Jornal de Abrantes - Edição de Dezembro, 2016

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DEZEMBRO 2016 · Diretora JOANA MARGARIDA CARVALHO · MENSAL · Nº 5550 · ANO 116 · DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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de

jornal abrantes

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Abrantes · Constância · Mação · Sardoal · Vila Nova da Barquinha · Vila de Rei

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POLÍTICA MUNICIPAL

SARDOAL

TURISMO

MÓVEIS

Câmara Municipais definem estratégias para 2017

Exercício Internacional conta Municípios dão-se a conhecer com 300 efetivos ao longo da EN 2

As autarquias já aprovaram as Grandes Opções para 2017 e têm orçamentos na generalidade mais avultados devido à entrada de fundos comunitários. Páginas 4,5 e 6

Sardoal vai receber, entre 12 a 15 de junho de 2017, um exercício internacional, denominado Falck, onde será simulado um sismo de grande magnitude. Pág 19

Criar uma nova rota turística baseada na EN 2 é o principal objetivo do protocolo assinado pelos Municípios de Vila de Rei, Abrantes e Sardoal. Pág 21

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Ao lado da SAPEC, em frente às bombas combustíveis BP

Foto: Câmara Municipal de Abrantes

O Natal já mexe!

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2 ABERTURA

DEZEMBRO 2016

FOTO DO MÊS

EDITORIAL

de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA

Diretora Joana Margarida Carvalho (CP.9319) joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho

Diretora Redação

E chegou o Natal!

Patrícia Seixas (CP.6127) Patricia.s.seixas@lenacomunicacao.pt

Colaboradores Alves Jana, André Lopes, Carlos Serrano e Paulo Delgado

ABRANTES

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Departamento Financeiro Ângela Gil (Direção)

Patrícia Seixas

Miguel Ângelo 962 108 785 miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

É Natal, é Natal, tudo tem mais luz…. Menos a ponte sobre o rio Tejo

Catarina Branquinho 244 819 950 info@lenacomunicacao.pt

Produção gráfica Semanário REGIÃO DE LEIRIA

INQUÉRITO

Que presente deseja para este Natal?

Impressão Unipress Centro Gráfico, Lda.

Design gráfico António Vieira Contactos Tel: 241 360 170 / Fax: 241 360 179 jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

Editora e proprietária Media On - Comunicação Social, Lda.

José Alves Jana

Luís Ablú Dias

Vasco Damas

Abrantes

Abrantes

Abrantes

Capital Social: 50.000 euros

Que os Estados Unidos tenham outro presidente.

Muita saúde e iluminação na ponte sobre o rio Tejo.

Captação de investimento externo, criação de emprego e um concelho mais iluminado, para além de dezembro.

UMA POVOAÇÃO? Sardoal, sem dúvida.

UMA VIAGEM? Vilar de Mouros.

Nº Contribuinte: 505 500 094 Av. General Humberto Delgado Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes

SUGESTÕES

Detentores do capital social Lena Comunicação SGPS, S.A. 80% Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda. 20%

UM CAFÉ? Não tenho nenhum eleito. PRATO PREFERIDO? Migas com secretos de porco.

Gerência Francisco Rebelo dos Santos, Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição e Paulo Miguel Gonçalves da Silva Reis

Sérgio Simples Marques

UM RECANTO PARA DESCOBRIR? Monte de Santa Luzia em Viana do Castelo.

IDADE? 36 Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617

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NATURALIDADE /RESIDÊNCIA? Sardoal PROFISSÃO? Técnico Auxiliar de Farmácia

UM DISCO? The Soft Parade “The Doors”. UM FILME? O Fabuloso Destino de Amélie Poulain.

UMA FIGURA DA HISTÓRIA? Leonardo da Vinci. UM MOMENTO MARCANTE? Ser pai. UM PROVÉRBIO? Como dizia o meu avô, se ganhas dez, não gastes onze. UM SONHO? Realizar as ideias todas que tenho em forma de filme ou livro. UMA PROPOSTA PARA UM DIA DIFERENTE NA REGIÃO? Semana Santa no Sardoal.

Estamos praticamente no Natal… pelas ruas da cidade de Abrantes começa a sentir-se a quadra...A pouco e pouco, as ruas e praças vão-se iluminando. Nas montras as decorações, algumas ainda de forma tímida, vão captando a atenção de quem passa. E quando olhamos para a torre iluminada sentimos que o Natal realmente chegou. Nas rádios, na televisão, nos jornais e na internet o apelo ao consumismo começa a intensificar-se. Pela região, as autarquias e entidades com responsabilidade local começam a preparar os seus programas e a provocar o envolvimento ativo das comunidades. A nível nacional as notícias que nos chegam geram algum otimismo. Falsas ou verdadeiras esperanças que alimentam pelo menos a vontade de interrogar se é este o caminho a seguir. E ao longo dos meses que passaram, a região do Médio Tejo foi acompanhando as exigências dos tempos. Os orçamentos autárquicos foram aprovados, as estratégias foram definidas e os olhos estão postos no que vem aí em 2017, num ano que será particularmente agitado politicamente. No concelho de Abrantes, essa agitação começa a dar os primeiros sinais. Começa a conhecer-se quem quer encabeçar a governação local e a dirigir o destino do território. As posições assumem especial relevo e geram “ruturas” e “apaziguamentos”. Mas numa altura em que se norteiam alguns valores como o amor, a partilha, a solidariedade, a paz, e acima de tudo a união familiar, deixa-se para depois a agitação que aí vem. Chega o momento de aproveitar a quadra e de estarmos junto de quem mais amamos, valorizamos e acima de tudo respeitamos! Um Feliz Natal! Errata: Na edição passada do Jornal de Abrantes, na notícia: “ILC promove sessão sobre oportunidades no estrangeiro”, na página 6, por lapso trocámos o nome à professora Helena Alcobia. À visada pedimos desculpa pelo incómodo causado.


ENTREVISTA 3

DEZEMBRO 2016

MÁRIO PISSARRA

“A filosofia mantém o espírito crítico e abre horizontes de possibilidade” Mário Pissarra, como é conhecido, é o presidente da comissão do cinquentenário do Liceu e/ou Escola Dr. Manuel Fernandes, onde foi professor. Radicado em Abrantes em 1973, como professor, primeiro de religião e moral e depois de filosofia, tem sido uma figura relevante, sobretudo na educação. Mas não só, também no jornalismo local, no associativismo cultural ou na organização de momentos de reflexão e debate. É um homem com quem se pode contar. Declaração de interesses: somos amigos, colegas de escola e disciplina, e ainda parceiros em vários projetos na vida abrantina.

levantes. Valeu a pena. Senti-me realizado a nível profissional. Tive momentos de interrogação sobre a minha aposta na filosofia no ensino secundário, mas não estou arrependido do percurso que fiz, mesmo sabendo que tive outras oportunidades. Acho que ganhei a aposta.

Quais as tuas preocupações com a programação do cinquentenário? Pelo que percebi, a comissão de que faço parte apresentará uma listagem de possíveis atividades, que depois será aprovada pelos órgãos da Escola. Já fizemos duas reuniões, temos já uma série de ideias assentes, já se optou pelo modelo: comemoração dispersa ao longo do ano, iniciando-se no fim-de-semana mais próximo da data da publicação do diploma legal que cria a Escola.

Eras presidente do Conselho Directivo do Liceu quando, em 1975, este se mudou para as instalações do Colégio La Salle. Como foi o processo? É preciso situarmo-nos no tempo. Fui então presidente porque terei parecido representar entre os professores um certo equilíbrio. Quanto à mudança, não foi uma “ocupação”, como terá sido percebido nalguns setores da sociedade abrantina. Foi feita a pedido dos irmãos do La Salle, que tinham muito medo que o colégio fosse ocupado pelos então “retornados”, porque eles tinham já um excesso de espaço, em virtude de o aumento da rede escolar pública lhes ter retirado uma boa parte dos alunos da província. Na região de Abrantes, por exemplo, tinham já a Escola [Industrial, hoje Solano de Abreu] e o Liceu. Sobretudo os internatos dos colégios estavam a colapsar. Por outro lado, o Liceu [então na Casa Carneiro] tinha falta de instalações e, por empréstimo, estabeleceu ali as turmas do 8º ano, no ano que antecedeu a nossa mudança para lá. Ainda coabitámos algum tempo com os frades, que tinham as suas instalações, já sem os seus alunos. Venderam o mobiliário que conseguiram a pessoas da cidade. Depois desenvolveu-se, entre o Ministério e as Iniciativas de Abrantes, o processo, que demorou vários anos, de aquisição do edifício.

Qual o balanço de 36 anos de professor? É francamente positivo. É uma alegria ir encontrando alunos, para o crescimento dos quais nós contribuímos, mesmo sem termos consciência. Com alguns dissabores, como é natural, mas não muito re-

És membro do Clube de Filosofia de Abrantes (2012). O que representa para ti? A título pessoal, é uma forma de manter uma certa atividade intelectual e disciplinar-me um pouco nas leituras. Além disso, centrou-me em novos temas, levou-me a estudar

Como foi receber o convite para presidir à comissão do cinquentenário? Foi uma alegria. Eu sou um homem de uma escola só, onde permaneci, na prática, toda a minha vida profissional: o antigo Liceu, hoje Escola Dr. Manuel Fernandes. Saí apenas um ano para fazer estágio em Castelo Branco e três anos em que estive destacado em Torres Novas como diretor do Colégio Andrade Corvo.

algumas coisas que me poderiam passar ao lado… Em relação às pessoas que participam, é interessante ver que é possível fazer coisas em que ninguém está interessado no que possa ganhar ou preocupado com o que possa perder. Tem um valor que eu estimo muito: todos, independentemente da profissão ou da situação económica ou da formação académica, estamos em pé de igualdade e podemos conversar, sem medo, sobre os mais variados temas. O que representa ou significa, hoje, a filosofia? A sua cotação de mercado é baixa, pela evolução social e pela própria matriz da filosofia. Era como que o conjunto de todos os saberes, mas à medida que as ciências seguiram um caminho de cada vez maior especialização, a filosofia perdeu esse estatuto social. Passou a ter funções sociais não mais nem menos importantes, apenas diferentes. É uma forma de pensar global e integradora, capaz de alargar horizontes, coisa que a ciência, pela sua especialização, não pode fazer. É, além disso, uma atividade crítica em relação ao que admitimos como óbvio, seja o que for. Isto no que respeita à sua presença social, não quanto ao seu aspecto académico. A filosofia não se compara com a ciência no rigor e na exatidão, mas a sua função na sociedade é tanto ou mais importante que a da ciência, sobretudo no manter o espírito crítico e na abertura a horizontes de possibilidade mais ricas para o ser humano. Quais são as palavras que estruturam, como pilares, o teu pensamento? Trabalho. Eu fiz a escola primária e entrei no mundo do trabalho, o que fez com que mantivesse alguns hábitos de trabalhador. Ainda hoje [apesar de aposentado], continuo a levantar-me entre as sete e as sete e um quarto, sem despertador. Frontalidade. Disponibilidade para falar e discutir com as pessoas. E curiosi-

Naturalidade: Idanha-a-Nova, 1948 Fixação em Abrantes: 1973

Formação

- Teologia: 1973 - Licenciatura Filosofia: 1975 - Mestrado Filosofia: 1987 Aposentação: 2010

Não é raro encontrar um professor de filosofia que diz ter encontrado em Abrantes “o melhor Grupo de filosofia do mundo”. Porque havia camaradagem entre os vários professores, por exemplo íamos regularmente jantar juntos, mas sobretudo porque havia um trabalho de discussão de ideias entre os professores. O Grupo era uma oficina de trabalho filosófico para os próprios professores. Isso deve-se à forma de liderança e ao desafio de reflexão do Delegado de Grupo, Mário Pissarra. Além disso, Mário Pissarra sempre foi, na escola, um professor que desafiava a pensar e que contribuía com os seus conhecimentos de psicologia, que também lecionava, para a reflexão sobre a prática educativa da escola. Foi, sem dúvida, por isso, que o Rotary Clube de Abrantes, há anos, o homenageou como o profissional do ano.

dade, continuo a gostar de saber, de investigar, de ler. Sabes quantos livros tens? O que representa, para ti, a tua biblioteca? Sei, cerca de 7.000. Representa um problema (riso), o da falta de espaço. A sério: e um dos meus amores. Na minha casa não havia livros, tirando os da escola, das minhas irmãs, mais velhas. Lembro-me de começar a ir à biblioteca da Gulbenkian… e sempre me ficou a nostalgia de não ter livros. Quando ia a casa de alguém, perdia-me a ver os livros que por lá estavam. Assim que pude adquirir alguns livros, fui comprando. Sempre gostei de ler outras coisas para além do que era obrigatório no es-

tudo. Quando vou a uma livraria e não trago um livro, saio a sentir que me falta alguma coisa. Além disso, a Internet traz hoje outra biblioteca a casa. Abrantes. O que significa para ti? A maior parte da minha vida foi vivida em Abrantes. Saí de Idanha, a minha matriz inicial, com 13 anos e só lá voltava nas férias. No início, não fui bem recebido em Abrantes, por certos setores. Depois, sinto que fiz um percurso profissional sério, honesto, e que ganhei o respeito das pessoas. Também procurei naquilo que podia e me era solicitado, responder com generosidade. Alves Jana PUBLICIDADE

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4 POLÍTICA MUNICIPAL

DEZEMBRO 2016

ABRANTES

Executivo aprova orçamento de 32,4 ME para 2017 O Orçamento para 2017 da Câmara Municipal de Abrantes foi apresentado e aprovado pela maioria socialista em reunião de executivo no dia 31 de outubro. Conta com um aumento de 22% relativo a 2016. O valor ronda cerca de 32,4 ME. Maria do Céu Albuquerque explica que “este aumento diz respeito a investimento, aproveitando o Quadro Comunitário Portugal 2020 que, finalmente, começa a disponibilizar verbas aos Municípios para fazer face ao conjunto de intervenções que se propõem fazer e que foram contratualizadas. Nomeadamente, no âmbito do inves-

timento territorial integrado na Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo mas também no âmbito da regeneração urbana”. A presidente da Câmara Municipal de Abrantes acrescenta que, “do ponto de vista da despesa corrente, tentamos cingir ao máximo possível essa vertente para que a poupança corrente possa servir para alavancar o investimento em curso na vertente não coberta pelos fundos comunitários”. Quanto às grandes obras para o próximo ano, e já estando aprovada a recuperação do Convento de São Domingos para a instalação do

Museu Ibérico de Arqueologia e Arte, também o Edifício Carneiro sofrerá obras de recuperação para receber o Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida e a QUARTEL’ARTE - Galeria Municipal de Arte, vai ser requalificada. É intenção da Autarquia iniciar a dinamização do Núcleo Museológico Duarte Ferreira, do Welcome Center, da loja “Produtos e Territórios” em Lisboa, do Parque Tejo e da Estação de Canoagem de Alvega. A qualificação paisagística da Encosta do Castelo, bem como a requalificação do Castelo de Abrantes também são projetos que já foram dados a co-

nhecer. No que diz respeito à reabilitação urbana e ordenamento do território, as prioridades da Câmara Municipal prendem-se com a conclusão do processo de revisão e a entrada em vigor do Plano Diretor Municipal de Abrantes, a implementação do programa estratégico da área de reabilitação urbana do centro histórico, a requalificação do Largo 1º de Maio, a requalificação do Espaço Público

do Bairro de Vale de Rãs” e “Criação de Parque Intergeracional” e do parque de estacionamento do Vale da Fontinha. As freguesias beneficiarão de algumas obras de requalificação e pavimentação de arruamentos. Os Serviços Municipalizados (SMA) terão em 2017 um Orçamento de 4.797.500,00 euros. Significa uma diminuição de -0,8% (37.500€) do que em 2016.

Os SMA terão como projetos mais relevantes o investimento no traçado adutor entre Vale Donas, S. Miguel e Tramagal (750.000€), o traçado adutor entre o nó de Vale Donas, Pego e Concavada (500.000€), os reforços e remodelação dos sistemas abastecimento de água (150.000€) e equipamento básico para o setor de RSU, com a aquisição de uma nova viatura de recolha e novos contentores (175.000€).

