Revista Meu Condomínio – Edição 4

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EVENTO EM HOMENAGEM AOS SÍNDICOS PÁGINA 2

meu

OUTUBRO DE 2021 - EDIÇÃO 4 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PETS: ESPAÇO PARA AMOR PÁGINA 15

ATENÇÃO

na hora de

escolher o síndico

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Síndicas de Sergipe para todo Brasil PÁGINA 4

Aspectos práticos da Autovistoria PÁGINA 6


Revista Meu Condomínio

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Meu Condomínio: além de revista, site e eventos A revista Meu Condomínio segue aumentando sua área de atuação, firmando-se como marca com credibilidade junto ao mercado condominial. Nas redes sociais, a Meu Condomínio continua com crescimento constante, informando sempre à frente e dando dicas a seus seguidores. Além disso, nos últimos três meses foram muitas lives com especialistas das mais variadas partes do Brasil, com assuntos importantes para síndicos e população em geral, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), como evitar acidentes domésticos e a “Fui eleito síndico. E agora?”, com o advogado, administrador, pedagogo e escritor Leandro Souza, que, aliás, assina um artigo nesta edição e é um dos novos articulistas do site Condomínios e Cidades. Aliás, muito mais que revista, a Meu Condomínio agora também tem seu site em plena atividade – o Condomínios e Cidades (www. condominiosecidades.com.br). Além do advogado Leandro Souza, estão no time de articulistas do site o médico do trabalho e psiquiatra Leonardo Bacelar; o advogado, ex-presidente da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ex-procurador-geral do município de São João da Barra Filipe Estefan e a engenheira civil, especialista em laudos técnicos, Clara Henrique. Todos em suas áre-

“Escrever para o site é uma grande oportunidade de compartilhar um pouco da minha experiência e conhecimento com mais pessoas, além de desmistificar as atribuições de um engenheiro e sua importância em vários ciclos de um condomínio, agregando o prestígio e visibilidade que a revista traz ao meu trabalho.” Clara Henrique, engenheira

“Aceitei o desafio de ser articulista do site Condomínios e Cidades pelo fato de que, hoje, grande parcela da população mora em condomínios, sejam eles verticais ou horizontais. E assim espero contribuir para este relevante espaço, com alguns apontamentos jurídicos sobre o tema”. Filipe Estefan, advogado

as, levando informações importantes sobre condomínios. E nesta edição, nosso articulista, o advogado especialista em Direito Condominial Anderson Bruno Moreira de Moraes, analisa os aspectos práticos da Autovistoria predial. A revista traz, ainda, matéria sobre pets em condomínios, segurança em piscinas e importância do condôminos saberem escolher o síndico.

Comemoração ao síndico

O primeiro a gente nunca esquece. E para ser mesmo inesquecível, a revista Meu Condomínio realiza o primeiro evento destinado a síndicos e ao mundo condominial da região Norte e Noroeste Fluminense em homenagem ao Dia do Síndico, 30 de novembro. Um dia inteiro de atividades, palestras e muito networking para homenagear os síndicos. Será inesquecível e imperdível. Além disso, nos dias 23 e 24 de novembro, estaremos no maior evento condominial do estado do Rio de Janeiro, a Exposíndico, que acontecerá no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, onde estarão especialistas do Brasil inteiro.

“A revista e o site surgem da necessidade de comunicação direta com síndicos, administradores e moradores de condomínios. A ideia é maravilhosa e edifica este seguimento que vem crescendo cada veza mais. Fico honrado em poder participar e poder contribuir com a revista em passar informações ao público com credibilidade e seriedade”. Leandro Souza, advogado

Expediente

meu

“Importante contribuir com informações relevantes para o mundo condominial, explicando alguns dados técnicos, voltados para síndicos e administradores, como de interesse, também, daqueles que moram em condomínios. Vejo a revista e o site como meios de comunicação que suprem uma lacuna que existia neste segmento” Leonardo Bacelar, médico do trabalho.

s2m comunicação e consultoria Jornalista responsável: suzy monteiro Email: revistameucondominiooficial@gmail.com / (22) 99282-9398 Arte e diagramação: Eliabe de Souza (souza655@gmail.com)


