Estrela Matutina - Edição Junho de 2022

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Série B | Nº 279 | 10.000 exemplares

Boletim Informativo da Diocese de União da Vitória | Junho de 2022

Diocese celebra em junho seu Padroeiro Na imagem, o Sagrado Coração de Jesus é visto fora do peito, rodeado de espinhos e em chamas. Esta representação serve para mostrar o amor palpitante e intenso que Deus tem por você. Assim, a figura mostra que Cristo nos ama profundamente, doando sua própria vida por nós. Ao ser humano cabe retribuir, correspondendo livremente a esse amor, que não aprisiona, mas que liberta. Sagrado Coração de Jesus Fazei o nosso coração semelhante ao Vosso!

Ainda nesta edição... CÁRITAS

Ação conjunta aos mais necessitados. Pág. 06

VOCAÇÃO

Busque seu discernimento vocacional Pág. 05

ARTIGO

Aparecida está superado? Pág. 07


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Estrela Matutina - Editorial - Junho de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br

Nossa quinta edição do Estrela Matutina chega junto com você à metade do ano de 2022. Nosso Jornal Diocesano que completou em maio 64 anos de história continua a trazer a você algumas das diversas atividades realizadas na Diocese no último mês, anunciando outras que acontecem neste mês de junho. Na coluna ao lado você já consegue saber de alguns destes eventos que estamos para celebrar em nossa Diocese neste mês, entre eles a Conclusão da Fase Diocesana do Sínodo, convocado pelo Papa. A Edição 279 do Estrela noticia encontros que algumas paróquias promoveram para crianças e jovens, investindo na evangelização destes que são sementes e continuadores da Igreja. A Formação investida nesse público juvenil traz um bem para eles, suas famílias, para a Igreja e para toda a sociedade. Aqueles que são alimentados com a Palavra de Deus, vivem e olham para a vida com um olhar transformador da realidade, não vivendo uma estagnação na sua maturidade humana e de fé. Eis o convite e a exortação aos pais e familiares, para que valorizem e busquem para seus filhos e filhas os espaços que a Igreja oferece nessas formações. Movimento do Sementes de Alegria, do Mini TLC, da Pastoral Vocacional, com a proposta dos Retiros, Coroinhas e Acólitos, são alguns dos espaços que a Igreja oferece e que nesta edição noticiamos, com ações que foram realizadas. Na importância deste olhar para a realidade e identificar suas carências, o Jornal deste mês traz uma análise feita por um Cardeal Brasileiro sobre a atualidade do Documento de Aparecida, que trouxe o olhar da Igreja em 2007, com a Conferência de Aparecida. Se algumas coisas mudam com as novas realidades, algumas permanecem, por fazerem parte da essência humana. Textos formativos e que ajudarão você e sua comunidade a ampliar seu conhecimento sobre a Igreja e ter um leque maior de reflexão, você encontra em abundância nessa nossa Edição. Dom Walter Jorge comenta sobre a Esperança que é alimentada em nós vendo belos testemunhos de dedicação; Padre Alisson fala do Mistério de Deus na Liturgia dos Sacramentos; as Psicólogas Geovana e Ana Carla falam da importância da presença dos pais na vida dos filhos; e o Artigo da Catequese com o Célio, fala da importância da Partilha na Catequese. Também trazemos um artigo vocacional com o padre João Henrique, reforçando o Retiro Vocacional neste mês; o Santo do Mês para sua espiritualidade e o texto da Animação Bíblica da Pastoral, com o Padre Joviano. A Ação Social é algo que nossa diocese vem também priorizando por meio da Cáritas, Organismo que presta um serviço de evangelização e atendimento às pessoas em vulnerabilidade social. Você também é convidado a ser um braço nessa caridade cristã. Desejando a você uma ótima leitura, formação e espiritualidade, desejamos também um ótimo mês, sob as bênçãos do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da Diocese, celebrado em junho.

Marcelo S. de Lara Editor-Chefe

Em Destaque Fatos em junho que marcam nossa Diocese O mês de junho é marcante para a Diocese de União da Vitória com diversas celebrações e eventos importantes.

Esta Síntese será encaminhada à CNBB, a qual junto com as demais Conferências Latino Americanas irá mandar sua contribuição para Roma, somando às das demais Conferências Episcopais do mundo todo. Nessa colaboração conjunta o Papa terá em mãos o eco de toda a Igreja respondendo de que modo podemos melhor caminharmos juntos.

Lembramos em primeiro lugar que no dia 24 vamos celebrar o Padroeiro da Diocese, o Sagrado Coração de Jesus, padroeiro de nossa Igreja Catedral, além de duas outras paróquias da Diocese, em Cruz Machado e em Rio Azul. Sagrado Coração de Jesus é também o Padroeiro da cidade de União da Vitória, sede da Diocese e da Fundação Sagrado Coração de Jesus, que mantém a Rádio Educadora, em União da Vitória.

Este evento em nossa Diocese será coroado com a Missa de encerramento da Fase Diocesana do Sínodo, na igreja Catedral, às 15h do dia 11 de junho.

Esta celebração é marcante pela grande devoção à Ele dedicada por meio do Movimento do Apostolado da Oração, muito forte na Diocese, com seus membros presentes nas Matrizes e nas Comunidades de cada Paróquia. Que esta devoção e celebração nos ajude a nos esforçarmos para que o nosso coração seja realmente semelhante ao Coração de Jesus. No dia 10 de junho, nossa Diocese lembra também um mês do falecimento de nosso primeiro bispo, Dom Walter Michael Ebejer, com o qual a Diocese deu seu início, em 1977. Conduzindo a Diocese por 30 anos, em 2007 Dom Walter Ebejer ficou emérito, e viveu sua emeritude na Diocese até o fim de sua missão nesta vida. Dom Walter faleceu no dia 11 de junho de 2021. Por coincidências divinas, sua morte se deu em uma sexta-feira, Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da Diocese. Uma missa em memória de 1 ano de seu falecimento será celebrada na Igreja Catedral, no dia 10 de junho, às 19h. O momento é de rendermos orações a Deus pelo descanso eterno de nosso 1º bispo, além de rendermos Graças por toda a história construída na Diocese por meio de seu pastoreio, valorizando o legado por ele deixado, expressão de seu episcopal: “O Zelo pela Casa de Deus me devorou”. Como expressão de uma Igreja unida, atendendo ao pedido do Papa Francisco na colaboração com o Sínodo 2023, nossa Diocese reunirá as Pastorais, Movimentos e Organismos no dia 11 de junho, na Casa de Formação, para redigir a Síntese do Questionário para o Sínodo. A reunião dessas lideranças leigas se dará junto com o bispo diocesano e o padre coordenador da Ação Evangelizadora.

