Mosaico 3ª edição - Setembro e Outubro 2014

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Edição N.º 3 setembro e outubro 2014

S, N E V O J DOS

PARA OS JOVE N

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Mosaico


EDITORIAL

Uma nova etapa…

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om o início das aulas surge uma nova fase para o Mosaico e tu fazes parte dela! Depois de sentir que algo estava a faltar no concelho de Sintra, um pequeno grupo de jovens tem trabalhado até agora para dar uma voz, para informar e para abrir novas oportunidades a toda a comunidade jovem do concelho. No entanto, com apenas duas edições lançadas, somos ainda um projeto pequeno que poucos conhecem, mas que não quer parar de crescer. É por isso que a revista Mosaico terá agora uma nova fase de divulgação, onde tentaremos envolver cada vez mais jovens, para que tenhamos cada vez mais leitores e pessoas que queiram fazer parte da equipa. E qual o sítio indicado para nos dar a conhecer? As escolas. A partir daqui o Mosaico irá tentar ir a várias escolas do concelho para que tu nos possas conhecer, para que possas dar-nos a tua opinião e para que possas tornar-te uma peça essencial do projeto. Ao mesmo tempo queremos mostrarte que fazer voluntariado, seja numa

iniciativa como esta, seja noutro tipo de área, além de ser visto como uma forma de te envolveres mais na comunidade onde vives, é também uma forma de te dar muitas outras oportunidades. Através do voluntariado podes adquirir e desenvolver competências que te abrirão mais portas no futuro e, quem sabe, até descobrir o que gostarias de te ver a fazer. Por isso, nesta edição quisemos também ouvir a tua opinião sobre a tua maneira de ver o voluntariado!

Torna-te uma peça ativa deste Mosaico! (sabe como na última página)

MOSAICO@DINAMO.PT

AGORA VAMOS SER BIMENSAL MAS PODES SEMPRE CONSULTAR A NOSSA PAGINA www.facebook.com/Mosaico.Sintra

ÍNDICE

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Voluntariado em Sintra Como é viver em Sintra

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Agenda Cultural

16 Entrevista aos Frente e Verso

Os Jovens Dão a Voz

setembro-outubro

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O D A I R A T N U L O V EM SINTRA M QU E FIZE R A S N E V O J E OS-T P R ES E NTA M ESTE MÊS A RÃO. A N T E O VE R U D O D IA R VO LUNTA FICA A SABE R T U D O S OB R E AS SUAS O PIN EX PE RIÊNCIA IÕES E S!

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Já pensava em fazer voluntariado há algum tempo mas nunca surgiu a oportunidade até que uma vez me foi feito esse convite.

MARISA

Resolvi fazer voluntariado este verão porque queria experimentar e achei que era uma boa maneira de conhecer novas pessoas.

Este voluntariado consistia na limpeza e vigilância das praias. Eu fiquei colocada na Praia Grande e no turno da manhã. Quando chegava ajudava a montar os toldos para estarem prontos quando as pessoas chegassem. De seguida, ia fazer a ronda pela praia e apanhar o lixo. Sempre que necessário, ajudava os nadadores salvadores a transportar o material de salvamento e a colocar as tabuletas de “zona perigosa” e “zona de banhos”.

RITA

Pensei fazer voluntariado porque tinha o verão livre e achei que esta seria uma boa maneira de aproveitar o meu tempo e fazer algo útil. Sou bastante adepta de causas ambientais e de ações que promovam a proteção ambiental, daí ter decidido participar nesta iniciativa. Para além disso, um currículo é cada vez mais valorizado se as pessoas participam em ações de voluntariado.

Em que consistia o teu trabalho diário?

Quando chegávamos tínhamos de ir ajudar a distribuir os toldos. De seguida, íamos fazer uma ronda pela praia a apanhar lixo e durante o resto do dia estávamos no nosso “posto”, prontos para ajudar caso fosse preciso alguma coisa.

LUNA

LUNA DIAS

RITA SPÚLVEDA MARISA CAMPINA

Porque escolheste fazer voluntariado este verão?

