JORNAL MS SHIMBUN

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Jornal da Colônia Japonesa de Mato Grosso do Sul • Campo Grande/MS, Edição Nº 93/Outubro de 2015

Monumento em homenagem a cultura japonesa é abandonado e tem projeto engavetado O monumento em homenagem à cultura japonesa continua firme e forte, apesar de escondido. Construído em 2008 durante as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, o portal foi instalado com investimentos do empresário Almir Hirokazu Oshiro e se tornou um bem público, mas está abandonado. Pág. 2

Comunidade Japonesa foi homenageada na AL No ano em que se comemora 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, Mato Grosso do Sul, a Assembleia Legislativa, homenageou a comunidade japonesa com a entrega da Comenda de Honra ao Mérito Legislativo pela contribuição no desenvolvimento e na cultura do estado. A solenidade foi uma proposição dos deputados estaduais Renato Câmara (PMDB) e George Takimoto (PDT). Pág. 6

CHIPA R$ 1,00

O negócio deu tão certo na cidade, que já tem japonês vendendo chipa paraguaia Pág. 2

EDUCAÇÃO

Feira do Conhecimento mostra a força do ensino na Escola Visconde de Cairu

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CULTURA

Casal imperial japonês visita MS e confraterniza com comunidade

O casal real japonês, príncipe Akishino e a princesa Kiko, esteve visitando o Mato Grosso do Sul, nos dias 01 e 02 de novebro em visita oficial e histórica para a comunidade nipo-brasileira aqui estabelecida, sendo recebido de forma carinhosa e emocionada pelos descendentes de japoneses da Capital na sede campo da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira, na saída para Três Lagoas. Págs. 4 e 5

Espetáculo Dança de Ryukyu em CG celebrará os 120 anos de tratado Brasil-Japão

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Felipe Hidek é o grande campeão do XXXIII Mori é o novo Concurso Estadual da Canção Japonesa diretor da sede Realizado no último dia 18 nas dependências da Acena, o evento reuniu representantes de colônias

japonesas de todas as idades, de vários municípios sul-mato-grossense. Pág. 9

campo da AECNB Pág. 6

Final de semana de grandes emoções nos campos da ACB. Vem aí o torneio nacional de Beisebol 50 anos masculino

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opinião

2 EDITORIAL

O que você sabe sobre a família imperial?

Após sete anos, a comunidade japonesa no Brasil volta a receber membros da família imperial. O príncipe Akishino, segundo na linha de sucessão do trono, chegou no Brasil, acompanhado de sua mulher, a princesa Kiko, para uma visita de 11 dias por dez cidades. A visita faz parte dos 120 anos do tratado de amizade entre Brasil e Japão, que estabeleceu as relações diplomáticas bilaterais. A última recepção brasileira à família imperial foi em 2008, quando o príncipe herdeiro Naruhito, 55, acompanhou as cerimônias do centenário da imigração japonesa. Seu irmão mais novo, Akishino, 49, não vinha ao país desde 1988. Como as visitas são esporádicas, a presença da família imperial é um acontecimento importante para os japoneses e seus descendentes no Brasil (cerca de 1,9 milhão de pessoas). Nos tópicos abaixo, entenda a importância simbólica da Casa Imperial japonesa, como ela resistiu aos séculos e os rituais que a população deve observar diante de um membro da família. 1- Imperador, o símbolo do Estado Segundo o artigo 1º da Constituição japonesa, o imperador é o "símbolo do Estado e da unidade do povo". Trata-se de uma figura cerimonial, dando posse ao primeiroministro ou dissolvendo o Parlamento, mas não tem representatividade política –não é chefe de governo nem de Estado. 2- Um país sem imperatrizes O trono passa para o primogênito do imperador. Se ele não tiver um herdeiro homem, assume seu irmão mais novo, e assim por diante. Mulheres são excluídas da linha sucessória. O Japão já discutiu uma mudança na lei sucessória pelo fato de o príncipe herdeiro, Naruhito, ter apenas uma filha, Aiko, nascida em 2001. 3- A mais antiga monarquia A monarquia japonesa é considerada a mais antiga do mundo ainda existente. Segundo a tradição, o primeiro imperador foi Jimmu (660-585 a.C). O atual, Akihito, 81, é o 125º a ocupar o trono. O mais longevo foi seu pai, Hirohito, que ocupou o trono de 1926 até sua morte, em 1989. O crisântemo, flor comum no Japão, é o símbolo da família imperial e representa longevidade. A flor estampa a capa dos passaportes dos japoneses. 4- Filhos da deusa do Sol Pela tradição da religião xintoísta, acredita-se que o primeiro imperador, Jimmu, descendia de Amaterasu (deusa do sol). Por isso, todos os monarcas seguintes passaram a ser reverenciados como figuras divinas. Essa condição era oficialmente reconhecida no Japão até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando a derrota militar e a consequente ocupação americana obrigaram o imperador a aceitar sua mudança de título de "soberano imperial" para "monarca constitucional". 5- Família sem sobrenome Os membros da Casa Imperial historicamente não possuem sobrenome. Como não há registro de troca de dinastia desde o início do império, ter um nome que identificasse a família nunca foi necessário. 6- Os nomes que terminam em "hito" Hirohito, Akihito, Naruhito... os nomes de imperadores e príncipes japoneses têm em comum a terminação "hito". Embora seja conhecido como Akishino (uma espécie de título conferido ao príncipe), o filho mais novo de Akihito em visita ao Brasil se chama Fumihito. O ideograma para a terminação "hito" tem o significado de afeição, amor, pessoa virtuosa, respeitosa. 7- Permissão para conversar Embora tenha perdido o caráter divino, a família imperial é uma instituição pela qual os japoneses têm grande respeito. Em qualquer evento público com um membro da família, nenhum cidadão pode lhe dirigir a palavra, a não ser que o imperador, os príncipes ou princesas iniciem uma conversa. Também é proibido oferecer ao membro da família cartões de visita. 8- Os anos dos imperadores No Japão, as pessoas costumam se referir a um determinado ano de acordo com o tempo de reinado do imperador. Por exemplo, 2015 é Heisei 27, pois se trata do 27º ano da era Heisei, iniciada quando o imperador Akihito assumiu o trono (8 de janeiro de 1989). Se perguntar a alguém de 1950 quando ele nasceu, provavelmente dirá Showa 25, pois foi o 25º ano da era Showa, que correspondeu ao reinado de Hirohito.

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OSTRACISMO

Monumento em homenagem a cultura japonesa é abandonado e tem projeto engavetado

Na Rua dos Barbosas, o monumento em homenagem à cultura japonesa continua firme e forte, apesar de escondido. Construído em 2008 durante as comemorações do centenário da imigração japonesa no Brasil, o portal foi instalado com investimentos do empresário Almir Hirokazu Oshiro e se tornou um bem público, mas um tanto abandonado. “O portal foi construído pelo dono da Discautol, Almir Hirokazu Oshiro, que doou todo o dinheiro e também a sede da Associação Okinawa na mesma rua. Nós pensamos neste ano em revitalizar o monumento e passar ele para a prefeitura, mas com as mudanças na política, o projeto não pode ser concluído, sendo arquivado”, afirma o

presidente da Associação Okinawa de Campo Grande, Nilton Kiyoshi Shirado. O projeto original, de autoria da arquiteta Eloisa Vicari Scheid, incluía outras melhorias na área, como a readequação da calçada e a inclusão de lanternas típicas da cultura japonesa, como as encontradas na rua da Liberdade, em São Paulo. “Na época veio uma comitiva do Japão e o empresário Almir quis homenageá-los com o portal. Eu acredito que como ele foi executado em uma via pública, agora é de responsabilidade da prefeitura, se tornou um monumento. Nós pedimos apenas a autorização para a construção do portal”, explica. Para dar continuidade ao que foi construído em 2008, a As-

sociação Okinawa procurou a prefeitura para propor a revitalização do local, assim como o término do projeto completo, em busca de tornar o ponto turístico. “A Associação Okinawa iria criar uma biblioteca ou um museu da

imigração. Esse era um desejo nosso”, explica o presidente Shirado. Criada em 1922, a Associação Okinawa só teve a sede própria na rua dos Barbosas em 1966. “No início ficávamos na Associação Nipo ou na casa de algumas pessoas”, relembra. Atualmente, a Associação Okinawa de Campo Grande possui mais de 428 famílias filiadas e cerca de 100 jovens participam de atividades culturais típicas. Um grande evento da cultura okinawana acontece no próximo dia 7, no Palácio Popular da Cultura, com o show denominado “Danças de Ryukyu”, com a participação de 22 artistas vindos especialmente do Japão para celebrar com a comunidade sul-matogrossense, os 120 anos do Tratado de Amizade entre o Brasil e o Japão. “Nossa cidade será a primeira no circuito, tendo somente São Paulo e Campo Grande”, conclui o presidente da Associação Okinawa, Nilton Shirado.

