Jornal Na Jogada - mês Novembro 2011

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Foto de Anderson Lopes

Cabo Frio – Novembro de 2011 – Ano IV – Edição nº 19 – Distribuição Dirigida – www.najogada.com.br

EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO

Um dos empresários que mais incentiva o esporte em Cabo Frio, o presidente ARMANDO MARIOSA conta os segredos do hexa da ADDP. Reportagem especial nas páginas 8 e 9

Mais uma vez

campeão E MAIS:

Maxinny na seleção Cleimar assume Cabofriense Morubá: esporte para mudar imagem do bairro


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NA JOGADA - novembro 2011

NA JOGADA - novembro 2011ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO CABOFRIENSE

Léo Borges

Cleimar Rocha:

Até que enfim! É com enorme alegria que retornamos com o Jornal Na Jogada. Um veículo de imprensa respeitado na nossa cidade e que traz com imparcialidade e competência os acontecimentos no nosso esporte. Toda vez que estamos produzindo e vai chegando a hora de enviar o jornal para a gráfica vai batendo aquele frio na barriga, a mesma coisa que um jogador sente quando vai entrar em campo, porque aquilo é a paixão dele. A minha é essa e como é bom sentir essa sensação novamente. Essa edição é com a maior quantidade de páginas que um exemplar do Jornal Na Jogada já teve, 16 ao todo. Um presente de aniversário nosso para vocês, leitores. Curta bastante essa edição, que está maravilhosa. Não poderia deixar de agradecer a nossa equipe que sempre faz o jornal com maior carinho e dedicação. Obrigado Mangueira, Eliana, Luana e todos aqueles que me ajudaram em mais uma edição. Agradecimentos feitos, vamos aos pitacos! Prêmio Cabo Frio de Comunicação Após eu ter recebido o Prêmio de prata João Saldanha de Jornalismo Esportivo, em abril, concedido pela Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ) e da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), neste mês de novembro o repórter Luis Soares foi premiado com o 3º lugar na categoria webjornalismo, com a matéria “Artilheiros cabofrienses conquistam o Estado”, uma matéria sobre Kojack e Rodriguinho, que foram artilheiros do Carioca deste ano, nas categorias sub20 e adulto, respectivamente. Esse ano de 2011 tem sido maravilhoso e esses dois prêmios vêm engrandecer ainda mais o nosso trabalho. É apenas o começo. Muito mais virá, tenho certeza disso. Parabéns Luis, parabéns Grupo Na Jogada. SECOM-UVA 2011 Eu e meu amigo Mangueira palestramos na Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida, neste mês, sobre Jornalismo Esportivo. O tema foi mídia e esporte e falamos principalmente do jornalismo esportivo da nossa cidade, o que vivenciamos no dia-dia. Foi muito legal, produtivo demais. Quero agradecer ao Diretor da Universidade, meu querido Ronaldo Piloto, a Coordenadora Andreia Gorito, a professora Heloiza Reis e aos alunos que participaram da organização do evento. Parabéns, vocês são feras demais! Imparcialidade e profissionalismo Sempre tratamos com respeito e profissionalismo todas as pessoas envolvidas no esporte cabofriense. Sempre cobrimos o nosso desporto através do site najogada.com, do Jornal Na Jogada e Programa Na Jogada e sempre tivemos uma conduta correta. Prezo muito pela imparcialidade do nosso Grupo. Quando criticamos sempre fazemos para que se possa melhorar e nunca para denegrir a imagem pessoal do mesmo. Criticamos o cargo e não o ser humano, o pai de família. Infelizmente vivemos em uma cidade que a

Um ano sem o ginásio Aracy Machado

crítica em HIPÓTESE NENHUMA pode ser feita. O que predomina aqui é sempre a moral, a ajuda. Se não tiver isso, não presta. A crítica construtiva é importante, pois sem ela não há melhora. Os mesmos que reclamam, são os mesmos que depois pedem moral, os mesmos que querem aparecer.

Para encerrar essa coluna, soube que tem algumas (pouquíssimas) pessoas na Secretaria de Esportes que estão chateadas comigo, pelas críticas construtivas que fiz sobre alguns assuntos há cerca de dois, três meses atrás. Soube até que alguns estão dizendo que não vão mais ao Programa Na Jogada. Gostaria de agradecer o favor que está fazendo em não ir, pois fazemos um programa sério, onde levamos informação de qualidade ao nosso telespectador. Só para lembrar, a política muda de quatro em quatro anos, não dura pra sempre. Quero mandar um abraço para a maioria dos funcionários que trabalham na Secretaria e que não tem nada haver com isso. Tenho muitos amigos lá e não vai ser por causa de um ou outro que vou deixar de frequentar o local. Por fim, não percam a edição do mês de Dezembro do Jornal Na Jogada, pois será ainda melhor que essa. Não percam! Grande abraço a todos!

(*) Léo Borges começou sua carreira em 2006, com o site Na Jogada. Passou pelas rádios Costa do Sol e Sucesso, pelos jornais Lagos Jornal e Folha dos Lagos e nas TV’s Lagos (Canal 7), Cabo Frio TV (Canal 10) e atualmente na Jovem TV (Canal 8). Escreveu matérias para sites como O Lance!, Jornal dos Sports, O Dia, Jornal do Brasil online, dentro outros sites e jornais esportivos.

EXPEDIENTE Jornal Na Jogada

Uma publicação de NaJogada Comunicações Ltda. CNPJ: 13.429.272/0001-53 Fundador e editor: Léo Borges Jornalista responsável: Roberta Costa - MTB: 30034-RJ Diagramação: Eliana Lopes Redação e Projeto Visual: Anderson Lopes Publicidade: Henrique de Oliveira, Vladimir Rojas, Eliana Lopes e Anderson Lopes Colaboradores: Luana Macêdo, Dayanne Neves, Luis Soares e André Santos Impressão: Areté Editorial Jornal Lance - 3 mil exemplares Obs.: Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

“Nosso objetivo é o acesso” Treinador fala com exclusividade sobre preparação, CT do clube e promoção

Cabofriense A Cabofriense se reapresenta em meados do mês de dezembro. O time vai vir forte para a Série B do Carioca, com o objetivo único e exclusivo de subir para a Série A. Para isso contratou um bom treinador (Cleimar Rocha) e vai tentando contratar jogadores de qualidade para fortalecer o elenco para a competição. O torcedor pode esperar, essa equipe promete brigar para subir com unhas e dentes. Se os torcedores fizerem o papel deles na arquibancada o casamento tem tudo para ser perfeito. Esporte amador Neste mês de novembro tivemos a definição do campeonato de futebol de areia e do futsal. Na praia o título ficou o Morubá, que foi campeão invicto e com total competência. Parabéns ao amigo Felipe e a todos da comunidade, que vai mostrando que sabem fazer esporte apesar de todos os problemas que enfrentam. Parabéns também para o meu amigo Pocotó, que brilhantemente levou o Areia Branca a final. No futsal o título ficou com a ADDP. Um jogo maravilhoso, decidido nos minutos finais e com muita emoção. Parabéns aos jogadores, comissão técnica e ao nosso amigo Armando. Parabéns também ao Arraial do Cabo que batalhou o jogo inteiro e que mostrou a cada ano vêm cada vez mais forte. O Municipal de futebol amador termina nesta semana, com a final entre Jardim Esperança e Operário. Uma competição muito bem organizada, graças a Rico, Jacaré, Zé Raimundo e toda a equipe. Quero deixar o meu abraço para os três e dizer que eu já esperava pelo sucesso da competição.

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2005, Brasil x Cuba no basquete feminino: bons tempos Em dezembro, o esporte de Cabo Frio tem um aniversário que não merece nenhuma comemoração: o ginásio Aracy Machado completa, no próximo mês, um ano sem utilização de sua quadra poliesportiva. Fico triste de ver o descaso da Prefeitura e principalmente da Secretaria de Esportes com um patrimônio importante para o desporto municipal. Como Vereador e ex-secretário de Esportes fico indignado com essa situação, que já cobrei bastante na tribuna da Câmara Municipal de Cabo Frio. Desde que o Ginásio foi inaugurado sempre o tratei como minha segunda casa. Ficava mais lá do que propriamente em casa e nunca deixei de ser zeloso com ele. Quando saí da Secretaria deixei todo pintado e bem cuidado. É triste você chegar hoje e ver a quadra do jeito que está. Fomos palcos de jogos da seleção brasileira de vôlei, de basquete, de futsal, já conquistamos vários títulos naquela quadra e hoje o que vemos é um monte de remendo no piso. As telhas foram compradas, o piso novo também, o que se está esperando para que seja trocado? Temos que cobrar, pois lutamos junto com muitos desportistas pela construção do Ginásio Aracy Machado, com o movimento “Esporte sem teto”, no qual também fazia parte. Infelizmente esse aniversário nunca deveria existir, pois era para aquele espaço estar sendo utilizado. Com a não utilização do Aracy Machado, o ginásio Vivaldo Barreto, no Jardim Esperança, ficou sobrecarregado, fazendo com que muitas equipes não tivessem quadra para treinar adequadamente para competições regionais e estaduais. Mudando um pouco de assunto, fiz a indicação de Moção de Aplausos para a ADDP, que neste mês se sagrou hexacampeã do Campeonato Municipal de Futsal. Quero parabenizar a todos do clube que vem fazendo um trabalho maravilhoso e por isso conseguiram mais essa conquista na cidade. Parabéns Armando e a todos que fazem parte desse time campeão. (*) Zé Ricardo é vereador e foi secretário de Esporte e Lazer de Cabo Frio entre 2005 e 2008

