Reportagem USF Serra da Lousã

L.PT.GM.11.2013.0380

João Madeira

PUBLICIDADE W

A qualidade faz parte do ADN da Mylan

PUBLICIDADE PUBLICIDADE W W

_ P. 4

Publicações

www.justnews.pt Diretor: José Alberto Soares Mensal • Janeiro 2016 Ano III • Número 32 • 3 euros

dos cuidados de saúde primários

João Rodrigues, coordenador da USF Serra da Lousã, explica que a chamada qualificação da referenciação clínica é um aspeto fundamental da governação clínica nos CSP. E também diz que, por aqueles lados, se considera muito importante a felicidade e o bem-estar dos profissionais. _ P. 18/20

José Vaz Patto Referenciação para o IPR reduz custos no SNS _ P. 6

ESPECIAL

Endocrinologia _ P. 21/27

DOSSIER

Oftalmologia _ P. 29/34

USF Serra da Lousã

Em busca da qualificação da referenciação clínica

L.PT.GM.11.2013.0380

Programa Nacional da Diabetes juntou 54 UCFD

PUBLICIDADE W

Esta edição inclui um suplemento

P. 8/9

janeiro 2016

PUB

18 | Jornal Médico

Reportagem USF Serra da Lousã USF Serra da Lousã, Lousã

Uma aposta na qualificação da referenciação clínica e na felicidade e bem-estar dos seus profissionais A qualificação da referenciação clínica, que implica a discussão dos casos clínicos em equipa e com um consultor hospitalar, e a felicidade e bem-estar dos profissionais são duas das apostas da USF Serra da Lousã. João Rodrigues é o coordenador e realça a importância destas duas vertentes, que contribuem para prestar melhores cuidados aos utentes e para ter profissionais satisfeitos e empenhados.

“Na nossa USF, nenhum médico referencia um doente para o hospital sem discutir o caso com os colegas, na reunião semanal. Esta é uma das vertentes mais importantes da governação clínica nos CSP.” Quem o afirma é João Rodrigues, coordenador da USF Serra da Lousã, distrito de Coimbra, e que, atualmente, também preside à Associação Nacional das USF (USF – AN). O objetivo é debater os casos clínicos em equipa, “o que vai permitir referenciar apenas quando é necessário e otimizar o conhecimento dos profissionais de saúde”. É o que, segundo João Rodrigues, se chama a qualificação da referenciação clínica.

A USF Serra da Lousã iniciou a atividade em 19 de novembro de 2007 e passou a modelo B em 1 de outubro de 2008. Está integrada no Centro de Saúde da Lousã e no ACES Pinhal Interior Norte, dando acompanhamento a 9759 utentes, dos quais 19,36% são idosos (9,48% têm 75 anos ou mais). A área de atuação engloba quatro freguesias do concelho: Lousã (União de Freguesias de Vilarinho) e Casal de Ermio, Gândaras e Serpins (União das Freguesias Foz de Arouce). A população ativa corresponde a 59,98% dos inscritos, o índice de envelhecimento é de 116,60% e 26,43% são mulheres em idade fértil.

União | O Núcleo da Felicidade estreita relações e previne o burn-out

Inicialmente, esta USF estava situada no centro da vila, mas, como o edifício pertencia à Santa Casa da Misericórdia, mudou de local. Nem todos os utentes estão satisfeitos com essa mudança, contudo, isso não impede que continuem a achar que são “muito bem atendidos”.

Referenciar apenas quando é mesmo necessário A qualificação da referenciação clínica é uma aposta forte da USF Serra da Lousã. “É importante partilhar e debater os casos clínicos antes da referenciação e esta área nobre devia existir em todas as USF”, de-

fende o seu coordenador. E acrescenta: “Um dos defeitos da MGF é o isolamento, devemos aproveitar esta reforma para tomar decisões em equipa, só assim se consegue evitar a referenciação mal feita e ter verdadeiros cuidados de proximidade.”

Existe assim uma ligação entre a governação clínica e a formação. “É inevitável esta interligação, que traz benefícios para os profissionais de saúde, para os internos na sua formação e para os doentes, que se sentem satisfeitos por verem o seu caso discutido por vários clínicos.”

A reunião para debate dos casos clínicos é semanal e começa, pelo menos, 24 horas antes, através da internet. “Partici-

pam médicos, internos e a equipa de enfermagem também já está a ser incluída.”

