Jornal Na Jogada mês de Janeiro/2012

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Fotos de Léo Borges

Cabo Frio – Janeiro de 2012 – Ano V – Edição nº 21 – Distribuição Dirigida – www.najogada.com.br

Coração tricolor Com a história profissional intimamente ligada à Cabofriense, o goleiro Flávio é o principal destaque do Tricolor Praiano em mais uma caminhada para retornar à primeira divisão do Rio. O jogador faz um balanço dos 15 anos no clube em reportagem especial nas páginas 6 e 7

Fest Verão

Torneio de São Pedro atrai público, patrocinadores e craques como Madjer, que já foi considerado o melhor jogador de futebol de areia do mundo. O português está defendendo o Vovô Lima na competição. Página 9

Grêmio Samburá Rio 2016

Clube do Segundo Distrito tem sonhos altos para as próximas temporadas: além de se estabelecer no cenário do futsal de Cabo Frio, quer disputar competições nacionais. Páginas 10 e 11

Secretário de Esportes, Eliseu Pombo, celebrou a confirmação do credenciamento de Cabo Frio como cidade-anfitriã para os Jogos Olímpicos de 2016. “A conquista é de toda a cidade”, afirmou. Página 3


opinião

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Olá amigos, gostaria primeiramente de deixar aqui na coluna os contatos do nosso jornal. Podem mandar emails para contato@najogada.com.br ou leo@najogada.com. br. Vamos interagir. Precisamos das críticas, das idéias, dos elogios, para que possamos continuar crescendo junto com vocês. Somos o único jornal esportivo do interior do estado e é importante essa comunicação.

Cabo Frio na rota olímpica Quero parabenizar a toda equipe da Secretaria de Esportes de Cabo Frio. Sei da luta que foi para que a cidade fosse selecionada para ser uma das cidades-anfitriãs das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. A divergência que tenho sobre alguns projetos da pasta é apenas no campo das idéias, jamais pessoal. Respeito muito o sr. Eliseu Pombo, com quem sempre tive bom transito e que sempre me atendeu muito bem e tenho um carinho enorme com praticamente toda sua equipe, composta por alguns amigos pessoais. Além dessa conquista que trouxeram para a cidade, tenho que parabenizar a forma que vem conduzindo o projeto Novo Cidadão. Parabéns, pois estão fazendo algo grandioso para o esporte e educação da nossa cidade, tirando muitas crianças das ruas. É assim que o esporte deve funcionar como grande ferramenta social. A Secretaria de Esportes fez sua parte, o prefeito Marquinho e o chefe de gabinete, Alfredo Gonçalves, também ajudaram bastante para que esse sonho se tornasse realidade. Agora chegou a nossa vez de assumirmos esse compromisso com Cabo Frio. Não falo isso apenas como imprensa, já que meus veículos de comunicação (Jornal, site e TV) sempre cobriram e falaram do nosso esporte, mas falo como cidadão dessa terra que tanto amo. Temos que assumir o “orgulho cabofriense”, como disse o Kléber Veríssimo, na coletiva para anunciar Cabo Frio como cidade-anfitriã. Temos que fazer a nossa parte, não podemos esperar apenas pelo poder público. Se cada um fizer sua parte, Cabo Frio vai ser ainda mais divulgada e quem ganha é a gente. A união do poder público, com o privado, com a mídia, com a população só vai ajudar nesta conquista. E o mais importante, o legado será nosso. Teremos investimentos em infra-estrutura, em equipamentos esportivos, em capacitação profissional e principalmente, no desenvolvimento do esporte da nossa cidade. Não vamos perder tempo, ajude como puder. Vamos divulgar Cabo Frio como um dos grandes pólos para os Jogos Olímpicos.

Cabofriense - Vai começar a Série B e o tricolor praiano montou um bom time no papel. Vamos ver se vai dar liga. Por enquanto não dá para fazer muitas previsões, pois o time foi irregular nos amistosos preparatórios. Ganhou e empatou com time de primeira divisão, empatou com time de terceira divisão, não foi bem em outras partidas, enfim, não mostrou ainda um futebol convincente, algo que tenho certeza que acontecerá com o decorrer do tempo. A torcida é sempre pelo bem do clube. Basquete – É a única modalidade que trabalhou – e muito – nessas férias. Com atividades quase que diárias, a Liga de Basquetebol de Cabo Frio vai mostrando um novo método de gestão do esporte, através do gerente executivo, Guilherme Kroll. Experiente dirigente esportivo tem idéias importantes que podem alavancar não somente o basquete da cidade, mas outras modalidades também. Acompanhei de perto essas atividades, que levaram mais de mil crianças a conhecer e gostar do basquete. É um importante passo. Outros passos serão necessários. Parabéns ao presidente Fábio Costa e ao próprio Guilherme Kroll. Sei que tem muitas pessoas insatisfeitas com a gestão passada do Fábio. Não acompanhei de perto, como estou fazendo agora, por isso fica difícil eu emitir alguma opinião da gestão passada. Mas o novo trabalho está sendo bem feito e conduzido. Até a próxima edição!

(*) Léo Borges começou sua carreira em 2006, com o site Na Jogada. Passou pelas rádios Costa do Sol e Sucesso, pelos jornais Lagos Jornal e Folha dos Lagos e nas TV’s Lagos (Canal 7), Cabo Frio TV (Canal 10) e atualmente na Jovem TV (Canal 8). Escreveu matérias para sites como O Lance!, Jornal dos Sports, O Dia, Jornal do Brasil online, dentro outros sites e jornais esportivos.

Expediente

Jornal Na Jogada

Uma publicação de NaJogada Comunicações Ltda. CNPJ: 13.429.272/0001-53 Fundador e editor: Léo Borges email: leonajogada@hotmail.com Jornalista responsável: Roberta Costa - MTB: 30034-RJ Diagramação: Eliana Lopes / Redação e Projeto Visual: Anderson Lopes Publicidade: Henrique de Oliveira, Vladimir Rojas, Eliana Lopes e Anderson Lopes Colaboradores: Luana Macêdo, Dayanne Neves, Luis Soares e André Santos Impressão: Areté Editorial Jornal Lance - 3 mil exemplares Obs.: Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

