Igreja em Ação Pastoral afro
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 6 a 12 de agosto de 2013
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bioética
Não tenho ouro nem prata, mas trago Jesus Cristo! A cruz vermelha Coordenador da Pastoral Afro da Arquidiocese de São Paulo
Guilherme Botelho Junior
A já inesquecível visita do papa Francisco legou exemplos e testemunhos através das mensagens de otimismo, tão necessária nesta época de dificuldades. Sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Foi sua exortação no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A postura adotada pelo chefe da Igreja Católica vem ao encontro da sua atitude sóbria e simples, ao dispensar protocolos de chefe de Estado, e ao desfilar em veiculo popular com as janelas baixadas, evitar todo e qualquer tipo de ostentação, se aproximando da simplicidade dos fiéis peregrinos de todo o mundo, presente e representado no Rio de Janeiro. A juventude foi o foco e o cen-
tro de suas mensagens. Transmitiu-lhe valores duradouros de espiritualidade, perseverança, alegria, esperança e que não permanece insensíveis às desigualdades. Dessa maneira contribuem para acabar com as injustiças e todas as formas de preconceito e intolerância, válidas para os jovens de qualquer idade, ao proclamar: a medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os necessitados. A fervorosa manifestação de acolhida do povo brasileiro demonstra também o quanto o nosso povo é carente e despossuído de amparo, segurança, fraternidade e solidariedade que governantes e autoridades do País não proporcionam. Através de simpatia, alegria, humildade, simplicidade, e carisma, Sua Santidade conquistou milhares de pessoas em apenas sete dias de convivência pacífica e equilibrada, a despeito das falhas na organização, infraestrutura e da intempérie.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio, primeiro papa jesuíta, empregou em sua visita pastoral e peregrina ao Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude uma forma eminentemente franciscana, adotando um discurso em que a simplicidade de palavras e raciocínio, marcado pelo objetivo de priorizar os desvalidos de saúde, de fé ou de governos que não sejam corruptos. Tudo com sutileza, sob a empatia do bispo alegre, símbolo de seu pontificado. Acolhamos com vigor o profetismo do papa Francisco, relator do Documento do Celam de Aparecida (2007) um dos pilares do seu pontificado: o futuro exige de cada um de nós uma visão humanista que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismo e erradicando a pobreza. Esse é o objetivo em torno do qual devemos nos unir. Na vida cristã, são essenciais a oração, a humildade e o amor a todos. Esse é o caminho...
espaço do leitor
Obrigado, papa Francisco! O papa Francisco deu o rumo que a nossa Igreja deve seguir, espero que realmente nossos padres sejam mais pastores do que “gerentes” como o próprio papa Francisco disse.
Gente eu amei! Pois o jornal O SÃO PAULO foi legal com essa cobertura da JMJ! É sinal que a mídia gostou também! Eu vibrei com isso! Pois participei através dos meios de comunicação: TV e Jornais! Ah, Revistas também!
Angelo Calandrino
Aurea Maciel
Sábias palavras. Roguemos ao nosso Pai São Bento a proteção divina para toda a Igreja, em especial o alto corpo clerical católico e nosso bom pastor, papa Francisco. Irmão Miguel Fernando, obl. OSB
Novo formato do jornal
Adorei essa capa. Parabéns! Marly Palmieri
Meu nome é Angelina, quero parabenizar a equipe toda do jornal O São Paulo pela reformulação do jornal, mais conteúdo, menor o tamanho enfim tudo de bom, parabéns! Abraços. Angelina Maria Manzini Rodrigues
Com este novo layout, o jornal ficou muito mais atrativo. Parabéns para todos da redação. Alessandra Brito
Gostaria de parabenizar todos os profissionais do O SÃO PAULO pelo empenho e dedicação que faz com
que o j ornal traga sempre muita informação e notícias. Gostei muito da matéria que fala sobre a redução da maioridade penal, achei superinteressante o relato da mãe que têm um filho na Febem. Acho que todos devem visitar lá antes de darem opiniões sejam elas quais forem. Durante a Jornada Mundial, mandei um texto sobre minha paróquia, falando de como estava sendo a Semana Missionária, fiquei muito contente de vê-lo publicado. Quero parabenizar novamente todos pelas excelentes matérias do JMJ no Rio de Janeiro Michele Pereira de Lima – Paróquia Santa Zita, Região Episcopal Santana
Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP. 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO
camiliana e a cruz vermelha internacional (I) padre leo pessini
Existem duas cruzes vermelhas, mundialmente conhecidas, símbolos de heroísmo e cuidado da vida e saúde humana e que marcam a história da humanidade. Trata-se da cruz cristã de Camilo de Lellis (1550-1614), conhecida como cruz vermelha camiliana, que significa doação de vida, compaixão e cuidado dos doentes e a Cruz Vermelha Internacional (1863) – cujo símbolo, uma bandeira branca com uma cruz vermelha com as quatro hastes iguais, que nasce para socorrer os feridos de guerra e que hoje também presta um serviço imprescindível para além de situações de guerra, também socorre vítimas de catástrofes naturais. A cruz vermelha camiliana tem uma história bastante original. Narram os historiadores da vida de São Camilo, que a mãe de Camilo, Camila Compelis, antes de dar à luz, teve um sonho, no qual viu seu filho com uma cruz no peito, de cor vermelha, seguindo por um bando de jovens, com o mesmo distintivo. O sonho a deixou inquieta, pois pensou que seu filho acabaria sendo um chefe de um bando de gente do mal, bandidos. E morreu com esta preocupação, quando Camilo tinha apenas 13 anos e já dava amostras de um estilo de vida nada edificante. A interpretação do sonho pela própria mãe mostra-se falha, pois Camilo vai criar um distintivo para um grupo de homens de bem. Foi o próprio Camilo de Lellis que idealizou este distintivo para os seus seguidores, a Ordem dos Ministros dos Enfermos, para diferenciá-los das diferentes congregações daquela época, pois esta tinha uma finalizada específica, distinta e diferente das demais congregações. No início, o hábito dos camilianos era igual ao dos padres seculares daquela época. O papa Sisto 5º, que aprovou a obra de Camilo, também atende a solicitação de Camilo de usar na batina e no manto, no lado direito do peito à uma cruz vermelha. Como a congregação desenvolvia um trabalho específico, merecia um distintivo próprio. No dia 29 de junho de 1586, festa de São Pedro e São Paulo, Camilo e um grupo de camilianos utilizaram pela primeira vez em público o hábito camiliano com a bela cruz vermelha no peito, na praça de São Pedro, em Roma, oficializada por Sisto 5º, três dias antes. O povo ficou impressionado, muitos se perguntavam ao verem esta novidade, homens com a cruz vermelha no hábito: Quem são estes homens? O que fazem? E de onde vêm? ( Continua na proxima edição)
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