O negócio deu tão certo na cidade, que já tem japonês vendendo chipa paraguaia

Mori não quis trabalhar com comida japonesa por acreditar que teria um rendimento melhor com chipa

Na hora em que pensamos em um japonês na cozinha lembramos de sobá, sushi, temaki e outros pratos tipicamente japoneses. Mas outro negócio tem dado tão certo na cidade que Tamotsu Mori resolveu abrir a "Chiparia do

Japa", bem no Centro de Campo Grande. Lá, um dos ícones da nossa culinária é vendido por 1 real, como se tornou comum em vários outros estabelecimentos. Mori é técnico de motores, mas não atua em sua área há bastante

tempo. Depois de ficar desempregado resolveu inovar. “Não queria voltar para este serviço, é muito pesado para mim, estou numa idade avançada para fazer serviço muito pesado”, justifica ele, aos 63 anos. A necessidade de se ter uma renda para pagar as contas de casa e até ajudar um dos filhos, que está na faculdade, o fez pensar na chiparia. A esposa botou a mão na massa e foi em busca de aprender a fazer o salgado. Mas não é só ela que o prepara lá, há um outro funcionário. O lugar ainda é novo, foi aberto na terça-feira. Apesar do pouco tempo já chama atenção, não só pelo preço baixo, mas pela origem oriental, já que a chipa surgiu com nossos vizinhos de fronteira. No entanto, o dono garante que o produto é de qualidade. “Japonês

Chiparia foi aberta na terça-feira por uma família de japoneses

também sabe fazer chipa, não vou dizer que fica tão saborosa quanto as do que as inventaram. O que posso afirmar é que somos limpinhos e caprichosos”, assegura. Ele já teve sobaria aqui em Campo Grande e não quis voltar ao ramo por acreditar que a chipa pode lhe dar um rendimento melhor. “Hoje sobá não está fazendo tanto sucesso, o que se vende mais é o sushi e não tinha o investimento para abrir um. Estou gostando de trabalhar aqui também”, destaca. O negócio ainda não atingiu a meta estipulada por ele. Porém está seguro, já que está aberto há três dias somente e costuma vender em média 400 chipas por dia. De acompanhamento, ainda ganha servindo suco que custa R$ 2,00. Com o tempo ele pretende expandir o negócio. “Eu e minha família temos a intenção de abrir mais três ou quatro lojas, essa é só a primeira. E tenho como meta vender de 1500 a 2 mil chipas por dia”, detalha. A Chiparia do Japa fica na rua Rui Barbosa 2336, Centro. Eles funcionam de segunda a sexta das 6h às 17h30 e no sábado das 6h às 12h. Informações pelo telefone3015-5100.

ERRAMOS

Na edição 92, na página 10, na matéria “Trajetória da Associação Okinawa de Campo Grande”, na galeria de fotos dos ex-presidentes, houve um erro de digitação e as duas últimas fotos ficaram com o mesmo nome, quando na verdade, a primeira, trata-se do ex-presidente Tetsu Arashiro e a segunda do ex-presidente Jorge Tamashiro.

Rua do Cipreste, 314 - B. Marcos Roberto - Campo Grande/MS 67 3306.3199 - www.msshimbun.com.br - msshimbun@ibest.com.br O Jornal MS SHimbun é uma publicação do Jornal MS Shimbun Editora Jornalística Ltda-ME CNPJ 17.797.546/0001-18 Diretores Executivos: VInicius Ribeiro Franco e Tanea Ribeiro Franco Editor: Palmir Cleverson Franco Os artigos assinados ou de origem não representam necessariamente a opinião do jornal, e mesmo quando não publicados não serão devolvidos.

Jorge Joji Tamashiro


bodoquena

Jornal MS Shimbun • Edição de Outubro de 2015

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Prefeitura distribui mudas de árvores

Na Prefeitura de Bodoquena, 85% de suas contratações são com o pequeno negócio.

Prefeitura de Bodoquena incentiva o pequeno negócio

O dia cinco de outubro foi um dia especial para os empresários do pequeno negócio. Sendo ele urbano ou rural, incentivar estas entidades tem sido uma das principais metas do SEBRAE em parceria com as Prefeituras. Em Bodoquena não é diferente. Desde 2011 o Executivo Municipal tem parceria com o SEBRAE para apoiar a Micro e Pequena Empresa e também os agricultores familiares. O programa de Governo municipal tem incluso o incentivo principalmente a agricultura familiar e, durante o transcorrer dos exercícios, vem cumprindo o seu papel disponibilizando orientação técnica, além de vários cursos em parcerias com o Sistema S. Aproveitando o dia do movimento "Compre do Pequeno Negócio" vamos descrever o que Bodoquena tem feito para cumprir o seu papel: Na área de comercio e serviços o Município contratou para o exercício de 2015 com diversas empresas um montante acima de R$ 10.700.000; (dez milhões e setecentos mil reais), isto será consumido no decorrer dos 12 meses. Deste montante, foram celebrados contratos com ME, EPP e MEI, a cifra superior a R$ 9.000.000 (nove

milhões de reais), atingindo uma porcentagem de 85% das contratações do exercício. As empresas não enquadradas como ME e EPP ficaram com 15% dos contratos. Isto materializa o cumprimento da Lei Geral e fomenta o pequeno negócio. A chamada pública também é um incentivo ao pequeno produtor, pois, o Departamento de Políticas Agrícolas informa a produção rural local, e a nutricionista da Educação elabora um cardápio utilizando-se no que for possível os produtos para comercialização junto à Prefeitura. Nunca esquecendo, que é oferecido uma merenda saudável e de sabor diferenciado aos alunos da rede. Mais uma alternativa encontrada para incentivar o pequeno negócio, foi a criação da feira com espaço coberto, onde abriga 20 barracas utilizadas pelos agricultores, e por outros vendedores de alimentos prontos e caseiros, tanto no sábado no período da manhã, como nas quartas feiras no período vespertino e noturno. Para os produtores de banana, o município adquiriu uma câmara de maturação de uso comunitário para agregar valor à produção e levar este fruto já pronto para o consumo que eleva o ganho nesta

cultura agrícola. A Associação do Assentamento Sumatra recebeu, em comodato, um ônibus do Município para transportar os agricultores feirantes e seus produtos, facilitando o seu acesso visto que distam a mais de 20 km do ponto comercial (feira). A Associação da Morraria do Sul se beneficiou de um grande incentivo financeiro e tecnológico da INTERCEMENT e o Município participou com disponibilização da área. Agora já se produz abóbora kabotiã e mandioca pré-cozida empacotadas a vácuo. O presidente da associação está apresentando o produto em Bodoquena e região. Alguns mercados da cidade já comercializam essa novidade. Contribuir para a sustentabilidade no campo e na cidade é um desafio importante. Hoje, principalmente os pequenos agricultores familiares, estão sorrindo, pois sua produção vem sendo consumida e o mais importante é que a liquidez é imediata. Quanto ao comércio de bens e serviços locais, o município está sempre de portas abertas para compras; dentro dos ditames da Lei de Licitação e Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.

A Prefeitura Municipal de Bodoquena, através da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, em comemoração à Semana da Árvore, realizou a distribuição de mudas arbóreas para a população no último dia 19 de setembro na Feira do Produtor Rural. Foram distribuídas mudas de espécies para plantio em área urbana (oiti, pata de vaca, dama da noite, ipê amarelo, ipê branco e ipê rosa) e espécies nativas e frutíferas para serem plantadas na área rural (aroeira, cumbaru, canafistula, figueira, araçá, goiaba verme-

lha, limão rosa, caroba, tamarindo, jenipapo, jatobá, guavira e ingá) totalizando 2800 mudas no Dia da Árvore. O evento contou com apresentação da Banda Marcial Municipal. Os munícipes habituados a visitar

o espaço da feira ficaram satisfeitos com o evento e de acordo com a equipe de coordenação da atividade, a ação de recebimento das mudas ficará completa com o plantio e cuidado com as espécies na propriedade rural ou lote urbano.

Propostas da Conferência Estadual serão votadas na XV Conferência Nacional de Saúde A Secretaria Municipal de Saúde de Bodoquena/MS garantiu a representação de todos os segmentos da saúde pública: trabalhadores, gestores e usuários do SUS na 8ª Conferência Estadual de Saúde que teve como tema “Saúde Pública de Qualidade Para Cuidar Bem das pessoas: Direito do Povo Brasileiro”. Durante os dias 16 e 18 de setembro/15 os quatro delegados eleitos na VI Conferência Municipal de Bodoquena, defenderam e conseguiram emplacar duas propostas: o tão desejado Plano de Cargos, Carreiras e Salários para os profissionais da saúde e a criação de um fundo de manutenção no Ministério de Saúde para garantir o salário base dos funcionários e não prejudicar os municípios de pequeno porte. Mesmo sendo limitado, pelo

Conselho Estadual de Saúde, o número de vagas para os delegados e, que eram sete eixos temáticos de propostas que foram divididos em quatro grupos de trabalho (GT), consequentemente os delegados não participaram de todas as discussões. Os representantes de Bodoquena foram persuasivos no GT ao qual permaneceu conseguindo que das 25 propostas eleitas no estado, duas fossem originárias de Bodoquena. Lembrando que estas foram escolhidas dentre mais de setecentas propostas municipais. Porém, conforme a declaração da representante dos trabalhadores de Bodoquena: “Essa é apenas a segunda batalha vencida, a vitória ainda depende dos delegados eleitos para XV Conferência Nacional de Saúde, pois, essas propostas serão

votadas mais uma vez. Cabendo a esses delegados apresentar, explicar, defender e até redigir nova redação de forma que não perca sua essência, enfim, defender com maestria para que todos que trabalham no SUS sejam beneficiados. Aproveito para desejar aos delegados eleitos representantes do segmento dos trabalhadores da microrregião de Aquidauana muita força para garantir essa nova conquista” As outras 23 propostas foram escolhidas no sentido de melhorar o acesso, humanização, garantir repasse da receita da União para a saúde, dentre outras. O que deixou animada a Secretária Municipal de Saúde: “Realizadas a cada quatro anos, as conferências de saúde é uma das principais formas de participação da sociedade na construção de políticas públicas e, este ano 50% dos delegados representaram os usuários do Sistema Único de Saúde. Contamos com o prefeito que valoriza esses momentos de debates que contribui para a saúde no Brasil. Estamos satisfeitos com a participação popular que constrói de forma democrática propostas possíveis para melhorar a qualidade do atendimento na saúde”, concluiu Eunice Mendes Flores Santos.