Variava um pouco, dependendo da quantidade de pessoas que iam à praia, mas essencialmente tratávamos dos toldos, fazíamos a recolha do lixo na areia e apoiávamos, sempre que necessário, alguém que precisasse ou até mesmo o nadador salvador.

Mosaico


setembro-outubro

MARISA

Foi inesperado, os organizadores convidaram-me.

Gostei imenso, principalmente pelas pessoas com quem trabalhei. Acho que contribuíram para que esta experiência se tornasse mais divertida. Sim, foi o 1º trabalho como voluntária.

RITA

RITA

Uma amiga falou-me deste projeto e resolvemos ir as duas.

O que achaste desta experiência? Foi a primeira vez que foste voluntário ou não?

Achei uma boa experiência. Foi a primeira vez que fiz voluntariado.

LUNA

MARISA

Descobri através do facebook da Câmara Municipal de Sintra.

LUNA

Como descobriste esta iniciativa?

Sendo a primeira vez, achei uma ótima experiência.

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MARISA

Leva-me a ter mais atenção ao que devo ou não fazer.

Sim. O voluntariado ajudou-me a ver com outros olhos o comportamento das pessoas. O que eu quero dizer é que todos nós sabemos que as pessoas deixam lixo na praia, pois não querem ter trabalho a ir despejá-lo nos caixotes, mas é sempre diferente quando estamos encarregues de apanhar esse lixo e reparamos que realmente não fazem grande esforço para a praia ficar limpa.

RITA

RITA

O voluntariado trouxe-me um sentido de trabalho.

Achas que o voluntariado transforma o modo como olhas para as coisas?

De certa forma, sim.

LUNA

MARISA

Penso que o voluntariado me ajuda a sentir que estou a contribuir, de certo modo, para o bem-estar de alguém e ao mesmo tempo para o meu.

LUNA

O que sentes que o voluntariado te traz?

De certa forma ajuda-me a perceber muitos outros trabalhos.

Mosaico


Ensinou-me que tudo pode ser divertido e que é importante termos gosto em ajudar.

setembro-outubro

MARISA

Sim, sem dúvida. Gostei imenso.

RITA

Esta experiência ensinou-me a ajudar as pessoas e a não poluir as praias.

Sentes que cresceste com este projeto?

Sinceramente não sei, mas penso que é possível.

LUNA

RITA

Esta experiencia ensinou-me a cuidar do ambiente e dos espaços públicos. Estando nós numa praia e, principalmente, durante a época balnear, este lugar torna-se muito frequentado e temos de ter a preocupação de o deixar minimamente limpo para as pessoas que chegam depois.

LUNA

MARISA

O que pensas que esta experiência te ensinou?

Não sei se o termo “crescer” é o mais adequado para mim. Penso que foi uma experiência pela qual todos deveríamos passar.

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COMO É VIVER EM SINTRA

Jia Jia Liu nasceu na China, tem 19 anos e estuda atualmente em Lisboa, no Iscte.

Jia mudou-se para Portugal essencialmente por questões profissionais dos seus pais, acabando por viver em Sintra, mais especificamente em Mem Martins, desde 2009. Deste modo, Jia começou a residir num novo país logo desde muito cedo, apesar de considerar ter sido “uma escolha fácil”.

No que diz respeito ao primeiro impacto que teve mal chegou a terras portuguesas, Liu conta que ficou maravilhada com o clima, pois ainda não se tinha deparado com condições climatéricas tão agradáveis como em Portugal. Quando questionada pelas grandes diferenças que sentiu acerca do modo de vida português em relação ao do seu país de origem, refere que a grande mudança são as horas das refeições e o ritmo de trabalho. Acerca da sua integração na escola, Jia menciona que no início sentiu algumas dificuldades. “Quando cheguei fui para o 9º ano. Não foi fácil entendermos a língua ao início, pois apenas sabia um pouco de português e inglês, mas consegui integrar-me na turma sem grandes dificuldades”, relembra. Jia reconhece ainda que a sua comunidade é bastante fechada, muito por causa da grande diferença linguística. “Não digo que somos unidos, mas sim que gostamos mais de “ser amigos” de pessoas da mesma origem”, explica. Quando abordada sobre o que mudaria em Sintra, Jia afirma que deveria haver mais atividades para que os imigrantes

