Correio do Douro nº40

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ano|62 número|40 mesão frio

entrevista

CÂMARA HOMENAGEOU C AMPEÕES (pag. 12) útima-hora

E PA

29 de JUNHO 2013

U M A E S CO L A DIFERENTE

QUEREM FECHAR CTT DE VALONGO

valbom

VALENTIM INAUGURA NOVO CENTRO ESCOLAR

(pag. 03) paredes

RUI BARROS APADRINHOU PAVILHÃO DE GANDRA

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reportagem

valongo

A ALMA DE SOBRADO

EMPRESA HOLANDESA INSTALA-SE EM ERMESINDE

- MAIS UMA BATALHA ENTRE BUGIOS E MOURISQUEIROS

800 EMPREGOS EM PERSPECTIVA

(pags. 05-07)

A“SENTENÇA” PARA MIGUEL RODRIGUES VAI SER PESADA

(pags. 08-09) (pag. 05)

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valongo

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FEIRA DO PÃO E DO BISCOITO

CÂMARA PAGOU SUBSÍDIOS DE FÉRIAS NO MÊS DE JUNHO

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Organizado pela Câmara Municipal, o Largo do Centenário acolheu, durante cinco dias, uma peculiar feira que celebrou pedaços da história que deu fama a Valongo: o pão e o biscoito


ESPAÇOdEOPiniãO

Clarificação e Rumo na Política Por José Luís Pinto Desde que a crise financeira “estoirou” há duas questões que não deixam de me assaltar o espírito; como foi possível chegarmos a este ponto e como vamos sair dele? Tenho para mim que é na resposta a estas perguntas e no consenso que se obtiver à volta das suas respostas que se encontrará o êxito ou o fracasso desta aventura em que estamos metidos. Acredito que se não concordarmos todos (ou quase todos) nas razões do nosso fracasso não nos entenderemos nas soluções e, obviamente, o nosso futuro não pode ser risonho.

É muito importante que se faça história sobre os últimos 30 anos. É claro que muito de bom foi feito em áreas como a Educação, Igualdade, Comunicações, Cultura, PIB per capita, etc. Mas o modelo de Estado, a definição das suas funções, o seu papel na nossa sociedade, a sua sustentação financeira, são fundamentais para alcançarmos metas nas outras áreas da vida de todos nós. E vivemos agora um período em que de forma clara e vergonhosa não temos um Estado que se sustente. Sem o apoio externo que nos está a ser dado, estaría-

QUINZENÁRIO

Propriedade: Condor, Lda. Apartado 206 - 4440-000 VALONGO Cont.: 508 923 190

mos em bancarrota, com o Estado “esfrangalhado”, sem meios para sustentar funcionários nem funções, enfim, só com a caridade externa nos podíamos sustentar. Se hoje não sabemos explicar como chegamos aqui é porque as políticas seguidas não foram claras. Se nos tivessem dito, de forma clara e já agora com um amplo consenso, que no início do século 21 estávamos na iminência de uma crise, que tínhamos que sofrer sacrifícios, mas que os frutos vinham adiante, estou certo que aceitaríamos algumas medidas de austeridade, tal como os Alemães aceitaram e com muito menos motivos para isso. Quando o então Primeiro-Ministro, Dr. Durão Barroso, disse que o País estava de “tanga”, estava a dizer a mais verdadeira das verdades, embora seguramente da forma menos adequada. E é nestes momentos que um Bom Governo e uma Boa Oposição devem procurar os pontos de contacto para com eles prosseguir políticas que resolvam efetivamente os problemas do País, sejam elas populares ou não. É nesses momentos que um Presidente não pode dizer que há vida para além do défice, porque se ele não entende isso não pode ser Presidente. Uma Oposição consciente não pode ser crítica de tudo o que faz um Governo. E um Governo deve procurar

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consensos em assuntos que ultrapassam a legislatura de um mandato. Isso obriga a uma mudança cultural nos meios políticos portugueses, tipicamente tão ciosos dos seus poderes, mas não é mais do que se passa em muitos países desenvolvidos, especialmente no norte da Europa. Assim, não vejo futuro para Portugal se os partidos que têm capacidade governativa, sejam eles da Oposição ou do Governo, não se entenderem sobre as questões básicas da governação e não as transmitirem de forma muito clara à população. É importante perceber o que cada partido propõe e, independentemente da situação política em concreto, se perceba também o rumo que Portugal tem traçado fruto do mínimo consenso que tem que ser estabelecido para o futuro. Não me parece aceitável, por exemplo, que a Dra. Manuela Ferreira Leite, líder da Oposição ao primeiro Governo do Eng.º José Sócrates, se recusasse a cumprir aquele que é um dos principais papéis da oposição; explicar como faria se estivesse a governar. Quais as propostas em concreto. E o mesmo se passa atualmente com o Dr. José Seguro; que medidas tomaria para cada um dos setores de governação se fosse Governo? E o mesmo se aplica ao Governo; que tentativas realizou para obter consensualização nos mais importantes pontos da

agenda governativa? Portugal ganharia em dois pontos; as políticas seriam com certeza melhores e a sua aplicação seria mais fácil. O mesmo se aplica aos Executivos Municipais. Gostava muito de poder olhar para um programa partidário que tivesse objectivos mensuráveis e as medidas necessárias para os atingir. Que em caso de vitória pudesse ser inclusivamente alterado para se conciliar com os demais partidos e movimentos tendo em conta os resultados eleitorais. E que o Programa fosse regularmente atualizado para os Cidadãos perceberem do seu grau de realização. Com esta clarificação e este nível de consenso sobre as questões mais estruturais podem os cidadãos decidir mais conscientemente, com mais conhecimento e mais envolvimento. É certo que este Executivo Municipal teve como herança eleitoral uma Câmara e uma Assembleia que o obrigaram a governar com consensos alargados. Mas terá sido isso fruto das circunstâncias ou um novo método de abordagem política? E estarão os restantes partidos, nomeadamente o PS, disponível para essa abordagem? Nesta fase inicial em que as Campanhas Eleitorais estão a ser preparadas é muito importante que esses fatores sejam levados em linha de conta. Para bem de todos.


Área Metropolitana

1,8 milhões pArA A torre dos clérigos

Gaia com praias para todos

hAsteAdA A bAndeirA “prAiA Acessível” em cinco zonAs bAlneAres

A Comissão de Coordenação da Região Norte (CCDR-N) garantiu esta semana 1,8 milhões de euros de fundos comunitários para a reabilitação da Torre dos Clérigos que celebra 250 anos em 2013. A reabilitação deste monumento irá implicar um investimento total de 2,6 milhões de euros. O anúncio foi feito durante a cerimónia de apresentação pública da moeda de 2 euros comemorativa do aniversário da torre, emitida pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, que decorreu junto ao monumento. Na cerimónia, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida, formalizou o apoio oficial de 1,8 milhões, justificando que o é “um ato de justiça para uma cidade que tantas vezes se sente injustiçada”. O secretário de Estado referiu ainda que a Irmandade dos Clérigos “vai beneficiar de um empréstimo para a quase totalidade da parte que falta”, a um juro aproximado de três por cento e a 20 anos, o que lhe vai garantir o restante financiamento para a obra. Castro Almeida esclareceu que o empréstimo virá do programa comunitário ‘Jessica’, que se destina a apoiar projetos de reabilitação e regeneração dos centros urbanos em

Portugal e que tem disponíveis “250 milhões de euros” para esse fim. O governante manifestou a convicção de que este será um investimento que vai gerar riqueza e não despesa, porque “vai trazer mais turistas Já o presidente da Irmandade dos Clérigos, padre Américo Aguiar, anunciou que “a obra pode começar antes do fim do ano” e que deverá durar 9 meses até à conclusão. “O programa ‘Jessica’ facilita muito, mas não chega”, comentou Américo Aguiar, revelando, a propósito, que Artur Santos Silva, anterior presidente do BPI e atual presidente da Fundação Gulbenkian, vai ajudar a Irmandade a reunir o dinheiro, cerca de 800 mil euros, para poder pagar o empréstimo. Artur Santos Silva disponibilizou-se, “como padrinho”, para intervir junto de “entidades empresariais da cidade”, procurando conseguir

uma parte significativa dessa verba, adiantou Américo Aguiar. A outra parte dos 800 mil euros será o produto da venda de ingressos para a visitar a Torre dos Clérigos, que não deverá encerrar durante as obras de restauro. A cerimónia contou também com a presença de Dom Manuel Clemente, naquele que poderá ser o último ato público como bispo do Porto, uma vez que a 06 de julho tomada posse como cardeal patriarca de Lisboa. Na sua intervenção, Dom Manuel Clemente considerou que o apoio anunciado hoje “é um bom para a cidade, porque o Porto precisa de se rever nestes símbolos, que são do melhor que a cidade tem”. O presidente da Câmara do Porto esteve ausente da cerimónia devido a uma audiência com o Presidente da República, em Lisboa, sobre a questão da reabilitação urbana do Porto.

Católica Porto

Alunos do secundário Ao comAndo dA gestão empresAriAl

De 1 a 5 de julho, os alunos do 8.º e 9.º anos e do secundário que desejem conhecer por dentro o mundo dos negócios, têm a oportunidade de assumir o comando na gestão de uma empresa durante o curso Young Enterprise da “Católica Porto Teen Academy”. Ao longo de cinco dias, estes estudantes ocupam o lugar de um executivo e têm a missão de criar uma ideia de negócio, de colocar à prova competências como a liderança, a comunicação ou a gestão do tempo, fundamentais para o sucesso pessoal e profissional. Promovida pela Faculdade de Economia e Gestão da Católica Porto, a iniciativa promove, ainda, o espírito empreendedor dos mais jovens e possibilita o contacto direto com o meio empresarial através da ligação à Unicer, patrocinador exclusivo desta iniciativa. A ação permite que os jovens tenham contacto com o mundo da economia e gestão, numa fase importante das suas vidas, uma vez que se aproxima

o momento de escolha do curso que irão frequentar. A “Católica Porto Teen Academy” assume, assim, uma importante função de orientação vocacional que contribuirá para uma decisão mais consciente e acertada.