NA JOGADA - Janeiro/2012

Novo ano, velhas lutas 2012 começa ainda devagar para o esporte local – com exceção do já tradicional Fest Verão em São Pedro, e das iniciativas de oficinas de minibasquete desenvolvidas pela LBCF. Apesar de termos um litoral lindo, uma praia com boa extensão de faixa de areia, não damos muita importância para os esportes de verão e no verão. É uma questão cultural que eu não consigo explicar muito bem, mas que é de difícil modificação. Com o ano novo, algumas notícias boas chegaram. A principal delas parece ser a do credenciamento de Cabo Frio para ser cidade-anfitriã nos Jogos Olímpicos de 2016. Isso significa, na realidade, que a cidade pode oferecer suas instalações esportivas para delegações que queiram se preparar no período de aclimatação para os jogos. Que a notícia é relevante, não tenho dúvidas. Agora, todo mundo precisa fazer a sua parte. E passa por uma mudança muito mais ampla que a da parte esportiva. Precisamos buscar a melhoria a rede hoteleira; a capacitação do pessoal do comércio para receber turistas, com cursos de idiomas e de bom atendimento. Em relação ao Poder Público, é imperativo buscar soluções para a mobilidade urbana – que já se torna um problema real na cidade, mesmo na baixa temporada. E na parte esportiva, queremos a ampliação da prática esportiva na cidade, que passa pela reforma das praças (pra quem não sabe, Cabo Frio tem hoje mais de 50 quadras esportivas em praças públicas, boa parte delas sem atividades esportivas e/ou em más condições de utilização). E claro, não vou deixar passar: o ginásio Aracy Machado PRECISA ser reinaugurado logo. Afinal de contas, não podemos nos vangloriar com os vizinhos e amigos de termos uma casa bonita, que pode

receber visitantes de todo o mundo, se nossa sala de estar não pode ser utilizada nem mesmo por quem mora aqui. Não há mais desculpas a serem dadas. 13 meses de inatividade já é um tempo pra lá de suficiente para resolver o que precisava ser resolvido. O esporte de Cabo Frio merece ter seu principal palco de volta. ***** A Cabofriense começa a disputa da Segundona. Nos moldes atuais, a competição é inglória demais, já que, na prática, são dois campeonatos a serem disputados com apenas duas vagas em disputa para 21 equipes. Fica aqui a torcida para que o Tricolor Praiano possa, com o apoio da torcida nos jogos no Correão, ultrapassar esta primeira fase e chegar ao segundo campeonato, ou seja, a fase final. ***** A temporada de 2012 do futsal do Rio promete muito. A parceria entre Casa de España/ Botafogo e Macaé trouxe um time ainda mais forte que o do ano passado, sob o comando do competente Fernando Malafaia, que estava acertado com o Vasco. O PEC manteve os craques Rogério, Lenísio e Vander Carioca, e agora conta com os cabofrienses Fabrício e Arthur, além de outros nomes conhecidos por aqui, com o do fixo Daniel Miranda. Já o Imperial, também de Petrópolis, tem no banco ninguém menos que Paulo Mussalém, um dos técnicos mais vitoriosos do futsal nacional em todos os tempos. É esperar pra ver. ***** A todos os amigos e leitores, um desejo de um ótimo 2012. Estou sempre nesse espaço, elogiando o que merece e fazendo minhas observações “chatas” nas coisas que eu acredito que sejam necessárias. Até a próxima.


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ESPECIALRIO DE ANIVERSÁRIO 2016

Um sonho dourado

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Cabo Frio conquista credenciamento para ser cidade-anfitriã para as Olimpíadas de 2016 Fotos de Léo Borges

No começo era apenas um sonho. Hoje, realidade. Cabo Frio foi confirmado neste mês como uma das 73 cidades-anfitriãs que estarão aptas a receber as delegações nacionais e internacionais no período que antecede e acontece os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, como concentração, treinamento e aclimatação. Ao todo, foram selecionadas, em todo o Brasil, 172 instalações como locais de treinamento na fase pré-olímpica e paralímpica dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos – Rio 2016. Em Cabo Frio, foram escolhidos o Complexo Esportivo Aracy Machado, localizado no bairro Portinho, e o Ginásio Vivaldo Barreto, situado no bairro Jardim Esperança, como instalações que atendem a todos os pré-requisitos dos critérios técnicos e as exigências das federações esportivas internacionais, exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Até 2016, já estarão finalizadas a pista de atletismo e o parque aquático, que estão em processo de construção, já atendendo às exigências técnicas internacionais, para também serem utilizadas como instalações para o treinamento dos atletas. A escolha foi muito comemorada pelo Secretário de Esportes, Eliseu Pombo, que revelou que Cabo Frio está incluída em um guia que será oferecido aos visitantes durante o período da Olimpíada de Londres e que também estará participando do “Espaço Casa Brasil”, com um estande montado para divulgar as cidades brasileiras credenciadas durante os treinos dos jogos de Londres. - A cidade atua para este credenciamento desde o ano de 2009, quando iniciou o proces-

Bandeira Real conquistou o título em três categorias no municipal: Sub 11, 17 e 20

O secretário de Esporte e Lazer de Cabo Frio, Eliseu Pombo, comemorou a conquista so de parceria com o governo estadual e federal para a viabilização da construção do parque aquático e, com recursos do próprio município, a construção da pista de atletismo. O prefeito Marquinho Mendes está de parabéns por oferecer as instalações dentro das normas internacionais, mobiliário de atletismo, possibilitando a realização de eventos esportivos de grande porte. O carro chefe da escolha da cidade, dentro da questão esportiva, foi a democratização da prática de esporte e de lazer, através do Projeto Novo Cidadão, que já atendeu 8.148 alunos até dezembro de 2011 – disse ele. Feliz com mais essa conquista para Cabo Frio, o Chefe de Gabinete da prefeitura de Cabo Frio, Alfredo Gonçalves, parabenizou toda a Secretaria de Esportes pelo esforço e acredita que essa escolha como cidade-anfitriã vaie mudar a história cabofriense. - A escolha de Cabo Frio mostra a capacidade e desenvolvimento do município para

receber atletas e turistas, e o governo não medirá esforços para potencializar a cidade com infraestrutura necessária para isso – disse. As inscrições e a pré-seleção do processo de credenciamento tiveram início no dia 17 de fevereiro de 2011, e a campanha de lançamento foi realizada durante a Feira Forte, entre os dias 22 e 26 de junho. O secretário de esportes, Eliseu Pombo, enfatizou que, com a Lei n° 2.389, de 7 de novembro de 2011, que instituiu o Programa Cabo Frio na Rota Olímpica, “a sociedade terá grande responsabilidade com a estruturação da cidade para torná-la cada vez mais apta para o recebimento desses atletas e tornar Cabo Frio um destino esportivo com potencial internacional, e não só destino turístico”. O município está entre as três cidades do estado do Rio de Janeiro que viabilizam a prática esportiva, sendo um dos únicos a inscrever instalações públicas para o credenciamento, mostrando o empenho do governo

também nesta área. Para que essa conquista fosse possível, a secretaria teve o apoio de Kléber Veríssimo, conceituado dirigente que trabalha há mais de vinte anos em processos Olímpicos. Morador da cidade antes de integrar este projeto, Kléber pede que essa conquista faça que o “orgulho cabofriense” volte ao povo da cidade. - Temos que criar o senti-

mento de municipalismo, resgatar o orgulho cabofriense. Muitos nasceram aqui, outros escolheram estar aqui. O maior beneficiado disso tudo será o povo, pois todas essas instalações esportivas vão ficar de legado. Não é mais um simples fato, vamos estar na mídia do mundo inteiro. Todo mundo vai saber e conhecer a cidade de Cabo Frio – finalizou.