O planejamento da Cabofriense para a Série B não poderia ter começado melhor. O Tricolor Praiano acertou a contratação do experiente e competente técnico Cleimar Rocha, de 53 anos, e que teve destaque em 2011 ao levar o Olaria às semifinais da Taça Rio. Antes da passagem pelo clube da Rua Bariri, o treinador passou os últimos cinco anos à frente do Friburguense, onde sempre teve êxito. Agora no tricolor praiano, Cleimar já começa a fazer o planejamento para a Série B, juntamente com a diretoria. O técnico falou com exclusividade para o Jornal Na Jogada. Confira: Na Jogada: Como foi o seu acerto com a Cabofriense? Cleimar Rocha: Foi tranquilo. O presidente Valdemir expôs o projeto e me mostrou a estrutura maravilhosa que o clube tem e que aqui no Rio de Janeiro particularmente eu não conheço ninguém que tenha igual. Perspectiva de fazer um grande trabalho, com a subida para a primeira divisão. Valdemir colocou a intenção de disputar competições nacionais, isso é importante, pois é a referência para o atleta que chega, para a diretoria, para a comunidade de saber que o clube quer ultrapassar as barreiras da cidade, do estado e isso motiva a todos nós. NJ: Qual era a visão que você tinha do clube antes do acerto? CR: A Cabofriense sempre foi um clube de referência no Rio de Janeiro, não só pelas campanhas que fez ao longo dos estaduais, mas pelo que amigos meus que tinham passado por aqui haviam dito, sempre positivamente. Todos sempre falaram que quando não existia essa estrutura aqui, o Valdemir

sempre corria atrás para deixar os profissionais à vontade para trabalharem bem. Por isso os resultados aconteceram. O clube está passando por um período difícil, complicado, onde a maioria das equipes no Rio já passaram por essa situação. Então, as referências que tive foram às melhores possíveis e isso foi meio caminho andado. NJ: Você é um cara que alia a base teórica à pratica. Acredita que isso ajuda no trabalho? CR: É fundamental. O futebol é uma atividade multidisciplinar, vários níveis de conhecimento que estão inseridos no futebol moderno. A questão da recuperação do jogador, a questão da preservação da saúde, da facilitação para que o atleta esteja sempre em condições de poder fazer os treinamentos em campo, isso tudo está incluído na parte física, psicológica. NJ: Para o torcedor que ainda não te conhece, quais são suas características? CR: Eu sou muito ligado ao dia-dia do trabalho. Eu acredito que o jogo ele é ganho durante a semana. Ao longo do tempo ele vai se fortalecendo e você vai formando um grupo qualificado para entrar em campo. O que a gente sempre pretende é que o time comece o jogo e termine em condições de vencer a partida. Às vezes você começa bem, mas não termina bem. Por isso que você tem que trabalhar forte no dia-dia. Sou um cara muito de campo, e pelo tempo que tenho no futebol a gente sabe que o jogador tem que estar feliz para desenvolver sua profissão. Eu tento na medida do possível que eles se sintam a vontade e motivados para dar o retorno que interessa ao clube. NJ: O que você achou do Centro de Treinamentos do clube? CR: Ter o Centro de Treinamentos faz diferença. Hoje todos os clubes no país buscam essa estrutura. Como eu falei, futebol se ganha com o traba-

lho durante a semana. E como um espaço físico desse, com gente competente para trabalhar e dar condições aos jogadores de chegar na hora da partida estar bem preparado. Todo mundo busca um espaço desses e o presidente Valdemir está de parabéns, assim como a cidade de Cabo Frio, por ter um espaço como esse. Estão dando um salto de qualidade na maioria dos clubes do Rio. NJ: Você já tinha passado por algum clube que tem uma estrutura semelhante? CR: O Nova Iguaçu tem uma estrutura muito boa de trabalho e é um clube pioneiro de buscar novos espaços. Basicamente um clube que tive a oportunidade de passar e que tinha essa preocupação. NJ: Como está sendo a montagem do elenco para a Série B? CR: Assumi recentemente e estamos conversando sobre os reforços com a diretoria. Estamos vendo os jogadores que tem contrato com o clube, para depois você vê o que precisa buscar para fazer um grupo homogêneo, de qualidade. Conheço alguns atletas, pois disputei a mesma competição e acompanhei a Série B, então eu tenho a noção do que precisamos. NJ: Qual o perfil de jogador que você gosta de trabalhar? CR: Os jogos da segunda divisão têm uma característica diferente, mas o jogador que gosta de trabalhar ele serve pra qualquer divisão. Tem que ter objetivos claros definidos, que pensa grande, que busca jogar a primeira divisão, busca uma projeção nacional ou internacional. Esse jogador sempre vai ser prioridade. Não que a questão técnica e física não seja importante, mas a mentalidade tem que ser essa. O atleta tem que querer mudar a vida dele, querer buscar um espaço e aí com certeza você vai fazer um grande time. NJ: Você teve uma pas-

sagem boa durante cinco anos no Friburguense e no último Estadual levou o Olaria as semifinais da Taça Rio. Você ficou valorizado. O que te fez aceitar a proposta da Cabofriense? CR: O projeto que me foi apresentado pelo presidente. Ele me expôs teoricamente o que tinha para oferecer e isso (CT) é um sonho para toda comissão técnica, porque a gente sabe que é difícil, é caro, sabemos que não depende apenas da vontade dos dirigentes, tem que ter recursos para fazer e manter, e ele conseguiu. A vontade de fazer a Cabofriense crescer no cenário nacional é tudo que a gente quer um clube que pense grande e que tenha condições de executar esses objetivos. NJ: O grupo da Cabofriense é considerado o grupo da morte na Série B, pois conta com América, Goytacaz, Audax Rio, São João da Barra, entre outros. Como você avaliou essa chave? CR: O sorteio acabou deixando os grupos desnivelados. Mas se por um lado pode parecer ruim, por causa de se classificar para a segunda fase, por outro lado você enfrentando um grupo qualificado você chega mais preparado na segunda fase. Você pega adversários mais difíceis, bem treinados e temos que estar bem preparados para isso. Vamos entrar em um grupo firme que é nossa obrigação e não temos outro objetivo que não seja a classificação para a segunda fase e, consequentemente, o acesso. NJ: Você acredita que o tempo de preparação seja curto? A Cabofriense se reapresenta dia 15 de dezembro, tem as folgas de finais de ano e estreia na Série B no dia 4 de fevereiro. Acha que

é pouco tempo? CR: Algumas equipes já começaram a trabalhar. Depende muito da onde você vai começar o trabalho. Temos que buscar primeiro os jogadores que nos interessam, muitos deles já estão no clube. A vantagem desse campeonato é que mesmo que você tenha pouco tempo de preparação, a competição é longa. Só na primeira fase são 18 jogos, então você consegue recuperar depois. Mas acredito que com boa vontade dos jogadores, da comissão técnica e da diretoria, esse tempo possa não nos fazer mal. NJ: O único objetivo é o acesso? CR: No primeiro momento, sim. É importante atingirmos o acesso para depois buscarmos outros objetivos. Aí você entra em outro patamar, buscando outras séries, uma visibilidade maior. Isso é fundamental no futebol e aqui não poderia ser diferente. NJ: O que o torcedor pode esperar da Cabofriense sob o comando? CR: Como todo time que eu dirijo e eu faço questão de falar isso com os jogadores. Vamos ser um time que vai buscar sempre o resultado, a vitória em qualquer circunstância, seja dentro ou fora de casa, sempre respeitando o adversário. Mas vamos sempre buscar os resultados e em momento nenhum se entregar. Enquanto o jogo não terminar, vamos sempre buscar aquilo que nos interessa.


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ESPECIALFUTSAL DE ANIVERSÁRIO NA JOGADA - novembro 2011

NA JOGADA - novembro 2011 CABOFRIEN-

FUTSAL

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Léo Borges

Léo Borges

ADDP celebra boa temporada do sub-20

Winicinho (com a bola) fez o gol no empate em 1 a 1 contra a Casa de España/Botafogo, na primeira semifinal

Seguido por Rodolpho (camisa 21), Jackson (8) sai em direção à torcida para comemorar seu gol, que definiu o sexto título consecutivo da ADDP

Foi, como sempre, difícil. E nesta temporada, parecia ainda mais difícil, depois da perda da invencibilidade de quase três anos e dos jogos difíceis contra o Rosa de Saron/Mais Saúde Fitness, na semifinal; e contra o Arraial do Cabo, na final. Mas a ADDP voltou a fazer história no futebol de Cabo Frio e conquistou, pela sexta temporada seguida, o título de campeão adulto da cidade. Desde o tetracampeonato em 2009, o recorde de títulos consecutivos é da ADDP. No entanto, o sexto triunfo coloca o clube a apenas três do Tamoyo, maior campeão da história do Municipal.

A partida decisiva entre ADDP e Arraial do Cabo foi jogada no dia 23 de novembro e, com todas as características históricas da rivalidade entre as duas cidades, foi tensa e disputada. Mesmo com 3 a 2 no placar e um minuto para terminar o jogo, a torcida da ADDP, apreensiva, ainda não soltava o grito tradicional de “é campeão”. O Arraial pressionava utilizando o capitão Raphael Agualusa como goleiro-linha em busca do gol de empate que levaria o jogo para a prorrogação. A situação só mudou – para felicidade da torcida da ADDP que ocupou boa parte das arquibancadas do ginásio Vivaldo Barreto – faltando 40 segundos para o fim do jogo. Vacilo na substituição do goleiro para a entrada do gol linha, mais uma bola mal dominada por Julio e o gol ficou escancarado para Thiago Campos fazer 4 a 2 para a ADDP. No último ataque do jogo, mais um gol, o de Jackson (cuja foto de comemoração ilustra esta matéria) para fechar o marcador em 5 a 2, assegurando a manutenção da hegemonia da ADDP. Apesar de não ser um título invicto

como nas temporadas de 2009 e 2010, os números do time de Everaldo Rangel na competição impressionam. Foram sete vitórias em nove jogos. As duas únicas partidas que a ADDP não venceu foram justamente contra o Arraial do Cabo – 5 a 1 na fase de classificação e 2 a 2 no primeiro jogo da final. Além dos 22 pontos conquistados em 27 possíveis, a ADDP teve, mais uma vez, a melhor defesa do campeonato. Com Marcelo como titular e Mike e Thiago Vidal se revezando na suplência, o time sofreu apenas 18 gols, média de dois por partida. Sem contar com Rodriguinho, artilheiro do Municipal em 2009 e 2010, o melhor ataque não ficou com a ADDP desta vez – o Arraial foi o time que mais balançou as redes adversárias, comandado por Gabriel Santos, artilheiro do campeonato, com 17 gols. As comemorações pelo hexacampeonato começaram já no apito final da arbitragem e demoraram a terminar – com todos motivos, diga-se de passagem. Quem é ADDP tem seis vezes mais razões para sorrir neste fim de ano.

