficar em 14.º - com a última vaga direta na Q2 0,008s na frente de Jason Dupasquier (CarXpert PrüstelGP/KTM).

MOTO3, QUALIFICAÇÃO: ESTREIA DE RAÚL FERNÁNDEZ NAS POLE POSITIONS

Na primeira fase de qualificação, 15 pilotos estiveram em pista a bater-se por uma das últimas quatro vagas na Q2. Darryn Binder (CIP Green Power/KTM) estava no topo depois das primeiras voltas lançadas, mas logo a seguir foi suplantado por Tony Arbolino (Rivacold Snipers/Honda). O italiano não mais foi superado. Com ele para a Q2 seguiram Darryn

CLASSIFICAÇÃO GP REPÚBLICA CHECA - MOTO3

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Dennis Foggia 2.º Albert Arenas

Leopard Racing Honda 39m06,370s Gaviota Aspar Team KTM + 0,205s

3.º Ai Ogura 4.º Niccolò Antonelli

Honda Team Asia Honda + 0,251s SIC58 Squadra Corse Honda + 0,381s

5.º John McPhee 6.º Raúl Fernández Petronas Sprinta Racing Honda + 0,509s Red Bull KTM Ajo KTM + 0,808s

7.º Jeremy Alcobá

Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 0,889s 8.º Tony Arbolino Rivacold Snipers Team Honda + 1,647s 9.º Romano Fenati Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna + 1,648s 10.º Stefano Nepa Gaviota Aspar Team KTM + 8,815s 11.º Kaito Toba Red Bull KTM Ajo KTM + 8,828s 12.º Darryn Binder CIP Green Power KTM + 8,849s 13.º Celestino Vietti Sky Racing Team VR46 KTM + 8,866s 14.º Andrea Migno Sky Racing Team VR46 KTM + 8,986s 15.º Deniz Öncü Red Bull KTM Tech 3 KTM + 9,089s 16.º Sergio García Estrella Galicia 0,0 Honda + 9,124s 17.º Ryusei Yamanaka Estrella Galicia 0,0 Honda + 9,589s 18.º Carlos Tatay Reale Avintia Moto3 KTM + 9,723s 19.º Gabriel Rodrigo Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 12,594s 20.º Ayumu Sasaki Red Bull KTM Tech 3 KTM + 12,656s 21.º Barry Baltus CarXpert PruestelGP KTM + 23,720s 22.º Khairul Idham Pawi Petronas Sprinta Racing Honda + 23,766s 23.º Jason Dupasquier CarXpert PruestelGP KTM + 31,955s 24.º Davide Pizzoli BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 36,734s 25.º Filip Salac Rivacold Snipers Team Honda + 47,046s NC Jaume Masiá Leopard Racing Honda 15 voltas NC Yuki Kunii Honda Team Asia Honda 14 voltas NC Tatsuki Suzuki SIC58 Squadra Corse Honda 9 voltas NC Alonso López Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 9 voltas NC Maximilian Kofler CIP Green Power KTM 8 voltas NC Riccardo Rossi BOE Skull Rider Facile Energy KTM 7 voltas Raúl Fernández na pole position depois de ser mais rápido também nos treinos de Moto3.

MOTO3, CORRIDA: FOGGIA JUNTA-SE AO RESTRITO GRUPO DE VENCEDORES

No domingo de manhã, Raúl Fernández deu continuidade á toada

PSP/Lukasz Swiderek

Foggia na celebração da sua primeira vitória no Moto3.

