Mosaico 4º edição - Novembro e Dezembro 2014

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Edição N.º 4 novembro e dezembro 2014

S, N E V O J DOS

PARA OS JOVE N

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Mosaico


EDITORIAL

O percurso pelo voluntariado continua…

N

esta quarta edição, o Mosaico continua a percorrer o seu caminho para atingir os objetivos a que se propõe e a tentar superar os desafios. Esta equipa de voluntários continua a trabalhar para tornar o Mosaico conhecido por todos, tentado deixar a sua marca na comunidade. Como tal, acreditamos que este projeto é um bom exemplo de voluntariado, mas também começam a surgir outras formas de os jovens porem mãos à obra e de participarem mais no seu concelho. É por isso que nesta edição damos destaque ao Dinamiza-te, uma iniciativa que levou vários jovens a participarem numa ação de requalificação para dar cor à estação da Tapada das Mercês. São projetos como estes que fazem o público jovem sair à rua e fazer algo pelo sítio onde vivem. Todos os que estiveram envolvidos no projeto de certeza que agora irão passar por aquelas paredes na estação e sentir orgulho do que fizeram. É também este o orgulho que nós sentimos com o Mosaico e com o trabalho que estamos a fazer. Por isso, o nosso percurso pelo voluntariado continua!

Torna-te uma peça ativa deste Mosaico! (sabe como na última página)

m o s a i c o @ d i n a m o . p t

ÍNDICE

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Voluntariado em Sintra Como é viver em Sintra Os Jovens Dão a Voz Vox Pop 12

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Cobertura de Eventos Agenda Cultural 19 Entrevista Cultural

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O D A I R A T N U L O V EM SINTRA Seis, uma nhec er a Casa o c a e t so m EEste mês da as so ciação c omunitária

e m Mir a Sint r a.

COMEÇOU ASSIM...

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riada no ano 2000, a Casa Seis é uma Associação para o Desenvolvimento Comunitário que tem como principal objetivo ajudar as comunidades que viviam no Bairro da Azinhaga da Abelheira, em Agualva-Cacém, e que foram realojadas para Mira Sintra. Estes moradores são essencialmente provenientes de Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola, embora alguns também sejam de etnia cigana, e são acompanhados desde a sua mudança por esta instituição, que trata tanto de questões legais como de problemas sociais. O nome surgiu, conforme conta Solange Aquino, coordenadora técnica da Casa Seis, porque “inicialmente, no bairro que trabalhávamos, uma das casas foi desocupada, e como nós não tínhamos um centro de encontro no bairro, pedimos à Câmara para ocuparmos esse es-

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paço, que foi reabilitado com apoio da própria população, e que todos chamavam de casa seis, pois era o número da porta dessa casa”. Solange explica ainda que quando foram realojados quiseram “trazer um vínculo afetivo das pessoas”, recordando-as do projeto inicial, pelo que o nome se manteve inalterado. Embora o objetivo inicial fosse acompanhar o realojamento da população do Bairro da Azinhaga da Abelheira, quando foram transferidas para o Bairro Fundação D. Pedro V, onde se encontram agora, depararam-se com muitas mais famílias realojadas, provenientes do Bairro Joaquim Fontes, do Bairro do Granjal e de muitos outros pontos do concelho, pelo que tiveram de trabalhar com estas comunidades que ainda não conheciam o projeto da Casa Seis, ajudando-os na sua integração.