SARDOAL

Autarquia aprova orçamento de 9,8 ME A Câmara Municipal de Sardoal aprovou no dia 28 de outubro, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2017. O documento, de 9,8 ME, com um aumento de 2,5 ME em relação ao orçamento anterior, foi aprovado por maioria com o voto contra do vereador eleito pelo PS, Fernando Vasco. Miguel Borges, presidente da CM de Sardoal, disse que este é “um orçamento de rigor, como não podia deixar de ser mediante os tempos que correrem. Um documento que procura rentabilizar com muita eficiência aquilo que são os fundos municipais, sendo que temos cada vez menos receitas próprias. Mesmo assim com este orçamento queremos e conseguimos corresponder às necessidades do nosso concelho”. “Temos um orçamento de cerca de 9 ME, mais 2,5 ME, do que o orçamento anterior, porque neste orçamento é

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que se vai refletir a influência do quadro comunitário de apoio - Portugal 2020, que devia ter começado em 2014. Só a partir de agora é que vamos ter mais obra no terreno e tal não acontece somente no Sardoal, mas em todo o país”, explicou o autarca. As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2017

prevêem um conjunto de obras a concretizar, com destaque para a requalificação do parque escolar que representa um investimento de cerca de 4ME. Na área da educação vão ainda ser contemplados projetos a implementar no âmbito do combate ao abandono e insucesso escolar.

“ A requalificação do Parque Escolar é uma luta que tem 6 anos e que só agora é que vamos conseguir iniciar”, reforçou Miguel Borges, dando conta que na reunião do executivo camarário foi aprovado todo o procedimento concursal da empreitada. Previsto neste orçamento e após a conclusão dos pro-

cedimentos administrativos, terão início os trabalhos de substituição de condutas de abastecimento de água e de repavimentação em Panascos e em Valhascos, assim como terão lugar obras de pavimentação em Casos Novos, Entrevinhas, Lameiras, Mógão, Cabeça das Mós e Vale da Amarela. Por sua vez, integrada no Plano de Ação para a Regeneração Urbana (PARU), está também prevista “a requalificação da igreja de Nossa Srª do Carmo, com a instalação do Centro de Interpretação da Semana Santa e do Património. Como também, uma intervenção nos corredores centrais, no centro da vila, para facilitar a mobilidade de quem visita e habita”, acrescentou o presidente. “Temos um orçamento para darmos continuidade ao nosso trabalho nas áreas da cultura, turismo, ação social, educação, floresta, en-

tre outras. Sendo certo que neste momento, já temos a decorrer uma candidatura de 800 mil euros para aquilo que é a nossa competência com a floresta”, avançou o autarca. Miguel Borges fez ainda referência a um novo apoio que surgirá em 2017, no âmbito da comparticipação de medicamentos: “o apoio aos medicamentos entra em vigor através de um programa criado por um conjunto de entidades, como a Associação Nacional de Farmácias, a Caritas, etc, com um regulamento próprio, que vai permitir que as pessoas que mais precisam possam ter esta comparticipação. Trata-se de um apoio muito idêntico ao que existe nas cantinas sociais, onde é feito uma análise socioeconómica do contemplado e onde se percebe as suas necessidades. A comparticipação não é limitativa e abrange todas as faixas etárias”, finalizou.


POLÍTICA MUNICIPAL 5

DEZEMBRO 2016

VILA DE REI

Aprovado orçamento de 6,5 ME para 2017 O executivo Municipal de Vila de Rei aprovou o Orçamento para o ano de 2017, com um aumento de verbas de 15,9% em relação ao ano anterior. O Orçamento aprovado é de 6.560.000 euros, num “aumento considerável” face aos 5.660.000 euros do ano de 2016. Ricardo Aires, presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, adianta que “o orçamento aprovado para o ano de 2017 volta a demonstrar a forte aposta da Autarquia nas políticas de promoção da qualidade de vida dos seus habitantes, com mais de metade do seu investimento destinado às áreas de Educação e Ação Social”. Entre os investimentos previstos para obras/aquisições ao longo de 2017, o Município salienta as vertentes de

Educação com a requalificação da Escola Básica e Secundária do Centro de Portugal, a construção de Creche Municipal e a comparticipação total na aquisição de manuais escolares para o Ensino Secundário. Na área da Ação Social, o Município vai avançar com a conclusão do projeto para o Centro Geriátrico de Vila de Rei, também com o projeto para um Lar Residencial para pessoas portadoras de deficiência e dar continuidade ao apoio às instituições de Solidariedade Social. Na vertente da Proteção do Meio Ambiente e Conservação da Natureza, Vila de Rei vai contar com a construção do Parque Urbano da Vila, e no Desporto, Recreio e Lazer, com a criação de uma Quinta Pedagógica. Para a área da Indústria e Energia estão projetadas a

criação de destilaria, infraestruturas urbanísticas na Zona Industrial do Souto, eficiência energética na iluminação pública e edifícios públicos. Quanto a Infraestruturas Rodoviárias, Mercados e Feiras, o Município vai proceder à

requalificação do Parque de Feiras. Na vertente do Turismo, irá proceder-se à execução do Parque de Campismo de Fernandaires e ao alargamento da zona de lazer do Centro Geodésico.

O Plano Plurianual de Investimentos incorpora a previsão de despesas de investimento no valor de 1.603.100 euros, “com uma forte aposta nas funções sociais (50,75% desse valor), designadamente na educação, saúde, ação

social, habitação, serviços coletivos, cultura e desporto”. Neste plano de investimentos segue-se “as funções económicas (38,85%), designadamente em transportes, vias de comunicação, turismo, indústria e energia”. PUBLICIDADE

Câmara chumba proposta de orçamento Participativo apresentada pelo PS Em reunião camarária de dia 4 de outubro, o Partido Socialista de Vila de Rei apresentou uma “proposta de Projecto de Regulamento”, com um cabimento de 75.000€ para o ano de 2017, “de modo a definir as normas do processo de participação e discussão pública inerente à implementação do Orçamento Participativo (OP) no Município de Vila de Rei, assumindo o compromisso de, sucessivamente, as adequar às necessidades da governação do Município”. O PS vilarregense considera que “o Município de Vila de Rei deve ter como um dos seus desígnios a aposta no aprofundamento da democracia participativa, informada e responsável dos cidadãos e das organizações da sociedade civil na governação do mesmo”. No entanto, a proposta socialista foi chumbada pela maioria social-democrata e

o presidente Ricardo Aires apresentou três razões para o terem feito. “Primeiro, a proposta do Partido Socialista era de 75 mil euros para o Orçamento Participativo (…) logo aí… não pode ser, é impossível. Não conseguimos ter esta verba para o OP. Em segundo lugar, não é a um ano das eleições que o Partido Socialista tem que fazer esta proposta. Se fosse uma prioridade, como disseram que era, então tinha sido logo no primeiro ano de mandato deste Executivo. Não sei porque é que só o estão a fazer agora”, afirmou Ricardo Aires, considerando tratar-se de “um aproveitamento político”. E continua, explicando que “não tínhamos essa verba cabimentada para o próximo Orçamento (pode ser uma desculpa fácil mas é a verdade). Em terceiro lugar, eu acho que os Orçamentos Participativos têm que ser di-

ferentes. Na sua génese, até acho que é uma política correta” que permite “que pessoas de fora da política possam fazer uma proposta e colocá-la a votação. Mas o que é que está a acontecer noutros concelhos? Até em concelhos do Médio Tejo, como os meus colegas me dizem. É que há um aproveitamento político desses projetos por parte das oposições. E não pode ser, porque isto era para as pessoas. São os partidos políticos que estão nas oposições das câmaras que estão a apresentar projetos. E figuras que poderão ser os próximos eleitos locais daqui a um ano”. O Partido Socialista reagiu, em comunicado, e afirmou que “é com muita pena nossa que o PSD votou contra, mostrando que não entende a importância desta medida e que está desatualizado face àquilo que deveria ser a governação local no século XXI”.

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6 POLÍTICA MUNICIPAL

DEZEMBRO 2016

CONSTÂNCIA

Câmara Municipal aprova orçamento de 7 ME

A Câmara de Constância aprovou, com os votos favoráveis da maioria CDU e com a abstenção dos eleitos do PS, um orçamento de sete milhões de euros para 2017 e sublinhou a “incapacidade de gerar receita própria”. Em nota de imprensa, a autarquia liderada por Júlia Amorim (CDU) refere que os principais investimentos se vão centrar no “Centro Escolar de Montalvo e respetivas infraestruturas e acessos, na

ampliação do cemitério da Portela, na freguesia de Santa Margarida, e na reconversão urbanística do centro histórico da vila”, prioridades que aquela autarquia do distrito de Santarém entende serem “um desafio” perante a “incapacidade de gerar receita própria”. Segundo a mesma nota, a autarquia afirma que “a priorização” dos investimentos representa “um desafio” na medida em que “a incapaci-

dade de gerar receita própria coloca o município numa situação de dependência quase total da receita proveniente do Orçamento do Estado”, o que, sublinha, “é manifestamente insuficiente para fazer face à assunção de despesa indispensável à concretização das ações inscritas no Plano Estratégico de Constância 2020”. O valor total é de 6.969.280,00 euros, salientando o município que 2017

será um ano de “grande contenção de despesa corrente”, e que “continuará a assumir a despesa relacionada com o fornecimento de água, saneamento, recolha de resíduos sólidos urbanos, iluminação pública” e outros. Ao nível da promoção turística e cultural é destacada a organização das Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem, das Pomonas Camonianas, do Festival das Grandes Rotas, da Feira do Livro, do

Festival Internacional do Carrilhão e do Órgão e atividades variadas no Parque Ambiental de Santa Margarida, no Borboletário, Centro Ciência Viva e Quinta Dona Maria/ Museu Quintas do Tejo. A estas juntam-se as iniciativas integradas no “Ano Camões” (2016/17), que engloba a comemoração dos 40 anos da fundação da Associação Casa-Memória de Camões, em Constância, e dos 25 anos da inauguração da

Escola Luís de Camões. Educação, ação social, associativismo, desporto, capacitação dos trabalhadores da autarquia, modernização administrativa e ambiente, proteção da floresta e biodiversidade são apontados como “áreas importantes que não serão esquecidas pelo município”. O orçamento vai ser submetido ainda a votação em sede de Assembleia Municipal.

VN DA BARQUINHA

Município aprova orçamento de 13 ME O Município de Vila Nova da Barquinha aprovou, por maioria, com votos a favor do PS e voto contra do PSD, o Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2017, em reunião extraordinária realizada no passado dia 31 de outubro. Com um valor de cerca de 13 ME, o documento prevê um aumento global do seu valor relativamente ao ano anterior em cerca de 4,9 milhões de euros, um incremento de 37,76% “que se justifica essencialmente pelo início de projetos cofinanciados, no novo quadro comunitário”, informa a Autarquia em nota de imprensa. O executivo, liderado por Fernando Freire, prevê realizar investimentos na área da Educação, com a adapta-

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ção da antiga escola EB1 de Vila Nova da Barquinha em Jardim-de-infância e a continuidade do projeto Centro Integrado de Educação em Ciências, em parceria com a Universidade de Aveiro. No Turismo prevê-se “a aposta nos Percursos Ribeirinhos, Rota do Tejo, o Centro de Interpretação Templário, os arranjos paisagísticos da ilha do Castelo de Almourol e a recuperação do Cais de D’El rei, em Tancos”. Na Cultura, “a aposta na arte pública em parceria com a Fundação EDP, e na formação, em parceria com o Instituto Politécnico de Tomar”, é um objetivo. No saneamento, a construção da Rede em Baixa das Madeiras - Praia do Ribatejo é outra das prioridades para

2017, “uma carência antiga e que permitirá assegurar uma cobertura quase total

do concelho em termos de saneamento”. No apoio à atividade em-

presarial, é intenção da Autarquia proceder com “a criação de um Centro de Apoio

à Atividade Empresarial e Ninho de Empresas, de forma a incentivar pessoas singulares e coletivas a iniciar ou desenvolver áreas empresariais que possam trazer mais emprego e rendimento ao concelho”. Na regeneração urbana, é esperada “a requalificação da antiga cantina escolar no Largo de Santo António, da Praça da República, do loteamento da Rua da Misericórdia e do Largo José da Cruz”. Na eficiência energética, a Autarquia vai intervir “na iluminação Publica, nas piscinas Zêzere e Tejo, em parceria com a Agência Médio Tejo 21” e na mobilidade sustentável, prevê-se a “criação de uma rede de ciclovia, criando novos hábitos de desenvolvimento físico e social”.


ECONOMIA 7

DEZEMBRO 2016

Gelados e os desafios para 2017 na Pastelaria Tágide O ano de 2017 promete muitas novidades na Pastelaria Tágide, uma das mais representativas da doçaria tradicional do concelho de Abrantes. Fernando Correia, chef mestre pasteleiro, desvendou-nos um pouquinho acerca do que aí vem. Comecemos pelo que foi anunciado, em primeira mão, na edição deste ano da Feira Nacional de Doçaria Tradicional: o Gelado Palha de Abrantes. “É um gelado simples de baunilha, com natas, leite, ovos, açúcar e baunilha. Coze-se o leite com uma vagem de baunilha e vai ao batedor de temperatura. É batido várias vezes e fica muito cremoso, como pôde comprovar quem experimentou na Feira da Doçaria. Depois fizemos um creme de ovos

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• Fernando Correia

“boutique de pão, onde vamos ter pão diariamente e vamos diversificar nas variedades, em pães que não se vêm habitualmente”. Para além dos novos produtos agora anunciados, afinal, falamos de uma pastelaria. E a Pastelaria Tágide vai passar a mostrar “uma vitrine de doçaria conventual e tradicional com as castanhas doces, os 02 DESCONTOS EXCECIONAIS.mulatos, APROVEITE JÁ! as limas, broas, tigeladas e palha de Abrantes e OS 3 Baterias Pastelaria vai criar o gelado Palha de Abrantes também uma vitrine de pastelaria fina”. QUANTIDADE LIMITADA mais líquido, uma vez que é dos objetivos vai ser introdu- A 314Para o ajudar nestes novos UNIDADES* para um gelado, e também zir a gelataria, com um pro- projetos, FernandoQUANTIDADE Correia LIMITAD A 242 um crocante praliné com fios duto nosso, artesanal, que confessou que “para já, tra-UNIDADES* de ovos”, revela o chef Fer- não vai ser em covettes mas balhamos 90com o que temos nando Correia. em máquina de pressão e mas, no futuro, vou ter uma 99 SEMa FIO E esse é um dos desafios que vai ser feito por mim”.BERBEQUIM equipa trabalhar comigo. para 2017 pois, como nos Mas não é tudo. Num espaVou escolher alguns ex-aluBateria 18 V; Ni-cd 1,2 Ah MARTELO Binário: 30 Nm explicou, “durante o ano de ço que irá ser remodelado, nos meus, os melhores, tanto Itm: 61408829 Potência: 850 W de impacto: 5 Joules 2017, temos o projeto para Fernando Correia tem ainda os daqui da EPDRAForça como os Itm: 61408830 remodelar a empresa e um outra aposta. Trata-se de uma de Óbidos”.

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8 ABRANTES

DEZEMBRO 2016

Bolsa de Estacionamento avança no Vale da Fontinha Foi aprovado, na última reunião do executivo camarário de Abrantes, o lançamento da empreitada de construção de uma bolsa de estacionamento no Vale da Fontinha. A obra representa um investimento na ordem de 1ME 200mil euros e mereceu a abstenção da vereadora eleita pelo PSD, Elza Vitório e voto o favorável da maioria socialista e da vereadora da CDU, Ricardina Lourenço. A empreitada deverá arrancar num prazo de seis meses, devido ao procedimento concursal e terá a duração de 540 dias. Assim, o espaço estará apenas concluído em 2019, segundo assegurou João Caseiro Gomes, vice-presidente da Autarquia “O projeto prevê a construção de 312 lugares de estacionamento gratuito que vão ocupar algumas plataformas. Vamos ter três: a principal, com 177 lugares, que será o

• Vale da Fontinha eixo de ligação entre a avenida 25 de Abril que irá permitir a ligação ao hospital na via Santana Maia. Depois, iremos ter uma outra bolsa, numa quota mais baixa, que terá capacidade para 90 lugares. E por último, iremos ter uma

plataforma superior em relação à principal, com 45”, explicou o vice-presidente. “Este espaço será destinado ao mercado semanal, que será deslocalizado do Barro Vermelho. Vai permitir delimitar as zonas para os feiran-

tes, terá ligações de eletricidade para todas as pessoas que possam vir ali vender e também, no futuro, queremos que a Feira de São Matias seja feita naquele local”, esclareceu João Caseiro Gomes.