A marca distintiva das praias de Gaia, todas galardoadas com Bandeira Azul, foi reforçada pela atribuição do galardão “Praia Acessível - Praia para Todos”, cuja bandeira foi agora hasteada na Praia de Miramar e entregue aos presidentes de Junta de Freguesia onde se localizam as restantes quatro zonas balneares distinguidas: Canide Norte, Valadares Sul, Senhor da Pedra e Aguda. “Estamos numa cerimónia de repetição, mas é um sinal de que já atingimos um patamar de desenvolvimento muito elevado, que advém da estratégia de investimento implementada nos últimos catorze anos”, assinalou Mercês Ferreira, vereadora do Ambiente, particularizando o “carinho especial pelo litoral” e o trabalho executado para usufruto da população e melhoria da sua qualidade de vida. A excelência das praias de Gaia foi reconhecida, uma vez mais, pela atribuição da Bandeira Azul a 18 zonas balneares. Mas o concelho pode, ainda, “orgulhar-se de colocar à disposição das populações cinco praias que reúnem condições para ostentar o galardão “Praia Acessível - Praia para Todos”, referiu José

Maciel, Presidente do Conselho de Administração da Águas de Gaia. “Este projecto, na linha de orientação oportunamente definida pelo Presidente da Câmara de ‘apostar nas pessoas’, concretiza-se em praias que, para além dos requisitos das praias com Bandeira Azul, deverão estar dotadas com equipamentos complementares que facilitem o seu acesso e uso por pessoas com mobilidade condicionada ou reduzida”, acrescentou José Maciel. Trata-se de equipamentos e serviços, tais como estacionamentos reservados, rampas nas passadeiras e no passadiço de aceso à praia, serviços de apoio adaptados e personalizados para banhos de mar utilizando pequenos veículos especialmente preparados para o efeito, com a colaboração de corporações de bombeiros do concelho, e tapete amovível em material sintético que permite a deslocação através do areal, com comodidade e segurança. “Estas praias são o vivo e provado compromisso que o Município sempre assumiu de dar prioridade às pessoas, sem excepção ou discriminação, valorizando a inclusão social”, concluiu José Maciel.

Valbom

VAleNTim iNAuguRA NoVo CeNTRo esColAR Valentim Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, inaugurou o novo Centro Escolar de Valbom, uma estrutura com capacidade para 566 alunos e que cujo custo ultrapassou os três milhões de euros. O novo Centro Escolar é dotado de 16 salas de aula (1.º Ciclo), seis salas de Jardim-de-Infância, Biblioteca, Centro de Recursos, cozinha e refeitório, salas de trabalho, arquivo e arrumos. Além, naturalmente, de vários espaços exteriores (como campo de jogos). Com abertura deste Centro Escolar, no início do presente ano letivo, encerraram várias outras estruturas na freguesia de Valbom que, entretanto, foram disponibilizadas pela Câmara para associações locais. O Centro Escolar de Valbom permite, assim, disponibilizar a edu-

cação Pré-Escolar a todas as crianças de Valbom – terminando com o funcionamento de turmas duplas e encerrando estabelecimentos que não tinham as melhores condições. Em dia de inauguração formal, Valentim Loureiro, acompanhado por perto de três centenas de crianças, destacou o forte investimento que a Câmara de Gondomar tem realizado na área educativa. “Os seis novos centros escolares do concelho de Gondomar vieram contribuir, ainda mais, para a melhoria das condições de ensino”, realçou Valentim Loureiro.

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Valongo

Feira do Pão e do Biscoito Organizado pela Câmara Municipal, o Largo do Centenário acolheu, durante cinco dias, uma peculiar feira que celebrou pedaços da história que deu fama a Valongo: o pão e o biscoito A história de Valongo confunde-se muitas vezes com a própria história do pão ou não fosse Valongo um dos principais, senão o principal, fornecedor de pão da região do Porto. No sentido de dar destaque a dois produtos de excelência do concelho – o pão e o biscoito – a Câmara Municipal de Valongo organizou entre os dias 26 a 30 de Junho, no Largo do Centenário a primeira Feira do Pão e do Biscoito. A iniciativa a que aderiram com entusiasmo várias padarias, teve, além da esperada participação popular, a vantagem de animar o Largo que foi outrora um dos ex-libris da cidade e que #murchou” com a transferência da feira semanal para a zona do viaduto do Susão. Ao longo de cinco dias os valonguenses e visitantes puderam ver ao vivo como

se fabrica o pão e o biscoito podendo ainda “viajar no tempo” com visitas ao Núcleo

Museológico da panificação e padarias e biscoitarias do concelho.

Festival da canção de soBrado

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Programa ConCelhio de eduCação Para a Saúde

Inserido no Programa Concelhio de Promoção e Educação para a Saúde, elaborado no âmbito da REDE SOCIAL do Concelho de Valongo, foi implementa-

através do contacto mais próximo com utentes e técnicos de saúde mental. Aderiram a este projeto o Agrupamento de Escolas de Alfena, o Agrupamento de Escolas de Cam-

tico da CPSM e foi apresentada às turmas participantes, na Escola Básica e Secundária de Campo no dia 31 de Maio, na Escola Secundária de Alfena a 5 de Junho e na Sala das Ar-

do o Projeto Porta Aberta à Saúde Mental desenvolvido pela Clínica de Psiquiatria e Saúde Mental (CPSM) do Centro Hospitalar de São João (CHSJ). Este projeto pretende promover na comunidade escolar a diminuição de atitudes estigmatizantes e a prevenção precoce da doença mental

po e Agrupamento de Escolas Vallis Longus, com a participação de nove turmas de 9.º e 10º ano de escolaridade, que concorreram a um concurso de histórias sobre doença mental. A história vencedora – “Fora o preconceito!” – criada pela turma 9º D da Escola Básica Vallis Longus foi dramatizada pelo grupo de teatro terapêu-

tes do Fórum Vallis Longus à Escola Básica Vallis Longus, no passado dia 6 de junho. O prémio da turma vencedora foi a visita ao Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar S. João, com passagem pelos vários espaços e contacto com os e os profissionais e utentes, jornada que acabou com um lanche convívio.

Valongo mexe Comigo – inSCriçÕeS aBerTaS Estão abertas as inscrições para a edição de 2013 do Campo de Férias “Valongo Mexe Comigo”. Como habitualmente, as vagas são limitadas pelo que é importante ser rápido na formalização da inscrição. A edição deste ano arrancou a 17 de junho e termina a 09 de agosto. Para mais informações os interessados devem contactar a Divisão de Educação e Juventude através dos números 224 219 210 // 935 837 345 ou do email iniciativas.dej@cm-valongo.pt. A 3.ª Semana, de 01 a 05 de julho, encontra-se lotada.

As inscrições para a X Edição do Festival da Canção de Sobrado estão abertas até ao próximo dia 6 de Julho. A Associação Social e Cultural de Sobrado e a Câmara Municipal de Valongo, com o apoio da Junta de Freguesia de Sobrado, vão promover mais uma edição do Festival da Canção de Sobrado. O concurso de 2013, que será a décimo, realiza-se no próximo dia 26 de julho, pelas 21h30, no Largo do Passal, e promete ser um grande espetáculo musical. Os interessados em participar deverão preencher a ficha de inscrição (que poderão obter no site da Câmara) e enviá-la para ascsobrado@ hotmail.com ou entregá-la pessoalmente na Junta de Freguesia de Sobrado ou no Café/ Restaurante Vale Maior (junto ao Pavilhão de Sobrado). O prazo limite para participar termina no dia 06 de julho.

Porta Aberta à Saúde Mental

Deseja a todos os Sobradenses um excelente Sº João

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Valongo

Câmara Municipal atraiu novo emprego e conseguiu ocupação do edifício Faria Sampaio

EMPRESA HOLANDESA INSTALA-SE EM ERMESINDE

800 empregos em perspectiva Conforme avançámos na última edição, a Câmara Municipal de Valongo assinou um protocolo de cooperação com a empresa holandesa European Design Centre (EDC) que vai instalar-se no edifício Faria Sampaio, em Ermesinde. João Paulo Baltazar, presidente da autarquia, e João Mena de Matos, CEO da empresa, deram o pontapé de saída para a internacionalização e a criação, a curto prazo, de 100 novos postos de trabalho no concelho. A aposta no concelho de Valongo permitirá um investimento de 10 milhões de euros, a ser realizado até Julho de 2015, e a criação de 800 postos de trabalho directos. João Paulo Baltazar enalteceu a importância da mão-de-obra qualificada encontrada pela EDC Internacional, acrescentando que fundamental foram também as excelentes condições de comunicação e acessibilidades. Na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação o autarca recordou que nos primeiros contactos com a EDC foi identificado um interesse comum em termos de competitividade. “Reunimos um conjunto de factores interessantes para esta empresa”, realçou, frisando que “a competitividade obriga a sermos agressivos”. Recorrendo a linguagem futebo-

lística o eleito lembrou que as “oportunidades não são muitas e, por isso, quando apanhamos a bola temos de rematar”. É que para além da criação de novos empregos no concelho de Valongo, o presidente garantiu uma utilização e valorização para o edifício Faria Sampaio, construído e devoluto há oito anos. O presidente da Câmara Municipal aproveitou o ensejo para realçar a sua aposta na criação de emprego no concelho de Valongo. Tratando-se indiscutivelmente de um município bem localizado, em termos de acessibilidades, e tendo marcas culturais muito fortes, João Paulo Baltazar defende que “temos de as projectar e ser criativos no acolhimento e criação de emprego no concelho”. O autarca adiantou que a Câmara Municipal está já a trabalhar noutros dossiês com empresas e espera anunciar em breve mais novidades sobre a criação de emprego. O grupo EDC pretende transferir para Ermesinde as áreas de trabalho que se relacionam com o designado MedSim, programa de formação com vista a melhorar a qualidade de vida médica recorrendo a simuladores de actos médicos que permitem o treino médico para melhorar o tratamento aos doentes. Em Ermesinde ficará também outra área relacionada com a

medicina, a chamada “Serious Games”. Neste campo produz, desenvolve e distribui internacionalmente desafios sérios e aplicações para a indústria médica de segurança e tratamento. Por fim desenvolverá

interessados na tecnologia desenvolvida pela European Design Centre. O responsável explicou ainda que a escolha de Portugal para ser o ponto de partida para a internacionalização “não foi por eu ser

início do investimento deverá ocorrer imediatamente após a celebração do contrato definitivo. O valor da renda do contrato será de 91.080 euros anuais, pagáveis em duodécimos mensais de 7.590 euros.