A logomarca da cidade olímpica


BASQUETE ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO

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NA JOGADA - Janeiro/2012

Liga tem mês de muito trabalho Workshop de minibasquete virou sensação na cidade Léo Borges

O mês de janeiro foi bem agitado para a Liga de Basquetebol de Cabo Frio (LBCF). Dando inicio aos projetos deste ano, as atividades foram quase que diárias, priorizando os workshop de mini basquete e a Associação dos amigos do basquete (AMA). A Liga já transformou três bairros da cidade em pólos de basquete: Praia do Siqueira, Guarani e Jacaré. A intenção é continuar fazendo as atividades nessas comunidades e expandir a prática para outras localidades. Além dos pólos, a LBCF inovou e realizou o workshop nas praias da cidade, como a do Forte, Conchas, Peró, além de Geribá, em Búzios. A estratégia deu certo e em menos de um mês mais de mil crianças praticaram basquete, com o único objetivo de fomentar a prática esportiva na cidade. Com o retorno do projeto Novo Cidadão das férias, a idéia é ampliar ainda mais essa estimativa de praticantes. - A reestruturação da Liga de Basquetebol de Cabo Frio (LBCF) foi fundamental para que tudo isso pudesse estar acontecendo. Contratamos uma excelente equipe de profissionais, um gerente executivo, profissionais de educação física capacitados e credenciados, uma assistente social, enfim, estamos investindo no amor das crianças pelo basquete. Podem esperar que vai vir ainda muita coisa boa pela frente – disse Fábio Costa, presidente da Liga. Foram realizadas mais de vinte atividades, o que foi considerado um sucesso pelo gerente executivo da LBCF, Guilherme

A Praia do Forte recebeu uma das oficinas de minibasquete da LBCF Reprodução/Fla Imagem

Crianças de Cabo Frio participaram da clínica ministrada por Kareem Abdul-Jabbar Kroll. Na visão do dirigente, a partir de agora, outro passo importante será dado: o treinamento. - O mini-basquete é importante para a criança fazer a iniciação com a prática do esporte. A partir de fevereiro, junto ao Novo Cidadão, vamos

começar a ensinar as regras e como jogar basquete. O projeto vem se tornando cada vez mais forte e a intenção é propagar a modalidade na cidade. Queremos multiplicar o número de praticantes, fazer de Cabo Frio a cidade do basquete – comentou Guilherme, que vem se surpre-

endendo com a rapidez do desenvolvimento do projeto. - Sabia que seria um sucesso, mas as coisas vêm acontecendo com uma velocidade muito grande, que me deixa feliz. E o bom é que o reconhecimento não é apenas na cidade, mas também fora dela. Aqui dentro

temos o apoio de pessoas comprometidas com o crescimento do esporte, como o prefeito Marquinho Mendes, o chefe de gabinete, Alfredo Gonçalves, o deputado Jânio Mendes, os vereadores Fernando Comilão e Zé Ricardo, o secretário de esportes, Eliseu Pombo, entre outras pessoas que estão colaborando com o nosso crescimento – afirmou. Para Kroll, o dinamismo do projeto ajuda no crescimento da modalidade na cidade. “Faremos workshops gratuitos em qualquer tipo de terreno. Pode ser praia, asfalto, praças, terrenos, etc. Queremos atender até festas de aniversário. Aonde tiver qualquer tipo de reunião de crianças, nós chegaremos com nosso frete, nossas tabelas adesivadas portáteis e adaptáveis para qualquer idade, professores capacitados, nossa assistente social, bolas específicas, e faremos muita brincadeira utilizando o basquete como ferramenta educacional, de lazer e de inclusão social. Basta enviar um e-mail para guikroll@gmail.com ou telefonar para (22) 9816-5652. A única responsabilidade do sediante é divulgar e reunir a garotada e garantir a segurança do local concluiu Kroll. Além do Minibasquete, a Liga recebeu o convite para levar crianças e recepcionar o ex-jogador e astro da NBA, Kareem Abdul-Jabbar, na Gávea. Uma experiência única e que colocou Cabo Frio novamente no cenário estadual de basquete. - Estivemos frente a frente com uma lenda viva do esporte mundial pudemos proporcionar a um grupo de meninos a oportunidade também de conhecê-lo. A felicidade é grande, pois esse convite aconteceu devido à repercussão do projeto implantado em Cabo Frio pela Liga – finalizou Fábio Costa.


NA JOGADA - Janeiro/2012

CABOFRIENSE

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Todos de olho no acesso

Jogadores e comissão técnica têm um só objetivo: retornar à elite do futebol do Rio

Fotos de Léo Borges

A Cabofriense está acertando os últimos detalhes para a estreia no Campeonato Carioca da série B. Querendo retornar a série A do Cariocão, o time da Região dos Lagos não mede esforços na preparação para o início da competição, no dia 4 de fevereiro, contra o Goytacaz, em Campos dos Goytacazes. Após quarenta dias de pré-temporada a Cabofriense está acertando os ponteiros para começar a batalha. Segundo o técnico do tricolor praiano, Cleimar Rocha, o momento é de diminuir os erros e acertar o treinamento. - Estamos em um momento forte, treinando quase todo dia para podermos chegar bem na competição. Queremos condicionar os jogadores taticamente, fisicamente e tecnicamente, esse é o momento para isso, a competição está próxima. Ao longo da Série B poderemos chegar ao máximo de evolução, com as partidas e as dificuldades – explicou Cleimar. Treinando desde os meados de dezembro, a Cabofriense se prepara para chegar à primeira divisão e não cair mais, com o objetivo de criar raiz na elite do futebol carioca. De acordo com Cleimar, quem quer a primeira divisão não pode temer nada. - Buscamos por um time forte e competitivo, a competição é longa, quero entrega nesse primeiro jogo, mas tenho noção que vou conseguir evoluir a equipe ao longo das partidas, vamos crescer e ultrapassar as barreiras e dificuldades que encontraremos pela frente. A de-

A Cabofriense começa a sua caminhada para retornar à série A enfrentando o Goytacaz

finição é subir e voltar a série A de uma vez por todas – afirmou. Mas se o objetivo cabofriense é sair da série B e não retornar, o caminho não é nada fácil. Além do Audax Rio, dono de boas campanhas na segundona, a Cabofriense terá pela frente adversários tradicionais como Goytacaz, de uma torcida apaixonada, e América, considerado o quinto grande clube do Rio de Janeiro. Mesmo assim, para o técnico do tricolor praiano, as adversidades podem e devem ser positivas na continuidade do trabalho. – Tivemos diversas etapas de trabalho, pré-temporada,

amistosos, mas agora teremos grandes opositores pela frente. Clube que traça um objetivo de ganhar e subir de divisão como é o caso aqui, não pode escolher nenhum adversário, tem que passar por todos. Teremos equipes clássicas, com grandes torcidas, mas isso ajuda muito na segunda fase. Passando, chegamos preparados, melhor do que quem teve teoricamente uma chave mais simples na primeira etapa. É uma competição complicada, teremos algumas dificuldades, mas vamos superar. Os torcedores não devem ter dúvida, o trabalho e a competição é para subir – encerrou o comandante.