Sobre a localização da realização da Feira de São Matias do próximo ano, o autarca adiantou que será uma “questão a ser abordada com os feirantes. A feira poderá realizar-se naquele local, porque ao nível de infra estruturas elétricas está tudo preparado. A única questão que se coloca é que o pavimento está em terra. Logo, teremos de avaliar com os feirantes se a feira acontece no Vale da Fontinha ou, se uma vez mais, volta a acontecer na margem sul, em Rossio ao Sul do Tejo”. Sobre o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana previsto para a cidade, hoje também aprovado na reunião do executivo camarário, o vereador adiantou que o projeto a concretizar no Vale da Fontinha será um complemento a outros já previstos no Plano de Urbanização de Abrantes (PUA).

“Uma das nossas preocupações ao fazer este projeto para o Vale da Fontinha é que o mesmo não coloque em causa outras intervenções que estão previstas no PUA. Uma delas diz respeito à construção de uma variante que inicia na cidade desportiva, que passa pela Escola Dr. Manuel Fernandes, pelo Vale da Fontinha e termina no hospital”, referiu. “Numa segunda fase está ainda previsto o recuo do antigo mercado. A atual estrutura terá de ser demolida, para criarmos uma entrada mais nobre ao centro histórico, criando ali uma praça ampla”, acrescentou. João caseiro Gomes adiantou por fim que a empreitada no Vale da Fontinha será submetida a uma candidatura a fundos comunitários.

Joana Margarida Carvalho

Câmara Municipal associa-se aos centros de ciência para dinamizar ParqueTEJO A Câmara Municipal de Abrantes, CMA, deu a conhecer, no dia 21 de novembro, o plano de atividades e a nova estratégia de dinamização do ParqueTEJO - Centro de Acolhimento e Interpretação do Tejo, sediado na margem sul do AquaPolis. Na cerimónia, procedeu-se à assinatura de vários protocolos com entidades parceiras da região, que em conjunto com a câmara vão fomentar a dinamização do espaço. O ParqueTEJO assume assim uma dupla valência, por um lado é um espaço de pernoita, e por outro, um espaço de interpretação do rio. Justificando a necessidade de um plano anual de atividades para o ParqueTEJO, Maria do Céu Albuquerque, presidente da Autarquia, explicou que a câmara entendeu que “o parque deveria de ter a valência de pernoita”, mas também “um conjun-

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• Assinaram o protocolo os representantes das diferentes entidades to de funções lúdicas e também de promoção do conhecimento”. “Encontrámos vários centros de ciência viva, não quisemos fazer um (…) O que quisemos foi utilizar os recursos que já existem dos vários centros para complementar tudo o que já existe em rela-

ção ao rio Tejo. Portanto, este espaço quer complementar os centros de ciência viva em rede da região, quer promover o rio, a sua qualidade. E falamos de todo o seu ecossistema”, acrescentou a presidente. No plano de atividades apresentado, constam uma

exposição que ficará patente até janeiro de 2017, intitulada “Mero, o senhor das pedras” e uma exposição que ficará em permanência, chamada “Parque Tejo – Bilhete de Identidade”. Durante todo o ano, está prevista a realização de ações de formação, ateliês, debates, cafés ciência,

entre outras, que pretendem ajudar a conhecer a região e o rio Tejo, através de atividades científicas ligadas à água e ao ambiente. Maria do Céu Albuquerque recordou que no ParqueTEJO há ainda “um espaço com equipamentos multimédia” que “permitem ver todo o percurso do Tejo e conhecer aquilo que são as suas características culturais, ao nível da gastronomia, do ecossistema”, mas também recriando “o antigo porto fluvial e a ponte das barcas, de modo assinalar a importante atividade que aconteceu [no rio] no século XIX”. A presidente avançou ainda que o “espaço pretende levar por diante um conjunto de campos de férias, no Natal e na Páscoa, integrados nas férias jovens que a câmara de Abrantes tem vindo a realizar ao longo do tempo, mas depois um campo maior du-

rante o verão”, em parceria com o IPT. “A intenção é criar oportunidades para aproximar a investigação científica dos nossos alunos, nomeadamente os que estão a estudar até ao secundário e queremos submeter este projeto a uma bolsa de ciência viva”, fez notar. Joana Margarida Carvalho

Entidades parceiras - Centro de Ciência Viva de Constância; - Centro de Ciência Viva do Alviela; - Centro de Ciência Viva da Floresta, Proença-ANova; - Centro Integrado de Educação em Ciências, Vila Nova da Barquinha - A. Logos


REGIÃO 9

DEZEMBRO 2016

A “História de Abrantes” contada para todos até ao início da nacionalidade, Joaquim Candeias Silva, para a idade média e a idade moderna, Isilda Jana, para o período liberal, José Martinho Gaspar, para o tempo que vai da implantação da República até ao 25 de Abril, e Alves Jana, para o tempo que vai desta última data até ao presente, são os autores que assinam a obra. Sobre este último período “não pode falar-se em fazer História, que exige distância pessoal e temporal”, por isso deve-se antes falar “talvez mais de reportagem”, a fim de oferecer “aos mais novos e aos que vieram recentemente” para a região uma narrativa do que se tem passado nos

últimos anos. A História deste tempo “fica para quem vier mais tarde”. A denominação de “breve”, no título, quer dizer que se trata de um relato para o grande público e não de estudos destinados especializados. Estes têm sido publicados desde há anos, sobretudo desde a edição da “Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes”, de M. A. Morato, em 1981, tanto em volume monográfico como na revista Zahara, esta desde 2003. Mas faltava uma síntese do muito que os estudiosos têm vindo a estudar e a escrever. É isso que a o volume a partir de agora à disposição dos leitores que fazer.

É sabido como a Câmara de Abrantes aposta no 180 Creative Camp com o objetivo de colocar Abrantes no mapa das cidades criativas. É sabido igualmente que esse projeto tem sido alvo de apreciações não consensuais. Mas é também sabido que Abrantes precisa de enriquecer e renovar a sua imagem. Interessa, por isso, assinalar algumas marcas de criatividade no tecido urbano, nem que seja um leve retoque nas sobrancelhas. Nos últimos tempos, houve dois apontamentos de arte que é importante registar. Por um lado, o pintor Massimo Esposito apresenta nas traseiras do seu estúdio e oficina uma pintura que dá um toque de arte e humor àquela rua. Por outro, a loja Raízes, no centro histórico apresenta uma decoração exterior simples e imaginativa, que

Alves Jana

História Breve de Abrantes é o título do livro a lançar no princípio de Dezembro. Da autoria de um conjunto de pessoas sobretudo ligadas ao Centro de Estudos de História Local de Abrantes, o projecto pretende colocar à disposição dos leitores uma narrativa da História de Abrantes. O tempo coberto vai desde a mais remota pré-história até ao momento atual. Numa iniciativa do nosso colaborador Alves Jana, o projecto foi dividido em vários períodos, para cada um dos quais foi procurado um autor capaz de dar desse período uma imagem informada. Davide Delfino, para a pré-história e todo o tempo

A cidade criativa

não pode passar despercebido. As responsáveis por esta loja têm apostado tanto num conceito novo, entre nós, de loja, como num processo de comunicação com potenciais clientes que apos-

ta na imaginação e no bom gosto. A loja salta para a rua, e a rua ganha com isso. São apenas dois registos. Que podem e devem muito bem multiplicar-se. A cidade ganharia com isso. A. J. PUBLICIDADE

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10 VILA NOVA DA BARQUINHA

DEZEMBRO 2016

TANCOS

“É sempre um alívio saber que cumpriram bem e vieram todos” Teve lugar no dia 18 de novembro, no quartel-general da Brigada de Reação Rápida, em Tancos, a cerimónia de receção dos Estandartes Nacionais das forças nacionais destacadas no Kosovo, Iraque e Lituânia.

A entrega dos Estandartes Nacionais por parte das forças militares que integram missões no estrangeiro, é sempre uma cerimónia carregada de simbolismo e emoção. Presidiu à cerimónia o Comandante da Brigada de Reação Rápida, o Major-General Carlos Perestrelo, que, no seu discurso, destacou o papel das Forças Armadas ao contribuírem “para a afirmação do nosso país no mundo, com a projeção de unidades treinadas e certificadas para diversos teatros de operações como a Bósnia-Herzegovina, Timor Leste, Afeganistão, Somália, Mali, República Centro Africana, e no caso presente, para o Kosovo, para a Lituânia e para o Iraque”. O Exército constitui-se, “mais do que nunca, como instituição estruturante da identidade nacional e pilar indispensável do Estado, merecedor da confiança que o país nele deposita e onde a Nação se revê com elevado sentido patriótico”. Carlos Perestrelo não esqueceu a atualidade e falou dos tempos que vivemos que são, segundo o Comandante, “de enorme perturbação na dita ordem mundial, com uma disputa aberta contra os valores das democracias ocidentais, sendo preocupante e transnacional a ameaça declarada do terrorismo radical, bem como os sinais de preocupação a Leste, sendo importante hoje, mais do que nunca, ser solidário e relevante no seio das organizações de que Portugal é membro, através do empenhamento do seu vetor militar”. Mas as críticas também surgiram na voz do Comandante da Brigada de Reação Rápida devido a “algum afastamento mediático, que se

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• A entrega dos Estandartes Nacionais é sempre carregada de simbolismo e emoção estranha face aos encómios como somos referenciados nas mais altas instâncias internacionais, e mesmo sem o merecido debate ou cuidada atenção no seio das elites nacionais”, referindo que “as Forças Armadas vêm cumprindo nos últimos 20 anos um papel relevante nas missões humanitárias e de paz, honrando o País e as gentes por quem se batem”. Quanto aos militares que agora regressaram, o Major-General Carlos Perestrelo afirmou ter tido “a felicidade de os receber logo na chegada (…) e é sempre um alívio saber que cumpriram bem e vieram todos”. No Iraque estiveram 30 militares que, nos seis meses da missão, deram apoio à formação e treino das Forças de Segurança iraquianas, no âmbito da Coligação Internacional no combate ao DAESH. O contingente português esteve sob o comando do Major Maia Martins, que no balanço desta missão falou de “uma experiência enriquecedora, quer a nível pessoal, quer profissional”. Das dificuldades encontradas no terreno, o Comandante falou “da cultura diferente. É uma cultura oriental e nós tivemos que nos adaptar a ela” para que a informação passasse

• Comandante da Brigada de Reação Rápida, Major-General, Carlos Perestrelo e a formação tivesse resultados pois “era muito técnica””. Flexibilidade foi a palavra de ordem e resultou muito bem pelo facto de “na nossa cultura, termos muita facilidade em adaptamo-nos e sermos um povo que tem, por princípio, respeitar o próximo que é um valor muito bem aceite por parte dos iraquianos. Fomos muito bem aceites”, afirmou o Major Maia Martins. Do Kosovo chegaram 181 militares. Numa das missões que mais tempo tem de dura-

ção no terreno, as tropas portuguesas formaram a reserva tática do Comandante da Kosovo Force (KFOR) e foram comandadas pelo Tenente-Coronel Francisco Sousa. “Esta missão é, sem dúvida, uma prova do valor dos militares portugueses. É um testemunho constante, não só dos comandantes da própria missão mas de todos os nossos parceiros e camaradas de outras nações com os quais privamos e que reconhecem esse valor desde

as primeiras unidades que foram destacadas para esse Teatro de Operações até às últimas que estão agora a cumprir a missão”, avançou o Comandante. Francisco Sousa confirmou que os militares portugueses continuam a ser muito bem-vistos e apreciados pelos habitantes da região. “É inegável. Eles não só gostam dos militares da NATO, porque são o garante da soberania e independência que eles têm neste momento mas tam-

bém gostam muito de ver a bandeira portuguesa e esforçam-se mesmo para nos dizerem «olá», «bom dia», «boa tarde»… Nota-se uma genuína sensação de gratidão”, confessou o Tenente-Coronel que referiu que este facto fica a dever-se “aos genes portugueses. Ao facto de nos inserirmos e podermos ser projetados para qualquer lado e conseguirmos comungar das mesmas preocupações, ouvirmos as pessoas, estarmos atentos às suas necessidades e acima de tudo sermos humanos e portugueses”. Prevê-se que a missão portuguesa no Kosovo venha a ser encerrada em breve. Francisco Sousa revela que essa “é uma grande preocupação do Comandante da KFOR ver sair a unidade que está a ser comandada por portugueses. No entanto, esta unidade vai ter continuidade dentro da própria KFOR. Mas é com alguma tristeza que eles vêm sair do Teatro de Operações o contingente português. (…) Esperemos que tudo corra bem, esperemos que a situação no Kosovo continue a evoluir favoravelmente e que se atinja aquilo que é mais necessário para as populações que é paz e progresso”. Mas também se falou no feminino nesta missão do Kosovo. Diana Gonçalves foi uma das militares que integrou a missão que agora regressou e afirma que as dificuldades com que se deparam “não têm a ver com género mas sim com a missão. Sendo homens ou mulheres, todos temos que cumprir da mesma maneira para atingirmos os mesmos objetivos”. Foram 315 os militares que regressaram a Portugal após missões de 6 meses nos três teatros de operações. No Kosovo, a integrar a KFOR, no Iraque, no âmbito da Coligação Internacional no combate ao DAESH e na Lituânia, mais uma vez no âmbito da NATO, decorrente da crise na Ucrânia. Patrícia Seixas


ARTE 11

DEZEMBRO 2016

DA PEDRA À PINTURA E AO BARRO

José Pimenta, uma força da natureza Todos os dias da semana, às 7h30, tem a sua porta aberta a quem aprecia peças antigas. É um homem com experiência de vida, com mãos de artista, com olho para o que tem valor e o seu carisma e simpatia fá-lo ser acarinhado pela comunidade riomoinhense há 21 anos. José Pimenta, natural do Souto, com 85 anos, descobriu duas novas facetas: a pintura e o manuseamento do barro. Conhecido por esculpir na pedra e criar o famoso Santo António, o Sr. Pimenta, como é conhecido, conta que a “pintura surgiu há uns 8 anos. Comecei por fazer umas “coisitas”, depois comecei a ver muitas mobílias soltas e deu-me na cabeça começar a pintá-las. Tenho, ainda hoje, muitos pedaços de madeiras e acho que devem ter utilidade”. “Comecei a perceber quando pintava o entusiasmo ia surgindo. Pinto histórias que me vêm à memória. Cada pintura tem uma história, tem um significado”, refere. José Pimenta foi convidado pela Câmara Municipal para expor as suas pinturas na Ga-

leria Municipal de Arte, ingressando na exposição 100 anos de artes plásticas em Abrantes. “Já fiz umas 12 exposições, 3 em Abrantes. Recebi de bom agrado o convite para expor na Galeria. A pintura tem sido mais constante. Tenho feito muitos trabalhos e sinto que tenho evoluído pelas apreciações de pessoas entendidas da área que me visitam”. Como é um curioso, iniciou, recentemente, o manuseamento do barro e considera que esta é agora uma área a apostar. “Fui convidado pela Ana Paula Dias, da Galeria Municipal de Arte, para ir a um curso de barro, mas eu disse-lhe que não ia. Aquilo ia ser somente rapaziada nova e eu ia ficar mal ao pé deles e acabei por não ir. Mais tarde, fui visitar a Ana Paula e vi uma peça em barro, feita por ela, muito bonita. Fui logo comprar uma caixa de barro e depois fiz logo umas pecinhas. A Ana Paula viu o trabalho e disse logo que estava muito bonito”. José Pimenta é o homem dos sete ofícios e para além

destas novas apostas, não pára de esculpir: “às vezes questionam-me sobre o tempo que demoro a fazer os santos e eu por vezes até exagero e digo por hipótese três dias, mas depois admito logo que é mentira, faço às vezes num dia e convido a ficarem para assistir (risos)”.

As fracas vendas que se fazem sentir, não retiram o entusiasmo ao Sr. Pimenta. Este ano, não chegou a vender 300 euros, mas recebe muitas visitas, de pessoas entendidas da área que surgem, muitas vezes, para cumprimentar ou para conversar. O desejo de José Pimenta é

deixar tudo à sua neta: “a minha neta, tirou Restauro. Ela tem aprendido muito comigo e quero deixar lhe tudo, desde os ensinamentos, ao espaço. Espero que ela seja a dona disto, é isso que quero…ela gosta disto e fica com tudo se quiser”. Enquanto tiver forças vai

continuar abrir a porta às 7h30, porque segundo afirma sente-se muito bem em Rio de Moinhos: “sinto-me acarinhado e todos me tratam por “Senhor Pimenta”, não sei bem porquê!”.