na área têxtil técnicas e produtos de moda sustentável para homem e mulher, bem como roupas de trabalho. João Mena de Matos, CEO da EDC, explicou que depois de anos a apostar na inovação e tecnologia, essencialmente a nível europeu, chegou a hora da internacionalização e de chegar a países fora da Europa que já se revelaram

português, mas porque aqui há mão-de-obra qualificada, com capacidade igual ou superior aos países do Norte da Europa, e com um custo mais baixo”. A instalação e fixação da EDC – Internacional, Lda. em Ermesinde traduz-se num investimento global de 10 milhões de euros, a ser realizado até Julho de 2015, sendo que o

De salientar que a celebração de protocolo com a EDC Internacional foi aprovada por unanimidade em sede de reunião de câmara.

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JDS exulta

A JSD Valongo, em comunicado, saudou a Câmara Municipal de Valongo e a EDC International, pela “excelente iniciativa concretizada”, classificando-a como “um bom exemplo de colaboração entre países europeus, mais concretamente, entre cida-

dãos holandeses e um órgão de poder local português – a Câmara Municipal de Valongo”. O comunicado frisa ainda que era já tempo de se promover no concelho uma iniciativa deste género, pois “mais do que assumir como prioridade o problema do desemprego e da desesperança que ele origina, é necessário tomar medidas concretas para mitigá-lo”. “Sabemos que em princípio, a questão do emprego é da responsabilidade do governo central, através de políticas macroeconómicas, mas é com satisfação que constatamos que Valongo chamou a si parte dessa responsabilidade, promovendo a instalação de uma empresa como a EDC International, referência em matéria de inovação e tecnologia”, acrescentam. A estrutura de jovens social-democrata expressa ainda que “é apenas tomando nas próprias mãos os problemas dos seus munícipes que os órgãos de poder local legitimam a sua actuação numa base diária aos olhos dos munícipes, enquanto demonstram que essa mesma actuação obedece a um plano concreto e visionário que leva em conta as suas aspirações, por proporcionar o melhor ambiente empresarial e empreendedor”. A celebração de protocolo com a EDC Internacional foi aprovada por unanimidade em sede de reunião de câmara

moveu A Câmara Municipal pro ulaPop as rch Ma das mais uma edição pela Câmara res de S. João promovidas atraíram às que o ong Municipal de Val hares de mil o ong Val de ade cid da ruas a Assoram fila des s pessoas. Este ano da Azeal ltur Cu e tiva rea Rec ciação e Recreativa nha, a Associação Cultural amático e Dr po Gru o , gus Lon Vallis s no Ar eça Cab a; ort Recreativo de Ret Cultural e o açã oci Ass – ra Ter na e Pés to André de o Rancho Folclórico de San o. Sobrad

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Foto-Reportagem A alma de Sobrado

MAIS UMA BATALHA ENTRE BUGIOS E MOURISQUEIROS

A caminho do reconhecimento que se anuncia e espera internacional, Sobrado continua a festejar na sua forma mais peculiar a lenda de S. João, recriando a secular luta entre mouros e cristãos.

Por Jorge Vilela Em tempos que já lá vão habitavam na serra de Cucamacuca (Santa Justa) uma tribo mourisca mouros, essencial e provavelmente dedicada à extração do ouro. Um dia a filha do seu rei (Reimoeiro) adoeceu gravemente. Impotente, o monarca convocou sábios e curandeiros da para que curassem a princesa. Sem resultado. A jovem não reagia a nenhum tratamento nem mezinha, e em lugar de melhorar, o seu estado deteriorava-se. O Rei começava a impacientar-se, invectivando tudo e todos. Até que um dia alguém lhe sussurrou sobre uma tribo cristã que habitava ali perto (Sobrado) e que possuía uma imagem que fazia milagres. Era o S. João, e os seus devotos eram os bugios. Para aguçar ainda mais o Reimoeiro, contaram-lhe que tal imagem já havia salvo a princesa bugia numa altura em que ela fora acometida de doença tida como incurável pelos sábios

da época. O Rei mouro, pesou as consequências e, em desespero de causa, pediu a imagem emprestada ao seu congénere bugio, um bondos velho que rapidamente anuiu. A princesa árabe é curada. O progenitor, grato, decidiu então homenagear o Santo, promovendo grandiosos festejos em sua honra festejos em honra de S. João. E decidiu na mesma altura que não o devolveria aos bugios. E vai mais longe a tirania do Reimoeiro vai mais longe: convida os bugios e o seu Rei para um almoço e afronta-os dando-lhes restos como repasto. Era muito mais que o que os cristãos estavam dispostos a aceitar. Zangados, os bugios reclamam o seu Santo e os mouros recusam-se a dá-lo. Estala a guerra. São trocadas mensagens, num vai-e-vem de diplomatas, entre os dois reinos para tentar fazer a paz. Em vão. Metem-se na liça os doutores de Lei, que em acesos debates tentam solucionar o caso. Não há acordo e come-

ça a troca de tiros entre os dois castelos. O ambiente está ao rubro. O Reimoeiro, farto do impasse, reúne os seus exércitos e parte à conquista do castelo bugio, que toma de assalto, prendendo o Velho rei dos cristãos. A conquista estava consumada e parecia nada mais restar aos bugios que a submissão. Sem o seu santo e com o rei preso, a bondosa tribo cristã sente-se acabada às mãos mouriscas. A situação parece-lhes definitiva quando vêm o seu querido rei partir sob a custódia do invasor. Só um milagre poderia salvar a tribo cristã e o seu rei. E ele surgiu. Quando tudo

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parecia perdido, eis que surge por entre a multidão desalentada um grupo de valentes bugios fiéis ao rei e ao povo. Num alarido incomensurável, trazem consigo algo de outro mundo, uma serpente gigantesca que assusta de morte os mouros, que largam em desordenada debandada, deixando para trás o Velho rei dos bugios e a imagem do santo padroeiro de Sobrado, o S. João milagreiro. Fica assim reposta a ordem e a verdade, com mais um triunfo de Bem sobre o Mal.


Foto-Reportagem ESTARDALHADAS O S. João em Sobrado, para além da recriação da batalha entre mouros e cristãos, tem momentos de crítica, essencialmente social, para gáudio de todos. São as “estardalhadas”. Eis alguns clichés:

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Entrevista

do Romano” que se realiza no mês de junho ou julho e que envolve a população do Freixo, a Junta de Freguesia e os alunos e professores e formadores da escola. É um importante elo de ligação com a população local. “ Quais as diferenças e semelhanças, entre a formação ministrada pela EPA e, por exemplo, cursos universitários da mesma área?

EPA – UmA EscolA difErEntE

Situada em Freixo, Marco de Canaveses, a Escola Profissional de Arqueologia (EPA) resultou da vontade de dois ministérios – da Educação e da Cultura – e é a única escola pública inteiramente dedicada ao património. Integrada no sistema público de educação, oferece formação técnica em diversas áreas do Património, nomeadamente a Arqueologia, a Conservação e Restauro e a Museografia, entre outros. Quem de lá sai raramente fica desempregado.

Ana Mascarenhas é a directora executiva da EPA. Em conversa com o CORREIO DO DOURO, conta o que é esta escola fora do comum e aponta as saídas profissionais que oferece. É uma opção a ter em conta por jovens e encarregados de educação e que dá acesso a muitas áreas. Diz quem lá esteve ou lá anda que “aquilo é uma paixão”. O que é exactamente a Escola Profissional de Arqueologia do Freixo, quais os objectivos que presidiram à sua criação e que perseguem? É uma Escola Profissional que está integrada no sistema público de educação e que oferece formação secundária técnica em diversas áreas do Património, nomeadamente a Arqueologia, a Conservação e Restauro e a Museografia, entre outros. É uma escola única porque foi criada pela vontade e conjugação de esforços entre dois ministérios – da educação e da cultura, nos anos 1990 e porque é a única escola pública inteiramente dedicada ao património.

de Arqueologia, nos anos 1990 e nelas foram recebidos muitos dos nossos formandos. A Área Arqueológica do Freixo (como é conhecida a área onde se situa a cidade romana de Tongobriga) foi alvo de trabalhos arqueológicos nos anos 1980 pela então Delegação Norte do IPPC (Instituto Português do Património Cultural). Foi dessa dinâmica do próprio sítio arqueológico que surgiu a possibilidade e a vontade de construir a escola, no local onde se situava e se descobria a pouco e pouco a cidade de Tongobriga.

Num período como o que vivemos, onde parte significativa dos recém-licenciados apenas encontra saída profissional na expatriação, a opção pela EPA – em lugar da universidade ou instituto superior – pode proporcionar destino diferente?