Nas demais categorias também é hora de decisão Termina no início de dezembro o calendário da Liga Cabofriense de Futsal. No fechamento desta edição, apenas o campeonato adulto já havia sido definido. Das sete categorias que ainda estavam em aberto até o fechamento desta edição, cinco delas já conhecem os dois finalistas – o sub17 já teve, inclusive, um jogo da final. No sub15, ainda faltam acontecer as duas semifinais; e no sub20, Rosa de Saron e ADDP ainda jogam uma vez para decidir quem enfrenta o Bandeira Real valendo o título. Confira as partidas que faltam acontecer para definir os demais campeões do futsal de Cabo Frio em 2011:

Menores, final, dia 3/12 Grêmio Samburá x Cabofriense (sub7), Bandeira Real x Grêmio Samburá (sub9), Bandeira Real x Cabofriense (sub11) e Gaivota x Cabofriense (sub13) Sub15, semifinais, dia 30/11 Rosa de Saron x Bandeira Real e ADDP x Cabofriense Final dia 3/12 Sub17, final, dia 29/12 Bandeira Real x Grêmio Samburá (o Bandeira Real venceu o primeiro jogo por 8 a 3) Sub20, semifinal, data a confirmar ADDP x Rosa de Saron (o Rosa de Saron venceu o primeiro jogo por 5 a 1) Finais com data a confirmar

Equipe sub-20 luta para chegar à final do Estadual pela primeira vez

O Cabo Frio Futsal está a um passo de fazer história no esporte da cidade. Na próxima quinta-feira a equipe entra em quadra para lutar pela classificação para a final do Campeonato Estadual, realizado pela Federação de Futsal do Estado do Rio de Janeiro (FFSERJ). Após empatar com a Casa de España/Botafogo em 1 a 1 no jogo de ida, em casa, na quinta-feira (1/12) a equipe cabofriense precisa vencer para garantir a vaga na final, e consequentemente, o sonho de ficar marcado na história do futsal de Cabo Frio. A equipe se classificou em

sexto lugar na primeira fase, mas cresceu durante a competição estadual. Para romper esse último degrau e chegar de forma inédita a uma final de um campeonato realizado pela FFSERJ na categoria, o técnico Antônio Wagner, o Cabeça, espera que os jogadores deixem em quadra um “algo a mais” para buscar o ideal da equipe no ano de 2011. – Vai ser um jogo bem difícil na semifinal, mas acredito demais que podemos chegar nessa grande final. Vamos fazer o que estamos treinando, com coração e entrega. Essa pode ser a última oportunidade para muitos desses jogadores, então é a hora de fazer história em Cabo Frio, espero que possamos apresentar o que realmente o time sabe e seguir para a final – analisou o treinador. Desde a estreia contra o

Vasco da Gama (derrota por 3 a 1) até a classificação para a semifinal contra o Piedade (vitória na prorrogação por 1 a 0, depois de empate em 4 a 4 no tempo normal), o time evoluiu dentro de quadra. Para o treinador, o Cabo Frio Futsal teve pontos marcantes durante a trajetória, que pode ser coroada da melhor forma possível. – Tivemos momentos determinantes durante toda a competição, a chegada do Marcelinho me ajudou muito na construção do grupo, por exemplo. O diferencial para chegarmos à final é todos acreditarem que é possível e jogarem com a cabeça no lugar. Buscando a motivação para que fechem de maneira vitoriosa a geração deles. É mais um ponto para motivá-los, espero conseguir isso com eles – afirmou Cabeça.

Com uma característica de grupo, o Cabo Frio está a poucos passos de marcar o nome de cada atleta na galeria de uma cidade que respira futsal. De acordo com o treinador, isso é fruto do trabalho de cada jogador e da comissão técnica. – O trabalho não é sou meu e dos jogadores, é de todos, João Vitor virou meu auxiliar, e me ajudou em todos os sentidos. Wagner pegou nesta reta final os goleiros, Higor e o Diogo, e eles estão crescendo muito dentro e fora das quadras. Otávio foi determinante nesta jornada, sem ele as coisas que conseguimos não teriam ido da maneira como foram; tenho certeza que o sucesso do trabalho se deve a todos os envolvidos, não sei fazer nada sozinho, vamos buscar esse objetivo, acima de tudo fazer história com o sub-20 do Cabo Frio - finalizou o técnico.

Mesmo sem ter alcançado a semifinal do Campeonato Estadual, a ADDP tem bons motivos para festejar a temporada de 2011 na categoria sub20. Participando novamente das competições da Federação nesta categoria depois da ausência em 2010, o clube foi semifinalista do Campeonato Carioca, no primeiro semestre; e teve boas atuações no Estadual – a mais destacada delas, justo no clássico local, quando, em um jogo espetacular, venceu o Cabo Frio Futsal por 5 a 4. – Não podemos dizer que foi um ano ruim. Pelo contrário. Aproveitamos alguns valores da temporada passada, quando não fomos bem, e a estes se somaram alguns jogadores. No Carioca, a gente surpreendeu e acabou tendo mais êxito em relação às vitórias e por ter chegado à semifinal. Mas fizemos também bons jogos no Estadual, nesse semestre – analisou Anderson Lopes, o Mangueira, treinador da equipe. No cargo desde 2006, Mangueira participou das quatro campanhas do sub-20 verde em campeonatos da Federação. E o aproveitamento é bom: com exceção de 2007, quando o time terminou em último lugar na sua chave, nas outras vezes, a ADDP pelo menos passou para a segunda fase. Em 2009, no Estadual, o time foi semifinalista, perdendo a vaga na final para o Flamengo. No Carioca deste ano, a derrota na semifinal foi para o Vasco da Gama; e no Estadual, o time foi eliminado pelo Fluminense nas quartas de final. – O objetivo maior é fazer com que os meninos possam subir e serem aproveitados pelo Everaldo, no time adulto. Do atual elenco hexacampeão, Marcelo, Marrinha, Dedé e Thiago Campos jogaram comigo no sub20, além do Rodriguinho, que saiu no meio do campeonato. Do atual time sub20, acho que uns cinco ou seis jogadores têm condições de compor o elenco principal – analisou o treinador.

Três anos de sucesso! Cabo Frio deve se orgulhar por ter um jornal esportivo deste nível! Parabéns, Na Jogada!

Totonho


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OPINIÃO

Um apelo em prol do futsal

S

em puxar sardinha pro meu lado – até porque faço parte desse processo, desde muito tempo – mas é impossível abrir este artigo sem fazer um apelo na defesa do futsal de Cabo Frio. Com a temporada de 2011 já no fim – faltam, na melhor das hipóteses, mais duas semanas apenas de trabalho, contando do dia em que escrevo este texto – uma análise inequívoca que eu faço é a seguinte: na atualidade, a qualidade dos trabalhos de futsal desenvolvidos em Cabo Frio hoje é muito maior que o apoio que as equipes da cidade deveriam ter. Se as entidades ADDP e Cabo Frio Futsal, seus respectivos profissionais de comissão técnica e jogadores tivessem o apoio que a modalidade merece ter pelos resultados que apresenta, as equipes e atletas chegariam muito mais longe. Contando apenas as competições de alcance estadual nesta temporada: no primeiro semestre, as equipes adultas do ADDP e Cabo Frio chegaram à segunda fase do Carioca da FFSERJ; os dois clubes fizeram um histórico confronto valendo uma vaga na semifinal do Carioca sub20 da FFSERJ (vencido pela ADDP); e o Rosa de Saron conquistou o título da Super Liga Futsal Rio, também no sub20. No segundo semestre, apesar da má campanha das equipes adultas, a ADDP chegou à segunda fase do Estadual sub20 da Federação. O Cabo Frio foi até às semifinais, e briga com chances por uma inédita vaga na decisão. E o sub17 do Cabo Frio também chegou à segunda fase do Estadual. Isso tudo com poucos recursos financeiros, com escassez de quadra para treinamentos (no nosso caso da ADDP, ainda tendo que contar com a boa vontade climática), com as limitações de rodagem, principalmente dos mais jovens. E aí, de tanto jogar, de tanto viajar e confrontar com equipes grandes, médias e pequenas, com clubes de tradição nacional no futebol e em outras modalidades, com clubes que são símbolos no futsal do Estado, tenho a clara certeza de que falta, sobretudo, mais comprometimento da cidade com a modalidade. Cabo Frio pode ser um equivalente fluminense a Orlândia, a Marechal Cândido Rondon, a Jaraguá do Sul (que mesmo sem a Malwee bancando um superprojeto, está com seu time na final do campeonato catarinense), a Carlos Barbosa. Todo mundo aqui, em algum momento ,já jogou futsal. Crianças e adultos, meninos e meninas. A modalidade está enraizada na cidade, graças ao incansável trabalho de muitas e muitas pessoas que, ao longo de 25 anos, trabalharam para que a Liga de Cabo Frio pudesse funcionar e se reinventar.

Graças aos projetos sócio-esportivos, como o extinto CEEDUC (que apesar das críticas que sofreu ao longo de sua existência, tem uma importância imensa na disseminação do futsal na periferia da cidade); aos clubes tradicionais como Tamoyo e Cabofriense (que não podem ficar de fora do futsal); aos clubes de bairros, como União, River e Progresso; aos projetos vencedores de ADDP e Rosa de Saron, que vem dominando, respectivamente, as categorias adulto e sub20 há anos. E por que não dizer, graças às participações dos times “de longe”: os de Arraial do Cabo, que sempre estiveram aqui; o Grêmio Samburá, representando o Distrito de Tamoios, que pode ser “de longe”, mas é tão Cabo Frio quanto nós; os clubes aldeenses… enfim, a relação é muito extensa. Mas o que tento modestamente mostrar é que o futsal é o esporte que pode fazer Cabo Frio se mostrar de verdade para o país. Já vimos isso entre 2006 e 2008, com as participações na Liga Futsal e com o bicampeonato carioca adulto. O meu apelo é para que todos, os que já militam, os que ainda não militam, Poder Público e iniciativa privada, imprensa… enfim, todos mesmo, se unam em prol do futsal de Cabo Frio. Deixem as vaidades e as diferenças pessoais de lado e pensem no futuro da modalidade. É um apelo que deixo neste espaço. Há várias coisas que precisam ser feitas com custo baixo e boa vontade: capacitação de árbitros e técnicos, investimento em competições de “jogos não-formais” para a molecada mais nova, trabalho em conjunto com as universidades Estácio de Sá e Veiga de Almeida para detectar os universitários que gostam e/ou têm vontade de trabalhar com futsal… Enfim, medidas simples que não dependem de muito dinheiro, e sim da boa vontade de quem está envolvido neste processo. E um recado para os jogadores mais jovens da cidade: invistam em vocês, acreditem no potencial de vocês, trabalhem. Queiram investir DE VERDADE na carreira de jogador de futsal. Os exemplos tão aqui do lado: Wellington tá na China, Bruno Regufe e Arthur em Portugal, Fabrício, Bruno Ciro e Rodriguinho em um Macaé Sports que está voando no Estadual (mesmo com toda a dificuldade), Leanderson e Daniel no Imperial em Petrópolis, Digo no Paraná, Dawisson em São Paulo… E tem muita gente boa por aqui. Jogando e trabalhando. No meu clube e nos outros clubes. A rivalidade é importante quando é sadia e se limita às quatro linhas. Quando passa da quadra pra vida pessoa ela deixa de ser rivalidade, se torna inimizade – e isso não é um sentimento saudável. Um abraço, nos vemos por aqui na próxima edição do Na Jogada.