Joana Margarida Carvalho

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12 AMBIENTE

DEZEMBRO 2016

Tratamento insuficiente das águas residuais, poluição da agricultura e pecuária, falta de aplicação de regimes de caudais ecológicos, monitorização e fiscalização insuficientes e zonas contaminadas por extração mineira, são alguns dos problemas identificados na bacia hidrográfica do Tejo. A lista consta do relatório da Comissão de Acompanhamento sobre Poluição no Rio Tejo, apresentado pelo ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, e distribui-se pela bacia hidrográfica, que cobre cerca de 80.500 quilómetros quadrados, dos quais 24.650 em Portugal, mais de 28% da superfície do continente nacional, e abrange 102 concelhos. “Verifica-se que, por toda a bacia, se encontram problemas históricos de qualidade

da água devido ao tratamento ainda insuficiente de águas residuais urbanas e/ou industriais, problemas de poluição difusa com origem na agricultura e/ou pecuária”, refere o documento. Os especialistas apontam a perda de conectividade, devido à existência de poucas barragens com passagens para peixes e ao facto de a maioria dos “regimes de caudais ecológicos não terem ainda sido implementados”, a que acresce “uma monitorização insuficiente das massas de água e das ações de acompanhamento”. Destacam-se ainda as indústrias PCIP, relativas à transformação de matérias-primas para alimentação humana ou animal. O relatório refere a extração de inertes, em cerca de 106

DR

Poluição no Tejo deve-se a pouco tratamento de águas residuais e a agricultura

quilómetros, entre Abrantes e Vila Franca de Xira, sendo que no rio Tejo existem 18 locais com esta atividade, e dois núcleos de exploração mineira. Os principais problemas transfronteiriços são a eleva-

da taxa de utilização da água na bacia espanhola do Tejo, com a intensificação dos regadios, transvases, a contaminação e a falta de implementação de caudais ecológicos, assim como a necessidade de

controlar a eventual radioatividade nas massas de água vindas da central nuclear perto da fronteira. Tem-se verificado uma diminuição das afluências devido ao aumento dos usos da água

associado à maior capacidade de armazenamento nas albufeiras da região hidrográfica do Tejo, em Espanha. No entanto, o Tejo “encontra-se, hoje, dotado de um vasto conjunto de infraestruturas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais urbanas e industriais, que permitem constatar que, em cerca de 20 anos, se avançou significativamente em termos de qualidade da água”. “Não obstante e, de acordo com a mais recente avaliação em matéria de estado das massas de água na região hidrográfica do Tejo, cerca de 50% estão ainda com estado inferior a Bom na classificação”, e ainda são detetados problemas de poluição que “carecem de combate e resolução”. Lusa

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Associação ambientalista denuncia novas descargas poluentes A Associação Ambiente em Zonas Uraníferas (AZU) denunciou novas descargas poluentes no rio Tejo, que terão provocado a morte a milhares de lagostins junto ao cais do Arneiro, no concelho de Nisa. Em comunicado enviado à agência Lusa, a associação ambiental AZU explica que,

durante os dias 12 e 13 de novembro, “milhares de lagostins tentaram sair da água e refugiar-se nas margens do rio Tejo no cais do Arneiro, freguesia de Santana, concelho de Nisa, fugindo à imensa mancha negra com origem nas indústrias de Vila Velha de Ródão”.

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Os ambientalistas dizem que, segundo relatos de pescadores e populares, o cheiro que vinha da água do rio “era horrível” e adiantam que a mancha de poluição “já se alongava para mais de 1,5 quilómetros para jusante do cais”. “Milhares de lagostins morreram sufocados nas armadilhas que são o único sustento para algumas famílias nesta época do ano”, lê-se no documento. A AZU sublinha que há cerca de uma semana e meia que as descargas se têm agravado, tornando-se visível nos concelhos de Vila Velha de Ródão, Nisa, Gavião, Mação e Abrantes. “O que vieram os deputados da Comissão de Ambiente fazer pelo Tejo acima desde Lisboa? Onde para o ministro do Ambiente? Onde está o poder local, que é feito das Câmaras de Nisa e Vila Velha de Ródão”, questiona a AZU. Segundo os ambientalistas, o poder económico “continua imparável, incorrigível e insensível, disposto a acabar com o Tejo, a fazer deste esgoto”. Lusa


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14 POLÍTICA

DEZEMBRO 2016

MARGARIDA TOGTEMA

“O PSD em Abrantes tem um problema, que é o de se autodestruir constantemente” Margarida Togtema, líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Abrantes, deixa um balanço do seu mandato e explica a “rutura” que diz existir com a Comissão Política de Secção do PSD de Abrantes.

A Margarida assumiu que existe uma rutura com a Comissão Política de Secção do PSD de Abrantes (CPS), isto mesmo depois do presidente da Secção, Rui Santos, ter afirmado “não existirem fissuras entre os eleitos locais, os deputados da Assembleia Municipal e a concelhia do partido”, reforçando estar “tudo bem”. Quer-nos contar a razão dessa rutura? Esta rutura que digo existir, surge na sequência do processo autárquico, na preparação das autárquicas de 2017. A rutura surge do facto de terem sido feitas afirmações, calúnias e foram colocadas muitas mentiras na minha boca que nunca tive oportunidade no local próprio de rebater. Entendi que a minha versão nunca foi ouvida e entendi que não haviam condições para trabalhar com a Comissão Politica, que se sentiu no direito de colocar na minha boca coisas que eu nunca disse. A acusação de que tem vindo a ser alvo prende-se com o facto de não ter sido convidada para ser a candidata do PSD para as próximas Eleições Autárquicas. Confirma que foi convidada? Fui efetivamente convidada para encabeçar a lista à Câmara de Abrantes pelo PSD e durante vários meses senti várias pressões para aceitar o convite. Naquela altura, não era algo que tivesse nos meus planos e no meu projeto de vida. Foram meses de conversa e em que muitas vezes se voltava ao tema, até que chegou o momento de pensar a sério sobre o assunto. A motivação pessoal não era nenhuma, mas a determinada altura achei que devia de admitir essa possibilidade e falei com várias pessoas, sendo que tinha de sentir que podia dar um contributo positivo. Entretanto, no seio do partido, foi constituído um grupo de trabalho que contava com o presidente da CPS, Rui Santos, pelo presidente da Mesa da Assembleia, o Eng. José Eduardo Marçal e pela vereadora Dr.ª Elza Vitório. Esse grupo de trabalho tinha a fun-

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ção de estabelecer os contactos necessários à constituição das listas e escolhas dos candidatos. Houve uma condição que lhe foi imposta e que não aceitou. Qual foi a condição? A condição era que o presidente da CPS, Rui Santos, tinha de ser o número 2 da lista para a Câmara Municipal. Porque é que não aceitou as condições que lhe foram impostas pela Comissão Política? Não me agradou essa condição, senti uma imposição e senti que de acordo com o que entendo que deve ser a política, este não era o modelo que concordava e que fazia sentido. Penso que há uma grande mistura entre os cargos políticos e depois os cargos autárquicos, que têm a ver com o exercício do poder a nível local. Eu queria escolher a equipa, mas antes disso esta questão da imposição do presidente da CPS parecia-me distorcer as coisas, porque os presidentes dos partidos têm um papel importante, como tal não teria de ser candidato. Senti que a imposição poderia ser vista como uma forma de controlo e foi por isso que não a aceitei. Fiz uma contra proposta e disse que só aceitaria ser candidata se o número dois não fosse nem o presidente nem os vice-presidentes da CPS. Posto isto, o presidente da Mesa da Assembleia disse que era ponto assente que o presidente da CPS teria de ser o número 2 e que se esse não fosse o caminho, ele estaria fora do projeto. Ao dizer que não aceitava ser candidata, o processo deveria ter parado aí. Que se passou depois? O problema foi esse. Começou a surgir informação de que eu tinha dito que não queria ninguém da CPS nas listas e que não havia ninguém na CPS com competência e com capacidade para integrar listas. Só me referi ao número 2 e isto extrapolou para todas as direções. Atualmente, como está a relação dos deputados da Assembleia Municipal com a CPS? Felizmente é uma equipa que trabalha muito bem, que é coesa e que está muito empenhada em cumprir o mandato e fazê-lo da melhor for-

ma, como tem tentado fazê-lo até aqui. O nosso relacionamento é ótimo. Quanto à relação com a CPS sei que há fricções, há desentendimentos e demissões. Houve um dos elementos que se demitiu porque não concordou com o processo, com a falta de honestidade para com todos nós. * Como têm funcionado as reuniões de preparação para as Assembleias Municipais? As reuniões não têm acontecido na sede do partido, mas isso é uma questão óbvia, se eu não posso ir à sede do partido para me defender, se a minha presença não é admitida na sede do partido quando eu sou a visada e não tenho possibilidade de me defender em local próprio, então não tenho condições para fazer reuniões na sede do partido. O presidente da Comissão Política, em comunicado, já veio esclarecer que “mantém a confiança em todos os seus autarcas eleitos em 2013, esperando que estes possam, até final do mandato, trabalhar com o partido”. No entanto, um histórico do PSD em Abrantes, Armando Fernandes, defendeu, na sua crónica na Antena Livre, que a Margarida se devia demitir pois não perce-

be quem é que está a representar neste momento. Pensa em demitir-se? Claro que não, isso é um disparate. Já fiz uma resposta por escrito ao Dr. Armando Fernandes e a tudo aquilo que ele disse a meu respeito. Eu represento as pessoas que votaram em mim, as pessoas votaram e confiaram em mim. Fui eu que dei a cara e encabecei uma lista, preocupada com os interesses do concelho e dos munícipes de Abrantes. Quanto ao que veio a público pela CPS, o que tenho a referir é que estou recetiva a conversar com a CPS. Nas últimas reuniões de preparação para as Assembleias Municipais não apareceu ninguém, apesar de terem sido informados do local, da hora, de tudo. Considera uma candidatura como independente ou voltar a integrar alguma outra lista ou a sua incursão na política fica por aqui? Por agora fica por aqui. Integro também a lista da freguesia onde resido, na União de Freguesias de Aldeia do Mato e Souto. Logo, se o Álvaro Paulino quiser continuar e quiser que continue, com ele continuarei. Como vê a vida do PSD já para

as próximas Autárquicas? A minha visão de fora, é que o PSD em Abrantes tem um problema, que é o de se autodestruir constantemente e é uma autodestruição que tem nomes e caras, sendo que o Dr. Armando Fernandes é uma delas, como já alguém escreveu nas redes sociais. Tenho dificuldade em perceber como é que um partido quer um militante que a única coisa que faz é destruir o próprio partido. Quer-nos fazer um balanço destes 3 anos de trabalho à frente da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Abrantes? Foi um desafio. Tive a sorte de ter uma equipa fantástica, com pessoas novas, muito válidas e com vontade de fazer bem e mudar. Tentei alterar um bocadinho aquilo que é a prática governativa em Abrantes. Estes problemas do PSD são prejudiciais ao partido, mas sobretudo ao concelho, porque têm impedido a existência de uma política alternativa, credível e séria. Joana Margarida Carvalho e Patricia Seixas

*O JA sabe que Ana Dias, deputada municipal do PSD, pediu demissão da CPS.


POLÍTICA 15

DEZEMBRO 2016

Elza Vitório pede demissão da Assembleia de Secção do PSD de Abrantes Elza Vitório, vereadora eleita pelo PSD na Câmara Municipal de Abrantes, pediu demissão do cargo que ocupava na mesa da Assembleia de Secção do partido, no passado dia 21 de outubro. A informação foi confirmada ao JA pela própria que adiantou “não abdicar de determinados princípios e valores” que entende “não estarem a verificar-se quanto ao processo autárquico 2017”, sendo este o motivo da sua demissão. “Não fui convidada para encabeçar a lista à Câmara de Abrantes pelo PSD, mas na verdade, também não me disponibilizei para o efeito, nem para ser candidata à Câmara, nem para integrar outras listas nas próximas Autárquicas. Simplesmente,

Elza Vitório não se “revê” na candidatura de António Castelbranco à CMA

não me revejo nos procedimentos e nas orientações que têm vindo a ser seguidos

para o próximo momento eleitoral”, vincou a vereadora. Elza Vitório disse ainda não se “rever” com a candidatura de António Castelbranco, arquiteto abrantino, à Câmara Municipal. Quanto às funções que desempenha na Autarquia, a responsável explicou que “vai continuar”, é uma função que vai desempenhar “até ao final do mandato, com todo o gosto, cumprindo um dever e cumprindo um gosto muito pessoal e as orientações do PSD”. Questionado sobre esta demissão de Elza Vitório da mesa da Assembleia de Secção do partido, Rui Santos, presidente da concelhia, disse não ter “conhecimento das razões que levaram à demissão”.

PSD

Comissão Política “mantém a confiança em todos os seus autarcas eleitos”

Comissão Política da Secção de Abrantes do Partido Social Democrata eleita em 2014

Num comunicado enviado às redações, a Comissão Política da Secção de Abrantes do Partido Social Democrata (CPS) esclareceu que “mantém a confiança em todos os seus autarcas eleitos em 2013, esperando que estes possam, até final do mandato, trabalhar com o partido”. O documento enviado vem na sequência das notícias veiculadas sobre os eleitos locais no concelho.

Elza Vitório, vereadora eleita pelo PSD na Câmara Municipal de Abrantes, pediu demissão do cargo que ocupava na mesa da Assembleia de Secção do partido, no passado dia 21 de outubro. Rui André, presidente da Junta de Freguesia de Rio de Moinhos, disse ao JA que vai “desvincular” a sua candidatura às Autárquicas de 2017 do PSD de Abrantes. Por sua vez, Margarida To-

gtema, líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Abrantes, questionada sobre a sua relação com CPS, disse que existe uma “rutura” total. A CPS afirma em comunicado que “não tece qualquer comentário na praça pública estando sempre disponível para debater, nos locais próprios, qualquer assunto tido por pertinente pelos seus militantes”. PUBLICIDADE

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16 FLORESTA

DEZEMBRO 2016

Autarca de Sardoal indignado com a atribuição de apoios na área agrícola e florestal O Ministério da Agricultura emitiu um comunicado a esclarecer que nenhum dos três agricultores do distrito de Santarém que declararam prejuízos decorrentes dos incêndios, e cujas situações foram prévia e devidamente analisadas, reúnem condições para se candidatar aos apoios em causa. O comunicado surge na sequência da notícia, da semana passada, a respeito do Governo não ter incluído o distrito de Santarém nas áreas que podem receber ajudas à reposição do capital produtivo destruído pelos incêndios, onde o deputado do PSD, Duarte Marques questionou o ministro Capoulas Santos sobre o assunto. Ora, quem estranha esta posição do Ministério da Agricultura (MA) é o presidente da Câmara Municipal de Sardoal, Miguel Borges, que acusa o ministério de nem sequer ter perguntado nada à Autarquia e não percebe como chegaram à informação. “ Não consigo perceber como é que o MA chega a es-

tes dados [três agricultores]. Na verdade chegou-nos a solicitação da informação por diversos organismos para fazermos chegar a informação dos prejuízos. Por exemplo, foi pedido através do Ministro da Administração Interna, a informação sobre os danos em infraestruturas ligadas à atividade económica. Quanto aos danos florestais, não nos solicitaram nada”. Miguel Borges esclareceu que a Autarquia fez “um edital à população para que nos fizessem chegar os prejuízos de diversas áreas resultantes do grande incêndio e de facto chegaram-nos vários pedidos dentro da área florestal e agrícola (…) fizemos um levantamento das situações, esperando nós que a exemplo do que outros ministérios fizeram, o MA fizesse chegar alguma pergunta sobre o levantamento que fizemos junto da comunidade. Nem ao gabinete florestal, nem à Câmara, nada nos foi perguntado. Não duvido que esse trabalho tenha sido feito, os interlocutores é que foram errados”, vincou.

• Miguel Borges - presidente da Câmara Municipal de Sardoal Segundo o autarca, e só no que diz respeito à área florestal e agrícola, no Sardoal há cerca de 20 proprietários lesados com o grande incêndio ocorrido no passado mês de agosto. “Lamentavelmente, à Câ-

mara de Sardoal ninguém perguntou nada. Isto não é correto, nós só servimos para apagar incêndios e ter um corpo de bombeiros capacitado? E quando há prejuízos ninguém quer saber de nós”, reforçou indignado.