demonstrada nos treinos e qualificação com o melhor registo do warm-up 0,076s na frente de McPhee. Na corrida, Rodrigo fez um bom arranque, momento em que Arenas também esteve bem para assumir a liderança ultrapassando mesmo o argentino. Foggia juntou-se ao grupo da frente e quando se cumpria a volta seis chegou ao comando. Daí em diante imperou o italiano da Leopard. Uma corrida isenta de erros, forte nas travagens e a resistir à pressão dos rivais, Foggia conseguiu a sua primeira vitória no Mundial de Moto3. Teve de lidar até ao fim com Arenas, que terminou a apenas 0,205s, sendo o pódio completado por Ogura a 0,251s. Arbolino esteve muito tempo nas posições cimeiras, mas perdeu ímpeto e não foi além de nono no final. Depois deste seu primeiro triunfo na carreira, Foggia focou as suas declarações em agradecimentos: ‘Estou muito feliz depois desta corrida, fomos fortes e rápidos e tenho de dizer obrigado à minha equipa e a todas as pessoas a apoiarem-me. Tive

PSP/Lukasz Swiderek

uma melhor sensação com a moto e precisava mesmo deste resultado: esta é a minha primeira vitória’. Depois da quarta ronda do ano, Arenas cimentou o seu comando no Mundial de Moto3 – passando a ter 18 pontos de avanço sobre Ogura, enquanto McPhee caiu para terceiro na sequência do quinto lugar em Brno. Com a vitória, Foggia ascendeu a sexto, colocando-se a 38 pontos do topo.

MOTO2, TREINOS LIVRES: ASCENDENTE DE SAM LOWES; LÍDER DO CAMPEONATO RELEGADO À Q1

A primeira sessão de treinos livres do GP da República Checa em Brno foi empolgante, com diversas trocas de líder. O primeiro foi Fabio Di Giannantonio (MB Conveyors Speed Up), mas o primeiro a consolidar-se na frente haveria de ser Stefano Manzi (MV Agusta Forward). Porém, o melhor registo surgiu já dentro dos últimos cinco minutos. Sam Lowes (EG 0,0 Marc VDS/Kalex) chegou ao topo e não mais de lá saiu. Acabou 0,336s na frente de Roberts, sendo o líder do campeonato – Tetsuta Nagashima (Red Bull KTM Ajo/Kalex) – terceiro a 0,409s. O FP2 vespertino foi bem mais tranquilo. Marini assumiu o comando ao fim de duas voltas lançadas e só por uma vez a posição trocou de mãos, quando com quase 34 minutos decorridos Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/Kalex) o superou por 0,110s. Até ao fim, Lowes mostrou a sua velocidade e colocou-se em segundo a 0,033s de Bastianini. Terminado o dia inaugural em Brno, Lowes era o mais rápido graças ao seu registo do FP1, que lhe permitia estar 0,209s na frente de Bastianini. Os pilotos entraram em pista no sábado de manhã em Brno para atacarem o apuramento direto para a Q2, numa sessão em que era expectável uma descida substancial dos tempos. E, de facto, apenas um dos pilotos não progrediu face ao dia anterior. Durante grande parte da sessão a liderança pertenceu a Marini, mas com pouco mais de meia hora do fim Lowes chegou ao topo batendo o italiano por apenas 0,083s. Roberts deixou uma impressão da sua velocidade com o terceiro registo. Lorenzo Baldassarri (Flexbox HP 40/Kalex) ficou em 14.º com o último lugar direto na Q2 batendo Manzi por 0,062s. Nagashima viu-se relegado à Q1 com o 16.º tempo.

MOTO2, QUALIFICAÇÃO: POLE POSITION MADE IN USA – JOE ROBERTS VOLTA A BRILHAR

O dia de sábado em Brno acabou com a qualificação de Moto2. Com 16 pilotos em pista e apenas quatro vagas, a Q1 prometia ser empolgante como habitualmente. A questão da liderança ficou rapidamente decidida em favor de Di Giannantonio quando estavam decorridos menos de sete minutos. Bo Bendsneyder (NTS RW Racing GP) ficou em se-

gundo a 0,137s, depois de prevalecer o tempo que fez na sua primeira volta. Também ainda na primeira metade da sessão, Manzi rubricou o terceiro tempo e Jake Dixon (Petronas Sprinta Racing/Kalex) o quarto – último de apuramento, 0,086s na frente de Nicolò Bulega (Federal Oil Gresini/Kalex). Nagashima ficou relegado ao 21.º posto à partida. Na Q2, houve um homem que se destacou. Desde o início do treino só não liderou durante menos de dois minutos, quando depois da sua primeira volta lançada foi batido por Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/Kalex), reagindo no imediato com o tempo que lhe valeu a pole position – 2m01,692s. Lowes ainda chegou a segundo, ficando a 0,130s, enquanto Bastianini quedou-se em terceiro ao não conseguir mais melhorar.