Em março de 2001, esta instituição recebeu o estatuto de IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social e foi reconhecida como entidade de apoio na área da Família e Comunidade. Nesse ano, a Casa Seis começou a trabalhar em cooperação com a Câmara Municipal de Sintra num projeto intitulado Observatório Social, que funciona como uma espécie de Segurança Social mais próxima da comunidade. É esta instituição que faz a ligação direta entre a população e a própria Câmara, criando uma forma de dar voz às necessidades dos habitantes do bairro de realojamento e permitindo a resolução mais rápida dos problemas por parte da Câmara. A Casa Seis apoia a comunidade das mais variadas formas, e uma delas é na alimentação. Esta instituição possui Mosaico


um protocolo com o Banco Alimentar, no qual avaliam as famílias carenciadas e distribuem alimentos através da Paróquia de Mira Sintra, e outro com o Pingo Doce, que permite reaproveitar os excedentes alimentares que já não são vendidos mas que podem ainda ser consumidos. O voluntariado é também um ponto importante nesta instituição, que recebe voluntários através do Banco Local de Voluntariado de Sintra, onde os jovens se podem inscrever gratuitamente e recebem uma formação que lhes explica o que é o voluntariado e a responsabilidade que lhe vem associada.

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Contudo, a “aposta maior é o trabalho com as crianças e os jovens”, refere Solange, que destaca várias iniciativas que lutam para o sucesso escolar, para a integração na cultura portuguesa, para a autonomia dos jovens e para os relacionamentos familiares. A Casa Seis sempre desenvolveu atividades que integrassem crianças, jovens e adultos, entre as quais se destacam:

Um espaço de educação e ocupação de tempos livres, onde as crianças e jovens podem permanecer após a saída da escola e podem realizar atividades como os trabalhos de casa, com apoio ao estudo, oficinas de trabalhos manuais e espaço para realização de trabalhos com apoio de computadores.

Campos de férias para crianças e jovens, que nas semanas da Páscoa e nas férias do verão podem frequentar diversas atividades como passeios, torneios desportivos ou ateliês temáticos.

Dois grupos de dança, um para jovens e outro para crianças mais novas, onde relembram as suas culturas através da dança, um grupo de teatro, que já recebeu quatro menções honrosas na Mostra de Teatro de Sintra e que aborda temas importantes para reflexão, e aulas de música de viola e percussão.

Um clube de jovens a partir dos 15 anos, onde desenvolvem atividades pensadas e postas em prática por si próprios, e um mini-clube de jovens, entre os 11 e os 15 anos, que não são tão autónomos mas pretendem para lá caminhar.

Uma ação entre pais e filhos com o nome Entre Pais, Entre Pares, que pretende melhorar os relacionamentos familiares.

Uma ação de prevenção de comportamentos sexuais de risco, com o nome Abre os Olhos, destinada a jovens entre os 12 e os 18 anos.

Oficinas comunitárias para adultos, que inclui um grupo de bordados, aulas de formação em informática, aulas de ginástica, entre muitas outras iniciativas, sempre aos domingos. 05

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QU E R ES MAIS? R E B SA Blog: http://casaseis-casa6. blogspot.pt/ Email: casaseis@gmail.pt Morada: Observatório Social - Rua Fundação D. Pedro IV, N.º 6 - Loja (Lote 3) Espaço Jovem - Av. Timor Loro Sae n.º 12, r/c A e C Mira-Sintra 2735-592

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COMO É VIVER EM SINTRA

Aliu Baldé, originário da Guiné-Bissau, vive na Tapada das Mercês há cerca de dez meses. Aliu veio para Portugal a 11 de maio de 2013, para frequentar uma formação em Gestão de Projectos Sociais de Intervenção, no Porto, a convite da Associação para a Promoção de Desenvolvimento Local, na qual é colaborador.