Cleimar Rocha está confiante no Tricolor Praiano


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NA JOGADA - novembro 2011 NA JOGADA - janeiro/2012 Léo Borges

CABOFRI reportage

“Nossa m Na Jogada: Manter-se durante anos na mesma equipe é uma marca alcançada por poucos. Você imaginava ficar 15 anos na Cabofriense? Flávio: É motivo de muito orgulho, principalmente pelo fato de que, hoje em dia, o jogador fica seis meses, um ano no clube, dois anos já é muito. São 15 anos entre idas e vindas, tive passagens rápidas pelo Vasco da Gama, Fluminense, mas a minha vida toda foi na Cabofriense. Fui para grandes times disputar o Campeonato Brasileiro, mas tudo começou no Carioca. Também passei por outros times, como Madureira, Resende, Volta Redonda e Boavista, que recentemente recusei um convite com um salário bem alto. Para eu sair da Cabofriense, é difícil, teria que largar toda uma estrutura, esposa, filhos na escola, o Boavista é em Saquarema mas treina no Rio, a disposição não é mais a mesma para ficar pegando estrada. Joguei no Bangu em 2005, a minha esposa estava grávida da Ana Luisa, eu saia do treino às 19h, chegava aqui às 21h para ficar com as crianças. Isso pesa e muito na hora de fazer uma negociação, nem tudo na vida é o dinheiro. Não adianta ganhar R$ 2, 3 mil a mais e em contrapartida ficar longe da família. Fechei contrato de 11 meses com a Cabofriense, essa é mais uma oportunidade de estar perto da minha esposa e dos meus filhos, contrato este, que deve ser o último como jogador, mas espero que não. Caso a gente consiga o acesso para a Série A, devo assinar por mais seis meses.

Não tem como discordar: o goleiro Flávio é um dos maiores ídolos da Cabofriense. Atuando há 15 anos na equipe, ele sabe o que é viver altos e baixos. Revelado na base do Flamengo, chegou a Cabo Frio em 1997, para levar o clube praiano da Terceira Divisão à elite do futebol carioca. No caminho, vitórias sobre os grandes, derrotas imprevisíveis, acessos, semifinal e final de Taça Rio e três rebaixamentos. Flávio estava defendendo o gol da Cabofriense quando o clube foi rebaixado, em 2011, fato que já havia acontecido em 2009. Pensou em parar, mas continuou para defender a equipe na Série B de 2010, onde o clube se sagrou campeão. De volta à elite, Flávio não conseguiu atuar nas primeiras partidas do time de Cabo Frio em 2011, devido à uma lesão. Nas partidas em que o ídolo do clube esteve fora, foram cinco derrotas e um empate, em seis jogos disputados. O goleiro retornou contra o Duque de Caxias, na sétima rodada da Taça Guanabara, partida que marcou a primeira vitória da Cabofriense na competição. Já bem perto de se aposentar, aos 36 anos, o goleiro promete assumir a responsabilidade de levar a Cabofriense de volta à elite do futebol carioca. Em entrevista exclusiva ao Na Jogada, ele promete: “Vamos voltar à serie A e brigar pelo título do campeonato mais charmoso do país”, declarou. E depois disso, vai assumir o cargo de dirigente no clube e apoiar projetos sociais.

NJ: A má fase pós-rebaixamento passou? F: Passamos um período difícil na Copa Rio, com atraso salarial, campeonato bastante desorganizado, onde também fomos desclassificados por sermos muito abaixo dos outros times em termos de qualidade. Aos poucos, estamos nos reerguendo, apagando a má impressão do passado e daqui pra frente a Cabofriense só tem a melhorar. Outra coisa importante e que reflete no time é o lado político da cidade. Acho que todo mundo tem que se abraçar e apoiar a Cabofriense, que é um time que representa a cidade por todo o país, independente de a, b ou c que está no poder. Hoje Marquinho (Mendes) é o prefeito e ajuda muito o time, quem entrar no poder tem que manter o mesmo pensamento. O São Pedro, por exemplo, o Carlindo Filho está ajudando o time e a cidade pode ser tornar ainda mais conhecida devido ao futebol. É claro que os times da região têm que se fortalecer, tem que começar a andar com as próprias pernas, mas a prefeitura tem que ser mais um parceiro. NJ: A identificação é só com o time ou também com a cidade? F: Cheguei em Cabo Frio em 1997 e até hoje passa um filme na minha cabeça quando cruzo o campo do Cruzeiro, o primeiro campo em que eu treinei. Eu fui o primeiro jogador a ser contratado pela Cabofriense, nesse dia estava tendo uma “peneira” e eu era o único contratado. Lembro como se fosse hoje, estavam no campo Roberto Bigode (supervisor), o Waldemir (presidente) e o Carlos Alberto (treinador). O primeiro jogador contratado está aqui até hoje, motivo de muito orgulho e de fidelidade, a cidade me abraçou e eu abracei de volta. Assim como tudo na vida, não se pode agradar a todos, alguns me acham marrento, pode ser que eu tenha sido no passado, mas hoje estou longe de ser. Me converti, sou batizado, evangélico, não tenho problemas com ninguém. O dia em que eu me aposentar, vai ser difícil achar um substituto com a mesma regularidade. Por exemplo na Série B, em 2008, foram 38 jogos dos quais eu estive em campo em 36, mesmo com 35 anos. Não vejo problemas em jogar até os 40, desde que não faça isso me arrastando. Vou parar e continuar trabalhando como dirigente neste time que tanto amo.

NJ: Recolocar a carreira. Esse é o s F: A Cabofriense peitável e garantir o pare na Série B, eu v de despedida na Sé o time. Essa foi uma de jogo de despedid quanto eu ajudei ten mais um estadual, vo charmoso do Brasil. preparando a minha parar. Eu ia parar ess tivou, o time passou tem que subir, na fo no tapetão, com o ap vai voltar pro lugar q

NJ: Você sempre va. Ser jogador é m F: A desconfianç diferente, temos que uma facilidade de en 4 kg, mas tenho ciên 100%, devo estar un no meio da competiç compromissos. Deus o treinador (Nota da refere é Luiz Antônio minha cara que eu ia atrás e na hora que to como outros faze Como eu ia sair de S 1 , com pênalti arrum placar mais elástico, trabalho diferente e ser aceito e vou sim de passagem pelo ti apenas mais um.

NJ: E de onde Série B? Dar o máx da carreira? F: Eu estava até batida de 36 jogos n e toma uma pancad difícil tirar a cabeça Hoje nós já saímos d estamos novamente o plantel sendo mo correndo para tentar vamos demonstrar is

NJ: Foram muita clube está no cami F: Fizeram o con treinos começaram à dedo e a ideia é fa da não terminaram, Cleymar e o Waldem grupo que temos ho

NJ: Você já pas que o time tem qu F: Primeiro, mant ciso manter o plante Iguaçu, por exemplo na Série A. Se mantiv as chances de chega de 2013 e disputand


IENSE agem de capa

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NA JOGADA - janeiro/2012

meta é a série A”

a Cabofriense na serie A e encerrar a sonho? tem tudo para fazer um campeonato resacesso. Se for da vontade de Deus que eu vou parar, pode ser que eu faça um jogo érie A por tudo que eu representei para a ideia do Waldemir, mas independente da, eu sei tudo que eu fiz pelo clube, o nho na memória, mas se eu puder jogar ou jogar. O Carioca é o campeonato mais Já estou preparando o meu psicológico, a família porque a qualquer hora eu vou se ano, mas tive outro filho, que me mopor uma fase ruim, foi rebaixado e agora orça, no braço, na bola. Só não vale subir pito amigo. Posso garantir, a Cabofriense que ela merece.