EXPEDIENTE

Editorial

Proprietária Mitra da Diocese de União da Vitória Rua Manoel Estevão, 275 União da Vitória, PR Contato: estrela@dioceseunivitoria.org.br (42) 3522 3595 Diretor Dom Walter Jorge Pinto Editor-Chefe Francisco Marcelo S. de Lara

Ainda no dia 16 de junho, passadas ao menos em sua grande parte as restrições da Pandemia da Covid-19, desejamos juntos celebrar a Solenidade de Corpus Christi, com a tradicional procissão pelos tapetes, que com tanto amor são enfeitadas em cada canto de nossa Diocese, interior e cidades. Essa expressão pública de amor pela Eucaristia pelos fiéis católicos é também expressão de testemunho do quanto viver em comunhão com o Senhor dá um novo sentido para a vida das pessoas. Queremos ainda dizer que, para termos a Eucaristia, precisamos ter o Sacerdócio Ministerial, pessoas consagradas ao serviço do Reino na vida religiosa. Investindo nessa formação, nossa Diocese promove também os Retiros Vocacionais para meninos acima de 14 anos, que tendo o desejo no coração de serem padres, podem melhor discernir sua vocação, sendo acompanhado pelos padres da Formação, do Seminário, e também por seus párocos e vigários nas paróquias. Assim, no dia 24 de junho dá-se início a mais um Retiro Vocacional no Seminário Diocesano, em União da Vitória. O Retiro irá até no domingo, 26, e os interessados devem fazer a inscrição em suas paróquias. Assim, entre diversas outas atividades que se darão em cada Comunidade de nossa Diocese, trouxemos aqui algumas das que acontecem a nível diocesano, para que sabendo delas, possamos em comunhão estarmos unidos. Que o mês do Sagrado Coração de Jesus, seja realmente marcante na história de nossa Diocese e na vida pessoal de cada fiel diocesano.

Redatores Dom Walter Jorge Pinto Pe. Alisson M. de Moura Pe. João Henrique Lunkes Pe. Joviano J. Salvatti Célio Reginaldo Calikoski Gustavo Santana Geovana S. Cordeiro Kujiv Francisco Marcelo S. de Lara Diagramação e Arte Final Agatha Przybysz

Tiragem 10.000 exemplares Revisão Pe. Abel Zastawny Francisco Marcelo S. de Lara Impressão Gráfica Grafinorte - Apucarana/PR (41) 9 9926 1113 Fundado em 15 de maio de 1958, por Dr. Mário José Mayer e Ulysses Sebben.


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Palavra do Bispo Precisa-se de Esperança Quando somos batizados, Deus nos concede três virtudes fundamentais para a sustentação da nossa vida e para colaborar para que a vida do mundo seja melhor: fé, esperança e caridade. Embora as três sejam fundamentais, hoje quero me deter na esperança, pois percebo que os nossos dias têm clamado por mais esperança. A mim, me parece que a Esperança será sempre possível de ser vislumbrada quando as pessoas puderem ver que há gente que acredita no que vale a pena, que gasta a vida com isto e que é até capaz de morrer por isto. Assim, podemos perceber o quanto nos traz esperança ver que há jovens bons, virtuosos, que acreditam que o ser humano seja capaz de amar outra pessoa por toda uma vida ao ponto deste amor sustentar uma família, mesmo apesar das cruzes que o amor necessariamente terá que enfrentar. O mesmo se diga daqueles jovens, rapazes e moças, que mesmo podendo escolher ter uma família com alguém, renun-

Quanto fala ao nosso coração, quando eles, os jovens, que são os guardiões do amanhã da terra, se importam que as florestas não sejam destruídas [...]

ciam a este tipo de amor por causa de um outro grande amor, que seduziu os seus corações ao ponto de os levarem a fazer uma entrega total de suas vidas à causa de Jesus, amando com um amor de inteira doação os mais pobres deste mundo, às grandes causas da humanidade, à Igreja, que Cristo quis para si e para os seus seguidores. Quanto fala ao nosso coração, quando eles, os jovens, que são os guardiões do amanhã da terra, se importam que as florestas não sejam destruídas, que os mares não morram intoxicados por tanto plástico, que deixem de consumir tanto em vistas de um mundo mais saudável e que tenha futuro. Quanta esperança produz igualmente em nossos corações ver profissionais que não se contentam apenas com a sua sustentação financeira, mas utilizam suas profissões também para elevar o mundo, cuidando das pessoas, oferecendo uma parte da sua formação para servir a vida, sem nada esperar em troca, senão a alegria de se sentirem mais fraternos. Quanto estímulo nos traz a doação de milhares de professores abnegados, que não recuam mesmo diante de salários indignos, de médicos gastando suas vidas em plantões exaustivos, lutando pela vida de seus pacientes; de dentistas, psicólogos e tantos outros reservando uma parte do seu tempo para os mais pobres que não podem lhes pagar! Que luz em meio à escuridão o comportamento altruísta de patrões que, abrindo mão de parte de seus lucros, procuram pagar salários mais justos aos seus empregados, para os fazer sentir-se mais dignos e realizados e

para que possam dar melhores condições de vida aos seus filhos! Que benção ver homens do agronegócio que se preocupam com alternativas que reduzam o envenenamento da terra, que não desejam expulsar os pequenos agricultores de suas terras, por se preocupar em vê-los empobrecer nas periferias das cidades para onde iriam. É sem dúvida ainda fonte de grande esperança, acreditar que possam existir pessoas com vocação política, que desejam agir de modo mais cidadão, visando de verdade o bem comum, e que, quanto mais cresçam nesta via, mais lutam por se tornar verdadeiros estadistas e não pessoas desprezíveis que, pela corrupção e má atuação política, usurpam os sonhos e a vida das pessoas, sobretudo dos mais pobres. Quanta desolação, quanta desesperança tem produzido o mal-uso da política. Mas aqui também reside uma esperança, aquela de que seu uso indevido não ficará impune diante de Deus, pela importância que a política tem para a vida na terra, mesmo que a justiça humana nem sempre dê conta de mantê-la nas vias corretas.

nós, e sem a qual, a existência caminha rumo ao desespero, a um túnel onde não há luz, a um amanhã onde o fim é apenas o deixar de existir e não a eternidade. No entanto, mais que citar exemplos, que a alguns até pode parecer ingenuidade e sonho romântico, importa mais é saber que todos devemos e podemos ser fonte de esperança, sobretudo quando vemos o mundo urgentemente necessitado de que haja um mutirão de esperança, pois há muitos perdendo a alegria de viver e o amor pela vida. Entremos, pois, todos neste mutirão, sejam crianças, jovens, adultos ou idosos, pois a todos é dado formas específicas de contribuir com a esperança, já que o Deus da esperança, que nos cumula de toda paz, nos visitou em Cristo, nossa verdadeira Esperança, O qual, como fonte desta virtude dentro de nós, nunca deixará de jorrar se o buscarmos continuamente.

Tantos exemplos poderíamos ciDom Walter Jorge tar como fonte de esperança para o Bispo Diocesano mundo e para a vida de cada um de


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Orando com os Salmos

Cântico dos Degraus Salmo 132 (133)

Alegria da união fraterna Vinde e vede como é bom, como é suave os irmãos viverem juntos bem unidos!

seu manto.

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É como um óleo perfumado na cabeça, que escorre e vai descendo até à barba; vai descendo até à barba de Aarão, e vai chegando até à orla do 2

É também como o orvalho do Hermon que cai suave sobre os montes de Sião. Pois a eles o Senhor dá sua bênção e a vida pelos séculos sem fim. 3

Salmo 133 (134)

Oração da noite no templo Vinde, agora, bendizei ao Senhor Deus, vós todos, servidores do Senhor, que celebrais a liturgia no seu templo, nos átrios da casa do Senhor. 1

2 Levantai as vossas mãos ao santuário, bendizei ao Senhor Deus a

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noite inteira! Que o Senhor te abençoe de Sião, o Senhor que fez o céu e fez a terra!