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possam conhecer outras culturas de imigrantes como eles, dando como exemplo os africanos ou ucranianos. Uma outra mudança seria a criação de “instituições que ensinem português aos estrangeiros, de modo a que aprendam a língua e também possam conhecer pessoas de outra origem”. No geral, Jia refere que a comunidade sintrense não estranhou a presença da sua família, apesar de reconhecer que existirão sempre algumas pessoas que não aceitam tão facilmente os estrangeiros no território nacional.

Sintra

Mosaico


Saíste do teu país para vir viver em Sintra? Como está a ser a tua experiência ?

Conta-nos a tua história! Queres aparecer no Mosaico? Envia um email para mosaico@dinamo.pt ou contacta-nos através do Facebook.

DOS JOVENS, PARA OS JOVENS setembro-outubro

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O Ã D S N E V O J OS

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Este será o teu espaço para te fazeres ouvir! Aqui terás a oportunidade de participar, de dizer o que pensas, de mostrar como vês Sintra, Faz-te ouvir através da discussão de temas que nos atingem no dia-a-dia, fotografias e passatempos.

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Mosaico


VOX POP O Mosaico foi à rua para perguntar o que achas sobre...

ACHAS QUE O VOLUNTARIADO TRAZ ALGUM BENEFÍCIO PARA A COMUNIDADE JOVEM?

O voluntariado trás imensos benefícios aos jovens! A mim permitiu-me conhecer pessoas inspiradoras e dinâmicas com os mesmos interesses e motivações que eu. Permitiu-me também desenvolver competências, como autonomia, confiança, liderança, espirito de equipa e entreajuda, o que me ajudou tanto a nível pessoal como profissional. O voluntariado enriquece-nos sempre!

Susana P. 25 anos

Eu acredito que sim. O voluntariado, em qualquer formato, faz o jovem crescer, leva-o a pensar sobre o mundo e as suas necessidades infindáveis e fá-lo dar uma ajuda a fim de tentar resolver algumas delas.

Ana M. 18 anos

Sem dúvida que o voluntariado traz benefícios aos jovens, principalmente no que diz respeito ao enriquecimento do nosso carácter, tendo em conta que nessas atividades nos deparamos com pessoas e realidades novas que muitas vezes nos fazem pensar a nossa vida de uma perspetiva diferente.

Beatriz F. 20 anos

O voluntariado tem muitos benefícios, daí ser muito importante. O voluntariado em eventos tem uma componente educativa do ponto de vista de aprender a trabalhar em grupo para um objetivo comum e, não sendo remunerado, tem uma enorme importância profissional. O institucional permite-nos ajudar os outros e a nós próprios, fazendo-nos desenvolver e estimular a entreajuda, pois só ganhamos quando ajudamos alguém.

Iara R. 20 anos

NA PRÓXIMA EDIÇÃO:

QUAL A TUA OPINIÃO SOBRE OS EVENTOS CULTURAIS QUE SE REALIZAM NO CONCELHO? ACHAS QUE MUITOS DELES SÃO DIRECIONADOS AOS JOVENS?

VEM AO FACEBOOK DEIXAR A TUA OPINIÃO!