e foi ídolo, mas nunca teve vaga catimatar um leão a cada dia? ça sempre existe, no futebol a máxima é e matar um leão a cada treino. Eu tenho ngordar quando fico parado, já perdi uns ncia de que não vou entrar na competição ns 80%. O máximo só deve ser atingido ção, mas mesmo assim não fujo dos meus s tem me honrado, todo mundo sabe que a Redação: o treinador a quem Flávio se o Zaluar) que passou pelo time falou na a ficar como terceiro goleiro, treinei, corri o time mais precisou, eu poderia ter feiem: “Já está quase caindo, vou relaxar”. São Januário com aquela situação de 2 a mado, se o goleiro relaxa poderia ser um , tipo 9 a 1. Cada dia tem que fazer um mostrar resultado. O desafio existe para matar um leão a cada dia. Sou mais um ime, passagem difícil de ser batida, mas

vem a motivação para a disputa da ximo de si neste que pode ser o último

meio desanimado, o time vem de uma na Séria B, consegue o acesso para a elite da dessas. Se o cara te joga no buraco, é para respirar e foi isso o que aconteceu. da “fase terminal” e caímos na realidade, na Série B. À medida que você vai vendo ontado, a motivação volta, todo mundo r ajudar, o grupo é forte, o time é bom e sso no campo.

as contratações para a temporada. O inho certo? ntrato com o Cleymar em novembro, os em dezembro, foram todos contratados azer um grupo forte. As contratações ainestá faltando uma peça ou outra, que o mir estão avaliando e correndo atrás. O oje é pra jogar a primeira divisão.

ssou por muitas quedas e acessos. O ue fazer pçara se manter na Série A? ter a regularidade. Além de subir, é preel, fazer o grupo se manter forte. O Nova o, está há três anos com o mesmo time e vermos o grupo que está sendo formado, armos no Campeonato Carioca da Série A do o título são reais.

NJ: O Flávio não é só jogador, também ajuda na parte administrativa. Como está sendo o atuar no outro lado? F: Na verdade isso foi um pedido do presidente para ajudá-lo nessa situação. A dificuldade de fazer alguns contatos era latente, fui falando com alguns amigos, empresários e aos poucos fomos montando o time. Mas foi deixado claro em uma reunião que a partir do início dos treinos, eu voltaria a ser somente jogador. Participei de todas as contratações, reuniões e etc, mas agora é uma nova direção, com foco somente no campeonato para não atrapalhar dentro do campo. NJ: Mas esta é uma função que te agrada e que e gostaria de seguir? F: Muitas vezes não temos noção do tamanho da Cabofriense. Há muitos projetos bons para serem colocados em prática e o que falta é tempo. Quando eu estiver do outro lado, esses projetos vão sair do papel, vamos ajudar as crianças nos bairros. Este é um trabalho que funciona, temos o André (Atlético - MG) como exemplo. Temos que estar nas crianças em todos os bairros, Jardim Caiçara, Jardim Esperança, Boca do Mato, etc, onde tiver uma pracinha, quadra ou campo, a Cabofriense tem que estar. O projeto é ter 15 escolinhas por toda a cidade, isso já está no papel e assinado pelo Valdemir, mas a gente precisa de parceiros, de empresários que queiram incentivar o esporte, faltam alguns contatos. Sei que vai dar certo, pode ser que comece no meio do ano ou no ano que vem, mas é um projeto que ter que ser posto em prática. Se cada escolinha tiver em média 30 crianças, você vê quantos jovens à gente está tirando da rua, da noite, colocando na escola. Esse é um projeto de longo prazo, de onde vamos tirar jogadores para a Cabofriense e outros times. A intenção é ocupar o tempo das crianças da cidade, tirar da rua e ajudar futuros jogadores. NJ: Qual o segredo pro time subir, como tem que ser o comportamento do time nos jogos? F: Primeira coisa de um campeonato longo: não pode se afobar. Em 2010, classificamos na última rodada da primeira fase, o trabalho não desenvolveu no início do campeonato, trocamos o treinador, que conseguiu corrigir algumas coisas, trouxe outros companheiros de trabalho, fizemos uma parceria com o Madureira. Outro ponto crucial é não perder os jogos fora de casa, muito importante para se manter entre os primeiros em uma competição. Também temos que trazer de volta o Correão de antigamente, lugar onde não se ganha da Cabofriense. Pode acontecer uma derrota, claro, mas de 20 jogos em casa não se pode perder 12, tem que ganhar 15, perder somente um ou outro jogo mais difícil. A gente não pode deixar o adversário se criar na nossa casa, além de impor o nosso ritmo de jogo na casa deles para garantir pelo menos um ponto. NJ: Para finalizar, qual recado você deixa para a torcida? F: Confiar no trabalho, apesar da gente estar treinando no CT, que é um pouco distante, peço que a torcida confie no trabalho de todos os companheiros. Estamos montando um time muito forte, mais do que isso, não estamos fazendo um time e sim um grupo, o torcedor pode ficar esperançoso, porque o time vai brigar de igual para a igual com times grandes. Vamos fazer o nosso trabalho corretamente dentro de casa, com muita garra e determinação e que compareçam para ajudar a gente, torcida sempre foi muito importante, os jogos serão às 20h, dá tempo de chegar do trabalho e vir prestigiar a Cabofriense. Quero aproveitar para mandar um beijo para minha esposa Bruna, para os meus filhos, o Davi, a Anna Beatriz e a Anna Luiza, que são as minhas preciosidades. Quero agradecer também a Juliana, minha secretária, a nossa fotografa Shirley Oliveira, aos meus companheiros e amigos. Vamos juntos atrás de mais um objetivo.

Foto de Shirley Oliveira

Flávio


FUTSAL COLUNISTAS

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FAZENDO ACONTECER

Projeto Cabo Frio MiniBasquete: Uma importante ferramenta de educação e lazer, sendo um forte vetor de inclusão social

Entramos no ano de 2012 e o desenvolvimento da humanidade em todos os aspectos é impressionante. A cada geração, a evolução do desenvolvimento precoce é de fácil visualização. A criançada está aprendendo a navegar na internet cada vez com mais recursos. Até os complexos problemas das relações interpessoais estão expostos cada vez mais precocemente através das novelas e dos big brothers da vida. Pára tudo! Exista algo que não mudou. Exatamente na minha área de atuação. Que vergonha! Continuamos querendo ensinar a garotada o aprendizado esportivo da mesma maneira que se fazia há 100 anos. E o que é pior! A velocidade da vida acelerou e os pais não conseguem mais acompanhar o processo educacional dos seus filhos e os grandes engarrafamentos não permitem mais tantos deslocamentos dentro de um mesmo dia. O crescimento de condomínios fechados com amplas áreas de lazer, de escolas com espaços polivalentes e de shopping centers sendo construídos a cada esquina, somados ao fato de que o esporte possui cada vez mais canais exclusivos na TV paga, incentivam que os pais não enxerguem mais o desporto como uma importante ferramenta educacional e de lazer, e que possui um forte vetor de inclusão social. As turmas de iniciação passaram a ser enxergadas como um mero “jogar bola”. Cada modalidade esportiva possui um fator preponderante na sua essência. Uma prioriza a força, outra a velocidade, outra a habilidade, etc. Uma desenvolve a sociabilização, outra o individualismo. Uma enfatiza a tomada de decisões, todas enfatizam a disciplina e a perseverança. Algumas canalizam a violência, outras provocam enormes descargas de adrenalina. Todas juntas formam o sistema educacional perfeito. Por isso é que a iniciação esportiva não pode ter raízes geográficas. Ela tem que ser itinerante. A precocidade, já citada, provoca que o início do processo seja cada vez mais cedo. Os materiais pedagógicos têm que ser adaptados. Nas salas de aula já existem os tablets. No esporte continuamos a utilizar os mesmos materiais dos professores dos nossos avôs. Os