Parabéns ao Jornal Na Jogada pelo terceiro aniversário!!! O Tamoyo Esporte Clube felicita toda equipe do Na Jogada pelo sucesso alcançado na caminhada da comunicação esportiva.

Gustavo Paixão - Diretor de Esportes

NA JOGADA - novembro 2011

Luana Macêdo Quase um ano de saudade Os meses vão passando, mas as histórias não mudam e muito menos são esquecidas. Todo o Brasil está na contagem para a chegada dos megaeventos que vão sacudir o país a partir de 2014. Aliás, que estão sacudindo desde já. Dói o coração passar em frente ao Maracanã e ver aquele gigante completamente cinza e sem utilização, parece que falta alguma coisa no Rio de Janeiro. E meus caros, guardadas as proporções, meu coração não fica nada satisfeito também em ver o Ginásio Poliesportivo Aracy Machado parado para as competições há quase um ano. Sim, são quase doze meses de ausência. Tanta coisa aconteceu nesses meses: o basquete retornou, a ADDP confirmou a hegemonia municipal e foi hexacampeã, o Cabo Frio Futsal passou de fase no sub-20, clássicos quentes e inesquecíveis, goleadas e tantos outros fatos superimportantes. Fico triste de estar aqui falando disso, mas esse quase aniversário não pode passar em branco. Lembro bem de uma vez que entrei no Aracy para fazer imagens do piso e do andamento das obras, e fui abordada por um senhor que me contou sobre a tradição de que todo ginásio tem um fantasma, quase como de casa, sabe? Desde essa cena já passaram seis meses e o único fantasma que eu tenho certeza que existe é esse que assombra todos os atletas e apaixonados pelo esporte cabofriense: a falta que o Aracy Machado faz. Imagino quem participou da luta para o esporte de cabo frio ter um local destinado, quem brigou no esporte sem teto obviamente não está feliz com essa situação. Mas enfim, a minha torcida é para que tudo seja resolvido. Com clareza e rapidez, de preferência. Arquivo/Eliana Lopes

(*) Luana Macêdo é jornalista e integrante do programa Na Jogada, na Jovem TV

Três anos informando tudo que acontece no esporte da nossa cidade com a autoridade de quem conhece sobre o assunto. Parabéns ao jornal Na Jogada!

Fernando do Comilão

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Na Jogada é premiado! Reportagem de Luis Soares publicada no site ficou com a terceira colocação no “Prêmio Cabo Frio de Comunicação” O site Na Jogada, através do repórter Luis Soares, foi premiado com o terceiro lugar na categoria webjornalismo, no VIII Prêmio Cabo Frio de Comunicação, organizado pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio, por meio da Coordenadoria Geral de Comunicação Social, com a matéria “Artilheiros Cabofrienses conquistam o Estado”. A festa foi realizada no Clube do Canal, no dia 19 de novembro. Na primeira colocação ficou com Daniel Wingler, com a matéria “Viagem virtual pelas belezas de Cabo Frio”. A segunda colocação foi para Andréa Morais, com a matéria “Março não é mais o mesmo”. A matéria que foi premiada fala dos jogadores Kojack e Rodriguinho, que foram artilheiros do Campeonato Carioca de Futsal sub20 e adulto, respectivamente. Com instintos parecidos para o gol, os artilheiros falam sobre a jovem carreira vitoriosa nas quadras municipais e estaduais. Feliz com a premiação, o repórter Luis Soares ficou emo-

cionado não apenas com a conquista pessoal, mas também pelo fato do Grupo Na Jogada receber o segundo prêmio neste ano, já que no mês de Abril o repórter Léo Borges ficou com o troféu de prata no Prêmio João Saldanha de Jornalismo Esportivo, promovido pela Associação dos Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (ACERJ) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI), através de matéria publicada pelo jornal Na Jogada. - Estou feliz demais por receber esse prêmio e principalmente de ver o grupo crescendo e sendo respeitado na cidade e em todo o Estado. Fomos coroados com uma matéria que fala de dois filhos de Cabo Frio que ganharam projeção estadual e que orgulha a nossa cidade. Estou feliz, esse título não é somente nosso, pois quem sai ganhando é o nosso esporte sempre sendo divulgado – comentou. Para Léo Borges, fundador do grupo Na Jogada, a emoção pela conquista dos prêmios é algo que mexe muito com ele. - Eu criei o grupo e cada vez

Léo Borges

Luis Soares recebeu o prêmio das mãos da vice-prefeita Delma Jardim

que estamos concorrendo a algum prêmio, eu fico ansioso, nervoso, sempre pensando que podemos estar representando bem o jornalismo esportivo e

também o nosso esporte. Graças a Deus estamos crescendo e eu agradeço a Deus primeiramente pelas bênçãos que Ele tem nos dado. Queria agrade-

cer também a todos que nos ajudam direta e indiretamente, sem vocês não chegaríamos até aqui. Obrigado por tudo – concluiu.

Equipe participa da Semana de Comunicação da UVA Nos dias 22, 23 e 24 de novembro, aconteceu a 3ª edição da Semana de Comunicação da Universidade Veiga de Almeida (SECOM-UVA), que, neste ano, teve como tema “Comunicação e Esporte: Mídia, Mercado e Entretenimento”. A programação dos três dias foi diversificada, com vários temas em pautas. E logo no primeiro dia de palestras, os repórteres esportivos Léo Borges e Anderson Lopes, ambos do grupo Na Jogada, estiveram junto com a jornalista Cris Dissat, do blog Fim de Jogo, para uma palestra sobre “Mídia e Esporte”. O papo dos palestrantes com os universitários foi bem proveitoso, tendo inclusive passado do tempo inicial programado. Apesar de ter sido a primeira palestra da SECOM, o público foi bom e esteve atento às explicações de Dissat, Borges e Lopes.

Cabo Frio bicampeão carioca de futsal: um dos momentos marcantes do Aracy

GERAL

NA JOGADA - novembro 2011

- Estar ao lado de dois profissionais como a Cris e o Mangueira é um privilégio muito grande. Prestei atenção no que eles disseram e também aprendi bastante. Tentei passar minha experiência de seis anos no jornalismo esportivo da cidade para mostrar as dificuldades que temos no interior. Mas que mesmo assim não devemos desistir dos nossos objetivos e que temos sempre lutar por eles. Sem perseverança não chegamos a lugar nenhum. Foi muito legal e quero fazer um agradecimento especial à professora Heloiza Reis que foi a mediadora e nos deixou bem à vontade. Palestrar ao lado de feras não é fácil – comentou Léo, que elogiou a organização do evento. - Antes de mais nada quero parabenizar a organização que os alunos tiveram nessa SECOM, estão de

parabéns. Não posso deixar de citar também todos os professores que participaram desse evento maravilhoso, assim como a direção que deu total apoio – disse. Luana Macêdo

A professora Heloíza Reis, Cris Dissat, Léo Borges e Anderson Lopes

Parabéns ao jornal “Na Jogada” pela passagem de seu terceiro aniversário. Que este importante veículo de comunicação continue acompanhando o desenvolvimento do esporte de nossa querida Cabo Frio.

Marquinho Mendes


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NA JOGADA - novembro 2011 Arquivo/Marconi Castro

REPORTAGEM DE CAPA

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NA JOGADA - novembro 2011

Armando Mariosa:

“O título deste ano foi o mais valioso da história da ADDP” Arquivo pessoal/Nathalia Trindade

Uma cena recorrente nas decisões do futsal de Cabo Frio nos últimos anos: Armando comemorando o título ao lado de Marquinho, capitão da ADDP

Criada em julho de 2005, a Associação Desportiva Drogaria do Povo ocupou rapidamente lugar de destaque no futsal de Cabo Frio. Com o título conquistado em cima do Arraial do Cabo, o clube chega à impressionante marca de seis títulos municipais na categoria adulta em sete campeonatos disputados. À frente de todas as conquistas está o presidente do clube, Armando Mariosa. Radicado há 14 anos em Cabo Frio e grande incentivador do esporte local, Armando condedeu uma entrevista exclusiva ao “Na Jogada”, onde avalia o título municipal de 2011 como o mais importante da história do clube

O desabafo “Foi um ano onde eu queria muito esse titulo. Fiquei chateado com as coisas que aconteceram nos bastidores, fora da quadra. Fiquei decepcionado com os clubes que são filiados à Liga porque, primeiro, eles sugeriram que fosse aberta uma votação para definir se a ADDP poderia ou não disputar o Municipal, mesmo a ADDP sendo filiada à Liga e com todos os direitos de participar. Depois disso, e com a nossa participação confirmada, em outra reunião, colocou-se em votação a liberação para que os jogadores do Cabo Frio Futsal, um time profissional, cujo orçamento vem da Prefeitura e sai pela Liga de Futsal de Cabo Frio pudessem jogar o Municipal. Não achei legal essa liberação. Por tudo isso, esse foi o título mais importante dos seis pra mim. Havia muita pressão do lado de fora e muita gente torcendo pra que a gente não fosse campeão. Não sou de guardar mágoa, mas se eu disser que a tristeza que eu senti esse ano já passou porque o campeonato acabou, eu estaria mentindo. Sei que um dia essa mágoa vai passar. Estou muito feliz com esse título, mas eu precisava desse desabafo que eu fiz no programa Na Jogada na quinta-feira. Só eu sei o que eu passei nessa temporada. A relação com os jogadores “Os jogadores da ADDP são amadores. Não são profissionais, como se discutiu várias vezes, até dentro da Liga. A maioria deles trabalha nas farmácias, mas não é a totalidade. Eles trabalham normalmente no turno deles, depois vão treinar. Ninguém depende do futsal pra viver. Tem jogador que nem é funcionário da farmácia. As pessoas fazem muita confusão” Temor de perder o título “Se passava pela cabeça perder esse ano? Claro, mas a gente que não queria perder de jeito nenhum. Em algum momento a gente não vai ficar com o título do Municipal, mas eu não queria que fosse esse ano, por tudo que aconteceu. Apesar das finais contra Arraial terem sido muito difíceis, achei que o nosso adversário na final seria o Rosa de Saron, pelo time que eles montaram esse ano” A repercussão do hexa “Ficamos felizes pela conquista, felizes pela repercussão que a maioria dos órgãos de imprensa da cidade fizeram do hexacampeonato. O programa Na Jogada abriu espaço pra falar do título, o site também; tivemos espaço na Rede Litoral News, na Cabo Frio TV… enfim, ficamos muito felizes pelo reconhecimento à importância da nossa conquista. Mas, do mesmo jeito que fiquei feliz com todo mundo que noticiou nosso hexacampeonato, fiquei muito chateado com a maneira que a Folha dos Lagos tratou nossa conquista. Quando nós fomos goleados pelo Arraial, o jogo ocupou um espaço grande no jornal. Nós não reclamamos de nada, é normal. As coisas acontecem e precisam ser noticiadas, o leitor, quem acessa o site, quem vê o programa na TV ou ouve pelo rádio precisa saber o que tá acontecendo. Mas aí a gente conquista um título importante pra todos nós, inédito na história da cidade e sai uma linha sobre o título? Achei uma falta de respeito, pra dizer o mínimo” Análise da temporada “2011 foi nossa melhor temporada. A campanha no Campeonato Cario-