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém!

Comentário dos Salmos Caro (a) leitor (a), fiel a Deus, os dois Salmos que aqui trazemos encerram o Salmos chamados Cântico das Subidas, um grupo de textos que iniciemos no Salmo 120. Já temos conhecimento que os Salmos foram organizados em coleções ao longo da história de Israel. O livro todo dos Salmos é formado de 150 Salmos chamados de saltério e eles estão agrupados em hinos, em Salmos de subida ou também chamados de degraus e outros. No grupo destas coleções trouxemos até você os Salmos de degraus formados pelos Salmos 120-129 e os Salmos 130-134. Para relembrarmos, eles estão dentro de um contexto de peregrinação que o povo judeu fazia nas ocasiões de festa aos lugares de oração como o templo de Jerusalém. Nestes Salmos são destacados também o que os peregrinos faziam no decorrer do caminho. Os Salmos da subida são degraus do caminho espiritual, para levar a um encontro com Deus. Uma breve reflexão dos dois últimos dessa Coleção que aqui trazemos, vemos no primeiro Salmo, que ele canta o valor da união fraterna, essa união é sempre bênção de Deus, e é vida. O próprio Jesus se põe como nosso Irmão. Não existe amor maior do que aquele que dá a vida pelo irmão, pelo seu semelhante, e Jesus nos deu o exemplo. A unidade fraterna, o amor fraterno vem como

Dom de Deus, é divino. Por isso, o outro precisa ser olhado como nosso irmão, ser amado, corrigido e acompanhado. Essa expressão fraterna, é demonstrada por meio da assembleia litúrgica, a ação litúrgica no Templo. Nós quando nos reunimos para rezar e celebrar na Igreja, expressamos a comunhão de um povo que se volta para Deus, para louvar por aquilo que somos, temos, e Dele recebemos. A liturgia deve ser a expressão da vida fraterna que vivemos. Assim conclui o Salmista. “Levantai as vossas mãos ao santuário, bendizei ao Senhor Deus a noite inteira!”.

Organizado por: Marcelo S. de Lara PASCOM

Catequese

Prática e partilha na catequese A catequese de inspiração catecumenal leva a pessoa a olhar o mundo com compaixão, de coração aberto às necessidades do próximo. A dimensão comunitária entre os cristãos, os gestos e palavras, precisam ser transformados em prática e partilha. Essa era a forma de agir de Jesus, que sempre pregava a unidade e a convivência fraterna. E essa prática, a exemplo do Mestre, deve estar em nossa catequese. A sociedade valoriza hoje o individualismo, colocando em risco a vida humana. O Papa Francisco na Carta Encíclica Laudato Si, escreve: “a própria vida humana é um dom que deve ser protegida de várias formas de degradação. Toda pretensão de cuidar e melhorar o mundo requer mudanças profundas”. (Laudato Si, n. 05, p. 11). O Papa quer dizer que devemos seguir e ser exemplo de uma vida cristã autêntica, mudando nosso estilo de vida, fazendo ainda com que as estruturas de poder estejam empenhadas na transformação evangélica da realidade. Deus nos fez doadores de dons, onde cada um partilha a riqueza recebida para melhorar a sociedade, respeitando todos os seres humanos nos seus direitos, deveres, na sua dignidade, convivendo assim como irmãos. Ao falarmos de partilha vem à mente a palavra solidariedade. Essa palavra sempre está na “moda”, como forma das pessoas aliviarem sua consciência em relação a sociedade que sofre com a fome, a doença e o abandono nas sarjetas da vida. Mas solidariedade é mais do que generosidade, “significa muito mais do que atos esporádicos de generosidade, supõe uma mentalidade que pense em termos de comunidade, de prioridade da vida de todos sobre a apropriação de bens por parte de alguns. Isso significa solidariedade” (Papa Francisco, Audiência Geral de 02/09/2020).

poucos, e precisam ser disponibilizados a todos. Através da solidariedade podemos evitar a “síndrome da Torre de Babel”, onde pensamos em subir cada vez mais alto sem pensar no outro que também deseja subir. O pensamento da sociedade se resume na frase de Francisco: “Construímos torres e arranha-céus, mas destruímos a comunidade. Unificamos edifícios e línguas, mas mortificamos a riqueza cultural. Queremos ser senhores da Terra, mas arruinamos a biodiversidade e o equilíbrio ecológico. ” (Papa Francisco, Audiência Geral de 02/09/2020. Devemos fazer da catequese uma atividade evangélica transformadora. Nossa prática e partilha deve ser exemplo corajoso de mudança da realidade da comunidade onde o catequisando e o catequista estão inseridos. Para isso devemos imitar as atitudes de Jesus, que influenciaram na mudança de postura do povo de seu tempo. Dom Paulo Peixoto nos diz que “Sem uma transformação corajosa e radical do aqui e agora, principalmente em relação à violência, à casa comum, ao egoísmo acumulador, teremos um futuro incerto e preocupante. ” (Dom Paulo Peixoto no texto Partilhar a mesa). Para nossa Reflexão: Lc. 16, 19-31. Após refletir, responda as questões: 1. Como a sociedade pensa e vê as necessidades do próximo? 2. Como a Catequese pode transformar a realidade egoísta do mundo de hoje?

A solidariedade nos permite ter uma comunidade guiada pela fé, onde tudo que existe deve estar em função Célio R. Calikoski do ser humano. Os bens acumulados Coordenador da Pastoral na terra estão nas mãos de alguns Catequética


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Zeladoras de Capelinhas participam de reunião com padres do Seminário e Seminaristas O elo existente entre o trabalho das Zeladoras de Capelinhas e o Seminário Diocesano é por um propósito em comum - o trabalho pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas. É frutuoso o trabalho que as Capelinhas realizam na Diocese em prol das vocações. A visita que a Capelinha de Nossa Senhora faz às famílias, convidando-as para a Oração pelas Vocações, e a ajuda financeira que vai para o Seminário com as colaborações são e foram importantes para a formação de muitos sacerdotes que temos hoje na Diocese e fora dela.

Em sua fala com as participantes, padre Marcelo Rosa agradeceu pelo trabalho por elas realizado, motivando-as na importância deste serviço para a Igreja e para o Reino de Deus. Os quatro seminaristas que participaram do encontro são todos da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças: Daniel da Rosa, Gustavo Santana, Vanderson Openkoski, e André David Piskorz. Gustavo fez um momento de Espiritualidade Mariana; Daniel, que está no último ano de Seminário, deu seu testemunho vocacional, e todos se uniram às Zeladoras para o momento da Oração do Terço.

