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ROBERTO FRANKLIN
Sinto-me muito pequeno para poder falar desse poeta de referência do nosso Mundanhão. Tenho-o como um mestre e sua amizade me é um privilégio dos grandes. Para poetas desse nível, eu peço a bênção e fico na plateia aplaudindo, tomando por empréstimo palavras de outro imenso poeta brasileiro, o meu conterrâneo Adailton Medeiros. Uma das alegrias da minha vida vai ser dar um abraço, pessoalmente, em Fernando Braga, depois que esse período de crise sanitária passar. Por enquanto, eu o abraço por meio da minha palavr(h)humanidade nestas breves linhas sobre sua poesia & pessoa.
ROBERTO FRANKLIN
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Partiste, tua voz silenciou, tuas memórias continuam vivas, tuas palavras navegam à procura de um porto seguro, ainda repousam sobre a mesa páginas que guardam tua inspiração, teus desejos. Guardam inúmeras conversas vadias. Nas ruas históricas de nossa cidade, sobrados vazios guardam tuas lembranças, cadeiras esperam teu calor, copos, com as marcas de tu mão, esperam mais um gole em noites frias, tendo como companhia amigos que, assim como você, partiram, não esperando o dia chegar. A noite que chega se mistura a gotas de água que se confundem com o choro de tua partida. Estamos sós à falta de quem falta. És tu, não era ainda tempo de tua viagem, sei que onde chagar um cordão dos teus te esperam para enfim tomar o último gole.