O Cartolinha_L Cartolica 2022

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Ano 42 N.º 1 de 2021/22 Jornal do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro ÚLTIMA PÁGINA Jantar de finalistas 21/22Torga em BD LEITURAS Auto da Barca do Inferno: Do livro ao palco NOTÍCIAS Petizes e traquinas da EB de Sendim Trouxeram a taça!!! Aprender CavaleirosMacedonode NOTÍCIAS CIÊNCIA

agosto de 2022 2 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro ÍNDICE ALFABÉTICO FICHA TÉCNICA Propriedade AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDA DO DOURO Rua Coronel Eduardo Beça 5210 192 MIRANDA DO DOURO Tel.: 273 431 330 / Fax: 273 432 355 Email: aemd@sapo.pt Página Web: www.aemd.pt Coordenação Clube de Jornalismo Grafismo Clube de Jornalismo Imagem do Cartolinha Manuel Ferreira Impressão AEMD Tiragem 200 exemplares CDU 373.5 (469.201) (05) EDITORIAL CIÊNCIA 14 DESPORTO 21 EDITORIAL 2 HISTÓRIA 10 LEITURAS 23 NOTÍCIAS 3 PORTUGUÊS 22 PROJETOS 12 SAÚDE 20 ÚLTIMA PÁGINA 28 Editorial Assistimos, neste ano letivo, ao lento regressar da normalidade após dois anos marcados pela luta contra a pandemia. Embora ainda não completamente debelada, os níveis de vacinação conseguidos e as medidas de proteção implementadas permitem nos olhar para o futuro com alguma tranquilidade. É tempo de recuperar aprendizagens. Para isso contamos com uma série de medidas enquadradas no Plano 21|23 Escola+, que vão desde o reforço do crédito e da autonomia da Escola, ao grande investimento nos recursos tecnológicos e digitais e na formação, à regularização definitiva da situação dos técnicos que trabalhavam na escola de forma precária, até à continuidade dos planos de desenvolvimento pessoal e social. No entanto, nem tudo o que aconteceu foi negativo. Devemos saber tirar partido desta experiência. Desde logo, a utilização das tecnologias digitais e a sua rentabilização tanto no ensino presencial como no ensino à distância apresenta se como inultrapassável. As próprias regras de circulação, a separação dos espaços e os cuidados gerais de higiene serão aspetos a manter numa escola que se quer limpa e saudável. O sistema de avaliação externa para a conclusão do Ensino Secundário, adotado durante a pandemia, em que os alunos só fazem os exames de que necessitam para acesso ao Ensino Superior acaba por ser um sistema mais justo e adequado ao espírito da autonomia e flexibilidade que se pretende implementar. António M M Santos Diretor do AEMD

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ALUNOS DO 10.ºA CARLA MARTINS Seminário “Geologia, Mineralogia e Minas de Argozelo” No dia 22 de novembro de 2021, os alunos das turmas do 10.º A e 11.º A da EBS de Miranda do Douro participaram no Seminário “Geologia, Mineralogia e Minas de Argozelo”, integrado na semana de C&T da UTAD. Para tal, deslocaram se a Argozelo no autocarro cedido pela Câmara Municipal de Miranda do Douro, acompanhados pelas professoras Carla Martins e Isaura Peres. Esta iniciativa foi realizada no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia. A saída de Miranda foi às 9:00. Daí, os alunos foram diretamente ao Centro Interpretativo das Minas de Argozelo, onde estavam patentes as exposições “O Mundo dos Minerais em Selos” e “O Micromundo de Rochas e Minerais”, promovidas pelo Museu de Geologia da UTAD.Aexposição

"O Mundo dos Minerais em Selos" explora o mundo dos minerais através de uma magnífica coleção de selos, organizada pelo Professor Frederico Sodré Borges, Professor Catedrático aposentado da Universidade do Porto. A exposição “O Micromundo das Rochas e dos Minerais”, além de fomentar o interesse e admiração pelas rochas e minerais, dá a conhecer algumas metodologias usadas em geologia para mine-dosficaçãoidentirais, minérios e rochas. Entre estas exposições, os alunos ainda tiveram a oportunidade de conhecer alguns materiais utilizados pelos mineiros quando a mina de Argozelo estava em atividade, assim como alguns minérios extraídos.Deseguida, os alunos dirigiram se ao auditório do Centro Interpretativo das Minas para uma sessão de apresentações com o Dr. Alcino Oliveira ("Águas mineiro medicinais Termas da Terronha"), o Dr. Nuno Vaz ("Os Recursos Geológicos do Nordeste transmontano"), a Dra. Elisa Gomes ("Faixa Sn W de Ervedosa Argozelo passado e presente das minas") e com o Dr. Luís Sousa (" O Curso de Biologia e Geologia da UTAD"). Notícias

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de 2022 4 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro

Esta atividade ofereceu a oportunidade de alargar os conhecimentos nas áreas de Biologia e Geologia, em especial na região de Trás os Montes. Tendo sido atingidos os objetivos de promover o pensamento crítico, a consciência e responsabilidade ambiental e social, promover o relacionamento interpessoal e conhecer paisagens naturais e humanizadas do Planalto Mirandês.

Por volta das 12h30m, visitaram o Parque Mineiro de Argozelo, rota e ponte dos mineiros, onde puderam observar as máquinas que os mineiros utilizavam na época em que a mina estava ativa. Por exemplo, o cavalete, forno elétrico de fusão, entre outros.