Zeladoras de Capelinha da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Roubouças No dia 07 de maio, padre Marcelo Antonio Rosa, Reitor do Seminário Diocesano, e seminaristas naturais da cidade de Rebouças tiveram um momento de encontro com as Zeladoras de Capelinhas da Paróquia Senhor Bom Jesus, de Esses momentos de encontros da equipe formativa do Seminário e dos semiRebouças, paróquia que historicamente sempre teve um belo acompanhamen- naristas com as Zeladoras e outros Movimentos dedicados às vocações, como o to das vocações, por meio de um grupo de senhoras da Equipe Vocacional, que Movimento Serra e a Pastoral Vocacional, criam uma sintonia que os une pelo com o apoio das Zeladoras foram responsáveis pela caminhada de diversos mesmo propósito que formação de novos sacerdotes, religiosos e religiosas. padres, religiosos e religiosas da cidade. Pela dedicação de tantos leigos e leigas envolvidos nessas Pastorais e MoviO encontro com as Zeladoras foi realizado com momentos de conversa, espiri- mentos, a Diocese de União da Vitória agradece e roga que o Senhor da Messe e tualidade, partilha vocacional dos seminaristas e com a Santa Missa, momento Bom Pastor recompense a cada fiel que se dedica e se doa pelas vocações. de pedir as bênçãos do céu e de dar graças pelas vocações.

Artigo Vocacional

Conhecer a Deus é uma Questão; Permanecer com Ele é uma Resposta

A FONTE E DESCOBERTA DA VOCAÇÃO Deus, é a fonte e origem de toda vocação. O chamado divino já acontece a todos nós, desde o primeiro instante da vida. Porém, é principalmente pela oração, uma “conversa com Deus” que se descobre qual a missão que mais combina com os próprios talentos. Por meio de uma boa conversa com alguém, conhecemos e descobrimos tantas coisas, alegres, desafiantes, tristes. Com Deus é a mesma coisa. Quando mantemos este diálogo com o Senhor, vamos conhecendo a Ele e Ele nos ajuda em nosso autoconhecimento. A vocação é uma oportunidade de conhecer Aquele que chama e espera ansioso uma resposta plena: “eis-me aqui! ” Logo, vocação é um conhecer e permanecer em Deus. VOCAÇÃO EXIGE ENTREGA Somente aquele(a) que se entrega totalmente à vontade de Deus será capaz de conhecê-lo e permanecer para sempre na sua presença. Toda decisão de nossa vida deve ser feita de maneira a nos sentirmos totalmente alegres, dispostos e com disponibilidade para servir as demais pessoas que estão mais próximas de nós, de maneira que possamos sentir amor e prazer por aquilo que realizamos. A vocação é um dom de Deus entregue aos nossos cuidados para colocarmos em prática no testemunho diário em favor do próximo. Nos lembra um amigo sacerdote: “vocação acertada, vida feliz”. O NECESSÁRIO EM UMA VOCAÇÃO O amor, a alegria da vocação, são contagiantes à medida que eu experimento e partilho. E isto vale para qualquer vocação que assumimos em nossa vida, e para que isto aconteça é importante que não percamos de vista o amor à vida e ao que gostamos de fazer. Quando nos falta amor tudo parece mais difícil ou fica mais difícil, além de estarmos fazendo um grande mal a nós mesmos e não conseguirmos realizar aquilo que nos propomos. Por isso, para conseguir-

mos realizar bem aquilo que queremos, devemos amar sem condições: “nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”. (Jo 13, 35). Por isso, o amor pelo que se quer ou pelo que se busca tem de vir em primeiro lugar. Quem é este Amor? Deus e somente Ele. Muita gente escolhe a vocação com motivações que nada tem a ver com a sua pessoa. Esquecem do Amor. SATISFAÇÕES E DESAFIOS Quando a escolha acontece por aquilo que no momento está sendo o mais “rentável” ou que está dando um prestígio maior, a frustração e o aborrecimento são grandes. Mas é preciso lembrar, seja qual for a escolha para nossa vida, devemos ter presente que sempre haverá desafios, que são superados. Podemos contar sempre com a graça de Deus! Passo a passo, pouco a pouco, o caminho se faz. Lembremos que é necessário fazer um esforço para realmente descobrir o que se quer na vida, qual vocação seguir. Seguir a voz do Bom Pastor vale a vida, pois no seguimento vocacional (sacerdotal/religioso) estaremos realizando aquilo que o coração deseja e dizendo nosso ‘sim’. PROCURE UM ORIENTADOR Você que está buscando descobrir a sua vocação, pode contar com a ajuda de algum sacerdote, um(a) religioso(a), um cristão leigo comprometido, mas não deixe para depois. Busque conhecer a Cristo, permaneça com Ele. (Jo 1, 38-39). Próximos Retiros Vocacionais no Seminário Diocesano: Dias, 24,25 e 26 de junho; 25,26 e 27 de novembro. Pe. João Henrique Lunkes Diretor de Estudos do Seminário Diocesano


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Cáritas Diocesana Conheça este trabalho e faça parte! Um dos braços do trabalho social da Igreja Católica no mundo todo, a Cáritas tem a missão de: “Testemunhar e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, defendendo e Membros da Diretoria da Cáritas Diocesana promovendo toda forma de vida e participando da construção solidária da sociedade do Bem Viver, sinal do Reino de Deus, junto com as pessoas em situação de vulnerabilidade e exclusão social”. A Palavra de Deus, celebrada nas liturgias, em especial na Santa Missa, onde partilhamos o Pão da Palavra e da Eucaristia, Corpo e Sangue Cristo, exige de nós a vivência da Caridade na Ação Missionária. Lembramos a exortação de São Tiago: “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma ” (Tiago 2, 14-17). Instituída em 2021 na Diocese, a Cáritas Diocesana está integrada à Caritas do Paraná e Nacional mediante o PMAS, Planejamento, Monitoramento, Avaliação e Sistematização da gestão integrada dos processos que orientam a prática realizada pela Cáritas no Brasil. Em nossa Diocese, a Cáritas tem como Presidente, Dom Walter Jorge Pinto, Bispo Diocesano; Vice-Presidente, Padre José Carlos Emanoel dos Santos; No

Conselho Diretor, Ivone Magnani Pasquali; Liselote Terezinha Bajolo Boniatti, Secretária; e Lindamir de Fátima Varela, Tesoureira. O Conselho Diretor atua em todos os municípios da Diocese, centralizando as ações do Organismo. O Plano Diocesano da Ação Evangelizadora 2021-2024 (PDAE), reservou um papel importante para os membros da Cáritas, que no trabalho voluntário vivenciam a Palavra de Deus, tendo um olhar de compaixão para com o próximo mais necessitado. Com os 4 Pilares de estratégias na Ação Evangelizadora, o PDAE tem como 1ª, Pilar a Palavra, focado na Iniciação à Vida Cristã e Animação Bíblica da Vida e da Pastoral; o 2º, o Pão, que se manifesta na liturgia e na espiritualidade; o 3º, a Caridade, expresso no serviço à vida plena; e o 4º, Pilar, a Ação Missionária, que propõe um estado permanente de missão. Tratando do Pilar da Caridade, na página 72 do Plano Diocesano se lê: “Na fé cristã, a espiritualidade está centrada na capacidade de amar a Deus e ao próximo. Rezar e servir, amar e contemplar, são realidades indispensáveis para o discípulo de Jesus Cristo. Sem oração não existe vida cristã autêntica. Sem caridade, a oração não pode ser considerada cristã”, reforçando as palavras de São Tiago, citadas aqui. Sendo assim, a Cáritas da Diocese de União da Vitória estende o convite a você, para que em comunhão com o padre de sua Paróquia, você também seja um membro voluntário nessa causa, se envolvendo diretamente nos projetos e ações desenvolvidas por ela, ou contribuindo financeiramente para as ações da Cáritas. Na transformação do mundo, o cristão é fermento na massa. Faça parte da Cáritas. Entre em contato conosco: (42) 98812-2734 - Liselote Terezinha, E-mail: lboniatti@yahoo.com.br. Dra. Marilúcia Flenik (42) 9 9165-0792; (42) 9 9999-2313; Conselho Fiscal (42) 9 9975-0443. da Cáritas Diocesana

