O agro é delas - Jornal A Crítica

Page 1

O O a aggrro o é é d deellaas s

Nazide dos Santos e Eliana Medeiro, lideranças femininas em cooperativas agrícolas, inspiram e transformam vidas por meio da agricultura familiar

MANAUS, SÁBADO, 3 E DOMINGO, 4 DE JUNHO DE 2023 Fotos: Márcio Silva/AC EMPODERAMENTO NO CAMPO

EM PRESIDENTE FIGUEIREDO

Uma vida de lutas pela agricultura orgânica

Nazide dos Santos, a ‘mamãe onça’, é liderança feminina em cooperativa de agricultores

luanacarvalho@acritica.com

Um café da manhã farto com bolo de macaxeira, tucumã, mandioca cozida, banana, e chá de capim santo preenchia amesa de madeira da área de convivência da Associação Grupo Esperança Orgânica (GEO).Tudo produzido pelas famílias que vivemna Comunidade Jardim Floresta, localizada no município de Presidente Figueiredo, distante 117 quilômetros de Manaus.

“Trabalhamos para ter qualidade de vida. O nosso plantio assegura anossa alimentação eoexcedente fazgirar anossa economia. Na mesa do produtor, não temmiséria”, comenta apresidente da cooperativa, Nazide dos Santos Bentes, 54, enquanto recebia nossa equipe de reportagem. É Nazide, também conhecida como“mamãe onça”, quem lidera homens e mulheres no trabalho de agricultura familiar na terra das cachoeiras.

São 75 famílias associadas no GEO, sendo 48 encabeçadas por mulheres, em 10 comunidades diferentes. No Jardim Floresta, as famílias trabalham com o sistema agroflorestal, uma forma de uso do solo que combina, em umamesma área eem um determinado tempo, culturas diferentes.

Dessa forma, os agricultores nãoprecisam desmatar mais floresta para plantar Os produtores da comunidade cultivammais de 20 culturas, entre banana, macaxeira, mamão, limão, goiaba, café, laranja, guaraná, maracujá, açaí, abacaba, jaca, mangarataia, pimenta do cheiro, cheiro verde, jerimum, maxixe, cebolinha, coentro e ingá, tudo de forma orgânica.

“O objetivo da nossa associação é incentivaro produtor para trabalhar assegurando a qualidade de vida dele. Ele vai ofertar uma variedade de produtos para a casa dele e o excedente, vender na feira, garantindo uma economiapara sustentar afamília na semana”, complementa Nazide, que vive a agricultura familiar e orgânica desde a infância.

ESTÁ NO SANGUE

Natural do município de Borba e filha de agricultores, Nazide mudou para acapital amazonense com a família em 1978 para estudar no processo conhecido comoêxodo rural. A mãe dela, “Dona Bebel”, indígena da etnia Mura, não gostoudaideia no início. “Ela mudou para Manaus a contragosto Fez isso pelos filhos, o que é muito comum no interior”, relembra.

A história de Nazide no cooperativismo começou muito antesque elaentendesse esta filosofia de vida, que busca transformar omundo em um lugar mais justo, feliz eequilibrado. Isto porque aos 12 anos, elajáera envolvidanos movimentos do terceiro setor

“Enquanto membro da igreja católica, na década de 80, surgiram as questões sociais

frase

“O capitalismo exige que as culturas sejam aceleradas. Então, altera-se o solo com produtos químicos e isso também vai ficando na matéria orgânica do trabalhador, do consumidor e do solo que vai sendo poluído”

NAZIDE DOS

SANTOS Presidente da GEO

na minha vida. Quando fomos para a capital, moramos na Compensa, um bairro que na época carecia de tudo. Eu semprefiz parte da igreja, que sempre incentivou o associativismo, cooperativismo, o trabalho em regime de mutirão, para que um ajudasse o outro. No bairro onde morávamos nãotinha água e lembro que nós nos juntamos para cavar um poço. Toda essa minha vivência na infância e

adolescência me incentivou a estudar o serviço social na faculdade”, conta. Mas foidona Bebel, mãe de Nazide, que aguiou para ocaminho da agricultura familiar e orgânica. Depois de alguns anos na capital, em 2006 a matriarca comprou um terreno na comunidade Jardim Floresta para finalmente reviver oque sempre amou: se alimentar do que ela mesmo plantava

“Eu venho defendendo a agricultura orgânica desde 2001, mascomecei aatuar mesmo depois da mudança da minhamãe para acomunidade. Quando viemos para cá eu me preocupei com aquestão do agrotóxico. Na minhalinhade pesquisa da faculdade detectei que as comunidades trabalhavammuito com produtosquímicos e asaúde do trabalhadorestava sendo atingida. Essa émi-

nha maior preocupação enquanto assistentesocial epresidente da GEO: fazer com que o trabalhador entenda que ele vai ter mais malefícios do que benefícios de usar os venenos” Alíder percebeu que oalimento que crescia rápido, em grande quantidade, com boa aparênciaebaixo preço nãofazia bem para a saúdedos produtores. “O capitalismoexigeque as culturas sejam aceleradas.