materiais têm que ser adaptáveis a todas as idades e alturas. E têm que ser adesivados de forma que sejam atraentes. O desporto tem que ir aonde houver qualquer reunião de crianças. Pode ser na escola, na praia, no gramado, no condomínio, no shopping center ou, até mesmo, na casa das pessoas. E tem que ter a participação de todo o entorno da criançada. No Projeto Cabo Frio Mini-Basquete, a cada três atividades, uma envolve todos os pais e amigos da criançada. Batizamos de AMA-Basquete (Associação de Amigos do Basquete local). São entidades totalmente gratuitas e sem corpo diretivo. Pode promover peladas interativas, churrascos e outras delícias gastronômicas, passeios que podem levar grupos para assistir grandes espetáculos esportivos ou, simplesmente, assisti-los pela TV, mas, principalmente, divulgar o trabalho que os professores (que necessariamente têm que estar sendo sempre capacitados) estão desenvolvendo. Um professor esportivo consegue captar muito mais intimidade dos seus alunos do que um professor que atue numa sala de aula. Os primeiros passos do Projeto Cabo Frio Mini-Basquete tiveram repercussão nacional e apoio de toda a classe política. Isso era previsível. Na próxima coluna, eu fundamento o próximo passo do Projeto, que será parte de uma revolução na iniciação da prática esportiva

NA JOGADA - Janeiro/2012

Luana Macêdo Acreditar, reformular e continuar Mais um ano de muito esporte e muitas competições vem por aí para a família Na Jogada. Só que nesse ano muitas novidades vão ser vistas pelos internautas, leitores e telespectadores. O site vem reformulado, nova cara, layout, colunistas a todo vapor, fotos, vídeos e muito mais. Quem está acostumado a acompanhar o Na Jogada na telinha, o programa que vai ao ar segunda e quinta-feira, às 13h vai trazer muitas surpresas, no cenário e nas coberturas. Além dos meios de comunicação que usamos divulgando o esporte local há anos, em 2012 a Assessoria Na Jogada vem reforçada, como a primeira especializada em esportes na região. Mais uma forma de divulgar nosso esporte e fomentá-lo cada vez mais. São três anos só de televisão para o Na Jogada, era à hora de mudar algumas coisas. Nossa maior motivação é levar as modalidades esportivas, as coberturas para cada um que acompanha o nosso trabalho. Era o momento de partir para a reformulação, acreditar e prosseguir. Mais um ano de trabalho, dessa vez com cheirinho de novidade para cada um de vocês. Cabofriense - Os estaduais já começaram, mas para a Cabofriense está tudo nos últimos detalhes, no próximo dia 4, o tricolor praiano vai lutar para retornar ao degrau mais alto. A primeira e charmosa divisão do estado. Tomara que o clube tenha sorte nessa nova caminhada. São Pedro – E o São Pedro Atlético Clube vai correr atrás do acesso também. Estreando na terceira divisão do carioca, o SPAC vai representar em mais uma frente a Região dos Lagos. A equipe comandada pelo ex- atacante Valdir Bigode está no grupo E, com Búzios, Apollo, Casimiro e Rubro Social. Fest Verão – Verão e Beach Soccer, tudo a ver. Até fevereiro quem é fã das modalidades esportivas da areia pode comparecer na Praia do Centro, em São Pedro da Aldeia. O 29° Fest Verão vai agitar os moradores da cidade até o próximo dia 11 de fevereiro. A atração fica por conta dos craques da seleção brasileira e do mundo que defendem a camisa das equipes aldeenses. Eu volto na próxima edição, aproveitem o primeiro Jornal Na Jogada deste ano. Como sempre ele vem cheio de carinho e muitas novidades para você amante do esporte, seja de qual categoria for. Do campo a areia, do salão até as quadras de bairro. Estaremos por lá. (*) Luana Macêdo é jornalista e integrante do programa Na Jogada, na Jovem TV


NA JOGADA - Janeiro/2012

SÃO PEDRO

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Fest Verão: tradição e história Evento que envolve diversos bairros faz parte do calendário esportivo da cidade

Quando chega a estação mais quente do ano não é apenas para se banhar na Lagoa de Araruama que os moradores de São Pedro da Aldeia se reúnem nas areias do Centro da cidade. E Janeiro é mês de férias, diversão, descontração e época do histórico e tradicional Fest Verão. Tudo começou há mais de quarenta anos. Em 1969, o prefeito aldeense de então, Waldir Lobo, resolveu urbanizar a entrada da cidade. Sem muitos critérios, demarcou na praia um local para que os desportistas pudessem usar o espaço para o futebol. Ali nasceu a Praça de Esportes Hermógenes Freire da Costa, no dia 16 de

maio daquele ano. No verão seguinte, em 21 de dezembro de 1969, a história do esporte de areia teve seu marco, primeiro passo na cidade. O torneio início dos Jogos de Verão de São Pedro da Aldeia aconteceu, com a participação das equipes Laranja; o Galo, do bairro da Estação; o 16 de Maio, do Centro; o Bandeirantes, da Praia da Baleia; o Corcovado, formado por funcionários de uma grande empresa de supermercados; o Desportivo Predial, também constituído por funcionários do Banco Predial; o Carapicu; e o Nova Esperança, do Mossoró. A competição se estendeu até o próximo ano, terminando dias antes do Carnaval de 1970, no mês de março. Galo e Laranja entraram em quadra para decidir quem seria o primeiro campeão das areias. O Laranja acabou se sagrando campeão, vencendo por 1 a 0, com gol de Carlos Henrique. Era a primeira equipe campeã

dos Jogos de Verão de São Pedro da Aldeia. Mas a competição foi interrompida. A edição de 71 não ocorreu, o evento retornou apenas no ano seguinte. Com trocas de governo, os jogos voltaram à ativa em 1985, com iniciativa de Fernando Freire, na época uma pessoa relacionada ao esporte local, que encaminhou a ideia ao então prefeito Dácio Leão que sacramentou o retorno das atividades esportivas. Apenas em 1994, o prefeito Rodolfo Pedrosa criou o nome que ficou conhecido até os dias de hoje. Com a junção de shows, futevôlei, beach soccer e outras modalidades o torneio início passou a ser o Fest Verão de São Pedro da Aldeia. A partir de 1997, sob o governo de Carlindo Filho, as equipes passaram a receber subvenção da prefeitura, para que pudessem investir na construção de seus times. Nos anos 2000 as regras foram mudadas.

