Recantos da Terra

meio ambiente • cultura • ecologia • turismo

Americana e região

RECANTOS DA TERRA

AGOSTO | 2021

AMERICANA FESTEJA 146 ANOS COM SALTO GRANDE DE VOLTA À PAUTA

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ARTIGO

Americana 146 anos e os recursos hídricos

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mericana faz 146 anos neste mês de agosto e o meio ambiente, sem dúvidas, é um dos principais desafios da cidade. Nos recursos hídricos somos banhados pelos Rios Atibaia e Jaguari, os quais formam o Piracicaba e temos ainda a nossa Represa de Salto Grande. A Gruta Dainese – uma reserva natural sem igual na região – é outra beleza castigada pelo despejo de esgoto in natura. Aliás, o tratamento do nossos dejetos é um dos principais desafios de Americana para os próximos anos.

Poderíamos enumerar outras belezas americanenses aqui neste espaço, contudo, creio que a crise hídrica, que é uma realidade nacional, mereça mais atenção neste momento. Nosso Plano Diretor já prevê um ponto de captação de água bruta na Salto Grande. Mas a sua implantação definitiva é complexa e também custa dinheiro. Precisamos, além de recursos, um enorme esforço político e planejamento. Uma captação na represa poderia abastecer a região do Pós-Anhanguera, a qual so-

fre há anos com falta de água nas torneiras.

Sem falar da poluição das águas do reservatório proporcionada, em grande medida, por outras cidades que estão à montante do Rio Atibaia. Apesar do empenho do Ministério Público em formalizar TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) com os municípios poluidores, os avanços são morosos no que diz respeito à diminuição do despejo de esgoto no Rio Atibaia e, consequentemente, na Represa de Salto Grande.

Vale ressaltar mais uma vez o papel do MP em cobrar as empresas de Americana para que tratem o esgoto. Esse é um dos caminhos para melhorar a eficiência do tratamento, mas não é o único.

Precisamos fazer valer as leis ambientais em nossa cidade e punir com severidade os grandes poluidores, sejam de Americana ou de outros municípios. O empenho deve ser de todos: poder público, justiça e a sociedade como um todo. Tal dedicação deve ser diária, com foco,

R$

planejamento e diálogo. É um desafio ambiental e tanto para essa jovem Americana de 146 anos.

Maria Giovana Fortunato é sanitarista e presidente do PDT de Americana

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EXPEDIENTE Edição e Texto: Paulo San Martin, Anderson Barbosa e Véronique Hourcade | Diagramação: Skanner Projetos Gráficos | Redação: paulo.sanmartin@bol.com.br - anderson@jornalrecantosdaterra.com.br Gestor de Anúncios: Geraldo Martins - (19) 98268.9110 - recantosge@yahoo.com.br | Rua Indaiá, 411, Jd. Ipiranga Americana-SP - Fone: (19) 3601.8996

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FIQUE ATENTO

Seu animal de estimação impacta o meio ambiente? Depende de você A forma como cuidamos dos nossos pets causa mais prejuízos do que eles próprios Pensamento Verde

Q

uer se trate de um cão, gato, galinha, peixinho dourado ou hamster, pets são considerados parte da família. Mas os animais de estimação também consomem recursos, desde alimentação e água até remédios, brinquedos e móveis especiais. E, claro, como qualquer ser vivo, eles também produzem resíduos.

Considerando que um terço de todas as famílias no planeta possui ao menos um cachorro e quase um quarto possui pelo menos um gato, faz sentido refletir e repensar o quanto estamos tornando nossos pets inimigos do meio ambiente. Sim, precisamos também considerar o impacto global de 470 milhões de cães de estimação e 370 milhões de gatos de estimação nas mudanças climáticas.