MOTO2, CORRIDA: BASTIANINI CONTROLOU E DOMINOU RUMO AO TRIUNFO

Na manhã de domingo, Lowes voltou a mostrar velocidade no warm-up, batendo Marco Bezzecchi (Sky Racing Team VR46/Kalex) por 0,023s – numa sessão em que o top quatro ficou separado por apenas 0,070s. Horas depois teve lugar a corrida. Bastianini partiu melhor para assumir o comando, com Lowes e Roberts na perseguição. Na frente, o italiano conseguiu distanciar-se na fase inicial, enquanto mais atrás havia luta em grupos. Ao longo da prova, foi uma constante o top três formado por Bastianini, Lowes e Roberts. Este trio acabou por chegar tranquilamente na frente dos demais. Bastianini nunca cedeu e cortou a meta 0,423s na frente de Lowes para

CLASSIFICAÇÃO GP REPÚBLICA CHECA - MOTO2

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Enea Bastianini 2.º Sam Lowes Italtrans Racing Team Kalex 39m13,926s

EG 0,0 Marc VDS Kalex + 0,423s

3.º Joe Roberts 4.º Luca Marini 5.º Augusto Fernández 6.º Marco Bezzecchi 7.º Jorge Navarro Tennor American Racing Kalex + 5,948s

Sky Racing Team VR46 Kalex + 8,797s

EG 0,0 Marc VDS Kalex + 9,392s

Sky Racing Team VR46 Kalex + 10,306s MB Conveyors Speed Up Speed Up + 10,575s

8.º Jorge Martín 9.º Hafizh Syahrin

Red Bull KTM Ajo Kalex + 11,366s Openbank Aspar Team Speed Up + 12,875s 10.º Arón Canet Openbank Aspar Team Speed Up + 14,266s 11.º Tetsuta Nagashima Red Bull KTM Ajo Kalex + 15,378s 12.º Xavi Vierge Petronas Sprinta Racing Kalex + 19,031s 13.º Remy Gardner Onexox TKKR SAG Team Kalex + 19,282s 14.º Nicolò Bulega Federal Oil Gresini Moto2 Kalex + 19,598s 15.º Marcel Schrötter Liqui Moly Intact GP Kalex + 19,638s 16.º Fabio Di Giannantonio MB Conveyors Speed Up Speed Up + 22,245s 17.º Tom Lüthi Liqui Moly Intact GP Kalex + 24,406s 18.º Bo Bendsneyder NTS RW Racing GP NTS + 25,065s 19.º Marcos Ramírez Tennor American Racing Kalex + 25,170s 20.º Edgar Pons Federal Oil Gresini Moto2 Kalex + 26,727s 21.º Dominique Aegerter NTS RW Racing GP NTS + 27,004s 22.º Lorenzo Baldassarri Flexbox HP 40 Kalex + 29,986s 23.º Somkiat Chantra IDEMITSU Honda Team Asia Kalex + 36,034s 24.º Lorenzo Dalla Porta Italtrans Racing Team Kalex + 36,411s 25.º Andi Farid Izdihar IDEMITSU Honda Team Asia Kalex + 45,780s NC Stefano Manzi MV Agusta Forward Racing MV Agusta 11 voltas NC Jake Dixon Petronas Sprinta Racing Kalex 10 voltas NC Héctor Garzó Flexbox HP 40 Kalex 5 voltas NC Kasma Daniel Onexox TKKR SAG Team Kalex 3 voltas