Já em 2005, após grande luta do secretário de Esporte e Lazer, Francisco Cantarelli, se tornou oficial a forma de disputa do beach soccer, com cinco jogadores para cada lado. Para Francisco Cantarelli, ex- jogador do Laranja e ex-secretário de Esportes, a tradição do Fest Verão não é encontrada em outros locais. Tem a cara da cidade que já foi uma aldeia. - O Fest Verão faz parte da raiz de São Pedro da Aldeia, está presa na cidade, no povo, não se sabe como nem porque. É uma tradição que vai ter sempre aqui, já é uma paixão dos moradores, se tornou uma competição de jogadores da região – disse Cantarelli Edição de 2012 conta com jogadores internacionais Na edição deste ano o Fest Verão tem pela primeira vez a participação de jogadores internacionais. Os portugueses Alan e Madjer, considerado o maior jogador de beach soccer

de todos os tempos, e o uruguaio Pampero, eleito o melhor jogador do último Mundalito, pelo Vasco da Gama, foram contratados pelo Vovô Lima. Madjer, maior artilheiro de todas as Copas do Mundo elogiou a estrutura do evento e mostrou que vai fazer valer a presença na areia aldeense. - É uma competição que já é famosa, outros jogadores falam muito bem, desde a organização até os jogos que são realizados. Com as disputas podemos jogar em diversos lugares do mundo, em alguns não há essa estrutura montada aqui em São Pedro, é um prazer estar aqui para mais um Fest Verão, vamos fazer na areia o que sabemos de melhor – disse o craque. Vários craques já passaram pelo Fest Verão, como o zagueiro Leandro Euzébio, do Fluminense, o atacante André, do Atletico Mineiro, além de Leandro, ex- jogador do Flamengo e da Seleção Brasileira.


futsal

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NA JOGADA - Janeiro/2012 Léo Borges

Grêmio Samburá:

o time do futuro

Clube de Tamoios vem crescendo e vai se tornando uma força no futsal

Quando se pensa no esporte em Tamoios não há grandes referências. Mas isso está mudando, graças ao Grêmio Samburá, que foi fundado em 2009 e já vem apresentando evolução no futsal municipal e estadual. Crescimento esse que não tende parar, já que o clube busca recursos para continuar crescendo. O projeto começou através de Édson dos Santos Martins,

atual presidente do Grêmio. Antes disso, era líder dos embaixadores do Rei, da igreja Batista de Samburá. Foi aí que surgiu a idéia de fazer um time da denominação. Só que com o passar do tempo, outros meninos que não pertenciam à igreja pediram para jogar também. O inevitável aconteceu e o Grêmio foi fundado. - Sempre gostei muito de esporte, de futsal e futebol principalmente. Acabou que tivemos que fundar o Grêmio, pois muitas crianças que não eram da igreja pediram para jogar conosco. E graças a Deus deu certo e hoje temos entre

200 e 250 atletas, entre crianças, jovens e adultos – disse o presidente. Salonista desde jovem, já que havia jogado anos atrás o campeonato Estadual pelo Bangu, Édson deu o primeiro passo e resolveu filiar o time na Liga Cabofriense de Futsal. Ao todo foram seis categorias (do sub9 ao sub20) inscritas. De lá pra cá o número aumentou, pois além de manter as que já participavam mais duas categorias foram inscritas, caso do sub7 e adulto. Visionário, o presidente resolveu em apenas dois anos de projeto colocar o time em

competições estaduais, como foi na Super Liga Futsal Rio, no primeiro semestre, e no campeonato estadual de futsal sub20, no segundo semestre do ano passado. O dirigente não quer parar por aí e sonha em um dia disputar a Liga Nacional. – Fomos crescendo com muito trabalho e isso nos faz sonhar. Primeiro quis disputar o municipal, depois jogar um estadual e meu sonho é disputar uma Liga Nacional. Proporcionei dois objetivos e espero proporcionar outro. É mais uma motivação pra gente e para os meninos, pois não ti-

nha nenhuma expectativa pra eles, já que não tinha nenhum projeto esportivo aqui em Tamoios antes da construção do Ginásio. Neste ano, a Prefeitura de Cabo Frio, através da Secretaria de Esporte e Lazer, deverá colocar em atividade em Tamoios o projeto sócio-esportivo Novo Cidadão, que atende a mais de oito mil crianças na cidade. O ponto de partida pra isso foi a construção do Ginásio João Alberto, em Santo Antônio, que segundo Édson Martins, será de fundamental importância para o Grêmio Samburá.


NA JOGADA - Janeiro/2012

FUTSAL

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“Ginásio novo trará salto de qualidade” Para Edson Martins, possibilidade de usar o ginásio vai melhorar o trabalho do Grêmio Léo Borges

Neste ano, a Prefeitura de Cabo Frio, através da Secretaria de Esporte e Lazer, deverá colocar em atividade em Tamoios o projeto sócio-esportivo Novo Cidadão, que atende a mais de oito mil crianças na cidade. O ponto de partida pra isso foi a construção do Ginásio João Alberto, que segundo Édson será importante para o Grêmio Samburá. - O ginásio é um sonho, é um divisor de águas para a gente. Temos apenas que ajudar a questão dos dias e horários que vamos poder usar. Acredito que não teremos problemas com isso, pois o Secretário de Esportes, Eliseu Pombo, e o administrador do ginásio, professor Marcelo, são grandes esportistas e sabem a importância do nosso projeto. Treinar e jogar neste espaço maravilhoso vai fazer com que a gente cresça muito – comentou. O clube virou entidade de utilidade pública no ano passado, através da Câmara dos Vereadores. O próximo passado é conseguir a inscrição no conselho municipal da criança e do adolescente (CMDCA) para que as verbas públicas e privadas sejam o próximo objetivo. - Estamos trabalhando forte para deixar o clube com todos os documentos necessários para que possamos receber subvenção, investimentos e entrar na lei do incentivo ao esporte. Estamos nos cercando de tudo para que possamos estar em breve pleiteando esses apoios, que serão fundamentais para que a gente continue nosso crescimento – afirmou, pedindo também ajuda dos empresários locais.

Carioca começa em março

Edson Martins é o presidente do Grêmio Samburá - A gente vê o carinho com que a população já tem pelo Grêmio, comprando as camisas do clube. Só que precisamos de outro tipo de apoio aqui de Tamoios. Quando saio para buscar patrocínios, não consigo ainda. O empresariado ainda não está apoiando. Espero que isso mude. Um dos objetivos do clube é ter a própria sede e um ônibus. O sonho é adquirir um terreno que dê para um modesto ginásio e também para outras estruturas físicas, como a parte administrativa e salas de aulas, já que hoje o projeto engloba além do futsal, aula de reforço, jiu-jitsu, muay thai, xadrez e reforço escolar. Jogar o Estadual em todas as categorias também é uma das metas, assim como a Liga Nacional. O clube dispõe de oito profissionais no trabalho: três pro-