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liu conta que, quando se apercebeu que poderia concorrer para o ensino superior através da sua embaixada, fez os possíveis para conseguir entrar. “Convenci os meus responsáveis no sentido de me permitirem ficar para prosseguir os estudos que tanto quis”, refere. Assim, mal soube que tinha sido seleccionado, foi logo inscrever-se para começar o seu sonho de voltar a estudar. No que diz respeito à sua chegada, afirma sorridente que foi muito satisfatória e emocionante, pois viu a sua irmã, que estava em Portugal há uns anos e, desse modo, a sua primeira casa no país foi na Damaia, para poder passar mais tempo junto dela. Aliu já sabia que as diferenças culturais e os modos de vida são completamente diferentes, pelo que a sua adaptação foi fácil. “Estamos a falar de dois continentes diferentes (África e Europa) e de dois países totalmente diferentes quanto ao modo de vida”, explica. Ainda acrescenta que considera as pessoas do seu país de origem mais amigáveis e solidárias umas com as outras, ao contrário do que vivenciou em Portugal, onde diz existir um certo distanciamento entre as pessoas. Aliu refere que nem sequer sabe a nacionalidade dos seus vizinhos “porque cada um tem a sua porta fechada que quase não abre”, diz. Contudo, afirma

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que existe uma diferença de mentalidades e de atitudes muito distintas entre a cidade de Lisboa e do Porto, pois diz que as pessoas no Porto são muito mais próximas e comunicativas. Aliu sempre foi muito proativo desde a sua chegada a Portugal, uma vez que, na tentativa de se integrar mais fácil e rapidamente, participou nas atividades associativas levadas a cabo nas Mercês até ao momento em que lhe foi indicado a Associação Islâmica, onde faz voluntariado até hoje. O jovem guineense afirma que mantém a ligação com o seu país de origem e que a associação onde está integrado tem-se revelado uma grande ajuda por funcionar como um elo de ligação com a sua comunidade.

Sintra

De forma geral, é da opinião que deveria ser construído um espírito de partilha que passe pelo diálogo intercultural e inter-religioso, pois considera que se tem feito pouco quanto à diversidade cultural. Além disso, tem um olhar crítico e sugere algumas ideias para haver uma maior aproximação das duas comunidades, declarando que “deveria haver mais atividades com objetivo de sensibilizar as comunidades africanas e portuguesas residentes em Sintra, tal como mais campanhas de sensibilização direcionadas às crianças nas escolas e a promoção de atividades que juntem as duas comunidades”.

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Saíste do teu país para vir viver em Sintra? Como está a ser a tua experiência ?

Conta-nos a tua história! Queres aparecer no Mosaico? Envia um email para mosaico@dinamo.pt ou contacta-nos através do Facebook.

DOS JOVENS, PARA OS JOVENS novembro-dezembro

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Este é o teu espaço para te fazeres ouvir! Aqui tens a oportunidade de participar, de dizer o que pensas, de mostrar como vês Sintra, Faz-te ouvir através da discussão de temas que nos atingem no dia-a-dia, fotografias e passatempos.

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VOX POP O Mosaico foi à rua para perguntar o que achas sobre...

Qual a tua opinião sobre os eventos culturais que se realizam no concelho? Achas que muitos deles são direcionados para os jovens? Acho que não há muitos que sejam acessíveis, pois a maioria são pagos. Acho que devia haver mais eventos ao ar livre onde os jovens pudessem participar, organizar e mostrar mais o que valem.

Margarida C. 18 anos

Acho que devia haver mais, mas mesmo assim há muitos deles que são direcionados para jovens, apesar de haver também muitos direcionados para pessoas com mais idade. A divulgação é o problema. Muitas entidades não sabem divulgar o que fazem e quando divulgam, não é o suficiente. Há entidades que não têm a possibilidade de divulgar mais e há outras que podem, mas não o fazem e não chegam a jovens suficientes.

Marco L. 20 anos

Há eventos direcionados para os jovens, principalmente os eventos de teatro, porque são feitos por jovens. Mas acho que deveria haver mais atividades, tais como o Dinamiza-te e as Feiras Medievais. Os eventos também poderiam ser melhor divulgados, porque por vezes só sei deles quando passo pelo facebook ou por pessoas que estão ligadas a esses eventos, logo acho que deveria haver mais cartazes em várias zonas do concelho. A Câmara de Sintra e as Juntas também podiam organizar mais coisas direcionadas para os jovens.

