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Mossoró era o destino

Depois do confronto, os cangaceiros decidiram passar longe de Vila de Vitória. Lampião estava contrariado com a resistência e se dirigia a Massilon.

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Retomaram com os assaltos na fazenda Lajes, onde fizeram reféns o rendeiro João Bevenuto e seu irmão Emídio. Conquistaram o sítio São Bento e Poço de Pedras, de propriedade de Francisco Germano da Silveira, preso por dez contos de réis.

Atacaram a fazenda Caricé, do capitão Marcelino Vieira, que tinha se evadido com a família. Na fazenda Morada Nova, surpreenderam o proprietário Antônio Januário de Aquino. Preocupado com as filhas adolescentes Raimunda, Arcanja e Maria, expressou aflição. Foi atendido, mas teve que disponibilizar dinheiro e comida para a cabroeira.

Em terras do município de Martins, saquearam o sítio Ponta da Serra. O agricultor Francisco Dias foi pego de guia e obrigado a conduzir a tropa até a fazenda Morcego de Manoel Raulino de Queiroz, que foi espancado junto com esposa. Um filho conseguiu fugir e foi baleado, mas escapou por sorte.

Em seguida, invadiram os sítios Ribeiro, Pintada, Garrota Morta e Corredor. O agricultor Manoel Barreto Leite cruzou o caminho dos cangaceiros e foi pego de refém por 50 contos de réis.

No sítio Buraco, espancaram e fizeram refém o fazendeiro Sebastião Ferreira de Freitas, o Sebastião de Marcolino. No sítio Carnaubinha tomaram o cavalo de Manoel Ricarte e assaltaram Olinto Martins e Francisco Ferreira. De lá, cruzaram o sítio Cajueiro, maltratando os moradores, e, mais à frente, prenderam como guias o tangedor de rebanhos João de Doca e um companheiro.

Foto: Toke de História

Casa de Antônio Januário, tomada por Lampião como parada no Alto Oeste

Casa da fazenda Morcego, de Manoel Raulino de Queiroz, vítima do bando

Imagem de Lampião em Limoeiro do Norte, após invasão em Mossoró, serve de parâmetro para se ter uma ideia da formação do bando

Foto: Salma Meira S. Dantas/Sérgio Dantas

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