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Síndico precisa ter per�il adequado ao condomínio Um ex-síndico de Santa Catarina foi condenado pela Justiça a três anos de prisão por desviar R$ 18,6 mil da conta bancária pertencente ao condomínio pelo qual era responsável. Outro ex-síndico foi preso suspeito de desviar R$ 700 mil de condomínio de luxo de Londrina, no Paraná. Um síndico que contratou a si mesmo como técnico no condomínio em que morava e administrava no Rio de Janeiro, enquanto outro enfrenta diversas denúncias e continua no cargo. Casos que são cada vez menos frequentes, felizmente, mas, ao mesmo tempo, não tão raros como deveriam. Lembrando que seja morador ou profissional, o síndico precisa ser eleito. Mas a eleição não é um “passe livre” para tomar todas as decisões, que podem mexer com o patrimônio e até a paz de um condomínio. Então, quais as precauções que os condôminos devem ter na hora de escolher o síndico? E mais: como acompanhar gastos e investimentos durante a gestão desse síndico? Para falar sobre o tema, a revista Meu Condomínio convidou Marcio Panno, advogado, especialista em condomínios, professor e coordenador do curso de Pós-Graduação em Gestão de Condomínios.

* Quais os cuidados que os condôminos devem tomar na escolha do síndico? Márcio Panno — Como qualquer pessoa pode ser síndico de um condomínio, independentemente de qualificação ou instrução, é muito importante que os condôminos saibam escolher esse síndico, uma vez que ele irá administrar aquele patrimônio, bem como representar aquele grupo de pessoas. Os condôminos devem decidir se o síndico será um morador ou alguém externo, chamado de síndico profissional. São dois perfis totalmente diferentes, para necessidades distintas. Além disso, o condomínio deve buscar uma pessoa que se encaixe no perfil daquele empreendimento e que tenha o conhecimento necessário para administrar e gerir aquele pa-

marCio PaNNo é advogado, especialista em condomínios, professor e coordenador do Curso de Pós-Graduação em Gestão de Condomínios. @marciopanno

trimônio, de forma que valorize o edifício, os funcionários, além de buscar uma harmonia entre os moradores. O condomínio tem que tomar muito cuidado ao escolher um síndico, uma vez que uma má administração pode gerar diversos danos ao condomínio, seja ele patrimonial, financeiro ou entre pessoas. Diante dessas necessidades e da profissionalização do mercado, muitos condomínios estão buscando os denominados síndicos profissionais ou externos. Na gestão condominial não há mais espaço para aquele perfil de síndico de antigamente, que achava que era o dono do prédio e que decidia conforme seus interesses. * Quais procedimentos de transparência para acompanhar a gestão do síndico? Márcio Panno — Por lei, o síndico é obrigado a prestar contas anualmente à assembleia de condôminos. Para dar maior transparência à sua gestão, o síndico deve sempre manter os condôminos informados, fazer tudo por escrito, documentar todos os atos e estar sempre à disposição para prestar esclarecimentos. Atualmente, temos a ajuda da tecnologia, que facilita o acesso à informação e aos documentos do condomínio. Então, é muito importante que o síndico se utilize dessas ferramentas tecnológicas para facilitar a sua gestão e dar maior transparência a todos. Além disso, a participação dos condôminos é de suma importância. Um síndico, sozinho, não consegue cumprir com as suas obrigações. Os condôminos devem participar ativamente da gestão dos síndicos. Outro ponto importante que ajuda na transparência e acompanhamento da gestão é a escolha de bons conselheiros (fiscais e consultivos), além de uma boa administradora e/ou contabilidade e uma assessoria jurídica especializada. Essa equipe vai fazer com que o síndico, seja ele morador ou externo, consiga atender às demandas e à enorme responsabilidade que a lei o impõe. * Fale um pouco sobre o curso de pós em Gestão Condominial Márcio Panno — É notório que o mercado condominial está em franca expansão e, cada vez mais, exigindo profissionais qualificados e especializados. Diante dessa necessidade, criei e estou coordenando o curso online de Pós-Graduação em Gestão de Condomínios, oferecido pela Universidade Católica de Santa Catarina. A primeira turma foi confirmada e conta com mais de 25 alunos, das mais diversas áreas de atuação e espalhados por todo o país. Em breve vamos abrir as inscrições para a segunda turma, que se iniciará em 2022. Quem atua no mercado condominial, seja como advogado, como síndico, engenheiro, administrador, contador ou prestador de serviço, deve buscar especializações, para que possam entender esse mercado multidisciplinar e atender de forma satisfatória as demandas que vêm surgindo.