Que cursos e/ou formações são ministrados? O percurso da escola tem passado por uma diversificação da oferta de formação. Digamos que o nosso “negócio” principal é a formação técnica em Arqueologia. Imediatamente a seguir temos e Conservação e Restauro e as Técnicas de Recuperação do Património Edificado porque ambos são cursos profissionais de nível IV que nos parecem importantes e profundamente ligados à defesa e promoção do Património. Mas ao longo da nossa carreira também oferecemos cursos de educação de adultos na área de desenho de edificado e desenho de construção civil. Este ano temos a oferta de Formação de Adultos na área do Património (Unidades Formativas C e D) no âmbito de uma candidatura feita ao Plano Operacional de Potencial Humano do Fundo Social europeu, candidatura essa que foi aprovada e que nos permite dar formação nos próprios edifícios patrimoniais dependentes da Direção Regional de cultura que nos tutela. Que tipo de formação dão, nomeadamente no que concerne a equivalências académicas e que saídas profissionais existem para quem as conclui? O tipo de formação que a escola oferece dá a possibilidade aos formandos de se candidatarem ao ensino superior, caso queiram, desde que completem as cadeiras necessárias através dos exames nacionais de 12º ano, concluindo assim o Ensino Secundário pré-universitário. É esse

Há quantos anos está instalada no Marco de Canaveses e porquê exactamente aí (no Freixo) quando se sabe que existem outras áreas do país, designadamente no Norte, com vestígios arqueológicos? Ou o caso do Freixo (ou as condições aí encontradas) é único? Na verdade, toda a gente na comunidade arqueológica nos conhece como Escola do Freixo. A nossa intervenção foi tão importante desde o início que se criou, ao nível da legislação arqueológica, a categoria profissional de Técnico de Arqueologia para acomodar os técnicos que se formavam na escola e que rapidamente integravam locais de trabalho públicos ou privados. A criação da Escola coincidiu com o nascer das primeiras empresas

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A formação que a Escola do Freixo oferece não é de nível universitário mas temos a convicção de que os nossos alunos, quando seguem o percurso académico e estudam Arqueologia ou conservação e Restauro, têm melhor preparação prática do que qualquer outro finalista da universidade que nunca teve a possibilidade de trabalhar na prática, no terreno, em laboratório. A formação profissional no secundário é, para nós, uma mais-valia quando é de qualidade e é nisso que apostamos.

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o caminho que muitos dos nossos formandos estão a tomar, dado que o percurso universitário se alterou bastante com as reformas de Bolonha e os curricula universitários se diversificaram.

Desde o início da existência da escola que a interação com a população local tem sido uma constante preocupação, tanto ao nível dos mais jovens como dos mais idosos e até mesmo junto da faixa ativa da

Se os nossos formandos não prosseguirem com os estudos universitários obtêm a formação de Nível IV que lhes permite entrar no mercado de trabalho como profissionais assistentes de licenciados. As saídas profissionais mais viáveis têm sido, até agora, na área da Arqueologia.

população. A Escola e a Área Arqueológica do Freixo no seu todo têm sido um agente de dinamização local e têm constituído um importante motor de desenvolvimento económico, desde logo oferecendo trabalho a pessoas do local que assim mantêm o sítio arqueológico e o disponibilizam e divulgam ao público enquanto, em simultâneo. A escola participa igualmente na festa anual conhecida como “Merca-

Qual a relação da EPA com a comunidade local? E com a comunidade científica?

A opção pela EPA pode significar uma questão de necessidade, em primeiro lugar, porque infelizmente, existem hoje muitas famílias que não conseguem pagar as propinas exigidas no Ensino Superior e, nomeadamente, nos Mestrados integrados que são hoje em dia, exigidos em muitas áreas profissionais para que o estudante seja considerado “Formado”. Optar por uma via profissional significa que o formando tem apoio monetário, seja através de subsídio de almoço e transporte, seja através de subsídio de residência, para o caso dos formandos que vivam longe da escola e não tenham oferta semelhante na sua área de residência. Mas significa também ter a possibilidade de possuir um diploma que lhe possibilita, desde logo, ser um profissional de pleno direito no mercado de trabalho. Que saídas profissionais existem atualmente em Portugal para quem se forma na EPA? Os formandos da EPA, ao concluírem o curso, estão sujeitos aos mesmos perigos e à mesma sorte que os outros jovens, não nos iludamos. Contudo, a vantagem do Ensino Profissional de excelência, sobretudo em escolas dedicadas em exclusivo a este tipo de formação, é, como dissemos, não utilizar os três anos do ensino secundário “apenas” como ferramenta de acesso ao ensino superior sem, ao mesmo tempo, desenvolver capacidade s e competências que lhes permitem, desde logo, iniciar uma carreira, se assim o desejarem. A maior parte dos nossos alunos que se coloca de imediato no mercado de trabalho fá-lo, sobretudo, na área da Arqueologia. A EPA está centrada apenas no Freixo (MC) ou tem núcleos noutros locais do país? A EPA não tem polos noutros locais do país mas está preparada para o fazer, até porque o contrato programa que a criou, assim o permite e prevê. A nossa visão de integrar a formação de adultos nos monumentos dependentes da DRC Norte vai nesse sentido. Já tivemos, mesmo, algumas propostas de autarquias para que estendêssemos uma dependência da nossa escola para os seus territórios mas até agora isso não foi um obje-


Entrevista

tivo considerado prioritário. Num futuro breve, contudo, teremos essa hipótese em consideração. Tem sido reconhecido o mérito da EPA nesta tarefa de formar pessoas em arqueologia (e derivados)? A Escola do Freixo é conhecida há muito tempo como uma instituição de ensino que é especial e que forma alunos de uma maneira humana e preocupada. Os nossos ex-alunos são, aliás, os nossos melhores embaixadores, pelas experiências positivas que relatam, pelo carinho que nutrem pela escola, pela lágrima ao canto do olho que exibem quando falam da escola. É uma escola que integra todos e não exclui ninguém, aposta em toda a gente que por cá passa e estuda.

Visita à escola de alunos de outra escola

Aulas no Parque Arqueológico do Côa

O que tem a vossa escola de diferente a propor para captar estudantes? Não é fácil estudar na escola do Freixo. Não é fácil porque as áreas que ensinamos exigem dedicação, entrega, ausência de preconceitos. São áreas onde é preciso gostar para vencer. O acesso à escola também não é dos mais fáceis e, embora tenhamos a logística toda preparada para o fácil acesso dos nossos alunos, há aqueles que têm que cortar as amarras com as famílias e atrever-se a viver de forma independente. Há que ir às compras, decidir refeições, controlar tempos. Isso nem sempre é fácil mas, quando funciona, é uma enorme fonte de conhecimento e uma escola para a vida.

Aula de Limpeza de estrauturas arqueológicas

Divulgação da escola no Teatro Romano de Braga

Quanto custa formar-se na EPA e já agora, em comparação com outros estabelecimentos que ministram formação semelhante? Não existe nenhuma outra escola que tenha a nossa oferta na área do Património Material e, por isso, não temos termo de comparação mas, dado que a nossa escola tem a ajuda e participação do Plano Operacional do Potencial Humano, do Fundo Social Europeu, os nossos formandos têm direito a receber incentivos financeiros à formação. Esses incentivos e apoios passam pelo pagamento do almoço e do transporte e, caso seja necessário, um subsídio de alojamento para os que são de longe. Que critérios têm para aceitar formandos? Há limites de idade?

Dia Aberto no Marco de Canaveses

Escavação em Tongobriga

A EPA entrevista os candidatos antes de os aceitar, de modo a receber preferencialmente aqueles que gostam da área do Património e que estão para tal vocacionados. Infelizmente, o Ministério da Educação impõe-nos limites de idade, o que é lamentável para este tipo de ensino mas são estas as regras. Para os alunos com mais de 20 anos, é pedida uma autorização especial nominal para cada caso.

Fórum de Tongobriga

Pode, em poucas linhas, traçar o perfil do “aluno-tipo” da EPA? Eu diria que não existe um perfil de aluno-tipo para o Freixo. Há vários tipos, julgo eu. Mas entendo a sua questão. Digamos que para o público exterior, há um tipo de aluno do Freixo que é facilmente identificável. É alguém que está bem no terreno, que se sente confortável no trabalho técnico, que sabe o que está a fazer, que normalmente é um pouco “excêntrico” mas que nunca se atrapalha perante uma situação desafiadora no terreno. Esse é o perfil daqueles que conseguiram, ao longo do seu percurso de formação, assimilar como seu o espírito da Escola.