Miguel Borges adiantou ainda que vai fazer chegar diretamente ao MA o levantamento de prejuízos que dizem respeito ao concelho de Sardoal. Recorde-se que os maiores fogos deste verão no distri-

to de Santarém aconteceram em Glória do Ribatejo, Salvaterra de Magos, Sardoal e Abrantes. Estes três incêndios consumiram cerca de 3500 hectares, 70% da área ardida neste ano. Joana Margarida Carvalho

Floresta Viva é nova associação de Cabeça Gorda Nasceu em 2003 mas só foi constituída formalmente este ano. Chama-se Floresta Viva e é a nova Associação de Cabeça Gorda, no concelho de Abrantes. Jorge Perdigão está na presidência da Associação e conta que a aventura começou quase numa “brincadeira de amigos. Na altura, arranjámos um kit rudimentar para o combate aos incêndios florestais e até hoje nunca mais parámos. Fomos sempre ajudando as populações com as primeiras intervenções que se fazem no combate às chamas”. Em 2007, a associação começa a prestar apoio aos Bombeiros Voluntários de Abrantes “começámos a receber informação dos bombeiros, com o objetivo de sermos nós a chegar o mais rá-

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pido possível aos incêndios na zona norte. Fomos melhorando o nosso equipamento e, em 2016, nasceu a Floresta Viva – Zona norte de Abrantes”. Nos dias 23 e 24 de agosto, quando a zona norte do concelho de Abrantes e o concelho de Sardoal foram fustigados pelo grande incêndio, Jorge Perdigão disse que foi “dos primeiros a detetar a situação”, mas que “devido às características do terreno, tudo ficou muito complicado no ataque”. “A dimensão do incêndio, o local onde deflagrou, o vento forte, as zonas sem acessos, complicaram muito a vida aos combatentes. Em 5 minutos, um pequeno foco passou para um incêndio de grande dimensão como se veio a verificar”, recorda.

Para o dirigente associativo a falta de um “território ordenado, limpo e cuidado”, é a principal razão para que todos os anos se assistam a situações similares ao que aconteceu neste verão. “Penso que todos nós devemos de ter algum interesse pela floresta. Em 2005 tivemos um grande incêndio, onde a zona norte ficou praticamente destruída. Este ano voltou a acontecer...cada vez que vem um incêndio são precisos 10, 20, 30 anos para recuperar a fauna existente e isso é que lamentável”, salientou. Com a constituição formal da associação, a direção pretende agora reforçar meios, reforçar o patrulhamento e dar continuidade à “vigilância no terreno a partir do dia 15 de maio a 31 de outu-

• Jorge Perdigão está na presidência da Associação bro”. Como também “ter mais equipamentos para comunicação direta com o CDOS de Santarém” e assim apoiar todas as forças de combate. Jorge Perdigão conta que o seu interesse, e da equipa que lidera, por esta área re-

sulta da proximidade que tem com o território: “como sempre trabalhei nesta área, entendo este problema dos incêndios também como meu”. Em termos de objetivos, o responsável refere que é ne-

cessário “continuar a sensibilizar as pessoas a ver a floresta como um grande bem e não apenas um recurso onde podem ir buscar madeira”, finalizou. Joana Margarida Carvalho


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18 SAÚDE

DEZEMBRO 2016

CUSMT ALERTA

“Concelho de Abrantes é o que tem mais utentes sem médico de família” A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) promoveu no dia 5 de novembro, na Junta de Freguesia de Rossio ao Sul do Tejo, no concelho de Abrantes, uma reunião/debate sobre os cuidados de saúde primários e cuidados hospitalares prestados na região. A iniciativa, integrada num conjunto de sessões que têm acontecido pelo Médio Tejo, teve como objetivo recolher contributos e servir de esclarecimento à população local. Manuel Soares, porta-voz da CUSMT, começou por referir que “o concelho de Abrantes é o que tem mais utentes sem médico de família. Se há 30 mil 557 utentes sem médico de família no Médio Tejo, 11 mil 538 são do concelho de Abrantes”. Uma situação que se complica devido “ao envelhecimento populacional, à falta de cuidados de saúde primários de proximidade e a uma urgência desorganizada”, vincou. O porta-voz adiantou que

• Luis Alves e Manuel Soares da CUSMT apesar de a “situação continuar a ser preocupante” a vinda de quatro novos médicos para o concelho “vem resolver alguns problemas”. Manuel Soares referiu que a CUSMT fará “provavelmente”, até ao final do ano “um abaixo-assinado pelo Médio Tejo, dando conta da necessidade

de organizar os cuidados primários quanto aos seus horários. Só há dois locais abertos ao fim de semana em Ourém e em Mação e nenhum centro de saúde encerra depois das 20h00”, disse o responsável, reforçando que cada vez mais os centros de saúde deverão adequar-se “aos horá-

rios dos utentes”. No documento constará ainda outras revindicações da CUSMT, como a centralização da urgência médico-cirúrgica nas três unidades do CHMT, o aumento espacial da grande urgência sediada em Abrantes e a necessidade de haver mais investimento

nos equipamentos hospitalares. Presente na sessão, Luís Alves, presidente da União de Freguesias de S. Miguel do Rio do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo e também membro da Comissão, lembrou a falta de médicos de família no concelho de Abrantes e

referiu “ser utópico” ser “uma violência fazer as pessoas, muitas delas envelhecidas, deslocarem-se aos centros de saúde porque não têm médico na sua freguesia”. No caso da União de Freguesias de S. Miguel do Rio do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, Luís Alves adiantou que os cuidados de saúde primários “complicaram-se” com a saída da médica que estava em Rossio e que transitou para a Unidade de Saúde Familiar de Abrantes, mas que de momento já se “encontra outra médica, já colocada a tempo inteiro e que serve uma parte dos utentes da freguesia”. Quanto à construção da Unidade de Saúde Familiar de Rossio, o autarca avançou que a mesma “vem satisfazer as necessidades pelo menos da localidade” contudo, considera que “deverá haver uma cobertura real” e “ainda mais proximidade nos cuidados prestados”. Joana Margarida Carvalho

ABRANTES

Unidade de Saúde Familiar deverá ter equipa estabilizada em 2017 A Presidente da Câmara Municipal de Abrantes reuniu no passado dia 8 de novembro com a equipa responsável pela administração da recente Unidade de Saúde Familiar, USF, D. Francisco de Almeida. Segundo a informação do Município, foi dada a informação a Maria do Céu Albuquerque de que a equipa médica ainda não está atualmente completa, estando, no entanto, assegurado que a partir de janeiro de 2017, a equipa de profissionais ficará estabilizada conforme o planeado desde o início do projeto. Quanto a inscrições de novos utentes, foi informado que têm sido diárias e que

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apesar das listas médicas já estarem quase completas, há ainda dois médicos com algumas vagas, podendo os utentes que não tenham ainda o seu médico de família e residam na União de Freguesias da Cidade S. Vicente, S. João e Alferrarede, deslocar-se à USF para se inscreverem. Sobre a futura unidade de saúde em Rossio ao Sul do Tejo, com obra prevista para breve, foi dado a conhecer à Presidente da Câmara que vai haver concurso de médicos que terminaram o seu curso, pondo-se a hipótese de colocação de um desses médicos em Abrantes em janeiro do próximo ano, deixando-se para essa altura

a decisão de integração do novo corpo clinico na nova unidade de saúde.

Atualmente, a USF suporta cerca de 8 300 utentes, prevendo-se atingir os 10 000

depois da equipa completa, a partir de janeiro de 2017, que passará a funcionar com seis

enfermeiros, seis médicos e quatro administrativos. Recorde-se que a Câmara de Abrantes fez um investimento de um milhão e cinquenta mil euros no novo equipamento que veio substituir o antigo centro de saúde e criou ainda um incentivo financeiro de nove mil euros por ano à permanência dos médicos que sejam reconhecidos pelo ACES e que vierem a integrar a USF de Abrantes. A reunião contou com a presença da coordenadora da USF Rita Soares e da enfermeira Graça Bento, interlocutora dos enfermeiros, acompanhadas por Sofia Theriaga, diretora executiva do ACES Médio Tejo.


SARDOAL 19

DEZEMBRO 2016

Sardoal recebe em 2017 Exercício Internacional com mais de 300 efetivos Sardoal vai receber, entre 12 a 15 de junho de 2017, um exercício internacional, denominado Falck, que irá juntar mais de 300 efetivos, representantes de forças de proteção civil de vários países da União Europeia. Em parceria com a Câmara Municipal, a Guarda Nacional Republicana vai assumir a organização do exercício que se prende com a simulação de um sismo de grande magnitude. “Será simulado um sismo de grande magnitude, em que as diversas forças internacionais são chamadas a socorrer o país. O exercício passa sobretudo pelo resgate de vítimas com vida, seguindo todas as regras e procedimentos de segurança, onde vão ser necessários muitos meios. Por exemplo, vão simular um socorro num prédio de 5 andares, com 5 placas de betão que ruíram, e onde está uma vítima”, explicou à Antena Livre, Jorge Gaspar, vice-presidente da CM de Sardoal. No Sardoal a GNR terá assim de preparar “os cenários de catástrofe”, até ao final do primeiro trimestre de 2017. “Noutros países, estas simulações acontecem em aldeias construídas para o efeito, Portugal não tem nenhuma. Então, o desafio foi encontrar um local agradável, para a visitação, mas também com apetência natural para simular um sismo. Nesta caso, temos a barragem de Castelo

Bode, muitas aldeias com ruínas onde se pode fazer cenários em condições”, referiu o vice-presidente. Sobre o facto de Sardoal ter sido o concelho escolhido para receber o exercício internacional, Jorge Gaspar adiantou que “tanto foi o Sardoal que tentou acolher o exercício, como acabou por ser escolhido. O ano passado, aconteceu um similar, mas somente com forças nacionais”, recordou. O autarca disse ainda que o exercício vai ser “muito bom” para o concelho na medida em que “muitas pessoas vão entrar na nossa economia local”. “ Connosco vão estar todas as entidades da proteção civil e socorro em caso de catástrofe. Em Portugal, temos a GNR, o INEM, a Cruz Vermelha e os próprios Municípios. No caso de outros países da UE vêm as forças que estes têm para este tipo de situações, desde forças militarizadas a empresas civis”, finalizou. O exercício enquadra-se num projeto europeu liderado pela empresa Dinamarquesa Falck, no quadro das atividades internacionais de proteção civil que decorrerem, em 2016 e 2017, em diversos Estados-membros da UE, para testar a capacidade europeia de resposta à ocorrência de catástrofes, no âmbito da estratégia de prevenção e resiliência da Comissão Europeia.

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20 REGIÃO

DEZEMBRO 2016

Manuel Lopes de Sousa faz demonstração de inventos no tecnopolo Manuel Lopes de Sousa, o inventor de Abrantes, foi à Escola Superior de Tecnologia de Abrantes mostrar alguns dos seus inventos medalhados. A sessão decorreu no Tecnopolo da Tagusvalley, em Alferrarede, no dia 18 de novembro. Autodenominando-se de analfabeto e autodidata, diz não ser um génio mas sim “um prático com alguma experiência”. Começou a trabalhar aos 14 anos e, além de serralheiro, foi também canalizador. Afirma que foi a necessidade que fez dele um inventor: “Antes havia muitas dificuldades. Praticamente o dinheiro que ganhava ia todo para o meu pai. Então eu tinha de fazer algo para ter um dinheiro para mim”.

Foi assim que nasceu a sua arte. Na sessão organizada pelo Engenheiro Carlos Coelho, para a unidade curricular de empreendedorismo de dois cursos de TeSP’s, Manuel Lopes de Sousa mostrou alguns dos seus famosos inventos: A sua “ideia luminosa, sem luz”, em que utiliza três lâmpadas para fazer de boia no autoclismo; uma máquina para cortar alimentos; uma miniatura da sua maior invenção, a máquina de separar azeitona, única no mundo, e para a qual continua a fabricar acessórios, que lhe valeu a medalha de ouro da exposição internacional dos inventores em Genebra. E ainda um filtro respiratório, com ensopador, para absorver o fluxo na-

sal, com o qual também ganhou a medalha de ouro dos inventores de Bruxelas. Explica que, para ele, os prémios não são a parte mais importante do que faz e orgulha-se muito mais de outras distinções: “Os prémios para mim são manteiga. Não é das medalhas de ouro que eu gosto mais. Do que eu mais me orgulho, e mesmo assim acho que é pouco, porque eu merecia mais, é de ser o único abrantino que tem uma comenda do Estado oficial. Não é isto que me vai dar valor, mas eu sei o valor que tenho”. Com 93 anos, Manuel Lopes de Sousa continua a trabalhar na sua oficina em Abrantes. Neste momento encontra-se a desenvol-

Manuel Lopes de Sousa mostrou alguns reconhecimentos que recebeu

STALKING

Abrantes debate crime de perseguição “Infelizmente, culturalmente, continuamos a achar que ser perseguido é normal.” É desta forma que Sofia Loureiro, coordenadora da Rede Especializada de Intervenção na Violência de Abrantes (REIVA), justifica a realização da palestra “Stalking, um novo crime em Portugal: Compreender, avaliar e intervir”. Organizada pela REIVA, a palestra realizou-se no dia 23 de novembro, na cidade desportiva, e teve dois grandes objetivos: “formar os profissionais que estão no terreno - polícias, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros funcionários hospitalares - para estarem atentos e perceberem que é um fenómeno e um crime” e contribuir “para que nós também possamos ter uma atitude psicopedagógica perante a população em geral”, explica Sofia Loureiro. O Stalking foi denominado em Portugal como crime de perseguição. “Não é um comportamento novo, mas só agora (desde agosto de 2015) é que foi criminalizado”, afirma Marlene Matos,

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especialista em Psicologia Aplicada da Universidade do Minho e oradora na palestra. A investigadora alertou para a importância de se conhecer este tema, “um fenómeno com fortes raízes socioculturais”, nem sempre ligado a questões amorosas. Por outro lado, a especialista explicou que “o Stalking não é um fenómeno homogéneo” e que “o stalker e a vítima podem ter perfis muito distintos”. O que acontece com frequência neste tipo de comportamentos é que quem persegue argumenta que está a demonstrar amor, mas quem é perseguido não de-

seja esse relacionamento. Até 2015, as vítimas não tinham forma de se proteger ou defender desta perseguição, que assume variadas formas (perseguir até ao trabalho, tirar fotografias sem autorização, roubar objetos, enviar mensagens sucessivas, etc). Os casos conhecidos mostram que os stalkers, que tanto podem ser homens como mulheres, são sofisticados e “vão inovando na forma de perseguir”. Marlene Matos aproveitou a sessão com cerca de 50 profissionais de Abrantes para contrariar certos mitos que existem em relação ao ato persecutório. Por exemplo:

“É um mito considerar que o Stalking é um comportamento intrusivo, mas que não interfere muito com a vida da vítima. Não é verdade! O impacto verifica-se em vários aspetos da vida e pode ser muito perturbador.” Oferecer um ramo de flores ou mandar uma mensagem a dizer que a outra pessoa é bonita não é perseguição, mas quando estes comportamentos entram num processo de escalada e são indesejados pelas pessoas a quem se destinam passam a ser perseguição. Marta Vidigal

Aluna de Comunicação Social da ESTA

ver uma turbina eólica para fabricar energia a partir do vento. Para ele, a “criatividade, invenção e a inovação são a sustentação do mundo” e, para se ser inventor, é preciso ser-se “trabalhador, persistente, não ter medo de errar e, sobretudo, fazer usar a cabeça”. Mas não é só: “É preciso ter sempre presente e fazer uso do meu provérbio: cabeça a funcionar, mãos controladas, soluções encontradas e realizadas”. Manuel Lopes de Sousa vai estar também presente no Instituto Politécnico de Tomar, no dia 14 de dezembro, para mais uma demonstração dos seus inventos. Adriana Claro

Aluna de Comunicação Social da ESTA

Luís Damas eleito presidente da Associação de Agricultores Luís Damas, de 53 anos, abrantino, foi eleito presidente da direção da Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação, para o triénio 2017 – 2019. O momento eleitoral decorreu no passado dia 21 de novembro, onde a única lista a votação recolheu 38 votos a favor e 3 em branco. Para este novo mandato, que principia a 1 de janeiro de 2017, Luís Damas pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido na

• Luís Damas Associação de Agricultores na defesa da agricultura e floresta da região.

