1 minute read
Símbolos do 25 de ABRIL
Next Article
Despois de soar na radio “E depois do adeus”, o sinal escollido polo MFA (Movimento das Forças armadas) para confirmar o inicio da revolución foi unha música de Zeca Afonso, Grândola. Virou un himno deste momento. A primeira vez que fora interpretada ao vivo foi 0 10 de maio de 1972 no Burgo das Nacións, en Santiago de Compostela. Alí hoxe unha placa recorda este feito.
Grândola, vila morena
LP Cantigas do Maio, 1971
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Celeste Caeiro colocando um cravo vermelho no fusil dun militar no día 25 de abril de 1974
Fotografía: Centro de Documentação 25 de Abril
CELESTE MARTINS CAEIRO, A mulher que fez do cravo o símbolo da revolução”.
Em 1974 Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado, com a mãe e com uma filha que criava sem a ajuda do antigo companheiro. Trabalhava na rua Braancamp, na limpeza do restaurante Franjinhas, que abrira um ano antes. O dia de inauguração fora precisamente o 25 de Abril de 1973.
O gerente queria comemorar o primeiro aniversário do restaurante oferecendo cravos à clientela. Tinha comprado cravos vermelhos e tinha-os no restaurante, quando soube pela rádio que estava na rua uma revolução. Mandou embora toda a gente e acrescentou, como Celeste recorda na entrevista: "Levem as flores para casa, é escusado ficarem aqui a murchar".
Celeste foi então de Metro até ao Rossio e aí recorda ter visto as "chaimites" e ter perguntado a um soldado o que era aquilo. O soldado, que já lá estava desde muito cedo, pediu-lhe um cigarro e Celeste, que não fumava, só pôde oferecer-lhe um cravo. O soldado logo colocou o cravo no cano da espingarda. O gesto foi visto e imitado. No caminho, a pé, para o Largo do Carmo, Celeste foi oferecendo cravos e os soldados foram colocando esses cravos em mais canos de mais espingardas."
(Celeste Caeiro era de ascendencia galega)