PSP/Lukasz Swiderek

Nova pole position de Joe Roberts.

vencer pela segunda vez seguida. O britânico, por seu turno, rubricou o regresso aos pódios. Roberts ficou para trás, acabando num solitário terceiro posto a 5,525s do vencedor. Marini e Augusto Fernández (EG 0,0 Marc VDS/Kalex) fecharam o top cinco. Nagashima só conseguiu recuperar até 11.º. Depois da corrida, Bastianini comentou numa nota publicada pela equipa nas redes sociais: ‘Que corrida! Dei 100 por cento para obter esta vitória incrível. Sabia que o Lowes ia atacar, mas aguentei-me a manter o ritmo. Obrigado a toda a equipa por me ajudar a obter este grande resultado!’. Bastianini saiu de Brno como o líder do Mundial de Moto2, possuindo 15 pontos de avanço face a Marini – que se mantinha em segundo, mas ultrapassou Nagashima, que desceu a terceiro e ficou a 18 pontos do comando que ocupava desde o início do campeonato.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SEXTA-FEIRA: QUARTARARO NO TOPO, OLIVEIRA A BRILHAR

A KTM mostrou os seus argumentos em Brno desde o primeiro treino livre na sexta-feira – 7 de agosto – de manhã. No FP1, Franco Morbidelli (Petronas Yamaha SRT) foi o primeiro líder, mas logo a seguir foi superado por Pol Espargaró (Red Bull KTM) que viria a liderar até aos cinco minutos finais. Aí, o piloto não resistiu às melhorias de dois rivais. Joan Mir (Team Suzuki Ecstar) assumiu o primeiro lugar, sendo logo depois batido por Takaaki Nakagami (LCR Honda) por 0,011s que foi o líder. Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech3) estabeleceu o seu melhor tempo logo na terceira volta lançada e acabou em 17.º - adotando, porém, um ritmo muito consistente no 1m58s ao longo do treino. No segundo treino livre, depois de nos minutos iniciais passarem pela liderança Morbidelli, Quartararo, Danilo Petrucci (Ducati Team) e Pol

Espargaró, foi Mir a ter o tempo de referência durante meia hora – até ser ultrapassado por Morbidelli. Este, por seu turno, acabou batido por Quartararo, que fez o melhor registo da sessão e do dia por apenas 0,007s. Nessa altura, Oliveira era segundo classificado. O luso mostrou um ritmo sólido no 1m57s, antes de na sua última série de voltas chegar ao 1m56s – 1m56,550s para no fim ficar em terceiro a 0,048s do topo – um resultado que lhe abria chances de seguir diretamente para a Q2. ceu-se de seguida no topo onde se manteve durante mais de um quarto de hora – antes de ser superado pelo surpreendente Johann Zarco (Avintia/Ducati). Mir também chegou à liderança, antes de Morbidelli rubricar a melhor marca dos treinos – 1m56,037s. Nos últimos minutos houve várias melhorias, entre elas a de Zarco que se colocou a 0,016s de Morbidelli. Quartararo chegou a terceiro ficando a 0,097s de Morbidelli, enquanto Pol Espargaró levou a melhor KTM a quarto. A última vaga direta na Q2 foi obtida por Danilo Petrucci (Ducati) – décimo com 0,061s de avanço face a Álex Rins (Team Suzuki Ecstar). Oliveira estava numa volta rápida nos momentos finais do FP3, mas teve o azar do seu lado ao cair no fim dessa mesma volta que o poderia levar à Q2. Ficou em 14.º dos treinos livres e relegado à Q1. Antes da qualificação realizou-se o quarto e último treino livre, orientado à preparação para a corrida. Foi quase sempre um dos homens da Petronas Yamaha SRT, com Quartararo a ter a supremacia – fez o melhor crono com nove minutos dos 30 decorridos batendo Pol Espargaró por oito milésimas. Não existiram mais mudanças no topo. Morbidelli ficou em terceiro. Mais abaixo, Oliveira assinou o 11.º tempo a 1,126s do líder, tendo mostrado um ritmo sólido no 1m58s ao longo do treino.