Aula de Desenho de Líticos

Escola Profissional de Arqueologia

Termas de Tongobriga

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Regional •••paredes

•••póvoa de varzim

RUI BARROS APADRINHOU PAVILHÃO DE GANDRA

Determinada em dotar o concelho de novas infraestruturas que promovam e incentivem a prática generalizada do desporto, sobretudo ao nível das modalidades indoor, a Câmara Municipal de Paredes concretizou a abertura do primeiro de seis novos pavilhões gimnodesportivos de proximidade, num investimento global superior a 4,2 milhões de euros. Numa cerimónia que juntou mais de 1.000 pessoas, Celso Ferreira, presidente da autarquia, juntou-se ao antigo internacional português, Rui Barros, para dar o pontapé de saída ao torneio que marcou a abertura oficial do novo Pavilhão Municipal Cidade de Gandra. “É um orgulho ver nascer uma obra com esta dimensão no meu concelho”, afirmou Rui Barros, depois de dar as boas-vindas aos cerca de 280 participantes, com idades compre-

O ESTADO DA NAÇÃO POR MANUELA FERREIRA LEITE

- Ex-governante não poupa ninguém

endidas entre os 8 e os 16 anos, que até ao próximo dia 20 de julho vão disputar a 12ª edição do Torneio Rui Barros. “Temos as melhores condições de sempre, pelo que agora só posso desejar a todos que acarinhem este magnífico Pavilhão e se divirtam a disputar este torneio, jogando sempre com fair-play”, acrescentou ainda o antigo internacional português, natural do

concelho de Paredes. Preparado para a prática de todas as modalidades oficiais indoor, o Pavilhão Municipal Cidade de Gandra representou perto de 1 milhão de euros de investimento, incluindo já o novo acesso ao Complexo Desportivo e as obras de terraplanagem. “Tal como o novo Centro Escolar que aqui inauguramos há quase de três anos, esta é mais

uma obra que resulta da ambição do povo de Gandra. Os vossos impostos estão aqui investidos de forma pensada e inteligente. Agora, é a vez da população de Gandra dar vida a este Pavilhão”, apelou Celso Ferreira. José Mota, presidente da Junta de Freguesia, agradeceu “a todos os que ajudaram a tornar possível este projeto, especialmente numa altura tão adversa”,

PAÇOS DE FERREIRA RECEBE SELEÇÃO NACIONAL DE BASQUETEBOL PARA ESTÁGIO E JOGO COM A ÁUSTRIA A Seleção Nacional de basquetebol de Sub-18 masculinos vai realizar o seu estágio, entre 1 e 6 de julho, em Paços de Ferreira, com vista à preparação do Campeonato da Europa 2013. Os jogos de preparação e o estágio da Seleção Nacional decorrem entre os dias 1 e 5 no Pavilhão Desportivo Municipal de Modelos. Os jogos Portugal/ Áustria decorrem no dia 5, pelas 20h15, no Pavilhão Desportivo

Municipal de Modelos e no dia 6, pelas 20h30, no Pavilhão Desportivo Municipal de Paços de Ferreira. Trata-se de duas importantes partidas para este Campeonato e que o município de Paços de Ferreira conseguiu conquistar, o que, nas palavras dos responsáveis autárquicos, “constitui um enorme o prestígio do concelho e para a dinamização do nosso comércio, restauração e hotelaria”.

EXPOSIÇÃO DE ARTE SACRA “CAMINHAR NA FÉ”  ERMESINDE

Entre 11 de outubro de 2012 e 24 de novembro de 2013 assinala-se o Ano da Fé, decretado pelo papa Bento XVI, com o objetivo de “dar um impulso renovado à missão de toda a Igreja de conduzir o homem do deserto, onde frequentemente se encontra, para o lugar da vida, para a amizade com Cristo (…)”. Nesse sentido, são inúmeras as manifestações a acontecerem um pouco por toda a parte, integradas nesta comemoração. A exposição patente no Fórum Cultural de Ermesinde, por motivo do Ano da Fé, surge no âmbito de uma co-organização entre o Município e a Vigararia de Valongo. Não é tanto uma exposição iconográfica de arte sacra, mas pretende ser, para quem a visita, um momento de reflexão sobre aqueles que fizeram o seu caminho de fé: os padroeiros das nossas comunidades cristãs e religiosas, das nossas capelas, da nossa devoção. Num tempo em que faz falta referências, modelos de vida coerente, eis aqui representados iconograficamente alguns dos que venceram o mundo, mas ao mesmo tempo devolveram ao

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mundo a fé na humanidade; receberam de Deus a coroa de glória e enobreceram a humanidade inteira.

O Clube de Caçadores da Estela voltou a encher-se há dias para mais uma iniciativa comemorativa dos 873 anos da freguesia poveira. Para uma plateia de cerca de três centenas de pessoas, Manuela Ferreira Leite falou sobre o “O estado da Nação. Perspetivas…”, num discurso marcado pela sua visão realista. A conhecida economista e política portuguesa referiu que “muito genericamente, existem erros cometidos por nós próprios, pelas políticas aplicadas e pelas instâncias que nos rodeiam, nomeadamente a Europa Europa”. A ex-líder do PSD revelou que ela própria denunciou, atempadamente, os erros co-

ção orçamental”, e, portanto, “querer ajustar contas públicas em recessão é uma impossibilidade”.

metidos pelo Partido Socialista, “questões que estavam a ser mal conduzidas e nos levaram ao endividamento. Estávamos à beira de uma rutura evidente. Os acontecimentos exteriores, na Europa e no Mundo, apenas deram o empurrão para cairmos no abismo abismo”. Perante isto, “são três instituições que nos ajudaram a salvar da bancarrota bancarrota”, mas “não era possível fazer-se uma correção daquela dimensão. Sempre discordei do acordo estabelecido com a “troika” porque o programa de ajustamento proposto compromete o seu cumprimento de forma violenta violenta”, assumiu. “Eu se pudesse satisfazer um desejo, teria tido imenso prazer em que o Sócrates tivesse enfrentado a “troika” e ficar ele a tomar as medidas terríveis. Não mais falavam de camarote tanto quanto agora falam», respondeu a antiga governante, quando lhe perguntaram se achava que o PSD se tinha precipitado aquando do chumbo do PEC 4. Na opinião da ex-ministra das Finanças, ««o Fundo Monetário Internacional (FMI) não tinha a mínima experiência de intervenções nos países países” da natureza de Portugal, uma vez que em países com moeda única “nunca tinham feito nada nada”. “Eu penso que neste momento ninguém tem dúvidas, até aqueles próprios que ditaram a receita, de que a receita está errada porque os resultados são desastrosos desastrosos”, defendeu. Considerando que “o ritmo” imposto para as medidas é desajustado, Manuela Ferreira Leite defendeu que ““em recessão, não é possível fazer-se consolida-

do no léxico político, salientando a importância de “estar na boca das próprias instituições” que impuseram o modelo que Portugal está a cumprir. A ex-ministra das Finanças encara uma perspetiva de mudança e de melhoria para Portugal o facto de haver na Europa países como Espanha e Itália em situação económica dramática, o que poderá ser “uma boa notícia para nós”. Advertindo que “as políticas têm que ser alteradas” porque, se tal não acontecer, “caminhamos para uma situação irreversível”, Ferreira Leite realçou que temos um “argumento fortíssimo” para o provar: “fizemos o que nos mandaram e as políticas impostas não resultaram”. A política de austeridade cria uma situação insustentável em todos os países europeus. A Europa deveria ter uma política solidária de forma a levar os países em recessão a desenvolverem-se, constatou, acrescentando que os princípios de solidariedade do projeto europeu são fundamentais. Sobre uma questão relativa ao aumento do IVA na restauração, a ex-líder do PSD disse considerar este tema “um mistério”. “É um mistério, porque penso que o objetivo básico de qualquer instituição ou qualquer decisor, quando aumenta os impostos, é para obter mais receita. Quando se lançam impostos cuja receita cai, como é claramente este imposto e como foi claramente anunciado que seguramente ia acontecer, eu só posso dizer que é um mistério”, justificou.

CRÍTICAS À ACTUAL GOVERNAÇÃO Quanto a perspetivas, a ex-deputada social-democrata considera que “o quadro de correção, ou bem que é amenizado o seu ritmo, ou então não tem correção possível. Vamo-nos afundando cada vez mais, pensando que estamos a corrigir”, alertou, acrescentando que “se não houver crescimento, isto não é corrigível”. Ferreira Leite disse ver “com bons olhos” o facto da palavra “crescimento” ter entra-


Regiões

•••gondomar

IGREJA NOVA EM JANCIDO

O dia 9 de junho foi uma data festiva para a população do Lugar de Jancido, na Foz do Sousa. Concretizando um sonho iniciado há 10 anos, foi inaugurada, em festa, a nova Igreja de Jancido – que vem, assim, colmatar as evidentes exigências às quais a antiga Capela, pela falta de espaço, não conseguia dar resposta... O projeto começou a ser concretizado em julho de 2002 com o lançamento da primeira pedra. Depois, em agosto de 2003, aconteceu a formalização de um subsídio de apoio de 100 mil euros

por parte da Câmara Municipal de Gondomar. Este novo espaço de culto foi inaugurado por D. Manuel Clemente, actual Cardeal Patriarca, e Valentim Loureiro, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Mas, junto destes, estavam muitas mais pessoas que, durante uma década, contribuíram, de variadas formas, para a finalização da obra. A dedicação da nova Igreja de Jancido começou com uma breve recepção na Capela antiga. Depois, em procissão, seguiram para o novo espaço. D. Manuel Clemente classificou este espaço de culto como

“uma nova ‘cidade’ ao serviço do mundo”. Valentim Loureiro demonstrou satisfação por “constatar que o apoio da Câmara de Gondomar ter sido um importante ponto de partida para um projeto que, depois, foi complementado com a participação de toda a população”. O apoio da Câmara de Gondomar dividiu-se em duas fases: uma primeira, em 2003, de 100 mil euros (com um Contrato-Programa de Desenvolvimento Social) e, já este ano, mais 25 mil euros para comparticipação na obra de arranjos exteriores.

Paços de Ferreira

Entre um mergulho e o sol vai um livro?

CÂMARA LEVA LIVROS ÀS PISCINAS MUNICIPAIS res, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, através da Biblioteca Municipal Vieira Dinis, vai levar os livros até um dos locais mais frequentados pelos jovens nesta altura do ano, as Piscinas Municipais. O projecto Bibliopiscina foi um sucesso nos anos anteriores e funcionará de 15 de Junho a 31 de Agosto, nas Piscinas Municipais de domingo a segunda, entre as 14h00 e as 18h00. O Projeto Bibliopiscina disponibiliza um serviço gratuito num espaço de leitura informal aos utilizadores das Piscinas Municipais de Paços de Ferreira, levando a este espaço livros, jornais, revistas, jogos, ateliers e outras atividades para os mais novos, criando assim no verão um serviço alternativo e complementar à Biblioteca Municipal, tendo como principais objetivos aproximar a biblioteca de potenciais leitores, desenvolver hábitos de leitura em família e dar a conhecer os serviços da Biblioteca Municipal. Ao abrigo do projeto Bibliopiscina, os jornais, revistas e jogos só podem ser consultados/utilizados na área da Bibliopiscina. Quanto aos livros podem ser requisitados para ser lidos em qualPara evitar que as crianças e jovens percam quer espaço das Piscinas, durante o período de funcionamento do hábitos de leitura neste período de férias escola- serviço, mediante apresentação de um documento de identificação.

