Edição 15

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Balão intragástrico Dr. Sadi explica as características deste procedimento

Jornal Design | Para quem é indicado o balão intragástrico? É necessário ter um Índice de Massa Corpórea mínimo para realizar o procedimento? Dr. Sadi Antonio Spagnol Jr. | O sobrepeso é um estágio inicial da obesidade. O não cuidado do sobrepeso leva, inexoravelmente, a evolução para um tipo de obesidade, grau I, grau II ou grau III, com as doenças associadas. O que mais frequentemente se associa à obesidade são as síndromes metabólicas, diabetes,

vida

hipertensão e dislipidemia. Outras doenças muito presentes são as doenças osteoarticulares, quer dizer, hérnia de disco, problemas de articulação, problemas cardíacos, problemas respiratórios como apnéia do sono, distúrbios pulmonares. Um dos indicadores mais utilizados para definir a obesidade é o IMC (índice de massa corpórea) Para calcular o IMC, divida o peso pelo quadrado da sua altura. Exemplo: 71 (quilos) x 1,60² (altura) = 27,7 = sobrepeso. O IMC até 25 é considerado peso ideal; de 25,1 até 29,9 consideramos sobrepeso; de 30 a 34,9 é obesidade leve ou grau I; de 35 a 39,9 é obesidade moderada ou grau II e acima de 40 consideramos obesidade severa / mórbida ou grau III. Importante - O balão tem duas indicações médicas, uma agora recentemente aprovada pela ANVISA: para pacientes com sobrepeso ou para pacientes com obesidade grau I, ou seja , com IMC a partir de 27 mas sem doenças associadas graves ou excesso de

peso que justifique a cirurgia ou ainda aqueles que não obtiveram um bom resultado com tratamento clínico. A outra indicação é para o extremo oposto, aqueles pacientes classificados como super-obesos, com IMC acima de 50, com uma série de doenças associadas e que já tem indicação cirúrgica, mas que tenham alto risco para fazer a operação. Então, colocamos o balão nestes pacientes para que tenham um emagrecimento parcial de 20, 30 e às vezes 50 quilos, melhorando suas condições clínicas para a cirurgia de redução de estômago após a retirada do balão.

Foto: Click Fotografias

A técnica é segura, reversível e permite que a pessoa retome sua rotina, mas com outro comportamento. “O objetivo é ajudar a mudar os hábitos alimentares, promovendo uma reeducação à mesa e uma revolução no estilo de vida. Sendo assim, seis meses após a cirurgia, o balão é retirado e você pode manter sua alimentação sob controle, já que terá incorporado outra mentalidade na maneira de se relacionar com a comida”, diz o médico.

JD | E para quem ele não é indicado? Dr. Sadi | O método não é indicado para pessoas que não desejam participar de programas de reeducação alimentar associados a exercícios físicos, portadores de doenças gástricas e que tenham se submetido a cirurgias abdominais anteriormente, pessoas com problemas no esôfago como gran-

Dr. Sadi Antonio Spagnol Jr., cirurgião geral e bariátrico

Jornal Design | Serra 3


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