fessores de educação física, uma psicóloga, uma bióloga, um professor de judô, outro de muay thai e um de reforço escolar. Toda a estrutura montada possibilita o começo do trabalho e a caça por talentos no distrito. - Temos muitos talentos aqui no 2º distrito. Acredito que esses profissionais vão lapidá-los, pois alguns serão específicos, como o Wágner Araújo, preparador de goleiros, algo que precisávamos muito, pela nossa carência. Os garotos daqui visavam muito o futebol de campo, mas com o crescimento do Grêmio está havendo um grande interesse. Vamos reformular nosso trabalho na base e no prazo de três anos vamos formar atletas da base para jogar em outras praças – acredita, agradecendo o apoio que tem para manter o projeto. - Queria agradecer ao pastor Valmir Nobrega e vários irmãos,

pelo apoio espiritual e também financeiro. Ao diretor Clésio, da escola Wanda Pereira Roque, que tem nos ajudado bastante e todos aqueles que de alguma maneira nos ajudam direta e indiretamente. Agradecer a população de Tamoios, minha família, meus amigos, os profissionais que estão conosco. Enfim, agradeço a todos que sonham esse projeto conosco – finalizou. A luta do Grêmio Samburá é diária. Mesmo sem obter os apoios necessários, vai mostrando que com objetivo, disposição e trabalho, os sonhos vão se tornando palpáveis. Em breve, Tamoios será conhecida não apenas como um distrito de Cabo Frio, mas também pelo lugar em que nasceu um dos maiores projetos esportivos do interior do Estado do Rio de Janeiro.

Com a proximidade do encerramento das inscrições para o Campeonato Carioca de Futsal de 2012, a Federação do Rio anunciou para o dia 8 de fevereiro a realização do Congresso Técnico, que vai definir como será disputada a competição nas categorias adulto e sub20. Atual campeã carioca e estadual, a Casa de España/ Botafogo fez uma parceria com o Macaé visando a disputa da Liga Nacional. Com isso, o elenco foi reforçado e o time, que será dirigido por Fernando Malafaia, aparece como principal favorita ao título. Além de Casa de España/ Botafogo/Macaé, Vasco, Fluminense, Imperial, USS/Vassouras e ADDP estão confirmados no Carioca Adulto. A Federação aguarda, ainda, o posicionamento oficial do Flamengo, que sinalizou interesse em retornar à competição. Caso isso ocorra, será a primeira vez em mais de uma década que o Carioca teria a participação dos quatro grandes “clubes de camisa” do estado. A Federação aguarda, também, a definição do Poker/Petrópolis, que já há alguns anos, não disputa o Campeonato Carioca, dedicando-se somente à Liga Nacional no primeiro semestre. No entanto, estão sendo feito contatos para que a equipe da serra participe, também, do Carioca, que tem início previsto para a segunda semana de março.


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FUTSAL RIBAS ESPECIAL/VICTOR

NA JOGADA - Janeiro/2012

Regufe brilha em terras lusitanas Fixo cabofriense está há dois anos no futsal português Reprodução da internet

Com perseverança, dedicação e muito talento, o cabofriense Bruno Regufe vem conquistando seu espaço no futsal lusitano há dois anos, quando trocou Cabo Frio por Portugual. E o crescimento na carreira foi gradativo, sempre com muito trabalho. Atualmente no Belenenses, terceiro maior clube do país, Regufe espera continuar crescendo e brigar por títulos junto ao Benfica e ao Sporting. Regufe chegou a Portugal no começo de 2010. Fechou contrato de apenas seis meses com o Boticas, que havia conquistado recentemente o acesso para a Primeira Divisão. A adaptação não foi empecilho e o jogador foi peça fundamental na grande campanha que o clube fez, conquistando a sexta colocação na Liga e sendo eliminado nas semifinais da Taça de Portugal, para o Benfica. A boa temporada na “terrinha” fez com que o clube renovasse seu contrato por mais um ano. O retorno foi o esperado se tornando o principal jogador do clube, algo que ele não vai se esquecer jamais. - Gostei muito de ter jogado no Boticas. Era uma cidade pequena que respirava futsal. Nos dias dos jogos era praticamente feriado na cidade, tamanha era a identificação da população com o futsal. Além disso, foi o Boticas que abriu as portas para mim aqui em Portugal

Jogador em destaque no site do Belenenses – disse, orgulhoso. A grande temporada que fez no Boticas não passaria despercebido no futsal português. Ao final do seu contrato, o Belenenses, um dos maiores clubes do futsal do país, logo se interessou pelo seu futebol. Não demorou muito e Regufe se mudava para Lisboa, capital portuguesa. - Depois de uma temporada e meia no Boticas, com um rendimento muito bom, fui convidado a vir para o Belenenses. Não foi difícil o acerto, pois todo jogador quer jogar em um clube grande. O time fez uma reformulação grande no elenco e com isso o início não foi o esperado. Agora já estamos bem entrosados, com um rendimento bem melhor que no início do campeonato. Nosso objetivo é chegar no mínimo às semifinais da competição – comentou o jogador, que se adaptou rápido e vem sendo importante no crescimento da equipe na Liga. - Acho que depois de cinco

meses aqui já estou completamente adaptado ao clube. É fácil se adaptar a um clube grande como o Belenenses, pois tem uma grande estrutura, toda comissão técnica e diretoria estão a nosso dispor para qualquer coisa que precisarmos. Isso torna a vida do jogador fácil, para ter a cabeça nos treinamentos e jogos – afirmou. A carreira de Bruno Regufe vai mostrando que ele é um vencedor, pois sempre lutou e conquistou seus objetivos. Brasil e Portugal foram apenas o início de uma carreira que ficará marcada no futsal de Cabo Frio. Feito que poucos conseguiram e que poucos conseguirão. História no Futsal A dedicação ao esporte começou com 11 anos, quando Regufe deu seus primeiros chutes no Tamoyo, com o professor Chico. Após ganhar três municipais no clube, se transferiu para o Santa Rosa, do treinador Rebel. Mais um título e uma

marca impressionante: em sete jogos, marcou 32 gols, média de mais de seis gols por partida. Poucos anos depois foi se destacando em outras categorias. Aos 17 anos foi campeão adulto pelo ISR/Búzios, marcando inclusive dois gols na grande decisão, em 2001. Um ano depois, disputou o Estadual sub20 pelo Botafogo/Arraial do Cabo. O jogador ainda passou pela ADDP e pela Seleção de Cabo Frio, ambos em 2005. A vida do salonista começou a mudar no começo de 2006, com a parceria firmada entre o Cabo Frio Futsal e o Vasco da Gama, que possibilitou o time cabofriense disputar a Liga Nacional de Futsal. Estudante de educação física na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trancou a matrícula para tentar

realizar o sonho de ser atleta profissional e conseguiu. Após um começo de incertezas, conquistou a vaga no time logo na primeira partida da Liga daquele ano, contra o São Paulo. Nunca mais saiu do time e virou um dos ídolos do Cabo Frio. Ainda pela equipe cabofriense, conquistou importantes títulos. Foi bicampeão do Campeonato Carioca de Futsal (2007-2008), vice-campeão Estadual (2008 e 2009) e campeão dos Jogos Abertos do Interior (JAI). Após grandes conquistas no Cabo Frio, foi contratado pelo Vasco da Gama, para disputar a Liga Nacional pelo gigante da colina. No começo de 2010, foi contratado pelo Boticas. Nos últimos seis meses defende as cores do Belenenses. Eliana Lopes

Pelo Centro Esportivo, Regufe foi bicampeão carioca


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