Já almoçados, no Parque Ibérico de Natureza e Aventura PINTA , tiveram a oportunidade de contactar com o Centro de Atividades Lúdico pedagógicas (CALP) do Burro de Miranda. Conseguiram conhecer melhor esta espécie, foram alertados para a possível extinção da mesma e para o modo como podem protegê la. Neste local, visitaram ainda a exposição permanente do PINTA, seguindo um percurso expositivo, ao longo do qual ficaram a conhecer o território da Rede Natura 2000, nas suas diversas Terminadasvertentes.asvisitas, os alunos regressaram a Miranda do Douro no autocarro.

Notícias

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TURMAS DOS 8.º A e B DA EBS Cidadania e desenvolvimento

Na semana do 10 de dezembro Dia Internacional dos Direitos Humanos os alunos das turmas dos 8.º A e B desenvolveram o domínio dos Direitos Humanos, em CD, em colaboração com a BE, o que resultou numa exposição no átrio da escola, intitulada “Estendal pelos direitos”.

Os alunos do 8ºA promoveram uma campanha de solidariedade para com os animais, solicitando a colaboração de todos, recolhendo alimentos, mantas e produtos de higiene. O resultado desta campanha foi encaminhado para o Canil que serve Miranda do Douro (Vimioso) Área de projetos

TURMA DO 8.º A

Os alunos dos 8.ºA e B exploraram o Kit pedagógico digital, “Ensaio dos Abutres”, proposto pela Palombar/Peripécia Teatro, tendo visualizado um vídeo/documentário e realizados alguns dos desafios propostos. Para concluir o projeto, realizou se uma saída de campo para observação de aves e uma exposição dos trabalhos elaborados.

Em Área de Projeto, a professora de AP e os alunos do 8ºA, com a colaboração do professor Cordeiro, montaram compostores orgânicos e uma mini horta pedagógica. Em simultâneo, abordaram a temática do Combate ao Desperdício Alimentar, em colaboração com a disciplina de TIC. Notícias

agosto de 2022 6 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Notícias JUSTINA GINJO

Esta iniciativa pretendeu limitar a dependência do uso do telemóvel, durante os períodos do recreio, e estimular os alunos, dos vários ciclos, a desenvolver competências cognitivas, físico motoras, linguísticas e sociais.

Nesses espaços de lazer, verificou se um excelente envolvimento por parte de todos. Os alunos dos 8.º e 9.º anos responsabilizaram se em orientar as atividades a desenvolver com os restantes colegas. Todos, sem exceção, interagiram e socializaram de uma forma saudável.

Pelas imagens, foi um dia memorável e a repetir.

Um dia sem telemóvel, na escola No passado dia 22 de fevereiro, no âmbito da atividade “ Um dia sem telemóvel, na escola”, todos os alunos, professores, assistentes técnicos e operacionais da Escola Básica de Sendim, não usufruíram do uso do telemóvel, durante todo o período escolar.

A viagem da Cachucha Da Casa da Seda de Bragança até ao Jardim de Infância de Sendim FÁTIMA ROCHA Numa viagem ao passado, em que estava a mostrar fotografias de outros alunos de outras escolas ao meu grupo, enquanto explanava a minha situação profissional, eis que apareceram várias fotografias dos Bichos da seda. O entusiasmo foi grande, as questões inúmeras. O desejo foi uníssono: “Professora Fátima, podes trazer esses bichos também para nós?” E assim foi. Mote lançado, aventura preparada e magia para descobrir

Trouxeram a taça...PARABÉNS!

Estes pequenos “Ronaldos” presentearam nos com o 1.º lugar! PARABÉNS!

MUITOS

Trabalhos realizados pelas crianças com pasta de modelar. “E porque a Natureza é mesmo assim E porque atrás do tempo, tempo vem, Há mistérios que nunca terão fim E saber decifrá los não convém…” In, Ao lado dos Bichos da seda, Maria Alberta Menéres Notícias

JUSTINA GINJO Alguns alunos da Escola Básica de Sendim, integrados nos Escalões de Petizes e Traquinas, orientados pelo professor Luís Preto, participaram no VII Encontro de Futebol, realizado em Mogadouro.

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Elisabete Barrosa, Carla Martins e Carla Ferreira e a Sr.ª Anabela Gomes, na qualidade de auxiliar de ação educativa, acompanharam o grupo que revelou respeito pelas regras, educação e civismo nos vários espaços visitados.Soube a pouco, mas valeu a pena! À frente da Câmara Municipal do Porto. Na Praça dos Leões, com as professoras Carlas!!

agosto de 2022 8 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Notícias Do livro ao palco

Esta visita de estudo teve como objetivos não só consolidar aprendizagens realizadas na disciplina de Português, mas também desenvolver competências na área da sensibilidade estética e artística.

Ainda houve tempo para almoçar e ver as montras no Centro Comercial Via Catarina e passear um pouco pela baixa daAscidade.professoras

ELISABETE BARROSA “1 de abril de 2022: Porto ida ao teatro”: quase era para ser mentira, mas foi verdade! Nesse dia, depois de um adiamento, as turmas A e B do 9.º ano da EBS foram mesmo ao Porto para assistirem à representação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, levado à cena pela companhia Cultural Kids, no teatro Sá da Bandeira. As atividades planificadas foram cumpridas e o feedback dos alunos foi muito positivo, de acordo com as suas respostas ao inquérito de autoavaliação. Como se pode confirmar no gráfico 1, para a maioria dos alunos, o espetáculo superou as expetativas!