Campanha SOS Bahia e Minas Gerais chega ao fim com mais de 2 milhões arrecadados Após quatro meses de mobilização para ajuda às famílias da Bahia e Minas Gerais, vítimas das fortes chuvas, a Campanha da Cáritas Brasil e CNBB, Campanha SOS Bahia e Minas Gerais, Solidariedade que Transborda, chegou ao fim. A Campanha arrecadou R$ 2.545.374,50 nesse tempo. Mais de 13 mil famílias foram ajudadas com cestas básicas, kits de higiene e água potável, contando também com ajudada de empresas parceiras que se uniram a ação da Cáritas

Brasil e CNBB. A Diocese de União da Vitória também fez parte desta ação, e arrecadou para a Campanha um valor de R$ 12.614,10, que foram depositados na Conta da Cáritas Brasil. Mas a ajuda com o recurso arrecado ainda continua. Mais de 500 cartões no valor de R$ 3 mil reais estão sendo distribuídos às famílias atingidas pelas catástrofes causadas pelas chuvas. As Organizações envolvidas estendem imensa gratidão a todos os que se envolveram nessa ação, sendo um braço fraterno de amor estendido aos que mais precisaram nesse momento em que muitas famílias perderam tudo o que tinham. Deus abençoe a todos. Informações: Cáritas Diocesana e Brasileira


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O Documento de Aparecida está superado?

Entre as reflexões feitas neste aniversário, surgiu com frequência a pergunta: até que ponto o “Documento de Aparecida” ainda continua atual e adequado para responder aos desafios que a Igreja enfrenta atualmente neste subcontinente? A pergunta faz sentido, uma vez que a história e a vida da Igreja são dinâmicas. Foi também isso que o Papa Francisco pediu à Igreja na América Latina e no Caribe: avaliar, até que ponto o “Documento de Aparecida” produziu frutos, verificar eventuais lacunas na aplicação das suas diretrizes e ver quais novos desafios à vida e missão da Igreja surgiram nesta parte do mundo depois de 2007. A Conferência de Aparecida e o seu Documento estavam situados no contexto de grandes constatações e preocupações prévias à realização da Conferência: os efeitos da globalização sobre a vida dos nossos povos, as profundas mudanças culturais que a virada do milênio trouxe consigo (“mudança de época”), a situação da

Igreja na América Latina e no Caribe, também em rápida transformação, a perda de relevância da Igreja na vida social, cultural e política dos nossos povos, as transformações religiosas, com o crescimento dos grupos neopentecostais e dos “sem religião”, a persistente pobreza e a exclusão social no Continente mais católico do mundo, entre outros.

novação da Igreja poderia carecer de consistência e motivação. A Igreja, de fato, não surge de uma doutrina, por mais bela que seja, nem de um grande ideal ético, por mais importante que esse seja, nem de um pacto social. Ela surge de Jesus Cristo, a partir dele. Jesus não é uma ideia ou doutrina, mas uma pessoa viva, o Filho de Deus que se fez homem, que nos amou de amor extremo e entregou sua vida por nós sobre a cruz.

O “Documento de Aparecida”, portanto, não está superado porque se ocupa de questões perenes da vida dos cristãos e da Igreja. Conservam sua atualidade a evangélica opção preferencial pelos pobres e pelos jovens, o respeito profundo pela dignidade humana e a justiça social, a atenção à formação dos discípulos missionários para a superação da fé superficial e pouco esclarecida; também o cuidado do ambiente da vida conserva a sua plena atualidade, como bem destacou o Papa Francisco nos seus ensinamentos posteriores à Conferência de Aparecida. Todas essas questões não estão resolvidas e nem o serão, de uma vez por todas.

A 5ª Conferência procurou olhar para A Igreja, de fato, essa realidade “com Partir do renovado um olhar de discínão surge de uma encontro com Jesus pulos-missionários Cristo vivo, presendoutrina, por mais te de tantas maneide Jesus Cristo” e encontrar resposentre nós, leva bela que seja, nem ras tas para os muitos a se confrontar com questionamentos de um grande ideal a conversão pesso- Evidentemente, nos 15 anos que se postos. Mas antes al e comunitária; a seguiram à Conferência de Apareético, por mais de responder de ver o mundo com cida, surgiram questões novas, que maneira programáolhos de discípu- também necessitam de nossa atenimportante que tica, com ações, a lo e missionário, ção. Mas, se tivermos compreendiesse seja, nem de de testemunha do do bem a proposta do “Documento Conferência, orientada pelo discurso Evangelho do amor de Aparecida”, não nos será difícil um pacto social. inicial do Papa Bene da vida para o encontrar caminhos para enfrentar Ela surge de Jesus mundo. O caminho os novos desafios postos. Enquanto to XVI, confrontou-se com a motivaconversão “pas- isso, como pede o Papa, retornemos Cristo, a partir dele da ção mais profunda toral” passa por isso ao “Documento de Aparecida”. que a anima em sua também e inclui a ação. A primeira coragem de rever Fonte: Vatican News resposta foi: “partir novamente de Je- métodos e maneiras de fazer a evanFoto: Caritas in Veritate sus Cristo”. Nessa resposta está inclu- gelização e a pastoral, que devem ser ída a identidade da Igreja e como se sempre inspirados no Evangelho. Em faz parte dela. Qual é sua missão? E Aparecida, fala-se da coragem de sutambém: quem somos nós, enquanto perar uma pastoral de mera consercristãos? vação do que a Igreja já alcançou, para se abrir às novas realidades traComo se chega a ser cristão? O que zidas pela “mudança de época”, ilumi- Dom Odilo Scherer Cardeal nos anima, enquanto cristãos? Sem nando-as com a luz do Evangelho. responder a isso, todo programa de re-

No dia 13 de maio transcorreu o 15º aniversário da 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, celebrada em Aparecida, no Santuário Nacional, de 13 a 31 de maio de 2007. Com o tema “Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que, nele, nossos povos tenham vida”, a Conferência produziu o “Documento de Aparecida”, com avaliações e diretrizes pastorais de grande importância para a vida e a missão da Igreja na América Latina e no Caribe.


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Estrela Matutina - Caderno 2 - Junho de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br

Paróquia Senhor Bom Jesus acolhe 44 meninos e meninas para coroinhas e acólitos A paróquia Senhor Bom Jesus, realizou no dia 15 de maio um momento festivo com a investidura de 44 novos coroinhas e acólitos, que antes de chegar ao momento da celebração passaram por um período de formação com o Diácono Douglas Ribazs e alguns coordenadores de Pastoral.

do Reino, assim como os mártires fizeram. Os acólitos receberam as cores branca e preta, que retrata o serviço e a maturidade no servir o altar. “A Cerimônia de Investidura foi um momento de muita alegria e emoção. Para mim, a Santa Missa tem um valor imenso. Nela reconheço o quanto sou amado. Servir tão próximo ao altar aumenta minha fé nesse sacrifício de amor. É um Tempo de Graça que, com certeza, vai marcar minha vida”, relatou também Maria Caroline Openkovski.