E a aposta nesta vertente está a ser ganha.

“Somos uma das USF da região Centro que menos referencia para o hospital.” Os casos que mais exigem esta discussão estão ligados à Cardiologia, à Reumatologia, à Endocrinologia, à Pediatria e à Medicina Interna.

No caso da Pediatria, existe um protocolo diferente com o Hospital Pediátrico de Coimbra. “Temos um consultor hospitalar, que também participa nas discussões.”

João Rodrigues é um grande defensor da figura do consultor hospitalar. “Esperemos que, dentro em breve, possamos ter esta ajuda nas mais variadas especialidades.

Mais uma vez estou a falar em governação clínica, a vertente da reforma dos CSP que ainda não foi verdadeiramente implementada por ser necessário mudar mentalidades.”

Ainda a nível da governação, o coordenador da USF salienta os protocolos estabelecidos, que permitem trabalhar com uma nutricionista e com uma psicóloga clínica, sem que para isso haja contratação a tempo inteiro destas duas especialistas. “A Nutrição e a Psicologia são essenciais nos CSP, mas as necessidades existentes, atualmente, nesta USF não implicam a sua contratação a tempo inteiro.” E continua: “Quando estamos à frente de uma unidade é preciso analisar, de forma crítica e realista, as necessidades existentes e, se for caso disso, pode-se trabalhar apenas com protocolos. Não se deve temer esta forma de prestar cuidados.”

E foi com base nesta forma de trabalhar que se estabeleceu um protocolo com o Gabinete de Intervenção Familiar da Câmara Municipal da Lousã, para onde são encaminhados os casos que necessitam de apoio familiar. Ainda no âmbito deste acor-

Jornal Médico | 19 PUB

janeiro 2016

Reportagem USF Serra da Lousã

Significado do símbolo da USF:

Serra da Lousã – Escolhemos as iniciais “USF”, simbolizando os nossos utentes. As cores procuram retratar três das dimensões afetivas do nosso trabalho: verde dos campos e da serra – esperança e otimismo; amarelo ouro do Sol e cor da Lousã – a alegria e a satisfação que pretendemos alcançar; e lilás da qualidade – empatia e disponibilidade. Superiormente, o castelo – de Arouce-Lousã – representa a história da Lousã e o longo caminho a percorrer pela USF. do, às quartas e sextas, os utentes têm disponível uma psicóloga que se dirige à USF. João Rodrigues exemplifica: “No caso da obesidade, os doentes podem ter um acompanhamento semanal ou quinzenal – que faz toda a diferença na mudança de estilos de vida –, em vez de irem ao hospital a cada seis meses.” O mesmo acontece com a depressão. “É mais fácil ajudar estas pessoas quando se tem cuidados de proximidade, ou seja, na zona de residência. Os CHUC ficam apenas a 20 minutos de carro, mas sabe-se que é importante dar apoio no local onde se vive.”

No fundo, o que se pretende é “criar autoestradas com portagens qualificadas de discussão clínica”. E a MGF tem este potencial. “Só assim se consegue prestar os melhores cuidados.”

Núcleo da Felicidade para evitar o burn-out e uma USF sem hierarquia Para se prestar bons cuidados é preciso que todos os elementos que integram a USF – médicos, enfermeiros, secretários clínicos, assistentes operacionais – se sintam bem. “Realizamos várias atividades ao longo do ano, como caminhadas pela serra, jantares, almoços, atividades desportivas, vídeos, para que as pessoas se conheçam fora daqui e possam carregar baterias, evitando-se as situações de burn-out.”

O Núcleo da Felicidade existe quase desde o início da USF. “Começámos a perceber que era essencial apostar nesta via, tendo em conta a exigência e responsabilidade do nosso trabalho.”

Este Núcleo revela ainda outra faceta da USF Serra da Lousã. “É um dos núcleos facilitadores, porque não temos interlo-

Lema da USF: “Numa Prática Autónoma e Responsável, Reforçar a Qualidade – Pretendemos capacitar-nos a assumir uma verdadeira autonomia responsável e participada no esforço de todos para uma melhor saúde dos Lousanenses.”