O Diabo e o Judeu em cena. (foto retirada de https://www.culturalkids.pt/teatro auto da barca do inferno/) Gráfico 1

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Esta atividade teve como objetivos conhecer as potencialidades energéticas da região; promover o conhecimento de fontes de energia alternativas aos combustíveis fósseis; compreender a importância de uma barragem; compreender o impacto de uma barragem num ecossistema; sensibilizar para a conservação dos ecossistemas aquáticos; conhecer o funcionamento de uma central hidroelétrica; melhorar o relacionamento interpares, privilegiando as estratégias de trabalho cooperativo; promover e melhorar o sucesso dos alunos ao longo do seu percurso no agrupamento; aproveitar saberes e recursos do meio para enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

Visita à Barragem da Bemposta No dia 14 de junho, os alunos do 7.º ano, da ES de Miranda do Douro, visitaram a Barragem da Bemposta.

Foi, também, importante para o desenvolvimento das competências na área da Cidadania e Desenvolvimento, nos domínios da Educação Ambiental e Sustentabilidade.

7.º ANO Notícias

Para os tempos anteriores ao domínio romano, havia algumas dificuldades neste acerto dos calendários. Com Rómulo, o primeiro rei de Roma, a contagem do tempo torna se mais concreta. Durante os séculos VIII a.C., Rómulo estabeleceu um calendário lunar de 300 dias, agrupados em 10 meses de 30 dias cada um.

Só em 153 a. C., o ano passou a principiar em Ianuarius, seguido de Februarius, Martius December passou a ser o último mês do ano em duodécimo lugar e não em décimo, como o próprio nome indica. Relógio da sé

História

contagem

Para os hebreus, o calendário terá tido início por volta do ano 3760 a.C. e segue o curso da Lua: cada ano tem 12 lunações (espaço de tempo entre duas luas novas consecutivas) de 29 dias, 12 horas e 44 minutos e 2,8 segundos, distribuídas por 12 meses lunares, alternadamente, de 29 e de 30 dias, mais um dia de quatro em quatro anos e ainda era necessário acrescentar sete meses de trinta dias, cada um a intercalar num ciclo lunar de 19 anos; não estava fácil fazer as contas mesmo para quem soubesse contar!

A do tempo ao longo da história

Durante os últimos dois anos, esteve a nossa Escola envolvida num programa Erasmus +. Inicialmente, este programa foi destinado aos alunos do segundo ciclo, mas, como a pandemia nos complicou a vida, quando houve o primeiro encontro entre as escolas, já os alunos estavam no terceiro ciclo. Entre confinamentos e aulas à distância, houve, ainda, tempo para fazermos ( eu, o Cisnando e a Ana Quintas) uma visita ao relógio da Sé de Miranda, assim como ao contador do tempo, ambos localizados no último piso da catedral. O confinamento pouco mais nos permitiu avançar. Contudo, ainda conseguimos levar a cabo uma entrevista com o Sr. Francisco Cousinha, um descendente do fabricante Manuel Francisco Cousinha, fabricante de relógios monumentais, o qual nos transmitiu alguns esclarecimentos sobre o relógio da Sé de PegandoMiranda.nacontagem

Segue se o calendário de Numa. Numa Pompílio sucedeu a Rómulo, no ano 715 a. C., e estabeleceu o calendário, também lunar, mas de 365 dias, agrupados em 12 meses de 29 e 30 dias, alternadamente, e mais 1 em Febrebruarius: (6x29)+(6x30)= 354 dias. O ano começava em março, mas foram precisos mais dois meses: Ianuarius e Februarius

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Os anos começavam no mês de março e os meses seguintes tomavam o nome de Aprilis, Maius, Iunius, Quintilis, Seztilis, Semptembre, October, November e December (décimo mês).

do tempo, decidi escrever algumas notas sobre a dificuldade que houve, ao longo do tempo, em criar um calendário. Agora recebemos os calendários com reclame a algumas empresas e nem nos damos conta do quanto custou a acertar os dias, os meses e os anos com o tempo lunar ou solar É muito difícil compreender como se fez a contagem do tempo durante a Pré história, porque não conseguimos representar na nossa mente tempos tão longínquos, mas, sim, podemos entender certas gravuras como contagem do tempo; estarão neste caso as gravuras rupestres de Palaçoulo e também em Mogadouro e em Alfândega da Fé. Ao longo do tempo houve vários calendários: o calendário egípcio, o calendário babilónico, o calendário grego, o calendário hebraico, o calendário Azteca, o calendário gregoriano, o calendário da revolução Falaremosfrancesa...apenasde alguns: Os anos, para o egípcios, eram de 365 dias contados a partir da subida ao trono do faraó. Os egípcios contavam os anos. A cada mês era atribuído o nome do festival que se realizava numa ocasião e, simultaneamente, o nome da divindade festejada.

