Fome de que?
A estética modernista nas artes e o Cinema Novo brasileiro
A estética modernista nas artes e o Cinema Novo brasileiro
o cinema ainda existia como uma atividade iniciante, sem formas/padrões estéticos originais definidos. Algo que certamente mudaria de rumo com o cinema novo na década de 60.
Modernismo e o cinema nacional. Vanguardas europeias e a busca por
O
Modernismo brasileiro eclodiu na primeira metade do século XX a partir da necessidade de uma renovação estética e de conteúdo, afetando produções em múltiplos campos artísticos, como na pintura e literatura (poesia e prosa). Com exceção do filme “Limite”, de Mário de Peixoto, lançado em 1931 que pertence ao movimento modernista, somente trinta anos depois da eclosão do modernismo no brasil que tendências semelhantes foram amplamente atribuídas ao cinema nacional, fato que só foi possível através do movimento Cinema Novo durante a década de 60. Gustavo Batista Gregio em A revolução modernista nas artes e no cinema moderno brasileiro, define que durante o contexto histórico de eclosão do modernismo no Brasil,
uma identidade nacional.
O cinema novo surge na década de 60 com ideias centrais análogas às do idealismo modernista, afirmar uma quebra com padrões externos e usá-los (vanguardas) ao mesmo tempo como referência para desenvolver uma estética nacional e essencialmente modernista dentro das artes. Na década de 20, o movimento antropofágico, pertencente à primeira geração do modernismo, teve como principal objetivo promover uma renovação estética dentro das produções literárias/artísticas brasileiras, fazendo isso através da absorção cultural de elementos provenientes dos movimentos das vanguardas européias. No Brasil, grandes nomes do Cinema Novo, como Nelson Pereira dos Santos e Glauber Rocha foram
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