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política

DECORAÇÃO

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EXPECTATIVAS

Como casal imperial japonês é intocável, Crianças acordam cedo e são as flores deram o recado da comunidade primeiras a encontrar casal real

Alice foi quem fez a manutenção das cerca de 10 mil flores decorativas de Sakura

O príncipe Akishino e a princesa Kiko do Japão passaram por Campo Grande, cumprindo o roteiro da visita ao Brasil. Na Capital, a recepção aconteceu no Clube de Campo da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira, mas os preparativos foram intensos.na recepção do casal imperial. O contato com o público foi breve, no máximo duas horas, mas sem qualquer interação, conforme regras que destoam bastante da informalidade que já é costume para o brasileiro. Mesmo com imposições, como não poder puxar conversa com os príncipes e nem sequer fazer uma selfie, a organização do evento decidiu fazer com que a realeza se sentisse em casa. As flores de cerejeira, feitas em papel de seda, deram o recado de respeito e emoção diante da presença dos dois por aqui. Todo o trabalho foi feito por voluntários da colônia japonesa em Campo Grande, uma das maiores comunidades nipônicas do País. E o serviço não foi pouco. A decoração teve como referência a técnica milenar do Origami e foi fruto do trabalho pa-

ciente de uma das voluntárias, Alice Haruco Arakaki, de 75 anos. Os varais com cerca de dez mil flores decorativas foram produzidos por ela e distribuídas pelo espaço de aproximadamente 450 metros quadrados. Mas muita coisa mudou até quando o assunto é preservar a tradição. “Antigamente, eu cortava cada flor manualmente, com tesoura. Mas hoje em dia, há gráficas que fazem esse tipo de recorte. Meu único trabalho foi montar o varal”, explica dona Alice. O resultado é o visual delicado

das flores de Sakura, espécie de cerejeira japonesa, que floresce apenas 15 dias por ano. Durante três dias Alice se dedicou ao trabalho artesanal. “O Sakura é, para os japoneses, o que o ipê representa para os sul-mato-grossenses. Reproduzir esse ambiente, é uma forma de fazer com que o príncipe e a princesa enxerguem que mesmo aqui, nossa cultura não está esquecida. É muito gratificante pra mim”, comenta. Para compor a decoração do salão, que fica na saída para Três Lagoas, os adereços foram dispostos junto a um tecido especial branco. “A ideia é mesclar o branco do tecido, com o rosa das flores e formar um ambiente simples, mais delicado”, diz a decoradora Yoshiko Kikushi Porfirio. Ela também foi uma das voluntárias que coordenou os trabalhos de preparativos da recepção do casal imperial. Para Yoshiko, a vinda do príncipe e da princesa do Japão foi uma oportunidade rara. “Aqui estiveram reunidos representantes da comunidade japonesa, de todo o Estado, além de aproximadamente mil pessoas. É nossa obrigação recepcioná-los bem”, acrescenta.

A decoradora Yoshiko Kikuchi, organizadora da equipe de decoração do clube

Um grupo de 30 pessoas, a maioria crianças da Escola Visconde de Cairu, esperou uma hora para ver de perto o príncipe Akishino e a princesa Kiko, do Japão. Eles desembarcaram na manhã desta segunda-feira, dia 01, no Aeroporto Internacional de Campo Grande e seguiram para a Pousada Caiman, para conhecer o Pantanal. A visita fez parte das comemorações dos 107 anos da Imigração Japonesa e dos 120 anos das relações diplomáticas entre Japão e Brasil. Durante o encontro, os príncipes impressionaram pela simplicidade e carisma. Em japonês, eles conversaram com os professores da escola e algumas crianças, além de tirar fotos. Apesar do casal não ser parecido com os dos desenhos, Maria Julia, de 8 anos, gostou de estar perto da família real. “Não são muito como eu imaginava. Esperamos eles lancharem e depois eles falaram com algumas pessoas e tiraram fotos. Eu falei 'bom dia'”, contou a menina, que foi ao aeroporto com o irmão de 6 anos. O pai deles, o administrador Múcio Marinho, já imaginava que a expectativa das crianças

FAUNA E FLORA

Príncipes conhecem museu e se impressionam com exposição

O príncipe Akishino e a princesa Kiko do Japão, que estiveram em visita oficial a Mato Grosso do Sul, cumpriram a primeira agenda em Campo Gran-

de na segunda-feira no Museu Dom Bosco, no Parque das Nações Indígenas. De lá eles foram para o segundo compromisso, na sede do Clube Nipo Brasileiro na

Avenida João Arinos, na saída para Três Lagoas. Acompanhados do governador Reinaldo Azambuja e dos secretários Eduardo Ridel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruk (Meio Ambiente), os representantes da família real japonesa visitaram o setor de invertebrados do museu e o de etnologia, onde puderam conhecer rapidamente um pouco da história dos índios de MS. Segundo o diretor do Museu, Dirceu Van Lonkhayzen, o príncipe ficou especialmente impressionado com o trabalho de taxidermia feito com um exemplar de ariranha. Como é formado em

Biologia, o príncipe mostrou interesse na exposição sobre a história natural e a mostra de insetos. Conforme o protocolo, nem o casal ou qualquer autoridade que acompanha podem se manifestar para a imprensa. Em comunicado distribuído pela assessoria, o governador Reinaldo Azambuja, manifestou seu contentamento pela vinda do casal real japonês, que além de Campo Grande, visitou Miranda, onde conheceu um pouco do Pantanal. Para o tucano, a visita foi a oportunidade de Mato Grosso do Sul divulgar a riqueza e as belezas naturais.

era ver os príncipes dos contos de fadas. “Na cabeça deles, os príncipes são como na Walt Disney. Então, eles puderam ver que são pessoas normais, embora tenham muitos títulos”, comentou o pai, lembrando que a oportunidade é única, pois até no Japão é difícil chegar perto da família real. A estudante Camila Niki, 14 anos, conta que ficou satisfeita de ver o casal, apesar da maratona que foi acordar cedinho e esperar o momento, seguindo o protocolo. “Fiquei perto da diretora e consegui entender o que eles falavam, conversaram sobre a importância da escola na sociedade. Eles são bem simpáticos. As roupas deles são simples, de dia a dia, mas eu já sabia que era assim”, disse. Apesar de saber que os príncipes não são como nas ilustrações das estórias, as crianças ficaram deslumbradas, segundo a profes-

sora do Visconde de Cairu, Luciana Ganiko. “Achei o casal muito simpático. Um aluno que chegou há pouco tempo do Japão conversou com eles e teve uma menina com enfeite no cabelo, que recebeu um elogio da princesa. Eles ficaram deslumbrados”, contou a professoram, que nesta semana aproveitou para falar as crianças sobre costumes e a história dos imigrantes. Entre os pais, que esperaram no saguão do aeroporto o retorno das crianças, o funcionário público Eduardo Kanashiro, conta que também precisou alertar a filha de 5 anos para o fato de que os príncipes não são como nos contos infantis, mas ainda assim são pessoas extremamente queridas pelos japoneses e seus descendentes, em todo o mundo. “Isso vai ficar marcado na memória dela. A mãe de uma prima minha viveu em Okinawa e no momento da rendição do Japão na guerra o imperador foi considerado um herói, ele era idolatrado. É importante as crianças saberem disso”, disse. A viagem ao Brasil começou no dia 28 de outubro e segue até o próximo domingo (8), com extensa agenda de celebrações entre os dois países. Esta é a segunda visita dos príncipes ao Brasil. A primeira ocorreu em 1988, durante a comemoração dos 80 anos da imigração japonesa.


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política

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FATO HISTÓRICO

Casal imperial japonês se reúne com a comunidade e inaugura monumentos O casal real japonês, príncipe Akishino e a princesa Kiko, que iniciou nesta segunda-feira visita oficial e histórica a Mato Grosso do Sul, foi recebido de forma carinhosa e emocionada pelos representantes da comunidade nipo-brasileira da Capital que esteve reunida na sede campo da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira, na saída para Três Lagoas. Este foi o segundo compromisso da agenda oficial que eles cumpriram na Capital. Antes das solenidades públicas, os príncipes se reuniram por cerca de 20 minutos a portas fechadas com dirigentes nipo-brasileiros, na presença do governador Reinaldo Azambuja e de secretários estaduais, no Centro de Convivência Kojun Yamaki Em seguida foi realizada a solenidade pública que precedeu a inauguração de dois monumentos, o comemorativo à visita, e o em memória aos antepassados que o príncipe fez questão de reverenciar. O casal foi recebido por crianças da entidade, enquanto o coral da AECNB, cantou o hino japonês e em seguida, o do Brasil. O primeiro a se pronunciar foi o presidente da Associação, Acelino Nakazato, que agradeceu a visita do casal real e fez um breve relato sobre o histórico da imigração japonesa no Brasil, marcado por um legado de sofrimento, mas com uma incrível história de superação e crescimento. Já o governador Reinaldo Azambuja, deu as boas-vindas ao príncipe e a princesa e em nome do povo sul-mato-grossense, desejou que o casal fizesse do estado “uma extensão das suas casas”, destacando que a distância entre Brasil e Japão nunca foi um obstáculo para o intenso intercâmbio existente entre os dois países. "É com imensa alegria que saudamos a presença do príncipe Akishino e da

princesa Kiko no Estado. Depois de 107 anos de imigração japonesa, temos oportunidade de receber membros da realeza. Se somos o que somos hoje, devemos muito a esses laços de amizade que nos uniram", destacou Azambuja. Falando em japonês, o príncipe Akishino (com tradução simultânea), disse estar encantado com a comunidade japonesa de Mato Grosso do Sul, destacando a felicidade de estar visitando pela segunda vez o Brasil (esteve no País em 1988, para as comemorações dos 80 anos da imigração), sentimento reforçado por estar em companhia da esposa. “Campo Grande é uma das mais antigas colônias do Brasil e contribuímos muito para o desenvolvimento da cidade", destacou o Príncipe, que também mencionou a Feira Central. "É um legado conhecido por oferecer o Sobá e a culinária japonesa, o que contribui para o intercâmbio cultural, o que muito nos orgulha", aponta. O presidente da Associação Nipo-Brasileiro Acelino Nakazato e sua esposa presenteou o príncipe com uma bolsa; um livro e exemplares de uma flor típica do pantanal. Jorge Gonda, diretor da AECNB comandou o “banzai”, uma saudação ao príncipe e a princesa, que de forma respeitosa também participaram da celebração. Após o término da agenda oficial, o casal imperial deslocou-se para o aeroporto, onde embarcaria com sua comitiva em vôo comercial para o Estado do Pará, deixando a comunidade nipo-brasileira e seus convidados deliciando-se de um saboroso churrasco. Além de Campo Grande, o casal imperial também vai visitar as cidades de São Paulo, Curitiba, Londrina, Rolândia, Maringá, Miranda, Belém e Brasília, onde serão recebidos pela presidente da República e Rio de Janeiro.