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Síndicas de Sergipe

ganham o Brasil

Um grupo de mulheres que trabalham em um mesmo setor no menor estado brasileiro rompeu barreiras e firmou seu nome no mundo da sindicatura, ganhando eco por todo o Brasil. O Síndicas de Sergipe surgiu em plena pandemia para promover a troca de conhecimento e apoio múltiplo a síndicas naquele momento tão delicado. Desde o início voltou-se para fortalecer o movimento feminino em prol da sindicatura e logo tornou-se marca de referência, promovendo eventos e disseminando conhecimento: “O Síndicas de Sergipe/Brasil está aí para promover conhecimento e fortalecer as boas práticas do ecossistema condominial, seja a partir de suas lives, de sua revista, das redes sociais. Mas não paramos por aí, vem a série de e-books para fomentar o conhecimento e o segundo congresso, que será em Goiânia, em 28 de maio de 2022, e mais uma vez trará uma temática inovadora”, diz a administradora do Síndicas, Edilma Oliveira, entrevistada nesta edição da Meu Condomínio. Revista Meu Condomínio — Como, quando surgiu e o que é o Síndicas de Sergipe? Edilma Oliveira — O grupo existe para fortalecer o movimento feminino em prol da sindicatura. Nasceu durante as incertezas da pandemia para promover a troca de conhecimento, apoio múltiplo e, ao mesmo tempo, demonstrar que as síndicas atuam de forma diferenciada, com aplicação de metodologia para gerir o condomínio. Revista Meu Condomínio — Vocês hoje ultrapassaram fronteiras e participam de eventos no Brasil inteiro. Como é essa experiência? Edilma Oliveira — Criamos uma rede de relacionamento no Brasil inteiro, seja através das síndicas que estão no grupo, ou dos especialistas que promovem cursos e formação de conhecimento na área condominial. É propósito do grupo fortalecer a gestão feminina na sindicatura, pois somos a maior parte da população no Brasil e a minoria à frente dos condomínios. Também faz parte de um dos valores do grupo que é a sororidade... é importante impulsionar as síndicas a assumirem esse papel de destaque. Revista Meu Condomínio — Por muito tempo via-se a sindicatura como função de homens. Esse pensamento já está superado? Edilma Oliveira — Infelizmente, essa questão não foi superada. É muito comum relatos de síndicas que passam pelo preconceito por ser mulher, por ser jovem ou mais velha e até mesmo por ser bonita. A maior parte dos síndicos ainda é de homens... para uma mulher assumir a posição precisa se capacitar, estudar e demonstrar que tem conhecimento para estar em seu lugar. Revista Meu Condomínio — Já enfrentaram preconceito? E quais os maiores obstáculos que enfrentaram no começo e quais continuam enfrentando? Edilma Oliveira — Se já enfrentamos preconceito? Enfrentamos todos os dias. Para combater, estudamos muito e agora assu-