saiba+ Agricultura orgânica é um modelo de produção caracterizado por não utilizar fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, sementes modificadas, reguladores de crescimento animal e intensa mecanização das atividades, visando a reduzir os impactos ambientais, além de cultivar produtos alimentícios mais saudáveis. A agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil, segundo último Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

D2 a crítica MANAUS, SÁBADO, 3 E DOMINGO, 4 DE JUNHO DE 2023
agroecologia
Aos 54 anos, Nazide dos Santos, também conhecida como ‘mamãe onça’ lidera uma cooperativa de agricultura formada por 75 famílias, sendo 48 providas por mulheres, em Presidente Figueiredo A assistente social filha de agricultores defende a agricultura orgânica e familiar desde 2001, mas foi em 2006 que ela iniciou os trabalhos na cooperativa

Em dias de mutirão, os produtores se reúnem para trabalharem em grupos. O trabalho é organizado e liderado por Nazide, mas todos possuem voz dentro da cooperativa, que segue a filosofia de desenvolvimento econômico e social.

Economia solidária

Nazide dos Santos também implementou osistema de economia solidária na comunidade, uma forma de produção, consumo edistribuição de riqueza centrada na valorização do ser humano e não do capital. “A mesa do trabalhador éfarta por causa do trabalho Não é o dinheiro O que faz a gente viver bem é o trabalho eo dinheiro é consequência, mas não miramos nisso Trabalhamos com empresas parceiras que valorizamotrabalhador Oagricultor não pode ficar apenas com o ônus, ele também temque ter o bônus”, reforça.

Foi a economia solidária que manteve a comunidade no início da pandemia, em 2020. “Muitos dos nossos cooperados são idosos e, para que não faltasse nada, fazíamosoescambo(troca) Montamos uma feira solidária em Pre-

número 36

É o número de cooperativas agropecuárias no Amazonas, totalizando 2.576 cooperadosa, segundo informações da Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB)

Então, altera-se osolo com produtos químicos e isso também vai ficando na matériaorgânica do trabalhador, do consumidor e do solo que vai sendo poluído. Como nóstrabalhamos num município de águas, as cachoeiras vão sofrer, pois essa química toda vai para o lençol freático, e as águas do lençol freático, por sua vez, chegam até nosso consumo”, alerta.

Agora, ao invés de inseticidas industrializados, as famílias utilizam uma mistura de água, casca de ovo,casca de banana e borra de café para dispersar as pragas das pequenas produções. “Quando se borrifa com veneno, o trabalhadorvai inalando, porque não trabalha

sidente Figueiredo, eu buscava o que eles plantavam em suas propriedades e trocava por produtos industrializados na cidade. Depois veio oauxílio emergencial, e isso ajudou bastante” relembra.

Desde 2016, acomunidade atua em parceria com oprojeto “Olhos da Floresta”, da Coca-Cola, com produção de guaraná orgânico Segundo Nazide, o trabalho tem dado muito certo. “É importante que ainiciativa privada tenha esse pensamento. Éimportanteque se criem mais políticas públicas para fazermos essa transformação social” Presidente de associação, mãe, ativista easisstentesocial, Nazide sabe oque quer e, luta para que os cooperados também saibam. “Muitas vezes me criticam. Dizem que a alimentação orgânica não mata afome do mundo Minha missão não é matar a fome do mundo, mas sim da nossa comunidade. O trabalho deve começar da porta para dentro da nossa casa. Se todos fizerem sua parte, se todos pensarem assim, a gente consegue acabar com a fome mundial”

com proteção, achamquente, falta ocostume… Foi preciso realizar todo um trabalho de transformação de mentalidade com todos eles”

ROTINA DE PRODUÇÃO O trabalho na cooperativa é realizado em regimede mutirões. Além das plantações que cada produtorpossui em suas propriedades, eles se reúnem para ajudar uns aos outros. No caso do guaraná emacaxeira, os carros-chefes da comunidade, há operíodo da adubação, colheita e poda, onde todos participam. “Nós fazemos uma divisão das tarefas de modo que todos consigam trabalhar e usufruir do seu trabalho. Enquanto umapartedo grupo está em campo, outra fica cozinhando na cooperativa”, relata. Toda aprodução da cooperativa éaproveitada, nada é desperdiçado. “O excedente,que já está um pouco mais maduro e não dá para ser vendido, vira comida para os animais. No campo, até um galho que cai da árvore, vira adubo. Nosso sistema de irrigação é feito com as filhas secas. Tudo é aproveitado”