Corpos sociais Assembleia Geral Presidente: José Rodrigues Vice-presidente: Jorge Mendes Secretário: José Mineiro Direção Presidente: Luís Damas Director: João Braga Director: Vasco Chambel

Suplentes da Direção Nuno Moura Neves Luís Bairrão Carlos Louro Pedro Conselho Fiscal José Vieira Manuel Santos José Cabrita Matias


REPORTAGEM 21

DEZEMBRO 2016

Vila de Rei, Sardoal e Abrantes integram maior rota turística da Europa Portugal tem uma nova rota turística. Liga Chaves a Faro, atravessando 32 municípios ao longo de 738,5 quilómetros. É a Estrada Nacional 2, a via mais extensa do país e os Municípios que atravessa juntaram-se e constituíram, a 5 de novembro, a Associação de Municípios da Rota da Estrada Nacional 2 (EN2). A ideia surgiu no seguimento do que é feito lá fora com a histórica Route 66, nos Estados Unidos ou a rota 40 da Argentina. A EN2 é a terceira estrada mais extensa do mundo e a maior da Europa. Fomos saber as razões para integrar esta iniciativa junto dos três autarcas dos municípios atravessados pela EN 2 na região.

O centro da Rota no Centro do país Paulo César Luís, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, revela-nos a importância desta rota para o concelho até porque “em Vila de Rei está inscrito não só o Centro Geodésico de Portugal, mas também o quilómetro central da própria Rota”. “Ao promover e potenciar esta Rota, o Município de Vila de Rei tem tudo a ganhar em fazer parte dela, uma vez que poderá trazer ainda mais pessoas a passarem no concelho e assim dinamizar o comércio local, levar à divulgação e potenciação dos nossos recursos endógenos e das nossas mais-valias turísticas”, afirma o autarca. Quanto ao que poderá ser apreciado pelos visitantes que circularem na EN2, Paulo César Luís explica que “a Estrada Nacional 2 como que divide o concelho de Vila de Rei em duas partes quase iguais. Quem percorre a EN2 e vem do lado da Sertã, entra a norte, na freguesia da Fundada, onde tem a possibilidade, deslocando-se para a esquerda, de visitar o Parque de Campismo e a Praia Fluvial do Bostelim, Bandeira Azul este ano. Indo

• A EN2 em Vila de Rei visitar e fazer um conjunto de percursos pedestres que têm início em Vila de Rei e que nos leva aos mais diversos pontos, passando pelas cascatas. Ao continuar a marcha, no sentido de Sardoal, poderá visitar a Praia Fluvial do Penedo Furado, um dos nossos ex-libris de promoção turística, e visitar também a Aldeia de Xisto de Água Formosa”. Saindo do concelho de Vila de Rei, entramos no concelho de Sardoal.

O deslumbre com o Património

• Marco da Nova Rota Turística para a direita, poderá visitar a Praia Fluvial de Fernandaires que para além de ter uma piscina flutuante, conta também com o cable park para a prática do wakeboard, e de onde pode disfrutar de uma praia extraordinária. Depois terá o Museu das Aldeias, na Relva, onde po-

derá degustar um pouco da nossa gastronomia. Seguindo para sul, poderá aceder ao Centro Geodésico de Portugal e, posteriormente, passa mesmo dentro de Vila de Rei. Na vila, há que visitar os nossos restaurantes e tem a Albergaria onde poderá pernoitar. Pode ainda

Segundo Miguel Borges, presidente da Câmara Municipal de Sardoal, “o objetivo principal é integrar uma estratégia comum e que estes Municípios, que são do interior e sabemos quão importante é o desenvolvimento, a promoção e a divulgação do nosso interior, consigam acertar forças para que sejam uma atração turística para o nosso país, visto que ficamos com a maior Rota da Europa e a terceira maior do mundo”. Em Sardoal, Miguel Borges

apresenta “todo este Património edificado, toda a história, a cultura, a tradição…” Assim, “ao chegarem, sugeria que se deslocassem ao Posto de Turismo. A partir daí, é uma porta aberta para todo este Património. Os quadros de Mestre de Sardoal na Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, as capelas, o Centro Cultural e o Espaço Cá da Terra de onde podemos partir para todo o concelho. Para pernoitar, temos oferta no turismo rural e depois pode aproveitar alguns dos nossos percursos pedestres e entrar em contacto com a natureza. Podem visitar os Moinhos de Entrevinhas, a Lapa, a Rosa Mana e a zona do Codes. Podem ainda deliciar-se com os vinhos das nossas Quintas, com o pão da Artelinho e com os doces do nosso concelho”, destaca Miguel Borges. Deixamos Sardoal e entramos em terras do concelho de Abrantes.

Com o Tejo a seus pés Para Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes,

integrar a Rota da EN2 é importante “do ponto de vista do turismo porque sabemos que há pessoas que gostam de fazer este tipo de percurso, estas vias de comunicação emblemática”. No entanto, a autarca destaca o facto desta iniciativa se revestir “de uma importância acrescida por ser uma estrada que carece de intervenção no nosso território, nomeadamente dentro de Alferrarede, bem como a recuperação do troço entre a Rotunda das Oliveiras e a ponte sobre o rio Tejo. Queremos fazer fé que esta Associação vai-nos permitir fazer lobby para podermos qualificar este património”. Em Abrantes, a EN2 encontra o Tejo. Os visitantes podem subir à cidade, passear no centro histórico, deliciarem-se com a doçaria regional e subir ao castelo. O contacto com a história e a beleza da paisagem fazem o resto. O Aquapólis espera pela visita tanto na margem norte como a sul do Tejo. Seguindo até à Bemposta, a EN2 despede-se do Ribatejo e entra em terras alentejanas. Patrícia Seixas

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22 EDUCAÇÃO

DEZEMBRO 2016

CONSTÂNCIA

“Camões merece uma casa em Portugal”

António Matias Coelho, da Casa Memória, Júlia Amorim, presidente de Câmara e Olga Antunes, diretora do Agrupamento de Escolas

“Celebrar Camões, em Constância, é celebrar a identidade local de uma comunidade e de uma terra que tem uma plurissecular e profunda relação de afeto com o nosso épico como nenhuma outra em Portugal”. E é este facto que se comemora durante este ano letivo em Constância, chamado Ano Camões. A apresentação do Ano Camões iniciou-se no dia 22

de novembro, com a colaboração de todos os alunos da Escola Básica e Secundária Luís de Camões que formaram um logotipo humano, com a imagem do evento. “Todo este conjunto de atividades que vão integrar o Ano Camões, vão permitir que os intervenientes nas atividades possam incorporar melhor a permanência de camões em Constância e tam-

bém projetar para fora do nosso concelho a ideia firme e convicta de que Camões esteve em Constância”, afirmou Júlia Amorim, presidente da Câmara Municipal. Com a comemoração dos 40 anos da Associação Casa-Memória de Camões e os 25 anos da Escola Luís de Camões de Constância, os próximos meses serão marcados por uma intensa ati-

• Alunos formaram um logotipo humano, com a imagem do Ano Camões vidade cultural em torno do Poeta. No entanto, nem tudo está como seria pretendido na Vila Poema. A Casa-Memória de Camões continua “despida” e fechada ao público. E as críticas vão para a falta de reconhecimento por parte da Administração Central. Júlia Amorim reconheceu as dificuldades e disse que a Associação “necessita de apoio

financeiro para tornar este espaço adaptado às necessidades do dia de hoje. Mas o principal é que a Administração Central acredite que Camões merece uma casa em Portugal”. António Matias, presidente da Direção da Casa-Memória de Camões lembrou que em Espanha há a Casa Cervantes, que em Inglaterra há a Casa Shakespeare e Por-

tugal não tem uma Casa de Camões. “Mas ela existe. Está aqui, em Constância”, referiu Júlia Amorim. O Ano Camões vai decorrer em Constância até final do ano letivo e tem como entidades promotoras a Casa-Memória de Camões, a Câmara Municipal e a Escola Luís de Camões. Patrícia Seixas

Vila Nova da Barquinha reforça oferta escolar com novo jardim-de-infância A oferta escolar do concelho de Vila Nova da Barquinha vai ser reforçada com a construção de um novo jardim-de-infância avaliado em 850 mil euros, anunciou a autarquia. As obras vão ser adjudicadas por concurso público lançado pela Câmara Municipal, empreitada que implica obras de remodelação da antiga EB1 e que dotarão o edifício com novos espaços e equipamentos para receber 75 crianças. O anúncio foi feito após a confirmação do financiamento da empreitada no âmbito do “Desenvolvimento de Infraestruturas de Formação e Ensino - Infraestru-

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turas Educativas para o Ensino Escolar (Ensino Básico e Secundário) “, permitindo que 75 crianças e pessoal docente e não docente usu-

fruam de três salas de turma, uma sala de atividades, uma sala polivalente, um refeitório, uma cozinha, espaços de apoio, balneários/vestiários e

gabinetes. A empreitada também envolve intervenções no espaço exterior da antiga EB1, através da revitalização da

área de recreio, dotada com diversos equipamentos lúdicos e desportivos numa envolvente ajardinada e arborizada, assim como a criação

de seis novos lugares de estacionamento - cinco para ligeiros e um para pesados de passageiros - na Rua dos Bombeiros. O preço base da obra é de 663.900 euros, estando garantida uma comparticipação de 85 por cento do Programa Operacional Regional/ Portugal 2020. Àquele valor acrescem as despesas com o mobiliário e equipamento, o que totaliza cerca de 852 mil euros. O anúncio foi publicado no dia 7 de novembro e as empresas interessadas têm 20 dias para apresentar propostas. Lusa


ABRANTES 23

DEZEMBRO 2016

Barbearia do Sr. Manuel onde a tradição é a palavra de ordem Desde agosto de 1974, num lugar contíguo à Câmara Municipal, corta-se cabelo e faz-se a barba aos muitos homens abrantinos e da região. As mãos profissionais pertencem a Manuel Lopes Serras, que hoje tem 80 anos, mas continua a trabalhar. Os métodos e os utensílios tradicionais continuam a ser a sua imagem de marca e os dias continuam a contar com alguns clientes fidelizados. Mas nem sempre a vida de Manuel Serras foi dedicada à sua barbearia, muito aconteceu antes… É natural de Seda, no Alentejo. Nasceu no seio de uma família com poucos recursos económicos e muito numerosa. “Nasci em Seda porque a minha mãe era de lá, mas o meu pai é que era natural de Mouriscas, de modo que acabámos por vir todos para Mouriscas. Foi nas Mouriscas que fiz a escola e os primeiros trabalhos. O meu pai foi à procura de trabalho para Moçambique e deixou a minha mãe grávida, e com seis filhos. Como era o irmão mais velho, era eu que tinha a responsabilidade de ajudar no sustento da casa”, recorda. “Naquele tempo é que a vida custava, hoje o pessoal novo não faz ideia do que é o racionamento. No tempo do Salazar era da seguinte forma: se trabalhavas comias, se não trabalhavas não comias. Nós queríamos pão e não havia. Com 9 anos, fui a pé de Mouriscas a Alvega, buscar 7 quilos de pão para toda a semana. Com 14 anos já trabalhava para ajudar a família e era chamado para fazer um pouco de tudo: para fazer uma capoeira, regar uma horta, tinha jeito para fazer um pouco de tudo, mas o dinheiro era escasso, regava uma horta pagavam-me com uma cesta de batatas e era assim”, conta. Da primeira vez que vez que veio trabalhar para

Abrantes foi para uma pensão e uma taberna, acabou por ficar durante um ano. Mais tarde, Manuel Serras acabou por ir para a ceifa para Elvas e foi lá que celebrou os seus17 anos. “Dormi durante 38 dias no chão” “Dormi durante 38 dias no chão, só tinha uma manta que servia para cobrir o chão e para me tapar… Quando

regressei fui aprender a profissão de barbeiro nas Mouriscas. A minha família queria que fosse para Lisboa aprender a ser mecânico, mas eu sempre tive a tendência para a barbearia e assim foi, ingressei numa barbearia perto da minha porta, do senhor Afonso Filipe”, explica. “Mais tarde, vim para Alferrarede para um cabelei-

ro, do senhor João Martins, fiquei durante nove anos, mas chateei-me porque até as gorjetas ele me roubava… Quando decidi abrir um espaço, tinha de juntar algum dinheiro, então regressei à cidade e fui embalsamar bichos para o Sr. Corvelo”, refere. Quando chega ao espaço onde ainda hoje está, encontrou-o salitroso, já tinha sido uma leitaria e uma casa de frutas. “A casa era muito salitrosa, tive de isolar o espaço todo. Está aqui muito trabalho, pois tive de adaptar e melhorar tudo. Comecei a pagar 240 escudos, todos pensavam que eu não era capaz, naquele tempo era muito dinheiro, mas calculei o trabalho e percebi que ia dar. E consegui! Também estava novo e trabalhava todo o dia”, recorda. Em abril de 1974, iniciou as obras e depois abriu oficialmente em agosto do mesmo ano. “Desde agosto de 74 nunca mais saí daqui, também o que é que eu vou fazer?

Quando abri o espaço tinha muita gente, veio a clientela toda atrás de mim, estava sempre cheio. Hoje já não é

bem assim, há dias em que não se faz quase nada”, lamenta. “Trabalho sozinho. Já tive cá a aprender o meu filho e um outro rapaz que teve muito medo de utilizar as navalhas (risos). Vai aparecendo rapaziada nova, mas as cabeleireiras é que têm fama agora, apesar de surgir ainda muita barba para fazer e às vezes uns cortes da moda”, afirma. “Eu gosto de fazer cortes atléticos, com diplomacia (risos). Faço cortes e a barba da forma antiga, como aprendi. Antigamente, haviam as navalhas de afiar, hoje já utilizo as lâminas, uma para cada cliente. Utilizo alguns utensílios antigos, o limpa navalhas que já não se fabrica. As cadeiras também são bastante antigas, trouxe da barbearia de Alferrarede e o negócio vai andando, uns dias melhores, outros piores”. Com um horário das 9h00 às 19h00, Manuel Serras afirma que vai trabalhar até poder. Joana Margarida Carvalho

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24 ABRANTES

DEZEMBRO 2016

Serralves vai partilhar projetos com Abrantes A Câmara Municipal de Abrantes aprovou na última reunião do executivo camarário, com a abstenção das eleitas do PSD e da CDU, a minuta de protocolo a celebrar com a Fundação de Serralves. Um protocolo que permitirá à autarquia integrar a fundação com o estatuto de “Câmara Fundadora Serralves”. O protocolo que prevê um investimento anual de 25 mil euros, 100 mil euros durante quatro anos, “vai criar condições de aproximação das populações e entidades locais à arte, à cultura, à sensibilização ambiental e às indústrias criativas, beneficiando a comunidade abrantina das competências especializadas desta prestigiada Fundação”, refere a nota de imprensa do Município. “É missão da Fundação de Serralves descentralizar a cultura, a arte, torná-la como um bem social, acessível a todos”, disse hoje Maria do Céu Albuquerque, presidente da CMA, na reunião do executivo camarário. Para a Presidente da Câmara, esta parceria torna-se fun-

damental para ampliar hábitos culturais, criar novas ofertas, nomeadamente no que toca ao sector das indústrias criativas. Maria do Céu Albuquerque salienta ainda que para além de ligar Abrantes “aos melhores”, esta cooperação permite criar uma rede para a promoção dos investimentos municipais que es-

tão a decorrer, nas áreas da cultura e do estímulo ao turismo. Enquanto Câmara Fundadora, a autarquia poderá contar com diversas iniciativas, entre as quais: organização anual de uma exposição de arte contemporânea com trabalhos de artistas da Coleção Serralves; ações ex-

positivas; entradas gratuitas para crianças até aos 12 anos e descontos nas entradas de jovens, estudantes até à licenciatura, bem como aos residentes no Concelho com idades superiores a 65 anos; organização de visitas guiadas com desconto para jovens e seniores ao Museu e ao Parque de Serralves, assim

como para os trabalhadores da Câmara e professores do Concelho; colaboração com as escolas em programas pedagógicos nas áreas da cultura e do ambiente e participação especial em eventos como “Serralves em Festa”, “Festa do Outono” e em ciclos de conferências, pode ler-se na nota mesma nota.