RESPEITO E HONRA

Descendentes explicam a honra de reverenciar príncipes japoneses A ilustre presença do principe japonês Akishino e sua esposa Kiko em Campo Grande, revela que a relação entre descendentes de japoneses e 'celebridades da realeza' em nada tem a ver com tietagem. Para brasileiros de outras origens, a presença do príncipe japonês pode até causar burburinho, mas para os cerca de 1200 membros da comunidade nipônica que conseguiram adquirir um convite para o momento especial - sobretudo os idosos - o significado de estar tão próximo ao príncipe desafia nossa lógica ocidental de compreensão. Para um descendente de japonês, estar tão perto de Akishimo é como aproximar-se de um deus. Daí a oportunidade única de reverenciá-lo, devido à linhagem sanguínea de uma família honrada e que acolhe muitos significados sobre a cultura ímpar daquele país. Com isso, a acepção da visita transcende a percepção brasileira e alcança um nível singular à comunidade. "Para a nossa cultura, consideramos o príncipe como uma entidade divina. Por isso, tantos quiseram estar aqui. Foram dois meses de preparação para este momento tão honrado para nossa comunidade. Não há dinheiro que pague esta visita", explica Acelino Sinjó Nakasato, presidente da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira. O respeito e o cuidado não cabem julgamento ao que o momento implica, até porque ele remete à honra e à memória dos antepassados japoneses. Assim,

a ilustre presença do príncipe Akishino, segundo na linha de sucessão ao trono japonês e a princesa e Kiko ganhou um tom especial no Dia de Finados, pois na oportunidade, inaugurou um monumento em memória dos antepassados da comunidade japonesa no Brasil. Honra indescritível Enquanto a solenidade não tinha início, foi possível observar que idosos eram a maioria entre os presentes, talvez por compreenderem melhor que a oportunidade era, de fato, única. Irene Higa, 73, é brasileira filha de japoneses e aceitou explicar melhor o que entende da solenidade. "A vinda do príncipe é uma felicidade, porque simboliza e relembra todos nossos os antepassados. Sinto uma grande emoção por poder estar aqui e celebrar este momento", revela. Da mesma forma, Adélia Leiko Shimabukuro, 78, também descreveu com emoção a oportunidade de estar tão próxima do príncipe Akishino. "É uma grande honra recebê-lo aqui. Diante dele, é como se estivéssemos revivendo nossa história e identidade. O príncipe traz a sabedoria que vem desde nossos antepassados e para nós isso tem um significado muito nobre e especial", aponta. Já Denise Shimabuko, também destacou a importância de receber bem o príncipe Akishino. "É chance de reverenciar alguém que representa nossa cultura, e toda a sabedoria dos nossos antepassados. Ele representa isso e para mim tenho muito orgulho de estar aqui", conclui.

Exibição Domingo – 9h e reprise segunda-feira – 21h Canal 15 – TV Imaculada Conceição e NET – Canal 21


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comunidade

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120 ANOS DE AMIZADE

Comunidade Japonesa foi homenageada na AL A solenidade foi uma proposição de Renato Câmara e George Takimoto

No ano em que se comemora 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão, Mato Grosso do Sul, a Assembleia Legislativa, homenageou a comunidade japonesa com a entrega da Comenda de Honra ao Mérito Legislativo pela contribuição no desenvolvimento e na cultura do estado. A solenidade

foi uma proposição dos deputados estaduais Renato Câmara (PMDB) e George Takimoto (PDT). Ao todo, foram homenageados 25 japoneses das mais diversas áreas e profissões que foram reconhecidos pelos serviços prestados à comunidade e ao estado. O evento contou com a apresentação de taikô da Associação

Okinawa de Campo Grande e com as vozes do coral da Assembleia Legislativa que cantou músicas do folclore japonês e de artistas do estado. O objetivo do evento foi celebrar a relação entre as nações e reconhecer as contribuições dos nipo-brasileiros para Mato Grosso do Sul que vão desde a construção dos trilhos que cortam o cerrado e o pantanal à culinária e às artes. Relação que se estreitou ao longo dos anos e que faz de Mato Grosso do Sul o terceiro estado brasileiro com maior comunidade japonesa. O Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre Brasil e Japão foi assinado em Paris no dia 5 de novembro de 1895. A vinda dos imigrantes foi por uma combinação de dificuldades e interesses dos dois países. O primeiro navio vindo do Japão, Kasato Maru, chegou ao Brasil em 18 de

junho de 1908, trazendo os primeiros 781 passageiros. Homenageados Renato Câmara: Claudio Takeshi Iguma, Kosuke Ono, Shizuko Shirota, Sakae Kamitani, Hideo Matsumura, Kiyoshi Jodai, Alice Akemi Sakai, Isamu Nishimura, Aki Tsunoda Kaku, Tochiko Yonecura Morishita, Toshio Sanomiya, Luiz Yoshide Honra. George Takimoto: Jorge Gonda Junior Mochi: Acelino Sinjo Nakasato Marquinhos Trad: Áureo Francisco Akito Ikeda, Jorge Otubo Mara Caseiro: Fusafumi Shimada João Grandão: Auro Akio Otsubo Felipe Orro: Carlos Arakaki Eduardo Rocha: Paulo Keiji Matsumo, Roberto Yassushi Imada Beto Pereira: Isuke Suzukawa, Yoshitomo Okishima Antonieta Amorim: Mario Hada Amarildo Cruz: Maria Cristina Adania

XXXIII Concurso Estadual da Canção Japonesa é reconhecido pelo vereadores de Nova Andradina

Por propositura do vereador Valter Yasunaka (PSDB), o presidente da Acena (Associação Cultural e Esportiva de Nova Andradina), Márcio Azuma e o diretor cultural de Karaokê, Elton Yuzo Jodai foram homenageados na Câmara Municipal pela realização do 33º Concurso

Estadual da Canção Japonesa. A Moção de Parabenização foi entregue na sessão ordinária, realizada nesta terça-feira, dia 27 de outubro. Também receberam a homenagem os classificados no concurso: Isadora Azuma, Livia Ortega Azuma, Maria Luiza Ortega

Azuma, Hiroshi Iwata, Hirooki Tsutake, Haruko Iwata, Kiyoshi Jodai, Tamaki Nakamura, Alice Futimoto, Sussumo Kuwabara, Roberto Uehara E Elton Yuzo Jodai. Realizado no último dia 18 nas dependências da Acena, o evento reuniu representantes de colônias japonesas, de todas as idades, de vários municípios sul -mato-grossenses. Há 33 anos as associações Nipo Brasileira do estado se unem afim da realização desse evento que é um marco dentre todos os eventos da comunidade Nikkey, que além de servir como classificatório para o Concurso Nacional da Canção tornou-se de certa forma uma maneira de gerar curiosidade pelo idioma

dos ancestrais e a preservação dos diversos costumes nos cerimoniais que são mantidos até hoje. Valter justifica a importância da honraria, ao afirmar que “investir na cultura é determinante para a educação e fortalecimento da identidade das comunidades onde atuam”. “É com muita honra que recebemos essa moção de parabenização e isso nos incentiva, cada vez mais, a trazer para Nova Andradina evento dessa natureza que nos impulsiona a preservar as tradições da cultura japonesa, não só através da música, também do esporte, religião e culinária”, agradeceu Márcio Azuma ao fazer uso da tribuna.

SHOW DE CULTURA

Capital será palco do espetáculo Dança de Ryukyu para celebrar os 120 anos de tratado Brasil-Japão O Teatro Rubens Gil de Camilo, no Palácio Popular da Cultura vai abrigar, no próximo dia 07 de novembro de 2015, um grandioso espetáculo de cultura okinawana, denominado “Danças de Ryukyu”, com a participação de 18 artistas vindos especialmente do Japão para celebrar com a comunidade sul-matogrossense, os 120 anos do Tratado de Amizade entre o Brasil e o Japão O convite à comunidade nipo -brasileira aqui estabelecida,

bem como a sociedade de um modo geral foi feito no aniversário de 93 anos da Associação Okinawa de Campo Grande, quando alguns professores de São Paulo, entre eles Satoro Saito e Miyazato participaram da festa e confirmaram o espetáculo de dança de Ryukyu, que será realizado no próximo dia 07 de novembro deste ano, no Teatro Rubens Gil de Camilo em Campo Grande por 18 artistas japoneses. Um evento que vale à pena participar!