Mudança para o campo trouxe qualidade de vida

Esteios de suas famílias, maioria das agricultoras saíram das capitais e se mudaram para o campo em busca de trabalho e uma vida mais tranquila

A produtora Antônia da Silva 58,morana comunidade há 11 anos. Foi através de Nazide e da cooperativa que ela passou a cultivarplantas medicinais. Ela também migrou para o campo em busca de qualidade de vida. “Eu morava em Belém, depois morei em Manaus onde eu era tacacazeira. Mas sempre gostei de plantar,meu sonho era viver avida que vivo hoje, trabalhando no campo” Antônia mora sozinha, mas, junto com os cooperados,

ela afirma que nãose sente só. “São minha família. Quando a Nazide nos chama para os mutirões, vou com maior satisfação, pois isso aqui é minha vida. Além das minhas plantas que vendo na feira, eu também trabalho na propriedade dos vizinhos, capinando, roçando ou plantando”.

A produtora já perdeu as contas dos certificados dos cursos que concluiu para se especializar eaprimorar otrabalho em sua propriedade. “Somos em-

preendedoras do campo, então já fizemos muitas qualificações na área de agroecologia, administração, gestão, em parceria com Sebrae, Embrapa eoutras instituições, como o Instituto de Manejo eCertificação Florestal eAgrícola. Acooperativa nos permiteadquirir este conhecimento. Sem eles, nãoseria possível”, reforça.

A aposentada Roseda Reslima,68, morahá menos tempo na comunidade: três anos. Ela também saiu da capital em busca de uma vidar melhor. Edepois que passou a morar no campo, tudo nelamudou. “Emagreci 12 quilos só de me alimentar bem e passei a vivermais tranquila. O campo nos traz paz, otrabalho manual, com aterra,

diminui os níveis de estresse. Eu sou muito mais feliz agora”, conta Roseda, que também cultiva verduras e frutas orgânicas para o consumo próprio. Mais jovem, a produtora AnaPaula Corrêa, 26,mudou para a comunidade há seis anos com o mesmoobjetivo: trabalhar e ter qualidade de vida. Mãe de duas meninas, de 4 e 6 anos, que estudam na escolinha da comunidade, elanão pensa em sair do local. “A gente espera que as coisas melhorem na comunidade, comopor exemplo, ter mais escolas para que nossos filhos continuem os estudos. Mas, no que depender de mim, permaneceremos aqui, trabalhando e vivendo do nosso trabalho”

D3 a crítica MANAUS, SÁBADO, 3 E DOMINGO, 4 DE JUNHO DE 2023 Fotos: Márcio Silva/AC
AntôniadaSilva,58,eAnaPaulaCorrêa,torrandofarinha,feitadamandiocaplantadapelacooperativa.Alémdisso,elasproduzemmassaparabolo,crueiraetucupidaraiz.

Mulher de fibra e energia

Seja com a juta, malva, macaxeira ou guaraná: ela se garante na multicultura e na gestão

LUANACARVALHO

luanacarvalho@acritica.com

A vida da produtora Eliana Medeiro, 50, é de lutas erecomeços. Primeira presidente mulher da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem) mas vivendo o cooperativismo desde a infância como filha de cooperado, ela lia na sede que “o trabalho é masculino porque é muitopesado”

Mas ela provouocontrário ehoje tem quase 100% de sua diretoria formada por mulheres.

Ainda criança, Eliana sentia correndo nas veias a paixão por pessoas e por liderar projetos. Filhamais velhadepais produtores de juta emalva na região de várzea de Manacapuru, aos oito anos ela já ajudava o pai, um dos fundadores da cooperativa.“Eu colocava as coisas no recreio elevava para a cooperativa.Eulembro de ir para casa com sacolas de dinheiro da fibra que meupai vendia, para que ele pagasse os trabalhadores que ajudavam na colheita”, relembra.

Aos14anos, Elianafoi para

frase

“Muitas vezes eu era a única mulher, com 12 homens numa viagem para pegar fibra nos municípios para trazer para a cooperativa”

ELIANA MEDEIRO Presidente da Coomapem

Manacapuru para estudar ealguns anos depois começou a estagiar na cooperativa.“Com o passar dos anos, eu ia pra assembleiae mesmosem tervoz (por não ser cooperada) eu me fazia tervoz, falava com os produtores sobre as oportunidades de usar as tecnologias sociais e de equipamentosa nosso favor, falava de políticas públicas, mas não me ouviam”. Ela passou por todos os setores da cooperativa esofreu muito preconceitopor ser mulher.“Me colocaram para fazer tudo. Até ensacar fibra. Mas nuncareclamei etudo isso me serviu de aprendizado. Fui crescendo em

conhecimento, visibilidade. Buscava, viajava, estudava, mas quando eu chegavana cooperativa e falava das ideias, não me deixavam desenvolver”

Um dos projetos que ela lutou para implementar foi o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que promove o acesso à alimentação eincentiva aagricultura familiar, criado em 2003.