O tipo de animal de estimação que você compra ou adota, a comida com que o alimenta, a maneira como brinca com ele e cuida da sua higiene, tudo isso conta na hora de

pensar em como reduzir o impacto que essas adoráveis criaturas causam no planeta. Isso porque o lixo produzido por elas – cocô, areia de gatinho usada, embalagens de ração, brinquedos e, sim, até as roupas e fantasias que servem para aquecê-los do frio que a gente acha que sentem, pode levar ao vermelho nossos planos de levar mais sustentabilidade para o mundo pet.

DESCARTE Um estudo publicado em 2017 calculou que todas as fezes produzidas por cães e gatos de estimação que vivem só nos Estados Unidos somam 5,1 milhões de toneladas a cada ano, o que significa ainda mais gás metano, que induz as mudanças climáticas, à medida que todos esses resíduos se desintegram.

Só que, como não há muito a fazer sobre as emissões de metano de um animal de estimação, então a dica é adotar métodos sustentáveis de descarte. Por exemplo, você pode escolher sacos compostáveis em vez

de plástico ou comprar areia para gatos feita de bambu, milho ou outros produtos biodegradáveis. Apesar de super práticos, os tapetinhos higiênicos geralmente não são reciclados.

Usar o bom e velho jornal é uma ótima opção, pois pode ser descartado junto com o lixo orgânico, receberá a destinação correta no aterro sanitário e irá se decompor rapidamente.

Uma outra solução ao mesmo tempo sustentável e econômica, são tapetes laváveis que podem ser lavados na máquina e utilizados diversas vezes.

COMIDA E CARBONO Quer se trate de ração seca ou úmida, os ingredientes da alimentação pet precisam vir de algum lugar – e alguns são mais sustentáveis do que outros. Alimentos que contêm altos níveis de proteína são particularmente menos ecológicos, especialmente se elas vierem a partir de animais cujo cultivo e produção representam um alto impacto, como vacas.

Em geral, a indústria de alimentos para animais de estimação já é relativamente sustentável, uma vez que contém sobras de produtos da

indústria de alimentos humanos.

De toda forma, tal como acontece com a nossa própria pegada de carbono, podemos reduzir a dos nossos animais de estimação ficando atentos e seguindo alguns passos simples: - Chega de pets gordinhos: mais da metade dos cães são gordos ou obesos, por isso, corte as guloseimas e não os alimente em excesso.

- Opte por ração seca de frango ou peixe em vez de carne, já que a criação desses animais cria muito menos emissões de carbono.

- Comprar alimentos feitos localmente é muito mais sustentável do que variedades importadas, que produzem mais emissões por meio do transporte. E, se possível, a granel para reduzir a embalagem.

- Evite alimentos premium de qualidade humana – pets não têm as mesmas necessidades nutricionais que nós. Dê preferências a marcas que são mais sustentáveis.

- Faça a própria comida, mas certifique-se de conversar com o veterinário antes para ter certeza de que está incluindo todos os ingredientes e nutrientes corretos.

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SABEDORIA

Ciência explica importância do bem-estar animal nos criadouros Conceito que começou a ser desenvolvido nos anos 1960 garante respeito aos animais, mais qualidade nos produtos e sustentabilidade

A

atenção e o carinho que o ser humano dedica aos seus animais de estimação conquista hoje, e cada vez mais, também os grandes pastos, currais e locais de criação de animais destinados a suprir as demandas alimentícias da população.

O conceito de bem-estar animal em pequenas e grandes criações começou a ser estudado nos finais da década de 1960, mas apenas recentemente começou a ser aplicado em maior escala no mundo, e chegou há poucos anos no Brasil.

“Hoje sabemos que o bem-estar animal tem extrema importância, não só pelo animal, o que já é suficiente por si, mas porque interfere também na produtividade dos animais e na sustentabilidade. E, antes de tudo, estamos falando também de uma questão ética e humanitária”, afirma a zootecnista americanense Júlia Pereira, que desde a sua formação, concluída há dois anos na Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), estuda e trabalha com o conceito de bem-estar animal.