LEGISLATIVO MUNICIPAL

Shimabukuro não é contra assinatura de plantas de construção de moradia para pessoas de baixa renda e sim pela valorização profissional

O vereador engenheiro Edson Shimabukuro (PTB) foi o único a votar a favor do veto total do prefeito Alcides Bernal (PP) ao Projeto de Lei nº7.533/13, que dispões sobre a assinatura de plantas de construção de moradia para pessoas de baixa renda por engenheiros e arquitetos da administração municipal. Segundo Shimabukuro, o projeto pode aumentar o caos na prefeitura, uma vez que os profissionais da engenharia, arquitetura, tecnólogos e técnicos em edificação lotados no município são poucos e não conseguem nem atender a atual demanda. “Não sou contra atender a pessoa de baixa renda, a realidade é que a prefeitura tem poucos profissionais, um exemplo é a Semadur, a dificuldade em conseguir uma licença no órgão é tamanha, justamente por falta de equipe”, explica. O parlamentar afirma que o projeto é excelente, mas não adequado para o atual quadro de funcionários da prefeitura. “A Semadur não atende a demanda e o projeto não pode ser atendido por outra secretaria, é inviável para a Seinthra ou Ehma. Os profissionais das

respectivas pastas precisam cuidar das obras da cidade, fiscalização entre outras atividades, e não conseguem. Aumentar os serviços só vai prejudicar o serviço público. Existe a necessidade permanente de chamar os concursados aprovados e efetuar novo concurso”, justificou. De acordo com o texto do Projeto, determina-se que os engenheiros lotados na prefeitura de Campo Grande assinem plantas cedidas pelo Executivo Municipal, para imóveis com área construída de até 70 m2. Os beneficiários serão pessoas com renda familiar comprovada de no máximo dois salários mínimos e sujeita à análise técnica. Para Shimabukuro, a solução seria uma emenda ao projeto com parceiras com as entidades que envolva os arquitetos e urbanistas (Sindarq/CAU/ IAB), engenheiro civil (CREA e SENGE), tecnólogos da construção civil (Sintae), tecnólogos da edificação e a reativação do Convênio Construindo Legal do CREA-MS em parceria com o Escritório Modelo das faculdades e universidades e afins. O vereador lembra que o objetivo do Projeto de Lei deve atingir construção, ampliação, reforma e a regularização de imóveis não aprovados e construídos, sendo necessário que o autor do projeto e responsável técnico pela obra oriente e acompanhe todas as fases até a liberação do habite-se. “Projetos que envolvam a engenharia devem ser discutidos com os profissionais e as entidades representativas, a realidade dos profissionais na administração municipal é bem diferente da que estão vendo, existe ali uma demanda muito

grande e poucos profissionais. Estou a disposição para somar com esses projetos, desde que

haja valorização profissional e condições de trabalho”, finalizou.

Acelino Nakasato, Jorge Gonda, Mori e Joelma Nascimento na AECNB

Mori é nomeado novo diretor da sede campo da AECNB

SHAKAI HOKEN

RESGATE DE CONTRIBUIÇÕES À PREVIDÊNCIA JAPONESA Quem trabalhou no Japão e contribuiu para a Previdência tem o direito de resgatar valores contribuídos ao “SHAKAI HOKEN” - Plano de Pensão Previdenciária, descontado diretamente do salário, pela empresa empregadora. De acordo com a legislação japonesa, os trabalhadores estrangeiros ao retornarem para o Brasil e que tenham contribuído com o seguro aposentadoria por um período acima de 6 meses, podem resgatar 80% do valor contribuído no Japão. O prazo para solicitar o resgate é de dois anos, contados a partir da data de retorno ao Brasil. Muitos pensam que o prazo é igual ao da Restituição do Imposto de Renda (5 anos) e acabam perdendo tudo por prescrição. Quanto aos 20% retidos a título de Imposto de Renda, não esqueça que poderão ser recuperados também integralmente, através de processo normal de restituição, portanto, por serem valores significativos não devem ser esquecidos ou desprezados. Os valores retidos no Japão sejam como Imposto de Renda

ou na forma de Contribuição Previdenciária (Shakai Hoken) é resultado de trabalho árduo e assim, não podem deixar de serem restituídos ou resgatados. Quem, eventualmente tenha perdido o prazo de dois anos para pedir o dinheiro do Shakai Hoken, poderá somar o tempo de contribuição para que junto com as contribuições realizadas ao INSS, possa, ao completar 65 (homens) e 60 (mulheres), receber aposentadoria vitalícia japonesa, através do Acordo Previdenciário Brasil-Japão, firmado entre os dois países, a partir de março de 2013. Portanto, aqueles que deixaram de fazer o resgate do Shakai Hoken, poderão receber, ao se aposentar por idade, valores da previdência japonesa. Os serviços de Resgate do Shakai Hoken são prestados pela Daiwa Service e tem representante em Campo Grande e região. Serviço: Em Campo Grande e região: Maria Taira (67) 3382-3651, (67) 91074467 e (67) 9981-8934 Em São Paulo: Daiwa Service (11) 3105-2114

O empresário Tamotsu Mori é o novo diretor da sede campo da Associação Esportiva e Cultural Nipo Brasileira de Campo Grande. A nomeação aconteceu no último dia 19 de outubro, durante a reunião mensal da diretoria executiva da entidade. Mori, assume o cargo com a missão de cuidar, revitalizar e desenvolver reformas dentro da sede campo. Mori é ex-dekassegui, foi representante da prefeitura nos Distritos de Anhanduí e Rochedinho, responsável por grandes benefícios na região e também em ações para a comunidade

japonesa de Campo Grande. “Minha principal motivação para aceitar o cargo de diretor da sede campo da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira é contribuir com a comunidade japonesa e lutar por melhorias do clube campo”, disse Mori. Segundo o novo diretor, o primeiro passo é fazer uma avaliação do que realmente o clube precisa e traçar um plano de trabalho. “Temos muito trabalho para fazer, mas vamos planejar, fazer uma coisa de cada vez”, finalizou.

O novo diretor da sede campo da AECNB Mori ao lado do presidente da Associação Nipo, Acelino Sinjó Nakasato.


culinária

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Bolinho de arroz japonês No Outono, as escolas japonesas fazem gincanas chamadas de undokai (lê-se: undookai) com seus alunos e convidam todos os familiares, que passam um sábado ou domingo inteiro se confraternizando e se divertindo com várias atividades esportivas ao ar livre. Como a gincana dura o dia inteiro, há uma pausa para o almoço. As famílias costumam levar seus próprios quitutes e um dos pratos mais populares é o onigiri (também chamado de omusubi). É um bolinho de arroz japonês com um recheio, que pode ser acompanhado de alga nori. O recheio varia bastante: os mais usados são umeboshi (ameixa japonesa em conserva) e salmão. A diferença em relação ao sushi está no tempero do arroz. O arroz do onigiri é sem tempero. Pelo formato, você já deve ter adivinhado que é muito prático para levar em marmitas, certo? E é por isso mesmo que é um prato bem do dia-a-dia japonês. As pessoas levam onigiri de casa para comer no trabalho. Seu preparo é bastante simples e é ótimo para dar autoconfiança para quem está começando na comida japonesa. Ah, e também pode reunir toda a família para preparar a refeição, inclusive as crianças! Duas coisas importantes para seu onigiri ficar bem gostoso: 1. Usar arroz japonês. Desista de tentar fazer com arroz brasileiro empapado. Não vai ficar bom. Aliás, nenhuma comida japonesa ficaria boa assim. 2. Prensar na medida certa, principalmente se você for levar para o trabalho, para ele não desmanchar. Você pode usar as forminhas de plástico à venda em lojas japonesas e também fazer o arroz com um pouquinho menos de água, para ele ficar mais firme. Vamos à receita? A que apresento abaixo é do site Gastronomismo.com. Recomendo você visitar a página da receita e

assistir ao vídeo. Vale muito a pena. É muito bonito e bem-feito, inspirado no filme Chihiro. Ingredientes: • 1 ½ xícara de arroz especial para comida japonesa • 2 xícaras de água • 100g de salmão fresco • 2 (1 + 1) colheres de café de gengibre ralado • 2 (1 + 1) colheres de sopa de molho de soja • cebolinha verde • sal • 2 colheres de sopa de Furikake • Alga Nori Como fazer: Lavar o arroz em água corrente para retirar um pouco do amido. Cobrir o arroz com 2 xícaras de água e deixar de molho por cerca de 10 minutos. Cozinhar em fogo baixo, com a panela tampada, por cerca de 15 a 20 minutos, até que a água seque. Enquanto o arroz cozinha, temperar o salmão com o gengibre ralado e uma colher de sopa shoyu, grelhar em uma frigideira anti-aderente com um fio de óleo, por 2 minutos de cada lado, até que fique cozido. Retirar da frigideira e esperar esfriar. Quando o arroz estiver cozido, desligar o fogo e mexer com uma colher, tampar e deixar abafar por 10 minutos. Transferir o arroz para uma tigela e esfriar. Dividir o salmão em lascas e temperar com o resto de molho de soja, o resto de gengibre ralado e cebolinha verde picada. Quando o arroz esfriar, adicionar o Furikake e misturar. Como montar: Para que o arroz não fique grudando na mão na hora de formatar o Oniguiri, misturar meia xícara de água com uma colher de café de sal em um tigelinha. Molhar as mãos na água salgada e pegar um punhado de arroz. Abrir na palma da mão e adicionar um pouco do recheio no meio. Fechar o bolinho e formatar em um triângulo como mostrado no vídeo. Envolver a parte de baixo com uma tira de nori e decorar com furikake de peixe. Servir.

RECEITA DE TORI NO TAKIKOMI GOHAN (ARROZ JAPONÊS COM FRANGO E LEGUMES) INGREDIENTES • 3 xícaras de arroz • 660ml de água • 1 peito de frango (aproximadamente 150g a 200g) • 1 cenoura (aproximadamente 150g a 200g) • 2 colheres de sopa + 1 de chá (35ml) de shoyu para temperar o arroz • 2 colheres de chá + 1 de café (12ml) de shoyu para marinar o frango MODO DE PREPARO 1. Pique o frango em pedaços de 1cm e deixe marinar no molho shoyu (2 colheres de chá + 1 de café). 2. Fatie a cenoura em cortes à juliana (palitos) de cerca de 3cm.