edilma oliveira ADM do Síndicas de Sergipe, síndica profissional

mimos nosso lugar como protagonistas. O principal obstáculo é o preconceito de achar que a mulher não tem que estar à frente de um organismo social tão diverso que é o condomínio. O grupo tem outros desafios, como falta de apoio financeiro para promover mais eventos e divulgar mais conhecimento por esse Brasil gigante. Revista Meu Condomínio — A profissionalização das síndicas e síndicos é um caminho sem volta? Edilma Oliveira — Sim, é um caminho sem volta. A cada dia as atribuições dos síndicos aumentam e, com isso, a responsabilidade da função também. Mas aqui é importante destacar que gestão profissional independe de ser ou não síndico profissional, pois existem muitos síndicos moradores qualificados que fazem uma gestão profissional. Revista Meu Condomínio — A humanização é importante para mudar a imagem do síndico no tratamento com os condôminos? Edilma Oliveira — A humanização é importante não apenas para os condôminos, é importante para o ecossistema condominial. Pois uma gestão humanizada parte de uma contratação de colaboradores de forma assertiva (desde o recrutamento até o desenvolvimento), parte de estar cercado de assessorias estratégicas que promovam a melhoria para o condomínio. Parte de ter empresas éticas que prestam serviço com qualidade atendendo a todas as normas e também da relação com o condômino que precisa ter uma gestão ética, transparente e humana, que olhe para o condômino não apenas como um número, mas como uma pessoa que precisa de cuidado e atenção. Revista Meu Condomínio — Qual mensagem ou dica para os síndicos ou síndicas que estão começando? Edilma Oliveira — Estudem! Estudem legislação, neurociência, comportamento social, política, comunicação e o que achar necessário para estar à frente de uma comunidade que exige superpoderes de um representante, o síndico.



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Artigo Anderson Bruno Moreira de Moraes - Advogado especialista em demandas condominiais esclarece dúvidas sobre a Lei de Autovistoria

Autovistoria: Aspectos Práticos II Em nossa última coluna abordamos as alterações trazidas pelo projeto aprovado na Câmara de Campos, que modificou a LC 0014/20219, que trata da autovistoria predial, acompanhando a inovação sobre o assunto, com advento da lei estadual 6.400/2013. Vou abordar agora um dos aspectos práticos da autovistoria, que nasce de uma pergunta: O que é preciso vistoriar, segundo a Lei? Para a resposta, basta reportarmos ao artigo 1º da lei, que dispõe: “Fica instituída a obrigatoriedade de autovistoria, decenal, pelos condomínios ou proprietários dos prédios residenciais, comerciais, incluindo estruturas, subsolos, fachadas, esquadrias, empenas, marquises e telhados, e em suas instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, eletromecânicas, de gás e de prevenção a fogo e escape e obras de contenção de encostas, (...)”. Ou seja, o legislador determinou que a autovistoria faça a análise da estrutura – incluindo o subsolo – às instalações elétricas, mecânicas e hidráulicas, não sendo exagero dizer que a autovistoria deverá vistoriar tudo em uma construção habilitada. Isso serve de alerta para síndicos e administradores, que precisarem contratar

esse tipo de serviço. Para a correta checagem que determina a lei será imprescindível o trabalho de uma equipe, que inclua, além de engenheiros civis, engenheiros ou técnicos em elétrica, bombeiros hidráulicos, técnicos em segurança. Além desses profissionais, ainda é possível que seja necessária a contratação de outros profissionais, como geólogos, engenheiros ambientais, etc. Por isso não se engane, os orçamentos não serão exatamente amigáveis. Mas não se desespere, munido de um checklist básico, com perguntas essenciais que devem ser feitas à empresa especializada, vá à luta e negocie à exaustão. Um excelente atalho é saber da empresa se ela executa o laudo conforme exigência da NBR 16747. Outra dica importante, no caso de síndicos, é sempre aprovar o orçamento ou em assembleia ou com o conselho fiscal, para evitar problemas posteriores. Na dúvida, consultem a Convenção do Condomínio e o departamento jurídico. Na próxima coluna, abordaremos outros aspectos da legislação que regula a autovistoria predial. Caso o amigo leitor tenha dúvidas ou queira deixar sua sugestão ou crítica pode enviar mensagem para bruno@moreirademoraes.com.br.


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Artigo David Fernandes, Especialista em Segurança, Consultor, Professor, Autor de 6 livros e 8 cartilhas. CEO da PLANSEC Consultoria, e-mail: david.plansec@gmail.com, www.instagram.com/david.especialistaemseguranca

