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VIANA, 266 ANOS DE HISTÓRIA

Nonato Reis

Vianacompletouontem266anosdefundação.Acronologiaéfeitaapartirdaelevaçãodopovoadoà categoria de vila em 1757, o que faz dela a quarta cidade mais antiga do Maranhão, atrás de São Luís, Alcântara e Caxias.

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A Prefeitura organizou uma série de eventos para comemorar a data. Mas, para além de festividades, o que importa mesmo é saber qual a cidade que emerge desses 266 anos.

Em que pese os esforços do poder público, Viana é uma cidade carente de alguns serviços importantes, não por conta da gestão atual, mas em face administrações inéptas.

A cidade tem um serviço de água tratada anacrônico e ineficaz, que só contempla parte da população, e ainda assim de forma irregular. A Prefeitura está construindo um novo sistema, que promete resolver esse problema. Tomara!

Há também a avenida Luiz de Almeida Couto, que liga a MA 014 com a entrada da cidade. Precisa ser reconstruída, porque foi assentada sobre terreno alagadiço, o que requer um trabalho de drenagem profunda, e isso implica alta soma de recursos. Não há solução à vista.

Outro grande problema é a Barra do Sol, que concentra a feira e o centro comercial. O local ganhou fama pela promiscuidade, falta de higiene e desorganização do trânsito, que faz lembrar cidades indianas.

O poder público vai construir uma nova feira e disciplinar o tráfego de veículos. Os feirantes já foram cadastrados e devem ser transferidos, provisoriamente, para outra área, até a conclusão da obra.

Em suma, a cidade que completa 266 anos é uma obra incompleta, como toda e qualquer cidade, mas as intervenções em curso permitem imaginar um cenário muito melhor para o futuro.

Isso, sim, é um bom motivo para comemorar.

Os bantus ou bantos são povos que constituem um grupo etnolinguístico localizado principalmente na África subsariana e que engloba cerca de 400 subgrupos étnicos diferentes.

A palavra "����������" é derivada da palavra "����-������", formado por ba (prefixo nominal de classe 2) e nto, que significa "������������" ���� "��������������. As sociedades bantus dominavam desde sempre a metalurgia, bem como a arte de edificação de grandes monumentos, as mais conhecidas ruínas do império do grande Zimbabwe é uma prova clara da sabedoria desses povos.

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O povos bantus encontram-se centrados maioritariamente nos países de Angola, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia, Zimbabwe, Lesoto, Quênia, Essuatini ,Botswana , Tanzânia ,República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Camarões ,República Centro-Africana, Uganda, Burundi, Ruanda, Comores, e Malawi.

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Os Bantus provavelmente vêm dos Camarões e do sudeste da Nigéria por volta de – 2000, eles começaram a estender seu território na floresta equatorial da África Central. Mais tarde, por volta do ano 1000, ocorreu uma segunda fase de expansão mais rápida para o Oriente. Os Bantus então se misturaram com grupos indígenas e formaram novas sociedades.

Nos séculos 16 e 17, as populações Bantu do actual Quênia foram forçadas a se mudar para o sul, empurradas primeiro pelos guerreiros Kalenjin, depois pelos Masai e finalmente pelos Luo, todos vindos do actual Sudão.

Os Bantu provavelmente vieram de migrações africanas do leste (��������������������, ��������, ��������) principalmente para o oeste, depois para o sul (sudeste, sudoeste, centro). Restos bantu, às margens do lago Upemba, em Sanga, fornecem muitas informações sobre essas migrações.

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Muitos afirmam que a África é um continente sem história, mas isso é verdade? Esquecendo um pouco da civilização egípcia e que a todo o custo tentaram excluir ela como parte da África negra, os outros povos africanos desenvolveram sua história mediante a transmissão da oralidade desde a tenra idade.