Algumas curiosidades acerca do calendário FERNANDO PEREIRA

E este é o calendário pelo qual ainda nos regemos no século XXI. Foi interrompido na França, em 1793, e substituído pelo Calendário da Revolução, apenas por 14 anos, pois foi abolido por Napoleão ,em 1906.No calendário da revolução francesa, os anos eram divididos em doze meses de 30 dias cada um e mais 5 dias complementares nos anos comuns e 6 nos anos bissextos. Os meses dividiam se em três décadas, em vez de semanas com os nomes de Primidi, Duodi, Tride, Quartidi, Sextidi, Sptidi, Octidi, Novidi e Decadi Os anos da revolução começaram no ano I e foram até ao ano XIV, ano em que este calendário foi extinto.Bibliografia:RaulLopes Rodrigues Curiosidades acerca do calendário, Braga, 2000. Contador do tempo

O calendário Gregoriano resulta da reforma do calendário juliano efetuada em Outubro de 1582, por Bula do Papa Gregório XIII, que foi pontífice entre 1572 1585. Vem corrigir o calendário Juliano e fixa o equinócio da Primavera em 21 de Março. Neste calendário, ao fim de 28 anos repetem se as datas do calendário com os respetivos dias da semana. Uma curiosidade interessante, pois permite saber o dia da semana de qualquer data do calendário.

História

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Os romanos dedicavam os sete dias da semana aos seus deuses particulares: domingo ao Sol, segunda à Lua, terça a Marte, quarta a Mercúrio, quinta Júpiter, sexta a Vénus e Sábado a Saturno. Com Júlio César (101 44 a.C.) vai surgir o calendário juliano. O cônsul romano (teve mais títulos, mas nunca o de Imperador) aboliu o calendário lunar e estabeleceu o calendário solar de 365 366 dias por ano, divididos por 12 meses: Januarius 31 dias, Februarius 28 dias, Martius 31 dias, Aprilis 30 dias, Maius 31 dias, Junius 30 dias, Quintilius 31 dias, Sextilius 31 dias, September 30 dias, October 31 dias, November 30 dias e December 31 dias, tendo o mês de Februarius mais um dia (29) de quatro em quatro anos (ano bissexto). Mais tarde, o mês de Quintilius passou a chamar se Iulius, em homenagem a Júlio César ,e o mês de Sextilius passou a chamar se Augusto, em homenagem a César Otávio Augusto.Este calendário teve início em Roma, no dia 1 de Janeiro do ano 45 a.C., e ficou conhecido por calendário Juliano. Vigorou, em Portugal, até 1460 (1422 da era de Cristo). No reinado de D. João I, foi adaptado à era de Cristo. Há, pois, uma diferença de 38 anos entre a era de Cristo e a era de César.

Fig. 1 Projetos

O problema e a sugestão do projeto “Pensar o meu futuro” foram apresentados aos alunos que concordaram em avançar, os pais e Encarregados de Educação foram informados e também replicaram o seu acordo, e o “pontapé de saída” foi dado nas áreas de Área de Projetos e de Cidadania e Desenvolvimento: iniciaram se as sessões de Orientação Vocacional e a reflexão sobre o mundo do trabalho e o trabalho digno. A maioria das disciplinas deu o seu contributo ao longo dos 1.º e 2.º períodos com a planificação, execução sempre que possível simultânea quando se tratava do mesmo tema e avaliação de trabalhos, que foram compilados num portfólio digital (para aceder ao portfólio clicar em https://padlet.com/elisabetebarrosa/DAC9 ou ler o QRCode figura 1) e expostos no bloco de aulas da EBS, no final do 3.º período.

Os projetos interdisciplinares, que integram o Domínio da Autonomia Curricular, devem partir da identificação de um problema. Chegados ao final do 9º ano, os alunos deparam se com a necessidade de escolher uma oferta formativa que vai ditar o seu percurso académico e até mesmo o seu percurso profissional. É aí que escolher se torna um problema.Parafacilitar as escolhas, o SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) da EBS, orientado pela Dr.ª Natália Vara, proporciona, todos os anos, aos alunos do 9º ano, várias sessões ao longo das quais constroem o seu Caderno de Orientação Vocacional, onde estão refletidas as suas preferências, interesses, a exploração realizada, informação sobre o acesso às diversas opções formativas, associadas às escolhas profissionais, médias, provas de ingresso ou condições de acesso a determinadas ofertas educativas.

agosto de 2022 12 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro O mundo do trabalho Um problema que virou projeto ELISABETE BARROSA E MARISA ALVES

E foi em momentos informais de partilha de ideias e de boas práticas, no início do ano letivo 21 22, que não só confirmamos que era importante a continuidade da Orientação Vocacional no 9.º ano, como também verificamos que os currículos das disciplinas do 9.º ano apresentavam temas relacionados com o mundo do trabalho e que este estava, por sua vez, relacionado com os ODS, Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, documento orientador de uma cidadania consciente e responsável.

Fizeram se, então, algumas reuniões de trabalho entre os docentes dos conselhos das turmas A e B do 9.º ano da EBS e o SPO e considerou se que tínhamos “pano para mangas”, isto é, podíamos proporcionar aos alunos uma caminhada por vários caminhos com o mesmo fim: preparar o seu futuro.

O culminar deste projeto aconteceu no dia 5 maio de 2022, com a atividade “Quando os profissionais vêm à escola”, no auditório da EBS de Miranda do Douro, que contou com a presença de 13 profissionais (que representavam as áreas profissionais de interesse dos alunos), permitindo uma interação direta, já que os alunos tiveram oportunidade de colocar questões e aprofundar informações sobre particularidades das profissões e dos respetivos percursos académicos.