Acho que há eventos para jovens, mas não há muita divulgação, logo os jovens não têm conhecimento de que estes acontecimentos existem. E quando têm, a maioria são pagos e tornam-se inacessíveis.

Madalena C. 16 anos

Patrícia A. 17 anos

Acho que não há muitos. Entre os eventos que há, a maioria não é dirigida aos jovens.

Yuri I. 14 anos

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:

DURANTE O TEU PERCURSO ESCOLAR, QUE TEMAS ACHAS QUE DEVERIAM SER TRATADOS PARA TE PREPARAR PARA O FUTURO?

VEM AO FACEBOOK DEIXAR A TUA OPINIÃO!

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Espaço Escrita Criativa Autora: Maria Cintra Sobre viajar “Aterrei”, disse ela. Sempre soube mentir. Nunca aprendeu esse negócio arriscado de descer e chegar - nem deve, que isto cá em baixo é uma chatice. “Descolei”, disse ela. Sempre soube mentir. Isto foi uma semana antes, quando me disse adeus e partiu para terras bicudas. Outra mentira. Nunca esteve tão perto de mim como durante esta semana e a única altura - para além, talvez, do dia do seu nascimento – em que verdadeiramente descolou foi quando me disse que tinha aterrado. Tal como tanto do que é bom, a viagem recomeça ao acabar e aí e só aí é que ela soube subir ainda mais. Foi na digestão do que os seus sentidos tinham observado, escutado e, deliciando-se, degustado que me fugiu de facto, como outros teriam fugido no dia do voo. Não que não estivesse já habituado, afinal ela fugia com muita frequência – mas nunca tinha fugido assim. Se me disse? Não, não me falou nisso. Mentiu-me apenas, com “aterrei”, com “ já cá estou”, com “é bom estar em casa”. Como se não soubesse que é demasiado sua para ter “casa”. E agora tinha colecionado doses ainda mais perigosas de liberdade. Eu soube-lho pela maneira como os seus pés pouco tocavam no solo por onde ela delicadamente pairava, sem no entanto lá estar; pelas horas a que agora acordava e a que à noite desligava a luz. Passava pouco tempo cá, tanto em todos

os sítios e qualquer réstia que houvesse de pertencer a algo, a alguém ou a algum lugar desaparecera-lhe. “O que é que isso faz de mim?”, perguntei-lhe, como se de algum modo sentisse que era só a casa que ela nunca quis. Respondeu-me “Sim” e demorei a perceber. Mas era evidente: eu não era casa nenhuma, nem sequer era destino, nem caminho, nem os pés que lhe faltavam para poder sobreviver a este mundo tão cheio de terra. Eu era viagem. Aquele colorido de ser e aprender a ser e deixar de ser, sem limites em nenhum dos lados e acima de tudo sem limites em cima e em baixo; está vivo – mais vivo, atrevi-me a pensar – a meu lado. “Não”, disse ela “Não, não aterrei.” Sintra, 5 de Novembro de 2014

Este é o teu novo espaço de Escrita Criativa! Se gostas de escrever sobre vários temas, envia-nos os teus textos para mos aico@dinamo.pt. Solta o teu “bichinho de escrever”!

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FLASH! Queres fazer parte da próxima edição do Mosaico?

NG O MOVIEI sugere... Gostas de Cinema? O Movieing é nova a rubrica que te sugere filmes sobre temas presentes na sociedade e que te faz refletir sobre eles.

Elysium

MOSTRA-NOS O SÍTIO ONDE COSTUMAS PASSAR OS TEUS TEMPOS LIVRES COM OS TEUS AMIGOS! Envia-nos uma foto por mensagem privada pelo Facebook com uma pequena descrição do teu spot no concelho de Sintra. SÊ ORIGINAL, porque só uma será publicada na nossa edição!

