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Carta dos Leitores.......................................................... pág

Petrolina, 18 de agosto de 2021.

Cara revista FOME DE QUÊ?,

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Em primeiro lugar, gostaria de parabenizá-los pelo ótimo trabalho que vem sendo feito. A edição desse mês sobre as vanguardas artísticas ampliou meus horizontes e estou muito ansiosa para a próxima sobre modernismo.

A matéria sobre a resistência de uma parte da comunidade artística com relação ao padrão higienista europeu que estava em vigência no começo do século XX realmente me tocou. As vanguardas (e o modernismo, claro) tiveram um papel indiscutivelmente importante durante esse período sombrio, que ansiava por uma população acrítica e aculturada.

Fico pensando em como poderíamos estar nos dias de hoje, caso o modernismo não tivesse sido tão emblemático. Será que muitos dos avanços que temos atualmente como sociedade não são frutos dos questionamentos e dos embates levantados pelos artistas já naquela época? Quantos direitos que temos hoje, no cotidiano, eram privilégios? E quantos deles estão intrinsecamente ligados com esse momento da história? A relação que é possível estabelecer entre os modernistas e Freud (que também se afastou da necessidade de seguir à risca alguns paradigmas para inventar a psicanálise) muito me agradou. Aliás, eu não sabia que os próprios modernistas tinham tido contato com obras de Freud para que construíssem um certo olhar sobre a realidade do país (e talvez do Ocidente no geral).

Novamente os parabenizo pelos incríveis artigos apresentados. Estou ansiosa para a edição do mês que vem. Com certeza terá muito mais sobre esses assuntos que acabo de descobrir que muito me interessam.

Atenciosamente,

Carolina Campelo.

Carta dos Leitores

Você também pode enviar uma carta sobre essa edição da “Fome de Quê?”. Basta enviar um e-mail para fomedeque@gmail.com. E para possibilitar suas sugestões, adiantamos que na próxima edição falaremos sobre Pós

Carta dos Leitores

Taubaté, 19 de agosto de 2021.

Cara revista FOME DE QUÊ?,

Estou até agora chocado com o quão infeliz foram as colunas da edição desse mês. Demonizaram a verdadeira arte e se chamaram de “críticos” por conta disso.

Ninguém está interessado em conceitos, queremos olhar um quadro e entendê-lo, ler um poema e conseguir distinguir as rimas, os versos, as ideias. Isso de vanguardas não passa de um movimento tosco criado por quem não tinha mais o que fazer.

Impressionante o descaso que tiveram ao não mostrar o outro lado. A edição do mês que vem promete ser sobre “modernismos”, mas duvido que abordem grandes pensadores da época que verdadeiramente criticavam a modinha que alguns vinham trazendo da Europa. Consigo, com facilidade, estabelecer um paralelo entre os quadros pintados dentro dos manicômios pelos pacientes com alguns dos quadros apresentados nessa edição. Todos são ilógicos, mesmo que nos das pessoas com transtornos isso seja fruto de suas psicoses.

Apesar de alguns demonstrarem certos talentos (em certos tipos de técnicas), não se trata do tipo de arte que o povo gosta de consumir. É uma estética forçada e extravagante. E vocês trataram como uma “revolução”. Detestei. Aguardo a próxima edição para ver se minha assinatura valerá a pena ou se a cancelarei.

Atenciosamente,

Mauro Lobos.

Você também pode enviar uma carta sobre essa edição da “Fome de Quê?”. Basta enviar um e-mail para fomedeque@gmail.com. E para possibilitar suas sugestões, adiantamos que na próxima edição falaremos sobre Pós-modernismo!

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