Reintegração no Distrito Industrial 2

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acrítica

cidades

MANAUS, SEXTA-FEIRA, 17 DE ABRIL DE 2015

Saúde Congresso Bioergonomics debaterá o impacto dos movimentos. C2

Presos só pensam no lazer

Trânsito em obra parada

Técnico é assassinado

C7 Em audiência pública realizada por órgão do sistema nacional, no Compaj, presidiários só pediram melhorias nas ‘visitas íntímas’ e abastecimento de água.

C5 Avenida das Flores segue com trânsito ilegal.

C7 Jardel Araújo foi morto em crime passional.

. Antonio Menezes

Reintegração no >>Distrito 2

Fim de papo!

Polícia e invasores entram em choque na invasão ‘José Melo’ LUANA CARVALHO cidades@acritica.com

Eram 5h30 da manhã quando as Polícias Federal, Civil e tropas do Comando de Policiamento Especial (CPE) da Polícia Militar chegaram para cumprir a reintegração de posse da invasão ‘José Melo’, no Distrito Industrial 2, Zona Leste. Aproximadamente cinco mil famílias se instalaram na área de mais de 160 mil metros quadrados há 45 dias. A ação foi pacífica no início, mas depois das 8h houve pelo menos cinco momentos de conflitos violentos entre a polícia militar e os ocupantes, principalmente na Pista da Raquete, no bairro Nova Vitória, para on-

Proprietários Parte das terras ocupadas pelos invasores pertencem à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e outra parte é de uma construtora privada. A ação foi coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada e envolveu 250 policiais. de as famílias se deslocarem depois de terem sido retiradas do terreno. A imprensa não teve acesso à invasão, uma vez que a polícia

montou um bloqueio em uma das principais entradas da área, na avenida Flamboyant, a um quilômetro do local. Apenas funcionários das fábricas podiam passar pela barreira. No entanto, os moradores resistiram e tentaram invadir novamente. Neste momento houve o primeiro confronto, por volta das 8h. Em meio a bombas de gás lacrimogêneo, aproximadamente 300 pessoas correram para a Pista da Raquete, onde outras

barreiras foram formadas para impedir o avanço dos ocupantes. Moradores da área ficaram assustados e comerciantes tiveram que fechar os estabelecimentos. Até quem não fazia parte da invasão, como a adolescente Jackeline Almeida da Silva, 13, teve a perna atingida com uma bala de borracha calibre 12 (ver detalhe). Desesperada e chorando muito, a mãe da jovem, Lucineide Almeida, 52, relatou como aconteceu.

“Ela tinha ido comprar pão para o café da manhã. Não imaginávamos que a confusão iria chegar aqui. Foi maior correria, as pessoas entraram no meu comércio e minha neta chegou com a perna sangrando. Estou muito abalada porque nós não temos nada a ver com a invasão e sofremos violência”, contou. A menina foi levada para o pronto socorro Platão Araújo e não corre risco de morte.

Uma idosa que não foi identificada estava caminhando na rua e foi atingida de raspão por uma bala no braço. Ainda mais revoltados, os invasores atiraram rojões e pedras contra a PM, que munidos de balas de borracha e lançadores de granadas, revidavam a agressão. Leia mais na C4 e C5


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