Abrantes passará a usufruir desta parceria juntando-se a um conjunto de autarquias, como Castelo Branco, Viseu, Matosinhos, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Vila do Conde, Funchal, Oliveira de Azeméis, Maia e Ponta Delgada.

todos os sábados, com estas iniciativas propostas pela Câmara que irão envolver um conjunto de parceiros”, vincou. Maria do Céu Albuquerque fez ainda referência ao

novo Cartão Cliente do Mercado Municipal e por último, procedeu ao lançamento de um concurso de fotografia, intitulado “Olhares sobre o Mercado”. O objetivo é levar “a comunidade a fazer foto-

grafia do espaço, divulgando o mesmo”. No final do concurso, serão atribuídos três prémios no valor de 100, 60 e 30 euros em compras a realizar no mercado municipal.

Mercado Municipal ganha nova vida todos os sábados O Mercado Municipal de Abrantes, em pleno centro histórico, tem uma nova dinâmica todos os sábados de cada mês. Maria do Céu Albuquerque, presidente da CM de Abrantes, procedeu à apresentação de um conjunto de iniciativas que têm por objetivo promover “os produtos locais do mercado, apelar a um estilo de vida mais saudável e atrair mais pessoas ao comércio de proximidade”. O primeiro sábado de cada mês será dedicado à divulgação e à mostra de produtos tradicionais, mas também de

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produtos regionais e de época (…) Em vez de irmos ao hipermercado comprar produtos que são importados, que muitas vezes não estão em melhores condições, apelamos que venham ao mercado e que comprem os nossos produtos, porque trazem valor acrescentado para a nossa saúde e para a nossa economia local”, salientou Maria do Céu Albuquerque na apresentação. Para o segundo sábado de cada mês, está prevista a realização da iniciativa “Sabores do Mercado”: “vamos promover os sabores, aromas, dicas

e receitas a descobrir. “Sabores com Conto e Medida” é nome da iniciativa que chegará ao Mercado Municipal no terceiro sábado de cada mês. “Apelamos a uma boa partilha de hábitos alimentares, vamos falar sobre o poder de uma alimentação saudável, vamos dar dicas de bem-estar, para uma vida mais feliz”, afirmou. No último sábado de cada mês, os sons vão entoar pelo Mercado e segundo a autarca abrantina a animação não vai faltar. “Vamos ter animação e vamos recordar tradições”. “Temos encontro marcado


NATAL 25

DEZEMBRO 2016

À semelhança de anos anteriores, o Município de Abrantes está a preparar um programa especial para a época natalícia e Passagem de Ano. Num investimento autárquico a rondar os 25 mil euros, o centro histórico vai voltar a ficar iluminado, bem como a torre de telecomunicações, a partir do dia 1 de dezembro. Este ano, o Pai Natal escolheu o centro histórico da cidade para albergar a sua fábrica. Nos dias 8, 10, 11, 17 e 18 de dezembro, a Fábrica do Pai Natal vai ter um espaço temático “com várias estações, onde as crianças serão convidadas e entrar numa viagem que tornará o Natal inesquecível”, disse Maria do

CMA

Natal com programa especial no centro histórico de Abrantes

• Fábrica do Pai Natal

Céu Albuquerque, presidente da CMA. “Faremos também um conjunto de outras iniciativas, como o Trail Abrantes 100/100, dia 10 de dezembro, uma exposição da pin-

tora Sofia Areal, numa parceria com a Galeria de Torres Novas, e ainda vamos ter uma iniciativa da Música do Nosso Tempo”, elencou. Com o comércio tradicional, a presidente referiu

que haverá um apelo “à solidariedade dos nossos cidadãos e o desafio é que coloquemos nas lojas uma peça emblemática (…) que leve as pessoas a trazer um género alimentício para po-

dermos distribuir ao Banco Alimentar ou através da Rede Social às famílias que necessitem para que o seu Natal possa ser um bocadinho mais feliz”. A Passagem de Ano vai

juntar no mesmo espetáculo vozes e bandas de Abrantes, que farão jus à qualidade artística da região do Médio Tejo. “Somos Todos Abrantes” conta com a participação de Salomé Silveira & Band, Funk You, Kwantta e Eletric Vibes e promete animar da melhor maneira a entrada no Novo Ano. O som do piano de Adriano Jordão e das cordas do Quarteto Arabesco vão ecoar na Igreja de São Vicente, no dia 7 de janeiro, pelas 21h30, para o tradicional concerto de Ano Novo. Do reportório fará parte o universo artístico de Robert Schumann. Todas as atividades têm entrada gratuita. AL e JMC

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Concursos de presépios, expo-venda e distribuição de pinheiros fazem o Natal em Mação Na época natalícia são várias as iniciativas que o Município de Mação organiza procurando reforçar o associativismo e a própria cidadania, bem como a promoção do comércio tradicional envolvendo toda a comunidade. À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal vai promover novamente o Concurso de Presépios em espaço Público e o concurso de montras de Natal. O projeto é direcionado para IPSS’s, associações e munícipes em geral. A Autarquia apela à construção de um presépio bem visível e visitável, criando-se assim um roteiro de presépios concelhio. Os critérios de avaliação serão: originalidade, materiais usados e visibilidade. Serão atribuídos prémios monetários aos 10 primeiros classificados, pode ler-se na nota de imprensa do Município. Terá igualmente lugar um novo Concurso de Montras de Natal nos estabelecimentos comerciais e de serviços

do concelho. O objetivo consiste em promover a quadra natalícia e o comércio local. O tema das montras deverá ser alusivo à quadra Natalícia sendo a avaliação baseada nos critérios: criatividade; originalidade; adequação ao tema e espaço na montra; adereços utilizados; disposição dos produtos e impacto visual. As 5 montras vencedoras recebem prémios monetário, adianta a mesma nota. Os Presépios e as Montras deverão estar expostos entre os dias 9 de dezembro de 2016 e 1 de janeiro de 2017, sendo que o júri os visitará entre 14 e 16 de dezembro. Nas duas primeiras semanas de dezembro serão disponibilizados pinheiros

resultantes da limpeza da floresta junto ao edifício da Câmara Municipal de Mação e nas sedes de freguesia para que comerciantes e particulares enfeitem um pinheiro de Natal à sua porta.

Expo-venda de Natal No mês de dezembro a Expo-Venda de Natal está de regresso. Trata-se de um espaço para os artesãos do concelho venderem os seus produtos. Decorre entre 1 e 30 de dezembro, na Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira. Destaque para a presença da Mãe Natal com ofertas doces e pinturas faciais para os mais novos, nos dias 17 e 18 de dezembro.

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26 REGIÃO

DEZEMBRO 2016

MAÇÃO

Liga dos Combatentes debate “Cuidados de Saúde e Apoio Social”

CONSTÂNCIA

Livros, artes e animação concentram-se na feira do livro Constância está a receber até ao dia 4 de dezembro, um certame dedicado ao livro e à promoção da leitura. A feira, além da comercialização de livros e sessões de apresentação com escritores, acrescenta demonstrações culinárias, oficinas temáticas, teatro, música, exposições, animação infantil, entre outras atividades lúdicas. O Cine-Teatro Municipal é o palco deste evento com a

duração de uma semana, organizado pelo Município de Constância, através da Biblioteca Municipal Alexandre O’Neill, e em parceria com a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Do diversificado programa a TAGUS destaca: “À conversa com” Ana Simão a 30 de novembro; Emílio Miranda e Domingos Amaral a 1 de dezembro; Catarina Lino, Leonor

Salgueiro e Guilherme Duarte a 3 de dezembro; Li Marta e o maestro Victorino d’Almeida a 4 de dezembro.

Teatro, música, exposição e animação infantil A 31ª edição da Feira do Livro de Constância contempla, ainda, uma exposição de pintura, de Massimo Esposito e seus alunos. Duas peças de teatro: “Tomem lá do

Camões”, das Produções Tomem Lá, na noite de 30 de novembro e “Agarra que é Milionário”, do Grupo Cénico da Sociedade Artística Tramagalense, na tarde de 1 de dezembro. Vários jogos gigantes, das Ideias com História, e muita animação infantil. A terminar este evento, o maestro António Victorino d’Almeida deliciará a audiência ao piano com a sua “Sinfonia Nº6”.

No dia 30 de novembro, Mação receberá a palestra “Cuidados de Saúde e Apoio Social”, uma ação informativa e de divulgação do programa homónimo que a Liga promove e que pretende que seja uma realidade em Mação. A ação tem o apoio da Câmara Municipal de Mação e do Núcleo dos Combatentes de Abrantes sendo promovida pelo Centro de Estudos e Apoio Médico, Psicológico e Social da Liga

dos Combatentes. A palestra conta com o seguinte programa: 15h15 – O que é a Liga dos Combatentes e as respostas de proximidade do Núcleo de Abrantes; 15h30 – Conferência: A Rede de Cuidados de Saúde e Apoio à Inclusão Social da Liga dos Combatentes e a Perturbação de Stresse Pós-Traumático; 16h15 – Debate; 17h00 – Encerramento, seguido de lanche convívio.

ABRANTES

Gentil Martins apresentou livro sobre a vida de António Augusto da Silva Martins A Biblioteca Municipal António Botto recebeu a apresentação do livro “António Augusto da Silva Martins - O mais completo atleta português de todos os tempos”, no dia 8 de novembro. Presentes nesta sessão estiveram Inês Gentil Martins, a autora do livro, e o cirurgião e pediatra António Gentil Martins (que colaborou na edição), respetivamente neta e filho de António Augusto da Silva Martins. Segundo a autora, o livro pretende dar a conhecer às novas gerações “a vida, embora curta, mas exemplar e multifacetada, quer como ser humano, como médico-cirurgião e como desportista”. O orgulho pelo pai, que

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nunca conheceu, ficou evidente em cada palavra de Gentil Martins. António Augusto da Silva Martins faleceu aos 38 anos quando o pequeno António tinha apenas 3 meses de vida. Mas o filho recorda-o nas palavras que ficaram escritas por outros e no imenso manancial de informação disponível na imprensa da época. Era “uma alma sã num corpo forte”, escreveu-se. Gentil Martins tentou ao longo da vida “seguir-lhe as pegadas do exemplo” embora considere que “não lhe chego aos calcanhares”. António Augusto da Silva Martins nasceu em S. Miguel do Rio Torto, concelho de Abrantes, em 1892. Foi um conceituado médico-cirur-

gião, investigador (colaborou com Egas Moniz nos trabalhos que lhe mereceram o prémio Nobel da Medicina), oficial militar em França na ofensiva final dos Aliados no decorrer da 1ª Guerra Mundial e atleta olímpico. Bateu o seu primeiro recorde nacional há mais de 100 anos e foi olímpico há mais de 90. Pelo seu legado e por ser filho da terra, a Câmara de Abrantes atribuiu-lhe a título póstumo a medalha de Honra da Cidade de Abrantes, no dia 14 de junho de 2016, durante a cerimónia do Centenário da cidade, tendo a mesma sido entregue ao filho, Gentil Martins.


REGIÃO 27

DEZEMBRO 2016

CRÓNICA

O nascimento, vida e morte de clubes de futebol no concelho de Abrantes O futebol é, talvez, um dos desportos mais antigos do mundo e a sua história oficial começou a escrever-se em pleno século XIX quando foram fundados os primeiros clubes, nessa altura sem grandes pretensões. Muitos deles ainda se encontram ativos e fazem parte das ligas de futebol mais importantes, ao passo que outros ficaram pelo caminho e já só resta a memória de um passado mais ou menos glorioso. Estávamos no início do século XXI quando nasceu o Abrantes Futebol Clube, um clube que se queria vencedor. Abrantes era uma cidade a que faltava algo que pudesse entreter os abrantinos ao domingo e o seu nascimento tinha esse objectivo. O sonho comanda a vida e, como tal, o clube chegou rapidamente aos nacionais mas, com o acumular de dívidas, a morte foi o seu destino, sendo a época desportiva 2007/2008 a última que esteve em actividade. Por sua vez, temos equipas que surgem durante uns

anos e hibernam para voltarem passado algum tempo. No que diz respeito a esta problemática, temos nos clubes do INATEL a realidade mais evidente, com a situação a verificar-se com alguma frequência. Com a intenção de ultrapassar esta situação, o Serviço de Desporto do Município de Abrantes, ao querer criar condições para os clubes do Concelho, conhecido pela elevada participação dos mesmos nos campeonatos distritais do INATEL de Santarém, elaborou um estudo conjunto com as Associações, de forma a identificar os problemas com que se debatem, nomeadamente o abandono por dificuldade logísticas e a realização de jogos de preparação antes do início dos campeonatos. Localizados os problemas, e de forma a minorar os mesmos, desse trabalho acabaram por idealizar uma competição de Pré-época, denominada de INCUP (Taça Concelhia de Pré-época do Inatel). A criação desta taça levou os

A equipa do Centro Cultural e Desporto de Amoreira venceu a InCup - Taça Concelhia de Pré-Época do Inatel de 2016

clubes a terem menos preocupações na sua preparação para o campeonato e as aldeias que já tiveram futebol a pensarem voltar. Este ano, a volatilidade existente levou ao aparecimento de equipas como o S. Miguel Rio Torto e Alvega com a primeira a estar afastada há muito tempo e a outra com um interregno de um ano. Este fenómeno muito

enraizado nas equipas que disputam os Campeonatos do INATEL tem, como motivo principal, o cansaço dos seus diretores, por serem sempre os mesmos a trabalhar, sendo difícil a renovação. O surgimento do S. Miguel Rio Torto deveu-se à juventude da freguesia que, ao juntar-se com o objetivo de proporcionar tardes de domingo bem passadas às suas gentes, le-

vou ao abandono da aldeia de Arreciadas. Este abandono deveu-se a um problema logístico motivado pelo êxodo dos seus atletas para clubes vizinhos. O abandono por parte de Casais de Revelhos e Concavada teve a ver com a não substituição dos directores que abandonaram os projectos. Numa sociedade cada vez mais exigente, em que tudo

parece fácil de obter, os intervenientes no contexto desportivo têm de tomar consciência que sem trabalho nada se pode fazer e que os jovens das suas aldeias necessitam de actividade física. O desporto é benéfico na vida de qualquer ser humano, ajudando-o na sua educação e formação pessoal. Carlos Serrano

CRÓNICA DE SAÚDE ESPAÇO DA RESPONSABILIDADE DA UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DO MÉDIO TEJO

Gripe, para estar protegido é necessário vacinar-se todos os anos A Gripe Sazonal é uma doença contagiosa, provocada por um vírus, que se transmite de pessoa a pessoa e que provoca infecção do aparelho respiratório. A gripe ocorre todos os anos, sobretudo nos meses do Outono e Inverno, atingindo um número considerável de indivíduos. O vírus transmite-se através de partículas de saliva de uma pessoa infectada, quando tosse ou espirra, e por contacto directo, normalmente através das mãos contaminadas. A Direção-Geral da Saúde, alerta que este ano a Gripe pode atingir mais pessoas e ocorrerem situações mais graves. Isto devido à possibilidade do Vírus ser a estirpe H3N2, que está associado, no passado, a maior número de

mortes. Com início súbito, os sintomas da Gripe, normalmente presentes são: febre, arrepios de frio, tosse, congestão nasal, dores musculares e articulares, dores de cabeça e garganta, cansaço, perda de apetite. A maioria dos casos cura num curto espaço de tempo sem tratamento, no entanto, registam-se casos com complicações graves, essencialmente em grupos de risco: idosos, pessoas com doenças crónicas e doenças do sistema imunitário. As pessoas doentes com gripe, devem repousar, permanecer em casa e beber muitos líquidos. As boas práticas de higiene pessoal, nomeadamente a lavagem frequente das mãos, com água corren-

te e sabão, ajudam a evitar a transmissão do vírus. Tapar a boca e o nariz com um lenço de papel ou com o braço, quando tossir ou espirrar; usar os lenços de papel apenas uma vez, deitando-os no balde do lixo e de seguida lavar as mãos, são outras medidas que reduzem a possibilidade de transmissão; Em caso de necessidade, não “corra” para um serviço de urgência, ligue primeiro 808 24 24 24 – Saúde 24. Como vem sendo hábito nos últimos anos iniciou-se no mês de Outubro a campanha de vacinação contra a Gripe Sazonal, que se mantém durante o Outuno e Inverno, devendo ser efectuada preferencialmente até ao final do ano.

A vacinação contra a gripe é recomendada às pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e às pessoas pertencentes a grupos de risco (doentes crónicos e imunodeprimidos, grávidas, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados).