ca (5º lugar, no primeiro semestre) foi muito boa. Fizemos uma partida excepcional contra o Fluminense lá no Rio (segundo jogo das quartas de final, vitória da ADDP por 8 a 4 no tempo normal e empate em 1 a 1 na prorrogação). A eliminação do Carioca, naquele momento e do jeito que aconteceu, foi um baque. Pra mim, o grupo sentiu bastante. No Estadual, com a chave muito forte que caímos e a queda de rendimento da equipe, perdemos um pouco do foco. Mesmo assim, foi nosso melhor ano” A hegemonia local é boa ou ruim? “Algumas pessoas dizem que a hegemonia da ADDP faz mal ao futsal de Cabo Frio. Essas pessoas acham que o clube presta um desserviço ao futsal da cidade, porque os outros clubes acabam se desmotivando pra jogar o Municipal. Não consigo entender dessa maneira. Durante anos, só Tamoyo e Cabofriense ganhavam os campeonatos e todo mundo jogava. Demorou muito tempo até que houvesse um campeão diferente, primeiro Búzios, depois o Progresso. Agora, a ADDP é quem vence os campeonatos, mas não somos imbatíveis. Tanto que, esse ano, em três jogos contra Arraial, cada time ganhou uma vez e teve um empate. E Arraial nem tinha os jogadores profissionais do Cabo Frio Futsal”

maioria dos jogadores, não podendo treinar quando chove, enfim. Mas o time se dedica e treina sempre. E quanto mais tempo junto o time passa, a cada temporada, mais fortes os laços vão ficando. Mas o principal é treinar e se dedicar” Você é um empresário que está sempre apoiando o esporte da cidade, não só por causa da ADDP. Como é que você explica isso? “Eu me sinto cabofriense. Estou radicado na cidade há 14 anos, recebi o título de cidadão cabofriense. Minha família vive aqui, meu filho estuda aqui, tenho minhas empresas aqui, o dinheiro que é gerado por elas, pelas famílias dos empregados das farmácias ficam aqui. Ajudar o esporte local é apenas uma forma de retribuir tudo que a cidade e a comunidade fazem por mim. Apoio o esporte porque gosto, sempre gostei. Só pra ficar em alguns exemplos que eu vou lembrar aqui, tem algumas equipes no futebol de praia que tem a marca da Drogaria do Povo nos uniformes. Tem a equipe de natação do Tamoyo, através do professor Toninho, que faz um trabalho muito legal… Ajudo alguns competidores de outras modalidades: judô, karatê, atletismo, natação… não vou lembrar o nome de todo mundo, porque é muita coisa (risos), mas sempre que, dentro das minhas possibilidades, eu ajudo um pouco aqui e ali. A Prefeitura deve fazer o papel dela, mas não deve só ser ela a patrocinar tudo, todas as modalidades. Isso é inviável. O meu pensamento é que todo o comerciante deveria apoiar um pouco mais. As grandes empresas que se instalaram na cidade ganham o dinheiro aqui e não investem nada na cidade, deveria ter uma contrapartida em relação a isso” Pra terminar, qual o jogo inesquecível do ano? “O jogo do ano foi a vitória contra o Fluminense. Mesmo com o título municipal sendo muito importante pra nós esse ano, aquele jogo lá no Olaria não sai da minha cabeça, acho que nosso time nunca jogou tão bem na vida” Anderson Lopes

O que falta pra chegar mais longe em competições estaduais? “Pra gente, a questão da quadra pra treinamento ainda é um empecilho. Nossos treinos são no Recanto das Dunas, lá é a “nossa” quadra, o espaço que a gente adotou pra trabalhar. A comunidade nos recebeu bem, nos sentimos em casa lá. Mas continuo afirmando que seria importante que não só a ADDP, mas que todos os clubes que disputam competições estaduais, sejam da Federação ou da Super Liga, possam treinar no ginásio pra se preparar melhor. A gente, por diversas vezes, pediu para treinar no ginásio para se preparar melhor para o Campeonato Estadual. Não por conta do municipal, porque nossos treinos são no Recanto das Dunas. Mas para o Estadual, eu continuo achando importante que a gente tenha um horário, um espaço pra se preparar melhor” O planejamento para 2012 já está definido? “Como sempre acontece, a gente deve retornar às atividades depois do carnaval, já pensando no Campeonato Carioca. Em relação ao Municipal, vou te ser sincero, a gente vai sentar e reunir pra ver o que vai ser feito. Vamos discutir pra ver se vale a pena ou não jogar no ano que vem. O desgaste desse ano foi muito grande” A receita das conquistas “Além da amizade entre os jogadores, a gente trabalha pra caramba. Com toda a dificuldade de se deslocar pra uma quadra que é longe pra

Mais que um presidente, Armando é muito querido pelos atletas


OUTROS ESPORTES SÃO PEDRO

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NA JOGADA - novembro 2011

São Pedro rumo à segunda divisão do Rio Sonhando grande, SPAC vai estrear na série C do Estado em 2012

No próximo Campeonato Estadual da terceira divisão, a Região dos Lagos terá mais uma equipe representando as cidades do interior do estado. O São Pedro Atlético Clube (SPAC) foi lançado no último dia 21, no teatro municipal da cidade, com grandes personalidades do município e também com a presença dos jogadores Léo Moura, do Flamengo; e Leandro Euzébio, do Fluminense. A equipe vai entrar na Série C do Rio com ambição: o desejo é o de buscar o título para a cidade aldeense já no primeiro ano. Comandando os jovens jogadores que irão defender a camisa do SPAC, está um antigo ídolo do Vasco da Gama, o ex-atacante Valdir Bigode, agora como “professor”. Com mais esse novo desafio na vida profissional, Valdir, que foi técnico do Campo Grande no ano passado na Terceirona, promete empenho para fazer um grande trabalho a frente da

equipe de São Pedro. E se o ex-atacante do Vasco e do Atlético-MG tem experiência de sobra no currículo, fora de campo ele promete começar de baixo junto com seus jogadores. - Aqui eu sou menino como eles, vamos começar do zero, ou abaixo do zero como eu costumo dizer. Temos que ter na equipe um número alto de jogadores da região, para que possamos diminuir o custo da formação do time. Vamos fazer um grande trabalho aqui no São Pedro. Um dia eu tinha um sonho que era ser jogador, e eu acordei desse sonho. Agora sou treinador, o sonho é como técnico – contou o treinador de 39 anos, que será auxiliado pelo ex-jogador André Silva, que teve passagem pelo Botafogo. A presença do São Pedro Atlético Clube não significa apenas a participação de um clube da cidade na terceira divisão do Rio de Janeiro. Na década de 50 e 60 atletas aldeenses fizeram história em grandes clubes como Botafogo, Flamengo e até passagem pela seleção brasileira, caso de Carlos Henrique, em 1967. Mimi (Botafogo), Daltinho (América-RJ), Venâncio (Flamengo), Carlos Henrique (Vasco e Botafogo), Almir (Botafogo) e Isaías (Benfica) são alguns dos

jogadores que levaram o nome da cidade para dentro de campo e até para fora do país. Prefeito da cidade, Carlindo Filho mostrou toda a satisfação em ter uma equipe aldeense em uma competição carioca, não poupou elogios e definiu a conquista como a realização de um sonho para ele. - Esse lançamento do time junto com a entrada no campeonato sempre foi um sonho para mim, sou um dos entusiastas dessa idéia, sem dúvida. Sempre quis ver a presença da cidade em um torneio desse porte, o nome vai ser levado para todo o estado do Rio de Janeiro e para o Brasil. Os jogadores terão todo o nosso apoio e sem dúvida da torcida que ganhou um segundo time para apoiar. O morador de São Pedro da Aldeia é apaixonado por futebol – afirmou o prefeito. Presidente do SPAC, Roberto Teixeira, salientou ainda as dificuldades e custos para tirar do papel e levar um projeto como este a frente. - A prefeitura não está arcando nessa fase, reunimos muitos amigos, cada um paga uma coisa, estamos tirando do bolso mesmo, é como se diz “estamos no amor”. As taxas, o uniforme, os custos estão sendo

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FUTSAL BASQUETE

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Presidente espera reestruturar a Liga Fábio Costa espera que ano que vem seja de “recomeço” para a entidade Léo Borges

Léo Borges

vai acontecer no ano que vem de novo.

Estudantes da cidade serviram como modelos dos uniformes do São Pedro Atlético Clube divididos entre essas pessoas. O prefeito mesmo se diz um entusiasta desse nosso projeto e acredita. Por isso eu confio que a prefeitura vai chegar e ajudar posteriormente, pois acreditam que o time pode evoluir na competição – avaliou. Jogador do Flamengo e “padrinho” do São Pedro Atlético Clube, o lateral-direito Léo Moura marcou presença na cerimônia de lançamento do time e dos uniformes oficiais, prometeu ser presente sempre que possível para acompanhar de

perto a equipe aldeense. - Infelizmente não vou poder acompanhar tão de perto quanto queria, mas sempre que for possível vou estar aqui, tentar ajudar, passar apoio para os jogadores, experiências e quem sabe trazer sorte também para toda essa garotada. Fiquei muito feliz pela cidade e pelo convite do Valdir. Que a equipe possa se sair muito bem na competição. Sempre que der estarei junto – concluiu o jogador que foi muito assediado pelas crianças presentes no evento.

NJ: Quais são os projetos da Liga para o ano que vem? FC: Esse ano foi meio confuso pra Liga. Tivemos alguns problemas principalmente no quesito financeiro e agora as coisas estão começando a se acertar. Jogamos um campeonato sub15, que é muito dispendioso. Um dos grandes culpados disso foi a minha própria falta de experiência em administrar as coisas. Eu tentei alcançar coisas com o time adulto, tive algumas promessas que não foram cumpridas e apostei junto com os atletas e acabou que todo mundo saiu perdendo. O que fica de bom é que fomos campeões brasileiros (Cabo Frio foi campeão neste ano dos Jogos Abertos Brasileiros). Fomos terceiro lugar no Estadual, recebemos Moção de Aplausos da Câmara Municipal de Cabo Frio e nada aconteceu depois disso. A Prefeitura já nos ajuda, mas precisamos do apoio empresarial também. O nosso planejamento para o ano que vem é fazer os campeonatos interescolares, vamos recomeçar do zero.

