REVISTA IHGM 38 - SETEMBRO 2011 - SEMINÁRIO I

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DISCURSO DE NATALINO SALGADO FILHO AO RECEBER O TÍTULO DE CIDADÃO CODOENSE NATALINO SALGADO FILHO Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal, Vereador João de Deus Sousa Bonfim, Demais Vereadores, Secretários Municipais, autoridades aqui presentes, Excelentíssimo Senhor Prefeito José Rolim Filho, Senhor Jacinto Pereira Sousa, também homenageado nesta solenidade, José Augusto Medeiros Silva, José Carlos Aragão Silva, Cenidalva Teixeira, Ester Marques, João de Deus Mendes, Conceição Pereira, Fábio Lima, Diego Chaves, Sansão Hortegal, André, Senhoras e Senhores, Quero iniciar falando do sentimento de gratidão que hoje me invade. Vir a Codó, cidade de rica história e de grande importância no cenário estadual e aqui ser acolhido em reconhecimento a um trabalho que, de fato, é partilhado por muitos, dá-me especial satisfação. Permitam-me, senhoras e senhores, tecer alguns comentários sobre esta terra que hoje me distingue com este honrado título. Codó – nome de origem indígena, que significa "codorna" ou "codorniz", ave que povoava esta região - é considerada orgulho do Vale do Itapecuru e uma das principais cidades da região dos cocais maranhense. Trata-se de uma terra abençoada por Deus, que aqui permitiu a convivência do verde exuberante e de rios perenes ao lado de um povo trabalhador, que tem orgulho de sua cultura e tradição, e das influências negras, como as crenças e a religiosidade afrobrasileiras. Luta e resistência são palavras que acompanham a trajetória desta cidade, que completou no último 16 de abril 115 anos de emancipação. Seu desenvolvimento econômico e social remonta ao final do século XIX, quando, de acordo com os historiadores, Raimundo Muniz construiu o primeiro paiol para armazenar uma diversidade de produtos agrícolas que aqui começaram a ser produzidos. Com vocação para a pujança econômica, não demorou a estabelecer-se na cidade um fluxo intenso de vapores que navegavam pelas barrancas do Rio Itapecuru, levando e trazendo mercadorias de todos os tipos. Logo os armazéns começaram a se expandir, e Codó passou a ocupar um merecido lugar de destaque na economia da região. Data de 1892 a instalação da primeira indústria, de propriedade de Emílio Lisboa, denominada Companhia Manufatureira e Agrícola, voltada para a fabricação de tecidos. O caminho estava iniciado e diversas outras indústrias trataram também de instalar nestas terras suas máquinas. Em 1920, a produção passou a ser escoada também pelos trilhos da estrada de ferro São Luís-Teresina, tão bem descrita nos versos da canção de João do Vale. Registram ainda os livros que em 1900, aqui aportou o então Presidente do Brasil, Afonso Pena. Os anos se passaram e nesta terra nasceram pessoas ilustres, histórias de dignidade, além de casos de prosperidade e riqueza que inspiram até hoje não apenas os que aqui nascem, mas todo o povo do Maranhão. Codó é terra de Godofredo Viana, ilustre escritor que empresta seu nome a uma das cadeiras da Academia Maranhense de Letras; de Sebastião Archer da Silva Governador do Maranhão e de Renato Archer – Ministro da Ciência e Tecnologia, idealizador do MCT e responsável pela implantação do Centro de Aplicação Tecnológica da UFMA em Codó; de Fausto dos Santos, ou simplesmente, Fausto, cognominado de “Maravilha Negra”, um dos maiores jogadores de futebol que fez história no início do século passado; do Cônego Ribamar Carvalho, reitor da


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