João Rodrigues, coordenador:

“Tive a sorte de conhecer José Luís Biscaia e António Rodrigues, que me mostraram o que é realmente a MGF” Desde cedo que João Rodrigues, de 51 anos, quis ser médico. A opção pela MGF aconteceu, pode dizer-se, quando teve “a sorte de conhecer José Luís Biscaia e António Rodrigues, dois médicos de família que me mostraram o que é realmente a MGF”. “A globalidade, a continuidade de cuidados e o trabalho de proximidade atraíram-me para esta especialidade.”

Sempre foi um homem de lutas e, por acreditar que a MGF tem “um grande potencial e pode fazer a diferença nos cuidados de saúde”, envolveu-se na reforma dos CSP. “Fui convidado e aceitei fazer parte da Unidade de Missão para os Cuidados de Saúde Primários (UMCSP), em 2005, e não estou nada arrependido.”

Atualmente, é também presidente da USF – AN, relembrando que a reforma não está completa. “E a governação clínica? E a implementação de mais UCC, URAP, USP, etc.?”, pergunta.

A luta por causas começou a fazer parte da sua vida desde cedo. No 5.º e

6.º anos foi delegado de turma e na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra fez parte da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, que na altura era considerada a “8.ª Faculdade da Universidade de Coimbra”. Para João Rodrigues, a luta e a defesa de boas políticas de saúde é fundamental, “porque na saúde não há cores políticas, mas boas práticas que contribuem para a qualidade dos serviços prestados aos utentes e para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”.

Ao longo destes anos, acredita que aprendeu bastante com todas as iniciativas em que participou. E a principal lição foi o que é ser oposição. “Não se pode criticar sem conhecimento da matéria e sem se estar pronto para agir. E tudo isto implica trabalhar em equipa, sozinhos não fazemos nada”, garante.

Mesmo com muitas atividades, tem sempre tempo para si. “Gosto de participar em corridas.” E com três filhos, duas gémeas de 14 anos e um rapaz de

17, também tem de dar atenção à família, mas, “com uma boa organização e gestão do tempo, tudo é possível”.

Vanessa Vigário, psicóloga clínica:

joana canais, interna:

“Acredito muito nos cuidados psicológicos de proximidade”

“Sentimos que fazemos parte da equipa”

Como uma das apostas da USF Serra da Lousã é a promoção da saúde mental, foi estabelecido um protocolo com o Gabinete de Intervenção Familiar da Câmara Municipal da Lousã. Além do acompanhamento de determinados casos seguidos neste gabinete, às quartas e sextas está sempre presente, na USF, uma psicóloga clínica. É Vanessa Vigário que, atualmente, abraça este projeto e que dá apoio a várias pessoas da região.

“Há diversos casos de depressão, por causa do isolamento e do luto patológico, embora também receba situações clínicas de perturbação da ansiedade e de fobias.”

Para Vanessa Vigário, “é muito agradável e um desafio fazer parte deste projeto.

Acredito muito nos cuidados psicológicos de proximidade, porque é uma forma de se conseguir dar um apoio mais frequente”. No seu entender, também é mais fácil levar as pessoas a aderir à terapia. “Como estão próximas de casa, não precisam ir para Coimbra.

São apenas 20 minutos até ao CHUC, mas para quem está deprimido, por exemplo, isso pode implicar algum esforço e uma certa resistência em continuar o tratamento.”

É interna há quatro anos na USF Serra da Lousã. É de Coimbra e, após ter estudado e estagiado em unidades de Lisboa, voltou à região Centro. Joana Canais só ainda não terminou o internato por ter sido mãe e está muito satisfeita por fazer parte desta USF. “Na faculdade, sabe-se que é das melhores e tem sido uma experiência muito boa, porque todos somos importantes, os internos conseguem apresentar proje-

Mas, como se costuma dizer, “nem tudo são rosas. “Inicialmente, foi necessário quebrar a ideia de que só os ‘maluquinhos’ é que vêm ao psicólogo.” Nada que não se tenha ultrapassado…

Pessoalmente, como psicóloga, considera que tem evoluído em termos profissionais. “Na USF, apoio pessoas de todas as idades, o que me ajuda a ter uma perspetiva mais global em termos da Psicologia, obrigando-me a estar sempre atualizada.”

tos… sentimos que fazemos parte da equipa.”