O basquete cabofriense teve seus altos e baixos em 2011. No primeiro semestre foi campeão dos Jogos Abertos Brasileiros (JAB’s) e no segundo semestre a Liga passou por problemas financeiros por conta da participação da equipe na Copa Carioca. Para que isso não se repita no ano que vem, o presidente da Liga de Basquete de Cabo Frio (LBCF), Fábio Costa, já vem planejando o futuro. Procurado pela reportagem do “Na Jogada”, Fábio respondeu a algumas perguntas, como sobre a decisão do municipal, sobre o planejamento para 2012 e os planos para o basquete cabofriense. Na Jogada: Em quem você aposta para ser o campeão municipal? Fábio Costa: A final vai ser complicada, pois o time da Sika já foi campeão em outras edições e tem jogadores experientes que já jogaram campeonatos estaduais e brasileiros. O time do Veneno é um time novo, atletas que foram treinados pelo Macarrão. A equipe é muito bem armada em quadra e sabe jogar, até porque tem um técnico de qualidade e isso faz a diferença dentro de quadra. Você vê que na semifinal eles trabalharam bem a bola, é um time que sabe jogar. Mas acredito que o favoritismo é do Sika, até pela bagagem que vem carregando. NJ: Qual a avaliação que você faz do campeonato? FC: O campeonato foi maravilhoso, tirando os problemas que tivemos com quadra, pois só com um ginásio funcionando e com a demanda de esportes que tem na cidade, acaba ficando sobrecarregado. Houve uma tentativa de antecipar o nosso

Fábio Costa, presidente da LBCF Municipal para ter um calendário definido e não conseguimos. Tivemos oito equipes disputando a competição e no quesito quadra foi complicado. Fora isso a competição foi um sucesso. NJ: Os árbitros que apitaram as semifinais foram do Rio de Janeiro. É importante a vinda desses profissionais para que os árbitros da cidade possam estar se preparando e vendo uma arbitragem de alto nível? FC: Eram dois jogos muito importantes e a gente tinha que ter um nível técnico de arbitragem melhor. O Renato e o Evaldo são árbitros da Federação e apitaram campeonato brasileiro, tem uma experiência tremenda. Eu sinto muito em nossos árbitros não estarem

presentes para poder realmente fazer esse aprendizado. Foi importante trazer dois árbitros que são neutros, para preservar a Liga, o campeonato e a nossa arbitragem, porque existe aquela relação de amizade. Acho que a vinda deles só valorizou a competição. NJ: E você já está planejando o campeonato do ano que vem? FC: Com certeza. A idéia é fechar com mais dois times, para termos dez ou até quem sabe 12 equipes. Hoje o campeonato está mais aberto, as pessoas estão jogando aqui. Só o fato de você não ter aqueles dois mega times, você acaba incentivando outras equipes a disputarem a competição. Esse ano foi diferente e acredito que

Parabéns pelos três anos de sucesso do jornal Na Jogada. Que este seja o início de uma caminhada ainda mais vitoriosa!

Silas Bento

NJ: Como seria isso? FC: Nossa arma vai ser o minibasquete, com as tabelas baixas para que as crianças pos-

sam aprender a modalidade e envolver os pais dessas crianças, pois sem eles não vamos chegar a lugar nenhum. Nossa intenção inicial é começar com quatro pólos, um na passagem, outro na APAE de Cabo Frio, outro no Jardim Esperança e um em Unamar. Daqui a pouco isso invade as escolas. Basquete adulto só com patrocínio de fora. Por enquanto vamos reformular o basquete aqui dentro, formar atletas. NJ: O adulto não vai participar de nada, mas teremos alguma equipe na base disputando o Estadual? FC: Tudo vai depender do nosso cronograma orçamentário com comprovação. Se tivermos condições de arcar, vamos jogar. O que não é ficar devendo van e as pessoas. Não posso me sacanear e muito menos ao profissional que na maioria das vezes tem boa vontade. Hoje a estruturação da Liga é a prioridade. Segundo é o minibasquete. O terceiro é o AMA Cabo Frio, que são os quatro núcleos que eu comentei. Se dentro do orçamento tiver espaço para uma equipe da base jogar o Estadual, vamos jogar. O que não posso é ter 12 jogadores, quatro da comissão técnica e os pais dos atletas esperando a van e ela não vir, porque não conseguimos fazer o pagamento.

Sika e Veneno decidem o Municipal No sábado (26), foram conhecidos os dois finalistas do Campeonato Municipal de Basquete. Sika e Veneno venceram Cabufas e Kobras, respectivamente, e vão decidir o campeonato no dia 3 de dezembro, sábado, às 19h, no Ginásio Poliesportivo Vivaldo Barreto. Sika e Veneno acabaram surpreendendo vencendo seus jogos nas semifinais, já que Kobras e Cabufas terminaram em primeiro e em segundo na fase de classificação. Ícone do basquete nacional e cabofriense, o técnico do Veneno, Sérgio Macarrão, espera uma grande final. - A confiança vai fazer a diferença na final. Quem tiver mais confiante vai ser campeão. O time da Sika tem dois jogadores que eu gosto bastante, caso de Boris e Mião, que são perigosos. Mas em compensação temos um time forte também, tanto que conseguimos anular os principais jogadores do Kobras e estamos na final. Confio na minha equipe – comentou. Na preliminar da grande decisão, Cabufas e Kobras se enfrentam disputando o terceiro lugar.

“Nossos cumprimentos à família Na Jogada pelo terceiro aniversário do jornal. Continuem divulgando sempre os feitos do esporte de Cabo Frio. Parabéns!”

Silvan Escapini


FUTEBOL AMADOR FUTSAL

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NA JOGADA - novembro 2011 Léo Borges

Jardim Esperança e São Cristóvão decidem o campeonato de futebol amador

NA JOGADA - novembro 2011

FUTEBOL AMADOR

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Mais um desafio cumprido Rico Barreto conseguiu organizar o campeonato de futebol amador com maestria

O professor Rico Barreto sempre foi um dos abnegados do esporte cabofriense. Sempre ligado ao futsal nos últimos anos, o dirigente teve uma árdua missão: ser o organizador do Campeonato Municipal de Futebol amador. E juntamente com sua equipe e a comissão de arbitragem, composta por Carlos Alberto Santos, mais conhecido como Jacaré, que também é administrador do Estádio Correão e Zé Raimundo, Rico conseguiu fazer um dos melhores campeonatos organizados na cidade. Humilde, não se vangloria do feito, prefere dividir com todos aqueles que estiveram envolvidos na competição. Rico conversou com a nossa reportagem e disse que espera que o campeonato cresça ainda mais na nossa cidade. Confira:

Quem vai levar o título? A grande decisão do Campeonato Municipal de Futebol Amador acontece na sexta-feira (2/12), às 20h no estádio Correão, entre Jardim Esperança e São Cristóvão. A preliminar da partida será entre equipes do projeto Novo Cidadão. Para chegar à grande decisão ambos os clubes suaram a camisa para saírem vitoriosos. No primeiro jogo das semifinais, o São Cristóvão bateu o

Gama nos pênaltis, após empate de 2 a 2 no tempo normal. Já a segunda partida do dia foi emocionante. Jardim Esperança e Operário fizeram um grande jogo, com o Jardim vencendo por 3 a 2, com o gol da vitória nos minutos finais, através do atacante Nôco. Um dos destaques do Jardim Esperança na competição, o zagueiro Wélton, está confiante no título, mas sabe que a disputa com o São Cristóvão está em aberto. - Vamos tentar nos impor na final, pois estamos com o título nas mãos. Mas não acredito em favoritismo, o campeonato está

em aberto. Vai ser um grande jogo, porque o time deles foi melhorando durante a competição. Não vai ser fácil. Temos que ter atenção redobrada em cima do Maylon, porque é bom jogador. Mas não podemos só prestar atenção nele não, pois o São Cristóvão tem uma boa equipe – comentou o camisa 3. Na primeira fase as equipes se enfrentaram e o Jardim Esperança levou a melhor, goleando o rival por 4 a 1. Mas para Marcelo, técnico do São Cristóvão, o resultado não vai contar muito para esta decisão. - O Jardim foi o único time que perdemos neste campeo-

“O sucesso é daqueles que batalham, e com toda

certeza, toda a equipe do jornal Na Jogada é merecedora desse sucesso. Parabéns pelos três anos de existência do jornal!”

Rogério do Laboratório

nato, em erros nossos. Estava torcendo para eles passarem para a final, porque conheço a equipe deles. O meu filho comentou comigo uma verdade, que perdemos para o Jardim na hora certa. Quem sabe agora eles não vão perder pra gente na hora errada? Agora que deixaram a gente chegar, vamos brigar pelo título, sempre com humildade – disse o técnico, que ficou feliz em reconduzir o clube, de grande tradição na cidade, novamente a uma final do futebol de campo. - Montei um grupo para chegar. O São Cristóvão tinha muito tempo que não chegava

a uma final e fizemos uma reestruturação no time. Chegar à final foi o máximo, pois o meu projeto mesmo era para o ano que vem, para disputar o título. Mas conseguimos chegar, porque o grupo é bom, é aguerrido e estamos na briga pelo caneco. Vamos brigar para ser campeão – concluiu. O Campeonato Municipal de Futebol Amador foi organizado neste ano pela Secretaria de Esportes de Cabo Frio, através do diretor Rico Barreto. Na comissão de arbitragem os responsáveis foram Carlos Alberto Marques, o Jacaré, administrador do Correão; e Zé Raimundo.

“Três anos do jornal Na Jogada, um importante divulgador do esporte da nossa cidade. Parabéns!”