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De acordo com os dados da avaliação final do projeto, a atividade com os profissionais foi considerada, pela maioria dos alunos, como muito e bastante útil no seu processo de tomada de decisão. Os alunos avaliaram muito positivamente a forma como os profissionais explicaram o seu trabalho e percursos académicos. Na perspetiva dos alunos, este projeto, integrado no DAC, permitiu ainda a aplicação e o desenvolvimento de competências, especialmente ao nível do trabalho autónomo, da interação com colegas e profissionais, da pesquisa e da aplicação das línguas em contextos autênticos. Por fim, as sessões de orientação vocacional foram também avaliadas muito positivamente por todos os alunos, que salientaram a utilidade das informações sobre os cursos, profissões, médias e condições de acesso, sobre as áreas onde se concentravam os seus interesses profissionais, sobre a forma como está organizado o sistema educativo e sobre as opções que lhes eram oferecidas, após o 9.º ano.

Esta missão foi cumprida, agora o “por fazer” é só com os nossos pequenos grandes alunos!

A construção dos produtos nas várias disciplinas permitiu o desenvolvimento de muitas das competências previstas no Perfil do Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, nomeadamente na área da linguagem e textos, informação e comunicação, relacionamento interpessoal e desenvolvimento pessoal e autonomia.

Projetos

Um território onde se ensina e aprende!”

agosto de 2022 14 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro UMA VIAGEM NO TEMPO “

Nos dias 21 e 22 do mês de abril, os alunos do 10.ºA e 11.ºA, da Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, fizeram uma visita ao Geopark das Terras de Cavaleiros, no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, acompanhados pelas professoras Carla Martins e Isaura Peres. A Associação do Geopark das Terras de Cavaleiros (AGTC) disponibilizou três dos seus melhores guias para nos proporcionar uma experiência animada e educativa, levando nos a explorar um dos contextos mais icónicos da geologia de Portugal, o Geopark, que integra o Maciço de Morais, também conhecido como "Olho de Portugal”, pela configuração que a cartografia desta região apresenta na carta geológica (Fig.1). Este é considerado um território protegido devido à sua geodinâmica única. Acompanha nos na nossa viagem! "O Geopark Terras de Cavaleiros é uma área geográfica bem definida, coincidente com os limites administrativos do Concelho de Macedo de Cavaleiros, com um importante património geológico ao qual se soma um grande património de biodiversidade, um notável património histórico cultural, os produtos locais, a rica gastronomia e a arte de bem receber das suas gentes." Dia 1 Às oito horas da manhã, acompanhados pelos professores, saímos de Miranda do Douro e, após uma longa viagem, chegámos ao Miradouro da Estação da Biodiversidade de Santa Combinha, recebidos pelos guias da AGTC. Iniciamos com uma breve introdução sobre o relevo da região, condicionado pela ação da falha da Vilariça, com cerca de 250 km de extensão. Associado ao movimento desta falha, ocorreu o levantamento de blocos, como as Serras de Bornes (1199 m) e a Serra da Nogueira (1320 m), e o abatimento de outros, como as depressões de Santa Combinha, onde se localiza a albufeira do Azibo. Aqui, percorremos o Percurso da Biodiversidade de Santa Combinha (Fig. 2), tendo oportunidade de observar algumas espécies da fauna e flora autóctones, bem como um afloramento rochoso que dá o nome ao Geossítio dos Metavulcanitos.

ANA GONÇALVES, BEATRIZ FERNANDES, BRUNA RUANO, RITA GALEGO (11ºA) ISAURA PERES

Figura 2 Percurso da Biodiversidade de Santa Combinha Ciência

Depois de um agradável almoço na praia fluvial do Azibo, dirigimo nos ao Geossítio: Cromite de Morais (Fig.3), localizado no Monte de Morais, onde pudemos observar os dunitos, rochas ultrabásicas genericamente designadas por peridotitos.

Estas rochas, com origem no manto, pertenceram ao substrato do antigo oceano Galiza Trás os Montes e podem agora ser aqui observadas devido à colisão entre os continentes que constituíam as suas margens. Possuem elevados teores de crómio e níquel, conferindo características únicas ao solo, que influenciam o crescimento e reprodução da flora nesta região e permite a ocorrência de endemismos, como é o caso da Armeria langei. A toxicidade desses solos torna a agricultura impraticável, de modo que o Monte de Morais também é conhecido, pelos habitantes locais, como Monte Maldito.

A seguinte paragem foi o Miradouro das Descontinuidades, numa vertente do rio Sabor, na freguesia de Lagoa. Para além de rochas pouco comuns, aqui pudemos observar as Descontinuidades sísmicas de Conrad e a de Moho, bem evidenciadas no relevo por determinarem a ocorrência de três colinas (Fig. 4). Neste local, observa se, à superfície, o que normalmente ocorre apenas a dezenas de quilómetros de profundidade, em resultado do processo de fecho do oceano Galiza Trás os Montes e consequente empilhamento de diversas partes das crustas oceânica e continental sobre as rochas autóctones da margem passiva. A descontinuidade de Moho corresponde à separação entre rochas do manto e a crusta inferior e a de Conrad, entre a crusta inferior e superior Para concluir o dia, visitamos os gnaisses de Lagoa. Estas rochas, com cerca de 500 Ma, resultaram do metamorfismo de granitos da antiga Armórica, um pequeno continente perdido com a formação da Pangeia. São rochas constituídas por grandes minerais claros e alongados de feldspato, que resultaram da elevada pressão e do movimento a que a rocha foi submetida ao longo de milhões de anos. A forma alongada dos minerais de feldspato permite determinar a direção do moviDunitos de Morais e Armeria langei

Figura 4 Descontinuidades de Conrad e Moho Figura 5 Gnaisses de Lagoa

Ciência

Figura 3

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Os metavulcanitos são rochas de origem vulcânica muito antigas, com cerca de 430 Ma, com origem em vulcanismo nas margens de um oceano primitivo, que se encontra representado na geologia do Monte de Morais. As rochas vulcânicas originais sofreram metamorfismo e evoluíram para rochas metamórficas pelo que se designam agora por metavulcanitos.