Joana Canais tem conhecido, nos últimos quatro anos, a realidade de ser médica de família no meio rural. “É uma experiência muito boa, mas exigente. Os hospitais não estão tão perto como em Lisboa e acabamos por prestar mais cuidados. É uma grande aprendizagem.”

A equipa não tem uma hierarquia formal, mas para a interna isso é positivo. “A organização é muito boa, como interna sei bem o que devo fazer e nunca me senti excluída, pelo contrário, abrem-me portas. Por exemplo, acho muito importante poder fazer parte da discussão dos casos clínicos dos nossos doentes na reunião semanal.”

E prova dessa abertura aos internos é também a existência do Núcleo de Formação e Investigação, organizado pelos internos, onde se apresentam projetos e se dão a conhecer casos importantes que surgem nas revistas científicas ou em eventos.

20 | Jornal Médico

janeiro 2016

Reportagem USF Serra da Lousã

Ana paula esteves, secretária clínica:

“Não há valorização pessoal, mas a de todos, em conjunto”

João Fernandes, enfermeiro, membro do Conselho Técnico (CT):

Ana Paula Esteves é secretária clínica e já fazia parte do antigo Centro de Saúde da Lousã. “Conheço bem a diferença entre esse modelo e o da USF, este último é muito melhor, principalmente para os utentes”, frisa.

As longas filas de madrugada para se conseguir uma consulta já não são uma realidade, existe uma maior aproximação, que agrada aos utentes. “Tra-

É enfermeiro de família e faz parte do Conselho Técnico da USF. João Fernandes trabalha desde 1995 na região, tendo feito parte do Centro de Saúde da Lousã. “Já na altura era enfermeiro de família, logo, não senti que houvesse grandes mudanças em termos de trabalho”, refere. Mas sente que a equipa estreitou laços e que a organização está muito melhor: “Somos, realmente, uma equipa, rumamos todos no mesmo sentido.”

O facto de todos os enfermeiros fazerem todas as áreas também o satisfaz. "Todos estamos preparados para fazer o que for necessário, cumprindo a nossa carteira de serviços e o plano de atividades.”

Ser enfermeiro de família e trabalhar numa USF é, para si, muito gratificante.

cutores, trabalhamos todos mesmo em equipa.“ João Rodrigues explica: “Nesta unidade, não existe uma hierarquia pré-estabelecida, mas três grupos de profissionais, mais um, o dos assistentes operacionais. Todos têm direito a votar nas questões relacionadas com a USF no seio do Conselho Geral.”

O próprio coordenador é eleito para um mandato de um ano, além de existir o Conselho Técnico, representado por uma médica e um enfermeiro.

balhar numa USF é mais exigente, mas também se presta um serviço melhor, integrado numa equipa que tem um objetivo comum: melhorar os cuidados.”

Na prática, “não há valorização pessoal, mas a de todos em conjunto”. Para Ana Paula Esteves, “é muito mais aliciante e dá mais satisfação saber que se tem determinados objetivos comuns e que todos rumam no mesmo sentido.”

Quanto ao ambiente de trabalho, como a equipa atual já vem, na sua maioria, do centro de saúde, todos se dão bem. Mas, reconhece, “o modelo USF contribuiu para uma maior aproximação dos profissionais das diferentes áreas”.

O facto de trabalhar numa USF que tem um Núcleo da Felicidade também ajuda. “É ótimo! Todos temos momentos de grande cansaço, como em qualquer profissão, e é sempre bom participar em atividades que nos permitem conhecer os colegas, sem ser em ambiente profissional, e que nos ajudam a espairecer.”

“Cada USF deve saber como se organizar e, como somos poucos, verificamos que esta é a melhor forma de trabalhar em equipa. Inevitavelmente que se escolhe um representante para cada área, mas, na prática, todos exercemos diferentes tarefas.”

Além do Núcleo da Felicidade, existem ainda os da Contratualização, Monitorização e BI da USF, Instalações e Humanização da USF, Processo de Acreditação (@Acredita) e Auditorias Internas, Gestão do Material Clínico, Viaturas (limpeza, uti-

“Já era enfermeiro de família, não senti grandes mudanças”

lização, combustível, etc.), Jornal da USF, Página Web da USF e Informática.

