Considerações críticas sobre a ufologia

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indicação nesta delimitação que provoque o estudo de objetos móveis de origem humana terráquea, com exceção do processo científico da sua inicial identificação. Que é o ponto que irá sustentar a hipótese. Resumindo, se for identificado e confirmado sua origem terráquea acaba a investigação, porém, se não for identificado dentro dos padrões terráqueos a pesquisa continua. O problema, no entanto é a consideração de denominações leigas carregadas no citado parágrafo único do artigo segundo que esta sendo analisado, que além de identificar os “objetos móveis não identificados”, cria a superficial ideia que existe uma confirmação de origem do mesmo. Quando na verdade, não existe. É neste contexto que se observa a primeira falha do conceito e definição do objeto de estudo da Ufologia. Pois, se existem fenômenos comprovados por laudos, imagens reais e relatórios científicos, políticos e militares, que “não são identificados” cientificamente, por que a ufologia não consegue comprovar que existem fenômenos extraterrestres? A resposta deveria ser simples, mas é de difícil contemplação para muitos estudiosos da Ufologia. Pois, pelos muitos relatos e documentos observados em várias obras, documentários, textos religiosos, documentos históricos e relatórios, fica claro e objetivo a confirmação de um OMNI (objeto móvel não identificado), não de uma nave de origem extraterrestres. É neste sentido que o conceito norteador define um novo objeto de estudo: “seres de origem não terráquea”. Para ciência, apesar de muitas pesquisas serem empíricas, as respostas não podem ser fundadas em suposições absolutas. Ela deve ser baseada em elementos que existem e possuem uma definição plausível. Ou seja, em elementos identificados de fato. Neste contexto, para se provar que um OMNI é uma nave espacial extraterrestre é necessário ter um conjunto de provas inter-relacionadas: a nave (prova física parcial); laudo e relatório que a tecnologia, material e outros elementos sejam de origem indeterminada (prova analítica parcial); relatório oficial que ela foi avistada (relatos civis por diferentes meios), detectada (radar) e capturada (procedimento), histórico dos fatos (prova legal de veracidade da origem e ações do objeto em análise) (prova parcial); contra prova e perícia dos resultados (prova parcial). Ou seja, mesmo comprovando que o OMNI é real e é uma nave, e que possivelmente seja extraterrestre, não será possível concluir que ela tenha origem extraterrena. Pois, existe a prova de confrontação que é a prova complementar. Já que, para a nave ser extraterrestres ela necessariamente deve estar sendo pilotada por um ser de outro planeta de fato.

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