Dia 2 No segundo dia da viagem, começamos por visitar a sede da AGTC. Com a ajuda dos guias, foi possível fazer uma breve contextualização dos geossítios visitados no dia anterior. Abordando temas como falhas, carreamentos, minerais e tipos de rochas, que afloram no Geopark, ficámos a entender melhor a formação do relevo desta região bem como a diversidade de seres vivos e a sua distribuição geográfica.

Devido à adversidade das condições atmosféricas, a exploração de outros geossítios foi nos impossibilitada. Por isso, aproveitamos o resto da manhã para conhecer um pouco mais sobre a história da cidade onde nos encontrávamos. Visitámos o Museu de Arqueologia, onde nos foi dado a conhecer o passado da região, na Idade da Pedra e no tempo dos Romanos; no Museu Martim Gonçalves de Macedo, explorámos os acontecimentos da Batalha de Aljubarrota e as técnicas de guerra do século XIV. Depois do almoço na Escola Básica e Secundária de Macedo de Cavaleiros, fomos conhecer o Convento de Balsamão (Fig.6) onde podemos observar o uso de rochas de origem local na arquitetura do próprio convento. Demos, assim, por concluída a visita de dois dias que nos deu a oportunidade de desfrutar e aprender no Geopark Terra de Cavaleiros.

Ciência

Figura 6 Convento de Balsamão mento a que foram sujeitas estas rochas, sendo por isso importantes para localizar o continente Armórica no passado. (Fig.5)

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Plano de Atividades do Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Para comemorar este dia, os alunos do 7.ºA, do 7.ºB e do 8.ºB, de Miranda do Douro, realizaram alguns trabalhos e algumas atividades sobre a água e a

Os alunos das turmas dos 7.º A e B expuseram no átrio da escola trabalhos/maquetes sobre as energias renováveis e os alunos das turmas do 8º A e B caleidoscópios/periscópios, construídos por eles, inserido na temática da Energia e da reflexão da luz, respetivamente abordadas em Físico Química.

Atividades

agosto de 2022 19 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Ciência

Os alunos das turmas do 8.º A e B expuseram, no átrio da escola, instrumentos musicais, construídos por eles, acompanhados por uma pesquisa sobre o modo como é produzido o som, temática abordada em Físico Química.

Os alunos das turmas do 9.º A e B, na época natalícia decoraram o átrio da escola.

Alguns alunos dos 7.º A e B, durante o mês de maio, participaram numa Campanha de “Caça aos Asteroides”, promovido pelo NUCLIO Núcleo Interativo de Astronomia e Inovação em Educação , visando ajudá los a desenvolver e promover a construção de significados, a envolver se e a perceber como se faz ciência, a desenvolver competências científicas, observando e analisando, e a desenvolver soft skills, participando no projeto de ciência cidadã com dados reais, que lhes darão competências e que os acompanharão ao longo da vida.

A partir das 14:00h, e ao longo de duas horas, os alunos de várias turmas e alguns docentes presentearam nos com as suas atuações. A gala iniciou se com a apresentação de um vídeo “Vamos falar de saúde” no qual se salientaram alguns comportamentos promotores da saúde que todos devemos adotar. Seguidamente, atuaram os pauliteiros, grupos de dança, músicos, cantores e até ginastas.

A Gala da Saúde regressou com muita emoção, entusiasmo e participação, o que nos leva a concluir que o objetivo foi plenamente alcançado Muito obrigada a todos!

agosto de 2022 20 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Saúde Gala da Saúde

Por fim, todos os presentes puderam deliciar se com o Lanche Saudável que os alunos do clube e as funcionárias do refeitório e do bufete prepararam.

CARLA MARTINS No dia 8 de abril, realizou se a “Gala da Saúde”, na EBS de Miranda do Douro. Esta iniciativa, realizada no âmbito do PES Promoção e Educação para a Saúde, foi organizada/dinamizada pelo Clube da Saúde (10ºA) e da equipa PES, com a colaboração da Direção do Agrupamento e de todos os intervenientes. Esta gala visou assinalar o Dia Mundial da Saúde, que se comemora no dia 7 de abril, e teve como objetivo contribuir para adoção de comportamentos que promovam a saúde e o bem estar da comunidade educativa.

agosto de 2022JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro ACONTECEU,... NA TARDE DO DIA 2 DE JUNHO DE 2022 O "DOURO" TAMBÉM É NOSSO... VÁRIOS ALUNOS , DO 3º CICLO E SECUNDÁRIO "CONQUISTARAM E FORAM CONQUISTADOS" PELO RIO DOURO. O " DOURO " AGRADECEU A NOSSA COMPANHIA… E OS ALUNOS FORAM MUITO FELIZES... LUCAS SÃO PEDRO Desporto

Aqui vão mais alguns “apanhados”!