QUALIFICAÇÃO: ZARCO SURPREENDEU COM A POLE POSITION; OLIVEIRA 13.º

Estiveram em disputa na Q1 as últimas duas vagas na Q2, com 11 pilotos em pista – entre eles Oliveira. Depois da exibição na qualificação do GP da Andaluzia, contava-se com novo apuramento do #88, mas a verdade é que não o conseguiu. Rins rubricou o melhor tempo na sua penúltima volta, sendo suficiente para bater Binder por 0,061s – sendo que o sul-africano chegou a liderar. Oliveira foi terceiro a 0,098 de Binder, falhando assim o apuramento por uma margem muito escassa para ser 13.º na grelha. Também de fora ficou, entre outros, Dovizioso – 18.º naquela que foi a sua pior qualificação de sempre. A Q2 foi empolgante, com emoções até ao fim. Quartararo era líder quando todos os pilotos tinham completado a sua primeira volta lançada. Porém, a pole position foi surpreendente – Zarco, aos comandos de uma Ducati do ano passado, chegou à liderança superando o compatriota Quartararo por 0,303s – este caiu no seu último esforço. Morbidelli foi terceiro e Aleix Espargaró foi a outra grande sensação – quarto pela Aprilia Racing Team Gresini. Depois da pole position, numa pergunta feita pelo Motorcycle Sports, Zarco comentou: ‘Só a sensação é muito boa, porque não é em todas as corridas que isto acontece. Tenho um grande apoio das pessoas, elas dizem-me muitas coisas, mas quando temos os pilotos tão rápidos e a dar o máximo… este, sim, foi dia!’. Quanto a Oliveira, depois do 14.º posto antecipou melhor na corrida: ‘Penso que no domingo o ritmo de corrida vai ser muito diferente. Na sexta-feira à tarde fui mais rápido, não é fácil entender e não estou completamente satisfeito com o meu ritmo, penso que posso ser mais rápido, mas está muito relacionado com a escolha de pneus e vamos ter de analisar tudo muito bem para tomar decisões para a corrida’.

Bastianini triunfou pela segunda vez seguida.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SÁBADO: QUEDA TIROU Q2 DIRETA A MIGUEL OLIVEIRA

O terceiro treino livre do GP da República Checa de MotoGP foi determinante para definir os dez apurados diretamente para a Q2 – uma vez que praticamente todos os pilotos melhoraram as suas marcas. O único que não o fez foi Oliveira. O primeiro líder foi Cal Crutchlow (LCR Honda), mas Rossi estabele-

PSP/Lukasz Swiderek

MOTOGP, CORRIDA: BRAD BINDER FEZ HISTÓRIA; OLIVEIRA SOMOU O SEU MELHOR RESULTADO

O warm-up contou com Pol Espargaró e uma KTM no topo, quando o espanhol superou Viñales por 0,025s. Oliveira terminou em 14.º a 0,680s. O bom rendimento da KTM teria sequência na corrida horas depois. Na corrida, Quartararo partiu bem, mas Morbidelli respondeu para chegar à liderança que manteve durante várias voltas. Quem também rapidamente se chegou às posições cimeiras foi Brad Binder, que a 20 voltas do fim já estava nas posições de pódio. Entretanto, Oliveira tinha descido uma posição. Na frente, estavam Morbidelli, Quartararo, Brad Binder, Zarco e Pol Espargaró.

Binder ofereceu primeiro triunfo de sempre à KTM na sua terceira corrida.