Campo

S PROTECÇÃO NA PONTE DOS ARCO eà ongo procedeu recentement A Câmara Municipal de Val te Pon ma íssi iqu ant rais na bela e colocação de protecções late depois s ma to edu aqu um de te tes par dos Arcos, em Campo. An ra meonal, o monumento está ago transformada em ponte ped pelos nça ura seg a a tod em o tad fru deslhor preparado para ser des se ali e iúd am os curiosos que habitantes de Campo ou pel Jorge Rocha locam.

Chineses chegam a Paços

DELEGAÇÃO CHINESA EM PAÇOS DE FERREIRA PARA CONTACTO COM EMPRESÁRIOS LOCAIS

O Município de Paços de Ferreira, em articulação com a Associação Empresarial de Paços de Ferreira promoveu há dias o contacto de responsáveis políticos e do sector empresarial do Município de Liandu, distrito de Lishui, na China, com os empresários de Paços de Ferreira, no sentido de estreitarem relações comerciais. Para o efeito o Presidente da Câmara Municipal, Pedro Pinto e o Governador de Liandu, Mao Zirong formalizaram esta vontade através da assinatura de um acordo de intenções. A delegação chinesa foi recebida pelos presidentes do Município e da Associação Empresarial, Pedro Pinto e Hélder Moura, no Salão Nobre dos

Paços do Concelho, perante algumas dezenas de empresários que quiseram tomar conhecimento dos produtos e das áreas de maior interesse do mercado chinês, mostrando também aos visitantes asiáticos o que se produz em Paços de Ferreira, em diversos setores, mas sobretudo na área dos móveis. Ainda no edifício da Câmara Municipal os empresários presentes aproveitaram para trocar com os elementos da Delegação Chinesa alguns catálogos dos seus produtos. No final da receção os responsáveis locais, os membros que integravam a delegação chinesa e os empresários que manifestaram interesse nesta deslocação foram conhecer o concelho e as suas indústrias.

Valongo

ABERTAS MATRICULAS PARA A ACADEMIA SÉNIOR  ANO LECTIVO 2013/14

A partir do dia 1 de julho estão abertas as inscrições para os novos alunos da academia Sénior. Se dispõe de tempo livre e tem vontade de adquirir novos saberes e competências, não hesite. Efetue a

sua inscrição. Para mais informações contactar - Secretaria da DISCI- Camara Municipal de Valongo (Telefone -224219210)

QUEREM FECHAR CTT DE VALONGO No âmbito desastrosa política de “poupar” (?) à custa dos mais legítimos interesses das pessoas, a administração dos Correios de Portugal tenciona encerrar a estação dos CTT de Valongo, transferindo para Gondomar alguns funcionários e a totalidade dos serviços. A notícia ainda não é oficial – tanto quanto se sabe – mas a verdade é que já terá sido comunicada a alguns funcionários superiores. A confirmar-se a intenção (e não há fumo sem fogo), os valonguenses devem começar desde já a manifestar a sua mais veemente oposição. Devem ainda, e também agora,

solicitar – por e-mail, telefone, carta ou pessoalmente – a intervenção da Câmara Municipal. O que está em causa é demasiado grave para que se fique à espera.

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Regiões

“IDADE D’OURO”NO PARQUE FLORESTAL AMARANTE

A Câmara Municipal de Amarante convida os seniores do concelho a participarem, no próximo dia 8 de julho, em mais uma festa “Idade D’Ouro”, iniciativa com que a edilidade vem, desde 1998, assinalando o Feriado Municipal. A festa terá lugar no Parque Florestal, onde a concentração se fará a partir das 10:00. Tal como nos anos anteriores, a autarquia pretende proporcionar aos mais idosos momentos de confraternização e lazer, mas também sen-

sibilizá-los para a saúde. Além do rastreio da diabetes, da medição da tensão arterial e do colesterol, ser-lhes-á fornecida informação sobre os cuidados a ter com a alimentação e sobre a importância da prática regular de exercício físico. A ação de sensibilização para a saúde terá início às 10:30, com a colaboração do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa - EPE, seguindo-se, ao meio-dia, uma sessão de boas-vindas por Armindo Abreu e às 13:00 um almoço oferecido pela autarquia. A partir das 15:00, dar-se-á iní-

cio à animação com a atuação de Nel Monteiro e Carlos Manuel. O primeiro encontro sénior de Amarante realizou-se no ano de 1998, tendo, já então, superado as expectativas da autarquia que contabilizou cerca de 2 000 presenças. Ano a ano, a adesão foi aumentando, tornando-se a “Idade d’Ouro” uma festa obrigatória do calendário amarantino. Na edição do ano passado, estiveram presentes cerca de quatro mil pessoas, número que se espera seja atingido também este ano.

Mesão Frio

CÂMARA HOMENAGEOU CAMPEÕES

A Câmara Municipal de Mesão Frio homenageou os atletas, a equipa técnica e os dirigentes do Sport Clube de Mesão Frio pela conquista do primeiro lugar no campeonato Distrital de Juniores A da AF de Vila Real. A competição contou com 12 clubes inscritos que, foram claramente ultrapassados por uma equipa com uma grande alma, formada por um conjunto de jogadores que concretizaram o sonho de ser campeões. A homenagem, que decorreu no Salão Nobre da autarquia,

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começou com o Presidente da Assembleia Municipal, Eduardo Miranda, a manifestar orgulho pela forma como os atletas mereceram o respeito das terras que os receberam, “elevando o concelho de Mesão Frio às alturas do prestígio e da glória”. O autarca dirigiu também uma palavra de encorajamento para os desafios do futuro que, devem continuar “a ser encarados com ambição, brio, capacidade de organização e muito trabalho”. Por sua vez, o presidente da Câmara, Alberto

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Pereira referiu que o título de Campeão Distrital traduz a essência de uma direção coesa, que demonstra os valores do Sport Clube de Mesão Frio, “assentes num forte espírito de equipa revestida de empenho e dedicação”. O presidente destacou o papel dos atletas, “o seu esforço e mestria” na prática de um futebol que classificou de “altíssima qualidade” que garantiu a presença de mais pessoas a assistir aos jogos, “tanto em casa como nas deslocações aos estádios dos adversários”.

•••peso da régua

“CONVERSAS À QUINTA” FOCADAS NO EMPREENDEDORISMO “Conversas à Quinta EMPREENDEDORISMO - UMA MENTALIDADE DE FUTURO” foi o tema da quinta conferência inserida no ciclo subordinado ao tema geral “VISÕES JOVENS PARA AGARRAR O FUTURO NO DOURO”. A conferência decorreu a 20 de junho, na Biblioteca Municipal do Peso da Régua. O Prof. Mário Sérgio, da UTAD, e o Eng.º João Calejo, da Incubadora de Empresas daquela universidade, foram os palestrantes. Os participantes na iniciativa inteiraram-se do trabalho concretizado pela UTAD e dos requisitos a cumprir quando o objetivo é ser empreendedor. Na prossecução deste objetivo, a UTAD integrou o empreendedorismo nos vinte cursos ministrados. Por sua vez, o Parque de Ciência e Tecnologia faz o aproveitamento dos dois principais recursos da região: o vinho e o turismo, potenciando um terceiro elemento fulcral no

desenvolvimento de um território - o conhecimento. Ser empreendedor é uma opção de vida, sem que tal

tende ser empreendedor, sem descurar que é tão importante iniciar como terminar um negócio, sobretudo, numa época

signifique a criação de uma empresa, mas acima de tudo uma nova mentalidade e uma inequívoca abertura à mudança. Conhecer bem o mercado, possuir espirito de luta, capacidade intrínseca para assumir o risco, atenção às oportunidades de negócio são os requisitos para quem pre-

em que rapidamente os contextos se transformam. Perante uma plateia constituída por uma geração nova e de elevada preparação técnica, mas encurralada no meio de uma crise, os conferencistas deixaram palavras de esperança, fazendo notar que é competência de cada um abrir o seu próprio caminho.

IPSS DE ALIJÓ REALIZARAM O III FEIRÃO Esta ação é desenvolvida pela Rede Social de Alijó – do grupo de trabalho Tertúlias Sociais – em parceria com o Município e com as IPSS do concelho. O evento, que já vai na terceira edição, tem por objetivo expor e vender os trabalhos desenvolvidos pelos idosos durante o ano, nomeadamente, pintura, bordados, entre outros. Estes trabalhos são realizados para ocuparem os tempos livres dos mais idosos. Algumas Instituições, para potenciar a ocasião e angariar mais fundos, trazem para a feira produtos como compotas e bolos caseiros, fruta e produtos hortícolas feitos ou cultivados na própria instituição, ou oferecidos pelas populações que servem.

Esta ação realiza-se uma vez ao ano, em data sempre

coincidente com o dia de feira da vila de Alijó.


