O SÃO PAULO - edição 2975

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Geral

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 22 a 28 de outubro de 2013 PMSP

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ANO DA FÉ

Venezuelana dissemina fé reavivada na JMJ Rio-2013 ros, a porta da Venezuela está sempre aberta.” Jovem engajada pastoralmente em sua cidade, onde 89% “Graças ao Seda população é de católicos (no nhor, por estes País, quase 93% da população dias maravise declara cristã, a maioria calhosos!” Com tólica), Cinthya saiu da Jornada essa mensaanimada para a evangelização. gem postada “Acredito que a Jornada avivou na mídia soessa missão de ir ao mundo, cial Facebook, pois de tudo que se vive aqui a venezuelana Cinthya Arraez (foto), 25, resu- só fica o amor, e o amor que miu a felicidade de ter partici- recebemos na Jornada temos pado pela primeira vez de uma que levar a todas as pessoJornada Mundial da Juventude, as e a toda a Igreja”, avaliou. Segundo Cinthya, a juvena realizada no Rio de Janeiro, tude venezuelana vivencia em julho deste ano. a fé não só nos templos, mas nas Nós [juventude venezuelana] situações cotidiatemos que nos formar mais, nas. “Somos uma conhecer melhor a fé para juventude animada, que vive a fé comunicá-la bem. Acredito a partir do que faz que ainda falta esse maior todos os dias, em conhecimento, enraizamento na nossos estudos e fé, como já tinha dito aos jovens trabalhos, sempre se doar ao de todo o mundo o papa Bento 16 para Cristo com muita na JMJ de Madri em 2011 alegria.” ComparanNatural da cidade de Va- do a vivência da fé dos jovens lencia, um dos principais polos venezuelanos com aquilo que industriais da Venezuela, país viu e ouviu durante o período sul-americano, Cinthya foi à de quase um mês que permaJMJ Rio-2013 com um grupo neceu no Rio de Janeiro para a Jornada (chegou em 12 de de 31 jovens. “A Jornada Mundial da Ju- julho, retornou à Venezuela em ventude foi maravilhosa, uma 7 de agosto), Cinthya teve uma experiência muito boa. As certeza. “Nós [juventude venepessoas no Brasil foram mui- zuelana] temos que nos formar to acolhedoras. A imagem do mais, conhecer melhor a fé Cristo Redentor realmente foi para comunicá-la bem. Acrepara nós a imagem do povo do dito que ainda falta esse maior Brasil, que nos recebeu com conhecimento, enraizamento os braços abertos”, comentou, na fé, como já tinha dito aos ao O SÃO PAULO, disposta a jovens de todo o mundo o papa retribuir o carinho com que foi Bento 16 na JMJ de Madri em acolhida. “A todos os brasilei- 2011.” Daniel Gomes Redação

Mais de 2,8 mil pessoas candidatam-se ao Conselho Participativo Municipal; eleições estão marcadas para 8 de dezembro

Por nova política, católicos candidatam-se em Conselho Possibilidade de democracia participativa em São Paulo é vista com esperança por candidatos e dom Milton Kenan Júnior Daniel Gomes Redação

Em 8 de dezembro, os eleitores da cidade de São Paulo poderão eleger os 1.125 integrantes do Conselho Participativo Municipal, organismo autônomo da sociedade civil reconhecido pela Prefeitura, que exercerá, em cada uma das 32 subprefeituras, o controle social das ações do executivo. Cada conselho será composto de 19 a 51 membros não remunerados, com dois anos de mandato. A divulgação do nome dos

candidatos acontecerá no dia 28 deste mês, mas já se sabe que 2,8 mil pessoas se candidataram, entre as quais leigos engajados em pastorais e paróquias da Arquidiocese de São Paulo. Renê Roldan, 66, é um deles. Membro da Pastoral Fé e Política e atuante na Paróquia São João Batista, na Vila Carrão, zona leste, ele concorrerá a uma das 26 vagas do conselho da Subprefeitura de Aricanduva. “Desejo contribuir de forma cidadã, movido pelo exemplo de Jesus Cristo e pelo impulso do Espírito Santo”, revelou ao O SÃO PAULO. “Tenho consciência plena de que esse modelo de Estado que temos está superado e não atende mais às necessidades da sociedade”, avaliou. Ele disse esperar, ainda, que a eleição seja amplamente divulgada nas paróquias e organismos da Arquidiocese e ressaltou que os católicos têm o compromisso de levar boas práticas ao ambiente polí-

CONSELHO PARTICIPATIVO MUNICIPAL

O que é? É um organismo autônomo da sociedade civil reconhecido pela Prefeitura de São Paulo. Trata-se de um espaço consultivo e de representação da sociedade nas 32 subprefeituras da cidade, tendo a atribuição de controle social das ações do executivo, em questões como a execução orçamentária, evolução dos indicadores de desempenho dos serviços públicos, execução do Plano de Metas da cidade. Os conselheiros também podem sugerir ações e políticas públicas para as subprefeituras onde estão.

Composição De 19 a 51 conselheiros em cada uma das subprefeituras, proporcionalmente à quantidade de habitantes. Ao todo serão 1.125 conselheiros, não remunerados, com mandato de dois anos, com a possibilidade de uma reeleição consecutiva. A votação Acontecerá em 8 de dezembro de 2013, em postos de votação nos 96 distritos da cidade. Haverá o uso de 10 mil urnas eletrônicas. Poderão votar todos os eleitores da cidade de São Paulo maiores de 16 anos, mediante a apresentação de título de eleitor e documento oficial com foto. Cada pessoa poderá votar em até cinco candidatos. Saiba mais www.conselhoparticipativo.prefeitura.sp.gov.br

tico, “fiscalizando e denunciando as ações que contrariem os interesses da população em geral, e de modo especial dos mais necessitados”. Compromissos similares tem Jéssica Delmira de Souza, 19, atuante no grupo de Vicentinos e na Pastoral da Crisma da Paróquia Imaculado Coração de Maria, na zona noroeste, e que disputará uma das 40 vagas do conselho da Subprefeitura Freguesia/Brasilândia. “Pretendo ajudar as pessoas a expressar suas opiniões para assim alcançarmos o objetivo de melhorar cada vez mais o nosso bairro.” Para dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese e referencial do Serviço da Caridade, Justiça e Paz, a criação do Conselho Participativo Municipal mostra a disposição da Prefeitura de envolver a sociedade na discussão e superação dos problemas da cidade, mas, segundo ele, “não basta criar os conselhos, será preciso vontade para implementar políticas públicas que atendam às expectativas e necessidades da população representada pelos conselheiros, ou seja, liberação de verbas e aplicação de recursos para que os projetos tornem-se realidade”. Ainda de acordo com o Bispo, a Arquidiocese vai aguardar o resultado das eleições para ter um possível encontro com os futuros conselheiros católicos ou ligados às paróquias, mas desde já destaca que “será de grande importância se nossas comunidades se envolverem na eleição dos membros deste conselho, levando em conta o papel que terá este órgão para a vida do município de São Paulo”.

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