A vacina contra a gripe é gratuita para as pessoas com 65 anos ou mais anos de idade, para os residentes em instituições e para alguns grupos de risco: pessoas transplantadas, a aguardar transplante, em diálise, sob quimioterapia, com trissomia 21, fibrose

quística, doença neuromuscular e com défice de alfa-1 antitripsina. A vacina é também gratuita para profissionais de saúde que trabalham diretamente com doentes. A vacina gratuita contra a gripe está disponível nos Centros de Saúde, não está sujeita a taxa moderadora e é de uma marca que também é vendida nas farmácias. A Vacina contra a Gripe Sazonal é muito eficaz reduzindo o risco de infecção e prevenindo as complicações. Para estar protegido é necessário vacinar-se todos os anos Informe-se no Centro de Saúde da sua área geográfica. Fernando Nogueira

Enfermeiro Unidade Saúde Pública ACES Médio Tejo

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DIVULGAÇÃO 29

DEZEMBRO 2016

VESTÍGIOS DO PASSADO

Da Monarquia à Conturbada Primeira República

Estórias de um dinossauro vivo por ele próprio, Manuel Lopes de Sousa Continuação da edição anterior

• Rei D. Carlos Por Manuel Batista Traquina

Desde o início da Nacionalidade com D. Afonso Henriques, até D. Manuel II o último rei, tinham passado mais de sete séculos, D. Carlos, pai de D. Manuel era assassinado no Terreiro do Passo em Fevereiro de 1908. Pouco depois em Outubro de 1910 é proclamada a República em Portugal, pretende-se assim dar aos portugueses uma nova maneira de viver, no entanto algo não corre da melhor maneira e o objectivo não terá sido alcançado. Aparecem os oportunistas como é habitual nestes casos, e os revoltosos terão começado por cometer muitos erros, ora vejamos alguns deles e também alguns acontecimentos que não seriam maus de todo para a época. Em Março de 1911 têm início as primeiras emissões de rádio e, a partir de Maio de 1911 a unidade monetária até ali o Real, (no plural Reais; Réis) passa a ser o Escudo. É também neste ano que a primeira mulher consegue votar, é uma médica que por ser viúva alega ser chefe de família, porém logo de seguida o parlamento altera a lei e, às mulheres sendo chefes de família ou não, é-lhes vedado o direito ao voto. Anteriormente a Monarquia tinha as melhores relações com a igreja católica, com a Republica dá-se o inverso, Afonso Costa no poder manda encerrar conventos, prender padres e freiras,

alguns foram mesmo mortos, os bispos são desterrados Depois nos anos que se seguiram até 1926, foram eleitos nove Presidentes da República, quarenta Chefes de Estado e quarenta e seis Governos. Instalou-se a confusão, com os sucessivos governos a tomar posse e logo seguir a demitirem-se. Ficou na história um governo que teve apenas a duração de cinco minutos... Na verdade este governo não passou de uma intenção. Foi em 15 de Agosto de 1921, Fernandes Costa e os seus ministros dirigiam-se a Belém para tomar posse, era mais um governo, porém terão sido surpreendidos por grupos rivais que os levam a renunciar ao cargo, António José de Almeida era o Presidente da República. No ano de 1925 a vida em Lisboa parece ir de mal a pior, proliferam as greves, a fome e a miséria, rebentam mais de três centenas de bombas, morrem dezenas de pessoas, civis e militares. Também viajar pelo país era uma perigosa aventura, com as estradas em péssimo estado e os assaltos são constantes. A Republica está por um fio, tudo se encaminha para a implantação de uma Ditadura. É neste ano que Júlio Dantas e outros escritores formam a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses que mais tarde muda a designação para Sociedade Portuguesa de Autores SPA.

Nascido na castiça Rua da Barca, calejado no pé descalço e com a mania de ser campeão nas corridas a pé nas ruas de calçada de calhau roliço, e também com a mania de ser guarda redes com pouca relutância em me atirar aos pés do adversário para lhe tirar a bola, vejo-me com mais ou menos 15 anos a aprender o ofício de serralheiro na conhecida oficina Bioucas. Todos os dias ao almoço passava pela Rua do Arcediago onde havia umas retretes públicas e onde estava um empregado conhecido por José das Retretes. Próximo da Rua Grande e num canto desta, vivia uma família muito conhecida por andar sempre metida em roubos e brigas de grande envergadura, à qual pertencia um rapaz da minha idade que costumava parar onde eu tinha de passar todos os dias quando ia almoçar. Certo dia, esse rapaz provocou-me e foi mais longe tentando sovar-me, julgando ser capaz de o fazer. Mas quando o pretendeu fazer, voltou-se o feitiço contra o feiticeiro e fui eu que lhe dei uma grande surra. Mal sabia eu que estava a arranjar lenha para me queimar, pois no dia seguinte, no mesmo sítio, quando eu ia a passar, estava junto ao rapaz um dos seus tios com mais ou menos 30 anos e bastante corpulento. Foi nessa altura que ele se lançou atrás de mim numa correria louca a que eu respondi de imediato com a minha conhecida prática passando como uma seta junto ao José das Retretes. Vendo que não tinha salvação pos-

sível, valendo-me dos meus conhecimentos futebolísticos, lancei-me bruscamente para o chão de forma a que os pés dele não magoassem o meu frágil corpo. Foi um espalhanço supersónico de tal forma que ele ficou estatelado no chão e não foi possível levantar-se, sabendo [eu depois] que o fez com auxílio de familiares. Voltando eu a grande velocidade e sem qualquer beliscadura, passei junto do José das Retretes, que dava saltos e batia palmas de contente, pois eu era amigo dele, sempre o tratei bem, só não me acudiu porque tinha um braço engessado, pois o tinha partido, e pedindo ao rapaz que saísse do meu caminho para que não o tivesse de surrar outra vez. Esta pequena história briga bastante com a minha consciência, pois eu sou incapaz de fazer mal ao meu seme-

lhante, foi e será sempre assim. Bem haja. Muito trabalho na oficina. Indumentária preferida, fato de macaco azul, de proteção. Ao tempo, ia muitas vezes ao café, especialmente de tarde. Quando isso acontecia, sentava-me num lugar por mim quase sempre utilizado. Devo dizer que nunca mudava de fato de manhã à noite, pois sentia-me bem dentro dele. Tomava o meu café, quando fui abeirado por uma pessoa que nunca lá tinha visto, que me disse “O senhor faz-me o favor de me engraxar os sapatos”. Olhei para a pessoa e disse-lhe, sem me desmanchar, “O senhor está com azar, pois hoje é o meu dia de folga. Não havia problema se aqui tivesse os utensílios, mas até a caixa onde os tenho me esqueci em casa”. O senhor agradeceu a forma cativante como o atendi e foi à vida

dele, e eu fiquei pensando porque teria acontecido isto, e cheguei à conclusão que à altura havia alguns engraxadores junto aos cafés e o meu aspeto era esse, devido ao fato de macaco por mim usado. Ora aqui está como se consegue ter mais um ofício que é respeitado e que induziu o bom do homem em erro, saindo-me eu airosamente e ficando a pensar que o meu fato de macaco e a minha cara de que seria um profissional de engraxador e quem sabe? Mas agora já é tarde, pois ao escrever esta história verídica, é mesmo o dia dos meus anos, 93 pois é dia 7 de Setembro de 2016. Depois de escrever esta, soube que ao sábado e domingo nas Barreiras do Tejo ainda exerce esta nobre arte um determinado senhor que, por tal, muito gostaria de conhecer. PUBLICIDADE

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30 CULTURA

DEZEMBRO 2016

Coordenação de André Lopes - circonatureza.blogspot.pt

As Aventuras do “Capitão Miau Miau” em musical no Cineteatro São Pedro O Teatroesfera vai animar os mais novos com o espetáculo “Capitão Miau Miau”, a ter lugar no Cineteatro São Pedro, em Abrantes, no dia 17 de dezembro, sábado, pelas 10h30. Com adaptação e encenação de Fernando Gomes, a peça infantil, da autoria de Jorge Courela, conta com a interpretação de Jorge Estreia, Ana Landum, David Granada, Isabel Ribas e Jan Gomes. O “Capitão Miau Miau” leva os espectadores numa viagem de procura, de descoberta e de realização de sonhos, apresentando três heróis que representam o Corpo, a Alma e o Espírito. Ao aventurarem-se em direção à Fonte dos Desejos, o Capitão Miau Miau, o Gato Sapato e a Gata Felícia acreditaram vir a encontrar uns peixes especiais, diferentes de todos os que já conheciam: Peixes Dourados. Para reali-

zar aquilo em que acreditam, precisam de uma alma aberta às memórias de um passado belo, maravilhoso, onde a música era doce e o amor tornava tudo perfeito porque todos eram iguais. Apesar da

incerteza de tudo o que tinham de passar, o Capitão Miau Miau e os dois amigos que escolheu para o acompanharem nessa aventura, não hesitaram. O espetáculo destina-se a

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crianças maiores de 3 anos. Os bilhetes têm o preço de €1,00 e estão à venda no Welcome Center de Abrantes, no Cineteatro no dia do espetáculo e em http://ticketline. sapo.pt.

Exposição de cerâmica no Centro Cultural Gil Vicente A Galeria do Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, tem patente a exposição “Lacuna”, da autoria de Ricardo Triães. A mostra de arte contemporânea, inaugurada no passado dia 3 de dezembro, pode ser visitada até 15 de janeiro de 2017, estando expostos cerca de três dezenas de instalações à base de cerâmica que, segundo o autor, citado pelo Município de Sardoal, “pretende contribuir para a reflexão sobre a salvaguar-

da e intervenção do património cultural, nomeadamente quando o risco de perda de identidade é mais relevante. Esta “Lacuna” é um convite à reflexão sobre a necessidade de preservação da memória, da identidade, da cultura, da técnica e da arte.” Ricardo Pereira Triães nasceu em Riachos, no concelho de Torres Novas, a 2 de junho de 1976. É licenciado em Conservação e Restauro, pelo Instituto Politécnico de Tomar,

Mestre em Minerais e Rochas Industriais, pela Universidade de Aveiro, e Doutor em Geotecnologias, pela mesma Universidade. É docente do Laboratório de Conservação e Restauro do Instituto Politécnico de Tomar desde 2004. O Centro Cultural Gil Vicente está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 16h às 18h, e aos sábados, das 15h às 18h.

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Constância Até 4 de dezembro – XXXI Feira do Livro com apresentação de livros, oficinas temáticas e animação – Vários locais Até 4 de dezembro – Exposição de pintura e desenho do Atelier do Massimo – Sala polivalente do Cineteatro Municipal Até 3 de janeiro – Exposição de Peças Natalícias – Posto de Turismo 4 de dezembro – Domingo de Praça – Praça Alexandre Herculano 7 de dezembro – “Gostar de Constância” – Cineteatro Municipal 11 de dezembro – 1.ª São Silvestre Solidária – Campo Militar de Santa Margarida, 17h30

Mação 1 a 30 de dezembro – Expo-venda de Natal com trabalhos de artesãos locais e de instituições de solidariedade social – Galeria do Centro Cultural Elvino Pereira 17 e 18 de dezembro – Concertos de Natal – Mação e Cardigos, 18h 30 de dezembro – “À conversa com…” – Auditório do Centro Cultural Elvino Pereira, 21h

Sardoal 3 de dezembro a 15 de janeiro - Exposição “Lacuna”, trabalhos à base de cerâmica de Ricardo Triães – Galeria do Centro Cultural Gil Vicente Até 16 de março – Exposição “Era uma vez…”, dedicada a lendas das quatro freguesias do concelho – Espaço Cá da Terra Cinema – Centro Cultural Gil Vicente, 16h e 21h30: 3 de dezembro – “Trolls”

Alexandre Conefrey expõe “Anima Mea” em Vila Nova da Barquinha Os trabalhos em aguarela e guache de Alexandre Conefrey estão em exposição na Galeria do Parque de Escultura Contemporânea Almourol (PECA), em Vila Nova da Barquinha, até ao dia 14 de

Até 6 de janeiro – Exposição “Presépios e Santinhos” – Welcome Center (Loja de Turismo) Até 22 de janeiro – Exposição Antevisão VIII do MIAA “Da troca direta à moeda: uma história” - Museu D. Lopo de Almeida, Castelo – terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 14h às18h Até 31 de janeiro – Exposição “Mero, o senhor das pedras” sobre a conservação da espécie de peixe Mero – Parque Tejo, Rossio ao Sul do Tejo 5 de dezembro – Workshop “Sonhos de Natal – Ingredientes para uma Família de Sonho”, pela Associação Vidas Cruzadas – Edifício Millenium, 17h 6 de dezembro – “Ler os nossos com…”Alves Jana, Davide Delfino, Joaquim Candeias Silva, Isilda Jana e José Martinho Gaspar – Biblioteca Municipal António Botto, 21h30 8 a 11 de dezembro – Mercadinho de Natal com atividades, animação e artesanato, pela Associação Cultural, Desportiva e Recreativa da Chainça – Mercado Municipal de Abrantes 9 de dezembro – “Música do Nosso Tempo” pela Academia de Músicos de Abrantes – Cineteatro São Pedro, 21h30 - Entrada livre 9 de dezembro a 28 de janeiro – Exposição “Iconografia de Abrantes em 1916” – Biblioteca Municipal António Botto 10 de dezembro a 27 de janeiro – Exposição “A Neupergama em Abrantes…com Sofia Areal” – Quartel – Galeria Municipal de Arte 13 de dezembro – “A menina dança?”, baile com Carlos Pinto – Cineteatro São Pedro, 15h 13 de dezembro – Workshop “Traz a tua cadeira!”, por Margarida Barbosa – Encontro informal sobre gestão de carreira - Biblioteca Municipal António Botto, 18h 17 de dezembro – “Capitão Miau Miau”, espetáculo infantil – Cineteatro São Pedro, 10h30 – 1€ 20 de dezembro – Teatro musicado “Feliz Natal Lobo Mau” pela Primeira Aula de Música - Biblioteca Municipal António Botto, 10h30 31 de dezembro – Passagem de Ano, espetáculo musical “Somos Todos Abrantes” com Salomé Silveira, Funk You, Kwantta e Electric Vibes – Praça Barão da Batalha

Vila de Rei

janeiro de 2017. Comissariada por João Pinharanda, a exposição “Anima Mea” explora o confronto do artista com uma cadeia de impossibilidades do mundo interior e exterior, material e

espiritual. Alexandre Conefrey nasceu em Lisboa em 1961, onde vive e trabalha. Fez o curso de desenho no Ar.Co, em Lisboa, e foi bolseiro no Royal College of Art, em Londres.

A exposição pode ser visitada de quarta a sexta-feira, das 11h às 13h e das 15h às 18h, e ao sábado e domingo, das 15h às 19h.

Até 31 de dezembro – Exposição “Expo Tuna”, 20 anos da Villa D´El Rei Tuna – Museu Municipal 3 de dezembro a 2 de janeiro – Venda de Natal – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires 3 de dezembro – XII Quinzena do Teatro com “Meu Marido que Deus Haja”, pelo Teatro Olimpo (Ansião) – Auditório Municipal, 21h 10 de dezembro – Fado de Coimbra em Água Formosa - Água Formosa, 16h 12 a 30 de dezembro – Exposição do X Concurso de Presépios Tradicionais e Presépios de Montra – Biblioteca Municipal José Cardoso Pires

Vila Nova da Barquinha Até 4 de dezembro – Mostra gastronómica “À mesa com azeite” – Restaurantes aderentes do concelho Até 14 de janeiro de 2017 - Exposição “Anima Mea”, pintura da autoria de Alexandre – Galeria do Parque


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DEZEMBRO 2016

ACORDOS E CONVENÇÕES ARS (SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE) l ADSE ADMG l ADM MEDIS l MINISTÉRIO DA JUSTIÇA l PSP l PT-ACS l SAMS MULTICARE l CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS l ALLIANZ l MEDICASSUR MEDICINA NO TRABALHO MITSUBISHI FUSO TRUK l CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE l BOSCH l SISAV - SISTEMA INTEGRADO DE TRATAMENTO E ELIMINAÇÃO DE RESÍDUOS l PEGOP HORÁRIO 2ª a 6ª das 8h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00 Sábado das 9h00 às 12h00 (colheitas até às 11h00) PONTOS DE RECOLHA Sardoal l Mouriscas l Vila do Rei l Vale das Mós Gavião Chamusca l Longomel l Carregueira Montalvo l Stª Margarida l Pego l Belver l

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