3. Lave delicadamente, várias vezes, e escorra o arroz. 4. Coloque o arroz e a água numa panela. 5. Junte o molho shoyu à panela (2 colheres de sopa + 1 de chá). Coloque o frango e a cenoura por cima do arroz. 6. Tampe a panela e cozinhe o arroz em fogo médio. Quando levantar fervura, reduza o fogo e deixe cozinhar em fogo baixo por 12 minutos. (Foi aqui que usei as dicas do Sushi a la Carte para cozimento do arroz). 7. Desligue o fogo e deixe a panela tampada para que o arroz descanse por 10 minutos. Use uma colher de pau ou espátula para misturar o frango e a cenoura com o arroz.

Filé ao shoyu Medalhões de filé mignon, acompanhados de shiitake, purê de mandio-quinha, feito com creme de leite e queijo ralado, cobertos com um delicioso molho à base de shoyu e gengibre. Este é um dos pratos preparados pelo chef João Batista, do restaurante Companhia Asiática, que renovou seu cardápio. Antes, também oferecia pratos da Tailândia, Vietnã, Indonésia e China. Agora, é um restaurante japonês com pequenas incursões pela cozinha asiática. Para preparar este prato, faça-o em etapas e monte no final. • PARA 1 PESSOA Filé - Modo de Preparo • 280g de filé mignon Preparo: temperar com sal a gosto. Grelhar com um pouco de óleo ou manteiga, em fogo médio (deixe para grelhar quando todas as outras etapas já tiverem sido preparadas, na hora de montar o prato). Purê de mandioquinha • 200g de mandioquinha • 1 xícara (chá) de leite • 2 colheres (sopa) de queijo ralado • 3 colheres (sopa) de creme de leite • Sal a gosto Preparo: bata no liqüidificador a mandioquinha com o leite. Depois, coloque essa mistura em um recipiente e acrescente os outros ingredientes, mexendo até ficar com consistência homogênea. Reserve. Shiitake • 80g de shiitake (médios) • 2 colheres (sopa) de shoyu • 2 colheres (sopa) de saquê de cozinha • 1 colher cheia (sopa) de manteiga

sem sal • 1 colher (café) de hondashi • 1 colher (café) de Ajinomoto Preparo: em uma frigideira, derreta a manteiga e coloque o shiitake. Deixe amolecer por cerca de um minuto. Acrescente o Hondashi, o Ajinomoto, o saquê e o shoyu. Abaixe o fogo e deixe cozinhar mais um pouquinho (30 segundos). Reserve. Molho à base de Shoyu Modo de Preparo • 6 colheres (sopa) de shoyu • 7 colheres (sopa) de água • 1 colher cheia (chá) de gengibre ralado • 15 gotas de Tabasco (molho de pimenta) • 1 colher rasa (sopa) de Demi Glace** ** (pó preparado à base de carne e gordura vegetal encontrado em supermercados). Pode ser substituído por: 1 cubo de caldo de carne diluído em água e um pouco de shoyu, 2 colheres (sopa) de água, 1 colher (sopa) de maisena (coloque maisena por último, quando estiver no fogo) 1 - Preparo: coloque em um panela o shoyu, a água,... 2 - Coloque o Demi Glace. 3 - ...o gengibre e a pimenta. Deixe em fogo baixo e mexa até engrossar, ou cerca de 2 minutos. 4 - Passar o molho em peneira, para tirar os pedacinhos de gengibre e reserve. MONTAR O PRATO 1 - Ajeite os medalhões, 2 - o shiitake... 3 - e por cima da carne, o molho. 4 - Enfeite com rabanete, se quiser.


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saúde

Jornal MS Shimbun • Edição de Outubro de 2015

Entenda a importância da fisioterapia após fraturas

A fisioterapia contribui para a recuperação das funções e em caso de cirurgias pode até ajudar na cicatrização Quebrar um osso não parece ser muito fácil, mas por incrível que pareça é bem comum fazermos isso pelo menos uma vez ao longo de nossas vidas. Nesses casos, a maior dúvida é sempre a respeito do que fazer, como fazer e como vai ficar nosso corpo depois que isso acontece. Por este motivo, o artigo vai dar uma visão geral sobre o tema, esclarecendo também a importância da fisioterapia, que é uma das principais ferramentas utilizadas para a recuperação de uma fratura. Antes de tudo, vamos entender o osso. Ele é feito de um monte de células que vão se juntando até formar a estrutura dura que co-

nhecemos. É coberto por uma fina membrana, como se fosse encapado, tornando-o mais resistente ainda. Diferente da rigidez de uma pedra, ele é complacente, ou seja, pode ser envergado como um bambu (voltando na posição original posteriormente), mas em amplitudes muito menores. Além disso, ele possui vasos sanguíneos, inclusive alguns ossos como o fêmur (osso da coxa) têm em seu interior a medula óssea, que é uma das principais fábricas de nosso sangue. Ou seja, quebrar uma estrutura como essa agora parece ser mais grave do que você está pensando, não? Fique calmo. Pense em quantas

pessoas que você conhece que já não quebraram algum osso. Jogando bola, caindo de escadas, batendo o dedão do pé em algum móvel, prendendo o dedo na porta, batendo as costelas, caindo com a mão espalmada no chão, tentando pegar uma bola que vem muito rápida, entre outras tantas histórias e poucas delas estão reclamando das dores da fratura até hoje. Se deixarmos um osso quebrado descansando por semanas, ele vai naturalmente se consertando, recompondo as células machucadas, até formar um novo osso, com as mesmas propriedades. Um bom exemplo seria como a formação do gelo quando deixamos a água no congelador. A superfície cria uma casquinha de gelo e depois o interior vai congelando também, mas qualquer movimento que fizermos, vai quebrar esta fase inicial, retornando à estaca zero. Por este motivo que a orientação é evitar movimentos no local do osso fraturado. Então vamos falar um pouco mais destas fraturas. Existem alguns tipos delas: a mais simples é aquela onde existe uma única linha e as partes quebradas não se separam, como se formasse uma rachadura, mas sem alterar os contornos do osso. Um tipo um pouco mais sério é bem parecido, porém, existe um pequeno afastamento entre as partes. As mais graves são aquelas onde além de afastar uma parte da outra, ocorre um desvio entre elas criando desalinhamentos no osso. Além disso, existe a possibilidade de um mesmo osso ser quebrado em duas, três ou mais partes, aumentando a gravidade do problema quanto maior for o número destas partes. Ossos mais finos e compridos são mais fáceis de serem quebrados em duas partes, com desvios. Já ossos mais curtos e largos necessitando de traumas muito maiores para fraturarem-se. O tratamento das fraturas vai depender de cada tipo delas. Nos casos mais graves, onde os ossos

se separam em vários fragmentos ou se desviam do eixo, é necessário fazer uma cirurgia para colocar tudo de volta no lugar, utilizando-se hastes metálicas, parafusos, fios metálicos ou até mesmo fixadores externos, como forma de manter os ossos no lugar, para que consolidem de forma alinhada. Agora, nos casos mais leves, onde não ocorre separação ou desvio considerável, o tratamento é conservador (sem cirurgias), com imobilização (órteses ou gesso) do local acometido. E onde entra a fisioterapia? Finalmente, ela vai entrar após os procedimentos iniciais, quando o paciente for liberado pelo médico. Depois de uma cirurgia de fraturas graves, ela vai atuar no controle do inchaço (edema) e das dores, com manobras de drenagem linfática e equipamentos de analgesia. Por conta da cirurgia e da fixação dos ossos, alguns movimentos poderão ser realizados pelo fisioterapeuta, como maneira de melhorar a circulação do sangue na região operada, facilitando a cicatrização, preservando os movimentos e dando maior conforto ao paciente. Já nos casos mais simples, onde é liberado o uso do gesso ou da órtese, a fisioterapia tem como objetivo recuperar todas as funções da região afetada. Por exemplo uma pessoa que fraturou o cotovelo, após se-

manas imobilizada terá uma enorme dificuldade em esticar e dobrar o braço, por aderências na articulação do cotovelo e por conta da perda de força e controle do membro. Nestes casos, o fisioterapeuta vai atuar utilizando técnicas para desbloquear a articulação, recuperar o controle e força musculares, além de preparar a pessoa para as tarefas que necessite fazer novamente. Muitas pessoas não fazem a fisioterapia e nem por isso sentem falta dela. Isto acontece pois em muitos casos a pessoa vai fazendo os movimentos do cotidiano aos poucos, até recuperar todo o controle normalmente. São casos onde a fisioterapia apenas iria acelerar a recuperação. Mas isto não quer dizer que todo caso será assim. Na maioria, sobram algumas aderências que ficam limitando um pouco alguns movimentos, ou a pessoa não consegue recuperar toda a força ou fica com um pouco de dor em determinados movimentos. Estes pequenos bloqueios muitas vezes são ignorados, mas com o tempo geram compensações no corpo que podem trazer problemas somente após vários anos depois da fratura. Por exemplo, uma pessoa que fratura a perna vai ficar semanas com ela imobilizada, perde a

massa muscular e muda seu jeito de andar. Com o tempo, sem ela saber, vai estar mancando, compensando os movimentos, podendo gerar um dor na coluna depois de vários anos, por mais que a perna esteja 100%. Por este motivo é que uma avaliação profissional sempre faz a diferença. No caso do fisioterapeuta, é ele quem vai reabilitar a pessoa, de forma que ela fique preparada para tudo que pretenderá fazer futuramente (dentro da medida do possível), sem sobrecarregar o corpo. O tempo de tratamento vai depender de como o corpo do paciente responde. Em casos mais graves podem ser necessários vários meses e nos casos mais simples, algumas semanas, mas com orientações para o paciente fazer em casa, no intervalo entre as sessões. Para finalizar, vale a pena lembrar que para uma boa recuperação, é importante que todos os profissionais envolvidos se comuniquem (principalmente médicos e fisioterapeutas), para que tenham a informação completa sobre seu caso e as chances de sucesso na recuperação sejam maiores. Por isso, procure sempre por profissionais que demonstrem conhecimento sobre o seu problema, ou que sejam indicados por pessoas de sua confiança.