SEGUE-NOS TODOS OS DIAS NO FACEBOOK! www.facebook.com /Mosaico.Sintra novembro-dezembro

A Guerra: luta armada entre grupos ou países; conflito; combate. Palavras que demonstram o atraso da nossa sociedade. O Estado de Guerra pode ocorrer devido à invasão de territórios, exploração interesseira de recursos, conflito entre crenças religiosas, diferentes posições políticas e muitas outras razões que aumentam a extensão de motivações negativas. A crescente ocorrência de conflitos poderá futuramente levar a uma divisão irreversível entre países, e assim causar uma diferença ainda mais acentuada a nível social e monetário. Seguindo esta nota, proponho-vos a visualização do filme Elysium, dirigido por Neill Blomkamp, que retrata a divisão de dois mundos, sendo um o planeta Terra em destroços, superlotado e em estado de guerra, e outro o Elysium, referente à mitologia grega, um lugar de perfeita felicidade, sem guerras, sem doenças, sobretudo harmonioso e exclusivo. O filme relaciona assim as diferenças políticas e sociológicas como a imigração, a superpopulação, a saúde, a exploração, o sistema de justiça, e questões de classe, que advêm da guerra. Espero que apreciem a sugestão. Até a uma próxima, Beatriz Darame.

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COBERTURA DE EVENTOS

! E T A Z I M DINA No passado dia 18 de outubro, três paredes da estação da Tapada das Mercês ganharam uma nova vida graças ao projeto “Dinamiza-te”. O Mosaico esteve lá para saber o que esteve por detrás desta iniciativa!

O desafio foi lançado pela Dínamo (Associação de Dinamização Sociocultural com sede na Tapada das Mercês), que tem como um dos seus objetivos desenvolver a participação juvenil. Foi com essa vontade de fazer os jovens arregaçar as mangas, pôr mãos à obra e levá-los a envolver-se mais na comunidade, que a Dínamo promoveu o “Dinamiza-te”, uma atividade de requalificação na estação da Tapada das Mercês. Durante um dia inteiro, 14 voluntários entre os 14 e os 30 anos aceitaram o desafio e inscreveram-se para dar cor à estação da Tapada das Mercês. Orientados pelo graffiter profissional Nuno Nomen, estes jovens usaram a arte do graffiti para requalificar o espaço que antes estava repleto de tags. “Todos temos que passar por estes sítios e, já que o vamos fazer, vamos embelezar estes locais, pôr isto mais positivo, com um ar mais respirável, mais construtivo do que o destrutivo dos tags”, afirmou Nomen. Além das várias silhuetas que retratam a realidade dos jovens e os seus gostos, “Mexe-te. Envolve-te. Dinamiza-te” é a mensagem grafitada que agora surpreende os que passam pela estação todos os dias e que desafia os jovens a envolverem-se e a fazerem as coisas acontecer. Neste sentido, a Dínamo está agora à 15

procura de jovens que apareçam à sua porta com novas ideias para sugerirem novas iniciativas. “Queremos que este projeto seja uma primeira atividade e que abra oportunidade para surgirem outras que vão no mesmo sentido”, contou Susana Pereira, uma das responsáveis pela iniciativa. A maioria dos voluntários souberam deste projeto através das redes sociais e todos acharam que o dia foi bastante divertido. “Acho esta iniciativa super interessante! Acho fantástico os jovens poderem partilhar um bocado daquilo que eles pensam e do que gostam. É uma boa forma dos mais velhos se aperceberem que os jovens têm a capacidade de criar e de se envolverem num projeto destes”, diz Margarida Catarino (18 anos), uma das voluntárias.

UM DIA DE TRABALHO! 10 VOLUNTÁRIOS! DIVERSOS APOIOS! MUITA TINTA!

O “Dinamiza-te” foi um dia cheio de trabalho, mas acima de tudo com muita animação, que além da pintura contou ainda com música ao vivo do DJ Vivaço. Além dos voluntários participantes, o projeto contou ainda com uma série de parceiros, entre eles a Refer, a Junta de Freguesia de Algueirão-Mem Martins, o Centro de Produção Audiovisuais da Escola Leal da Câmara e o Floresta Center.