Fabinho da Saúde

Na Jogada: Como você avaliou o campeonato? Rico Barreto: Gosto muito de esporte e que já assisto esse campeonato desde 1969. Acompanhei aqueles campeonatos brilhantes e vim com esse desafio de ajudar, pois precisava que a Secretaria de Esportes fizesse. Achei que seria difícil que teria rejeição das pessoas, mas desde o início tratamos de uma maneira bem transparente. Vamos fazer assim e mantivemos isso até o final, trabalhando sempre do mesmo jeito. As pessoas acabaram gostando disso e eu tenho que agradecer a todos os clubes, tanto os que foram eliminados na primeira fase, nas quartas de finais e nas semifinais, pois com todos os problemas que tiveram ninguém fez nenhuma crítica que desmerecesse a competição. O pessoal reclama, mas o campeonato todo mundo preservou, o que eu achei muito legal. Agora, você tem que analisar uma competição que tivemos pouquíssimos casos de indisciplina, as que houveram foram punidas rapidamente. Os clubes se organizaram sempre bem uniformizados, enfim, o saldo foi positivo graças ao entendimento de todos. NJ: O campeonato foi um sucesso. Mas acha que falta mais clubes tradicionais na competição? RB: Faltam alguns clubes mais tradicionais participarem, isso é muito importante. Estava conversando com o Alfredo Gonçalves e ele disse que vai buscar o Tamoyo para esta com-

Léo Borges

petição, isso é um ganho enorme. Zé Raimundo foi desafiado para chamar a Associação Atlética Cabofriense e isso é uma das coisas que faltam. Os clubes que hoje disputam são organizados, são do campo, vem com a comissão técnica formada, não é apenas uma pessoa que tem que fazer tudo, organizou bastante. A função do poder público, da Liga, é promover competição boa para que os times queiram participar. Antigamente tinha Zé que não dança, Mamaco, Helvécio, Carlos César, Alfredo, Jorginho e hoje temos vários jogadores bons aqui também. O que falta é o público começar a entender e gostar. NJ: Você gostou do nível técnico? RB: Gostei, sim. Tenho umas avaliações como palpiteiro e não como organizador (risos). A técnica você pode melhorar bastante, pois você sabe que depende muito de treinamento e nenhum clube tem condições de oferecer isso. Mas a partir do momento que eles começarem a pensar no campeonato do ano que vem, todo domingo eles vão marcar um amistoso e acaba sendo um treino, pois a técnica vai melhorando e foi isso que aconteceu ao longo da competição. Até as equipes que foram desclassificadas eu percebi isso. Eu percebi também uma evolução na tática, clubes que começaram jogando de um jeito e hoje estão jogando de outra maneira. NJ: O que pode melhorar para o ano que vem? RB: Eu acho que a gente tem que dar mais condição ao campeonato. A organização tem que ser mais bonita. Fazer uma festa para começar a competição, reunir os jogadores, comissão técnica, dirigentes para eles se sentirem respeitados. Temos que colocar um jogo por noite, para poder a partida não acabar muito tarde e as pessoas poderem ir cedo para casa, o que não acontece hoje. Temos que soltar uns fogos para a comunidade saber que vai começar o jogo, um placar eletrônico que é fundamental e um planejamento para um curso de arbitragem, que deverá acontecer em janeiro. Não estou aqui criticando a nossa arbitragem, pois ela segurou o campeonato, mas sabemos que ela precisa melhorar. A partir do momento que trouxemos os árbitros de fora, o campeonato deu uma melhorada em alguns aspectos, como na diminuição dos cartões vermelhos. NJ: Você é a favor da regionalização do campeonato? RB: Se falarmos como ca-

O professor Rico Barreto (no centro, de camisa clara), ao lado da equipe que ajudou a coordenar o campeonato de futebol amador de Cabo Frio bofrienses, o legal é só ter equipes daqui. Mas eu acho que tem que abrir, sim, pois a região precisa trazer todos os bons jogadores para o campeonato. Arraial é 10 minutos de Cabo Frio, São Pedro é perto também, tirando que muitos dos nossos jogadores disputam competições nessas cidades e muitos jogadores de lá jogam no nosso campeonato. Eu acho que é válido, sim. Os clubes têm que ser tradicionais, não pode ser qualquer um, tem que ser organizado, enfim. Acho que só viria a valorizar a competição da nossa cidade. NJ: Em uma conversa para o Programa Na Jogada, você havia me dito que gostaria de ver futuramente o campeonato municipal com mais times e quem sabe com outras categorias. Dá para sonhar com isso? RB: Claro que dá. O campeonato de veteranos se faz obrigatório porque existem muitas equipes organizadas na cidade e eles estão cobrando. Já estamos pensando nisso para o ano que vem. E também o campeonato de juniores, que é a divisão que tem que ser pensada por causa da renovação e também por termos uma equipe profissional na cidade. Outras divisões de base elas até existem, se você buscar você vai ver. No Aracy Machado há pouco tempo teve um torneio de escolinhas, sub11, sub13, sub15 e foi muito bom, assisti partidas de primeira. Ano que vem poderíamos trabalhar o veterano, o adulto e tentar fechar o ano com o campeonato de juniores. NJ: Como um campeonato sub-20 poderia ajudar a Cabofriense?

RB: O futsal acaba pegando muitos jogadores de qualidade. Vimos aqui o Davizinho ir muito bem pelo Gama e ele sempre jogou futsal. É preciso que tenha esse espaço e a competição proporciona isso. A Cabofriense deveria olhar sim, ver os jogos, nós vamos ter a final e era um bom momento para os diretores do clube darem uma olhada. Há pouco tempo o ex-treina-

dor Mário Marques assistia às partidas aqui. E vai vir garotos de todos os cantos da cidade para disputar essa competição e quem sabe não descobre algum talento. Cabo Frio sempre teve bons jogadores, não é de hoje. Quando falamos dos campeonatos passados quase todos os atletas eram da cidade. Hoje também temos, o que falta é palco para eles.


GERAL

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NA JOGADA - novembro 2011

Gol de placa da solidariedade Futebol Solidário das Estrelas reúne jogadores em partida beneficente no Correão Léo Borges

Mr. Cabo Frio 2011 é sucesso total

Em 2010, o Futebol Solidário das Estrelas lotou o ginásio Aracy Machado

Uma das mais conhecidas máximas do futebol diz que “em time que está ganhando não se mexe”. E no evento “Futebol Solidário das Estrelas” não poderia ser diferente. A segunda edição do jogo festivo que vai reunir grandes nomes do futebol brasileiro e internacional está marcada para 16 de dezembro, uma sexta-feira, no Estádio Correão, a partir das 18h. No último ano, a partida beneficente arrecadou 2,5 toneladas de alimentos não perecíveis que foram entregues para entidades carentes de Cabo Frio, dentre elas, o Lar da Cidinha, APAE, Lar Esperança e a Igreja Católica. Com o Ginásio Poliesportivo Aracy Machado em obras, o palco do jogo precisou ser modificado, saindo das quadras para o campo. Para Rodrigo Barreto, um dos organizadores da partida, a expectativa da edição 2011 é superar a quantidade de alimentos a serem doados no próximo

mês. - Esperamos o melhor possível, queremos bater essa meta de arrecadação, para poder doar e ajudar as instituições de caridade que foram auxiliadas no ano passado. Espero que a população entenda a finalidade do nosso jogo. Nessa época de Natal, há pessoas que, às vezes nem tem o que comer, e a gente procura fazer esse evento pensando nas pessoas mais necessitadas. Que elas possam pelo menos no Natal ter um alimento em casa, e tendo um dia mais digno, com essa ação social – afirmou Rodrigão. Cidade que respira esporte diariamente, Cabo Frio mais uma vez vai receber jogadores para ajudar o próximo no fim do ano. Presenças na primeira edição da partida, como André, do Atlético-MG e Fernando Bob, do Fluminense já confirmaram presença. Leandro Euzébio também do tricolor carioca será outra atração, assim como Têti, Daniel Tijolo, Tardelli, além dos craques do futsal cabofriense, alguns artistas das novelas da Rede Globo e outras surpresas que prometem fazer do evento um sucesso. De acordo com Gugu Paixão, também organizador da segun-

da edição do Futebol Solidário das Estrelas, os convidados para a partida sabem da importância que este evento tem para a cidade de Cabo Frio. - Os atletas que vão participar compraram a idéia de primeira, o André e o Fernando Bob abraçaram o ideal novamente, os empresários que participam do evento, as entidades juntamente com a Prefeitura de Cabo Frio. Como no ano passado o sucesso foi grande, nesse ano temos a credibilidade de um projeto que deu certo em 2010, certamente nos ajuda – contou Gugu. Abrindo o calendário das partidas beneficentes na cidade, o “Futebol Solidário das Estrelas” contará com os turistas que já estarão movimentando e lotando Cabo Frio. - Vamos contar com a ajuda dos turistas. Temos um representante do futebol mineiro que é o André e como o Rio e Cabo Frio são os quintais de Minas Gerais, teremos esse reforço de público, além de toda a população de Cabo Frio que com certeza vai nos ajudar em mais essa empreitada – concluiu Gugu, acreditando em mais um sucesso de público e de solidariedade, dentro e fora dos campos.

O Jornal Na Jogada é um parceiro do esporte de Cabo Frio e da região, em especial da Cabofriense. E seu terceiro aniversário deve ser muito comemorado. Parabéns, Na Jogada! Valdemir Mendes Presidente da AD Cabofriense

Sucesso total. Assim pode ser classificada a terceira edição do Mr. Cabo Frio, o campeonato de fisiculturismo da Região dos Lagos. A competição é organizada pela Liga Cabofriense de Fisiculturismo e Força (LCFF), através do professor Alfredo Souza, idealizador do evento, com apoio da Federação de Culturismo e Fitness do Rio de Janeiro (IFBB-RIO), através do Presidente Gustavo Costa e do vice-presidente André Pessoa. O público lotou as dependências do ginásio da Associação Atlética Cabofriense para assistir a disputa que envolveu 55 atletas divididos em 12 categorias. A arbitragem foi composta por nove oficiais da IFBB-RIO, que aplicaram com rigor as regras e procedimentos de julgamento que foram atualizados no último curso de arbitragem dia 01 de outubro de 2011. Os vencedores, em cada

categoria, receberam, além de premiação em dinheiro, medalhas e troféus, suplementos alimentares e roupas de empresas de moda fitness da cidade. O professor Alfredo Souza agradece a todos que compareceram ao Mr. Cabo Frio – atletas, árbitros e público – ao apoio da Associação Atlética Cabofriense, e a todos os apoiadores e patrocinadores: Probiótica, Casa do Mel, Planeta Saúde, SNC (Sports Nutrition Center), Ultra Point, Suedini Sports, Academia Nanuque, Academia Mais Saúde Fitness, AMC Fitness, Xileno Tattoo Studio, Remmar Residence Hotel, Restaurante Tia Maluca, The Best Etílico, Q Art Fitness, Mentamac, Famp Comunicação Visual, Madeireira Ita Tend-Tudo, Chaveiro.com, blog Fato ou Ficção, Muscle In Form, Cartushow, Grafica Vitória, Dr. Marco Antonio Gago, Cervejaria Itaipava e Alfredo Souza Fitness. Divulgação

Realizado pelo terceiro ano consecutivo, o evento já está no calendário da IFBB-Rio

O jornal Na Jogada já nasceu vencedor porque se propõe a acompanhar de maneira clara, direta e honesta, o desenvolvimento do esporte da nossa cidade. Como esportista, me sinto honrado em poder fazer parte da história deste jornal, que completa três anos de existência vitoriosa neste mês de novembro. Parabéns à toda equipe do jornal Na Jogada!