Porteiro ou portaria remota? Bom, vamos entender que na central de portaria remota tem atendente com um headset (fone de ouvido), monitor com software de controle de acesso, onde aparecerá a imagem da câmera de entrada ou saída do seu condomínio e o som do interfone, tudo isso à distância. O atendente segue exatamente o passo a passo do software, registra tudo ali e só libera o acesso após a autorização do condômino. Vemos, então, que é algo comum, que todo porteiro munido dos mesmos recursos poderia executar. Mas por que isso não acontece na maioria dos condomínios? Um dos fatores é a falta de investimentos em treinamentos de segurança dos porteiros! A segunda causa é a falta de um Manual de Normas e Procedimentos de Segurança aprovado junto com o Regulamento Interno numa assembleia. Mas, então, por que falam que a portaria remota será

mais segura que o porteiro? Por algo muito simples (que seu porteiro poderá fazer também): jamais um atendente da portaria remota deixará alguém entrar no condomínio sem a autorização do condômino! Então, qual é o caminho para meu porteiro fazer igual à portaria remota? Ter um manual de procedimentos de segurança e de controle de acesso, treinar pelo menos três vezes no ano, ter objetivos de segurança, motivar (premiar), ter um software de controle de acesso e transformar seu porteiro num “agente de segurança preventivo”! Se o seu condomínio não se encaixa no perfil de portaria remota e quer transformar seu porteiro ou controlador de acesso num agente de segurança preventivo, acesse esse link: https://davidespecialistaemseguranca.orbitpages.online/ agente-de-seguranca-preventivo-de-portaria. Até o próximo artigo, gratidão.


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Piscinas em condomínios: entre diversão e segurança A gente piscou e já é quase final de ano. Com o verão chegando e a pandemia caminhando para o fim, tudo indica que, logo, as áreas comuns dos condomínios estarão liberadas. Se não totalmente, pelo menos em parte. E aí sempre vêm as dúvidas: quais cuidados necessários para um condomínio que tem piscina? E como garantir a segurança para que as férias não tragam um acidente que poderia ser evitado? Especialista em segurança aquática, Rodrigo Cordeiro Cardoso explica que os condomínios devem estipular regras básicas de segurança, como, por exemplo, proibir algumas brincadeiras como saltos, corridas (pique) em volta da piscina e qualquer outra diversão que cause riscos à coletividade, como objetos cortantes e consumo de bebidas na área da piscina. Devendo o guardião de piscina estar sempre atento a essas condições e banhistas. A legislação estabelece a obrigatoriedade de guardião em piscinas acima de 36 metros. Porém, o especialista alerta que, por uma questão de segurança, podem os condomínios, independentemente de tamanho da piscina, ter seu guardião. A respeito da documentação necessária para funcionamento da piscina, Rodrigo informa que ela deverá estar homologada junto ao CBMERJ (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro), sendo necessária a apresentação da planta baixa da mesma e a compra dos equipamentos de segurança, como cadeira salva vidas, kit de primeiros socorros, botão de emergência, etc.

Algumas medidas para manter a segurança nas piscinas de condomínios Contratação de um guardião, de qualquer tamanho que seja a piscina;* Instalação de dispositivos contra sucção; Manter a manutenção dos ralos, substituindo-os sempre que necessário; Verificação da potência adequada do motor da bomba de sucção para cada piscina; Manter a regulagem correta da potência do motor da bomba; Sinalizar corretamente a área de acesso à piscina; Obrigatório o uso de barreiras de isolamento de acesso à piscina, mantendo a segurança, especialmente de crianças. * A legislação estabelece a obrigatoriedade de guardião em piscinas acima de 36 metros.

PISCINAS Para ter diversão garantida é preciso manter a segurança



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Para onde Cam Revista Meu Condomínio — Quais principais bairros estão em expansão em Campos hoje? Magno Bedim — Com a pandemia, o perfil imobiliário mudou, levando as pessoas a quererem uma qualidade de vida melhor e mais conforto. Com isso, muitos trocaram seus apartamentos por casas em condomínios. Os bairros preferidos foram o Parque Rodoviário, onde estão localizados os condomínios de alto padrão, o bairro Cidade Jardim (final da Av. 28 de Março), que está sendo construído, onde você tem os loteamentos, que são os terrenos de rua, condomínio fechado com portaria, área de lazer de médio padrão e o loteamento com acesso controlado. É um loteamento onde só tem uma entrada e uma saída, podendo os moradores daquele loteamento colocarem uma guarita para restringir o acesso. No Cidade Jardim, já temos a primeira fase e a segunda praticamente toda vendida e já entraremos na terceira fase. A região da Alberto Lamego (em direção às praias de São João da Barra) também está crescendo e deve

