Correio do Douro nº26

Page 6

Actualidade PAÇOS DE FERAgricultura REIRA – CIDADE TECNOLÓGICA DE VENTO EM POPA Centro de Transferência de Tecnologia do Politécnico do Porto avança em 2011 O edifício do Centro de Transferência de Tecnologia do Instituto Politécnico do Porto, inserido da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira, vai começar a ser construído no primeiro trimestre de 2011, revelou na segunda-feira o presidente da autarquia. Segundo Pedro Pinto, este edifício vai ser a âncora de um projecto mais alargado de regeneração urbana no centro da cidade (zona da antiga esquadra 12), compreendendo uma área de cerca de 30 mil metros quadrados. É também para aquele espaço, segundo o edil, que está programado o Centro Avançado de Design de Mobiliário, um equipamento desenvolvido no quadro de uma candidatura a fundos da União Europeia. Este centro vai funcionar em articulação com outros serviços de apoio à instalação de empresas do sector terciário, nomeadamente ligados à Associação Empresarial de Paços de Ferreira. A Cidade Tecnológica será composta por seis edifícios distintos, cada um com uma finalidade. “Será um espaço onde vibrarão várias dinâmicas para o apoio às empresas”, sublinhou o autarca. Para Pedro Pinto, os principais eixos de actuação da Cidade Tecnológica de Paços de Ferreira vão centrar-se “na captação, fixação e desenvolvimento de competências e conhecimentos, através do estímulo à criatividade e inovação, num ambiente promotor de empreendedorismo”. A câmara de Paços de Ferreira promoveu a apresentação pública do projecto da Cidade Tecnológica, com a presença da presidente do Instituto Politécnico do Porto (IPP), Rosário Gamboa. A intervenção anunciada pela autarquia prevê um misto de requalificação dos actuais edifícios e quatro novas construções, “procurando garantir todas as condições de conforto, funcionalidade e eficiência”. Na mesma sessão foram também apresentados trabalhos realizados por duas empresas de soluções tecnológicas avançadas que já operam na TECVAL, a incubadora de empresas de Paços de Ferreira, também parceira neste projecto da Cidade Tecnológica. Aproveitando a oportunidade a presidente do IPP e responsáveis de sete escolas superiores daquele instituto visitaram várias empresas do concelho nos ramos do mobiliário, têxtil, vestuário e material médico. Pedro Pinto disse aos jornalistas que foi “uma boa oportunidade” para as escolas superiores ficarem a conhecer melhor a realidade empresarial de Paços de Ferreira. Para o autarca, a visita permitiu perceber as vantagens da cooperação entre o mundo empresarial e académico, nomeadamente ao nível da investigação, o que, anotou, “se pretende acentuar” com o projecto agora apresentado.

6 CD

COMISSÃO PARLAMENTAR APROVA BANCO DE TERRAS PROPOSTO PELO BE

A Comissão Parlamentar de Agricultura aprovou na quinta-feira uma proposta do Bloco de Esquerda para criação de um banco público de terras, que permite a agricultores sem terra recorrer a terrenos abandonados sem que os seus donos percam a propriedade. A proposta aprovada pela comissão, que vem no seguimento de um relatório que o Bloco de Esquerda elaborou sobre o tema, terá agora de ir a votação no plenário, “provavelmente depois da discussão do Orçamento do Estado para 2011”, disse o deputado bloquista, Pedro Soares. Segundo Pedro Soares, há cada vez mais terras agrícolas abandonadas e uma diminuição da produção agrícola em geral, apesar de haver pessoas disponíveis para cultivar, mas que não têm terrenos disponíveis. “O Banco de Terras nasce desta ideia de ajustar a procura de terra com a oferta de terra”, salientou. Para o deputado do Bloco de Esquerda, há muita rigidez no mercado das terras agrícolas,

tanto para venda como para arrendamento. “Às vezes, até por questões culturais, as pessoas têm dificuldade em ceder a outras terras, que, muitas vezes, já herdaram dos avós e bisavós, ou até têm medo, inclusivamente, de que possam perder a sua propriedade ou até de não virem a receber o valor do arrendamento”, destacou. Através desta iniciativa, as pessoas que têm propriedades podem cedê-la para arrendamento através de um contrato mínimo de sete anos, mas ao mesmo tempo têm garantias públicas de que o título da propriedade se mantém em seu poder e que o Estado garante o pagamento do arrendamento. Pedro Soares destacou que o Banco de Terras seria “uma forma expedita” de fazer com que houvesse um rejuvenescimento da agricultura com mais investimento nesta área, de criação de postos de trabalho e que permitiria obter mais rendimentos para as pessoas que estivessem disponíveis.