O plano de ação atual está a terminar e já se encontra em discussão o dos próximos dois anos. “Ainda estamos a debater várias questões, porque discutimos também com parceiros da comunidade para estabelecer articulações. Já é certa a criação de uma consulta de avaliação dos jovens na área do desporto, ou seja, todos os que estão a praticar atividade física nos clubes da região vão ser seguidos nesta consulta”, refere João Rodrigues. Espera-se ainda otimizar a articulação com os CHUC, especialmente na área da Cardiologia e da Pedopsiquiatria.

Afinal, a governação clínica não deve ser descurada, porque “é uma das vertentes mais importantes da reforma dos CSP”.

“Conhecemos as famílias nas diferentes fases da vida, desde o nascimento à morte, sabemos quais as suas características biopsicossociais, e isso contribui para a cumplicidade e confiança que existe entre nós e os utentes.” João Fernandes gosta ainda de realçar que as pessoas têm disponíveis os horários de cada enfermeiro, onde constam as horas de todas as atividades e o telefone do gabinete/enfermeiro.

Os tratamentos no domicílio são outro aspeto positivo. “É um trabalho muito importante e que é facilitado pelos excelentes cuidadores que estão nos centros de dia.”

Olhando para o futuro, deseja que a USF Serra da Lousã continue a ser uma referência e que o projeto de enfermeiro de família, que está atualmente em discus-

Ana Soares, médica, membro do CT:

“A melhoria é contínua” Ana Soares entrou para o Centro de Saúde da Lousã em 2006, mas ainda acompanhou as reuniões para a implementação do modelo USF. Médica de

Testemunhos

Dar a palavra aos utentes Orlando de Almeida 78 anos, Lousã

Sandra Pereira 37 anos, Lousã

Humberto Rego 66 anos, Lousã

são a nível nacional, seja uma realidade.

“Infelizmente, não tem havido articulação entre as várias entidades de saúde, o que é pena, porque o enfermeiro de família deve ser reconhecido como tal”.

MGF, faz parte do Conselho Técnico, estando responsável pela análise dos questionários de satisfação. “Em parceria com o Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra, Gabinete do Cidadão do ACES PIN e da Comissão de Utentes da USF, auscultamos, regularmente, os nossos utentes.”

Comparando a atual realidade com a do centro de saúde, considera que é “muito mais vantajoso trabalhar em modelo USF, porque a melhoria é contínua, rumamos todos para o mesmo lado e trabalhamos realmente em equipa”. O facto de não existir uma hierarquia formalizada na USF Serra da Lousã também ajuda à criação deste “espírito de equipa”.

Maria Eugénia Antunes 63 anos, Lousã

Ficha técnica

“Muito contente, o serviço funciona muito bem e gosto muito do meu médico. Funciona bem na acessibilidade, embora ficasse mais perto quando estava no centro da vila. Mas o balanço é muito positivo, pois, não há tempo de espera e marcam-se as consultas com facilidade.”

“Já pertencia ao Centro de Saúde da Lousã. A mudança para USF foi muito boa, nota-se que melhoraram bastante o atendimento, a marcação de consultas e os cuidados de urgência que podem ser feitos aqui. A minha filha faz muitas bronquiolites e não preciso ir para o hospital, porque fazem o mesmo que lá, com a vantagem de estar perto de casa, sem confusões e com menos vírus.”

“Já aqui sou seguido há alguns anos e gosto muito do atendimento. É excelente, não preciso vir de madrugada para marcar consulta. Se tiver consulta marcada espero, no máximo, 15 minutos e, sem marcação, 30 minutos.”

“Gosto muito desta USF. Sou seguida há muitos anos, desde que havia o centro de saúde no centro da vila. Aliás, a única coisa que acho que piorou nos últimos anos foi a mudança das instalações. Os transportes não são bons e as pessoas idosas têm dificuldade para chegar aqui.”

Caracterização da população inscrita na USF: N.º de utentes: N.º de idosos: N.º de crianças e jovens: N.º de mulheres em idade fértil: Total de nascimentos:

9760 1889 1940 2700 70

Total de consultas médicas: Contactos diretos e indiretos: Damos resposta a todos os pedidos de situação aguda no próprio dia, marcamos consultas programadas em 5 dias e damos resposta aos contactos indiretos, no máximo, em 72 horas.

Domicílios médicos: 320 (média) Total de contactos de enfermagem: Visitas domiciliárias:

1500 (média)