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NÃO CONSEGUISTE IR A ESTE EVENTO? BREVEME NTE O MOSAICO TERÁ UMA GALERIA ONLINE ONDE PODERÁS VER TUDO O QUE SE PASSOU!

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AGENDA CULTURAL Em Sintra acontece...

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Instalação e Exposição “Preto s/ Preto” Um trabalho de Catarina Saraiva que conta com uma projeção de vídeo e uma série de quatro peças em tecido que exploram a questão da imagem e do reflexo.

Faixa etária: Todas as idades Local: MU.SA Dias: até 26 de novembro, às 17:00 Preço: Gratuito

Exposição de desenho “O Meu Mundo Animado” Uma mostra de trabalhos de Fernando D’F Pereira que fala de abstração e reconstrução de mitos, lendas, fantasmas e medos inconscientes.

Faixa etária: Todas as idades Local: Galeria Municipal na Casa Mantero Dias: até 21 de novembro, às 18:30 Preço: Gratuito

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II Encontro Municipal de Juventude de Sintra Uma iniciativa da Associação Juvenil Dínamo que pretende descobrir quais as necessidades identificadas pelos jovens.

Faixa etária: Jovens Local: Praia Grande, Sintra Dias: 22 e 23 de novembro, às 21:00 Preço: Gratuito

Festival da Nova Poesia Uma iniciativa inovadora que quer dar novas dimensões à poesia e terá debates, vídeo-poemas, recitais e muito mais.

Local: Centro Cultural Olga Cadaval e

MU.SA Dias: 28 a 30 de novembro, das 11:00 às 23:00 Preço: Gratuito

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1 Corrida do Centenário da Aviação Militar Uma corrida de 10 quilómetros junto da pista de aviação, acompanhada por uma caminhada de cinco quilómetros.

Faixa etária: Todas as idades Local: Base Aérea de Sintra Dias: 29 de novembro, às 15:15 Preço: Corrida – 5€ ; Caminhada – 4€ Mais info: 21 912 82 70

Concurso de Fotografia das Cidades Património Mundial 2014 Um concurso que irá premiar os vencedores numa conferência em Córdoba nos dias 25 e 28 de novembro.

Faixa etária: Jovens entre os 10 e os 16 anos Dias: até 21 de novembro Preço: Gratuito

Pintura de Edmundo Cruz Uma exposição das obras de pintura de Edmundo Cruz, que consegue recriar ambientes e atmosferas únicas em cada quadro.

Faixa etária: Todas as idades Local: MU.SA – Museu das Artes de Sintra Dias: até 10 de dezembro, às 18:30 Preço: Gratuito

Branca de Neve e os 7 Anões O Grupo de Teatro Byfurcação irá atuar num espetáculo de improviso para crianças que retrata a clássica história de forma cómica e interativa.

Faixa etária: Maiores de 4 anos Local: Centro Cultural Olga Cadaval Dias: 14 de dezembro, às 16:00 Preço: 5€

A Bela Adormecida A Companhia de Bailado Russian Classical Ballet irá apresentar um espetáculo composto por inúmeras estrelas da dança internacional.

Faixa etária: Maiores de 6 anos Local: Centro Cultural Olga Cadaval Dias: 7 de dezembro, às 17:00 Preço: 18 a 30€

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ENTREVISTA CULTURAL O Mosaico esteve à conversa com Enoque, um jovem artista residente em Sintra, e conta-te tudo sobre o seu processo no mundo da música!

Mosaico (M) - Como começou o teu interesse pela música?

M - Sentes que o feedback tem sido positivo?

jovens de Sintra, tal como tu o fizeste, sonharem com o mundo da música?