COISAS DE VILA REAL

Por João Rodrigues

As candidaturas dos dois maiores partidos para as eleições autárquicas de Vila Real estão a suscitar pouco ou nenhum entusiasmo. Parecem duas candidaturas cinzentas – ou antes, sem cor! Nem se dá conta que estamos a 90 dias do acto eleitoral, tal parece ser o estado de alma destes políticos caseiros. Nem mesmo a aproximação das festas dá ânimo a estes senhores. Mas, mesmo assim, o barómetro da opinião pública da cidade lá vai dando, no seu dia-a-dia, o respectivo contributo ao opinar de uma maneira actual,

didato, no slogan inserido no outdoor pode ler-se “Novo ciclo, Nova energia”. Todos comentam ser este um ataque indisfarçado a Manuel Martins, a frase “Novo ciclo” é uma manifesta ruptura com a gestão do actual edil. A frase “Nova Energia” vem reforçar o que muitos comentam: “mesmo sem alterações na lei eleitoral, Manuel Martins está velho e cansado para poder continuar a ocupar o lugar”. Já o outdoor de Rui Santos com o slogan “Avançar” tem também sido bastante criticado, não faltando mais “mauzinhos” a dizer que “toda a gente tem que levar com ele constantemente nas

Douro e Trás-os-Montes

agora candidato, Rui Santos, que, tudo o indica, vieram das hostes adversárias com acusações muito duras, tais como: de que maltrata os filhos, de falcatruas e negócios esconsos e ainda uma putativa dívida do seu mandatário que só o seria pelo facto de o candidato o ter salvado de um processo relacionado com a gestão da UTAD, etc., etc. Ora, após ter conhecimento do que circulava, Rui Santos, pegou nessas notícias e veio publicamente, na Imprensa, desmentir o que se dizia num texto intitulado “Calúnias”. Noutra situação, não menos falada em Vila Real, aparecem a

Particular Museum Costa Paulo

SONHO TORNADO REALIDADE Por João Rodrigues

crítica mas livre. E é assim que se vão ouvindo alguns comentários que aqui expressamente deixamos. “Os outdoors dos dois candidatos são uma vergonha. O candidato António Carvalho tem a sua imagem de tal maneira maquilhada ou retocada que, se ele se colocar ao lado do seu cartaz, dificilmente quem os visse diria tratar-se da mesma pessoa”. Também o “corte da foto, na parte superior, deliberado ou não, elimina-lhe totalmente a calvície o que lhe dá uma péssima imagem”. Ainda sobre o mesmo can-

televisões, para agora também ao passarmos nas vê-lo com uma palavrinha ao seu lado”. Para mim, acho que neste momento os sinos deveriam tocar a rebate para que se pusesse o comboio da campanha nos carris, a avançar… avançar… avançar. O tempo urge! Em campanhas eleitorais é normal sucederem-se ataques de várias índoles. Por um lado, nalguns desses ataques e na forma como são repelidos, as pessoas reconhecem a frontalidade e gostam. É o caso dos ataques que foram feitos ao Presidente da Federação Distrital do PS e

circular uma série de acusações ao Presidente da Concelhia do PSD, que agora não se pode recandidatar, de entre as quais a da utilização de pessoas e meios do Município ao serviço da farmácia do seu filho que se situa em Valpaços. Estranha-se que estas acusações não sejam desmentidas. Por outro lado, a serem verdadeiras essas “acusações”, as farmácias da cidade não entendem como é que o autarca desvia o negócio para um concelho que não o seu quando a sua primeira obrigação seria a de defender os interesses dos seus munícipes. Coisas de Vila Real.

Sempre foi um desejo de Costa Paulo, antigo piloto de motos vilarealense, o de criar um Museu. Sem qualquer margem para duvidas, Costa Paulo, dedicou toda a sua vida aos desportos motorizados. Iniciou a sua carreira, com apenas 16 anos, na cidade (à época vila) do Peso da Régua, concretamente no circuito da Avenida João Franco. Compreensivelmente o ex-piloto recorda, com natural saudade, esses tempos. A sua Famel Victoria, com duas velocidades de punho, levou-o a uma excelente classificação, ou seja, o primeiro lugar do distrito e o 4º lugar da geral. Com ele correu também o reguense Leonel Meireles. A partir dessa altura, Costa Paulo, teve uma vida desportiva muito intensa. Foi, sem dúvida, um homem que se dedicou com alma e coração ao desporto motorizado. É detentor de um palmarés invejável, este piloto da “Bila” levou o nome da sua terra e da região bem longe, a patamares ainda hoje notáveis. Teve também, para além das motos, uma palavra a dizer nos carros e nos kartings e esteve na criação do Moto Clube de Vila Real e do Clube

Automóvel da cidade. Fez parte dos órgãos nacionais destas modalidades, organizou centenas de provas na região, foi campeão nacional em 1972, enfim, estaríamos aqui uma infinidade de tempo para enumerar todos os feitos e as vitórias deste desportista vilarealense. Mas o sonho de Costa Paulo não estaria nunca completo sem algo que agora concretizou: um museu. Costa Paulo juntou em todos estes anos inúmeros um enorme pecúlio composto por objectos relacionados com os desportos motorizados. Salientamos a sua famosa Gilera, os títulos, as Taças, os vários prémios, os cartazes e livros das corridas. São cerca de cinco mil items que guardou religiosamente…à espera. É que, para além de guardar todo este vasto espólio, era seu desejo partilhá-lo com a comunidade. Para tal eram necessárias condições adequadas. “O Homem sonha, Deus quer, a Obra nasce”. Sem tirar nem pôr. E é assim que a cidade vê agora surgir o “Particular Museum Costa Paulo” com as suas portas abertas para o público em geral, no Bairro António Sérgio, no n.º 3 da rua António Almeida Parabéns Costa Paulo!

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Douro e Trás-os-Montes •••alijó

A “SENTENÇA” PARA MIGUEL RODRIGUES VAI SER PESADA Por João Rodrigues

Os militantes do PSD de Alijó não entendem como é que se deixaram enganar durante tantos anos. Isto porque o seu antigo presidente, Miguel Rodrigues, que agora tomou a atitude de abandonar o partido para se aliar ao seu principal inimigo politico – homem do aparelho do PS, Adérito Figueira – e com ele formar uma lista de independentes para se candidatarem às próximas eleições autárquicas em Setembro, lutando agora contra o partido que lhe deu guarida. Miguel Rodrigues chegou em 2002, de paraquedas, ao Partido Social Democrata vindo de Gaia, embora tenha raízes em Alijó. Na época foi

convidado para engrossar o caudal do PSD pelo simples motivo de ter dotes especiais no campo da oratória. Era, na opinião de alguns sociais-democratas, um bem-falante. Com o decorrer do tempo salientou-se também por marginalizar militantes que discordassem dele. Poucos viram esses defeitos mas agora não faltam arrependidos pelo apoio que inicialmente e até há pouco lhe deram. São muitas as vozes que se levantam contra o antigo presidente, uns dizem que este ato é um ato de traição, outros, sem falar de traição, afirmam que o ato não pode ser esquecido. Já nos militantes de base os desabafos sobem de tom, com muitos deles a afirmar que este se-

nhor tem de receber o castigo no próximo ato eleitoral e que não podem ir atrás de um homem que os enganou e agora os abandona. Todos afirmam a pés juntos que os seus votos são no PSD, levando assim o engenheiro Carlos Magalhães à vitória. Outros lembram que o que ele quis foi andar a faturar kms de Gaia para Alijó, de Alijó para Gaia, por conta do erário público, asseverando ser ele o vereador mais caro do Município. A unanimidade em críticas a Miguel Rodrigues é inequívoca e em terras pequenas atos destes pagam-se caro. Por isso, e sem fazer futurologia, tudo indica que Miguel Rodrigues vai sair desta novela pela porta pequena pois a revolta é enorme.

MOTARDS GALESES EM VILA REAL

Vila Real foi uma das localidades portuguesas escolhida por um numeroso grupo de motards oriundos do País de Gales. A fama da nossa região, principalmente por produzir um néctar único no mundo que comercialmente dá pelo nome de “vinho do Porto”, assim como Douro Património da Humanidade, foram motivos suficientes para que este grupo da histórica nação que integra Reino Unido, montados nas suas poderosas motos, viesse e se deliciasse com a gentileza, produtos e paisagens únicas Gente atenta e exigente, os visitantes escolheram para a sua estadia

na cidade o “Hotel Mira Corgo”, unidade a que emprestaram a sua características e saudável forma de estar. Na despedida os galeses fizeram questão de serem fotografados junto da entrada principal desta unidade hoteleira da nossa terra, tendo salientado o facto de terem sido “principescamente tratados”. A foto para a posteridade será, afirmaram, colocada em lugar de destaque na sede destes amantes das motas que já se juntam para eventos idênticos há cerca de quinze anos. João Rodrigues

Correio de Santa Marta de Penaguião

CARTA ABERTA A TODOS OS PENAGUIOTAS E MUITO ESPECIALMENTE A TODOS OS VERDADEIROS SOCIALISTAS DO NOSSO CONCELHO Por António José Sequeira Orgulho-me e sinto-me muito honrado por ser um dos verdadeiros socialistas que, no já longínquo ano de 1975, fundaram e dinamizaram a secção do Partido Socialista em Santa Marta de Penaguião. Estou certo que nenhum dos restantes co-fundadores se recusaria a subscrever comigo esta carta aberta. Muitos foram os nossos conterrâneos que, de imediato, acorreram a inscrever-se como militantes e foram eles e muitos outros, apenas simpatizantes, que com o seu apoio muito ajudaram a conquistar para o partido socialista no nosso concelho, um lugar destacado e um partido respeita-

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do por todos, mesmo pelos nossos adversários políticos, nunca inimigos e que sempre soubemos também respeitar. Infelizmente hoje em dia não nos podemos, de forma alguma, rever no que se passa no PS de Santa Marta, transformado que está num autêntico “saco de gatos” como já foi apelidado por um ilustre jornalista da nossa praça. É realmente desesperante e vergonhoso até, tudo aquilo a que se tem vindo a assistir politicamente no nosso concelho, relacionado com o próximo acto eleitoral autárquico. Não se entende a passividade da Comissão Politica do Partido em Santa Marta e muito menos a da Federação de Vila Real e até a do responsável nacional do par-