CLASSIFICAÇÃO GP REPÚBLICA CHECA - MOTOGP

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Brad Binder 2.º Franco Morbidelli Red Bull KTM Factory Racing KTM 41m38,764s

Petronas Yamaha SRT Yamaha + 5,266s

3.º Johann Zarco

Esponsorama Avintia Racing Ducati + 6,470s 4.º Álex Rins Team Suzuki Ecstar Suzuki + 6,609s 5.º Valentino Rossi Monster Energy Yamaha MGP Yamaha + 7,517s 6.º Miguel Oliveira Red Bull KTM Tech 3 KTM + 7,969s 7.º Fabio Quartararo Petronas Yamaha SRT Yamaha + 11,827s 8.º Takaaki Nakagami LCR Honda Idemitsu Honda + 12,862s 9.º Jack Miller Pramac Racing Ducati + 15,013s 10.º Aleix Espargaró Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 15,087s 11.º Andrea Dovizioso Ducati Team Ducati + 16,455s 12.º Danilo Petrucci Ducati Team Ducati + 18,506s 13.º Cal Crutchlow LCR Honda Castrol Honda + 18,736s 14.º Maverick Viñales Monster Energy Yamaha MGP Yamaha + 19,720s 15.º Álex Márquez Repsol Honda Team Honda + 24,597s 16.º Tito Rabat Esponsorama Avintia Racing Ducati + 29,004s 17.º Bradley Smith Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 32,290s 18.º Stefan Bradl Repsol Honda Team Honda + 55,977s NC Pol Espargaró Red Bull KTM Factory Racing KTM 9 voltas NC Joan Mir Team Suzuki Ecstar Suzuki 3 voltas NC Iker Lecuona Red Bull KTM Tech 3 KTM 3 voltas

FRANCESCO BAGNAIA DE FORA POR LESÃO

Uma aparatosa queda no primeiro treino livre marcou o fim do GP da República Checa de MotoGP para Francesco Bagnaia. O homem da Pramac foi encaminhado a um hospital depois de assistido em pista, tendo contraído uma fratura na tíbia direita. Foi operado no sábado para estabilizar a lesão e ficava também de fora da dupla ronda austríaca – com o regresso apontado para Misano em setembro.

Oliveira começou a subir e acercar-se do top dez, enquanto mais acima Brad Binder deixou Quartararo para trás assumindo o segundo lugar. O gaulês ficou sob pressão de Pol Espargaró e de Zarco, que viriam a colidir na curva um. O espanhol caiu e Zarco sofreu uma penalização de long lap, o que não o impediu de passar para a frente de Quartararo. Com Morbidelli cada vez mais perto, Brad Binder viria mesmo a tentar atacar e na 14.ª volta consumou a ultrapassagem que valeria o triunfo. Até ao fim, o sul-africano geriu e distanciou-se para ganhar confortavelmente com 5,266s de avanço. Era a primeira vitória do rookie, a primeira da KTM e a primeira de um sul-africano. Morbidelli manteve-se firme em segundo, na frente de Zarco – que resistiu a Rins para fazer o primeiro pódio da Avintia. Rossi fechou o top cinco mesmo na frente de Oliveira, autor de uma recuperação notável em que mostrou ritmo para lutar por posições de pódio – não fosse ter partido tão recuado. Quartararo não teve pneus para a fase final da prova e acabou em sétimo. No comentário à vitória, Brad Binder recordou o incidente com Oliveira em Jerez: ‘É inacreditável ver onde estamos agora. Em Jerez cometi um grande erro e derrubei um piloto. Foi um fim de semana duro. No sábado conseguimos dar um bom passo no FP3 e a moto começou a trabalhar muito bem. Gerimos bem a situação na Q1 e na Q2. Já na corrida tentei poupar o pneu traseiro o melhor que pude. Tentei ser gentil com o acelerador e quando vi a minha oportunidade ultrapassei o Franco’. Morbidelli somou o seu primeiro pódio da carreira ao ser segundo e, no fim, estava naturalmente a explodir de felicidade: ‘Estou tão feliz, na verdade arrebatado, por ter acabado no pódio! Foi uma corrida um pouco estranha porque não consegui atacar a 100 por cento. No início estive muito rápido, o meu ritmo foi melhor do que eu esperava e estive a fugir do pelotão. Porém, pude ver o Brad a apanhar-me e sabia que ele talvez estivesse numa posição melhor que eu uma vez que ele tinha o pneu médio. Não tentei lutar porque só queria garantir que levava a moto ao fim da corrida e obtinha o meu primeiro pódio’. Também histórico foi o terceiro lugar de Zarco – o primeiro pódio de sempre da Avintia no MotoGP – ao qual o francês reagiu assim: ‘Fantástico dia, inclusive melhor do que a pole position, porque um pódio significa que a corrida foi boa. A corrida foi muito dura, não tive um bom arranque e é uma pena, porque nas primeiras cinco voltas consegui ser mais rápido do que o Morbidelli, mas tive de lutar com o grupo e foi um pouco difícil para mim. Depois tive alguns toques, mas após isso consegui ultrapassar o Fabio e estava bem no terceiro lugar, e tive a penalização por aquele toque e a long lap. Quando recebi a informação queria fazê-lo no imediato para não perder a concentração e quando vi que ninguém me ultrapassava na long lap tive como que uma segunda respiração