A celebração se deu na missa das 19h e contou com a presença de familiares e padrinhos de investidura dos novos coroinhas e acólitos, meninos e meninas que farão o auxílio nos serviços do altar nas celebrações. “Ser acólita Para o acólito Eduardo Davi OpenkoNovos acólitos e coroinhas da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Rebouças para mim é uma maneira de servir a vski, de 15 anos, entrar nesse MinistéDeus e demonstrar amor a Santa Eucario é ter a possibilidade de servir, lhe ristia, sempre que oportuno, ajudando a comunidade”, partilhou Maria Caroline dando ensinamento de vida. “Ser acólito é sentir a alegria em poder ajudar e serOpenkovski, de 16 anos, uma das que recebeu a investidura. vir. É um aprendizado para a vida toda”, falou ele. O incentivo da Igreja no envolvimento das crianças e adolescentes na participação da comunidade os ajuda a manter sua relação com Deus, fonte de sentido e alegria a suas vidas, como relatou a coroinha Maria Eduarda Paszko, de 7 anos de idade. “Ser coroinha é emocionante, pois, me sinto mais perto de Deus”, disse. No Rito da investidura, os meninos e meninas tiveram o auxílio de seus pais e padrinhos para serem revestidos com as vestes. Os coroinhas receberam as cores branca e vermelha simbolizando a pureza no servir e a entrega a serviço

A Paróquia Senhor Bom Jesus, em nome de seu pároco, padre Fabiano Bulcovski, dos Diáconos Douglas, José Laurindo e lideranças leigas, agradecem aos pais, mães e todos os que contribuíram para esse momento de comunidade. É necessário sempre o apoio e as orações de todos. Que São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas e acólitos interceda por esses meninos e meninas no serviço que exercerão. Informações e Fotos: PASCOM Par. Senhor Bom Jesus - Rebouças

Mini TLC acolhe mais Morre o Diácono Frei de 100 jovens no seu Agostinho 94º Encontro Com pesar, a Diocese de União da Vitória comunicou no dia 21 de maio, o falecimento do Frei Alberto Manoel de Castro, conhecido como Frei Agostinho, ordenado Diácono em 2006.

Foram dois anos e meio sem poder realizar os encontros do Mini TLC, devido às restrições da Pandemia da Covid -19. Contudo, nos dias 13, 14 e 15 de maio, a alegria voltou à Casa de Formação Cristã, de União da Vitória, local que acolhe outros encontros, assim como no coração das lideranças do encontro e dos jovens participantes. A retomada dos encontros acolheu desta vez 120 jovens para a 94ª Edição do Mini, que sob a direção espiritual do assessor Padre Abel Zastawny, pároco da paróquia São Judas Tadeu, e da chefia de Felipe Menoncim e Maria Eduarda Lombardi, proporcionou momentos de espiritualidade, palestras, espaços de partilha, animação e

a Santa Missa, que alimenta os participantes para uma profunda e alegria união com Cristo. Desejando a verdadeira Shalom – Paz, a Equipe de organização estende sempre os agradecemos a todos que, de uma maneira ou outra, ajudaram na realização do encontro, divulgando, organizando. Jovens que desejam participar desses encontros devem procurar em suas paróquias as fichas de inscrição. Há uma lista de espera, devido a um número restrito de participantes. Quem desejar participar pode entrar em contato pelo telefone; (42) 3522-5102. O próximo encontro será realizado nos dias 14,15 e 16 de outubro.

Sua partida se deu por morte natural, aos 89 anos. Frei Agostinho era do Instituto Franciscano Servos Missionários do Espírito Santo, (FSMES), que atuam em União da Vitória, sendo ele um dos fundadores. Seu corpo foi velado na Matriz Nossa Senhora das Dores, no Bairro Limeira, em União da Vitória, onde também atuou. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Porto União – SC.

Diácono Frei Agostinho era natural de Irineópolis – SC

Rogamos a Deus por seu descanso e que o Senhor o recompense por sua vida doada ao serviço do Reino, dedicada em especial aos mais necessitados nos trabalhos das ACARDIs, projeto social coordenado pelos Frades Franciscanos.


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Junho de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br

Liturgia

Santo do Mês

Santa Juliana Falconieri 19 de Junho No ano de 1270, em Florença, na Itália, nasceu santa Juliana Falconieri, filha de Ricordata e Caríssimo, sobrinha de santo Aleixo que fora um dos sete fundadores da ordem dos Servitas, os servos de Maria, todos santos. Provinda de uma família frutuosa na santidade, era certo que, também por seu empenho na vivência da fé, ela também daria tão precioso fruto. Quando ainda muito nova, Juliana foi acompanhada pelo seu santo tio que, após a morte de seu pai, lhe ensinou os caminhos de Deus. Sua mãe queria que se casasse, mas Juliana pretendia se consagrar inteiramente a Deus, o que a levou a fazer um voto de castidade com apenas 15 anos de idade, sendo também orientada por Felipe Benício, outro dos sete santos fundadores dos Servitas. Juliana permaneceu em casa até os 34 anos, quando sua mãe morreu. Depois ingressou definitivamente na ordem dos servos de Maria e arrastou consigo muitas outras moças. Como o ramo feminino da ordem dos Servitas precisava de uma superiora, depois de relutar muito, Juliana, por obediência, aceitou tal encargo. Ali se dedicavam ao cuidado dos enfermos, às obras de caridade, oração e penitência. Foi a santa quem compôs a regra da Congregação feminina. Devota da Virgem Maria e da Eucaristia. Severa nas penitências e jejuns, como consequência adoeceu e seu estomago passou a rejeitar qualquer alimento. Aos 70 anos, estando prestes a falecer, apesar da alegria de se encontrar com Deus, lamentou por não poder receber a Eucaristia pela última vez. Então, pediu que ao menos fosse colocada a Hóstia sobre seu peito. O padre concordou, e Deus ali operou um prodígio. No momento que ele depositou a Hóstia ela desapareceu e a santa faleceu. Sua imagem é retratada vestindo o

O Dom de Deus! O Senhor está presente em toda obra de salvação, sobretudo nas ações litúrgicas. Ao falar: “Ide e ensinai a todos os povos; batizai-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28,19), Jesus confiou à sua Igreja, junto com o Evangelho, o primeiro acesso para alcançar a vida plena: o Batismo. É o sacramento que sustenta a nossa fé e que nos envolve como membros em Cristo e na sua Igreja viva. Com o sacramento da Eucaristia e da Confirmação, dá-se a chamada “Iniciação Cristã”, que nos configura a Deus e nos faz um sinal vivo da sua presença e do seu amor. A MISTAGOGIA DA CELEBRAÇÃO

hábito do ramo feminino da ordem dos servos de Maria com uma Hóstia sobre seu coração, em referência a este milagre. Santa Juliana é para nós exemplo claro de que santidade gera santidade. De uma família santa, outros santos podem brotar. Que seu exemplo ilumine as famílias de nossa Diocese, que nesses anos prioriza na ação evangelizadora a Família, com o lema “Eu e minha família serviremos ao Senhor” (Js 24,15). ORAÇÃO Ó Deus, que pelo exemplo de Santa Juliana Falconieri nos mostrais que a santidade é acessível a todos os lares, concedei-nos também, por sua intercessão, a graça de progredir cada vez mais no caminho das coisas celestes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na unidade do Espírito Santo. Amém.