E se tratássemos do extermínio destes erros ortográ-ficos?

ATENÇÃO: as palavras “proibido” e “economia” não são acentuadas graficamente!...

agosto de 2022 22 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Português Cuidado com a língua! MARIA ELISABETE BARROSA

“Ler”, assim como crer, ou como ser, ter, ver, e seus derivados (reler, descrer, reter, rever) não se acentuam com acento circunflexo!

Junta te aos “Caçadores de Erros”! Para isso, tens de estar atento ao que lês e, quando apanhares” um erro, envia o para descobriumerro@sapo.pt !

Esta rubrica pretende alertar para a necessidade de saber escrever e pronunciar bem a nossa língua a língua portuguesa

A “caça ao erro” continua e eles estão por todo o lado!

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Vamos lá pensar: quando eu esqueço, esqueço alguma coisa… Logo, o correto seria “foi uma lição de vida que / a qual nunca vou esquecer”!

agosto de 2022 23 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Leituras Poesia com verbos AURORA ANTÃO Os alunos do 2.º B da escola de Miranda do Douro, no âmbito da aprendizagem dos verbos, escreveram as seguintes poesias intituladas:

agosto de 2022 24 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Leituras

Uma boa e inesperada surpresa

A Viagem do Elefante é um livro da autoria de José Saramago, um importante escritor português, que ao longo da vida escreveu mais de quarenta obras. Este é um romance histórico, baseado em factos reais, que conta com um pequeno prefácio que explica a origem da história. Com uma escrita muito própria, o autor leva nos a viajar pela Europa. Uma viagem que começa em Portugal e acaba na Áustria.

Só queria destacar um episódio, nesta segunda parte da viagem, que aconteceu quase no final da ação, através do qual podemos ver a imaginação de Fritz ou Subhro. Este imagina se a salvar a arquiduquesa de um acidente de carruagem. Foi algo que não aconteceu, o conarca não salvou a arquiduquesa, mas, como o imaginou, poderia tê lo feito. Não é uma cena que passe uma grande mensagem, mas mostra como todos criamos e vivemos emocionantes histórias na nossa imaginação.

Ler A Viagem do Elefante foi uma aventura, assim como a de Salomão, mas não gostei do final.

FILIPA GONÇALVES

Foi uma viagem mais tranquila. Conseguimos ver tanto conarca como elefante a relacionarem se com os soldados e o comandante. Gostei especialmente da ironia deste último, cada vez que Subhro aparecia para lhe sugerir algo novo. Nessa parte da viagem, um dos meus episódios favoritos aconteceu quando eles pararam numa aldeia e alguns aldeões acharam que o elefante era Deus. Esses aldeões foram acordar o padre a meio da noite e, no dia seguinte, de manhãzinha, foi a aldeia toda vê lo a executar um exorcismo ou algo parecido. Foi um dos capítulos mais engraçados de toda a obra. Durante a segunda parte, não houve um momento do qual gostasse especialmente, mas houve vários em que me questionei como é que todas aquelas pessoas, pertencentes a várias classes sociais, acharam que era boa ideia levar um elefante para um país frio.

A minha motivação inicial foi participar num concurso de leitura. De início, fiquei um pouco reticente… Então, decidi fazer uma pesquisa para entender a razão de ter sido este o livro escolhido. No meio de vários artigos, deparei me com um que dizia que A Viagem do Elefante era uma metáfora da vida humana e comecei a ficar intrigada. Agora, terminada a leitura, posso dizer que concordo com a afirmação: o elefante Salomão nasceu, viajou, esteve parado, viveu uma grande aventura e até mudou de nome para Solimão. Continuou a viajar, teve momentos felizes e momentos assustadores e, no final, bem, para conhecer o final, há que ler a obra!Não é uma leitura fácil, no entanto, depois de estarmos mergulhados na ação, começamos a preocupar nos com Salomão e com o seu conarca, Subhro, a quem o rei de Portugal quis mudar o nome e o arquiduque Maximiliano realmente mudou, assim como ao pobre do elefante. Tenho de confessar que gostei mais da primeira metade do livro: a viagem de Lisboa a Valladolid.

Ler este livro não era algo que estivesse nos meus planos de leitura. Não posso dizer que José Saramago seja dos meus escritores prediletos ou que os livros dele me suscitem uma grande curiosidade. Provavelmente, se visse esta obra, numa livraria, nem lia a sinopse. Todavia, penso que, depois de lida uma segunda obra do autor, consegui entender melhor o que ele queria transmitir com a sua escrita e a forma como o fazia. Não sou a sua maior fã, mas tenho certeza de que este não vai ser o último livro de Saramago que vou ler.

agosto de 2022 25 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Leituras

"Semprechegamosaosítioaondenosesperam."

uma obra que eu agarraria se a visse numa livraria, mas estou contente por a ter lido, pois acabou por me ensinar várias coisas, inclusive a gostar da forma de narrar de Saramago, cheia de ironia e comentários sobre o futuro. Isso foi algo que tornou a obra muito melhor. Custa a entrar na história e há diversos momentos em que só desejamos que o elefante chegue de uma vez por todas ao seu destino, mas vale a pena e deixa qualquer um satisfeito quando termina. Mostrou me que vale a pena sair da nossa zona de conforto e que, quando o fazemos, podemos acabar por ser surpreendidos porque, para mim, foi isso que esta leitura me trouxe: uma boa e inesperada surpresa.