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comunidade

Felipe Hidek foi o grande campeão do XXXIII Concurso Estadual da Canção Japonesa Realizado no último dia 18 nas dependências da Acena (Associação Cultural e Esportiva de Nova Andradina), o evento reuniu representantes de colônias japonesas, de todas as idades, de vários municípios sul-mato-grossenses. Há 33 anos as associações nipo-brasileira de Mato Grosso do Sul se unem e se confraternizam através da música japonesa, tornando-se um marco dentre todos os eventos da comunidade nikkey, que além de servir como classificatório para o Concurso Nacional da Canção tornou-se de certa forma uma maneira de aprimorar o idioma dos ancestrais e a preservação dos diversos costumes nos cerimoniais que são mantidos até hoje. Caravanas de Campo Grande, Dourados, Aquidauana, Naviraí, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Dois Irmãos do Buriti e Bonito, foram recepcionados pelo anfitrião Nova Andradina numa grande confraternização através da música. Na abertura do evento, o pre-

feito Roberto Hashioka enalteceu o evento e agradeceu a presença de todos na cidade para mais uma edição do concurso estadual da canção japonesa. Mais de 70 candidatos, divididos em 16 categoria revezavam nos palcos da Acena, desfilando os mais variados estilos e repertório, na tentativa de convencer os jurados de suas boas performances. Ao final do concurso e premiados todos os campeões de cada categoria, aconteceu o Grand Prix, ou seja, a disputa pelo troféu de campeão dos campeãos e o vencedor foi o jovem Felipe Hidek Idie, representando a categoria Adulto “A”. Bastante emocionado pela conquista do troféu, Felipe mal conseguiu cantar a música que o levou ao final do campeonato, consternando a todos por sua vitória. Veja o resultado final dos campeões por categoria. Doyo D ate 07 anos Lucas Higashi Martins (Aquidauna) Vanessa Yumi Ganiko Kanashiro (Campo Grande MS)

Gabriela Mayumi Ichiy (Dourados) Doyo C - 08 a 09 anos Maria Julia Ota Marinho (C. Grande) Ashley M. Simabuco (C. Grande) Julia Akina Arai (Dourados) Doyo B - 10 a 11 anos Luiza yukie Kassuya (Dourados) Carolina Megumi Nogai ( Dourados Ana Julia Y. Chimenez (C. Grande) Doyo A - 12 a 13 anos Nicole Simabuco (C. Grande) Tibico B - 10 a 11 anos Lumy Okamura Miyashita (Campo Grande MS) Tibico A 12 a 13 anos Luciana Yukie Kurimori (Dourados) Emily Yukari Ito (Dourados) Melissa Ayumi Uemura Kitaguti (Campo Grande MS) Veterano E - 81 anos ou mais Toshiaki Ueno (Campo Grande MS) Hiroshi Iwata (Nova Andradina) Itisuo Oikawa (Campo Grande MS) Veterano D2 - 76 a 80 anos Hirooki Tsutake (Nova Andradina) Haruko Iwata (Nova Andradina) Eiko Shinohara (C. Grande) Veterano D1 71 a 75 anos Kioshi Jodai (Nova Andradina) Tamaki Nakamura (N. Andradina)

Kazuo Nakano (Gloria Dourados) Veterano C2 66 a 70 anos Sussumo Kuwabara (Nova Andradina) Shizuko Sato (Aquidauna) Kahori Jokura (C. Grande) Veterano C1 - 61 a 65 anos Paulo Gonda (Campo Grande MS) Yoshiko Suzukawa (C. Grande) Edna Tacako Miyashiro Benites (Campo Grande MS) Vereno B - 51 a 60 anos Roberto Uehara (Nova Andradina) Claudio S. Oikawa (C. Grande) Yujiro Matsuo (Bonito) Veterano A - 41 a 50 anos Elton Jodai (Nova Andradina) Suely Kiomi G. Shinzato (C. Grande) Lilian Ayumi K. Yamauchi (C. Grande) Juvenil A 14 a 16 anos Guilherme Yuji Nogai (Dourados) Adulto A 21 a 30 anos Felipe Hidek Idie (C. Grande) Meire Mary Okabayashi Nishigaki (Campo Grande MS) Pop livre Miti Okamura Miyashita(C. Grande) Natalia Yoshimi Yamamoto e Jessica Sayuri Matayoshi Hada (Campo Grande MS)

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comunidade

Jornal MS Shimbun • Edição de Outubro de 2015

IX Feira da Conhecimento mostra a força do ensino na Escola Visconde de Cairu Criatividade com maturidade foi o ponto forte desta edição da Feira do Conhecimento na Escola Visconde de Cairu Direção e alunos da Escola Visconde de Cairu realizaram, no último dia 24, nas dependências da Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira, a IX edição da Feira do Conhecimento, cujo tema este ano foi “Desvendando o Nosso Brasil”. Durante toda a parte da manhã, os alunos mostraram para pais e convidados os trabalhos realizados sob a orientação dos professores relativos ao tema definido este ano, mostrando muita maturidade e criatividade em cada peça, trabalho e principalmente, na sugestão da ideia de um Brasil a ser desbravado que ainda caminha em busca da sua sustentabilidade, mas com educação ambiental e social para chegar ao pleno desenvolvimento, onde todos os atores trabalham lutam por um Brasil evoluído neste início de século e do milênio, enfim, movimentando toda a comunidade escolar e despertando a criatividade dos estudantes que puderam expor suas pesquisas

orientadas pelos docentes trabalhando a interdisciplinaridade. Inúmeras pessoas estiveram envolvidas e todo o ambiente escolar foi utilizado para a exposição no salão de festa da AECNB. “A nossa escola sempre está envolvida em projetos e o diferencial está no perfil dos alunos e professores que quando é para se trabalhar em equipe não medem esforços e sempre aceitam os desafios”, disse a diretora Joelma do Nascimento, ressaltando que atividades de aprendizagem como esta acrescenta na formação do aluno, torna-o responsável, dinâmico, criativo, habilidoso e motivado. O presidente da AECNB, Acelino Sinjó Nakazato esteve presente ao evento o tempo todo, contribuindo com a sua experiência empresarial e esportiva para ensinar e orientar os alunos nas suas concepções de um Brasil cada vez melhor. Um sucesso que certamente se repetirá em 2016.


Jornal MS Shimbun • Edição de Outubro de 2015

esporte

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SOFTBOL FEMININO

ACB sedia o XVII Campeonato Interestadual de Softbol Feminino

Mais um importante evento esportivo foi organizado e realizado pela ACB – Associação Campograndense de Beisebol, no último dia 04 de outubro em sua sede que movimentou não somente a diretoria, mas também todas as associadas: o XVIII Campeonato Interestadual de Softbol Feminino.

No campo, as mulheres mostraram que entendem de taco e tacada, dando um show de eficiência e determinação para vencer o torneio, que por falta de renovação de novas atletas, precisou ser misto, ou seja, jogo de mulher com participação dos homens para completar as equipes.

Apesar da participação masculina no jogos das mulheres, os jogos foram duros e bem disputados, com lances de muita emoção, levando os torcedores ao delírio pelos pontos feitos ou pelos pontos que deixaram e acontecer por conta de uma grande defesa. Durante os jogos, as meninas

mostraram boa vontade e determinação para competir, mas ao final do torneio, tendo as equipes se enfrentados pelo menos uma vez, a equipe de Dourados levou a melhor e conquistou o XVIII Campeonato Interestadual de Softbol Feminino. Um sucesso que promete novas emoções em 2016!

BEISEBOL 50 ANOS

Final de semana de grandes emoções nos campos da ACB. Vem aí o torneio nacional de Beisebol 50 anos masculino final. Acostumada a sediar grandes torneios esportivos, a ACB mais uma vez vai mobilizar sua diretoria e seus associados para ajudar na recepção das equipes

A ACB – Associação Campograndense de Beisebol, sedia neste final de semana, 07 e 08 de novembro, à partir das 08h,

o Campeonato Brasileiro de Beisebol Super Veteranos, com idade à partir de 50 anos. Em mais um grande even-

to esportivo, a equipe da ACB vai lutar pelo tri-campeonato nesta categoria, pois já venceu por vezes e é considerada uma forte candidata ao título deste ano, em função das boas apresentações que esta categoria realizou em 2015. Como sempre acontece nesta modalidade, vencer um campeonato desta envergadura requer muita competência, pois os adversários vão valorizar cada tacada e vão lutar para que a bola não caia no seu campo e permita que o adversário pontue. Equipes de várias partes do Brasil estarão em Campo Grande neste final de semana para disputar o cobiçado troféu e ao final do torneio, somente as melhores equipes estarão em campo para disputar a grande

e organização do evento, mostrando toda habilidade de bem receber e tratar com carinho todos os atletas e comitivas que vierem ao Mato Grosso do Sul e desfrutar da conhecida hospi-

talidade pantaneira. Dentro do campo não vai ter moleza e os adversários terão que suar a camisa para conquistar na casa da ACB mais este importante torneio brasileiro.