Gustavo Santana Seminário Diocesano 2º ano de Teologia

A fim de fazer uma experiência pessoal com o Senhor e tomar consciência de nossa fé, é preciso uma participação atenta aos gestos e palavras dos ritos desta celebração, que mostram a riqueza deste sacramento. Trata-se aqui do Rito para Crianças. Acolhida – mostra a alegria da Igreja em receber os que, em breve, serão seus membros. Os pais e padrinhos apresentam a criança, pedem o batismo e se manifestam conscientes da responsabilidade de educa-la na fé. O celebrante, pais e padrinhos traçam na testa dela o sinal-da-cruz, iniciando sua consagração a Deus. Anúncio da Palavra – pelas leituras e preces, ilumina-se e desperta-se a fé dos pais, padrinhos para que peçam os frutos do sacramento: o perdão dos pecados e novo nascimento; ser filho do Pai, irmão de Jesus; templo do Espírito Santo; membro da Igreja e participante no sacerdócio de Cristo. Após a oração dos fiéis, faz-se a invocação dos santos e a oração que introduz a unção com o óleo dos catecúmenos no peito, feito pelo celebrante. O óleo é símbolo da força e da resistência ao mal e às injustiças, e da missão que o batizado recebe para anunciar o Evangelho. Assim preparado, pode-se confessar a fé da Igreja, à qual será confiada pelo Batismo. O Sacramento – o celebrante benze a água do batismo, pedindo ao Pai que, por seu Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre a água, para que os que forem batizados nela “nasçam da água e do Espírito” (Jo 3,5). Em seguida, os pais e padrinhos renunciam ao mal, ao pecado e ao demônio e professam a fé. É feita a última pergunta: “Vocês querem que N, seja batizado (a) na fé da Igreja que

acabamos de professar? ”. O Batismo é realizado. Derrama-se por três vezes a água sobre a cabeça do candidato, dizendo: “N, eu te batizo em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, significando a morte para o pecado e que ressuscitou com Cristo. Completa-se com a unção do santo crisma, pelo qual é dado o dom do Espírito Santo ao novo batizado que se torna um cristão, membro do povo de Deus. Faz-se os ritos da veste branca, que simboliza o “vestir-se de Cristo”; da vela, acesa no Círio Pascal, para se tornar “luz do mundo” e, do Éfeta, para logo ouvir a Palavra e professar a fé. Envio – anunciando a participação na Eucaristia, diante do altar, se diz a oração do Senhor. É dada a benção às mães, aos pais, padrinhos, e demais presentes. A criança é abençoada pela família. Pode ser feito um ato de devoção a Nossa Senhora, confiando à sua proteção a vida e a fé da criança. Despede-se com a paz e a companhia do Senhor. REFLETINDO O Batismo significa tornar a vida uma oferta agradável a Deus, prestar-Lhe testemunho com uma vida de fé e de caridade e pôr a vida ao serviço dos outros, seguindo o exemplo do Senhor Jesus. Somos chamados a crescer e a produzir frutos, assumindo nosso compromisso de viver a fé em comunidade, como Igreja, caminhando juntos na mesma direção. Muito recomendada é a leitura do capítulo 6 da Carta de São Paulo aos Romanos, bem como os artigos sobre a Iniciação à Vida Cristã, do Padre Sidnei Reitz, a disposição no site da Diocese. REFERÊNCIAS: -Catecismo da Igreja Católica; - Ritual do Batismo de Crianças.

Pe. Alisson M. de Moura Seminário Propedêutico


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Estrela Matutina - Caderno 1 - Junho de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br

NUNERE OS SACRAMENTOS DE ACORDO COM A ILUSTRAÇÃO. ( 1 ) BATISMO / ( 2 ) CONFISSÃO / ( 3 ) EUCARISTIA ( 4 ) CRISMA / ( 5 ) UNÇÃO DOS ENFERMOS ( 6 ) ORDEM / ( 7 ) MATRIMÔNIO


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Habilidades Socioemocionais no contexto Familiar Desde o nascimento as crianças já estão em contato com as relações interpessoais, e a partir dessa relação vivenciam e expressam sentimentos que muitas vezes não sabem identificar e gerenciar. Estamos falando da frustração e das reações emocionais subsequentes. É na família, com o suporte dos pais, que as crianças estabelecem os primeiros vínculos, que serão a base para a formação da personalidade e do caráter. É no contexto familiar que a criança se volta para aprender a lidar com as situações, desenvolver habilidade emocionais e ser resiliente, caso seja esse um ambiente acolhedor e harmonioso. Nota-se que, ser presente na vida dos filhos é uma obrigação, não um desafio, como muitos pais encaram, pois, sua ausência pode acarretar na criança, problemas de saúde e comportamentais, tais como: + Baixa autoestima; + Insegurança; + Ansiedade; + Baixo rendimento escolar; + Questões como agressividade e apatia; COMO DESENVOLVER UM AMBIENTE FAMILIAR SAUDÁVEL? Vimos o quanto o ambiente familiar precisa ser um espaço de acolhida e partilha, um lugar para voltar após um dia cansativo e exaustivo. Para isso, os adultos precisam estar conscientes e determinados sobre seu papel na garantia do bem-estar de todos, assumindo algumas posturas que darão suporte para o desenvolvimento das habilidades emocionais dos membros da família. Tenha empatia:

Colocar-se no lugar do outro é a capacidade de entender o que o outro sente, é respeitá-lo. Também é uma capacidade imprescindível para a resolução de conflitos, pois, diante de uma discussão ou no intuito de uma reconciliação após uma briga, vai ajudar a perceber todos os lados, e juntos, encontrar uma saída. Hábito do diálogo: Falar o que sente, contar como foi seu dia e ouvir o que o outro tem a dizer, é uma habilidade que precisa ser desenvolvida em família, sendo a base para outras relações. Ter atitudes respeitosas e carinhosas: Se refere à forma de agir e se relacionar com quem se convive. Abraçar e beijar faz com que as pessoas se sintam acolhidas e se unam. Pais, façam isso com seus filhos! Essas atitudes podem ser carregadas de bom humor, ferramenta indispensável para se ter uma vida mais leve. Quando as pessoas não conseguem estabelecer sozinhas um ambiente saudável e harmonioso, não devem hesitar em procurar apoio psicológico, ajuda especializada para melhor lidar com as situações adversas.

Geovana Salete Ana Carla Dolinski Cordeiro Kujiv Psicóloga Gestalt Tera- Psicóloga Clínica peuta - CRP 08/20389 CRP 08/19042

Sementes de Alegria retoma atividades, fazendo encontro com crianças da catequese Após dois anos com as atividades paradas devido a pandemia, o Movimento Sementes de Alegria, que trabalha com a evangelização de crianças e adolescentes, retomou suas formações e encontros no sábado, 14 de maio. A atividade que envolveu momentos de louvor com música, palestras e espiritualidade, teve como público as crianças da catequese da paróquia Catedral Sagrado Coração de Jesus, de União da Vitória. Grupo de Jovens e membros do Movimento Sementes de Alegria foram os protagonistas das canções e formação para as crianças e adolescentes, que se deram no Salão da Paróquia da Catedral. Após um longo período com as atividades pastorais paralisadas devido a pandemia, neste ano muitos grupos na Diocese estão retomando os encontros presenciais, com confiança que superemos esse momento de reclusão e distanciamento social.