nos extremos O empresário do ramo imobiliário Magno Bedim explica áreas de maior crescimento, atualmente, em Campos: Parque Rodoviário, Cidade Jardim e Alberto Lamego

crescer ainda mais. Ali tem condomínios tanto de casas quanto de apartamentos e, inclusive, alguns (de apartamento) foram lançados este ano. Meu Condomínio — Os moradores desses locais conseguem ter acesso a uma infraestrutura de qualidade? Magno Bedim — Em relação à infraestrutura, esses bairros ainda são muito carentes. O Parque Rodoviário e o Cidade Jardim, que são mais novos, ainda têm muita carência nessa questão. O Parque Rodoviário, por exemplo, tem o Shopping Boulevard e o Centro de Compras do Recanto das Palmeiras, que conseguem atender uma parte da necessidade dos moradores da região, mas ainda falta estrutura como transporte. Tive a informação que só há dois ônibus entrando lá. Então, o transporte é bem precário ainda. O Cidade Jardim ainda está em fase de construção e ainda não há transporte entrando no bairro, por mais que já tenha alguns moradores naquela região, pois esses bairros ainda precisam entrar no sistema da Prefeitura para que os transportes possam rodar lá dentro do bairro. Sobre os comércios, para aquele lado ainda são só os da Avenida 28 de Março. Meu Condomínio — A construção desses condomínios demora a acontecer? Magno Bedim — As construções de um condomínio de casas e de apartamentos são feitas de forma diferente. As casas são feitas pelo próprio dono do lote, então, ele pode construir no tempo dele. Em média, pode levar entre um a cinco anos. Já os de apartamentos levam menos tempo, pois a construtora já entrega o empreendimento pronto, só bastando pegar a chave no dia da entrega. Por isso, para povoar esses bairros e condomínios de casas leva mais tempo que os de apartamento.


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mpos cresce??? Campos dos Goytacazes é a maior cidade do Norte e Noroeste Fluminense e não para de crescer. A exemplo do que aconteceu em todos os grandes centros, com a pandemia o mercado imobiliário na planície sofreu um boom, com procura maior por casas em condomínios. De acordo com o empresário do ramo imobiliário, Magno Bedim, algumas áreas têm preferência dos novos moradores: o PARQUE RODOVIÁRIO, especialmente nas PROXIMIDADES DO SHOPPING BOULEVARD, caminho das praias, PRÓXIMO À UENF E NA ENTRADA DA ESTRADA CAMPOS/FAROL, NO JÓQUEI CLUBe: “ Com a pandemia o perfil imobiliário mudou, levando as pessoas a quererem uma qualidade de vida melhor e mais conforto”, explica o empresário.

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Artigo

Leandro Souza - Advogado, Administrador e Pedagogo – Dr.hc em Gestão Pública e Privada, Master of Business Administration e Negócios e Finanças

Pandemia e violência contra a mulher No RJ, a Lei 9.014/20 obriga síndicos a denunciarem casos de violência doméstica no período de pandemia. A lei atinge síndicos, administradoras e condôminos. A Covid-19, no Brasil, deixou exposta uma ferida que sangra há muito tempo. A violência contra a mulher não é um problema que surgiu neste período de pandemia. Estamos diante de um antigo problema no Brasil e no mundo, enraizado de maneira cultural e que se impregnou em nossa sociedade de forma venenosa. Em avaliação histórica, as mulheres foram colocadas em posição de inferioridade, submissão, sendo classificadas, inclusive, de sexo frágil, algo que contribuiu para uma cultura violenta, patriarcal e machista. A casa é, ou deveria ser, um tipo de refúgio, um lugar onde as pessoas se sentissem seguras, mas, no Brasil, para muitas mulheres, passou a ser um ambiente perverso, cruel, triste e de medo. E nestes dias sombrios de pandemia, o longo período de distanciamento social evidenciou a desigualdade e o desequilíbrio dos papéis sociais de homens e mulheres e isso, aliado ao estresse, fatores econômicos, consumo de álcool e drogas, potencializou o aumento da violência contra as mulheres, pois elas passaram a conviver diariamente com seu potencial agressor. Sendo assim, posso afirmar que a pandemia não é a causa da violência, mas, sem dúvidas, tem contribuído para