agosto de 2022 26 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Leituras

Achei que seria um final aberto, uma história para o leitor imaginar o futuro, como seria a vida de Solimão agora na Áustria, porém enganei me redondamente. O final foi realmente triste. Pobre animal! Gostaria de ter sabido o que aconteceu ao conarca depois de tudo espero que ele tenha conseguido voltar para Lisboa e reunir se com todos aqueles com quem compartilhou uma grande e divertida Concluindo,viagem.nãoseria

Trabalhos da turma do 2.º B, de Miranda do Douro “A ARTE DE LER PELA ARTE” STOPMOTION do conto “A ovelhinha Preta”, de Elizabeth Shaw Durante todo o ano letivo, a turma do 1º ano de Sendim (AS) desenvolveu o projeto “A Arte de ler Pela Arte”, no âmbito da disciplina de Área de Projeto, cujo produto final foi a produção e apresentação de um vídeo em Stopmotion sobre o conto “A ovelhinha preta”, de Elizabeth Shaw. A ideia surgiu devido à própria temática do livro/conto que se desenrola em volta de valores cívicos, como a necessidade de não discriminação da diferença, interpretada no conto pela personagem da ovelhinha preta, discriminada pelo cão pastor nas várias fases da história e contrariada pelo pastor que encarna na história os valores da amizade e compreensão pela diferença.Durante o 1.º e 2.º períodos foram construídas as várias personagens da história e as várias maquetas, com recurso a reutilização de materiais, estando a educação desenrolar do projeto. No 3º período, os alunos procederam à leitura/ dramatização da história e gravação de voz com recurso a meios audiovisuais. De referir que também aqui se pretendeu dar resposta ao projeto “Escola a Ler”, no qual o agrupamento se encontra inserido.

Na última fase do projeto, os alunos fotografaram os vários “frames” da história que, depois de terminada, foi apresentada aos Encarregados de Educação na Biblioteca da escola e publicada no Sapo Campus do Agrupamento e no blog da turma (https://turma 1as.blogspot.com). Foi uma grande aventura.

As Nossas Leituras AURORA ANTÃO Na Educação Literária, explorámos o livro O Elefante Cor de rosa, de Luísa Dacosta. É uma história muito bonita, que se passa num mundo pequenino, onde tudo é leve calmo e divertido. Experimentámos essa ideia, construindo o “nosso” elefante com um balão cor de rosa. Tal como o da história, era leve e “gracioso"…

Aguardamos ansiosamente o próximo número desta coleção onde, ao que apurámos, o autor fará a adaptação dos contos «A vindima» e «O vinho», publicados em 1944 em Contos da Montanha Trata se de uma obra essencial para o acervo de qualquer biblioteca, especialmente das bibliotecas escolares, já que poderá contribuir decisivamente para a iniciação dos mais jovens no universo literário desse grande vulto da nossa literatura que é Miguel Torga.

agosto de 2022 27 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Leituras

OS CONTOS DE MIGUEL TORGA ANTÓNIO SANTOS

Nas palavras de A. M. Pires Cabral, outro ilustre Transmontano que prefacia a obra, «O traço seguro de Jorge Marinho desenha as personagens com o mesmo pormenor (vejam se aqueles fios de barba!) e a mesma agudeza psicológica com que a mestria literária de Miguel Torga as descreve. Para dizer de outra forma: o desenhador faz justiça ao escritor Produzida».em edição de autor, muito ao jeito de Torga, este álbum conta com um excelente design de Umberto Nelson, com capa dura e papel de grande qualidade.

Foi lançada este ano uma coleção de banda desenhada que pretende ser uma nova abordagem aos contos de Miguel Torga. Trata se da adaptação de «Um roubo», publicado em 1941 em Contos da Montanha, e de «Natal», publicado em 1944 em Novos Contos da Montanha O autor, Jorge Marinho, artista plástico de formação, que se inicia nas lides da banda desenhada com esta obra, soube encarnar bem o espírito dos contos de Torga realizando vigorosas vinhetas a preto e branco, de página inteira, remetendo nos para a imensidão agreste das paisagens transmontanas retratadas nestes dois contos. Este formato permite lhe ainda realçar pormenores importantes para a narrativa, tanto ao nível dos traços fisiológicos das personagens como dos próprios cenários onde decorre a Interessanteação.

é também atentar no processo criativo utilizado pelo autor, residente ele próprio em Trás os Montes, já que utiliza quenagensperso-reaiscaracteriza e coloca nos cenários descritos nos contos, encenando a própria narrativa e garantindo assim um grande realismo à sua obra.

No dia 4 de junho, os alunos finalistas da EBS de Miranda do Douro reuniram se para um jantar de gala. Muito sucesso a todos! No dia 3 de junho, os alunos do 9.º ano da Escola Básica de Sendim foram presenteados com um jantar de finalistas. Estiveram presentes o Sr. Diretor, professores, funcionários, membros da Autarquia e Junta de Freguesia e da Associação de Pais. Aos nossos queridos alunos desejamos muito sucesso e uma vida feliz!

Última Página 28 JornaldoAgrupamentodeEscolasdeMirandadoDouro Jantares de finalistas

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