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Estrela Matutina - Artigo - Junho de 2022 www.dioceseunivitoria.org.br

Um Caminho para a Animação Bíblica da Pastoral Mês passado trouxemos aqui o que é a Animação Bíblica da Pastoral. No artigo deste mês apresentamos a você um caminho que auxiliará em muito essa animação. Basicamente, será necessário difundir entre nós uma espiritualidade bíblica, que pode ser cultivada de várias formas. Porém, a Leitura Orante da Palavra é a melhor possibilidade para termos hoje, em nossa Igreja, a exemplo dos primeiros cristãos, discípulos animados e evangelizadores biblicamente inspirados.

PASSOS DA LECTIO DIVINA # 1º Passo: Leitura – O que o Texto diz? Leia com atenção um trecho da Bíblia. Pode ser da liturgia do dia (Evangelho do dia). Procure descobrir os detalhes que estão naquele texto: o ambiente, os personagens, o que pensam, o que fazem, qual foi a reação deles àquela Palavra ouvida. Tente perceber tudo isso com calma e atenção, como se estivesse vendo a cena. Leia e releia o texto, se for preciso.

Entre as muitas maneiras de abordar a Sagrada escritura, existe uma forma privilegiada, a lectio divina ou leitura orante da Palavra de Deus. Esta prática que faz parte de uma tradição muito antiga da Igreja, leva à intimidade com Cristo na oração. Mas se trata de uma intimidade que conduz ao seguimento de Cristo em comunidade. A fé nasce, cresce e se sustenta na comunidade cristã!

# 2º Passo: Meditação – O que o texto diz para mim? Este é o momento em que Deus nos fala. Após ler com atenção, pense: “O que esse texto diz para mim? Em que ele me tocou?”. Este é o momento de você refletir sobre o texto. Se concentre em alguma palavra ou frase que mais lhe tocou. É o momento de confrontar a nossa vida com a Palavra, buscando um sentido novo. É momento de entender que a Palavra de Deus foi escrita para você, de modo pessoal.

Entre os vários métodos para a prática da leitura orante da Palavra, vamos conhecer aqui o método da lectio divina, que, com seus quatro passos (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação-Ação), podem levar o leitor à descobrir o tesouro da Palavra de Deus e provocar o encontro com Jesus Cristo, Palavra viva de Deus. Não esqueçamos: a finalidade da lectio divina ou leitura orante da Palavra é o encontro íntimo com Cristo.

# 3º Passo: Oração – O que a Palavra me leva a responder? Quando você se colocar diante da Palavra, a oração virá naturalmente. A oração é fruto dessa meditação. Aquilo que você pensou na meditação, deve se transformar em súplica, intercessão ou em louvor ao Senhor. Este é o momento de responder a Deus após tê-lo escutado! Deixe que o Espírito Santo conduza a oração. É um momento entre você e Deus. Fale com Ele como um amigo.

COMO FAZER A LEITURA ORANTE?

# 4º Passo: Contemplação/Ação – O que a Palavra me leva a viver? É o resultado e o ponto de chegada da Leitura Orante, que nos capacita a enxergar, saborear e agir. Contemplar é ver o mundo e a vida com os olhos de Deus. Pergunte-se: Qual o novo olhar que surgiu em mim, depois da Leitura Orante? Como posso viver melhor o meu compromisso de fé/vida cristã? O que este encontro com o Senhor neste texto bíblico me leva a pôr em prática Pe. Joviano José Salvatii para comunicar aos outros o amor de Assessor da ABP Deus e a sua Palavra?

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS

A Palavra de Deus é transformadora e inspira o leitor a uma conversão, à mudança de vida. Por isso, a melhor forma de ler as Escrituras é por meio de uma leitura orante, que deve ser feita diariamente para que a Palavra do Senhor penetre no coração do leitor e produza os efeitos necessários. Antes de iniciar, se coloque em ambiente de silêncio, na posição corporal mais confortável que favoreça a respiração, e relaxe. Faça uma oração e peça o auxílio do Espírito Santo.

Diocese de União da Vitória é representada no Encontro Regional da Ação Evangelizadora Padres coordenadores diocesanos da Ação Evangelizadora no Paraná estiveram reunidos em Maringá (PR), do dia 09 a 11 de maio, para um encontro de estudos e encaminhamentos que atingem diretamente as Dioceses em alguns pontos da Ação Evangelizadora.

cargo, o que acarretou um período de grandes dificuldades. “Esse relato histórico ajuda a compreender por que a cultura do dízimo ainda é frágil na Igreja. Hoje precisamos compreende que o dízimo é para evangelizar, faz parte do processo evangelizador das pessoas”, complementou.

O encontro foi coordenado pelo bispo de Guarapuava (PR) e secretário da CNBB Sul 2, dom Amilton Manoel da Silva, e pelo secretário executivo da CNBB Sul 2, padre Valdecir Badzinski.

Também o arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2, Dom Geremias Steinmetz, teve participação no encontro falando dos temas da 6ª Semana Social Brasileira; da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe; e da próxima Assembleia do Povo de Deus.

Um dos espaços no primeiro dia do encontro foi o momento de escuta das Dioceses, para todos saberem como foi sentida a participação do povo no período da pandemia e pós pandemia. A Diocese de União da Vitória foi representada pelo padre João Francisco Sieklicki, coordenador da Ação Evangelizadora na Diocese. Padre João comentou da riqueza que são esses encontros onde a troca de experiências ajuda todos a crescerem nos projetos e na ação de evangelização em suas respectivas dioceses. “A Igreja no mundo

Padres Coordenadores da Ação Evangelizadora reunidos

todo vive a experiência Sinodal, do caminhar juntos, e esse encontro faz com que nosso amadurecimento na evangelização fique mais iluminado. Cada Diocese com a contribuição de seus leigos, seus Planos Diocesanos, e iluminada pela Iniciação à Vida Cristã vai crescendo na consciência de uma vida de comunidade. Então esse caminhar juntos nos fortalece diante dos desafios que o mundo atual nos propõe”, expressou padre João, ao final do encontro.

Nos dias do encontro, um dos temas tratados foi o Dízimo, temática abordada pelo bispo de Campo Mourão (PR), dom Bruno Elizeu Versari. “O dízimo é um instrumento de evangelização por excelência, fruto de um ato de fé e responsabilidade dos fiéis para com a igreja. Ser dizimista é um direito e um dever dos fiéis”, reforçava ele. Dom Elizeu relatou que até 1891 era tarefa do rei recolher o dízimo e sustentar a Igreja e o clero. Depois, com a separação da Igreja do Estado, o sustento da Igreja ficou a seu próprio

Outros assuntos pensados pelos coordenadores foram o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, a Pastoral da Escuta, a Cartilha de Orientação Política, a Capelania Hospitalar e a Pastoral Catequética. O evento que contou com a presença de 23 padres coordenadores, se encerrou ao meio dia da quarta-feira, 11 de maio.


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