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Espaço Escrita Criativa Autora: Maria Cintra Sobre escrever É uma bonita metamorfose, aquela do bichinho. Começa por ser um ponto, muito como aqueles que gostam de se juntar em grupos de três quando algo fica por terminar, ou subentendido, ou por vezes apenas por questões de estética... Do ponto, negro e pequenino, nasce um número ímpar de patas, sempre diferentes umas das outras em forma ou conteúdo. As patas perfuram a superfície do ponto (por esta altura já um pouco mais rechonchudo) rastejando lentamente para o exterior até estarem formadas por completo, num processo que provocaria os gritos histéricos dos mais impressionáveis. Quando a ponta da pata toca o solo, o bichinho formou já o seu número específico de olhos (também varia, de indivíduo para indivíduo) e já lhe nasceram os pêlos curtos e macios que protegem a frágil pele do animal – esta em nada semelhante à do comum dos insectos. Não lhe nascem asas – as asas, temos de as merecer –, mas nascem-lhe duas pequenas, modestas antenas que o ajudarão futuramente a encontrar o caminho que nasceu para percorrer. Mandíbulas surpreendentemente elegantes crescem também um pouco abaixo dos olhos, ou olho, da pequena criatura, para que possa defender-se. Defender-se das areias, das poeiras, dos fins que chegam sem aviso, das ligações que quebram, das correntes violentas e da violenta chegada de uma dor que não cessa, só se esconde. A metamorfose do bichinho é um processo bonito, mas que também – como tudo – tem o seu leve toque de dor. Quando nele assenta a tecla que daquela antiga e maltratada máquina de escrever caiu, ficando sobre o seu dorso a inicial simbólica (primeira letra da futura vítima do bichinho), ele sente sobre si o peso de todo o percurso futuro a que assistirá – todos os sucessos e insucessos, avanços e recuos, dúvidas – e quase se deleita na dor que o quase insuportável peso provoca. O bichinho está agora pronto para enfrentar as referidas areias, o tal desconhecido que todos tememos somente por ser isso mesmo. E feitas já algumas cicatrizes na sua frágil pele que o pêlo foi incapaz de proteger, fortalecido o bichinho que agora segura a pesada tecla sem dificuldade, ele unese àquele a quem escolhe entregar todo o amor pela escrita

que está no bichinho concentrado. Segundo os românticos, a escrita retirara a esta vítima do bichinho a sua condição de mero ser humano. Nada disso. Aquele que tem em si o bichinho da escrita, distingue-se dos outros apenas pela sua necessidade incontrolável de escrever, ou por aquilo a que chamamos “talento”. O que é isso afinal? O bichinho confere ao indivíduo por ele escolhido algo que é indiscutivelmente especial e único. Mas fará isso dele um bom escritor? Essa parte depende dele. O bichinho oferece-lhe os momentos de inspiração, o fogo, o combustível para escrever. A partir daí tem de ser o aspirante a escritor a fazer o esforço. Tem de ser ele a insistir nos defeitos até os ver reduzidos, a aprender a apagar, a riscar, a deitar fora. É ele que tem de lidar com a frustração de saber que o crescimento é um processo incessante e que isso implica estar-se propício a odiar aquilo que se escreveu no segundo anterior. Escrever torna-se uma mistura entre algo de instintivo e um reviver simultaneamente deleitoso e doloroso das emoções mais fortes, outrora presentes no nosso ser ou no ser que fingimos ser. E os que lêem divertir-se-ão ou não a imaginar o que estará nas entrelinhas, quando nem nós o sabemos. Talvez o bichinho o saiba. Talvez ele conheça o que está por detrás das personagens, da cuidadosa escolha de palavras… afinal foi ele que nos escolheu. Porquê nós? Terá o bichinho tido conhecimento, aquando da sua escolha, de uma ferida passada que necessita da escrita para sarar? E quando a morte chega – aquela coisa misteriosa que tantos associam à tristeza, mas que não tem de o ser – é que a maioria dos escritores ganha os tão procurados minutos de atenção. O bichinho volta por momentos à sua forma original de pequeno ponto negro. Mas o autor é imortal, a sua escrita continua a vida que o seu corpo terminou; por isso o bichinho não pode nunca ficar idêntico ao derradeiro ponto final – ele opta pela incerteza das reticências e divide o seu corpo em três… Dezembro de dois mil e treze

Este é o teu novo espaço de Escrita Criativa! Se gostas de escrever sobre vários temas, envia-nos os teus textos para mos aico@dinamo.pt. Solta o teu “bichinho de escrever”! 13

Mosaico


NG O MOVIEI sugere...

Gostas de Cinema? O Movieing é nova a rubrica que te sugere filmes sobre temas presentes na sociedade e que te faz refletir sobre eles.