A originalidade das sociedades ditas “sem escrita” tem um papel primordial, pois o conhecimento oral é ao mesmo tempo o conhecimento da religião, da história, do entretenimento, da ciência da natureza e da iniciação à profissão, o que podemos aqui chamar de, “�� ������������ ���� ��������”. Nas sociedades africanas as ditas " sem escrita", os guardiões desse patrimônio são, de um lado, os tradicionalistas, responsáveis pela transmissão do conhecimento controlado pelo comitê de sábios, e, de outro, os griots, que são genealogistas, historiadores e poetas.

A vantagem da tradição oral é que ela vem de dentro das sociedades africanas, portanto, reflete uma organizaçãomental eumavivênciadogruposócio-cultural.Noentanto,atradiçãooralnãopermiteestabelecer uma cronologia. Isso coloca sérios problemas para os historiadores, e aqui abre caminho para a multidisciplinaridade na tentativa de preencher as lacunas, e que muitas vezes acabam preenchendo essas lacunas com inverdades. Fragmentando assim uma rica história que remonta a milhares de anos.

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A afirmação de alguns historiadores de que o grupo proto bantu que ocupa actualmente o leste, centro e sul do continente africano foi formado no primeiro milênio AC nas fronteiras dos Camarões e da Nigéria. Essa afirmação merece cautela, pois a migração bantu teria começado bem antes do primeiro milênio, pois foi a contrapartida do ressecamento do Saara que data do início do terceiro milênio. Os Bantus então viviam na região do Alto Nilo entre os paralelos 17 e 21 nas margens de grandes pântanos

Estapresençacontinuounaépocadoreinadodograndefaraósudanês �������������� oGrande(689-664)durante o período húmido do Neolítico. Alguns Bantus foram estabelecidos entre a quinta e a sexta catarata do Nilo, cerca de cinquenta quilômetros ao sul da confluência ������-������������.Eles então formaram o reino de ��������������������-����������.

Este reino era dotado de uma escrita alfabética ainda não decifrada até hoje, e do domínio da metalurgia do ferro. O clima de África, numa região compreendida entre o Saara e a extensa zona equatorial, era muito húmida há oito ou dez mil anos. O modo de vida Bantu estava intimamente ligado à água. O desenvolvimento das civilizações pesqueiras foi datado entre 8.000 e 5.000 aC, ao longo do Médio Nilo e no Saara. Vestígios dos bantus foram encontrados até no norte do continente africano, tanto no Ocidente quanto no Oriente.

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Os bantus contruíram várias sociedades e impérios que prosperaram por milénios em várias partes do continente africano, na África Austral, no rio Zambeze, nasceu o grande império de Zimbabwe construído pelos reis Mwenemutapa, nasceram ainda outros impérios como: Império Rozui, e os Danangombe, Cami. Na África Central, nasceram os impérios do Kongo, o Império Lunda, o Império Luba localizados hoje no que é Angola, República do Congo e a República Democrática do Congo; Na Região dos Grandes Lagos Africanos, os impérios Buganda e o Caragué Reino de Uganda e da Tanzânia.

A família linguística bantu inclui cerca de 400 idiomas falados em cerca de vinte países da metade sul da África. O número total de falantes dessas línguas é estimado em 100 milhões. As principais línguas bantus que representam o maior número de falantes são:

•Resumo do volume das coleção da história geral de áfrica.

R e M. CORNEVIN, História da África P.43 e 58 ).

•John M. Janzen, Ngoma: Discourses of Healing in Central and Southern Africa, University of California Press, Berkeley and Los Angeles, 1992

•James L. Newman, The Peopling of Africa: A Geographic Interpretation, Yale University Press, New Haven, 1995

•Kevin Shillington, History of Africa, 3rd ed. St. Martin's Press, New York, 2005

•Jan Vansina, Paths in the Rainforest: Toward a History of Political Tradition in Equatorial Africa, University of Wisconsin Press, Madison, 1990

Uma África Desconhecida