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CentenáriodeEugéniodeAndrade

Nascido em Póvoa de Atalaia, Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, é proveniente do Concelho de Fundão. Considerado por muitos um dos mais céleres poetas contemporâneos portugueses, tendo sido galardoado em vastíssimas premiações - Prémio Europeu de Poesia, Prémio Camões (2001, o mais recente), Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, Prémio Jean Malrieu - entre as demais, Eugénio de Andrade completaria, no passado dia dezanove de janeiro de dois mil e vinte e três, cem primaveras de Vida e, Hoje, extensa Obra.

Em homenagem ao seu legado, da aura imortal daquele que é descrito como eterno ‘poeta’ do imaginário popular, constituiu-se a Comissão promotora das comemorações do centenário de Eugénio de Andrade, composta por Carlos Mendes de Sousa, Federico Bertolazzi, Joana Matos Frias, José Tolentino Mendonça, com o intuito de organizar um congresso internacional sobre o Poeta que se realizará em Lisboa, de 11 a 13 de outubro do presente ano Também terão espaço exposições, concertos, ciclos de leituras e conferências em sua Memória. O autor faleceu a 13 de junho de 2005, naquela a que chamamos de cidade Invicta, mas o seu valor é imensurável junto da poesia nacional bem como do panorama internacional

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É urgente o amor. É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras, ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas.

É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz impura, até doer.

É urgente o amor, é urgente permanecer.

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