Pepper A tecnologia é algo inevitável e em constante evolução. E tem os seus benefícios e adversidades. Cada um de nós poderá observar o seu impacto. Por exemplo, microscópios óticos permitiram-nos visualizar a célula, ajudando-nos a perceber o seu funcionamento e possibilitando a resposta para uma possível doença; e-mails ou telefones permitiram-nos falar com quem precisamos num curto espaço de tempo, graças à tecnologia a maioria de nós tem luz, água e comida suficiente para milhões de habitantes na Terra. Tudo isto é um benefício, mas questiono-me até onde a tecnologia irá avançar. O ser humano procura sempre mais, procura evoluir, e essa é uma das tremendas qualidades da raça humana. Mas conheceremos o limite? Haverá um limite? Ao ler um jornal deparei-me com uma notícia que relatava a mais recente inovação criada pela empresa Softbank em parceria com a Aldebaran, um robô capaz de aprender, armazenar e reconhecer emoções humanas: o robô Pepper. A ideia de uma tecnologia interativa pode ser algo entusiasmante, mas

ao mesmo tempo é preocupante o facto da nossa própria invenção estar a caminhar no sentido de ser autossuficiente, quase como que independente, e pode insurgir-se contra nós em vez de nos beneficiar. Um ótimo filme que poderá ajudar nesta reflexão tem o nome de ‘Transcendence’, dirigido por Wally Pfister, com a participação de Jonny Depp, Rebecca Hall, e Morgan Freeman, que fala sobre um cientista que trabalha no campo da inteligência artificial e cria uma máquina capaz de combinar inteligência com a grande variedade de emoções humanas. Um filme alucinante que coloca em perspetiva todo o nosso entusiamo e receio em relação à tecnologia. Assim vos deixo com esta sugestão, Até à próxima, Beatriz Darame

FLASH! Queres fazer parte da próxima edição do Mosaico?

MOSTRA-NOS O SÍTIO ONDE COSTUMAS PASSAR OS TEUS TEMPOS LIVRES COM OS TEUS AMIGOS! Envia-nos uma foto por mensagem privada pelo Facebook com uma pequena descrição do teu spot no concelho de Sintra. SÊ ORIGINAL, porque só uma será publicada na nossa edição!

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AGENDA CULTURAL Em Sintra acontece...

Exposição de Graffiti e Street Art “In. Consciente” no MU.SA O Espaço Lab, no MU.SA, recebe a exposição de graffiti e street-art “IN.consciente” de Miguel Caeiro (RAM).

Local: MU.SA - Museu das Artes de Sintra Dias: de 12 de setembro até 22 de outubro Preço: Gratuito

Matiné Dançante no CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL Mais uma edição do programa Matiné Dançante, no qual os participantes podem dançar e reeditar tradições de Sintra que remontam ao século XIX.

Faixa etária: Maiores de 6 anos Local: Centro Cultural Olga Cadaval Dias: 12 de outubro, às 15:00 Preço: 4€

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MEO Urban Trail Uma corrida de 12 quilómetros ou caminhada de 6 quilómetros que apresenta a vila histórica à noite.

Faixa etária: Maiores de 6 anos Local: Sintra Dias: 25 de outubro, às 21:00 Preço: 18€ - inscrição de equipa 20€ - inscrição individual

DINAMIZA-TE! Um evento que vai colorir e requalificar as paredes da estação das Mercês através da arte urbana.

Faixa etária: Todas as idades Local: MU.SA - Museu das Artes de Sintra Dias: 18 de Outubro, às 10:00 Preço: Gratuito

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Mosaico


ENTREVISTA CULTURAL Representando um dos grupos de teatro do concelho de Sintra formado apenas por jovens, Paulo, Fábio, Inês Silva, Inês Figueiredo e André estiveram à conversa com o Mosaico e contaram-nos um pouco sobre os Frente&Verso e sobre a sua vida em palco.

Mosaico (M) - Como é que surgiu a ideia de criarem um grupo de teatro?

sempre motivo de grande debate nos nossos ensaios.