Júlia atua hoje, na cidade de Uberaba, em Minas Gerais, com rebanho destinado à produção de leite A. Ela conta que até para os demais integrantes da equipe, que já trabalham também com os conceitos de bem-estar animal, o dia a dia no trabalho é mais prazeroso e dignificante.

Os estudiosos, lembra Júlia, hoje sabem que os animais são seres sencientes, ou seja, capazes de sentir emoções, sejam elas boas ou ruins. E um grande número de estudos realizados nas últimas décadas comprovam que essas emoções interferem diretamente na qualidade do que produzem, seja ovos, leite ou carne.

Além de tudo isso, há também uma consciência crescente das pessoas, no mundo todo, sobre a importância da qualidade dos alimentos que consomem e do respeito aos animais em seus criadouros.

SAÚDE E PAZ O bem-estar começa com o oferecimento das condições ambientais corretas aos animais nos criadouros, como temperatura, umidade, espaçamento, entre ou-

tras. Júlia relata que os primeiros estudos sobre o tema foram feitos com gado bovino, mas com o tempo se estenderam e agora podem ser aplicados a todos os tipos de criações.

O bem-estar vai além disso aplica na forma como os animais são tratados, e isso implica em, pelo menos, cinco pontos fundamentais: - Eles devem estar livres de fome e sede, com acesso à água e alimentos adequados à saúde.

- Livres do desconforto ambiental, com condições de abrigo e descanso adequados.

- Livres de dor, doença e injúrias. Tanto por cuidados preventivos, como por diagnóstico rápido e tratamento adequado.

- Têm que ter liberdade para expressar seus comportamentos naturais. E isso tem que ser garantido por espaço suficiente e companhia de outros animais da sua espécie.

- Por fim, devem estar livres do estresse e do medo. Os cuidadores devem ser atenciosos no trato diário.

LARGA ESCALA Júlia conta que, desde o início de sua formação acadêmica, no campus da Unesp de Jaboticabal/ SP, ela se interessou pelos estudos do bem-estar animal. Trabalhou, e depois foi orientada na conclusão do curso, pelo professor Mateus Paranho, uma referência mundial no tema.

“Dentro do grupo de estudos dele e nos estágios em que participei fui entendendo a importância de termos cada vez mais profissionais que mostrem aos produtores e à população a importância do bem-estar animal e o apliquem em seus trabalhos”, avalia.

Ela teve a oportunidade de conhecer também a norte-americana Temple Grandin, uma autista que ficou mundialmente famosa por sua capacidade de “sentir” as necessidades dos animais, e aplicar seu conhecimento para orientar criadores em larga escala.

“Assim como seres humanos, animais têm necessidades que vão além das fisiológicas, e a humanidade que depende tanto deles não pode voltar às costas para isso”, afirma.

A zootecnista Júlia Pereira: bem-estar na criação de gado para produção de leite

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TECNOLOGIA

Cinco etapas que salvam prédios já destinados à demolição Método desenvolvido em Americana já recuperou residências, prédios públicos, escolas e muito mais

A

tecnologia para a recuperação de casas e edificações condenadas à demolição, desenvolvida e patenteada pela Construtora Gallo, de Americana, é realizada em quatro etapas que podem ser utilizadas também, de maneira independente, para corrigir erros estruturais e trazer maior segurança às edificações antigas ou em expansão.

A primeira etapa é a recuperação completa dos alicerces, a partir de um método de estaqueamento único, com estacas fracionadas de concreto armado, que garante a firmeza e durabilidade de fundações danificadas até por afundamento do solo e rompimento de tubulações, entre outros.

Devido aos equipamentos utilizados, o processo é realizado em poucos dias. O diretor da construtora, Emílio Gallo Júnior, relata que recentemente foi recuperada uma residência de alto padrão em Campinas, com 260 m² de área construída, e a

etapa de recuperação das fundações durou apenas 15 dias.