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tido para assuntos autárquicos, perante as “manifestações escritas anónimas” em papel timbrado do partido socialista, “sujas, indecentes e inadmissíveis” e que, ainda por cima não se reportam só aos “políticos” mas enxovalham e desrespeitam também os seus familiares. O partido socialista, se deseja sobreviver no nosso concelho, tem que, rápida e energicamente repudiar publicamente todos esses factos e demarcar-se de todos eles e também como medida urgente arredar de vez da sua área todos aqueles que ‘mamaram na teta’ do partido socialista as suas reformas e agora, conquistadas estas, se revelam finalmente FALSOS SOCIALISTAS, prontos ‘a mamar em outras tetas’, atraiço-

ando o partido e as pessoas, que um dia, ingenuamente, acreditaram no seu carácter, honestidade e boa-fé. Faço um apelo ao actual Presidente, Prof. Francisco Ribeiro, que ao longo dos seus mandatos sempre demonstrou ser um bom autarca e muita e boa obra realizou no nosso concelho, para que “saiba sair de cara levantada e pela porta principal” e se torne numa pessoa que todos, no futuro, continuem a conhecer, cumprimentar e respeitar. Ainda está a tempo de fazer esquecer factos tristes de que foi protagonista (promotor da novela da escolha do seu sucessor, desaparecimento das fichas de candidatos a militantes não afectos, perseguições, ameaças a funcionários da Câ-

mara, etc., etc.), sendo sincero, pedindo publicamente desculpas e retratando-se. Vamos TODOS tentar re-

colocar o partido socialista de Santa Marta no local que merece e sempre teve no antigamente.


Passatempos 7 diferenças

CURIOSIDADES

Os bichOs de estimaçãO da casa branca O último animal de estimação famoso da Casa Branca, residência oficial do presidente dos Estados Unidos, foi o Boo, o cão de água português, mascote do casal Obama. Mas, a Casa Branca sempre abrigou bicharada, tanto que existe até mesmo um site chamado “Presidential Pet Museum”, que apresenta uma lista curiosa de animais de estimação que já viveram na casa presidencial de Washington. Acredite: os jardins da residência presidencial norte-americana já abrigaram um crocodilo, um elefante e um hipopótamo. Durante vários mandatos, inclusive nos governos Lincoln e George H. W. Bush, os animais dominaram a Casa Branca. Uma história curiosa aconteceu no governo do presidente George H. W. Bush (1989-1993), quando ele se sentiu obrigado a enviar um memorando a todos os funcionários da Casa Branca pedindo que não alimentassem seu cão Ranger, pois estava a engordar muito. O comunicado dizia mais ou menos isto: “Nós concordamos em não alimentar Ranger. Nós não lhe vamos dar biscoitos. Nós não lhe vamos dar qualquer

tipo de alimento. Eu vou, naturalmente, reportá-los sobre a luta contra a obesidade de Ranger. Mas agora ele parece um dirigível”. O presidente George W. Bush (2001-2009) tinha um gato de estimação chamado India. O líder Franklin D. Roosevelt tinha um cão da raça scottish terrier, que viajou com o presidente e até participou de uma recepção de gala com líderes mundiais. O presidente Jimmy Carter (1977-1981) tinha uma gata chamada Misty. Gerald R. Ford (1974-1977) tinha um cão golden retriver, que alguns dizem ter sido “o seu conselheiro favorito”. Theodore Roosevelt levou coiotes, papagaios, zebras, hienas e lagartos para a Casa Branca. Já Abraham Lincoln teve um porco de estimação, gatos, cachorros, cavalos, cabras e até um peru, chamado Jack. Pelos vistos os presidentes dos Estados Unidos têm em comum o amor pelos animais e também uma tendência excêntrica.

Aparentemente iguais, existem 7 diferenças entres estas duas imagens. Encontre-as.

sudoku

Rir é o melhor remédio Duas amigas encontraram-se depois de algum tempo sem se verem. Olga: - Há quantos séculos! Com tens passado? Olha, sabes, tive um rebento! Sara: - Ai sim e como se chama? - Sonasol. Sara: - Pois eu também tive uma filha. Chamei-lhe Maria. Olga: - Aaaaaaai credo… isso não é nome de bolacha?

soluções

Três malucos vão fazer o exame mensal no manicómio para ver se já podem receber alta. O médico pergunta ao primeiro deles: – Quanto é dois mais dois? – Setenta e dois – responde o maluco. O médico abana a cabeça como quem diz “este não tem cura” e, virando-se para o segundo, repete a pergunta: – Quanto é dois mais dois? – Terça-feira! – Responde o segundo maluco. Desanimado e já sem muita esperança, o médico vira-se para o terceiro: – Quanto é dois mais dois? – Quatro, doutor! – Responde o maluco com firmeza. – Parabéns, acertou! – Felicitou o médico e curioso pergunta – E como chegou a essa conclusão? Explica o maluco: – Foi fácil! Pegando nas respostas dos meus amigos: setenta e dois menos terça-feira dá quatro! O chefe do departamento de uma grande empresa, bem chato por sinal, achou que os seus subordinados já não estavam a respeitar a sua liderança. Por isso resolveu colocar a seguinte placa na porta do seu escritório: - “Aqui quem mando sou eu” Mais tarde, ao voltar de uma reunião, encontrou o seguinte bilhete junto à placa: “A sua mulher ligou e pediu para lhe dizer que levasse imediatamente a casa a placa dela”.

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Última Proposta de João Paulo Baltazar foi aprovada por unanimidade

CÂMARA DE VALONGO PAGOU SUBSÍDIOS DE FÉRIAS NO MÊS DE JUNHO A Câmara Municipal de Valongo decidiu pagar os subsídios de férias já no mês de Junho. O presidente da autarquia, João Paulo Baltazar, propôs, em reunião de Executivo, uma alteração ao Orçamento de 2013 e um reforço da verba disponível no âmbito da Lei dos Compromissos. A proposta foi aprovada por unanimidade, o que permitiu o processamento dos subsídios de férias dos 650 funcionários antes do final do mês. O presidente da Câmara de Valongo diz compreender que o Governo opte

por não pagar no mês corrente os subsídios de férias, mas realça que a autarquia tem no momento condições financeiras para acrescentar 770 mil euros ao Orçamento e viabilizar o pagamento dos subsídios ainda antes do final do mês, e do processamento dos ordenados de Junho. João Paulo Baltazar sublinhou ainda que a decisão da autarquia vai ao encontro da deliberação do Tribunal Constitucional. De referir que o Governo ordenou aos serviços públicos para que estes não paguem já

CRIATIVIDADE À PORTUGUESA

em junho os subsídios de férias, apesar de a suspensão ter sido chumbada pelo Tribunal Constitucional e de não estar em vigor a proposta do Executivo que remete para Novembro esse pagamento para alguns pensionistas e trabalhadores da administração pública. O pagamento imediato dos subsídios, frisou João Paulo Baltazar, é possível graças ao trabalho de consolidação de contas feito com a cooperação de todos os colaboradores da Câmara Municipal de Valongo. “A Câmara

Municipal de Valongo, fruto do trabalho de consolidação das contas, hoje tem condições objetivas para pagar de imediato os subsídios”, disse. No início da reunião João

Paulo Baltazar frisou ainda que “o dinheiro existe e por isso podemos pagar”, em cumprimento da deliberação do Tribunal Constitucional. Da parte da oposição

apenas Pedro Panzina, vereador da Coragem de Mudar, usou da palavra para revelar satisfação pela proposta do presidente da câmara. A decisão de pagamento imediato dos subsídios de férias, disse, “visa respeitar a deliberação do Tribunal Constitucional e repor a justiça na remuneração de quem trabalha”. Irónico (ou não) Pedro Panzina aconselhou o presidente da câmara a concretizar o quanto antes a decisão aprovada “não vá haver qualquer outra medida que impeça a sua concretização”.

ESCOLA PROFISSIONAL DE ARQUEOLOGIA

UMA MARCA NO PATRIMÓNIO FOTOGRAFIA CEDIDA POR LUÍS LIBERAL - FOTÓGRAFO

Por Joana Bessa A crise económica do pais, a taxa de desemprego a aumentar constantemente, as notícias pessimistas dos nossos noticiários, tudo isto é um dado adquirido que nos assola diariamente. E em todos os quadrantes. Todavia, são muitos os Jovens Portugueses que fazem frente a esta crise. Basta-nos vaguear pela internet para encontrar ideias empreendedoras, repletas de criatividade. E como diz o ditado popular, a necessidade aguça o engenho! A Hic et Ubic é constituída por dois Jovens Criativos Valonguenses: O Paulo Carvalho e a Cláudia Oliveira. Elaboraram um projeto que dá-se pelo nome de “As Marias”. Trata-se de bonecas de papel como eles referem, são senhoras cheias de co-

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res, de muitas maneiras, umas gostam de paz e silencio, outras da imagem fofoqueira. Surgem de um processo criativo e de intensa pesquisa, inspirando-se em tudo o que os rodeia. Estas bonecas decorativas criam portanto, uma história e um comportamento imaginados por eles, muito à moda Portuguesa. Dão-lhe sentimento e personalidade, exteriorizando-o sobre a forma de “uma Maria”. Criadas a quatro mãos por artistas Portugueses, estas bonecas coloridas utilizam materiais recicláveis, como papel. São bonecas únicas, tendo cada uma um nome e uma personalidade única que as define. “As Marias” estão atualmente a ser comercializadas em algumas casas de decoração da baixa Portuense.

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*CURSOS PROFISSIONAIS NÍVEL 4:

TÉCNICO DE SISTEMAS INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA TÉCNICO DE RECUPERAÇÃO DE PATRIMÓNIO EDIFICADO *FINANCIADOS PELO POPH COM DIREITO A SUBSÍDIO DE ALOJAMENTO, ALIMENTAÇÃO E TRANSPORTE.

ÕES Ç I R INSCERTAS AB


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