“Ninguém acreditava esó tinha um jeito de eu conseguir fazer isso: sendo presidente da cooperativa” Mas, Eliana, não era cooperada eem seu primeiro pedido para se associar,foi rejeitada.

“Alguns cooperados deram a ideia de lançarmos meu pai para presidente já que era um dos fundadores. Ele teve receio, mas como eu já trabalhava há anos nessa parte de administração, eu disse que o ajudariae assim fiz” Em 2006, com opai presidente, ela credenciou acooperativa no programa federal.

“Começamos com R$ 100mil reais, sendo que 96% eram novos cooperados que eu precisei ir em busca, pois os antigos não acreditavam no programa” No outro ano, ovalor saltou para R$ 495

Guaraná para recomeçar

Tragédia em galpão de cooperativa fez com que Eliana buscasse novos meios de subsistência

Além de presidente da Coomapem, que este ano completa 60 anos, Elianaé representante na Câmara setorial de Fibras Naturais eagricultura familiar da Fazenda Manancial. Essa última função veio após umadas maiores tragédias que ela viveu: um incêndio em 2013 no galpão da cooperativa, que deixou quase R$3 milhões de prejuízo aos cooperados.

“Eu me vi de ponta a cabeça. Precisei me reinventar como mulher, como produtora, como gestora, como mãe. Anecessidade me fez ser diversa, pois continuei sendo presidente da

cooperativa, mas precisei buscar dentro da minha propriedade aminha subsistência.Minha função na cooperativa é remunerada, masnão recebo há 10 anos por conta do incêndio”, relata. Em sua fazenda de 25 hectares, Eliana já plantoumaracujá, melancia mamão, macaxeira, pimenta de cheiro ea sua mais nova paixão éo guaraná. Desde 2018, ela tem parceria com o Sabores Vegetais do Brasil, que começou após ela terparticipado do projeto Corredores do Guaraná da Amazônia. “Este foi um recomeço importante,pois sem a parceriade umaempresa priva-

da, eu jamais teria conseguido fazer o trabalho que faço hoje. E tudo isso eu consegui também por meio da cooperativa”. Com plantações consorciadas - quando se planta outra cultura na mesmaterr- elaconsegue fazer umarotação de cultura e manter sua produção para venda. “O consórcio foi ideia minha. Pensei: já que oguaranásó vai dar rentabilidade a partir do segundo ano, como pequena produtora, não tenho como esperar cultura pordois anos. Então fiz um trio: mamão, guaraná e pimenta de cheiro. Virou referência e até estudos de universi-

mil. Em 2010, elasucedeu opai na presidênciae continuou trabalhando com o PAA. Dois anos depois, com renda de R$ 1 milhão no programa, a Coomapem ganhou um prêmio nacional. “Eu acabei com esse negócio de devolver recursos. Enquantonossosprodutoresda várzea não produziam porconta da cheia, eu ia atrás de agricultores em terra firme para cooperar Foi um período muito bom, em que vendíamos nossa produção para Marinhae o Exército por meio de editais” O trabalho dela como presidente da cooperativa émarcado pela presença. “Eu amo ter o contato estar com o produtor, saber a realidade. Ia com umaturma de recreio poressas comunidades até Coari. Muitas vezes eu era a única mulher,com 12 homens numa viagem para pegar fibra para trazer para a cooperativa Precisava deixar meus filhos sob os cuidados de outras pessoas. Sofriamuito com saudade epreocupação. Mas nãome arrependo de nada. Tudo isso me fez ser quem eu sou” Além de produtora, Eliana cuida de toda a parte administrativa da cooperativa dade.Botei acara atapa emostrei que dá certo” Em sua propriedade, Eliana também desenvolve uma pesquisa em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), apoiada pela Sabores Vegetais do Brasil: ojardim clonal de guaranazeiros. “Trabalhamos com uma condução diferente O intuito é tirarmos muda desse jardim, que é mais adensado. Faço o controle para o pesquisador e, segundo me falaram, somos o primeiro jardim clonal de guaranazeiros do mundo atrabalhar desta forma”

D4 a crítica MANAUS, SÁBADO, 3 E DOMINGO, 4 DE JUNHO DE 2023
Primeira presidente mulher da Cooperativa Mista Agropecuária de Manacapuru (Coomapem), Eliana Medeiro, 50, nasceu em meio a agricultura de juta e malva e vive a filosofia do cooperativismo desde criança
Fotos: Márcio Silva agroecologia MANACAPURU
Eliana em meio a plantação consorciada de guaraná na Fazenda Manancial

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.