A segunda etapa, explica o diretor, é chamada de “engessamento”, que consiste na colocação de telas de aço, que depois receberão acabamento, e que tem o objetivo de corrigir paredes trincadas. A técnica empregada permite até a correção de trincaduras profundas em paredes altamente comprometidas.

No exemplo citado por Gallo, a casa construída há apenas 20 anos foi interditada por apresentar um excesso de rachaduras. Essa etapa demorou 20 dias para ser concluída.

A fase três consiste na colocação dos pisos e acabamentos nos locais onde foram feitas as estacas e, por fim, a fase quatro é a correção das partes hidráulicas, eliminando vazamentos de esgoto ou água, entre outros.

CUSTOS “O nosso sistema recupera cons-

truções duramente ameaçadas e que, normalmente, seriam demolidas para dar lugar a outra construção. Isso significa uma redução de gastos muito grande”, observa Gallo.

Normalmente, na grande maioria dos casos, os custos da reforma giram em torno de 8% do valor total do imóvel e a construtora dá garantia de 30 anos para as edificações recuperadas.

Do ponto de vista ambiental, a tecnologia também elimina a geração de entulho, um dos grandes problemas ambientais urbanos, que ocorreria em caso de demolição.

Gallo lembra que o método, que ele começou a desenvolver há mais de 35 anos, finalmente recebeu a patente em 2012. O sistema tem sido tão bem sucedido e reconhecido no setor que, hoje, as reformas absorvem 50% do trabalho da construtora, que atua também em todo o tipo de obra, desde o projeto até a construção completa e a regularização do imóvel.

Recuperação começa pelos alicerces

Graças ao sistema, a construtora já salvou da demolição um grande número de construções, desde residências a obras públicas, edificações comerciais e escolas.

Ciclos que renovam a vida e o orgulho de fazer parte dessa

história!

Americana possui um papel fundamental em nossos ciclos. Sua população forte e gentil nos inspira continuamente e faz parte da nossa trajetória marcada por uma relação próxima, que nos motiva a cada dia, juntos aos mais de 200 mil habitantes e nossos colaboradores e nossas colaboradoras americanenses, a impactarmos a vida de mais de 2 bilhões de pessoas no mundo!

Parabéns pelos 146 anos, Americana!

Franciele Cristiane Albino Colaboradora da Suzano na Unidade Limeira

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CIÊNCIA

Estudo aponta aumento de doenças em comida industrial Excesso de consumo de alimentos ultraprocessados traz grandes riscos para o sistema cardiovascular, principal causa de mortes no Brasil

Danielle Monteiro (Ensp/Fiocruz)

C

elebrado em 8 de agosto, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol acende alerta para o que é, atualmente, a principal causa de morte no Brasil e no mundo: as doenças cardiovasculares. Isso porque, quando em desequilíbrio no organismo, o colesterol se torna fator de risco vascular, aumentando a incidência de AVC, morte súbita e doença coronariana. Um estudo, desenvolvido a partir de um projeto de doutorado na Escola Na-

cional de Saúde Pública da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), revela um novo fator por trás do aumento dos níveis de colesterol no sangue e consequente risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Inédita no Brasil e realizada em 2020 com amostra de mais de 5 mil participantes do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto), a pesquisa mostra que o consumo de alimentos ultraprocessados está relacionado ao aumento do risco de hipertensão arterial (pressão alta) e de dislipidemias (alterações nas estruturas que carreiam colesterol através do sangue) em adultos. Os resultados apontam que o consumo de altas quantidades de produtos como nuggets, macarrão instantâneo, cereais matinais, barras de cereais e refrigerantes pode aumentar o risco de desenvolver hipertensão em 23%.