Orçamento 2011

AUTARCA DE AMARANTE (PS) COMPREENDE CORTES NAS TRANSFERÊNCIAS PARA O MUNICÍPIO

Armindo Abreu, presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu (PS), disse compreender, “em nome da estabilização das contas públicas”, que o Governo reduza em 2011 a transferência de verbas para o seu município. “Os autarcas do PS manifestaram solidariedade ao Governo, porque o momento é difícil. Todos temos de contribuir neste esforço, mostrando que estamos solidários”, afirmou Armindo Abreu. O autarca comentava a redução de quase um milhão de euros face a 2010 na transferência de verbas para a Câmara de Amarante, prevista na proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2011. “Para mim esse valor não é surpresa”, observou. Em 2010, foram transferidos da administração central para os municípios no âmbito do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF) cerca de 133 milhões de euros, mas para 2011 a proposta do Governo que vai ser apreciada na

29 de Outubro 2010

Assembleia da República aponta para 122 milhões de euros. Segundo a proposta do Governo, o município de Amarante receberá no próximo ano cerca de 14,5 milhões de euros, menos 996 mil euros do que em 2010, o que significa uma perda de 6,43 por cento. Além desta quebra, o autarca admite que também as receitas próprias, nomeadamente taxas e licenças, no próximo ano possam diminuir de forma significativa, traduzindo a crise económica que afecta a região, sobretudo na construção civil. A principal consequência desta situação, afirmou, é que a Câmara de Amarante deixará de ter tanta margem na despesa corrente que utilizava até agora no investimento. Armindo Abreu disse que espera compensar a menor capacidade financeira do seu município com um maior aproveitamento dos fundos comunitários, aliado a uma capacidade de endividamento que aquela autarquia ainda possui.

LORDELO PAÇOS DE FERREIRA VAI ENCERRAR A EMPRESA RIBEIRO DA SILVA EM TEATRO E QUE GERE HOSPITAL EXPOSIÇÃO

A empresa que há cerca de três anos gere o Hospital da Misericórdia de Paços de Ferreira vai encerrar por “falta de viabilidade económica face aos prejuízos acumulados”, revelou o provedor da instituição. “A empresa não tem capacidade de sobrevivência, porque tem vindo a acumular dívidas”, adiantou Augusto Bismarck. Desde 2007 que o hospital de Paços de Ferreira é gerido pela Hospaf, uma sociedade anónima na qual os maiores accionistas são a Santa Casa da Misericórdia local, detentora do edifício, e a CESPU (Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário). Segundo explicou Augusto Bismarck, face à situação a que chegou a Hospaf com “o inevitável encerramento da empresa”, a Santa Casa da Misericórdia vai ter de reassumir a gestão da unidade hospitalar, o que deverá acontecer brevemente. Augusto Bismark explicou que a situação da Hospaf decorre das dificuldades dos últimos anos ao nível dos acordos com o Estado, os quais, vincou, se “revelaram muito difíceis ou impossíveis quando um dos parceiros é uma sociedade comercial”. Segundo disse, a inexistência de acordos aumentou o preço dos serviços prestados à população, nomeadamente consultas e exames médicos, o que se traduziu na redução da procura e os consequentes prejuízos. Questionado pela sobre a dimensão do défice, Augusto Bismarck não quis revelar os números, dizendo apenas que é “um encargo avultado”. O provedor adiantou tam-

bém que a Misericórdia de Paços de Ferreira, enquanto instituição particular de solidariedade social, vai iniciar negociações com o Ministério da Saúde no sentido de procurar assegurar alguns protocolos que garantam o funcionamento dos serviços, “a um preço mais reduzido, mas mantendo a qualidade”. O modelo de funcionamento dos hospitais de Felgueiras e de Lousada, também propriedade das misericórdias locais, pode ser um caminho a seguir. Entretanto, estão a ser realizados contactos com os profissionais, nomeadamente médicos, para assegurar o funcionamento do hospital com encargos mais reduzidos. O hospital de Paços de Ferreira, como os seus proprietários reconhecem, é “uma pequena unidade de saúde” que nem sequer tem serviço de urgência, funcionando apenas com consultas externas e gabinetes para a realização de exames médicos. Os cerca de 60 mil habitantes de Paços de Ferreira quando precisam de recorrer a uma urgência têm de se deslocar ao Hospital Padre Américo, em Penafiel, a cerca de 20 quilómetros.

FOTOGRÁFICA

A Fundação A LORD estreou no passado dia 22 o espectáculo ‘O Português Voador’, uma ficção teatral, encenada por Fernando Moreira, baseada na vida do ciclista Ribeiro da Silva. A par do espectáculo de teatro, houve também a apresentação de uma instalação fotográfica da autoria do fotógrafo Paulo Pimenta, inspirada em Ribeiro da Silva, e que decorrerá no final de cada apresentação da peça (dias 22, 23, 29 e 30). Para além dos atores profissionais, participam no espectáculo 10 formandos (da comunidade local) que frequentaram uma Oficina de Teatro previamente desenvolvida pela associação cultural Astro Fingido para este projecto. Integram também o elenco seis músicos da Banda Filarmónica da Associação Recreativa e Musical de Vilela e 12 elementos do Grupo de Teatro da Fundação A LORD, num total de 32 pessoas em palco. Amanhã (sábado, 30 de Outubro) decorrerá ainda uma conferência sobre “Ribeiro da Silva, um mito do ciclismo português” também no auditório da Fundação A LORD.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.