Oliveira caiu quando se tentava apurar diretamente para a Q2.

O MELHOR MIGUEL OLIVEIRA

Miguel Oliveira conseguiu o seu melhor resultado de sempre até agora no Mundial de MotoGP ao ser sexto. O homem da Red Bull KTM Tech3 fez uma corrida sólida, em constante progresso, e ficou a apenas algumas décimas do top cinco – fechado por Rossi, que assumiu ao Motorcycle Sports ser difícil de alcançar: ‘Simplesmente nas últimas cinco voltas, quando me aproximei dele era muito complicado ultrapassar. As Yamaha e as Suzuki fazem grande velocidade por curva e eu simplesmente já não tinha pneu para ter mais velocidade nas curvas’. Por outro lado, Oliveira ficou encorajado com o seu ritmo, similar ao do vencedor: ‘Assim que se perde o potencial do pneu nas primeiras sete voltas então, vocês sabem, até podemos ter um ritmo superior mas vai ser…o meu ritmo até foi muito parecido com o do Brad durante toda a corrida depois da sétima volta. Isso deixa-me agradado, mas é sem dúvida um resultado que nos motiva para as duas corridas que aí vêm, num local onde creio que podemos ter um desempenho muito bom’. Assegurando não invejar Binder pelo resultado, Miguel Oliveira sublinhou que a qualificação lhe roubou a chance de poder ser ele o vencedor: ‘Ganharmos foi inesperado pois ninguém esperava que especialmente o Brad pudesse vencer. Mas ele estava lá e aproveitou a oportunidade por isso acho que ele fez um bom trabalho e mostrou qual é o potencial da moto. Temos de nos focar em nós, no nosso trabalho e na nossa moto e esperamos que os resultados cheguem. Fiquei feliz pelo Brad e não sei o que podia ter exigido mais a mim mesmo nesta corrida. O que me custou a vitória foi a qualificação. Não tenho inveja do Brad ele fez um bom trabalho. Ele está a confiar mesmo muito na frente da moto, o que é surpreendente… ele está a pilotar bem e não há nada mais a dizer sobre isso’. para alcançar o pódio e pensei que se pressionasse bem podia ser terceiro, e concentrei-me em talvez alcançar o Morbidelli. No fim, o Rins fez-me ter medo porque vinha forte, mas no último setor consegui gerir bem as curvas para o manter atrás’. Terminado o GP da República Checa, tudo se mantinha ordenado da mesma forma no topo do campeonato – Quartararo como líder na frente de Viñales. Porém, o francês tinha cimentado a sua posição ao ficar com 17 pontos de vantagem. Morbidelli ascendeu a terceiro ficando a 28 pontos, enquanto o triunfo fez Binder subir a quinto. Oliveira ganhou uma posição para ficar em 12.º, sendo sétimo da tabela dos independentes liderada, também, por Quartararo.