ALTOS RISCOS No que diz respeito às dislipidemias, cuja incidência é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, o risco aumentado ocorre mesmo em quantidades moderadas de consumo de alimentos ultraprocessados. Quanto maior a ingestão, mais alto é o risco, que pode chegar a até 29% para hipercolesterolemia isolada, 30% para hipertrigliceride-

mia isolada, 41% para hiperlipidemia mista e 24% para baixo-HDL, exemplos de dislipidemias.

A pesquisa mostra também que 25% da energia diária consumida pelos participantes é proveniente de alimentos ultraprocessados. Considerando o peso em gramas, tais produtos contribuem com 17,6% do peso total em gramas da dieta.

Os resultados evidenciam ainda um elevado consumo de sódio (4,6 g/dia), valor maior do que o dobro do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), e maior ingestão de gorduras nocivas (como gordura saturada e trans) nos indivíduos com consumo mais elevado de ultraprocessados.

“Esses alimentos contribuem com cerca de 80% de sódio dietético em países de alta renda e estão se tornando também proeminentes em países de baixa e média renda”, explica a autora do estudo, Patricia Scaranni.

OBESIDADE Os dados também apontam a obesidade como importante condição relacionada ao consumo de alimentos ultraprocessados, à hipertensão arterial e às dislipidemias.

Foram observadas ainda questões relacionadas diretamente ao processamento industrial, como o uso de aditivos artificiais (como corantes e adoçantes) e materiais plásticos utilizados em embalagens, também responsáveis por problemas na saúde.

“Compostos neoformados, como acroleína e acrilamida, e uma infinidade de aditivos como conservantes, acidulantes, emulsificantes e plastificantes, como bisfenol A e ftalatos, têm sido reconhecidos como também vilões do ultraprocessamento industrial, que visa seduzir consumidores por meio de sua praticidade, conveniência, palatabilidade e tempo de prateleira”, esclarece Patrícia.

Parabéns Americana.

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DESAFIO

Americana 146 anos: Salto Grande volta à pauta Chefe do executivo americanense cobra dos prefeitos das cidades a montante do Rio Atibaia empenho no tratamento de esgoto

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mericana faz 146 anos de fundação neste mês (no dia 27) com enormes desafios ambientais. A Represa de Salto Grande, um dos cartões postais da cidade, voltou à pauta no mandato do prefeito Chico Sardelli (PV). O chefe do executivo americanense cobra dos prefeitos das cidades a montante do Rio Atibaia empenho no tratamento de esgoto para, consequentemente, diminuir os poluentes no reservatório.

“Essa é uma oportunidade de sempre falarmos de um problema recorrente na nossa região que é a questão da despoluição da represa.

Americana tem seu passivo ambiental, estamos cuidando do assunto da melhor forma possível, mas não podemos esquecer das cidades que

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estão a montante de Americana, causando infelizmente um prejuízo ambiental hoje não só para a cidade como para toda a região”, disparou o prefeito em reunião realizada este mês em Americana.

A reunião contou com a presença de 20 prefeitos da RMC (Região Metropolitana de Campinas). “A bem da verdade, nós vamos conviver com esse tema ao longo dos anos porque a represa tem uma carga de detritos grandíssima e faz parte do calendário político e ambiental.

Estamos fazendo a lição de casa e peço encarecidamente aos prefeitos a união para que juntos possamos preservar esse patrimônio regional.

Sei que não é uma missão fácil mas Americana tem pago um custo am-

Represa de Salto Grande sofre com o despejo de esgoto no Rio Atibaia

biental altíssimo”, afirma Chico.

Em julho, durante o Parlamento Metropolitano, o prefeito foi enfático em seu discurso ao relatar a situação atual da Salto Grande. “Americana está triste. A Represa de Salto Grande é um parque natural que não podemos utilizar sem termos a

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limpeza total. Só vamos resolver de vez a questão no dia em que tratarmos o esgoto das cidades que estão antes de Americana”, argumentou Chico. “Não é justo que a gente tenha que enfrentar sozinho este desafio, por isso peço ajuda de vocês”, disse o prefeito na ocasião.

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