Paulo - Os nove membros fundadores

Inês F. - É um desafio crescermos jun-

do grupo começaram no Reticências, o teatro da Escola Secundária Leal da Câmara. Depois, em 2011, muitos foram para a universidade, pelo que a possibilidade do teatro tornar-se apenas uma memória de secundário era muito real. Para resolver o problema, decidimos então criar um novo grupo, ideia que partilhei logo com a Inês Silva, que, tal como os restantes, ficou imediatamente decidida a avançar. Queríamos continuar a partilhar experiências juntos, por isso falámos com o Rui Mário, nosso mestre, que se mostrou logo adepto da ideia e nos ajudou com um espaço para ensaiar. Foi o essencial para que em poucos dias o grupo se tornasse em algo de concreto.

M - Quais são alguns dos desafios que têm enfrentado até agora?

Paulo - O primeiro desafio foi como

organizar um grupo e fazê-lo funcionar. Somos desde o primeiro momento um grupo de jovens que queria fazer deste projeto uma coisa duradoura.

Fábio - Todos os projetos/peças de

teatro que desenvolvemos e construímos foram desafios. Cada peça de teatro, no seu processo de construção, causa sempre algum peso e pressão no grupo.

Inês S. – A conciliação entre a criação de um espectáculo que nos dê gozo fazer e que seja simultaneamente de valor para apresentar ao público é setembro-outubro

tos. E o desafio maior reside sempre em reinventarmo-nos no momento da peça.

M - Acham que o público gosta do vosso trabalho?

André - No geral, temos tido um

feedback positivo em todos os nossos trabalhos, mas obviamente que temos também recebido críticas negativas em certos aspetos. Faz parte do nosso processo de evolução recebermos críticas construtivas e evoluir com elas, e é por essa razão que pedimos sempre a opinião do nosso público.

M - De que maneira o vosso trabalho pode afetar os jovens que vivem no concelho de Sintra?

Inês S. - Pode afetar os jovens princi-

palmente a nível de exemplo de iniciativa jovem. Penso que somos um bom exemplo de que um grupo de jovens pode juntar-se e criar algo de belo com recurso a trabalho de equipa.

André - Somos também um exemplo de como um grupo composto inteiramente por jovens é capaz de fazer coisas maravilhosas, desde que a isso se dedique.

Inês F. – Talvez o nosso trabalho possa demonstrar que há mais para além deste número gigante de prédios e bairros cinzentos. Talvez mostrar aos jovens que são eles que fazem o bairro.

M – No futuro, querem apresentar o

vosso trabalho apenas na zona de Sintra ou expandi-lo para outros sítios?

Inês S. - Eu gosto de sonhar alto. Já

andamos a expandir o nosso trabalho para o distrito de Lisboa. Acredito que não é impensável visitar outros locais do nosso país. Quiçá o mundo (pelo menos, Europa). Só precisamos é de trabalhar para conquistar os meios.

M - Que mensagem querem deixar aos leitores do Mosaico?

Fábio - Dêem vida à cultura, revi-

talizem-na. Visitem sítios que nunca viram. Nunca desistam de arranjar tempo para fazer o que mais gostam, independentemente da profissão para a qual se estão a formar. A vida não é só trabalho.

Inês F. - As pessoas foram feitas para

comunicar. Por isso utilizem qualquer recurso que tenham à mão. Artes plásticas, teatro, música, escrita, ciência, que tanta imaginação precisa para ser bem feita. Não tenham medo de mostrar o que sabem fazer: é daí que nascem os feitos importantes destes bairros perdidos pela linha de Sintra. Pelo menos é isso que os Frente&Verso tentam fazer, os grandes feitos. Aceitem a “loucura”. Aceitem o desafio.

M AS A C R E P NÃO D OS S E D A ID NOV RSO! E V E E FR E NT www.facebook.com/Teatro FrenteVerso 16


FICHA TÉCNICA Coordenador de Redação: Sofia Pereira Editora: Cintia Costa Redação: Miriam Inácio, Raquel Gomes Grafismo e Produção de Imagem: Íris Santos Produção e Edição de Video: André Rijo 17

Colaboradores externos: Bea Darame

Mosaico


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Mosaico


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