Enoque - Eu cresci na igreja, num

Enoque - Com certeza, não podia

Enoque - Eu acho que hoje em dia

meio evangélico, e por isso sempre estive de certa forma presente num ambiente musical. A minha mãe sempre cantou na igreja e por isso cresci a ouvi-la. No entanto só me comecei a interessar por música e a querer envolver-me nesse meio durante a minha adolescência, por volta dos 15 anos, enquanto participava numa atividade de um grupo de jovens cristãos (King’s Kids) na qual o ambiente musical era também muito forte. Esse ambiente despertou em mim um desejo muito grande de começar a cantar e desenvolver essa área, mas apenas por divertimento. Passados dois anos comecei a participar enquanto backvocal em projetos de música gospel e aos 18 anos participei num concurso de talentos da linha de Sintra, “Já Cá Canta”, no qual acabei por ser o vencedor. A partir daí tudo começou a fluir de uma maneira muito natural.

M - Tem sido fácil para ti lidar com o

reconhecimento do teu trabalho?

Enoque - Sim. Felizmente estou ro-

deado de pessoas que gostam de mim e que acreditam no meu trabalho, o que facilita bastante. Apesar de não me considerar uma pessoa muito conhecida, já tenho recebido bastante reconhecimento por parte de muita gente, o que se torna numa motivação para continuar a trabalhar.

estar mais satisfeito! Tenho tido oportunidade de trabalhar com inúmeros artistas, inclusive de grande destaque a nível nacional, como é o exemplo dos HMB, que me fizeram o convite para participar numa faixa do seu novo álbum, o que para mim foi quase surreal porque admiro o trabalho deles há imenso tempo e são, a meu ver, alguns dos melhores músicos que existem em Portugal. Pude também fazer parte de alguns dos singles do D8, que tem feito um bom percurso desde o término do Factor X, e posso ainda destacar também o trabalho que fiz na faixa “Vive o Hoje” com um artista também de Sintra, o rapper Bispo. Para mim não há melhor feedback do que ter este tipo de oportunidades, significa que o meu trabalho é reconhecido e fico muito feliz por isso.

M - Achas que o teu trabalho influencia de alguma maneira os jovens de Sintra?

Enoque - Penso que sim. Quando

ganhei o concurso de talentos, muitas pessoas do nosso concelho passaram a prestar atenção ao meu percurso e ainda hoje recebo mensagens através das redes sociais de jovens da nossa zona que seguem o meu trabalho, gostam e sentem-se inspirados para também eles fazerem os seus projetos.

M - Na tua opinião, pensas que

existem as condições certas para os

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existem inúmeras condições para o fazer, basta querer e, acima de tudo, trabalhar muito. O que não faltam são escolas de música, coros, etc. E até através da internet é possível aprender muito. Hoje em dia há tanto conteúdo, disponibilizam-se plataformas tão fortes de divulgação, como as redes sociais… Portanto, basta fazer por isso e trabalhar naquilo em que se é mesmo bom, quer seja na música quer em qualquer outra área profissional!

M - Que mensagem queres deixar aos leitores do Mosaico? Enoque - Se queres e acreditas que

podes ter um futuro na música, faz por isso, porque ninguém o vai fazer por ti! Apoiem a música portuguesa, apoiem a cultura do nosso país!

RCAM AS E P O NÃ ES D O VIDAD NO E! E NO QU

www.facebook.com/ministerioenoquesilva www.youtube.com/channel/UCI_3LoRIwgp6pqoNXoE4OUA

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JÁ LESTE A NOVA CARTA DE RECOMENDAÇÕES?

D O QU E ESTÁS À ESP E RA?

http://is s uu.com/dinamo.pt/docs/ sms_rpjs_2013 novembro-dezembro

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FICHA TÉCNICA

Coordenador de Redação: Sofia Pereira Editora: Cintia Costa Redação: Miriam Inácio, Raquel Gomes Grafismo e Produção de Imagem: Íris Santos Produção e Edição de Video: André Rijo Colaboradores externos: Bea Darame 21

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