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turismo

Jornal MS Shimbun • Edição de Outubro de 2015

CRESCIMENTO

Natureza trouxe 85 mil turistas a Mato Grosso do Sul no 1º semestre

Com atividades voltadas ao ecoturismo e aventura, Corumbá se destaca ainda mais pelo turismo de pesca

O turismo de Mato Grosso do Sul, que comemorou em 11 de outubro 38 anos de criação, é sempre a forte referência do Estado devido seus atrativos naturais. Os cenários são os mais diversificados o que atrai turistas de todos os lugares do mundo. Recebendo 85 mil turistas somente no primeiro semestre de 2015, Bonito é considerado o polo do ecoturismo em nível mundial, suas principais atrações são as paisagens naturais, os mergulhos em rios de águas transparentes, cachoeiras, grutas, cavernas e dolinas. A cidade, juntamente com Jardim, Guia

Lopes da Laguna e Bodoquena, integra o complexo turístico do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, apresentando grande potencial turístico. O Parque foi criado em setembro de 2000, e consiste em uma conservação de proteção integral federal implantada no Estado de Mato Grosso do Sul. Ele visa proteger a maior área contínua de mata no estado, a qual se localiza sobre um terreno com características geológicas especiais, o que atende a objetivos de preservação e estudo da biodiversidade. Em reconhecimento as suas

belezas, Bonito recebeu o título de "Melhor Destino de Ecoturismo do Brasil" neste ano, sendo que o município já recebeu 12 vezes consecutivas o prêmio, e neste ano reforça o título como referência no segmento. Com atividades voltadas ao ecoturismo e aventura, Corumbá se destaca ainda mais pelo turismo de pesca. Porém existe ainda aqueles turistas que vão até o município para ficar em cruzeiros e outros que preferem visitar os polos turísticos da cidade. Pensando nesse público, em novembro começa a Piracema e a pesca estará proibida em toda a

Valorização cambial afugentou os sul-matogrossenses do Paraguai Comércio de Pedro Juan frisa que fluxo caiu 60% nos últimos meses Casa China – considerada a maior loja de departamentos da América do Sul e a terceira do mundo em tamanho e variedade de produtos -, depois da subida do dólar deixou de ser vista como a “Meca” preferida dos sul-matogrossenses em geral, da Capital e de outras cidades do interior que nos finais de semana ou feriados prolongados faziam fila em direção àquela cidade paraguaia. A valorização da moeda norte-americana afugentou os compradores. Com a cotação a R$ 4, o fluxo de turistas de Mato Grosso do Sul, segundo projeções feitas por entidades de classe paraguaias, diminuiu em mais de 60%. Situada na fronteira do Brasil com o Paraguai à altura de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, com as duas cidades separadas apenas por uma avenida larga, mas que em alguns trechos fica estreita ao ponto de permitir que quem estiver de um lado pode conversar com alguém do outro, sem necessidade de cruzar a linha. Dependendo do setor, a redução no movimento pode ser ainda maior. "Comerciantes com lojas de informática amargam queda no movimento de até 80% e o fluxo de turistas caiu 70% em relação a 2014", explica o diretor da Câmara de Comércio Lojista de Pedro Juan, Anderson Carpes. Um dos setores atingidos pela

disparada do dólar é o de automotivos, em especial de pneus. Acabaram as filas de carros com placas do Brasil à espera, nas revendas paraguaias, para trocar pneus ou peças de suspensão dos veículos. Nesse segmento, os preços hoje se equivalem, mas a vantagem de fazer essa reposição no Brasil é a segurança que não se estar fazendo “contrabando”, além da garantia quanto ao prazo de validade do que está se adquirindo. Mas, não pensem que são apenas os sul-mato-grossenses que sumiram de Pedro Juan Caballero e que antes se dirigiam em grande número em busca de produtos importados, como eletroeletrônicos, artigos para pesca, perfumes e bebidas. O fluxo agora é inverso: são os paraguaios que estão atravessando a fronteira para vir comprar do lado brasileiro, o que deu um impulso ao comércio de Ponta Porã, antes com lojas esvaziadas enquanto as do Paraguai, incluindo as bancas e barracas de camelôs (que na cidade paraguaia devem ser mais de mil) estavam bombando de clientes. PONTO DE ENCONTRO - “Antes até parecia que nos finais de semana os turistas marcavam encontro na Casa China e em outros centros de compras do Paraguai”, afirma dona Isaura Ferreira Mendonça, 64 anos, aposentada e que costumava, pelo menos uma vez

por mês, segundo ela mesma informa, viajar para Ponta Porã. “Muitas vezes, para aumentar a cota de impostos liberada por pessoa pela Receita Federal, eu convidava mais duas ou três amigas ou parentes para irem comigo”, explica a aposentada, que há quatro meses deixou de fazer essa excursão de compras. De acordo com ela, o perfume Euphoria, o seu preferido, está custando bem menos no Brasil, pela internet. “Ir lá agora, só se for a passeio mesmo, porque com o dólar do preço que está não compensa mais”, explica Isaura. COMPENSAÇÃO - Uma coisa compensa a outra, no Paraguai. E ao contrário do que ocorre com o Brasil, que enfrenta uma crise política e econômica profunda, as instituições e a economia do país vizinho vão bem. Enquanto o comércio fica às moscas, a economia da cidade fronteiriça se fortalece com empresas e indústrias – a maioria, aliás, brasileiras – que vão se instalando em quantidade expressiva, atraídas pela baixa carga tributária daquele país. Novamente, a exemplo do boom industrial, são os brasileiros que alimentam a economia do lado de lá da fronteira. Desta feita, são os universitários provenientes de todo o Brasil. Sete faculdades de medicina se instalaram em Pedro Juan Caballero e dos 6 mil alunos matriculados, 5,2 mil são brasileiros.

região. E para manter o turismo em alta, um programa especial está sendo preparado na cidade. São os cruzeiros fluviais de barcos cuja temporada será aberta em novembro com atividades exclusivas de ecoturismo. De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Turismo do Pantanal, Hélènemarie Dias Fernandes, o novo produto turístico será lançado oficialmente no III Encontro de Turismo de Fronteira, marcado para o próximo dia 06 de novembro. Uma série de atividades a bordo e em excursões por terra no Pantanal, sob a orientação de monitores treinados, estão incluídos no roteiro, bem como o turismo cultural na cidade. Os roteiros programados do novo produto nomeado pela em-

presa como “Cruzeiro no Pantanal”, terá duração média de 5 dias e os pacotes turísticos já estão sendo comercializados com o suporte de operação inicial de três barcos (Netuno, Kayamã Vip e Almirante). A temporada dos cruzeiros fluviais ecológicos em Corumbá ofertados pela empresa, a princípio obedecerá o calendário de novembro 2015 com término em fevereiro 2016. Quem também tem se destacado no turismo sul-mato-grossense, é a cidade de Alcinópolis. Com a arte rupestre e roteiros turísticos que integram sítios arqueológicos localizados no município, além de suas belezas naturais, visitantes de vários estados do país e principalmente de cidades do exterior têm visitado as belezas naturais do local.

A Rota Arqueológica de Alcinópolis é um roteiro que integra três sítios arqueológicos e já recebeu mais de 100 visitas no primeiro semestre de 2015. O município que possui morros de fácil acesso e escalada, possui nascentes nos entornos, sítios arqueológicos compostos de cavernas com inscrições de milhares de anos atrás, excelentes visuais panorâmicos, além de riqueza vegetal e ornitológica. Observatórios naturais de aves raras e formações rochosas também compõem a paisagem. O local possui inúmeras inscrições rupestres nas paredes e desenhos de animais e cenas de sua realidade como Mão de Deus e Cara do Bezerro, quando ali viveram em períodos que variam de dois a 12 mil anos.

Campo Grande perdeu 4,9 mil passageiros e 1,6 mil voos no ano Nos primeiros nove meses deste ano, Campo Grande perdeu 1.651 voos em comparação com o mesmo período de 2014, apresentando queda de 8,8%. Houve também retração de 4% no número de passageiros no acumulado deste ano, sendo que 4.962 pessoas deixaram de viajar de avião, de acordo com a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). Os motivos, de acordo com a presidente da Abav/MS (Associação Brasileira de Viagens Aéreas), Cristina Albuquerque, podem ser a crise mundial e o dólar alto. Porém, um fato que chama a atenção, é a redução de voos que fazem conexão reinternacional. "Exemplo disso é o voo direto para Guarulhos. A conexão acaba sendo complicada por causa dos horários que não batem e os passageiros muitas vezes tem que dormir em São Paulo ou esperar um dia inteiro no aeroporto para seguir viagem", comenta. Para Cristina, apesar da redu-

ção no número de passageiros, os dados não são tão alarmantes. "Houve queda sim, porém, perante a atual situação econômica, muita gente não deixa de viajar, mesmo com tarifas altas, e muitos clientes acabam trocando os destinos escolhidos, por outros mais em conta", explica. Passageiros – Segundo a estatística da Infraero, de janeiro a setembro deste ano, 1.163.536 pessoas passaram pelo aeroporto da Capital, sendo que no mesmo período do ano passado, foram registrados 1.213.156 passageiros. Em comparação com os meses de setembro deste ano e de 2014, houve queda de 1.441 passageiros, sendo que no ano passado, 124.591 pessoas embarcaram ou desembarcaram em Campo Grande e em setembro deste ano, foram 123.150. Voos – No acumulado deste ano, houve 17.145 pousos e descolagens na Capital. No mesmo período do ano passado, foram 18.801,

retração de 8,8%, sendo 1.651 voos a menos. Fundtur - De acordo com o presidente da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul), Nelson Cintra, o número de passageiros caiu neste ano, devido a abertura de voos em Três Lagoas, Bonito, Corumbá e Dourados. "Campo Grande deixou de ser uma cidade pólo, muitos passageiros pegam voos direto nestes municípios", comentou. Ainda segundo o presidente, houve acréscimo de 25% de estrangeiros visitando o Pantanal sul-mato-grossense e Bonito. "Recebemos 2,7 mil estrangeiros mensalmente de uma empresa que levam essas pessoas para estes destinos, porém pela atual conjuntura econômica, possivelmente pode haver queda nas visitações. Só que outro fator que contribui com o turismo do nosso Estado é que estamos entrando no verão e as águas de Bonito são muito procuradas," conclui.


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