Zé Ricardo

NA JOGADA - novembro 2011

FUTEBOL DE PRAIA

15 Léo Borges

Campeão da praia em 2011, time espera ajudar a acabar com imagem negativa do bairro. Presidente e técnico campeão, Felipe Borges é o símbolo desta mudança

Esporte vai mudando a cara do Morubá Sempre nos noticiários policiais dos jornais da cidade, o bairro do Morubá vai mudando sua imagem perante a sociedade cabofriense com a diminuição da violência e principalmente através do esporte. Neste mês, o time da comunidade confirmou o favoritismo e se sagrou campeão do Campeonato Municipal de Futebol de Praia, em uma final emocionante contra o Areia Branca, vencido por 1 a 0, gol de Faco. Fundada há dez anos, o Morubá Esporte Clube sempre chegou perto do título. Nos últimos quatro anos foram duas semifinais e duas finais. O bairro acolheu o time e fez com que futebol de praia fosse difundido na comunidade. Prova disso é a existência de uma escolinha para que as crianças dessem seus primeiros chutes na areia e principalmente com a camisa do Morubá.

Presidente há quatro anos e atualmente o técnico da equipe, Felipe Borges acredita que o título possa fazer as pessoas olharem diferente para a comunidade, o que não vinha acontecendo. Segundo ele, o esporte pode fazer essa transformação. Felipe destacou a união de todos no bairro para que o Morubá pudesse ser campeão Municipal. - O título foi muito importante para mudar a imagem de favela, drogas e coisas ruins. Mostramos que temos coisas boas, como no esporte. A comunidade sempre acompanhou o time, ajudaram nos jogos, seja fazendo comida, no churrasco ou em qualquer outra coisa. Sempre que precisei do pessoal eles ajudaram. Eles merecem muito esse título – disse Felipe, que contou a emoção dos moradores na comemoração do título. - Todo mundo ficou emocionado, vi muita gente chorando. Tivemos mais de 400 pessoas na nossa festa, com 70 caixas de cerveja, churrasco, queima de fogos e muita felicidade. A

comemoração durou das três horas da tarde até onze e meia da noite. Mas valeu a pena – contou. Alguns jogadores são da comunidade, enquanto outros são da Vila Nova, bairro vizinho. Morubá sempre teve tradição em revelar grandes jogadores para o futebol de praia. Para não deixar isso morrer, uma escolinha de beach soccer foi fundada. - É legal ver a molecada jogando e falando comigo que o sonho deles quando crescer é jogar no Morubá. Esse time é espelho para muitos meninos. Apesar de termos tido muitos jogadores do bairro ao longo da história do time, paramos de formar atletas. Essa escolinha vai ser importante para que se mantenha a tradição do bairro – afirmou Felipe. Time de galácticos – A campanha do Morubá foi irretocável. 18 jogos, 15 vitórias e três empates. Campeão invicto. O sucesso da campanha? Um elenco de estrelas da praia e com peças de reposição. Como

Parabéns ao jornal Na Jogada pelo seu terceiro aniversário!

Dr. Taylor Jasmim

manter todo mundo motivado e jogando, o técnico Felipe deu a dica: - Muita conversa. Não tive problema para fechar a contratação dos jogadores e durante a primeira e segunda fase não tive aborrecimento com ninguém, mesmo tendo várias “estrelas” no elenco. Mas, da semifinal em diante isso mudou e em todos os jogos tive aborrecimento porque alguns jogadores não foram relacionados, outros jogaram pouco tempo. Graças a Deus conseguimos contornar e fomos unidos para a final. O pessoal conseguiu entender – disse o treinador, que ainda está tentando fechar mais algumas contratações. - Conversei com muitos jogadores para que eles possam continuar no ano que vem mesmo com o Vitória podendo voltar. Quero manter uma base forte e vamos tentar contratar algumas peças para que a gente continue tendo uma equipe vitoriosa. Felipe pretende legalizar o clube para depois tentar jogar campeonatos de outras modali-

dades, como o futsal e futebol. Mas para isso ele vai precisar de mais apoio dentro da comunidade para que possam acompanhar essas equipes, já que seu trabalho lhe impede de ir aos jogos noturnos – o presidente trabalha a tarde e a noite em uma pousada no centro da cidade. Antes de pensar em outras competições, o momento é de comemoração, principalmente pela pressão que vinha sofrendo por conta de um título na praia. - Sempre batia na trave. Em quatro anos cheguei há duas semifinais e duas finais e já estava na hora de ser campeão. Se tivéssemos perdido, acho que teria entregado o cargo, pois a pressão era muito grande. Quando a gente perdeu os outros campeonatos, a comunidade cobrou muito, criticou demais e eu acabava ficando saturado. Mas graças a Deus as coisas deram certo e hoje podemos comemorar esse inédito título – concluiu o treinador, esperançoso que os dias de tranquilidade na comunidade continuem por muitos e muitos anos.

O jornal “Na Jogada” faz três anos, mas a comemoração é do esporte de Cabo Frio! Parabéns!

Marcello Corrêa


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ESPECIAL RIBAS NA JOGADA - novembro 2011 ESPECIAL/VICTOR

Maxinny é seleção! Cabo Frio continua com sua linhagem de craques, agora entre as meninas. Meia-atacante de 16 anos de idade está na seleção brasileira sub-17 que vai disputar o Sul-Americano da categoria Arquivo pessoal

Cabo Frio é reconhecidamente um celeiro de craques seja em qual esporte for. E mais um talento da terra está despontando no futebol, só que dessa vez no feminino, caso da jogadora Maxinny, que foi convocada recentemente para a Seleção Brasileira sub17, que vai disputar o Sul-Americano da categoria, no Peru, ainda sem data confirmada. A atleta se apresentou ao técnico Edivaldo Erlacher, no último dia 21, na Granja Comary, em Teresópolis, onde a equipe se prepara para a competição. Maxinny vai seguindo os passos de outros ídolos do futebol cabofriense, como Leandro, ex-Flamengo e André, do Atlético Mineiro, que foram convocados para defender a camisa da Seleção Brasileira. Com o sonho realizado, ela espera se firmar para continuar defendo o país em outras categorias. - Estou muito feliz com a convocação. Estou treinando forte aqui na Granja para mostrar para o treinador minha capacidade. Quero sempre servir ao meu país – disse a jogadora, que tem que acordar as 8h da manhã e tem que estar na cama às 22h30, tendo pouquíssimo tempo para se comunicar com a família e amigos. Maxinny tem 16 anos e começou a jogar bola com cin-

Maxinny (à direita) quer representar o Brasil no SulAmericano

co anos de idade. Superou os preconceitos e as dificuldades para vestir a camisa da Seleção. A meio campista conta como foram os primeiros passos no mundo da bola. - Comecei a jogar futebol a partir dos cinco anos de idade. Eu gostava muito de ver meu irmão jogando mais minha mãe nunca gostou, me chamava de “moleque macho”, ja que, eu só vivia no meio de meninos e lá na frente de casa tinha um campinho. E sempre que tinha torneios eu estava lá disputan-

do no meio dos garotos, apostando coca-cola, dinheiro, enfim. Depois me chamaram para treinar no Gaivota (clube de São Pedro da Aldeia, onde Maxinny mora atualmente) e eu fui. Fizemos um amistoso contra a Seleção de Cabo Frio e aí o Djalma e o Wagner (Treinadores do Cabo Frio) gostaram do meu futebol e me chamaram para treinar com eles. Maxinny foi descoberta por Michael Marcondes, auxiliar técnico da Seleção Brasileira, após alguns torneios na Região

dos Lagos. O profissional também viu ela ter sido a artilheira do Cabo Frio no Carioca sub17, o que fez com que seu nome pudesse estar na lista de convocados. A convocação para a Seleção fez reforçar nela o desejo de ter o futebol como uma profissão, mesmo a modalidade não tendo apoio no país. - Tenho o desejo de ter o futebol como profissão, mas não imaginei que isso iria acontecer agora. Quando a gente faz alguma coisa, a gente sempre sonha e o meu era chegar a Seleção. Mas o futebol feminino aqui no Brasil ainda não é valorizado quanto merece. Nos Estados Unidos é forte, na Noruega, Suécia e nestes lugares é mais valorizado que o masculino. Acredito que deveria ter mais apoio aqui no nosso país, já que temos uma das melhores seleções do mundo - analisou, para logo em seguida revelar o desejo de jogar com a maior jogadora do mundo, a compatriota Marta. - Ficava imaginando jogando com a Marta e com essa convocação eu comecei a pensar ainda mais nisso (risos). Ela é a melhor do mundo e todas as jogadoras tem esse sonho de jogar com ela. Vestir a amarelinha foi fruto de um trabalho forte realizado por Djalma Leite e Wagner Araújo, treinadores no futebol de campo e no futsal, onde Maxinny também já passou. Para Djalma, a convocação foi justa, já que ele a considera uma das melhores jogadoras de futebol

do país na sua idade. - Sempre vimos na Maxinny um talento diferenciado, que deveria ser trabalhado para que pudesse vir a render frutos. Acreditamos muito na capacidade dela e estamos na expectativa que ela venha a conquistar mais sucesso, levando sempre o nome de Cabo Frio aos quatro cantos do mundo. Ela realmente merece estar entre as melhores de sua categoria no futebol do nosso país – comentou o treinador Djalma Leite. Ainda emocionada com tudo que está vivendo – inclusive com a chance de garantir um lugar dentre as jogadoras que disputam o Sul-Americano, já que no último jogo-treino, contra a Portuguesa, ela começou como titular e marcou um dos gols – Maxinny deixou um recado para todas as meninas que sonham em trilhar um caminho difícil que é o futebol feminino no país. - Quero dizer para as meninas acreditarem no que elas fazem, pois assim como eu cheguei, elas também podem. Não desista do seu sonho nunca. Se estou hoje aqui, agradeço a Deus, a minha família, ao Djalma e Wagner e todos aqueles que me ajudaram de alguma maneira. Obrigado. Abençoada por Leandro e André, os dois craques cabofrienses que vestiram a camisa mais valiosa do futebol mundial, Maxinny tem a missão de voar e elevar o nome de Cabo Frio nos quatro cantos do mundo. Torcida para isso não vai faltar.


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