seu agravamento. Na minha concepção, a violência doméstica e familiar é um problema que não deveria ser tratado apenas na esfera jurídica, por se tratar de um problema social de desestruturação familiar, que pode unir condutas infracionais com problemas psicossociais presentes no indivíduo. Muitas vezes, agressor e vítima necessitam de amparo. O poder público precisa ressignificar e intensificar o amparo a essas mulheres, tanto neste momento de pandemia, quanto a longo prazo. Desta forma, posso concluir que para combatermos a violência doméstica contra a mulher é preciso muito mais que medidas punitivas e/ou protetivas. É imperativo e necessário conscientizar a população que essa cultura passada sobre mulheres não pode mais prevalecer. E talvez seja nosso maior desafio e umas das tarefas mais difíceis que o poder público terá que enfrentar, pois, infelizmente, muitos só abrem os olhos para esses assuntos quando se deparam com uma situação na família ou com alguém próximo. Assim como estamos vivenciando neste período de pandemia, quando muitas pessoas insistem em não cumprir as Normas Legais, que só se concretizam quando se deparam com a doença em seu seio familiar. Ou seja: em briga de marido e mulher, síndico, administradores e moradores precisam meter a colher.


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Pets: espaço para

amor e cuidados Fofinhos, engraçadinhos, amigos, companheiros. Qualquer que seja sua visão, ter um pet requer amor, mas, também, muito cuidado e responsabilidade. Ainda mais quando mora em condomínio, onde a convivência em coletividade é parte do cotidiano. Evitar o estresse do animal e possíveis acidentes, ter atenção com vacinação e medicamentos e pensar no espaço ocupado por esse pet são algumas recomendações da médica veterinária Ana Carolina Lima, que há anos atende Rembrandt, de 12 anos, “nascido e criado em apartamento” e super adaptado à vida em condomínio. De acordo com a veterinária, os responsáveis pelos pets têm que ter alguns cuidados, como pensar no espaço reduzido, se vai ter tempo de qualidade com animal. — Algumas raças precisam gastar energia. Se não tem um quintal, eles podem passar o dia latindo ou destruindo coisas por se sentirem muito sozinhos — exemplifica. Em relação à segurança física, ela alerta que é preciso telar as janelas/varandas para evitar acidentes, especialmente se a escolha for por gatos. Além disso, o contato com o ser humano será muito próximo dentro de um apartamento, então, a prevenção de doenças é necessária para evitar os riscos de zoonoses. E lembrar que existem raças que a troca de pelo é constante, então, dependendo de qual será escolhida, o apartamento sempre estará com pelos. Sobre o tamanho do animal, ela diz que vai depender do tamanho do apartamento. Geralmente, a indicação é cães de pequeno/médio porte e gatos: “Mas já atendi uma senhora que tinha um casal de labradores de 40 kg num apartamento. Era uma cobertura triplex e o último andar era adaptado só para os cães”, recorda. Mãe de Rembrandt, a administradora de empresas Beatriz Tavares cerca seu filho com uma rotina de cuidados e amor. Sentimento este que contagia quem conhece o cãozinho. Atualmente, Beatriz trabalha em home office, mas quando fica muito tempo fora de casa, sua auxiliar chegava a deixar a televisão ligada para Rembrandt não se sentir sozinho até que a mãe voltasse. “É amor e responsabilidade”, aponta a administradora, que fala ainda da parte prática desse amor: “Morar em condomínio com pet, acostumado com passeios diários, tem, como tudo, seu lado bom e ruim: o lado bom é a segurança. O passeio pode ser em qualquer hora do dia ou da noite, por ser um ambiente seguro. O lado ruim é a convivência: como são muitos moradores com pet, é preciso que todos tenham a responsabilidade com a higiene e saúde do pet. Um cãozinho com pulga, por exemplo, pode infestar vários outros animais, já que, durante os passeios, eles se encontram e brincam e as pulgas se espalham rapidamente entre eles. Então, manter todos limpos e cuidados é fundamental para esses encontros no condomínio serem saudáveis”, conclui.

Amor de mãe: Beatriz cria Rembrandt com amor e responsabilidade

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